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30 de novembro de 2012 - #119 foto Luca Lunardi videogame Uma vida com o

Caderno Mazup, de 30.11.12, ed 119

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A vida com o video game. Essa é a matéria principal de mais uma edição do caderno Mazup.

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Cachos definidos

Filipe Stacke 01. A camiseta com estampa degradê

é fácil de combinar e deixa o look casual ou esporte mais favorável. Para quem gosta de inventar moda, na internet tem vários tutoriais de como tingir sua peça para obter o degradê. Uma dica de como usar a estampa a seu favor é deixar as partes mais escuras onde se quer afi nar a silhueta.

Tainá TessmannCom o objetivo de trazer visões diferen-

tes sobre a moda para o blog, Tainá pronti-fi cou-se, de forma voluntária, a colaborar com o Lajeado Street Style, trazendo con-teúdos e informações fashion da região e do mundo. Então se avistarem esse lindo rostinho com uma câmera nas mãos pode ser que você também apareça no Lajeado Street Style.

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por Kátia Eckert

Cabelos cacheados costumam estar em luta constante com suas “proprietárias”, fazendo-as enlouquecer. Sei de meninas que (pasmem) abandonaram o xampu e lavavam o cabelo só com condicionador para amenizar o volume/ressecamen-to. Mas não é por aí, gente! O cabelo precisa ser limpo e, para isso, deve-se lavar direitinho. Com algumas dicas podemos sim controlar a rebeldia.Tudo começa na lavagem! Escolha um bom xampu e um condicionador para cabelos cacheados. Depois de bem enxaguados, seque e penteie utilizando um creme para pen-tear que ative os cachinhos. Após lavar e pentear com o creme é hora de secar. Utilize um difusor, amassando de baixo para cima. Dessa forma, os cachos são ativados, e o volume fi ca sob controle. Mas aten-ção! Nunca penteie os cabelos secos, vai acabar com o feito dos cachos e aumentar o volume!

#reileãofeelingsPara fi nalizar, separe algumas mechas do cabelo com o dedo indicador. Segure os fi os enrola-dos por alguns segundos e solte. Destaca mais ainda os cachos. Outra opção é aderir ao babyliss. Seja amiga do secador! Deixar secar ao natural leva muito tem-po e pode deixar a raiz oleosa, diminuindo, assim, o intervalo entre uma lavagem e outra.Semanalmente aposte em uma hidratação, um tratamento de choque, pode ser em casa mes-mo. Hidratação é fundamental! Lave os fi os com um xampu de limpeza profunda e aplique uma máscara com manteiga de karité, lanolina, queratina ou pantenol na fórmula. Para potencializar o efeito, envolva os fi os em uma toalha e esquente com um jato de secador. Deixe agir por 20 minutos e enxágue.Depois é só desfi lar seus lindos cachos por aí! Nos vemos no Frescurinha!Beijo.

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Um ‘player’ à mo

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Alex Ricardo Goettert (29) atravessou o Vale do Rio Pardo e se instalou nas terras férteis do Taquari para tocar a vida. Ele curte jogo de videogame desde os primeiros passos, na época em que o jogo terminava na hora da novela. Nascido e criado em Santa Cruz do Sul, hoje ele comanda em Lajeado uma grande diversão: vende jogos e suprimentos de informática e tem um museu contando a história da primeira interação divertida eletrônica do homem com a máquina

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A promissora década de 1980 trouxe a reboque de sua modernidade fantástica a popularização dos jogos eletrônicos. Atire o primeiro joystick quem é dessa época e nunca pegou num Atari. A invenção da terra do sol nascente apresentou a toda uma geração o poder de trans-formar pulsos elétricos em movimento na tela da tevê. Foi nesse cenário que Goettert nasceu. Filho de uma família tra-dicional santa-cruzense, ao lado do irmão, ele descortinou o mundo mágico dos games que se tornaram uma paixão em sua vida. “O meu primeiro Atari era o famoso 64 - que vinha com 64 jogos na memória”, recorda. Na época, bem diferente do que se vê hoje, era preciso comprar um cartu-cho - coisa de quem já viu fita K-7 e disco de vinil. O cartu-cho era o cartão de memória de hoje, ou a mídia digital que guarda o jogo e os segredos da troca de fase.

Muito mais modesto, o Atari de Goettert tinha jogos ino-centes. O Pac-Man - no Brasil, chamado de “come-come” - é um deles. Eram jogos simples, divertidos e que prendiam a atenção por horas em frente da televisão. E na casa da fa-mília Goettert tinha hora para jogar. O engenhoso aparelho japonês era ligado ao único televisor da casa, prostrado na sala de estar. No turno da manhã, os irmãos iam à aula; à tarde, videogame. “Mas na hora em que o pai e a mãe che-gavam em casa, a tevê era do noticiário e da novela.”

Nosso player à moda antiga conta que a feliz infância não ficou conectada aos cabos do videogame 100% do tem-po. Além das tarefas comuns aos estudantes - ler, fazer dever de casa, estudar para a maldita prova que teima em aparecer todo mês -, Alex e o irmão andavam de bicicleta, jogavam bola. E nunca deixaram de fazer nada por causa da mania do game. “Eu sempre tive namorada, e ela nunca ficou em

segundo plano. O que eu fazia, desde os 16 anos, era dividir o tempo entre ela e o videogame.” (risos)

Depois de jogar muito com o Atari, Alex ganhou um Turbo Game. O último “grito” do jogo eletrônico na épo-ca. A evolução tecnológica permitia um controle de jogo melhor, maior interação com a história e a descoberta de “truques” para passar a perna na inteligência artificial. “O SuperNintendo foi o terceiro. Esse tinha jogos melhorados, com macetes que a gente trocava entre amigos.” Essa práti-ca, Goettert cultiva até hoje, no balcão da lan house ou na loja de informática no Shopping Lajeado. “Isso é coisa de jogador.”

A modernidadeA grande oportunidade de Alex foi quando os computa-

dores pessoais - por volta de 1995 - desembarcaram no Bra-sil. Os cartuchos de jogos cederam espaço aos disquetes de 5,25 polegadas. Com a megacapacidade de armazenar 360 kilobits - medida intermediária entre o bit (unidade de da-dos) e o “megabit”. “E ele armazenava bem e jogos bons.” (risos de novo). No computador do pai de Goettert, o te-clado e o mouse eram os controles do jogo. “Isso foi uma revolução. No computador, o jogo tinha outro sabor. Se vê a evolução muito mais rápido.”

O que no passado dos videogames demorava para che-gar às lojas, nos computadores era uma questão de meses - depois semanas com o advento da internet. “Na época se contava até quantos computadores havia na cidade” - assim como o Censo Demográfico do IBGE conta habitantes. No bairro onde eles moravam, talvez o computador era um dos únicos.

Texto Rodrigo [email protected]ção MPG House

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oda antiga♫ leia ouvindo Chrono Trigger, Far Away Times

Virar um jogoQuando supera todas as fases de um game, Alex “vira” o

jogo. Esse é o ápice de quem é player como Alex. “É aí que está a emoção do jogo. Quando se acha o jogo inte-ressante, se vai até o fim. É aí que se vira o jogo.”

Para atravessar a fronteira é preciso concentração. Isso Goettert diz ter de sobra. Foi o jogo que o fez mais concentrado, ágil e ligado. “É o olho na tela, mãos no teclado ou controle, e a mente no jogo.” A estimulação intelectual e motora é desenvolvida por quem se trans-forma num player como Alex.

Mas como a tecnologia também conhece as regras do jogo, Alex explica que a inteligência artificial começa a pregar peças nos jogadores. Antigamente, quem sabia a “manha” do game, os caminhos mais curtos para passar de fase, era rei. Hoje, a máquina passa a perna nos es-pertos. “O PlayStation 3 e o Xbox já percebem quando o jogador é do ramo”, brinca.

O romantismo do videogameNão existem segredos entre os jogadores. Essa é uma das

características do jogo de videogame. Os “caras” do game não jogam sozinhos. Em rede, ou com seus consoles indivi-duais, cada um compartilha segredos.

Não só isso. Ao longo dos anos, o jogo de videogame se tornou um produto automatizado. A tecnologia é o al-goz do mundo analógico e faz com que a interferência humana seja cada vez menor. Hoje, basta se mover diante de uma câmera, embutida em uma tela, que o jogador comanda a atração. “A tendência é de que essa evolução ocorra de forma muito mais rápida. E isso bitola a ‘guriza-

da’. Alguns ficam presos demais a essa tecnologia e esque-cem da vida.” Outros acabam falando somente a linguagem de uma batalha virtual. “Não é legal. O bom mesmo é dis-por de um tempo para jogar e fazer isso com prazer.”

Alex é jogador à moda antiga. “Eu gostei muito da mi-nha época. Hoje as crianças reclamam muito, e nem sa-bem o porquê.” O romantismo está na dificuldade do início. Conseguir jogos, fazê-los funcionar e entender. Hoje é tudo mais fácil, quebrou-se o encanto, mas não a vontade de jogar.

Na vida de jovem adulto - regrada e com mais res-ponsabilidade -, ele trabalha um turno na empresa que ajudou a fundar e o resto do dia vai mesclando com atividades, como a caminhada. Alex não esquece do mundo real. Para conversar com o Mazup, caminhou de casa até a loja, numa tarde escaldante da primavera “veranil-lajeadense”. “Hoje eu jogo uma hora em casa. No trabalho, dou conselhos, mas não jogo mais. No fim de semana eu jogo mais.” O cargo de patrão não é mole. O capitalismo selvagem manda ir ao banco, fazer pe-didos, conferir estoque e gerir o negócio, para ajudar a financiar os momentos de jogo.

Um museuEm 2010, Alex já havia reunido peças - de seu acer-

vo pessoal -, em uma espécie de Museu do Videogame em uma das salas do shopping. As 20 peças estão na casa dele, e vira e mexe, são exibidas como troféus. Alex tem o primeiro videogame fabricado no mundo, em 1969. Vá-rios funcionam e vão estar expostos outra vez no ano que vem. “São meus tesouros, estão comigo e fazem parte da minha vida.”

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Abram alas para a vaidade: meu pecado-mor

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por Andréia [email protected]

Eu acredito piamente que o que move a roda da vida é a vaidade. Os homens de poder se esforçam não para fazer o bem, mas para aparecer bem na imprensa. Então, eles são

produtivos e bondosos por vaidade. Por isso, nessa terceira crônica Pitônica da série Fim de Mundo, eu quero reservar

uma coluna inteira para a vaidade. Eu tenho um apreço especial pela vaidade. E te-

nho uma teoria interessante: concluí com meus botões, depois de tanto ler e filosofar, que: “Até Deus tem sua vaidade, Ele criou a existência porque queria ser visto como Deus”. Ele me-rece, né, gente?Grande parte das pessoas diz que o amor move a roda da vida, outros afirmam que a fé os move, e alguns falam de sonhos e obje-tivos. Eu estou convencida de que a sensação de importância move a roda da vida. A vai-dade é a engrenagem que gira o moinho. É assim: para tudo e para todos, e para nós mes-

mos, precisamos sentir que somos valorizados. Precisamos perceber isso, e essa sensação de importância é o Tudo. É mais que os milhões, que toda grana, toda Mega-Sena junto, concen-trada no planeta.

Os magnatas trabalham para conseguir di-nheiro, mas no fundo não é o “vil metal” que os incita a trabalhar. Existe uma motivação es-ilu

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CARGA HORÁRIA20h30h54h54h54h20h20h

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2ª, 4ª e 6ª2ª a 6ª2ª a 6ª

TURNONoiteNoiteTardeNoiteNoiteNoiteNoite

condida nos porões da mente: o dinheiro os faz galgar os degraus da importância social. Eles querem ser admirados feito Michael Jackson.

As boazudas conquistam fama e adoram mostrar as formas na tevê. Você acha mesmo que é pelo dinheiro que elas fazem isso? Não, pela sensação de importância que a beleza tra-duz.

Os políticos chegam a ser políticos só pelo dinheiro? Não, por mais que a corrupção nos faça pensar assim, eles querem poder! E poder para quê? Para saber que influenciam popula-ções. Poder, em última instância, é vaidade.Esse cara é Obama, mesmo que Roberto Car-los se vanglorie: “Esse cara sou eu”.

Vamos descer até o populacho. Nós somos o povo. Nós queremos ter filhos para quê? Para amarmos e para perpetuar o sobrenome. Isso é vaidade. Nós amamos também para sermos amados. Por quê? Para ver refletido no amor do outro o nosso próprio valor como seres hu-manos. Nós amamos por vaidade. É a psiquia-tria quem diz isso, e Schopenhauer ratificou.

Está no livro do Eclesiastes que tudo é vai-dade e vento que passa. Talvez o fim do mun-do seja o retrato lúcido do que o Rei Salomão descobriu: “A morte é muito democrática; há uma para todos”. Espere para ver. Enfeite-se, seja vaidoso até o fim.

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