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Cultura | pág.11 Livro aborda relação entre música e política “Quem foi que inventou o Brasil?” foi escrito pelo jornalista Franklin Martins Arquivo Fernando Frazão/ABr 27 a 30 de agosto de 2015 • distribuição gratuita Ano 3 | edição 116 Divulgação/Agência Brasil Trabalhadores do Comperj e prefeitos protestam no Rio Eles reivindicam a conclusão das obras de uma refinaria da estatal Ex-presidente do Uruguai participará de encontro na UERJ Fernando Frazão/ABr Cidades | pág.7 Pepe Mujica no Rio de Janeiro Segundo a Associação de Comunidades Rema- nescentes de Quilombos do Estado do Rio (Acquilerj), dos 42 quilombos existentes no estado, 32 já foram reconhecidos. Porém, apenas duas comunidades conseguiram o título de suas terras, o que representa menos 5% do total. Especial | págs.8 e 9 Cultura | pág.10 Calça Larga é sinônimo de história no Salgueiro Vida e morte na Academia do Samba BASTA DE VIOLÊNCIA Em zonas de conflito, a violência contra a mulher é uma arma de guerra. Por isso a Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) defenderá a “Paz e a Desmilitarização” como tema principal do evento que será realizado nos dias 29 e 30 de agosto. O evento faz parte de um calendário nacional de atividades. Menos de 5% dos quilombolas têm terras com títulos no RJ Facebook Curta nossa página no Cidades | pág.5 Mundo | pág.6

Brasil de Fato RJ - 116

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Cultura | pág.11

Livro aborda relação entre

música e política “Quem foi que

inventou o Brasil?” foiescrito pelo jornalista

Franklin Martins

Arquivo

Fernando Frazão/ABr

27 a 30 de agosto de 2015 • distribuição gratuita

Ano 3 | edição 116

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Trabalhadores do Comperj eprefeitos protestam no RioEles reivindicam a conclusão das obras de uma refinaria da estatal

Ex-presidente do Uruguaiparticipará de encontro na UERJ

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Cidades | pág.7

Pepe Mujica no Rio de Janeiro

Segundo a Associação de Comunidades Rema-nescentes de Quilombos do Estado do Rio (Acquilerj),dos 42 quilombos existentes no estado, 32 já foramreconhecidos. Porém, apenas duas comunidadesconseguiram o título de suas terras, o que representamenos 5% do total. Especial | págs.8 e 9

Cultura | pág.10

Calça Larga é sinônimo de história no Salgueiro

Vida e mortena Academiado Samba

BASTA DE VIOLÊNCIA Em zonas de conflito, a violência contra a mulher éuma arma de guerra. Por isso a Ação Internacional da Marcha Mundial dasMulheres (MMM) defenderá a “Paz e a Desmilitarização” como tema principaldo evento que será realizado nos dias 29 e 30 de agosto. O evento faz partede um calendário nacional de atividades.

Menos de 5%dos quilombolastêm terras comtítulos no RJ

Facebook

Curtanossa

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Mulheres em luta contra a violência

No Brasil e, princi-palmente, no Rio de Janeiro, o avanço dos m e g a e v e n t o s _v e m provocando uma série de impactos que afe-tam as camadas mais frágeis da população.

São exemplos: as re-moções, a especula-ção imobiliária, a pri-vatização do espaço e recursos públicos, a militarização da ci-dade, com as UPPs, a política de segurança pública que justifica os_abusos_policiais, com o jargão da “guer-ra às drogas” e outros.

Somam-se a isso os processos de privatização e precarização dos servi-ços públicos de saúde, edu-cação e transporte. Sem falar na ampliação dos processos de criminaliza-ção da pobreza e das lutas sociais. É muito claro que o atual projeto prioriza o mercado, com a projeção de grandes eventos que se fazem valer através do bra-ço armado do Estado. Essa proposta de cidade modifi-ca a relação da população com o território.

VIOLAÇÕESA situação vem piorando com as intervenções das Olimpíadas,_envolvendo questões delicadas de abu-sos relacionados à moradia, mobilidade, trabalho, segu-rança pública, participação e economia. Esse conjunto de políticas agrava espe-cialmente o quadro de vio-lência de gênero e contra as mulheres. Isto porque a violência policial nos terri-tórios militarizados subme-te especialmente as mulhe-

contrário: oprime as mulheres_e_executa sumariamente seus fi-lhos. Relatos apontam que elas são violenta-das e agredidas fisica-mente, sexualmente e verbalmente por agen-tes do Estado.

MULHERES EM LUTADiante dessa realida-de, concluímos que a militarização dos terri-tórios, a precariedade dos serviços públicos e as violações de direitos sociais_representam problemas que afetam a vida de todas as mu-

lheres da classe trabalhado-ra. E é por isso que diversas organizações feministas e movimentos sociais vão às ruas pautar a desmilitari-zação dos territórios e dos corpos das mulheres no dia 29 deste mês de agosto, na 4ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mu-lheres. Essa ação vai ocupar a cidade do Rio de Janeiro com debate, oficinas, arte, protestos, solidariedade e feminismo para mudar a vida das mulheres!

EDITORIAL

Quinta-feira, 27 de agosto, Rio de Janeiro, Brasil

º C | F20Tempestades com raios

PREVISÃO DO TEMPO

EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e em nosso estado.

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andra-de, Mario Augusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam) EDITORA: Vivian Virissimo (MTb 13.344) REPÓRTERES:André Vieira, Bruno Porpetta, Fania Rodrigues e Pedro Rafael VilelaREVISÃO: Sheila JacobCOLUNA SINDICAL: Claudia Santiago FOTÓGRAFO: Pablo Vergara ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade ESTAGIÁRIO: Victor OhanaDIAGRAMAÇÃO: Juliana BragaStefano Figalo TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares

(21) 4062 [email protected]

res negras e seus filhos/as a abusos de todos os tipos. Nesses locais, um conjunto de normas disciplinadoras regula e controla a vida so-cial e o uso do território.

Essa forma de intervenção estatal nas favelas cariocas apresenta a instituição po-licial como suposta solução para todos os problemas nos discursos oficiais. Mas ela tem significado a am-pliação dos instrumentos repressivos que não dimi-nui a criminalidade. Pelo

2 | Opinião Rio de Janeiro, 27 a 30 de agosto de 2015

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Essa é a maior taxa da sé-rie histórica, iniciada em2012, informou o InstitutoBrasileiro de Geografia eEstatística (IBGE). A popu-lação desocupada chegoua 8,4 milhões de pessoas:subiu 5,3% em comparaçãoao trimestre imediatamenteanterior. De janeiro a marçode 2015, a população de-socupada era de 7,9 milhõesde pessoas. Na comparaçãocom o segundo trimestre

de 2014, o número de de-socupados subiu 23,5%.

A taxa de desocupaçãocresceu em todas as regiões:Norte (de 7,2% para 8,5%),Nordeste (de 8,8% para10,3%), Sudeste (de 6,9% para8,3%), Sul (de 4,1% para5,5%) e Centro-Oeste (de5,6% para 7,4%). Entre asunidades da Federação,Bahia teve a maior taxa(12,7%) e Santa Cata-rina, a menor (3,9%).

Rio de Janeiro, 27 a 30 de agosto de 2015 Geral | 3

Fiocruz em greve

Trabalhadores da Fio-cruz participaram da Ca-minhada pela Paz no do-mingo (23), na AvenidaLeopoldo Bulhões, emManguinhos. No dia 24,realizaram o debate “Co-municação, democraciae direitos”, com ClaudiaSantiago, do Núcleo Pi-ratininga de Comunica-ção; Gustavo Barreto, fun-dador do site Consciên-cia.net e Rodrigo Murti-nho, vice-diretor de In-formação e Comunicaçãodo Icict/Fiocruz.

Petroleirosdebatem política

Ricardo Gebrim, ad-vogado e integrante daConsulta Popular, e Va-lério Arcary, historiadore membro do PSTU, par-ticipam de debate sobrea conjuntura e a reformapolítica na quinta-feira(27), às 18h, no Sindipe-tro-RJ (Av. Passos, 34,Centro do Rio).

CORREIOSReunidos emassembleia na noitedessa terça-feira(25), os trabalhado-res dos Correios noRio de Janeiro apro-varam o estado degreve da categoria.A próxima assem-bleia, que pode deci-dir pela paralisação,está marcada para15 de setembro.

Tânia Rêgo/ABr

mandoumal

O empresário Ivo Pitanguy,filho do cirurgião plástico,atropelou e matou o operárioJosé da Silva no último finalde semana. Segundo teste-munhas, ele conduzia em-briagado. Ele já conseguiuna Justiça o direito de res-ponder em liberdade pelocrime de homicídio.

Divulgação

Você tem uma sugestão de pauta?Envie para: [email protected]

SINDICALClaudia Santiago

Desemprego no 2º trimestre do anoatinge 8,3%, maior taxa desde 2012

Divulgação/FioCruz

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FRASE DA SEMANA

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“Não dá para imaginar que o adolescente, em um ônibus, indo para a praia, seja um adolescente que vai cometer atos infracionais. Não temcomo saber, a não ser por adivinhação”Defensora pública Eufrásia Souza das Virgens sobre a apreensão de menores que estavam em ônibus na zona norte indo para a praia.

mandoubem

Pablo Vergara/ Brasil de Fato

O historiador Joel Rufino,74 anos, impediu uma pes-soa acusada de roubo deser linchada em Copacaba-na no último sábado (22).O fato ocorreu na Rua Rai-nha Elizabeth, esquina coma Avenida Nossa Senhorade Copacabana. De passa-gem, Rufino exibiu a carteirade diretor de comunicaçãodo TJ e interrompeu o mas-sacre do homem que estavasendo agredido por homens,mulheres e idosos.

Fiocruz

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Em zonas de conflito, aviolência contra a mulher éuma arma de guerra. Por issoa Ação Internacional da Mar-cha Mundial das Mulheres(MMM) defenderá a “Paz ea Desmilitarização” comotema principal do evento queserá realizado nos dias 29 e30 de agosto.

A ação faz parte de um ca-lendário nacional de ativi-dades que começou em ju-nho e vai até outubro.

No Rio de Janeiro as ativi-dades serão realizadas no sá-bado (29), a partir das 9h,no Sindicato dos Trabalha-dores em Telecomunicações(Sinttel), na Tijuca, e tambémna Praça Agripino Grieco, noMéier. Uma grande marchaserá realizada na manhã dedomingo (30), que sairá doSinttel, às 10h, em direção àPraça Saens Peña.

DENÚNCIAO objetivo é expor e denun-ciar a situação de violênciasofrida por mulheres em lu-gares de conflito, como noOriente Médio, mas tambémem zonas militarizadas, comoas favelas cariocas.

“Nas áreas militarizadas,como nas comunidades comUPP’s, existem vários tiposde agressões, como a vio-lência social, que exclui ediscrimina as mulheres ne-

gras, além da violência po-licial e a do tráfico, que pro-vocam abuso sexual e estu-pro”, afirma Malu DuarteAzevedo, da MMM. Ela dizainda que a ideia é “construiruma Ação pela Desmilitari-zação da vida, dos corpos edos territórios”.

As próximas atividadesacontecem em Santana doLivramento (Rio Grande do

Sul), em setembro, e em Mos-soró (Rio Grande do Norte),em outubro.

Rio de Janeiro, 27 a 30 de agosto de 2015 Cidades| 5

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

Marcha Mundialdas Mulheres realizaráato no próximodomingo (30)

A Lesbofobia, que espa-lha o ódio contra as lésbi-cas, já resultou em inúme-ras violências. Dados daSecretaria de Direitos Hu-manos da Presidência daRepública (SDH) mostramque as agressões contra opúblico LGBT tiveram au-mento de 46% em 2012.

Para falar sobre o assun-to, o Brasil de Fato entre-vistou a militante da LigaBrasileira de Lésbicas, La-risse de Oliveira Rodrigues.

Brasil de Fato - Qual é oobjetivo do evento e des-sa data para a luta daslésbicas?Larisse de Oliveira Rodri-gues - As mulheres lésbicassempre ocuparam espaçosde luta dentro dos movimen-tos. Mas é importante ternosso próprio espaço tam-bém, por isso escolhemosessa data [29 de agosto].Queremos dar visibilidadeàs vivências, a violência e aluta dessas mulheres.

Brasil de Fato - As estatísti-cas mostram que a violênciacontra o público LGBT au-mentou. As pessoas estãodenunciando mais ou real-mente há mais agressões?

A violência aumentou em to-dos os sentidos. Hoje a into-lerância é maior, no âmbitodoméstico, público e institu-cional. Nós percebemos queaumentaram muito os estu-pros coletivos e “corretivos”.

Brasil de Fato - O que é oestupro “corretivo”? É quando o agressor querobrigar a vítima a gostar dehomem, por isso a estupra.

Brasil de Fato - Onde maisacontecem os estuproscoletivos?No ano passado acontece-ram vários casos em festasde estudantes universitários.

Brasil de Fato - O que o pú-blico pode esperar desseevento que os coletivos fe-ministas estão preparando?Ele é o resultado da pautaunificada entre os coletivosfeminista, da juventude emovimentos sociais. Vamoster várias atividades comorodas de conversas, expo-sições e o Sarau da Visibi-lidade Lésbica, no sábado(29), das 15h às 19h, nosArcos da Lapa.

AO PÉ DO OUVIDO Larisse de Oliveira

Isis Utsch

Divulgação

Marcha das Margaridas também faz parte do calendário de luta

Larisse de Oliveira, da LBL

______________

“Paz e a Desmilitariza-ção” é tema principal doevento nosdias 29 e 30 de agosto______________

29 de Agosto: Diada VisibilidadeLésbica

Mulheres lutamcontra violênciae militarização

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

Sarau da Visibilidadeocorrerá sábado (29)nos Arcos da Lapa,das 15h às 19h

Programação

Sábado (29) 9h: Mesa de abertura (Sinttel: RuaMorais e Silva, 94, Tijuca)12h: Almoço14h: Rodas de conversa 16h: Intervalo16h30: Oficinas (Praça Agripi-no Grieco, Méier)19h30: Ocupação Cultural Pra-ça Agripino Grieco, Méier

Domingo (30)8h: Café da manhã (Sinttel)9h Concentração para o ato (Sinttel)10h: Ato da Marcha Mundial das MulheresCaminhada até a Praça Saens Peña

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Instabilidade na bolsa da China

No início da semana, a instabilidade da Bolsa de Xangai, na China, derrubou mercados ao redor do mun-do. China é a segunda maior economia e o segundo maior importador de mercadorias e serviços comerciais.

300 mil migrantes da Europa

Quase 300 mil migran-tes e refugiados chegaram à Europa em 2015 pelo Mar Mediterrâneo, decla-rou a Agência da Organi-zação das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) nesta semana.

Diplomacia entre Irã e Reino Unido

Após quatro anos com embaixadas fechadas, o Irã e o Reino Unido retoma-ram, no último domingo (23), suas relações diplo-máticas. As embaixadas em Teerã e em Londres, por-tanto, foram reabertas.

EUA lideram mortes

Segundo estudo da Uni-versidade do Alabama, os EUA possuem só 5% da po-pulação mundial, mas têm uma porcentagem de 31% de assassinatos em massa, o que os torna líderes neste tipo de crime desde 1966.

Bancos esmagam “primavera grega”

O ex-ministro de Finan-ças da Grécia, Yanis Varou-fakis, afirmou no domin-go (23) que a “primavera grega”, representada pelo partido Syriza no poder, foi “esmagada” pelos bancos, e “não pelos tanques”.

A liderança do ex-pre-sidente do Uruguai José Mujica, conhecido popu-larmente como “El Pepe”, ultrapassou as fronteiras do seu país. O estilo simples de vida do agricultor de 80 anos, a sua coerência no dis-curso e a crítica ácida à cul-tura capitalista o converteu em fonte de inspiração para muitos latino-americanos.

Durante seu governo ou-sou aprovar leis tão mo-dernas quanto polêmicas, como a descriminalização da maconha, a legalização do aborto e o casamente homoafetivo. A ousadia do presidente conquistou a ad-miração e a simpatia dos jo-vens. Por isso foi convidado para falar aos estudantes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) nes-ta quinta-feira (27). A visi-ta veio em bom momento, justo quando o Brasil está

Ex-presidente uruguaio vem ao Rio

José Mujica fará discurso para universitários da UERJ

Mujica inspira latino-americanos por levar uma vida simples

discutindo a descriminali-zação da maconha.

Mujica ocupou a Presi-dência do Uruguai entre os anos de 2010 e 2015, repre-sentando a Frente Ampla, uma organização formada por partidos de esquerda, movimentos sociais e sindi-catos de trabalhadores.

Conhecido como o presi-dente mais pobre do mun-do, o líder uruguaio explica: “Apenas vivo como a maio-ria dos uruguaios”. Enquan-to presidente, doava a maior parte de seu salário, pois

Fotos: Presidência do Uruguai/Fotos Públicas

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

Encontro com Mujica

José Mujica participa-rá de um encontro, nes-sa quinta (27), no Teatro Odylon Costa filho, da UERJ, às 18h. A partir das 17h30 serão distri-buídas 900 senhas, por ordem de chegada. O discurso do ex-presiden-te será transmitido ao vivo, em telão na Concha Acústica, com capaci-dade para três mil pes-soas. A TV UERJ e a Mí-dia Ninja também irão transmitir ao vivo.

Mujica deixou de ser presidente e volta a ser “El Pepe”

escolheu viver “com o su-ficiente para que as coisas não roubem minha liber-dade”, diz Mujica.

DA GUERRILHA À PRESIDÊNCIAMembro do Movimento de Libertação_Nacional-Tu-pamaros, a maior guerrilha urbana da América Latina, Pepe Mujica teve importan-te participação no combate à ditadura civil-militar do Uruguai (1973-1985).

Ex-guerrilheiro tupama-ro, ficou 14 anos preso, onde

passou boa parte do tem-po em um calabouço, sem acesso a livros nem contato humano. “A solidão da pri-são me fez valorizar muitas coisas”, declarou Mujica so-bre os anos de chumbo.

Sua_companheira,_Lucía Topolansky,_senadora_da República, também foi mili-tante de grupos de esquerda e viveu na clandestinidade durante a ditadura. E foi na luta que se conhece-ram. Durante_os_anos de prisão nunca deixou de vi-sitar El Pepe. Uma história de amor que teve um final feliz quando ele saiu da pri-são no final da ditadura, em 1985. Até hoje, Mujica se emociona quando fala de seu amor por Lucía. (FR)

Mujica é conhecido como o presidente mais pobre do mundo

6 | Mundo Rio de Janeiro, 27 a 30 de agosto de 2015

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Sintufrj estima que 100% dostrabalhadores tenhamaderido à paralisação

Um ato em frente à sededa Petrobrás reuniu centenasde pessoas, nesta segunda-feira (24), para reivindicar aconclusão das obras de umarefinaria da estatal, onde ori-ginalmente havia sido pro-jetado o Complexo Petro-químico do Rio de Janeiro

(Comperj). Os manifestantestambém pediram a volta deencomendas da companhiaa estaleiros do Rio e de Niterói.Tanto as obras do Comperjquanto a paralisação de en-comendas de navios e plata-formas ocorreram após o pre-juízo financeiro da companhiano último ano e as denúnciasda Operação Lava Jato.

Participaram da manifes-tação prefeitos e represen-tantes de 15 municípios queestão sendo atingidos dire-tamente pela paralisação dasencomendas e da decisãode não prosseguir com oComperj. Uma comissão for-mada pelos prefeitos de Ita-

boraí, Helil Cardoso, e deNiterói, Rodrigo Neves, alémde deputados e líderes sin-dicais, foi recebida por fun-

cionários da área técnicada estatal, embora o objetivofosse uma audiência com opresidente da companhia,

Aldemir Bendine.A Petrobrás divulgou

nota dizendo que o pre-sidente Bendine haviarecebido os prefeitosda região na últimaquinta-feira (20) e quenesta segunda (24) es-tiveram na reunião doisrepresentantes da Pe-trobrás ligados aos em-preendimentos. Sobreo Comperj, a compa-nhia informou que asobras da unidade deprocessamento de gásnatural estão em anda-mento, incluindo tubo-vias, central de água e

vapor e sistemas de distri-buição de energia, com pre-visão de entrada em operaçãoem outubro de 2017. (ABr)

Os funcionários técnico-administrativos da Univer-sidade Federal do Rio deJaneiro (UFRJ) decidiramem assembleia nessa ter-ça-feira (25) manter a gre-ve, iniciada há quase trêsmeses, no dia 29 de maio.A assembleia deliberouainda que não fará as ma-trículas presenciais do Sis-

tema de Seleção Unificada(Sisu), seguindo o propos-to pelo Comando Nacionalde Greve.

Apesar do fim da parali-sação dos professores, a rei-toria da universidade reite-rou que seguirá a Resolução07/2015 do Conselho Uni-versitário (Consuni), com aretomada dos atos acadê-micos e administrativos re-ferentes ao segundo semes-tre deste ano apenas após ofim das greves.

Com relação ao calendárioacadêmico, o Conselho deEnsino de Graduação, res-ponsável pelos ajustes no ca-lendário, se reuniu nesta

quarta (26) para discutir osrumos do semestre letivo nauniversidade.

O coordenador-geral doSindicato dos Trabalhado-res em Educação da UFRJ(Sintufrj), Celso Procópio,disse que, apesar do fim daparalisação dos professores,decidido na última sexta-feira (21), a greve dos fun-cionários continua. “A nos-sa avaliação é que a greveestá forte, mesmo com essaresistência do governo paranegociar. É uma greve bemunificada”. A entidade es-tima que 100% dos traba-lhadores tenham aderidoà paralisação. (ABr)

Vladimir Platonow da Agência Brasil

da Agência Brasil

Prefeitos e trabalhadoresdos municípios doconsórcio Conlesteprotestam na sededa petrolífera

Rio de Janeiro, 27 a 30 de agosto de 2015 Cidades | 7

Funcionários da UFRJdecidem em assembleiamanter greve

MANIFESTAÇÃO Plenária de Trabalhadores em Lutapromoveu um ato nesta terça-feira (25) no centro do

Rio. A atividade reuniu diversas categorias de trabalhadoresque estão em luta, ou em greve, além de estudantes e da po-pulação em geral. Os manifestantes criticaram o ajuste fiscal proposto pelo governo de Dilma Rousseff.

Samuel Tosta/SindiPetro-RJ

Manifestação na Petrobráspede retomada de obrasde refinaria

Prefeitos e trabalhadores pedem retomada das obras do Comperj

Fernando Frazão/ABr

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Maria Conga, guerreirado povo quilombola. Mulhernegra vinda da Repúblicado Congo, na África, dedicousua vida à luta pela liberta-ção dos escravos no Brasile faleceu aos 95 anos em1895. O quilombo que elafundou no município deMagé e que leva seu nomehoje é a casa de mais de 300famílias, sendo 85 famíliasquilombolas. Embora histó-rica e reconhecida pelo po-der público, a comunidadeainda luta para receber o tí-tulo de posse da terra.

Essa situação não é isolada.Segundo a Associação de Co-munidades Remanescentesde Quilombos do Estado doRio (Acquilerj), dos 42 qui-lombos existentes no estado,32 já foram reconhecidos. Po-rém, apenas duas comunida-des quilombolas conseguiramo título de suas terras, o querepresenta menos de 5% dototal. A lentidão para garantiresse direito aos quilombolas

é assustadora. Se o QuilomboCampinho da Independência,em Paraty, tornou-se o pri-meiro a ganhar o título em2003, o segundo e último aconquistar esse direito foi oQuilombo Preto Velho, deCabo Frio, que só recebeu otítulo de posse em 2012.

DIFICULDADESNascida no Quilombo de Ma-ria Conga, Ivone Bernardolembra que, além do enormeatraso com a burocracia, osquilombolas têm outros obs-táculos que precisam ser ven-cidos. “Nosso principal ini-migo é a especulação imo-

biliária. A invasão tambémé muito grande, de gado, defazendeiros. A gente sabe queo território é nosso, estamosdesde sua fundação”, denun-cia a quilombola, que é pre-sidenta da Acquilerj e doConselho Estadual dos Di-reitos do Negro.

Os conflitos com fazen-deiros também são grandes

Rio de Janeiro, 27 a 30 de agosto de 20158 | Especial

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Segundo associação,apenas duas das 42comunidades possuemtítulo de propriedade

________________

Expulsão de suasterras e ameaçassão artifícios uti-lizados para opri-mir o povo negro ________________

Menos de 5% dos quilombo terras legalizadas no Rio d

QUILOMBOLAS Es estado do Rio de Janeiro, de no norte fluminense, a Parat está pedindo favor de nad para ficar dentro de nosso te Muniz, do Instituto de De Noroeste Fluminense.

INDÍGENAS Segundo apenas três povos no Rio d regularizadas: Guarani Arap nicípio de Paraty, e Guara

Povos e

Quilombolas ainda lutam pela titulação de suas terras após mais de um século de ocupação do território

Caiçaras de Paraty têm co

Isabela Kassow/Diadorim Ideias - Mapa de Cultura RJ Is

Page 9: Brasil de Fato RJ - 116

problemas para o povo qui-lombola. Expulsão de suasterras e ameaças de mortesão artifícios utilizados paraoprimir ainda mais o povonegro. “Sempre denuncia-mos ao Ministério Público,mas sabemos que a demoraé grande. Às vezes chama-mos o Incra, que, quandosai, continuamos a receber

ameaças. Alguns foram mor-tos. Em São Fidélis [nortefluminense], os quilombolasda comunidade de São Be-nedito estão fora de seus ter-ritórios, mas continuam re-cebendo ameaças”, completaIvone Bernardo, acrescen-tando que a Acquilerj estápreparando um relatório so-bre esses conflitos.

Rio de Janeiro, 27 a 30 de agosto de 2015 Especial | 9

Povos tradicionais comoos indígenas e os caiçarastêm em comum com os qui-lombolas uma busca essen-cial: o respeito. Todos elesestão ameaçados de remo-ção de seus territórios emnome de interesses privados.Expulsão que pode vir atra-vés de ameaças, da demorapara conseguir o título deterra, de decretos do poderpúblico ou do conjunto detodos esses fatores.

Na segunda-feira (24) foirealizada uma audiência daComissão de Direitos Huma-nos da Alerj, com a presençade 50 comunidades e povostradicionais. Na ocasião, foiapresentado um Projeto deEmenda à Constituição Esta-dual (PEC) que poderá trans-formar esse cenário. De au-toria da bancada do PSOL naAlerj, o projeto estabelece al-

guns pontos fundamentaispara os povos e comunidadestradicionais: garantia de ter-ritório, consulta prévia sempreque alguma ação administra-tiva ou legislativa afetar dire-tamente suas terras, o fim da

violência contra esses grupose acesso a políticas públicas,como saúde e educação.

A PEC foi fruto da arti-culação de diferentes gru-pos tradicionais durante oprimeiro semestre de 2015em parceria com os parla-mentares. “É um grandeavanço incluir a consultaprévia aos povos e comuni-dades. Precisamos não ape-nas consultar formalmente,mas ouvir e refletir o quepensam essas culturas. EssaPEC é um pontapé inicial”,destaca o deputado estadualFlavio Serafini. (AV)

do Rio de Janeiro (RJ)

PEC foi apresentadaem audiência públicalotada e bastanterepresentativa

_______________

PEC foi fruto da articulação dediferentes grupostradicionais du-rante o primeirosemestre de 2015 _______________

olas têm de Janeiro

Lei pode garantir respeito

stão espalhados por todo o esde Campos dos Goytacazes,

ty, no sul do estado. “Ninguém da, estamos apenas pedindo erritório”, reivindica Lucimara

esenvolvimento Afro Norte e

a Fundação Nacional do Índio, de Janeiro estão com as terras

ponga e Parati-Mirim, no mu- ani de Bracuí, em Angra dos

Reis. Outros três ainda lutam para demarcar suas terras.“Ser indígena é ter direito à terra, mas o Estado nãogarante”, critica Julio Karaí, da Comissão Guarani Yvyrupa.

CAIÇARAS Comunidades que habitam historicamenteo litoral fluminense e de outros estados. A Costa Verde éum dos lugares com grande representatividade dessascomunidades, como em Angra dos Reis e Paraty. “Sercaiçara é muito mais do que ser pescador. É ter relaçãocom o território. Se estamos aqui hoje debatendo essaPEC, é porque muitos resistiram”, lembra Jadson dosSantos, caiçara da Praia do Sono, em Paraty.

comunidades tradicionais

omo inimigo a especulação imobiliária

sabela Kassow/Diadorim Ideias - Mapa de Cultura RJ

Audiência contou com a participação de 50 comunidades e povos

Octacílio Barbosa/Alerj

“Nosso principal inimigo é a especu-lação imobiliária. Agente sabe que oterritório é nosso,estamos desde sua fundação

Ivone Bernado,Presidenta da Acquilerj_________________

Page 10: Brasil de Fato RJ - 116

À frente da “Unidos”, Calça Larga sempre foi um entusiasta da fusão das três escolas

Nome de centro cultu-ral no morro do Salgueiro, Calça Larga é sinônimo de história na Academia do Samba. Era esse o apeli-do de Joaquim Casemiro, nascido em Miracema, que chegou ao morro do Sal-gueiro em 1932, pouco an-tes de completar 24 anos. A alcunha se devia às calças que usava, as bocas cobrin-do os sapatos, em seu cor-panzil de quase 2 metros de altura e 130 quilos.

Casemiro Calça Larga logo tornou-se uma lide-rança na comunidade que começava a ocupar o mor-ro da zona norte carioca, tendo sido presidente da Associação Pró Melhora-mentos local. Organizava festas no morro, e um pas-seio a Paquetá para um pi-quenique em todo feriado de 15 de novembro.

Mas sua grande felicida-de era organizar a harmo-nia e a evolução da Unidos do Salgueiro, uma das três escolas de samba então existentes no morro: além da “Unidos”, a “Depois eu Digo” e a “Azul e Branco”. À frente da “Unidos”, Calça

NA CADÊNCIA | Diogo Coelho

Calça Larga: vida e morte na Academia do Samba

Larga sempre foi um entu-siasta da fusão das três es-colas. Mas quando ela veio, em 1953, ficou de fora em um primeiro momento, por discordar do nome e das co-res (vermelho e branco) da recém-criada agremiação.

XICA DA SILVA Depois de uma passagem pela Unidos de Jacarepaguá, Casemiro retornou para o morro que era sua casa, e para a escola cuja fundação incentivou: a Acadêmicos do Salgueiro. Lá fez história como diretor-geral de har-monia, conquistando o títu-lo de 1963 com o inesquecí-vel enredo Xica da Silva.

No dia 28 de agosto do ano seguinte, quando já preparava o Salgueiro para o carnaval de 1965, em um ensaio da escola, enquanto comandava a evolução das pastoras, apito na boca, Calça Larga deu um giro sobre si mesmo e caiu.

SAMBA TEM QUE CONTINUAR Vitimado pelo mal súbito, enquanto era socorrido pelos componentes da es-cola, ainda deu sua derra-deira ordem: “Não parem o ensaio por minha causa. O samba tem que continuar”.

Casemiro Calça Larga morreria em algumas ho-ras, sem ver o título que vi-ria seis meses depois para seu Salgueiro, já sob o co-mando do genial carnava-lesco Fernando Pamplona.

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Casemiro organizava a harmonia e a evolução da Unidos do SalgueiroO quê? Espetáculo teatral de formandos da Escola de Teatro Martins Pena. O trabalho é uma compilação do célebre autor Jô Bilac.Onde? Teatro Luiz Peixoto (Rua Vinte de Abril, 14 – Centro)Quando? Sábado (29) às 19h e domingo (30) às 18h.Quanto? 0800

O quê? “Sessão Desconto” é a promoção de ingressos de cinema da Rede Cinemark, oferecida uma vez ao dia para qualquer filme.Onde? Salas de cinema do Carioca Shopping, do Center Shopping, do Downtown, do Metropolitano Barra e do Botafogo Praia Shopping. Quando? De segunda a sexta, sempre às 14h, até dezembro. Promoção não é válida em feriados.Quanto? Ingressos a R$ 6, com direito a meia entrada.

O quê? Exposição fotográfica com 40 obras, brasileiras e estrangeiras, sobre diferentes concepções de famílias. Onde? Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica (Rua Luís de Camões – Centro).Quando? Segundas, quartas e sextas, de meio-dia até 20h. Terças, quintas e sábados, das 10h às 18h. Até 19 de setembro.Quanto? 0800

O quê? Baile de dança de salão, realizado pela primeira vez na Biblioteca Parque de Manguinhos.Onde? Cineteatro Eduardo Coutinho, na Biblioteca Parque de Manguinhos (Av. Dom Helder Câmara, 1.184, Benfica). Quando? Sexta-feira (28). Quanto? 0800

O quê? Evento de música reunirá bandas de rock independentes: The Codex, Oslo, Pedras Pilotáveis, SantoJunkie, Yellow Plane e Pacto Social.Onde? Arena Carioca Dicró, dentro do Parque Ary Barroso (Rua Flora Lôbo, s/n, Penha Circular).Quando? Dia 29 de agosto (sábado), a partir das 15h.Quanto? R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

O quê? Exposição do artista João Lelo que reúne desenhos, colagens em papel e telas volumétricas de MDF, material derivado da madeira.Onde? Homegrown Tijuca (Rua General Roca, 514 – Tijuca).Quando? De segunda a sexta, das 10h às 20h. Sábados, das 10h às 18h. Até 31 de outubro.Quanto? 0800

Nada menos que muito

Sessão Desconto

Rock no Parque

Lelo: Dois D / Três D

Álbum de família

Dança de Salão

AGENDA DA SEMANA

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10 | Cultura Rio de Janeiro, 27 a 30 de agosto de 2015

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Fotos: Arquivo

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Resgatar a história políti-ca do país e recontá-la por meio de músicas dos mais variados estilos é o intuito do livro Quem foi que inven-tou o Brasil?, do jornalista Franklin Martins.

Em três volumes, a obra aborda o período de 1902 a 2002 e reúne mais de mil canções situando histori-camente os fatos e os per-sonagens, tanto políticos quanto artísticos.

“A música brasileira faz a crônica da vida política na-cional. Não há fato relevante que não tenha sido objeto de uma ou mais músicas com-postas no calor dos aconte-cimentos”, disse Franklin.

Para ele, uma das razões para a força da musicalidade brasileira é a precariedade histórica da educação. “Em um país onde a maior par-te da população não tinha acesso às letras, era anal-fabeta, a forma de trans-missão da história era oral. E a transmissão oral se faz melhor quando é feita com rima e música. Essa é uma das grandes razões, a meu ver, da nossa musicalidade: a falta da educação formal no Brasil ao longo dos sécu-los”, disse o jornalista.

O título do livro, Quem foi que inventou o Brasil?, faz referência a uma marchi-nha de Lamartine Babo. Na música, a resposta a essa

Livro resgata história política do país por meio da músicaQuem foi que inventou o Brasil? foi escrito pelo jornalista Franklin Martins

Marieta Cazarréda Agência Brasil

SÁTIRA DO IMPÉRIOSegundo ele, o costume dos brasileiros de fazer músi-ca satirizando os episódios nacionais vem desde os tempos do império. “Havia muitas modinhas gozando a família real”, conta.

O escritor relata uma mu-dança muito significativa, ao longo dos anos, nos gê-neros musicais que falam de política no Brasil. No fim dos anos 70, o rock aparece com muita força e se man-tém até o início dos anos 90, quando o rap, o funk, o samba-rap e o reggae pas-sam a predominar como gê-neros que abordam política.

BRONCA SOCIAL“Eu não tinha ideia da inten-sidade da bronca social exis-tente na sociedade contra a injustiça, a opressão, a falta de oportunidade, o racismo, a opressão policial dirigida con-tra o preto, o pobre e a prosti-tuta”, afirmou o autor da obra.

Não há fato relevante que não tenha sido objeto de uma ou mais músicas

Franklin Martins, jornalista

Quem foi que inventou o Brasil faz referência à marchinha de

Lamartine Babo

Chico Buarque foi censurado durante a ditadura militar

Caetano e Gal Costa são exemplos de artistas contestadores

Sambista Jackson do Pandeiro é citado na obra

pergunta se refere às ori-gens do povo brasileiro: os portugueses, os indígenas e os africanos.

Franklin afirma que essa capacidade_de_documen-tar fatos históricos por meio das músicas é algo que di-ferencia a produção brasi-leira, que é constante, per-manente._“Geralmente nos outros países essa relação só é intensa nos momentos de grandes conflitos políticos, de guerras e traumas so-ciais”, destacou Franklin.

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Cultura | 11Rio de Janeiro, 27 a 30 de agosto de 2015

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Assim que fui apresenta-do ao (já falecido) Orkut e ao (também extinto) MSN, fiz essa pergunta (acima) pra mim mesmo.

Dizer pra quem eu não conheço o lugar onde es-tudei, onde cresci, por onde andei, enfim, passar todas as informações de familiares e amigos para amigos virtuais foi muito perigoso a meu ver, e pos-so garantir que ainda é.

Assim,_minha_única rede social tem muitas informações que foram omitidas nas perguntas (que julguei desnecessá-rias) que me foram feitas pelo Facebook.

Evito postar fotos por onde ando e por onde vou estar, mas sei que perco com isso. Vou usar uma página só para isso, e deixar o meu perfil para os mais chegados.

Assim que iniciei na militância (por meio da cultura) pensei que o Face seria uma ótima fer-ramenta para o debate, e que jamais eu iria ex-cluir quem estivesse com

A fim de papo | Mc Leonardo

Thathiana Gurgel

No último dia 19, a Câ-mara dos Deputados mais conser vadora _desde_os tempos da ditadura mili-tar aprovou o Projeto de Emenda_Const itucional (PEC) 171, que visa reduzir a maioridade penal para 16 anos. Deputados engrava-tados com forte discurso de ódio votaram a favor do encarceramento de nossos jovens como adultos. Mas nós não temos dúvidas de que o caminho da educa-ção, da cultura, das opor-tunidades e da liberdade é mais forte e seguiremos mobilizados contra a redu-ção da maioridade penal!

A mobilização da juven-tude já está trazendo vitó-rias. Quando começamos o Amanhecer Contra a Redu-ção pelo país, apenas 90 de-putados eram contra a PEC 171. Desde então, 400 praças em todos os estados ama-nheceram pela juventude; um festival independente e colaborativo contra a redu-ção reuniu 30 mil pessoas no Rio de Janeiro em junho; centenas de debates estão sendo organizados pelas escolas do país e vários mo-vimentos têm organizado atos e atividades culturais contra a redução. Em pou-cas semanas de mobiliza-ção, outros 62 parlamen-tares se declararam contra este retrocesso! Agora nossa pressão direta será no Sena-do Federal, onde a PEC será votada nos próximos meses.

CUNHA APROVOU COM MANOBRANa primeira votação na Câ-mara dos Deputados, diver-sos movimentos ocuparam

em Brasília, cada vez mais certos de que a cultura, a arte, a educação e o amor são fundamentais para se-guirmos combatendo os discursos de ódio e os que insistem em ser contrários aos direitos humanos ga-rantidos após anos de luta.

Thathiana Gurgel é do movimento Amanhecer

contra a Redução da Maioridade Penal

Agora nossa pressão direta será no Senado Federal, onde a PEC será votada nos próximos meses

Não tenho mais paciência com nenhum tipo de violência, nem mesmo a virtual

Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Juventude contra a redução da maioridade

Afinal, pra que servem as redes sociais?

o pensamento diferente do meu. Afinal, eu estava sendo convencido de que a luta é pedagógica.

Eu_escrevo_cinco_arti-gos por mês e posto todos, sempre_chamando_para uma reflexão, já que é isso que eu consegui enxergar como mais valioso no Face.

Nas redes sociais há muita disseminação de ódio

Minha opinião mudou sobre excluir alguém, não quem pensa diferente de mim, mas quem dissemi-na o ódio, ataca a mim ou aqueles que concordam com minhas opiniões.

Não sei se foi a chegada dos 40, ou meus oito anos de colunista, mas o que sei é que não tenho mais paciên-cia com nenhum tipo de vio-lência, nem mesmo a virtual.

Por isso tá dado o recado: sem ataques no meu perfil!

Brasília e pressionaram diretamente os parlamen-tares no aeroporto, nos corredores e nas galerias do plenário. A juventude mostrou sua força e ganhou a primeira votação! Mas Cunha, desrespeitando o regimento interno, colocou o projeto para ser votado novamente no dia seguin-te, após muitas articulação madrugada adentro. O pre-sidente só conseguiu apro-var a redução na Câmara com manobra!

BARRAR A REDUÇÃONo_Senado_temos_mais chance de barrar a redu-ção. Já existe uma frente de 29 senadores, de um total de 81, contrários ao projeto. Para ser aprovado, o proje-to precisa de 49 votos. Ama-nheceremos_novamente

12 | Opinião Rio de Janeiro, 27 a 30 de agosto de 2015

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Suflê VegetarianoBOA E BARATA

Ingredientes

2 colheres de sopa de farinha de trigo300 ml de leite2 colheres de sopa de manteiga ou margarina1 pitada de sal50 g de queijo ralado4 ovosLegumes cozidos e cortados em cubos

Tempo de preparo30min

Modo de preparo

Derreta a manteiga, sem deixar esquentar muito. Junte a farinha, depois o sal e o leite, mexa sempre até engrossar. Retire do fogo e deixe esfriar. Misture as gemas bem batidas, o queijo e os legumes. Por fim coloque as claras em neve. Leve imediatamente ao forno a 180°C, em um pirex untado com manteiga, por 15 minutos.

Rendimento8 porções

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Na educação dos filhos, usar palmadinhas e cas-tigo parece inevitável. Isso pode causar algum mal para a criança?

Luiza Vitória, 33 anos, nutricionista.

AMIGA DA SAÚDE

respeitar a criança acima de tudo. Para isso, é preci-so entender as fases do de-senvolvimento da criança e os motivos que a levam a fazer birras, testar seus limites, desobedecer. Aci-ma de tudo, é necessário que os pais e cuidadores tenham paciência para compreender que educar é, acima de tudo, orientar com amor e persistência.

Dúvidas sobre saúde? Encaminhe e-mail para [email protected]

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Cara Luiza, nós vivemos numa sociedade que acos-tumou a bater nos filhos como forma de educação, naturalizando a agressão. A violência física e tam-bém a psicológica (gritos, ameaças, castigo) estão presentes no dia a dia da maioria das famílias. Não é mera coincidência que crianças violentadas se tornem adultos vio-lentos ou adultos que aceitem um lar violento mais tarde.É um grande desafio_aprender-mos a disciplina positiva, educar sem_violentar,

Variedades | 13Rio de Janeiro, 27 a 30 de agosto de 2015

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14 | Variedades

Cheia 29/8

LUA DA SEMANACHEIAMinguante

5/9Nova 13/9

Crescente Até 28/8

FASES DA LUA

Uma relação amorosa do passado poderá retornar e fazer bater seu coração de novo.

Os seus amigos manifestarão grande simpatia e respeito pela sua pessoa esta semana.

A conjuntura aconselha alterações na vida, mas não espere que elas ocorram por si só.

Esta semana será muito gratificante um jantar romântico. Tenha mais ousadia.

Tome todas as precauções para não correr o risco de perda do seu posto de trabalho.

Mostre calma nos momentos importantes da semana para receber recompensas no futuro.

Distancie-se de tudo e todos que possam desestabilizar a sua relação amorosa ou uma amizade.

Poderá ter um maior prazer na sua profissão se ela estiver ligada ao campo das artes.

A sua intuição dará todas as oportunidades nas mais diversas áreas para poder ir mais além.

Procure refletir um pouco mais antes de entrar em ação ou discutir as suas ideias.

A descoberta de um novo amor fará esquecer os problemas e as questões profissionais.

A mudança de rumo profissional poderá trazer uma maior tranquilidade aos seus dias.

Rio de Janeiro, 27 a 30 de agosto de 2015

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Esta roda que gira e vai arrancando cabeças de treinadores não tem nada de belo

Toques curtos | Bruno Porpetta

QuadrilhaGilvan de Souza/Flamengo

Alex Ferro / RIO 2016

Osvaldo de Oliveira é o terceiro treinador do Fla. Até quando?

Saco de lixo compromete

Foi realizado o even-to-teste da vela para os Jogos Olímpicos do Rio 2016, cercado de polêmi-cas por conta das condi-ções das águas da Baía de Guanabara. A despeito de algumas boas impres-sões deixadas, também houve problemas graves.

Além do tráfego aéreo no Santos Dumont, que alterou os ventos sobre a Baía, fazendo com que al-guns barcos ganhassem ou perdessem velocidade de acordo com a passa-gem dos aviões em altura baixa, houve um saco de lixo que prendeu em um dos barcos e acabou fa-zendo o mesmo virar.

Apenas um velejador sul-coreano passou mal, mas a Federação Internacio-nal de Vela (ISAF) negou relação com a poluição.

BINÓCULO

A dança das cadeiras en-tre treinadores no Campeo-nato Brasileiro faz lembrar um belo poema de Carlos Drummond de Andrade, chamado Quadrilha.

“João amava Teresa que amava Raimundo/ que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili/que não amava ninguém/ João foi para os Estados Unidos, Teresa para o con-vento/ Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia/ Joaquim suici-dou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes/ que não tinha entrado na história”.

No entanto, esta roda que gira e vai arrancando cabeças de treinadores não tem nada de belo.

Vejamos: o ano come-çou com Luxemburgo no Flamengo, Doriva no Vasco, Renê Simões no Botafogo e Cristóvão Bor-ges no Fluminense.

Hoje Luxemburgo está no Cruzeiro, que demitiu Marcelo Oliveira – bicam-peão brasileiro com o clube mineiro – hoje no Palmei-ras, que demitiu Osvaldo de Oliveira, hoje no Flamengo, que teve Cristóvão Borges, agora sem emprego.

Doriva foi embora do Vasco e hoje comanda a Ponte Preta, que mandou Guto Ferreira embora.

Vasco também já man-dou Celso Roth para a rua e hoje tem Jorginho.

Renê Simões hoje está no Figueirense, que per-deu Argel Fucks para o Internacional, que man-dou Diego Aguirre em-bora. No Botafogo está Ricardo Gomes. Isso tudo sabe-se lá até quando.

O Fluminense, após Cristóvão, passou por Ricardo Drubscky e hoje está com Enderson Mo-reira, que já esteve no Santos, que ficou com Marcelo Fernandes até chegar em Dorival Júnior.

Nos estaduais, o mês de fevereiro já apontava 50 demissões de treinadores pelo Brasil afora. No Bra-sileiro, já foram 17 cabe-ças que rolaram.

O líder do Brasileirão é o Corinthians, o vice-líder é o Atlético-MG, cujos treinadores são os mesmos desde o início do ano. Coincidência?

O lutador brasileiro de MMA, Charles “Du Bronx” Oliveira, relatou que a lesão no pescoço que o tirou da luta contra Max Holloway, no último domingo (23) pelo UFC Fight Night 74, já era sentida durante sua prepa-ração para o combate.

Ainda nos treinamentos,

Lesão no pescoço levou Du Bronx à queda

Winslow Townson/Divulgação

Lutador sentiu dores durante preparação, que o prejudicaram no combate

Du Bronx sentiu a lesão, se submetendo a tratamento fisioterápico ao longo das semanas que antecederam o confronto. O lutador disse ao site MMAFighting que, como se sentia bem, não pensou em adiar a luta.

Porém, durante o comba-te, uma queda contra a grade fez com que Du Bronx vol-tasse a sentir a lesão, reve-lando também alguns mo-mentos desesperadores no octógono. Segundo Charles, por instantes ele sequer sen-tia seu corpo. (BP)

Charles Du Bronx assumiu grande risco ao lutar com lesão no pescoço

O ala-pivô do Bauru, Ra-fael Hettsheimeir, acredita que seu pedido de dispensa da seleção brasileira que vai à Copa América de Basque-

Hettsheimeir crê que dispensa não afeta OlimpíadaO ala-pivô do Bauru pediu dispensa da se-leção que vai à Copa América

te, no México, não o preju-dicará na disputa por uma vaga na equipe que irá aos Jogos Olímpicos em 2016.

Rafael alegou razões pes-soais e profissionais para pedir a dispensa. Ele vê no Mundial Interclubes, onde o Bauru disputará o título contra o Real Madrid, além dos amistosos contra o New York Knicks e Washington

Wizards, uma chance de conseguir um contrato com alguma equipe da NBA.

Segundo o jogador, essa foi uma decisão pessoal, sem influência do Bauru. O treinador Ruben Mag-nano, no entanto, se disse muito surpreso com o pe-dido de dispensa, tanto de Hettsheimeir quanto de Larry Taylor. (BP)

Esportes | 15Rio de Janeiro, 27 a 30 de agosto de 2015

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Vasco e Flamengo se en-frentaram novamente no Ma-racanã, pelas oitavas-de-finalda Copa do Brasil, e a van-tagem cruzmaltina se foi emcinco minutos.

Em lance que deu o que fa-lar, Madson desviou contra opróprio gol um chute cruzadode Jorge. César Martins voltavade posição de impedimento esaltou sobre a bola para não

participar do lance. O assis-tente, a princípio, assinalou oimpedimento que o árbitronão viu, confirmando o gol.

Depois do gol, as lesõescomeçaram a mudar a par-tida que, até então, era demuita superioridade ru-bro-negra.

Primeiro foi Guerrero, quetorceu o tornozelo e saiu aos13 minutos de jogo. Depoisfoi Ederson que sentiu a vi-rilha e também deixou ocampo, aos 33.

A entrada de Paulinho eCirino, com característicasdiferentes, fez com que ojogo rubro-negro virasse umfestival de ligações diretasentre a defesa e o ataque.

O Vasco cresceu no jogo,

em especial no começo dosegundo tempo, pois con-seguiu ganhar o meio-cam-po principalmente após asaída de Ederson.

O time cruzmaltino quaseempatou após cobrança defalta lateral por Nenê, quecontou com a falha de PauloVictor, mas Jorge acabou sal-vando em cima da linha. Nomesmo lance, Anderson Sal-les cabeceou e Paulo Victordefendeu com a perna.

O gol do Vasco acabousaindo na maior deficiênciado Flamengo. Bola cruzadapelo alto na área, gol de ca-beça de Rafael Silva, aos 36minutos. Ainda houve tempopara a expulsão de Pará, apósfalta dura em Nenê.

Empate por 1 a 1 dá vaga ao Vasco, com gol do talismã Rafael Silva

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

Fluminenserepete placar e elimina Papão

O Fluminense foi a Be-lém (PA) enfrentar o Pay-sandu, na partida de voltadas oitavas-de-final daCopa do Brasil, no estádioMangueirão. O tricolor de-fendia a vantagem conquis-tada no Maracanã, quandovenceu por 2 a 1.

O time tinha desfalquespara a tarefa de parar o la-teral artilheiro Yago Pikachu,que já havia marcado umgol de falta no primeiro jogo.

O Paysandu partiu parao abafa no começo do jogo,mas botando a bola no chãoo Flu conseguiu conter oímpeto do time paraense.Jogando pelas pontas, o tri-color chegou ao primeirogol, com Cícero, aos 15 mi-nutos de partida.

O gol forçou o Papão air para a frente. A pressãodeu resultado. Aos 40 mi-nutos, Victor Oliveira der-rubou Aylon na área. Pê-nalti cobrado e convertidopor Yago Pikachu.

No segundo tempo, oFlu voltou mais organiza-do, como no começo dapartida. Tanto que demo-rou apenas oito minutospara pular na frente doplacar novamente. MarcosJúnior empurrou para ogol, após receber passe deMagno Alves.

O destaque negativo foia cotovelada de Betinhoem Edson, que levou o vo-lante tricolor para o hos-pital. O jogo acabou com57 minutos, por conta dolance. (BP)

Vasco arrancavaga na raça

1 | Esporte Rio de Janeiro, 27 a 30 de agosto de 2015

Brasileirão21º RODADA

Classificação Série A

X

VAS FIG

SAO PON

GRE CDF

AVA INT

PAL JEC

FLU CAM

SPO FLA

CHA COR

CRU SAN

CAP GOI

1 X 1 Sáb. 29/08

18h30

XSáb. 29/08

21h

X Dom. 30/08

11h

XDom. 30/08

11h

XDom. 30/08

16h

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16h

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16h

XDom. 30/08

18h30m

XDom. 30/08

18h30m

Dom. 30/0818h30m

Doriva terá apoio maciço da torcida para seu segundo estadual

Gilvan de Souza/Flamengo

Confira outros resultados da Copa do Brasil

Jogo foi muito pegado, embora menos violento que o primeiro

As partidas de volta das oitavas-de-final da Copa do Brasil reservaram muitasemoções, algumas viradas e uma zebra.

O Atlético-MG, atual campeão, foi eli-minado pelo Figueirense após perder por2 a 1 em Florianópolis, com muita recla-mação do Galo sobre a arbitragem que ex-pulsou Leonardo Silva de forma polêmica.

O São Paulo venceu o Ceará por 3 a 0,

em Fortaleza, e reverteu a vantagem dotime cearense, se classificando. O Santosvenceu o Corinthians novamente, agorano Itaquerão por 2 a 1, e também avançou.

O Palmeiras também repetiu a dose,vencendo o Cruzeiro, em Minas, por 3 a2, avançando às quartas-de-final. Haveráoutro sorteio para definir os confrontosda próxima fase. (BP)