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  • CIRCULAR N 120 ISSN 0100-3356

    MARO/2002

    MANEJO DO SOLOAdubao e calagem, antes e apsa implantao da lavoura cafeeira

    Jlio Csar Dias Chaves1

    Impresso com recursos do

    CONSRCIO BRASILEIRO DE PESQUISAE DESENVOLVIMENTO DO CAF

    INSTITUTO AGRONMICO DO PARAN - LONDRINA - PR

    1 Eng Agr, M. Sc. , Bolsista do CBP&D-Caf, Pesquisador IAPAR,rea de Solos, Caixa Postal 481, Londrina-PR. - CEP 86001-970.

  • INSTITUTO AGRONMICO DO PARAN

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    Todos os direitos reservados aoInstituto Agronmico do Paran. proibida a reproduo total ou parcial desta obrasem a autorizao prvia do IAPAR.

    C512m Chaves, Jlio Csar Dias

    Manejo do Solo: Adubao e calagem, antes e aps aimplantao da lavoura cafeeira / Jlio Csar Dias Chaves.-Londrina : IAPAR, 2002.

    36 p. : II. (IAPAR. Circular, 120)

    ISSN: 0100-3356

    1. Solo - Manejo. 2. Solo - Adubao. 3. Solo - Calagem.4. Lavoura cafeeira. I. Chaves, Jlio Csar Dias. II. InstitutoAgronmico do Paran, Londrina, Pr. III. Ttulo. IV. Srie.

    CDU 633.73

  • SUMRIO

    Pg.

    RESUMO 5

    INTRODUO 5

    CONHEA O SOLO 6

    AMOSTRAGEM DO SOLO 7

    PREPARO DO SOLO 9

    CALAGEM , 10

    CALAGEM EM REA TOTAL 10

    CALAGEM NA COVA/SULCO 12

    ADUBAR (?) 13

    ADUBAO DE PLANTIO 15

    ADUBAO VERDE 21

    ADUBAO DE FORMAO 23

    ADUBAO DE PRODUO 27

    UMA EXPLICAO NECESSRIA 28

    CALAGEM PARA O CAFEEIRO EM PRODUO 32

    COMENTRIO FINAL 34

    LITERATURA CONSULTADA 35

  • RESUMO

    Neste trabalho procurou-se discutir as principais aes refe-rentes ao manejo do solo antes e aps o plantio do cafeeiro. Grandeparte das informaes contidas neste trabalho fruto dos resultadosde pesquisas alcanados ao longo dos anos pelos pesquisadores doprograma Caf do IAPAR. O conhecimento inicial do solo, antes doplantio do cafeeiro, proporcionado pela anlise de solo fundamentalpara a realizao da calagem em profundidade, garantindo a neutrali-zao da acidez na subsuperfcie do solo e evitando os problemas ine-rentes calagem superficial ou somente na cova; importante tambmpara uma equilibrada adubao de plantio na cova/sulco. O preparoadequado do solo e principalmente a subsolagem evitam a m forma-o do sistema radicular. Estas prticas, juntamente com a adubaode cova, garantem o xito inicial da cultura, evidentemente se fatoresclimticos incontrolveis (seca, geada, granizo, etc.) no forem limi-tantes. As sugestes para fertilizao de, primeiro e segundo ano etambm para a produo foram baseadas em modelo hipottico decrescimento das plantas dentro dos diversos tipos de adensamentos edevero ser aprimoradas com o passar dos anos. A calagem paraplantas adultas deve seguir orientao para utilizao de doses meno-res todos os anos e aplicao na regio de domnio do sistema radicu-lar. Por fim, as recomendaes de adubao verde tm a finalidade deproteger o solo e melhorar sua fertilidade, podendo a mdio prazo con-tribuir para a reduo de fertilizantes minerais e diminuir o custo deproduo e a poluio ambiental.

    INTRODUO

    As prticas realizadas no solo antes da implantao de qual-quer cultura tem um significado muito especial na agricultura. Podemsignificar o sucesso ou insucesso da atividade que se pretende iniciar.

    O solo tem sido citado como o fator de produo mais impor-tante entre todos os demais existentes para a explorao agrcola. Afi-nal, impossvel fazer agricultura sem o solo. Este recurso representao patrimnio maior no contexto no apenas da agropecuria, mas tam-bm de outras atividades desenvolvidas pelo homem, sob o ponto devista de sustentculo de todas as obras erigidas para o bem estar dahumanidade. Enquanto solo agrcola, deve ser manejado de forma apreservar todas as suas caractersticas fsicas, qumicas e biolgicas,

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  • com o objetivo de garantir sua explorao econmica por muitas gera-es. Este fato no entanto, lamentavelmente, no tem sido a regra paratodos os agricultores. A cafeicultura particularmente, tem sofrido asconseqncias de uma explorao absurda, onde o lucro, sem a devi-da reposio do desgaste, com rarssimas excees, tem sido a regra.Esta ttica deu certo enquanto o solo teve reservas para sustentarprodues satisfatrias. Atualmente, empobrecido, vem respondendocom baixssimas produtividades, exigindo quase sempre cuidados re-dobrados para manuteno das mesmas em nveis estveis, porminferiores ao perodo inicial de uso do solo. Isto significa que o produtorest necessitando gastar mais para colher a mesma coisa, o que im-plica em dizer que o lucro est diminuindo com o tempo. Isto fragiliza aagricultura que passa a necessitar de preos sempre mais elevados,para que o agricultor consiga algum lucro.

    Est a, portanto, uma sugesto concreta para fazer parte dafutura poltica agrcola do Brasil.

    Estamos propondo neste documento algumas prticas funda-mentais como forma de restaurao e/ou manuteno da fertilidadedos solos agrcolas, afim de propiciar nveis satisfatrios de produtivi-dade sem necessidade de ampliar os gastos com fertilizantes.

    CONHEA O SOLO

    Toda e qualquer prtica que se aplica ao solo, deve ser baseadaem um conhecimento prvio desse recurso natural, devendo ser enten-dido como um fator de produo fundamental e exaurvel da agricultu-ra e como tal, deve ser manejado de forma a preservar e/ou melhorarsuas caractersticas e potencialidades.

    O uso e manejo adequados, significam a preservao de sua ca-pacidade produtiva. Para se conhecer o solo, com maior riqueza dedetalhes, deve-se submet-lo a algumas anlises laboratoriais que so:fsicas, qumicas e biolgicas. A mais comum, a anlise qumica querevela a condio de fertilidade momentnea do solo. As demais, tam-bm so importantes e revelam se as razes encontraro ambiente fa-vorvel ou no, para seu perfeito desenvolvimento.

    Em condies favorveis de solo, fica-se na dependncia apenasdo fator clima. Sem dvida, os riscos ficam muito diminudos. Deve-mos lembrar sempre que o solo no nos pertence, apenas o tomamosemprestado das futuras geraes.6

  • AMOSTRAGEM DO SOLO

    A adequada amostragem do solo para fins de anlise qumica, a forma mais barata e rpida para se diagnosticar a situao momen-tnea do solo, quanto sua capacidade de fornecimento de nutrientess plantas. Outras anlises, como a fsica, para conhecimento da gra-nulometria, densidade e capacidade de infiltrao de gua e a biolgicaque avalia as espcies de microrganismos e suas distribuies, com-plementam as informaes. O conjunto destes dados, definem a fertili-dade do solo e o seu conhecimento e aplicao, caracterizam o uso dacapacidade potencial do solo.

    No presente trabalho, discutiremos as medidas necessriaspara tornar a anlise qumica uma ferramenta importante para a to-mada de deciso dos produtores. Alguns critrios de amostragem dosolo (PAVAN & CHAVES, 1996) so aqui apresentados e discutidoscom a finalidade de racionalizar esta prtica e torn-la mais eficiente:

    a) INSTRUMENTOS UTILIZADOS: So utilizados os trados nassuas mais variadas formas, pois estes instrumentos agridem menos oterreno quando comparado com enxades. O trado de rosca o prefe-rencial pela simplicidade e facilidade no manuseio. composto de umcabo de aproximadamente 1,0 m de comprimento com forma de "T"tendo uma rosca soldada na extremidade (rosca sem fim) por onde osolo extrado m pequenas pores como desejvel. O trado feitoem ferro e muito eficiente para se coletar amostras de solo at 1,0 m deprofundidade. barato e fcil de fazer.

    b) IDENTIFICAO DAS GLEBAS: As glebas devem ser separa-das em reas homogneas. Se for rea com lavoura j existente,quanto variedade de cafeeiro, idade das plantas, manejo do solo,topografia, vegetao, caractersticas fsicas (textura), cor, profundida-de do solo, drenagem, etc. . Se for rea sem lavoura, todos os itens queno envolvam variedade e idade das plantas. As reas homogneasassim determinadas, devero ser delimitadas em um mapa (plantabaixa) da propriedade e identificadas numericamente. O tamanho dagleba homognea no deve ser muito grande em geral de 3 a 5 hecta-res.

    c) LOCAL DE AMOSTRAGEM: A amostragem de solo no deveser realizada em pontos onde foi amontoado calcrio, matria orgnica,fertilizantes e tambm nos pontos por onde correm enxurradas, onde osolo esteja raspado, ou em locais onde circulam mquinas. O solo

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  • destes pontos certamente alteraro o resultado final da anlise, queno refletir a situao real da rea.

    Em glebas sem lavoura, a amostragem deve ser realizada per-correndo o terreno em zigue zague. A amostragem em reas com la-voura implantada no sistema tradicional, pode ser realizada em doislocais separados, sendo uma sob a "saia" e outra no centro da entreli-nha. Q principal objetivo de coletar amostras nestes dois pontos o deidentificar a necessidade de correo da acidez em toda a rea ou ape-nas na regio de adubao (Pavan & Chaves, 1996), especialmente sese deseja utilizar a entrelinha para plantio de culturas intercalares.Para a coleta de amostras simples, esta rea deve ser percorrida deforma idntica a rea sem lavoura. As amostras retiradas na entrelinhae projeo da copa no devem ser misturadas. A amostragem em reascom plantio adensado deve ser realizada somente na projeo na copa(regio de adubao) percorrendo a rea na forma de "U".

    d) NMERO DE PONTOS: Em rea homognea, tomam-seamostras em 10 a 12 pontos bem distribudos, limpando-se em cadalocal a superfcie do terreno, retirando-se as folhagens, resduos org-nicos, e t c , sem contudo raspar a terra. As amostras simples deveroser reunidas em um balde limpo e bem misturadas, formando umaamostra composta.

    Retirar aproximadamente 500 g de terra, transferir para sacoplstico sem uso, identificar pelo nmero correspondente da rea (ta-lho) e especificar informaes complementares (profundidade, "saia",entrelinha, etc). Deve-se separar as amostras coletadas das partesaltas, mdias e baixas do terreno,

    e) PROFUNDIDADE: As amostras de solo em rea destinada aoplantio de cafeeiros devem ser feitas nas profundidades de 0 a 10, 10 a20, e 20 a 40 cm. As amostras das trs profundidades devem ser colo-cadas em recipientes (baldes) diferentes. Portanto a cada 10 a 12 pon-tos, teremos uma amostra composta (mistura dos pontos) de cadaprofundidade. O mesmo ponto utilizado para a amostragem mais su-perficial ser usado para as amostragens mais profundas.

    f) FREQNCIA: A anlise de solo ferramenta importantepara se conhecer a condio de fertilidade do solo. prtica obrigatriarealiz-la antes da implantao da lavoura. Nova amostragem deve serfeita aps o terceiro ano de plantio e a partir da, repetir a cada 2 anos,acompanhando o ciclo bienal de produo do cafeeiro.

    g) POCA DE AMOSTRAGEM: Em rea onde se planeja im-plantar a lavoura, a amostragem deve ser realizada pelo menos 120dias antes da data prevista para plantio. Isto se explica pela necessi-8

  • dade da aplicao antecipada dos fertilizantes e calcrio dando temposuficiente para as reaes do calcrio, decomposio da matria org-nica, etc. to benficas ao crescimento inicial das mudas. Em lavouraadulta, a amostragem deve ser realizada aps a colheita do caf e/ouesparramao.

    PREPARO DO SOLO

    O preparo do solo consiste em prticas que visam dar melhorescondies de desenvolvimento ao sistema radicular das plantas, tor-nando-o menos denso, possibilitando melhor infiltrao e armazena-mento de gua, diminuindo a eroso, etc. para que o homem possaintervir de maneira mais eficiente e colher bons frutos. As prticasindicadas para a implantao de lavoura cafeeira so as seguintes:

    a) ARAO: A arao deve ser realizada na maior profundidadepossvel, obedecendo sempre o sentido do nvel do terreno. No deveser feita com o solo muito mido nem muito seco. H um ponto deumidade em que o solo no adere ao implemento e nem faz nuvem depoeira. o ponto em que o solo se desmancha com alguma facilidade presso dos dedos.

    b) GRADAGEM: A gradagem deve ser realizada tambm com osolo ligeiramente mido, para evitar a pulverizao da camada superfi-cial que, se ocorrer dificulta a infiltrao da gua. A gradagem deveser feita de forma a deixar a superfcie do terreno bem uniforme parafacilitar a operao seguinte.

    c) SULCAMENTO/COVEAMENTO: O sulcamento visa facilitarou mesmo evitar a operao de coveamento. sempre feito respeitandoo sentido do nvel do terreno. Deve ser iniciado sempre paralelamente,e pelo lado de cima do terrao de base estreita. A distncia entre umsulco e outro deve coincidir com o espaamento entre linhas, desejadopelo produtor. J o coveamento uma operao mais custosa e demenor rendimento. As covas devem ser abertas no sentido do nvel doterreno e as distncias entre as mesmas deve ser o espaamento defi-nido para a futura lavoura. A cova deve ser maior nas menores densi-dades de plantio. Para o sistema adensado de apenas uma muda porcova, sugere-se as dimenses de 25 x 20 x 30 cm ( comprimento, lar-gura e profundidade).

    d) SUBSOLAGEM: A subsolagem uma prtica importante paraquebrar as estruturas compactadas do solo e facilitar o crescimentoradicular em profundidade. Pode ser feita em rea total ou apenas

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  • dentro do sulco de plantio. Esta prtica para surtir bons efeitos deveser realizada com baixo teor de gua no solo. Algumas plantaes tmsido frustradas pela falta da subsolagem.

    CALAGEM

    Calagem a prtica que visa diminuir a acidez do solo, au-mentar clcio e magnsio e neutralizar o alumnio que se apresentaem quantidade e forma que prejudicam o crescimento radicular e anutrio das plantas. Aps a aplicao do calcrio no solo, ocorrem asreaes:

    CALAGEM EM REA TOTAL

    Na implantao da lavoura cafeeira, a calagem deve ser realiza-da em rea total, aplicando-se 50 % antes da arao e os outros 50 %aps a arao e antes da gradagem. Este procedimento tem a finalida-de de uniformizar a distribuio do calcrio (pontos brancos na figura)na camada arada do terreno para um crescimento mais abundante emelhor distribudo das razes das plantas cultivadas (Figura 1).

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    A calagem no deve ser feita sem a anlise prvia do solo, poispode conduzir a desequilbrios entre os ctions ( Ca2+ , Mg2+ e K+), bemcomo reduzir a solubilidade de outros nutrientes, especialmente mi-cronutrientes com srios danos produo agrcola.

  • Calcrio total + arao Calcrio + arao

    Calcrio + gradeao

    Figura 1. Distribuio do calcrio no perfil do solo conforme otipo de incorporao.

    Alm da calagem em rea total, o produtor pode tambm reali-zar uma calagem na cova de plantio. Tem sido indicado dois critriospara quantificao do calcrio.

    a) CRITRIO TCNICO: Por este critrio, o calcrio aplicadodeve elevar a saturao de bases a V= 70% , ou seja, a necessidade decalcrio fica sendo:

    onde: N.C. = Necessidade de CalcrioV2 = Saturao desejadaV1 = Saturao original do soloT = CTC = (Ca+Mg+K+H+Al)PRNT(%) - Poder Relativo de Neutralizao Total

    At que novas pesquisas provem o contrrio, esta a formamais adequada para o clculo da necessidade de calcrio em lavouracafeeira. O inconveniente que, em solos argilosos, com teores relati-vamente elevados de matria orgnica, a quantidade de calcrio ne-cessria alta e nem sempre cabe no bolso do cafeicultor. Da a neces-sidade de se utilizar outro mtodo que possa ser razovel do ponto devista agronmico e ser absorvido pelo produtor. Afinal, numa situaode necessidade, pior do que aplicar pouco calcrio no aplic-lo.

    b) CRITRIO ECONMICO: Por este mtodo, o calcrio aplicadodeve neutralizar o alumnio trocvel. Embora provoque uma melhoriageneralizada, no altera de forma muito significativa as principais ca-ractersticas qumicas do solo. No entanto, por indicar menores quan-

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  • tidades de corretivo, permite ao produtor algum tempo para se capitali-zar e voltar a aplic-lo. O valor do alumnio determinado nas anlisesde solo deve ser multiplicado por um fator (f) que varia conforme o solo.Assim, para solos argilosos a necessidade de calagem calculada,usando-se f = 2, ou seja, N.C. = Al x f. Para solos arenosos f = 1,5.

    CALAGEM NA COVA/SULCO

    O calcrio na cova de plantio tem efeito localizado e contribui deforma mais significativa para o crescimento radicular em profundida-de. uma aplicao opcional e no deve ser entendida como substi-tuta da calagem em rea total. Sua utilizao, baseia-se em critriosagronmicos bem consolidados e no deve ser feita sem prvia anlisede solo.

    Quantidades elevadas provocam alteraes substanciais no pHdo solo dentro da cova e como conseqncia, reaes de insolubilizaode vrios elementos, principalmente ps micronutrientes, Exemplo:Zn2+ +2(OH)- > Zn(OH)2 . Assim, a Tabela 1 auxilia na deciso daquantidade de calcrio a ser aplicada. A coluna da esquerda, mostra afaixa de teores de clcio (Ca) e magnsio (Mg) revelada pela anlise dosolo. A coluna seguinte, indica a quantidade de calcrio em gramapor dm3 de solo na cova. A terceira coluna, mostra o aumento de Ca eMg provocado pela adio do calcrio e a ltima, caracteriza, a relaoCa: Mg contida no calcrio magnesiano. uma relao adequada e ocalcrio magnesiano ou o calctico devem ser utilizados preferente-mente nas reas com bom suprimento de Mg.

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  • Fica claro que a determinao da massa do solo dentro dacova/sulco, fundamental para o clculo da quantidade de calcrio aser aplicada. No item "Adubao Orgnica" ser dado exemplo de comocalcular o volume do solo.

    ADUBAR ( ? )

    Esta uma pergunta que os produtores tm feito, em virtudedos custos dos fertilizantes e dos resultados nem sempre animadoresna produo.

    Quanto aos custos, sabe-se que existem meios para reduzi-los,atravs da utilizao mais racional dos fertilizantes (anlise qumica dosolo, histrico da rea, da cultura, etc); pela combinao com outrasformas de adubao (orgnica, verde) e pela maior eficincia de apro-veitamento (adensamento, manejo de plantas, parcelamentos, localiza-o, etc).

    Em relao aos resultados obtidos com o uso de fertilizantes,tem ficado provado que somente se consegue potencializar as respos-tas, quando uma srie de requisitos so preenchidos. Por exemplo: asdemandas qualitativa (nitrognio, potssio, etc.) e quantitativa (dose dofertilizante) devem ser bem dimensionadas. A utilizao do fertilizante

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  • necessita ser feita com critrio, especialmente quanto ao momento deaplicao (poca), quanto ao fracionamento (nmero de aplicaes),quanto ao local de aplicao (onde aplicar) e quanto ao modo de aplica-o (distribuio do fertilizante). Atendendo a todas estas questes: oque aplicar?, quanto aplicar?, poca de aplicar?, onde aplicar?, comoaplicar?, com certeza o produtor ter dado um passo fundamental parao sucesso da adubao.

    No entanto, somente estes cuidados no so suficientes paragarantir o xito da fertilizao. H necessidade de outros, que intera-gem com a adubao, tais como: calagem, conservao do solo, subso-lagem, manejo de ervas, controle de pragas e doenas, densidade deplantio, podas, etc. aumentando a capacidade de resposta das plantas.

    Uma parte considervel dos produtores comete, no raro, o pe-cado de no executar as prticas indicadas pela pesquisa e extensorural. Isto naturalmente fruto da cultura destes produtores queacreditam, ainda, ser o solo uma fonte inesgotvel de nutrientes paraas plantas. Aqueles que aceitam parcialmente as mudanas tecnolgi-cas, geralmente as utilizam sua maneira, desprezando detalhes queacabam prejudicando o resultado final. A minoria dos produtoresaceita as novas tecnologias e as aplicam integralmente, formando ogrupo de agricultores bem sucedido que alcanam timos resultadosna atividade agrcola.

    A adubao tem sido citada como o fator de produo, que maisestimula a elevao da produtividade na agricultura brasileira, natu-ralmente, desde que os outros fatores tenham sido respeitados, como:variedade adequada, controle fitossanitrio, tratos culturais, manejodo solo, etc.

    A adubao nada mais do que colocar disposio das plan-tas (soluo do solo), os nutrientes, em quantidades que supram a de-ficincia de fornecimento pelo solo, relativo demanda da cultura, as-sim:

    N.A. = N.P. - F.S.

    onde: N.A. = Necessidade de AdubaoN.P. = Necessidade da PlantaF.S. = Fornecimento pelo solo

    Quando : N.P. < F.S. No necessita adubaoN.P. > F.S. Necessita adubaoN.P. = F.S. Ponto crtico.

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  • Para entender melhor: (N.P. < F.S.) quando o solo muito frtile consegue suprir com sobras a demanda das plantas, o uso de fertili-zantes no trar acrscimo produtividade. (N.P. > F.S.) quando o for-necimento pelo solo no suprir toda a demanda da planta haver ne-cessidade de adubar para no ocorrer diminuio da produtividade.(N.P. = F.S.) No ponto crtico, a princpio, no h resposta a adubo,porm a no aplicao do fertilizante conduzir o solo para a situaoN.P. > F.S. , ou seja, o solo passar a ser deficiente e necessitar deadubao para manter os nveis de produtividade. A sugesto nestecaso repor a retirada de nutrientes pelos frutos.

    ADUBAO DE PLANTIO

    ADUBAO ORGNICA: A matria orgnica na cova/sulco de plantiotem duas finalidades principais. A primeira, a de servir como fonte denutrientes de disponibilidade lenta s plantas. Devido a este fato, amaior parte dos nutrientes liberados durante sua decomposio, as-similado pelas razes das plantas, havendo pouca perda por lixiviao epor processos erosivos. A segunda, a de constituir-se em condicina-dor do solo, sendo responsvel por melhor agregao das suas part-culas, facilitando a infiltrao de gua; aumentar a CTC, ou seja, au-mento das cargas negativas do solo, contribuindo para maior retenodos elementos nutrientes aplicados atravs dos fertilizantes; complexaro alumnio com reduo das formas txicas no solo; aumentar a reten-o de umidade, etc. que provocam melhorias generalizadas no solo,levando a uma condio muito mais favorvel ao crescimento e produ-o das plantas cultivadas.

    Apesar de todas estas virtudes, a adubao orgnica no deveser realizada de forma exclusiva, mas sim, de forma a complementar aadubao mineral e contribuir para potencializar a eficincia destaltima.

    A Tabela 2 apresenta sugesto para a realizao da adubaoorgnica, que baseada no volume de solo dentro da cova/sulco. deplantio. Este volume (V) facilmente determinado, bastando apenasque se multiplique o comprimento da cova (C0) largura (L), o re-sultado multiplica-se pela altura (A), ou seja, V = C x L x A. Normal-mente os valores das dimenses da cova dado em metro (m). Portantoo resultado ser em metro cbico (m3). Para fins de facilitar o clculo,ser dado um exemplo prtico para uma cova com 0,25 m de compri-mento por 0,20 m de largura e 0,30 m de profundidade. O resultado

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  • ser igual a 0,015 m3. Este valor corresponde a 15 dm3 de solo dentroda cova.

    A cova do exemplo dado, utilizando-se uma fonte de M.O. queexija relao solo: matria orgnica igual a 4:1 ter 12 litros desolo e 3 litros de M.O.

    Se o plantio feito no sulco, o clculo do volume de solo feitoda seguinte forma: largura da abertura do sulco (L), multiplicado pelaprofundidade (P), dividido por 2 e multiplicado pelo comprimento de 1m (C), ou seja, V = Lx P x C.

    2Em geral muito difcil misturar toda a terra do sulco com o

    calcrio, fertilizantes e adubo orgnico, da a necessidade de reduzir ovolume pela metade. Por exemplo, se um sulco tem 0,4 m de largura deboca , 0,4 m de profundidade, o volume total de terra em um metro desulco ser igual a 0,08 m3, ou seja, 80 dm3. Como a mistura de terra efertilizantes ser realizada aproximadamente apenas na metade inferi-or do sulco, teremos um volume de incorporao igual a 40 dm3. combase neste volume de solo que ser calculado as quantidades de fertili-zantes, calcrios e adubo orgnico a ser aplicado em 1,0 m linear desulco.

    ADUBAO FOSFATADA: O fsforo (P) um dos nutriente que maiscontribui para a formao e desenvolvimento do sistema radicular dasplantas.

    A adubao dentro da cova/sulco o momento ideal para seaplicar o nutriente em profundidade para atender demanda das ra-zes subsuperficiais e potencializar seu aproveitamento. Este fato particularmente verdadeiro para o fsforo que apresenta extrema difi-culdade em se movimentar no solo (difuso) ao encontro das razesabsorventes.16

  • Na Tabela 3, apresentada sugesto para aplicao de fertili-zantes fosfatados. A indicao baseada em anlise de solo que seencontra na primeira coluna da Tabela. Na coluna seguinte verifica-seque as quantidades de fertilizante fosfatado diminuem, medida queos teores de fsforo no solo aumentam.

    Neste exemplo foi utilizado como fonte de fsforo, o fertilizantedenominado superfosfato simples, apenas por ser a mais conhecidados produtores; poderia, naturalmente, ser outra qualquer. O impor-tante . preservar a informao contida na terceira coluna, onde mostrado a quantidade de P2O5 / dm3 de solo da cova/sulco. Final-mente, na ltima coluna, pode-se calcular o aumento terico de fsforono solo provocado pela adio do fertilizante fosfatado.

    A princpio este aumento pode parecer exagerado, no entantodeve-se ter sempre em mente que boa parte do fsforo aplicado parti-cipa de reaes no solo que o torna temporria ou definitivamente in-disponvel s plantas. Estas reaes so mais intensas nos solos argi-losos e menos nos arenosos. Como conseqncia, ao se aplicar quanti-dades semelhantes de fsforo em ambos os solos, dever ocorrer maiordisponibilidade nos solos arenosos, podendo desta forma a quantidadeser diminuda em relao aos solos argilosos (Tabela 4).

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  • ADUBAO POTSSICA: A aplicao de potssio (K) na cova/sulco deplantio uma prtica obrigatria, especialmente nos solos comcarncia deste elemento, embora a demanda pelas plantas jovensseja pequena.

    conhecido o efeito do potssio na formao do amido, cujadeficincia pode provocar menor crescimento das plantas, menor for-mao e desenvolvimento de ramos e folhas. O potssio particular-mente muito demandado pelas plantas adultas em produo, devido grande extrao pelos frutos.

    Tem sido demonstrado que a utilizao de potssio nas prticasde adubao confere maiores nveis de K no tecido foliar e maior tole-rncia do cafeeiro geada (CHAVES & MANETTI FILHO, 1990).

    Na Tabela 5, apresentada sugesto para a adubao potssicana cova/sulco de plantio em solo argiloso. A indicao baseada noresultado de anlise de solo. Foi utilizado como fonte de potssio, ofertilizante conhecido como cloreto de potssio por ser bem conhecidodos produtores. Nada impede que outra seja utilizada. O importante manter inalterados os valores de K2O/dm3 de solo da cova ou sulco daterceira coluna. Na ltima coluna, observa-se o aumento terico doteor de potssio no solo, devido ao fertilizante aplicado.

    A princpio os valores podem parecer exagerados, porm deve-mos lembrar sempre que na implantao da lavoura o momento idealpara se aplicar os fertilizantes em profundidade. Alm disso, a plantapode utilizar esses nutrientes por longo perodo de tempo.

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  • Na Tabela 6 indicada a adubao potssica na cova/sulco deplantio para cafeeiros localizados em solos arenosos.

    ADUBAO COM ENXOFRE: Tem sido documentado na literatura aimportncia do enxofre na nutrio e produo do cafeeiro. O enxofrenas plantas, forma substncias determinantes da qualidade do pro-duto, desempenhando importantes funes, sobretudo no metabolismodas albuminas e nas reaes enzimticas.

    Especula-se que os grupos sulfidrilos (-SH) do tecido vegetalcontribuem para aumentar a resistncia das plantas ao frio e seca.Nas plantas jovens, como o caso das mudas nos dois primeiros anosdo cafeeiro, o suprimento de enxofre pode ser feito com a utilizao dematria orgnica de boa qualidade e aplicao de superfosfato simplesou gesso na cova/sulco de plantio (Tabela 7). O uso posterior do sul-fato de amnio como fonte de N, tambm ser suficiente para mantersatisfatrio a nutrio com relao ao enxofre, durante o crescimentodo cafeeiro.

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  • ADUBAO COM MICRONUTRIENTES: O uso de micronutrientes nacova/sulco de plantio do cafeeiro, no uma prtica muito comumentre os produtores. Este fato verificado porque o produtor, tradicio-nalmente se habituou a utilizar matria orgnica e macronutrientes.Como a matria orgnica uma fonte muito segura de micronutrien-tes, at um passado no muito distante, o suprimento para as plantaspodia ser exclusivamente feito atravs desta prtica. Com o manejoinadequado dos solos e seu conseqente depauperamento, as evidnci-as de carncias de micronutrientes, especialmente boro e zinco passa-ram a ser mais freqentes. Isto no indica, no entanto, que se devaaplicar indiscriminadamente micronutrientes em qualquer situao.

    Existem resultados de pesquisas que mostram um estreito in-tervalo entre valores foliares adequados e excessivos. O excesso podeser mais prejudicial que a falta. Afinal suprir a falta muito mais fcildo que eliminar o excesso. Em condies normais de uso do solo, aadequada adubao orgnica, supre as necessidades iniciais da plantajovem. Posteriormente, atravs de pulverizaes e/ou aplicaes nosolo pode ser suprida a demanda da planta adulta.

    O no uso de matria orgnica na cova, em solos degradados ecom histrico de deficincia de micronutrientes, pode levar m for-mao inicial das plantas.

    Diante desta situao indica-se a aplicao de micronutrientesconforme sugesto apresentada na Tabela 8.

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  • ADUBAO VERDE

    A adubao verde consiste em prtica de se incorporar ao soloa massa vegetal no decomposta, de plantas cultivadas no prprio local ou importadas, com a finalidade de preservar e/ou restaurar a pro-dutividade das terras.

    As leguminosas so as plantas preferntemente utilizadas, pelasuas caractersticas de grandes produtoras de massa verde, sistemaradicular bem ramificado e profundo, ricas em compostos orgnicosnitrogenados e capazes de fixar o nitrognio atmosfrico atravs dasimbiose com as bactrias do gnero Rhizobium

    Estas plantas em geral apresentam satisfatrio crescimento eproduo de biomassa em solos d baixa fertilidade.

    A adubao verde tem pelo menos duas importantes finalida-des. A primeira a de cobrir o solo e proteg-lo contra os efeitos dano-sos da eroso. Neste particular, a cobertura do solo com plantas, ofator isolado de maior importncia no controle da eroso hdrica dasterras agrcolas. A segunda a de melhorar algumas caractersticasqumicas, fsicas e biolgicas do solo, afim de melhorar sua capacidadeprodutiva e garantir maior aproveitamento dos fertilizantes aplicados.O adubo mineral aplicado juntamente com a adubao verde, podepotencializar a capacidade produtiva tanto do solo como da planta compossibilidades de reduzir a utilizao do fertilizantes minerais, dimi-nuindo o custo da prtica da adubao (CHAVES, 1994).

    A massa vegetal, ao se decompor na superfcie do terreno, liberagradativamente os nutrientes que ficam prontamente disponvel paraas plantas subseqentes. Alm disso os compostos orgnicos ajudamna agregao do solo, tornando-o mais poroso com melhor capacidade.de infiltrao e reteno de gua (CHAVES et al., 1997); aumenta aatividade e diversidade dos microrgnismos do solo, responsveis peladecomposio da matria orgnica, fixao biolgica, de nitrognio, etc.

    Em lavoura cafeeira, a adubao verde deve ser praticada ex-clusivamente no vero.

    Na Tabela 9 apresentado sugesto para a adequada utilizaodos diversos adubos verdes recomendados para reas cultivadas comcafeeiros.

    Os adubos verdes mucuna cinza, lab lab e leucena s, devem sercultivados em sistemas tradicionais de plantio de cafeeiro. Os demais,so adaptados para os sistemas tradicionais e adensados.

    Deve-se salientar que o lab lab, embora seja um excelente adu-bo verde, apresenta o inconveniente de ser susceptvel ao nematide.

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  • Portanto, em reas com suspeita deste patgeno, no deve ser cultiva-do este adubo verde.

    O manejo (corte) dos adubos verdes deve ser realizado porocasio do florescimento pleno, com exceo da leucena que um adu-bo verde perene, devendo ser manejado sempre que a altura atingirentre 1,8 a 2,0 m. Por ser perene a leucena exige de 3 a 4 podas porano, tomando-se sempre o cuidado de fazer coincidir uma poda antesda colheita, ou seja, aproximadamente no incio de maio.

    Toda massa vegetal deve ser deixada na superfcie do solo, ondesofrer decomposio.

    As sugestes para o nmero de linhas por rua de cafeeiro (Ta-bela 9) baseada em lavoura com espaamentos tradicionais de 3,5 a4,0 m entre linhas. Devem ocorrer alteraes para os sistemas adensa-dos de plantio do cafeeiro.

    Outro aspecto importante diz respeito ao tempo de utilizaodos adubos verdes. Na Tabela 10 apresentado indicao para a utili-zao dos diversos adubos verdes em funo do sistema de plantio dalavoura cafeeira.

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  • A utilizao de adubo verde anualmente nos sistemas de plan-tio tradicionais, com espaamento de 3,5 a 4,0 m na entre linha docafeeiro, muito importante com o objetivo de manter o solo coberto eportanto protegido, no perodo de maior ocorrncia de chuvas. Comisto consegue-se reduzir drasticamente os danos provocados pela ero-so.

    Nos sistemas medianamente adensados, com espaamentoentre 2,0 a 2,5 m na entre linha, o adubo verde deve ser cultivado nos2 ou 3 primeiros anos com o mesmo objetivo; cobrir o solo na entrelinha, at que o prprio cafeeiro o faa.

    No sistema adensado, com espaamento entre 1,8 a 2,0 m naentre linha, o plantio possvel no primeiro e talvez no segundo anoaps a implantao do cafeeiro. J nos super adensamentos, com es-paamentqs entre linhas variando de 1,0 a 1,5 m, provavelmente ocultivo do adubo verde somente seja possvel no primeiro ano da lavou-ra. Aps este tempo indicado para os diversos sistemas de cultivo docafeeiro, a prpria planta (cafeeiro) passa a cobrir o solo e exercer oefeito protetor.

    ADUBAO DE FORMAO

    A adubao de formao, ou seja, aquela realizada aps o plan-tio, leva em considerao a fertilizao procedida na cova de plantio.Por exemplo, a no utilizao de matria orgnica e adubao mineralna cova de plantio implica na necessidade do uso destes fertilizantes,principalmente os minerais, to logo seja comprovado o pegamento dasmudas. Assim mesmo os resultados sero inferiores quando compara-dos com os procedimentos normais de adubao.

    considerada como adubao de formao, aquela procedida apartir do prximo perodo chuvoso aps o plantio.

    O clculo dos valores foram baseados num hipottico modelode crescimento do cafeeiro, nos dois anos aps a implantao da la-voura, sendo portanto uma primeira aproximao. Com obteno denovos resultados de pesquisas, esta prtica ser progressivamenteaperfeioada. .

    Caso ocorra produo j no segundo ano, ser necessrio esti-mar a quantidade de frutos, com o objetivo de repor os nutrientes con-sumidos pelos mesmos, ou seja, utiliza-se a tabela de adubao deformao e acrescenta-se a demanda dos frutos.

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  • ADUBAO NITROGENADA: Na tabela 11 apresentada sugestopara a adubao nitrogenada nos dois anos de formao da lavoura.Em relao Tabela 11, cabe acrescentar que as quantidades do nu-triente diminuem por planta e aumentam por rea, na medida em quea lavoura se torna mais adensada. Este fato resulta da constatao deque: 1) em sistemas adensados de plantio a eficincia agronmica dofertilizante maior e 2) o modelo de crescimento da planta se altera medida que o espaamento entre plantas se reduz, ou seja, o dimetrode copa diminui; a distncia entre os ramos plagiotrpicos aumenta,assim como os interndios dos ramos produtivos.

    ADUBAO FOSFATADA: A utilizao do fsforo leva em conta o teorno solo, determinado pela anlise qumica. As Tabelas 12 e 13 apre-sentam sugestes de adubao fosfatada do cafeeiro, para os dois anosseguintes ao plantio. O critrio para o clculo das quantidades, baseia-se na anlise do solo e no sistema de plantio.

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  • ADUBAO POTSSICA: Em relao ao potssio, o procedimento idntico ao fsforo, ou seja, calcula-se a necessidade de adubao,baseada no teor do elemento no solo e segundo a idade e sistema deplantio. As Tabelas 14 e 15 apresentam sugestes de adubao pots-sica do cafeeiro, para os dois anos seguintes ao plantio.

    Em se tratando dos macronutrientes, estas so as principaisadubaes a serem realizadas no periodo de dois anos aps a implan-tao da lavoura. No haver, a princpio, necessidade de forneci-mento de clcio, magnsio e enxofre, conhecidos como macronutrien-.tes secundrios.

    O estoque destes elementos, fornecidos pela calagem em reatotal e cova/sulco, mais a matria orgnica e superfosfato simples noplantio, suficiente para a nutrio das plantas no perodo.

    sugerido no entanto que parte da adubao nitrogenada sejarealizada com sulfato de amnio que contm quantidade considervelde enxofre.

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  • ADUBAO COM MICRONUTRIENTES: Quanto aos micronutrientes,tem sido constatado com mais freqncia no Paran, deficincia deboro e zinco. As lavouras localizadas nas regies de solos arenosossofrem mais com a falta de micronutrientes.

    A correo poder ser feita de forma preventiva, mediante an-lise foliar, antes do aparecimento dos sintomas de carncia.

    A Tabela 16 apresenta sugesto para aplicao de boro no solo,em vrios sistemas de plantio do cafeeiro.

    Indica-se o uso do boro no solo, devido a sua caracterstica deimobilidade na planta. A aplicao via folha exige vrias pulverizaes.Deve-se ressaltar que a absoro foliar mais rpida que a radicular,embora de efeito menos duradouro. Se ocorrer deficincia muito seve-26

  • ra, indicado pelo menos uma pulverizao foliar, acompanhada deaplicao no solo. Indica-se o cido brico (H3BO3) para pulverizaofoliar na concentrao de 5 g/dm3 ou 0,5 % = 500g de cido bri-co/100 litros de gua. A soluo deve ser aplicada de forma a molharbem a planta.

    O zinco outro micronutriente que vem exigindo aplicaes fre-quentes em virtude de sua carncia nas principais reas cafeeiras doParan. Alguns resultados de pesquisas tm mostrado que a correodo zinco, atravs de aplicaes foliares, satisfatria (CHAVES, 1989).O zinco por ter ntima relao com os componentes de crescimento daplanta, deve ser aplicado na fase de mximo desenvolvimento vegetati-vo do cafeeiro. Assim, o perodo mais adequado de aplicao vai deoutubro a fevereiro. Indica-se o sulfato de zinco (ZnSO4.7H2O) em solu-o a 0,5 % (5 g/dm3) ou o zinco quelatizado (EDTA-Zn) a 1,0 % (10g/dm3). Duas aplicaes em pulverizao foliar no perodo indicadoso suficientes para correo da deficincia.

    ADUBAO DE PRODUO

    Sem dvida esta a fase em que o cafeeiro demanda as maioresquantidades de nutrientes, especialmente devido produo de frutos.

    Para o clculo correto da quantidade de fertilizantes a aplicar, necessrio levar em considerao a anlise de solo, o nvel de eficinciado fertilizante, a densidade de plantio, a produtividade da lavoura e anecessidade de vegetao.

    A quantidade demandada pelos frutos foi avaliada atravs detrabalho conduzido no IAPAR (Chaves & Saruge,1984). A demanda denutrientes para a vegetao, baseou-se em modelo hipottico de cres-

    27

  • cimento das plantas nos diversos espaamentos, necessitando portan-to, ser periodicamente avaliada com o objetivo de aperfeioar a prtica.

    UMA EXPLICAO NECESSRIA

    Todas as plantas tm uma demanda por nutrientes; esta de-manda igual quantidade para suprir suas necessidades para sedesenvolver e produzir bem. O solo o meio natural que fornece nutri-entes e gua s plantas. Nem sempre o solo contm os nutrientes emquantidades adequadas e balanceadas para atender a demanda dasplantas. Alm disso, uma srie de fenmenos ocorre no solo tais comoadsoro, precipitao, imobilizao, etc. que pode tornar os nutrientesmenos disponveis s plantas. Por essas razes, freqentemente osagricultores tm que recorrer ao uso dos fertilizantes mine-rais/orgnicos, calcrios, etc. para conseguirem produtividades eleva-das de suas lavouras.

    Assim, o conhecimento da necessidade de nutrientes pelasculturas para crescerem e produzirem satisfatoriamente necessrio,porm insuficiente para o clculo da adubao; necessrio que seconhea tambm a eficincia de aproveitamento dos diversos fertili-zantes. Como esta informao no est disponvel de forma criteriosapela pesquisa, foi feito neste trabalho uma simulao (primeira apro-ximao), baseado nos conhecimentos de crescimento e produo docafeeiro dos solos, e dos fertilizantes de como seria o ndice de apro-veitamento de alguns nutrientes ao ser aplicado no solo. Para estetrabalho, entendeu-se como razovel em lavouras em produo, que aeficincia de aproveitamento de nitrognio (parcelado em 04 a 05 apli-caes) prxima de 65 % em lavouras tradicionais, de 70 % em la-vouras adensadas e, de 80 % em lavouras super adensadas, indepen-dente do tipo de solo e fertilizante utilizados . O fsforo teria um apro-veitamento, em solos argilosos de 30 % em sistemas tradicionais, de35 % nos sistemas adensados e 40,% nos super adensados, no ano deaplicao. Nos solos de textura mdia e arenosa, o aproveitamento se-ria na ordem de 40 % nos plantios tradicionais, 45 % nos sistemasadensados e 50 % nos super adensados, tambm no primeiro ano.Como estas informaes foram estimadas e no medidas, servem parafacilitar os clculos das quantidades a aplicar; no entanto, medidaque a pesquisa avanar, novos resultados contribuiro para racionali-zar a prtica da adubao nos diversos sistemas de lavoura cafeeira.28

  • a) ADUBAO DE VEGETAO

    A Tabela 17 mostra a necessidade de nutrientes para o cafeeirovegetar satisfatoriamente nas diferentes densidades de plantio.

    b) ADUBAO DE FRUTIFICAO

    A Tabela 18 mostra a quantidade de nutrientes extrada por1000 kg de caf em coco (semente + casca).

    Com as Tabelas de adubao de vegetao e frutificao pos-svel calcular a adubao do cafeeiro.

    29

  • ADUBAO NITROGENADA: A adubao nitrogenada no leva emconta a anlise de solo. Utilizam-se as informaes sobre a densidadede plantas, a eficincia do fertilizante e as necessidades para vegetaoe frutificao. Com estas informaes possvel fazer uma adequadaindicao para adubao nitrogenada para plantas em produo.

    ADUBAO FOSFATADA: A adubao fosfatada leva em conta o teorde fsforo no solo, a densidade de plantas, a eficincia do fertilizante eas necessidades para vegetao e produo. A Tabela 19 apresentasugesto para a adubao fosfatada.

    A Tabela 19 mostra um tipo de adubao que ainda no foi dis-cutido. a adubao corretiva. Esta adubao um percentual calcu-lado com base na soma da adubao vegetativa e adubao de frutifi-cao. Esta adubao serve para adicionar no solo uma quantidadeextra de fertilizante, no sentido de colocar o teor do nutriente em umnvel mais adequado.

    Quanto ao nvel de produtividade aceito que at 1.600 kg decaf em coco situa-se na faixa de baixa produtividade; de 1.600 a30

  • 3.000 kg na faixa de mdia produtividade e acima de 3.000 kg, na faixade alta produtividade.

    ADUBAO POTSSICA: O clculo para a utilizao do fertilizantepotssico feito de forma semelhante ao utilizado para a adubaofosfatada.

    A Tabela 20, mostra a sugesto para adubao potssica, se-guindo a mesma linha de raciocnio da adubao fosfatada.

    ADUBAO COM ENXOFRE: Em relao ao nutriente enxofre, deve-setomar o cuidado de utilizar sempre que possvel os fertilizantes super-fosfato simples e sulfato de amnio que contm quantidades significa-tivas do nutriente.

    As quantidades podem ser determinadas, utilizando-se os dadosdas Tabelas 17 e 18. Se o fornecimento destas duas fontes for insufici-ente, poder ser complementado com o gesso que contm aproxima-damente 55 % de SO4

    2-.

    ADUBAO COM MICRONUTRIENTES: Em relao aos micronutri-entes, indica-se o uso do boro no solo, com aplicao de brax quecontm 11 % de B. Como a quantidade pequena, ocorre dificuldade

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  • para a aplicao correta (distribuio); indica-se as quantidades cons-tantes na Tabela 21.

    CALAGEM PARA O CAFEEIRO EM PRODUO

    A calagem para o cafeeiro em produo realizada para neutra-lizar a acidez provocada principalmente pelos fertilizantes nitrogenadose tambm para equilibrar os teores de clcio e magnsio no solo, devi-do principalmente a retirada pelas colheitas.

    O mtodo para quantificar a necessidade de calcrio da satu-rao de bases para elevao de V % = 60 % , ou seja :

    Sugere-se tambm que se faa anualmente (ms de janeiro)anlise foliar para se avaliar a nutrio de boro e dos demais nutrien-tes. Com esta anlise possvel tomar decises de suspender ou conti-nuar aplicando boro no ano seguinte, ou mesmo diminuir ou aumentara aplicao dos demais nutrientes.

    Quanto ao zinco prefervel sua aplicao em pulverizao foli-ar no perodo de outubro a fevereiro. Geralmente duas a trs aplicaesde soluo com sulfato de zinco a 0,5 % (5 g/dm3) so suficientes; semisturado ao cobre, elevar a concentrao para 0,8 %.

    Quanto ao cobre, tambm indicado pulverizaes foliares. Osfungicidas para controlar algumas doenas, no tm permitido queocorra deficincia deste nutriente; oxicloreto de cobre a 0,8 % pode seraplicado junto com outros micronutrientes.

    O calcrio deve ser aplicado conforme o sistema de plantio. Asdoses no devem ser muito altas em uma nica aplicao. Por exem-plo, necessidade de calcrio acima de 2,0 t/ha deve ser parcelada emduas ou mais aplicaes, que sero realizadas anualmente, como sefosse uma adubao. Admite-se que a quantidade para aplicao de32

  • uma s vez de calcrio em solo arenoso no deva ultrapassar 1,2 t/ha(0,12 kg/m2) e em solo argiloso 2,0 t/ha (0,20 kg/m2). Se a necessida-de for muito alta e levar por hiptese 3 anos para a aplicao total,deve-se realizar nova amostragem de solo antes da terceira aplicaocom o objetivo de reavaliar a necessidade de calcrio.

    A forma de fornecimento tambm deve ser modificada. Em sis-temas tradicional e medianamente adensado, o calcrio deve ser cal-culado e aplicado em rea parcial (na zona de maior influncia do sis-tema radicular das plantas). Neste caso deve-se calcular a rea ocupa-da por uma planta e multiplic-la pelo nmero de plantas/ha para sechegar rea efetiva de calagem. Com isso, as quantidades diminuemsignificativamente. Se houver interesse em cultivo intercalar, o calcriopoder ser aplicado em toda a rea.

    A rea do cafeeiro em sistema tradicional pode ser calculada,da seguinte forma:A = R2 e no sistema medianamente adensado com adensamento nalinha: A = C , onde R o raio da "saia" do cafeeiro; o dimetro dasaia e C a distncia entre as plantas na linha. Assim, uma lavouraespaada de 4,0 m x 2,5 m que tenha um raio (R) de "saia" igual a 1,1m ter rea (A) = 3,80 m2 . Outra lavoura espaada de 2,5 m x 1,0 mque tenha um dimetro () de "saia" igual a 1,9 m, ter rea (A) = 1,9 x1,0 = 1,9 m2. No sistema adensado de plantas, o calcrio deve ser apli-cado em rea total.

    Em sntese, a calagem para produzir melhores efeitos, necessi-tar ser aplicada em doses pequenas e anualmente, utilizando-se amesma tecnologia de aplicao dos fertilizantes. Calcula-se a quanti-dade de calcrio utilizada em 1,0 m2 e multiplica-se esta quantidadepela rea ocupada por uma planta para se conhecer quanto aplicar porplanta; aps, multiplica-se quantidade de cada planta pelo nmerototal de plantas por rea, para se saber quanto ser utilizado por hec-tare, por exemplo.

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  • COMENTRIO FINAL

    Neste documento, procurou-se relatar as informaes tcnicasmais relevantes referentes ao manejo do solo e prticas de adubao ecalagem durante as fases de pr e ps-plantio do cafeeiro.

    A inteno, naturalmente, no foi a de esgotar o assunto. Cadaum com seu conhecimento, senso de responsabilidade e criatividade,pode melhorar, adaptar e adotar novas prticas, que sendo dinmicaspodem ser utilizadas de forma a apresentar resultados sempremais eficientes.

    Todas as prticas sugeridas neste trabalho devem ser seguidaspelo produtor com o objetivo de obter maior sucesso no seu empreen-dimento. A cultura cafeeira sendo de caracterstica perene, tem altocusto de implantao, devendo produzir colheitas satisfatrias pormuitos anos. A no adoo de alguma prtica, pode levar m forma-o das plantas, refletindo em lavouras carentes e improdutivas o quefatalmente acabar desestimulando o produtor a continuar na ativi-dade.

    Existem algumas prticas que podero ser dispensadas, se oprodutor j as executou anterior e recentemente, como por exemplo, aamostragem de solo, a subsolagem e a calagem. Se a prtica demandaum volume razovel de capital e no existe disponibilidade para aten-d-la integralmente, procure discutir a questo com os EngenheirosAgrnomos locais. Quase sempre possvel encontrar alternativassatisfatrias que invariavelmente acabam trazendo resultados positi-vos aos agricultores.

    O produtor no deve perder nunca de vista que o solo seumaior patrimnio. Este meio de produo, somente proporcionar co-lheitas abundantes se for adequadamente manejado. Nem sempre estemanejo implica em grandes gastos de capital. O plantio adensado porsi s uma forma eficiente de manejar o solo. Com a cobertura propor-cionada pelas plantas possvel reduzir muito os efeitos danosos daeroso; diminuir a lixiviao dos nutrientes; melhorar as condiesqumicas, fsicas e biolgicas. Alm disso, como o sistema est maisequilibrado, possvel melhorar a eficincia dos fertilizantes aplicados,o que significa melhores produtividades, sem gastos adicionais de fer-tilizantes e maior proteo ambiental. No entanto para conseguir todosestes benefcios no basta apenas boas intenes, NECESSRIOFAZER.

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  • LITERATURA CONSULTADA

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