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Braga e Guimarães desconhecem a “capital do lado”

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Bracarenses e vimaranenses revelam pouco interesse sobre as capitais da Juventude e da Cultura das cidades dos vizinhos, históricos rivais [in jornal 'Público', 12/03/2012, p. 30]

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Page 1: Braga e Guimarães desconhecem a “capital do lado”

30 | LOCAL | PÚBLICO, SEG 12 MAR 2012

“O melhor café é o da Brazileira” era a frase formada pelos azulejos

DR

A Câmara do Porto encomendou no-

vos azulejos para recompor o antigo

painel publicitário alusivo às quali-

dades do café de A Brazileira, que

pontuava num muro de granito na

Rua do Dr. Ricardo Jorge, no centro

da cidade. No âmbito da requalifi ca-

ção promovida pela câmara no Lar-

go de Montepilher, o referido muro

está a ser alvo de uma limpeza, e os

azulejos foram retirados.

“Tendo em conta o estado de de-

gradação do painel de azulejo, o De-

partamento de Património Cultural

procedeu ao seu levantamento, ten-

do-se iniciado os trabalhos de recu-

peração dos azulejos recuperáveis e

Câmara do Porto recupera antigo painel publicitário

foi aberto um procedimento para en-

comenda dos azulejos que não foram

possíveis recuperar”, explicou, por

email, o gabinete de comunicação

da autarquia. A mesma fonte expli-

cou que “o prazo de entrega destes

azulejos ainda é demorado, não sen-

do possível de momento informar

quando é que estará concluído” o

processo de reposição do painel.

Este conjunto de azulejos é um íco-

ne do Porto, mas também da publi-

cidade made in Portugal. “O melhor

café é o da Brazileira” foi uma frase

inscrita em vários pontos do país que

espelha a estratégia de marketing de

A Brazileira, a loja de venda de café

que abriu no Porto no início do séc.

XX e que viria a dar origem à cafeta-

ria homónima, que abriu em 1938 na

Rua de Sá da Bandeira.

AutarquiasAbel Coentrão

Breves

Habitação

Incêndio florestais

PS-Porto diz que política de Rio não está a resultar

Fogos de Inverno já ameaçaram parques naturais

O líder da concelhia do PS-Porto, Manuel Pizarro, reclamou ontem uma nova política de habitação para a cidade, afirmando que a perda de população registada na última década demonstra que a política da maioria PSD-CDS, liderada por Rui Rio, “não está a resultar”. “É preciso fazer qualquer coisa para inverter a actual situação de declínio demográfico no Porto”, frisou Pizarro no final de uma visita que efectuou à zona das Eirinhas. Aqui, segundo a Lusa, encontrou uma área da cidade entregue “ao mais completo abandono, com ilhas profundamente degradadas”, situações de insalubridade e espaços públicos que parecem ter sido “bombardeados pela inércia”.

Pelos menos dois dos 146 fogos florestais que, até às 17h de ontem, eclodiram em Portugal estavam a lavrar em áreas naturais protegidas. O primeiro começou cerca das 9h30, em Vinhais, e, ao fim da tarde, continuava a avançar em três frentes, consumindo áreas de mato do Parque Natural de Montezinho. O incêndio estava a ser combatido por uma dezena de bombeiros e elementos do GIPS da GNR, apoiados por um helicóptero bombardeiro. No Gerês, em Arcos de Valdevez, um fogo que já tinha começado no sábado reactivou-se cerca das 14h de ontem e estava também a ser atacado com descargas de um helicóptero bombardeiro, com o auxílio dos bombeiros e do GIPS. Só no distrito do Porto deflagraram, até às 17h, um total de 33 fogos florestais.

A Capital Europeia da Cultura Gui-

marães 2012 e a Capital Europeia da

Juventude Braga 2012 distam cerca

de 20 quilómetros, mas bracaren-

ses e vimaranenses desconhecem

a “capital do lado” e também são

leigos sobre a “sua” capital.

Em Guimarães, sábado foi dia de

inauguração da Fábrica Asa, uma

antiga fábrica têxtil renovada ao

abrigo de Guimarães 2012 para pó-

lo de indústrias criativas e que ser-

virá também de sala de exposições

e palco para espectáculos. Além do

espaço em si, foi também aberta ao

público a exposição O Ser Urbano

– Nos Caminhos de Nuno Portas e

decorreu o segundo dia do espec-

táculo O Lamento de Branca de Neve,

de Olga Mesa.

Da programação da Capital Eu-

ropeia da Cultura (CEC) para dia

10 destacou-se também a estreia

da peça Cosmos do Teatro Ofi cina

e a abertura da exposição sobre

Martins Sarmento. Ainda assim, as

praças e esplanadas estavam cheias

de gente que nada sabia.

“Do dia de hoje não sei nada. É

verdade, não sei”, admitiu à Lusa

António Lemos, que, embora reco-

nhecendo que a cidade “tem mais

gente”, confessou que apanha os

eventos “ao acaso, sem saber”.

Braga e Guimarães desconhecem a “capital do lado”

Olívia Santos veio de Évora, em

grupo, para “conhecer a cidade”.

De Guimarães 2012 afi rmou nada

saber também. “Viemos fazer este

passeio, mas para ver a cidade. Não

sei que espectáculos estão previs-

tos, mas não vamos a espectáculos

nenhum.” Até porque, adiantou,

“a programação é desconhecida”.

Mas por “descaso”, não por “falta

de meios”, explicou.

Em Braga, Capital Europeia da

Juventude (CEJ) 2012, o “progra-

ma de festas” de dia 10 prometia

dança, teatro, animação, palhaços

e companhia, tudo na rua. Era fac-

to conhecido? “Não.” O dia era de

Em Caixote, animação a cargo das

associações bracarenses por vários

pontos da cidade.

“Não sabia que ia existir. Passei,

ouvi a música e vim ver”, explicou

Ana Alves, que se adiantou a dizer

que sabia que aquele “espectáculo”

era por causa da Capital Europeia

da Cultura. Estava em Braga, Capital

Europeia sim, mas da Juventude.

Vinte quilómetros distam as duas

“capitais europeias minhotas”, mas,

apesar da proximidade, bracaren-

ses e vimaranenses “não se enten-

dem” e a “rivalidade” é um facto.

“Coisas que vêm mesmo da alma

não dá para ultrapassar”, afi ançou

António Lemos. “Basicamente, vi-

maranenses a elogiar a CEJ deve ha-

ver poucos e bracarenses a elogiar a

CEC não deve haver nenhum”, apos-

tou. Viviana Teixeira é bracarense e

concorda com António. “Em Braga

normalmente não interessa muito o

que se passa em Guimarães”, afi r-

mou. Mas e da Capital Europeia da

Juventude o que sabe? “Nada. Tam-

bém não sei.”

Uma opinião destoou, a de Marta

Faria. “Sabia o que ia acontecer. Vi

a agenda cultural da cidade e vim

mais cedo para ver”, assegurou.

Quanto à CEC a mesma opinião

que os restantes. “Existe uma ri-

validadesinha”, admitiu. “Mas era

escusada. Se juntassem as duas

capitais, era mais positivo para as

duas cidades.”

Mais gente na rua, sol, espectá-

culos que “passaram desapercebi-

dos” e gente “desinteressada em

saber o que se passa” foram nota

dominante quer em Braga, quer em

Guimarães.

Mais informado parecia Fran-

cisco Sousa, de oito anos. “Estou a

ver. Estou a estragar os sonhos dos

palhaços.” Tal como os sonhos dos

palhaços, também a ideia das “du-

as capitais europeias unidas parece

“estragada”. Lusa

Bracarenses e vimaranenses revelam pouco interesse sobre as capitais da Juventude e da Cultura das cidades dos vizinhos, históricos rivais

Animação

Guimarães é Capital da Cultura e Braga é Capital da Juventude

Encontrando-se agendada para o próximo dia 19 de Março de 2012

a Assembleia Geral de accionistas da Norgarante - Sociedade de

Garantia Mútua, S.A. informa-se, nos termos do disposto no artigo

110.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades

Financeiras, que os accionistas detentores de participações sociais

superiores a 2% do capital social da sociedade são os seguintes:

Accionista Total Percentagem

S.P.G.M. - Sociedade de Investimento, S.A. 7 960 025 12,25

Banco Espírito Santo, S.A. 1 371 411 2,11

IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação

1 337 610 2,06

Norgarante - Sociedade de Garantia Mútua, S.A.

O Presidente do Conselho de Administração