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Boletim Informativo Clube Niteroiense de Montanhismo Ano VIII – número 19 Niterói, dezembro de 2012 Fundado em 20/11/2004 SEGURANÇA • Cãibras História do Montanhismo Fluminense Caminho da Luz Concurso Fotográfico

Boletim CNM 2012-2

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Boletim InformativoClube Niteroiense de MontanhismoAno VIII – número 19

Niterói, dezembro de 2012Fundado em 20/11/2004

SEGURANÇA

• Cãibras

• História do Montanhismo Fluminense

• Caminho da Luz

• Concurso Fotográfi co

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E lá se vão dois anos ...Ainda lembro do bate-papo no sobrado da rua Albino Pereira, com Carlos Penedo, Allan, Leandro Pes-tana e outros, sobre quem deveria assumir a gestão no biênio 2011-2012 ..., ótimas quartas e quintas feiras

com amigos, contando “causos” e histórias, marcando ati-vidades, dividindo sonhos de trilhas e vias e preocupações quanto às mesmas.

Em dezembro de 2010, realizamos a nova assembleia na Vila dos Marra’s para eleger a diretoria de outro biênio, composta por: Alex Faria de Figueiredo (presidente), Eny Hertz (vice-presidente), Leandro Collares (tesoureiro), Luiz Andrade (diretoria técnica) e Ary Cardoso Neto (di-retoria de meio-ambiente).

Encaramos esse biênio com metas simples: reparar ou gerar um novo site do CNM, uma vez que o mesmo não estava operacional; regularizar a questão fi scal do clube, em realidade um problema que assola qualquer clube de montanhismo; e tocar o barco com atividades de trilhas, vias e bikes (bike? o que isso tem a ver com um clube de montanhismo?).

Tivemos um grande aprendizado nesses dois anos, e o principal foi: que falta faz uma SEDE! Neste ponto, fomos inefi cazes em contornar a situação, pois não conseguimos ainda viabilizar a mesma, e isso foi um dos fatores desagre-gadores do CNM.

Mas demos continuidade a duas atividades que já se tornaram tradicionais do clube: o seminário de mí-nimo impacto do Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET), que serviu de subsídio ao Plano de Manejo do mesmo, e a participação no Conselho Consultivo do PESET, com participação também na câmara técnica de turismo, além de ter realizado, em 2011, um CBE (Curso Básico de Escalada).

Nestes dois anos, devido ao novo perfil do CNM (sem sede e sem site), tivemos uma marcante redução de atividades de trekking e escalada, mas, de forma também marcante, o crescimento de atividades de bi-cicleta!

De forma inovadora, o CNM é o pioneiro dentre os clubes de montanhismo no incentivo de atividades de ci-clismo. Uma atividade que permite também a integração com o meio ambiente, além de um transporte alternativo efi ciente nos dias de hoje.

Felizmente, no correr do ano de 2012, conseguimos alcançar dois dos objetivos desta gestão: o site voltou a funcionar graças ao sócio Mauro Mello, e a questão fi scal está quase solucionada graças ao Leandro Collares. A eles, meus mais profundos agradecimentos.

De forma resumida, tinhamos/temos um ônus fi-nanceiro resultante de más gestões anteriores, decor-rente exclusivamente de ignorancia nas leis, o que nos gerou uma dívida com INSS. Por consequencia disso, fomos obrigados a nos “profissionalizar” na gestão do CNM, o que significou um enorme trabalho para Lean-dro Collares. Paralelo a isso resolvemos, de acordo com o estatuto, regularizar a situação dos sócios, saneando assim nossas contas.

Estivemos presentes na Abertura da Temporada de Montanha (ATM 2011 e 2012), no Conselho Municipal de Meio Ambiente de Niterói e encaminhamos a minuta de lei para a criação do Monumento Natural do Morro do Santo Inácio à Prefeitura de Niterói.

Ao observar nosso site, vi que nosso pessoal con-seguiu, felizmente, se divertir esse ano: além das es-caladas, pedaladas e caminhadas, tivemos atividades consideravelmente ecléticas, tais como atividade de bote (?!), mutirão de limpeza da pracinha, lagoa de Itaipu e voluntariado no Parque Nacional da Tijuca, bloco de carnaval (Só o Cume Interessa), seminários técnicos, rafting, mergulho, caiaque e uma atividade internacional (acuma?).

Ah, sim, nesses dois anos saímos cerca de quatro ve-zes nos jornais (duas vezes no Fluminense e duas vezes no Globo).

Enfi m, não vamos esmorecer! Pois temos belas mon-tanhas e praias, trilhas e vias, em 26 estados brasileiros e cerca de 191 países para visitar e revisitar!

Que venha outro biênio!

MENSAGEM DO PRESIDENTE

Biênio 2011/2012Por Alex Figueiredo

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do potássio em si (como sempre se imaginou)... Quem sabe pela reposição do substrato energético, associado a outros cuidados que se tenha?!

E será mesmo que consumir bebidas esportivas (iso-tônicas) podem ajudar na prevenção destas cãibras? Pode sim, desde que a reposição do sódio seja proporcional à sua depleção. No entanto, importa saber que, em média, o suor contém 920 a 1150mg de sódio/l, que praticantes de atividade física podem perder de 4,5 a 7,5l de suor/ dia e que os isotônicos mais comuns na prateleiras comerciais possuem 90mg de sódio em 200ml (algumas versões em pó, específi cas para atleta, contém 1400mg/l). Portanto, isotônicos comuns, não serão efi cazes na reposição do só-dio perdido.

Por muitos anos atribuímos cãibras à causas inconsis-tentes. Apesar de ser uma condição comum, experimen-tada por praticantes de atividade física, tanto recreativos, quanto competitivos, e, suas causas não serem tão claras, devemos considerar que o surgimento de cãibras pode ser evitado, na grande maioria das pessoas, com uma repo-sição hídrica de 1 l/h (junto à reposição de eletrólitos, em especial do sódio). Aliás, hidratação não deve ser uma preocupação apenas durante a atividade física.

Alguns cuidados como evitar bebidas e suplementos que contenham substâncias diuréticas, como a cafeína (café, refrigerantes a base de cola, etc.), já no dia anterior a uma prática de montanha mais exigente, auxiliam na ma-nutenção da hidratação. Ainda, é essencial assegurar uma dieta nutricional adequada, tendo cautela na reposição do sódio, uma vez que a ingestão deste está diretamente rela-cionada à hipertensão arterial.

Por fi m, se as CMAE ocorrerem, realizar um alonga-mento mantido da musculatura afetada, por 15 segundos, sem exagerar no estiramento, o que poderia provocar mi-cro lesões nas unidades músculos tendíneas. Aliviada a dor, massagear a região e considerar possibilidade de diminuir a demanda em relação ao trabalho do músculo em recupera-ção. Caso a dor persista, após atividade, fazer calor.

Não há consenso sobre a causa das cãibras, o que não deve implicar, na ausência de um consenso – entre mon-tanhistas - acerca da importância de se avaliar consciente-mente os riscos a que se está exposto, após a ocorrência de uma forte cãibra muscular durante a atividade. Que nosso equilíbrio supere sempre quaisquer desequilíbrios hidro-eletrolíticos e/ou neuromusculares que possam acontecer na montanha.

Não raras vezes, como montanhista, presenciei episódios de cãibras musculares associadas a exercícios (CMAE), repentinas e dolorosas, em amigos com os quais escalava uma parede ou simplesmente caminhava por uma trilha. Em nenhuma das situações houve perigo iminente, no entanto, nunca descartei que uma “simples” cãibra pudesse representar um fator de risco, especial-mente, na escalada em rocha, fosse por impossibilidade na continuidade da ascensão do guia, ou mesmo, por real limitação da sua performance no restante de uma via mais exigente. Hipóteses apenas, mas que merecem atenção, não é mesmo?

Digamos que você tenha predisposição a cãibras mus-culares. Sabe lidar com elas? Possivelmente, atribua a ocor-rência das suas CMAE a um preparo físico inadequado, mas se este não for o principal motivo? Há muitos mitos sobre o assunto e atualmente, várias teorias tentando ex-plicar porque acontecem, embora não existam evidências experimentais fortes para qualquer uma delas. Como po-demos preveni-las, diante disso?

Primeiro, devemos estar conscientes de que, apesar das causas das CMAE serem multifatoriais e de não ha-ver um consenso sobre o assunto, a maior parte das cãi-bras induzidas por exercícios é na prática, conseqüente a um desequilíbrio hidroeletrolítico e/ou neuromuscular, o que quer dizer que podem estar relacionadas à desi-dratação, depleção de eletrólitos e de substrato ener-gético ou, mesmo, ao acúmulo de metabólitos tóxicos nos músculos.

Durante uma atividade física, temos grande perda de líquido e de eletrólitos pelo suor e, ao contrário do que se imagina, a literatura recente comprova que não é a falta de minerais como o potássio, cálcio ou magnésio que oca-siona cãibras, e sim, as baixas quantidades de sódio. Logo, ingerir bananas, alimento rico em potássio, não constitui solução para prevenir cãibras, não pela simples reposição

SAÚDE

Cãibras Musculares Associadas a ExerciciosPor Alessandra Neves

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te abandonada pelos governos anteriores, e estava inclu-sive sujeita a invasões”.

Cerca de R$ 1,5 milhão foi aprovado no Fundo Mata Atlântica para aquisição de equipamentos, como placas de sinalização, e para a reestruturação do Caminho Darwin, uma antiga estrada de ligação entre Niterói e Marica, que corta o parque por quase 2 quilômetros.

O diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), André ilha, lem-brou que a exuberância da fl ora e da fauna da região foi descrita pelo naturista inglês Charles Darwin (1809-1882), pai da Teoria da Evolução das Espécies, após visitar a região.

“Em sua passagem pelo Brasil, Darwin fi cou encanta-do com as belezas do local. Este é mais um motivo para preservarmos esta área. Vamos implantar um complexo de uso público, como diversas atrações como escaladas, cami-nhadas e outros esportes de aventura”, disse Ilha.

No inicio de 2013, o Inea fará uma licitação para que o Parque da Serra da Tiririca conte com serviços concedi-dos, tais como restaurante panorâmico e arborismo.

Fonte: http://www.inea.rj.gov.br/noticias/noticia_dinamica1.asp?id_noticia=1953

AMBIENTE

Ampliação do PESETPor Leandro do Carmo

Ao atender antiga reivindicação de moradores e am-bientalistas de Niterói, o Governo do Estado ampliou, por decreto, o Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset) em 1.241 hectares. Com a incorporação da Reserva Municipal Darcy Ribeiro, das ilhas Pai, Mãe e Menina e do Morro da Peça, o parque possui a partir de agora área total de 3.568 hectares.

Para reforçar a proteção dessa unidade de conservação, até o fi nal deste ano, 20 guardas-parques passarão a atu-ar na região e uma Unidade de Policiamento Ambiental (UPAm) será instalada no local.

Com a ampliação do Peset, instituída pelo decreto estadual n° 43.913, que foi publicado no Diário Ofi cial da segunda-feira 29 de outubro, a estimativa da Secreta-ria de Estado do Ambiente é que o Município de Nite-rói receba, em 2014, o dobro do repasse de ICMS Verde de 2013 – que deverá saltar de R$ 1,2 milhão para R$ 2,4 milhões.

Criado em 1993, pela Lei n° 1.901/91, de autoria do deputado estadual Carlos Minc, o parque fi cou sem a demarcação fi nal dos seus limites até 2007. Quando Minc assumiu a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), o par-que fi nalmente teve seus limites estabelecidos por decreto. Um ano depois, em 2008, o parque ganharia sua primeira ampliação, passando de 2.076 hectares para 2.327 hectares de área.

A partir da agora, com o novo acréscimo de 1.241 hectares, o Parque Estadual da Serra da Tiririca passa a contar com um total de 3.568 hectares de área protegida (o equivalente a quase 4.000 campos de futebol).

Para que as três novas áreas fossem incorporadas ao parque, foi realizada uma grande consulta pública em Niterói. Diversas sugestões foram acolhidas, como, por exemplo, o regime de cogestão do parque da Tiririca, em parceria com a Prefeitura de Niterói, e a incorpo-ração das ilhas, proposta pelos pescadores que partici-param da reunião.

Para o secretário do Ambiente, Carlos Minc, a am-pliação do parque tem papel socioambiental: “Vamos proteger a Mata Atlântica, aumentar a reprodução do pescado e garantir aos pescadores a possiblidade de tra-balhar também com turismo ambiental, promovendo visitações às ilhas que agora fazem parte da nova uni-dade de conservação. E a incorporação da reserva Darcy Ribeiro signifi ca conservar a biodiversidade de uma área importante para o município, mas que foi completamen-

Mesmo que estejamos fora da temporada de monta-nhismo, ainda podemos escalar determinadas vias na Re-gião Oceânica.

Morro do Tucum: na face oeste (praia), começando cedo, vale a pena pois o sol começa a bater por volta das 9:00hs/9:30hs, até o por do sol; as da face leste (bananal), o sol bate até 15.30 +/-, depois sombra e normalmente brisa . Morro do Telégrafo: nas vias do setor colibris (En-genho do Mato) o sol começa bem cedo, por volta das 9:00hs, mas no fi nal da tarde fi ca de lado, não compro-metendo tanto, tendo brisa fi ca tranquilo; no setor Ubá VI, no mês de dezembro, a sombra da manhã fi ca até as 09.30h, aproveite principalmente as curtinhas, depois é solzão até ele se por.

No fi m de tarde recomendam o point de boulder Oriente. Diversos boulders com variadas graduações.

Além da pracinha é claro.

Fique de OlhoPor Eny Hertz

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O circuito corresponde ao que eu e Ary fi zemos de bike, um 25 km de pedal... bem legal... Entramos pela rua das Arvores e fomos até o açude, depois trilha do Cantagalo, Jacaré - Villas Romanas - Muriqui Grande - Vila Progresso

Mais informações sobre as trilhas na página http://www.amadarcy.org.br/

TENTANDO NOS ACHAR

Trilhas da antiga reserva Darcy RibeiroPor Alessandra Neves

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HISTORIA

Monhanhismo Fluminense: Um Fenômeno recente?Por Alex Figueiredo

Em 1992 o GCI executou um projeto que foi, a seu modo, um marco na História das Montanhas de Niterói, a campanha SOS Montanhas de Niterói, quando foram rea-lizados mutirões de limpeza em todos os topos e trilhas do município. Nesse momento, as pessoas que frequentavam as trilhas se deram conta de duas informações importantes: SIM, nós temos montanhas! E do quanto estavam degra-dadas nossas montanhas.

Infelizmente também em 1992 o GCI começou a enveredar o caminho do movimento de defesa ambien-tal, perdendo de forma irreversível sua ideia original, que era o de um clube de montanhismo. Mas essa iniciativa acabou rendendo frutos, e membros deste grupo funda-ram: o Grupo Cauã de caminhadas; Grupo Sussuarana, de Jorge Antônio Lourenço Pontes e Flávio Siqueira, ambos de curta existencia no território fl uminense; e o Projeto Ecoando, em 1994, de Cássio Garcez, que é um misto de empresa de ecoturismo e de um Clube Excursionista, que existe até hoje.

O ano de 1994 também foi marcado pela tragédia no montanhismo fl uminense. Em 25 de setembro de 1994 um grupo do Clube Excursionista Brasileiro, em uma atividade de caminhada ao Morro do Cantagalo, foi atacado por um enxame de abelhas africanizadas, ge-rando o óbito de Herald Zerfas (guia) e Joaquim Afon-so Braga. Herald era um montanhista apaixonado pelas montanhas de Niterói, onde realizava diversas caminha-das e escaladas, sempre com bom humor e um chapéu estilo tirolês.

Ao iniciarmos o novo milenio, o montanhismo em Niterói ressurgiu em sua forma mais organizada e, com o apoio da FEMERJ montanhistas organizaram, fi nal-mente, o segundo clube de montanhismo de Niterói, o Clube Niteroiense de Montanhismo, que teve em sua pri-meira diretoria Gustavo Muniz (presidente), Alan Marra (vice-presidente), Nise Caldas (tesoureira), Jerônimo dos Santos (diretoria técnica) e Alex Figueiredo (diretoria de meio-ambiente).

Agora, nove anos se passaram desde a primeira reu-nião organizada por essas pessoas e, dessa forma, tivemos um período de diversas atividades, explorações e con-quistas, mas principalmente, 9 anos se passaram de risos, aventuras e camaradagem, que nos deram muitas alegrias e histórias para contar.

Quando da fundação do Clube Niteroiense de Mon-tanhismo, em 2003, se debateu sobre este tema, se o CNM seria “inovador” ao ser criado na região leste da Baia da Guanabara.

Logo depois de sua criação, a surpresa! O terceiro clu-be de montanhismo do Brasil era de Niterói! O extinto Clube Excursionista Icaraí (CEI), fundado em 03 de maio de 1939, com o lema; “Sois brasileiros? Quereis conhecer de perto a vossa pátria? Inscrevei-vos no Clube Excursio-nista Icaraí.” Com atividades de caminhadas tando em Ni-terói quanto no Distrito Federal (a atual cidade do Rio de Janeiro).

Mas, entre o CEI e o CNM temos um hiato de tempo de 63 anos ..., o que houve nesse periodo? Existia a prática de montanhismo em Niterói e arredores?

Em Niterói sempre houve atividade de tropas escotei-ras em diversos bairros, o que sem dúvida, permitiu que a prática do montanhismo continuasse em nosso berço, sen-do algo um pouco “naturalizado”, mas não com a alcunha de montanhismo, era simplesmente o hábito de frequentar nossas fl orestas e montanhas, mas infelizmente não como a ideia de um clube excursionista como conhecemos hoje em dia.

Os excursionistas da Capital vinham frequentar nossas montanhas que, de certa forma, eram pouco frequentadas, sendo que a primeira conquista de uma via de escalada em Niterói foi, parece, em 1956, batizada de “Artifi cial da Conquista”, na Agulha Guarish, na Serra da Tiririca. Tive-mos também a “Chaminé Campelo” em 1956 no morro do Cantagalo, na Reserva Darcy Ribeiro (acho que agora, deve ser conhecida como Setor Darcy Ribeiro, do Parque Estadual da Serra da Tiririca) e o “Paredão Surpresa” em 1978, no Morro do Santo Inácio.

Na década de 70, houve cerca de 8 conquistas de vias, 13 conquistas na década de 80 e 10 até fi ns dos anos 90. Após este período, as rochas niteroienses testemunharam uma verdadeira febre de novas de vias de escaladas!

Mas voltando a idéia de Clubes de Montanhismo, em junho de 1989 houve a fundação do Grupo Cami-nhante Independente, por Gerhard Sardo que, original-mente, almejava a ideia de um clube excursionista, tanto que em suas programações de atividades, o informativo do GCI constava um item curioso, que era “Infl uência Ideológica” onde elencava os nomes dos clubes de mon-tanhismo cariocas. Houve também o Grupo Terra, mas de curta duração.

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A prática de escalada diversas vezes nos coloca em situações onde só podemos contar com nosso parceiro de escalada. O fato da dinâmica do esporte pedir que se formem cordadas de duas ou três pessoas nos “obriga” a ter conhecimento de auto resgate, pois em várias situações, não poderemos contar com equipe de resgate especializada.

Uma das difi culdades durante um resgate em altura é conseguir fazer os procedimentos de ancoragem e descida com uma vítima sem condição de boa locomoção. São di-versas situações possíveis de acidente durante uma escalada e devemos estar atentos as técnicas específi cas para cada uma delas.

A seguir, descrevo o passo a passo de um procedimen-to de resgate em altura em um acidente com a seguinte cena: O guia cai no 1º esticão de uma via grampeada e quebra o pé. O segurança está na base sem ancoragem e a corda é insufi ciente para descê-lo até ao seu lado.

1º passo: Fixar o freio (nó de mula ou semelhante);2º passo: Fazer ascensão em contrapeso até a 1ª proteção e se fi xar;3º passo: Descer a vítima até a proteção mais próxima dela;4º passo: Fixar a corda da vítima com nó conjunto mari-ner/prussik (+ backup) diretamente na proteção; 5º passo: Subir até o grampo mais próximo da vítima e se fi xar;

SEGURANÇA

Auto ResgatePor Ian Will

6º passo: Estabilizar a vítima da melhor forma possível, usando os conceitos de estabilização de cervical (fazer um peitoral);7º passo: Fixar a corda da vítima com nó mariner e usar sistema de backup;8º passo: Descer (prussik) até o ponto onde a corda está fi xa e desarmar o conjunto mariner/prussik com atenção;9º passo: Retornar ao grampo onde a vítima está fi xada;10º passo: Recolher a corda e montar rapel;11º passo: Montar o seu sistema de freio e fi xar a vítima neste sistema;12º passo: Desarmar a fi xação da vítima (mariner) com atenção;13º passo: Se for necessário parada para montagem de novo rapel, fazer a ancoragem do conjunto socorrista/vítima juntos em um nó mariner e repetir procedimento de descuda

O esquema a seguir tem como objetivo a padroni-zação ou facilitação das decisões a serem tomadas na hora do acidente com o guia de escalada. Vale salientar que para executar tais procedimentos, o resgatador deve dominar com segurança os nós e técnicas especifi cas de resgate como nó de mula, mariner, montagem de sistemas de polias etc...

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SEGURANÇA

Na EscaladaPor Eny Hertz

A escalada é um esporte seguro, quando observadas as regras de segurança (como na maioria dos esportes)... Utilize sempre o equipamento adequado para cada situ-ação ou tipo de escalada, nunca tente “quebrar o galho” com um equipamento que não é específi co para a situ-ação. Acima de tudo, nunca use equipamento em mau estado de conservação. Alguns alpinistas mais experientes recomendam que assim que um equipamento seja consi-derado “condenado”, deve-se jogá-lo fora, para que você não seja tentado a usá-lo novamente. Portanto, na dúvi-da não use o equipamento, ou simplesmente não escale. Lembre-se que a rocha onde você vai escalar esteve ali por milhares de anos e não vai desaparecer da noite para o dia, e se você esqueceu o equipamento certo a ser usado, lembre-se o quanto vale mais a sua vida do que um dia de escalada perdido.

Em geral os acidentes ocorrem por 3 motivos prin-cipais:

• Uso inadequado do equipamento;• Uso de equipamento em mau estado;• Excesso de autoconfi ança, levando a falta de atenção

necessária.

Este último item é o mais perigoso. Tanto na esca-lada como em outros esportes ao ar livre, os acidentes excessiva autoconfiança ao ponto de não usar o equi-pamento de segurança. É o caso da escalada solo, na qual o escalador não usa nenhum tipo de segurança. Portanto, antes de fazer uma escalada solo, tenha cer-teza de saber o que está fazendo, e nunca o faça desa-companhado.

Não há lei que obrigue o uso de capacete nas esca-lada, nós do clube Niteroiense de Montanhismo acre-ditamos que este equipamento é de suma importância e deve ser usado em todas as atividades ofi ciais de escalada do clube.

Mais artigos sobre escalada na página:http://estrelasuniverso.sites.uol.com.br/escalada.htm Fonte Curso de Escalada Esportiva - Copyright 1996 - Eduardo Barros ModestoEscalada Técnica em Rocha - Márcio e Victor Perdigão.

Escale com segurança.

SEGURANÇA

No CiclismoPor Vinicius Ribeiro

Para se andar de bicicleta sem correr maiores riscos, é necessário tomar certos cuidados e utilizar alguns equipa-mentos de segurança. No Código de Trânsito Brasileiro, existem alguns direitos e deveres do ciclista que podem ser entendidos como cuidados a serem tomados.

No Cap. 3 Art.58 encontramos:- Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.

De acordo com o código, “A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá autorizar a circula-ção de bicicletas no sentido contrário ao fl uxo dos veículos automotores, desde que dotado o trecho com ciclofaixa.”

Na cidade o ciclista deve tomar alguns cuidados como:• Não andar na calçada;Não andar na contramão; Res-

peitar os semáforos e sinalizações Não utilizar fones ou outros acessórios que tira sua atenção; Andar sempre do lado direito da pista, mesmo sendo mão única

Em relação aos equipamentos de segurança, tanto na cidade quanto na estrada, utilize sempre o capacete para proteger um dos pontos vitais do corpo, luvas, pois em uma possível queda as mãos chegam primeiro ao chão e óculos para proteger do sol e também Ainda na estrada é importante:• Evitar pedalar a noite; Estudar muito bem o trajeto a ser

percorrido; Evitar rodovias de grande movimento; Usar sempre o alforje, não levar mochila nas costas; Ter sempre muita água; Saber quem é seu parceiro de pedal

Em relação aos equipamentos de segurança, tanto na cidade quanto na estrada, utilize sempre ocapacete para proteger um dos pontos vitais do corpo, luvas, pois em uma possível queda as mãos chegam primeiro ao chão e óculos para proteger do sol e também de poeira, insetos e galhos. Use e abuse de fárois e refl etores, procure usar também retrovisor.

Esteja ciente que, por menor que seja, existe um risco ao andar de bicicleta, então seja sempre muito atencioso ao pedalar, sua segurança depende principalmente de você.

Fonte: http://www.pedalarepreciso.com.br

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te deverá ser carimbado em diversos locais pelo caminho para que o peregrino tenha direito ao certifi cado de con-clusão da travessia. Tombos é uma cidade pequena surgida como vilarejo em 1852, que com o tempo transformou-se em um município. Após o café, montamos nas bikes e se-guimos para a cachoeira de Tombos, a 5ª maior em volume de queda d’água do país. Próximo à cachoeira está o marco inicial desta travessia, depois de algumas fotos e contem-plação partimos em direção a Catuné. Chegamos no fi m da manhã, Catuné fi ca a cerca de 24,7 km de Tombos e é um vilarejo bem pequeno. Paramos em uma padaria no início do vilarejo, reabastecemos com alguns sanduíches e mete-mos o pé até a Gruta da Pedra Santa. Esta gruta serviu de esconderijo para escravos fugitivos e seu tamanho aumenta

porque as pedras do teto e das laterais caem de tempos em tempos. Para chegarmos a Gruta pedalamos cerca de 3,1 km ida e volta e depois seguimos em direção à Pedra Dourada. Para se chegar à Pedra Dourada todo ciclista ou caminhante precisa vencer uma forte subida chamada de Lombo do Burro. Quando uma subida tem nome, signifi ca que ela deve ser respeitada e posso dizer com certeza que esta é digna de todo o nosso respeito. Depois de vencer o Lombo do Burro alcançamos, no início da tarde, o vilarejo de Água Santa percorrendo cerca de 9,5km desde de Ca-tuné. Este é um vilarejo muito simpático com a maioria das ruas calçadas com paralelepípedo, sendo um distrito do município de Tombos. Paramos para matarmos a sede na venda das irmãs Lazaroni com direito a uma boa prosa, essa venda fi ca bem em frente à praça do distrito.

Pedalar por Minas Gerais não é fácil com cida-des, distritos e vilarejos cercados de montanhas. Para enfrentar uma travessia de bicicleta nesse estado, além de condicionamento, devemos ter paciência e deter-minação para encarar as várias subidas. E é nessa re-gião que fica o Caminho da Luz, uma travessia toda sinalizada com setas amarelas, iniciando em Tombos-MG e terminando em Alto Caparaó-MG atravessan-do fazendas antigas, cachoeiras e pequenos córregos, matas e antigas estações ferroviárias. Esta travessia tem quase 200 km podendo ser vencido em cerca de 4 dias com 3.500 m de ascensão total. Para encarar essa aventura, saímos eu (Adriano Paz) e Vinícius Ribeiro do CNM e Clair Pessanha do UNICERJ na noite de 05 de Setembro em direção à Rodoviária Novo Rio para pegar um ônibus às 23 h com destino à Tombos-MG. Planejamos fazer a travessia inicialmente em 4 dias e no último faríamos uma incursão ao Pico da Bandeira situado no Parque Nacional do Caparaó, retornando de ônibus ao Rio de Janeiro na segunda-feira, 10 de Setembro, pegando o ônibus à noite em Manhumirim-MG e chegando ao Rio na manhã de terça-feira, 11 de Setembro.

Chegamos em Tombos por volta das 6 h da manhã do dia 06 de Setembro. Tomamos café no secular Hotel Serpa por R$ 5,00 ao lado da rodoviária de Tombos e é neste mesmo hotel que o caminhante ou ciclista pode comprar um kit com passaporte, folder com a descrição do caminho e blusa do Caminho da Luz se assim desejar, esse passapor-

RELATO DE ATIVIDADE - CICLISMO

Caminho da LuzPor Adriano Paz

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Após repormos a energia e a água das caramanholas, metemos o pé em direção à cidade de Pedra Dourada e para chegarmos tínhamos que vencer mais uma subida nada fácil. No meio da tarde chegamos à cidade de Pedra Dourada. A cidade recebeu esse nome porque abriga uma pedra que refl ete a luz do sol, espalhando um tom doura-do. Ela é bem organizada e limpa, mas achamos as pessoas bem menos receptivas que em Água Santa. Paramos em uma padaria entre a praça e a igreja de São José, a única em estilo gótico do caminho, e conseguimos comer alguns sanduíches apesar do péssimo atendimento. Tínhamos pe-dalado cerca de 19,25 km desde de Catuné e fomos rece-bidos com muita má vontade pela atendente da padaria. Depois de comermos, sem nenhuma sombra de dúvida, decidimos não pernoitar em Pedra Dourada e pedalar até a próxima cidade, Farias Lemos.

O início do caminho até Farias Lemos é por estradas de terra, mas quando nos aproximamos da cidade pega-mos uma estrada de asfalto sem acostamento. Chegamos à Farias Lemos no início da noite após pedalarmos 25,2 km desde de Pedra Dourada e tratamos de procurar um lugar para pernoitarmos. Farias Lemos pareceu menos or-ganizada que Pedra Dourada e para difi cultar só possui um hotel, Hotel Ventura, e a cidade estava em festa. Logo sofremos para conseguir um quarto para pernoitar. Está-vamos bem cansados depois desse primeiro dia, tínhamos pedalado cerca de 72,25 km ao todo. Por fi m conseguimos um quarto com duas camas por R$ 35,00 por pessoa com café da manhã, mas um de nós teria que usar o isolante e saco de dormir que tínhamos trazido. Como Clair se vo-luntariou, eu e Vinícius fi camos com as camas. Tomamos banho e tratamos de procurar um lugar para comermos, pois estávamos com muita fome depois de um dia inteiro de pedal. Encontramos uma pensão chamada Restaurante das Meninas próximo à praça da cidade. Comida boa a um preço justo, jantamos um prato feito por cerca de R$ 10,00. Alimentados fomos descansar no hotel.

Acordamos cedo, tomamos café e partimos em dire-ção a próxima cidade, Carangola. Chegamos à Carangola no fi m da manhã após percorremos 22,85 km desde de Farias Lemos. Quando chegamos à Carangola, nos depa-ramos com um desfi le no Centro da cidade. Nesse desfi le tinham vários ciclistas que participariam para comemorar a criação do clube de ciclismo da cidade, pegamos algumas dicas da travessia e pernoites das próximas cidades. Depois fomos matar a fome na padaria mais próxima. Fome sacia-da, metemos o pé em direção à Caiana. Para completar a travessia não há necessidade de entrar em Carangola, para chegar em Caiana basta pegar a estrada de asfalto dobran-

do à direita assim que sair da estrada de terra. Após o iní-cio em estrada de asfalto, voltamos a pedalar em estrada de terra. Após uma forte subida, chegamos a uma antiga estação ferroviária pertencente à Estrada de Ferro Leopol-

dina. Dali em diante, o caminho é feito em single track com um visual muito bonito. Passamos por um pequeno túnel de pedra e após algumas pedaladas e várias porteiras, saímos do caminho de single track e voltamos para uma estrada de terra bem bucólica. Esse trecho é sem dúvida o mais bonito da travessia e pelo caminho existem várias fontes de água. Chegamos em Caiana no meio para o fi m da tarde depois de pedalar por 27,8 km desde Carangola e nos dirigimos para a única pousada do local, Hotel Cristal, conforme indicação dos ciclistas de Carangola. Esse hotel

é novo e muito bem organizado, pagamos um diária de R$ 35,00 por pessoa com café da manhã. Como não tinha nada aberto na cidade no horário que chegamos, a dona do

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hotel fez um lanche caprichado pelo acréscimo de R$ 5,00 por pessoa. O lanche estava tão bom que pedimos o jantar também por R$ 10,00 por pessoa. Após tanta comilança, fomos descansar para encarar o último dia da travessia.

Acordamos cedo como de costume, tomamos o café e partimos em direção à Espera Feliz. A estrada para Espera Feliz é toda em terra somente com um pequeno aclive. Após pedalar por 7,8 km chegamos a Espera Feliz ainda no iní-cio da manhã. Atravessamos a cidade e seguimos para Alto Caparaó, ponto fi nal da nossa travessia. A estrada para Alto Caparaó é bem bonita, mas deve-se ter cuidado pois passa muitos carros e uma linha de ônibus. Após a conversa que ti-vemos com os ciclistas de Carangola, eles nos aconselharam a irmos por Galiléia porque a subida seria menos intensa e pedalaríamos cerca de 2 km a menos. Esse trecho não possui grandes subidas como encontramos nos dias anteriores, mas mesmo assim é bem cansativo. É um trecho só com baixa-dinha, como dizem os mineiros. Mas não se iludam porque essas baixadinhas cansam, são aclives acentuados e sob o sol implacável que estava fazendo nesse dia sugava nossas ener-gias. Chegamos a Alto Caparaó depois de percorrer cerca de 31,65 km desde Espera Feliz. Chegar em Alto Caparaó foi tranquilo, difícil foi chegar na pousada que iríamos per-noitar. Ela fi ca na parte alta da cidade de Alto Caparaó, no caminho para o Parque Nacional do Caparaó. No meio da tarde de 08 de Setembro chegamos em frente a Pousada do Rui, era um sábado com sol entre nuvens. Conseguimos ain-da pegar o almoço que já estava no fi m, mais que depressa largamos as bagagens no quarto e formos matar a fome. De-pois só nos restava descansar para encarar a subida ao Pico da Bandeira que faríamos no dia seguinte.

A cidade de Alto Caparaó está a 997 metros de altitude e se o caminhante ou ciclista tiver esquecido de carimbar o passaporte em alguma cidade. Na Pousada Serra Azul, que

fi ca em frente à praça na parte alta da cidade, pode obter além do último carimbo todos os carimbos que estejam faltando em seu passaporte de Ciclista da Luz e ganhar o certifi cado da travessia do Caminho da Luz. No mesmo dia da nossa chegada acertamos com um jipeiro indicado pelo Rui da pousada a condução para a Tronqueira, último ponto que um veículo pode chegar dentro do Parque e que fi ca a 6 km da portaria. O jipeiro nos pegaria por volta das 7 h na pousada e nos levaria até a Tronqueira, subiríamos ao Pico da Bandeira e depois ele nos pegaria na Tronquei-ra, deixando-nos novamente na pousada. No dia seguinte acordamos cedo, pegamos o jipe e fomos para Tronqueira dentro do Parque. A entrada para o Parque custa R$ 11,00 por pessoa sem direito a pernoite. Chegando a Tronqueira, descemos do jipe e metemos o pé em direção ao cume do Pico da Bandeira. O caminho é bem tranquilo todo sinali-zado com setas amarelas, não há como se perder. Chegamos ao Terreirão ainda na parte da manhã, este é o último local de acampamento antes do cume. É um platô bem amplo com boa infl a-estrutura, com banheiros masculino e femini-no e fi ca a 3,7 km da Tronqueira. Descansamos um pouco e partimos para o ataque ao cume, chegamos ao cume no iní-cio da tarde e apesar do sol estar escondido entre as nuvens tínhamos boa visibilidade, mas não demorou muito para ele dá o ar de sua graça e esquentar o clima um pouco. Fizemos um lanche, tiramos várias fotos e depois pegamos o cami-nho de volta para a Tronqueira. Na descida não pudemos deixar de recolher o lixo deixado pelos demais caminhantes, a trilha estava com muito lixo pois era um fi m de semana com feriado e o Parque tinha recebido um bando de gente sem noção. Quando chegamos a Tronqueira, tínhamos en-chido um saco de lixo de 15 l que tínhamos levado. Como ainda era cedo resolvemos dá um pulo na Cachoeira Bonita que fi ca bem próximo a Tronqueira. Essa cachoeira possui uma queda de 80 m e fi ca a cerca de 1.750 m de altitude para acessá-la devemos percorrer uma trilha com 300 m saindo da estrada principal, um pouco antes de chegar ao estacionamento da Tronqueira. Tirámos algumas fotos e o único a se aventurar em um mergulho foi o Clair, compa-nheiro corajoso, pois com aquele frio de fi m de tarde que estava fazendo precisa ter muita coragem realmente. Após essa visita à cachoeira partimos para o ponto de encontro com o jipeiro, ele chegou na hora marcada e nos deixou de volta a pousada conforme o combinado.

No dia seguinte combinamos de fazer um passeio à Cachoeira das Andorinhas e ao Poço do Egito de bicicle-ta. Tínhamos que chegar antes das 19 h na pousada pois teríamos que partir para Manhumirim de bicicleta para pegar o ônibus para o Rio que sairia por volta da 22 h.

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Acordamos cedo, tomamos café e montamos nas bikes para partimos em direção ao nosso destino do dia. A es-trada para Cachoeira das Andorinhas e o Poço do Egito é toda de terra com várias subidas exigentes. A Cachoeira das Andorinhas, ou melhor dizendo Parque Cachoeira das Andorinhas, fi ca a cerca de 8 km de Alto Caparaó, e é um complexo muito bem estruturado e todo sinali-zado com banheiros e um restaurante muito bom. Ele possui várias cachoeiras e cerca de 5 km de trilhas para caminhada, com certeza vale uma visita. Chegamos as Andorinhas ainda na parte da manhã, resolvemos então passar antes no Poço do Egito que fi cava mais longe e na

volta pararíamos nas Andorinhas. O Poço do Egito fi ca a cerca de 4 km do Parque Cachoeira das Andorinhas e o caminho possui várias subidas, sofremos bastante para vencê-las pois o sol voltava a nos castigar. Ao chegarmos no Poço do Egito, eu e Clair demos um mergulho, tira-mos algumas fotos e retornamos de volta para as Ando-rinhas. Neste momento a fome já começava a dar sinais de vida. No início da tarde estávamos de volta ao Parque da Cachoeira das Andorinhas, encomendamos o almoço e fomos dar um mergulho nas várias quedas desta ins-tância. Depois almoçamos e fi camos de pernas para o ar recarregando a energia para o pedal de volta a pousada. No caminho de volta para a pousada, demos um pequena parada na Fazenda Ninho da Águia para conhecermos um pouco mais sobre a colheita e benefi ciamento do café, produto típico da região. Esta fazenda fi ca a uns 600 m da estrada principal entre o Parque Cachoeira das Ando-rinhas e Alto Caparaó e ela promove degustação e um passeio pelas plantações de café da fazenda. Eles também vendem café orgânico benefi ciado na fazenda e queijo mi-

nas. Após essa parada para degustação e uma boa prosa, tomamos o caminho de volta e chegamos por volta das 18 h na pousada. Bem antes do nosso limite que era às 19 h. Tomamos banho, arrumamos as bagagens nas bicicletas e metemos o pé para Manhumirim de onde pegaríamos o ônibus de volta ao Rio de Janeiro.

A estrada de Alto Caparaó até Manhumirim não possui acostamento, apesar de pouco movimento deve-se ter cuidado ao percorrê-la. Ainda mais à noite que era o nosso caso, mas mesmo com essa difi culdade chega-mos com tranquilidade a Manhumirim. Para se chegar a Manhumirim saindo de Alto Caparaó, pega-se a estrada em direção a Alto Jequitibá e depois deve-se entrar na MG-111 que sairá em Manhumirim percorrendo cerca de 24 km. O caminho não é exigente, tendo somente uma subida forte assim que se sai de Alto Caparaó. Daí em diante desce na maioria do restante do caminho. Antes das 20 h já estávamos em Manhumirim, nos dirigimos para a rodoviária para comprarmos as passagens de vol-ta. Depois fomos procurar um lugar que servisse jantar para recarregar a energia gasta durante o dia. Pegamos informação com alguns motoristas que estavam parados próximo a rodoviária que nos indicou um bar na rua de trás. Fome saciada, retornamos a rodoviária para aguardar o ônibus que tinha previsão de saída às 22 h. O ônibus chegou ao Rio antes das 7 h de 11 de Setembro, pe-dalamos até as barcas e retornamos à Niterói. Afi nal eu ainda teria que trabalhar nesse dia, então nos despedimos e corri até em casa para retomar à velha rotina. Mas com a alma revigorada apesar do cansaço depois de completar essa bela travessia.

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O começo foi tranquilo. Fui costurando e percebi que existiam alguns parabolts entre os grampos. Isso me con-fundiu um pouco, não sabia se os contava ou os pulava. Porém, como os lances estavam relativamente tranquilos, continuei subido. Passei pela primeira parada dupla e de-pois alcancei a segunda. Esse começo seria um aquecimen-to para o resto da via, pensei... Quando cheguei a primeira parada, vi que o Guilherme começava a iniciar sua subida. A cordada da frente demorou um pouco para subir. Nes-sa hora, avisei ao Leonardo para subir. Ele se preparou e começou a limpar a via. Veio subindo devagar. Em alguns lances lembrava para ele “testar os lances”, coisas que o participante tem que aproveitar... E assim ele fez...

Quando chegou a parada, percebi que ele estava es-gotado. O sol não era tão forte, mas dormir tarde... Isso sim acaba com qualquer um. Acho que a próxima enfi ada, por ser mais difícil, aliada a saída que era bem vertical, o fez desistir. Pensei: “vou fazer a próxima enfi ada e depois rapelo até onde ele está.” Beleza, comecei a subir.

Na saída, costurei logo a chapeleta, com receio da queda. Ela é baixa, duas passadass e logo está nela. Cos-turada, fui mais tranquilo até o segundo grampo. Apesar de vertical, existem boas agarras, o que torna o lance não muito complicado. Continuei subindo e pelo que já tinha

lido no guia, viria alguns lances de V, com pequenas agar-ras. Fui subindo com precisão. Além de pequenas agarras, era uma parte com muitos cristais, o que tornou a pare-de muito lisa e escorregadia em alguns lances. Apesar da difi culdade, os lances são bem protegidos, o que torna a escalada bem tranquila. Senti o grau bem constante nesses lances. Fui subindo até a parada, quando puxei a corda para repelar.

Vilma Arnaud – 4º V E2/E1 D2 185 metrosLocal: Morro da Babilônia, Urca RJData: 17/06/2012Participantes: Leandro do Carmo e Leonardo Carmo

DICAS: A base da via fi ca após a Roda Viva; uma pe-dra deitada, forma um pequeno platô; a primeira proteção é uma chapeleta; na primeira enfi ada a proteção é mais distante que as outras; existem parabolts sem chapeletas entre os grampos; na segunda enfi ada, a proteção está bem próxima, nela o grau aumenta; possibilidade de rapelar por fora da via, usando duas cordas.

Depois de um fi nal de semana de chuva, nada como olhar na previsão do tempo e ver que a probabilidade de chover no sábado seria de 0%!!!! Éramos em quatro, dois guias e dois participantes: Eu, Guilherme , Leonardo e Luiz, respectivamente. Dei uma olhada no croqui e sugeri entrar na Vilma Arnaud e IV Centenário, lá no Babilônia. São duas vias que tem a mesma graduação, vão seguindo quase paralelas e terminam muito próximas uma da outra.

Chegamos cedo à Urca. Encontramos o mestre David, esperando dois alunos e trocamos um idéia. Na portaria, vimos que já tinha uma cordada na IV Cen-tenário. Não mudamos os nossos planos e caminhamos até a base. Lá, eu e Leonardo, fi camos na Vilma Arnaud e Guilherme e Luiz foram até a IV Centenário, onde estavam dois escaladores se preparando para subir. Eles aguardariam um pouco e subiriam logo depois. Me arru-mei, repassamos a corda, dei a última olhada no croqui e comecei a escalar. Pararia, na segunda parada dupla, depois de 10 costuras.

RELATO DE ATIVIDADE - ESCALADA

Escalada na Vilma Arnaud + Queda Fator 2Por Leandro do Carmo

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Quando estava descendo, ouvi um barulho e logo olhei para a cordada do Guilherme. Só vi o cara rolando parede abaixo. Bateu no Luiz que lhe dava segurança e continuou caindo, até que só o ouvi gritando: “SEGU-RA, SEGURA, SEGURA”. Foi tão rápido que nem deu tempo de pensar em nada. Assim que ele parou de cair, já levantou. Então vi que estava tudo bem. Fiquei mais des-preocupado. Nessa hora, comecei pensar em um monte de coisas. Como que ele havia caído, por que será que ele desceu tanto, etc.

Cheguei a parada onde meu irmão estava e continuei a observar o Luiz e o Guilherme. Eles começaram a rapelar. Também nos preparamos e começamos a descer. Quando chegamos à base, entendi o que havia acontecido.

O Guilherme caiu quando foi costurar o primeiro grampo após a primeira parada. Ele jogou o corpo para trás, passou pelo participante e, quando a corda esticou, o participante a travou, mas não o sufi ciente, correndo ainda alguns metros até que fosse travada totalmente. Quando a corda deu o baque, puxou a mão do Luiz, queimando os dedos. O Guilherme ainda desceu mais um pouco e depois dos gritos de “segura”, o Luiz prendeu a corda. O Guilherme ralou a parte de fora dos dedos e o ombro na queda. Só não machucou a cabeça, pois estava de capacete.

Foi aí que lembrei de alguns procedimentos bem simples que poderiam ter minimizado o impacto da queda.

Analisando a queda:

A queda foi um fator 2*, ocorreu na saída da primeira parada da via IV Centenário, no Babilônia. O assegurando ainda levou um grande ferimento em uma de suas mãos. Eles tiveram que abortar a escalada e o participante teve grande difi culdade para rapelar.

A princípio de conversa, vamos entender esse tal fator de queda. Fator queda é a relação entre o comprimento de corda corrido entre guia e o escalador que está fornecendo sua segurança, dividido pela altura da queda do guia (o dobro da distância deste até a ultima costura que ele fez). Ou seja: FATOR QUEDA=ALTURA DA QUEDA/COMPRIMENTO DA CORDA DO ASSEGURAN-DO ATÉ O GUIA.

O Fator de queda 2 é o máximo que se pode chegar, em escaladas normais, dessas que a gente está acostumado a fazer, haja visto que a altura de uma queda não pode ex-ceder 2 vezes o comprimento de corda utilizado. Normal-mente um fator de queda 2 pode ocorrer apenas quando o guia, na queda, passa do ponto de onde está recebendo

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segurança. Quando é feita a proteção, a distância da queda em função do comprimento da corda é reduzida e o fator queda cai abaixo de 2. Porém, há casos em que o fator pode ser superior a 2, tornando-se fatais, como por exemplo, as subidas em vias ferratas, utilizando solteira comum como único ponto de segurança.

Mas o que isso representa? A UIAA possui uma nor-ma bastante severa para as cordas de escalada vendidas comercialmente. Em um de seus testes, a UIAA simula quedas com altos fatores até que a corda arrebente. Com isso, uma corda com característica 8 Falls UIAA, signifi ca que ela “aguenta” até oito quedas num alto fator, antes de arrebentar. É claro que existem mais detalhes sobre esses testes e a conclusão não tão simplista como a descrita aci-ma, mas para fi ns teóricos, podemos utilizá-la desta forma.

Voltando ao caso: daria para ter evitado a queda e a mão machucada do participante?

A queda não. Mas daria para diminuir o fator se o guia tivesse subido e costurado o grampo logo acima da parada e voltado para montá-la, assim, ao sair da parada ele faria o lance em “top rope”.

Nos casos em que o guia é pesado, por vezes, só a força do participante não é necessária para segurar a cor-da nesses tipos de queda. Seria preciso um maior poder de frenagem. Nesse caso, o participante poderia ter usado dois mosquetões no ATC, a fi m de aumentar o atrito e conseguir “segurar” mais a corda, além de poder, também, usar luvas, o que evitaria aquela queimada na mão.

Outra causa dessas queimaduras nas mãos é falta de atenção na hora da segurança. Achar que o lance é fácil de mais e que o guia não cairá, pode fazer com que o asse-gurando fi que com a mão leve e que na hora da queda, ele só perceba depois que o corda estiver correndo. Parar a corda depois que ela começa a correr é muito mais difícil e com certeza terá a mão queimada. Mesmo utilizando

freios automáticos como o grigri, é imprescindível a aten-ção, pois a corda ainda correrá um pouco até ser travada por completo.

O mosquetão direcionador (uma costura também pode ser usada) serviu para que o participante não fosse puxado para baixo, tendo a força da queda não se concen-trado no conjunto ATC/loop do baudrier, e consequente-mente, na parada equalizada. No caso apresentado, ele foi puxado para cima e o direcionador, absorveu o impacto em apenas uma proteção da parada. Talvez não seja o mais seguro, pois nesse caso, a força da queda se concentrou em apenas um grampo da parada, se não tivesse o direciona-dor, ela se dissiparia na parada equalizada, além do conjun-to loop/baudrier. Porém, essa é a confi guração mais utili-zada e mais cômoda também, visto que seria melhor para o assegurando ser puxado para cima, do que para baixo.

De uma maneira geral, seguem alguns conselhos:1 – Sempre que possível, costure o lance acima da pa-

rada antes de montá-la, evitando assim um fator 2 numa possível queda, após iniciar a próxima enfi ada;

2 – Caso o guia seja pesado, utilize dois mosquetões no aparelho de freio para aumentar o poder de frenagem;

3 – Utilize, também, luva na hora da segurança;4 – Nunca tire a mão da corda para liberá-la;5 – Esteja sempre atento, o guia pode cair a qualquer

momento, mesmo os mais experientes.6 – Use capacete!!!!!

*A queda não foi literalmente um fator 2, pois a pare-de não era totalmente vertical, o guia deu uma rolada e a corda ainda correu um pouco antes do participante travá-la totalmente, dissipando assim um pouco da força do impacto. Mas para efeito de exemplo servirá perfei-tamente.

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ACONTECEU NO CLUBE

Concurso Fotografi co Alem das 4 Paredes

No dia 02 de setembro ocorreu a exposição com as fotos escolhidas no Concurso Fotográfi co do Clube Niteroiense de Montanhismo - Além das Quatro Paredes. Para participar era preciso ser sócio do Clube. Cada participante poderia concorrer com ate 5 fotografi as. As 12 fotos selecionadas também farão parte do acervo digital do clube. A comissão julgadora, indicada pela direção do clube, foi composta por 3 colaboradores, a saber Eny Hertz (CNM), Bianca de Al-buquerque & Flávio Mendonça (da equipe foconatural.com).

Agradecemos àqueles que colaboraram diretamente ou indiretamente para realização deste evento.

Abaixo, seguem as 12 fotos selecionadas.

Foto: Leandro do Carmo

Foto: Andrea Vivas

Foto: João Marques

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Foto: Ary Carlos

Foto: Leandro do Carmo

Foto: Andrea Vivas

Foto: João Marques

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Foto: Leandro Pestana

Foto: Vinicius Ribeiro

Foto: Leandro Pestana

Foto: Vinicius Ribeiro

Foto: Ian Will

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ACONTECEU NO CLUBE

Atividades realizadas - 16/09 a 15/12

Data Guia Atividade16/09/2012 Alex Figueiredo Costão de Itacoatiara16/09/2012 Ary Carlos Itacoatiara, Paredão (Costão de Itacoatiara - 3ºIVsup E2)16/09/2012 Eny Hertz Entre Quatro Paredes (Costão de Itacoatiara - 3º IV E2 D1)16/09/2012 Eny Hertz Invasão no Morro do TUCUM16/09/2012 Leandro Pestana Paredão Alan Marra (Costão de Itacoatiara - 3º IVsup E2 D2)16/09/2012 Mauro de Mello Morro do Alicate (PNSO)18/09/2012 Eny Hertz Enseada do Bananal (varias vias)19/09/2012 Eny Hertz Reunião guias ofi ciais e não ofi ciais20/09/2012 Eny Hertz Enseada do Bananal (varias vias)22/09/2012 Leandro Pestana Pedal Ida e volta - Itaipuaçu a Rampa de vôo de Maricá23/09/2012 Mauro de Mello Marizel (Irmão Menor do Lebon - 5º Vsup)23/09/2012 Vinicius Ribeiro Pedal Icaraí x Maricá28/09/2012 Leandro Pestana Entre Quatro Paredes (Costão de Itacoatiara - 3º IV E2 D1)02/10/2012 Eny Hertz Pracinha - Vias diversas (Pracinha de Itacoatiara - )03/10/2012 Andréa Vivas Reunião Social04/10/2012 Eny Hertz Reunião guias ofi ciais e não ofi ciais06/10/2012 Andréa Vivas Pedal Copacabana, Leblon, Estr. das Canoas, Paineiras, Laranjeiras.07/10/2012 Eny Hertz Paredão Estela Vulcanis (Córrego dos Colibris - 2º VI E2 D1 )11/10/2012 Andréa Vivas Pedal pela região de Resende /Itatiaia/ Penedo16/10/2012 Leandro Pestana Chile e Bolivia - Deserto do Atacama + Salar do Uyuni + Estrada da Morte21/10/2012 Eny Hertz Paredão Estela Vulcanis (Córrego dos Colibris - 2º VI E2 D1 )27/10/2012 Ary Carlos Cabeça de Peixe (PARNASO)28/10/2012 Eny Hertz Morro das Andorinhas a partir de Itaipú (PEST)30/10/2012 Eny Hertz Enseada do Bananal (Campo Escola Helmut Heske - varias vias)31/10/2012 Eny Hertz palestra-planejamento e organização de atividade08/11/2012 Alex Figueiredo Reunião Social10/11/2012 Vinicius Ribeiro Subida à Torre de Maricá (bike) - km 20 da estrada16/11/2012 Eny Hertz Pracinha - Vias diversas (Pracinha de Itacoatiara - )20/11/2012 João Henrique Petzl RocTrip 201222/11/2012 Eny Hertz Enseada do Bananal (Campo Escola Helmut Heske - varias vias)24/11/2012 Eny Hertz Morro do Cantagalo a partir do Sítio Coração da Pedra (Niterói)01/12/2012 Leandro do Carmo Aresta do Xilindró (Pico do Papagaio - 3º IVsup E2 50m)05/12/2012 Alex Figueiredo Reunião Social08/12/2012 Alex Figueiredo Confraternização de Fim de ano e eleição.15/12/2012 Leandro Pestana Travessia Petrópolis x Teresópolis (PNSO)

Parabens Eny, a guia que mais abriu atividade no periodo. Atenção guias, seja você o proximo homenageado.

Gostaria de pedalar, escalar, caminhar, etc???

Acesse o site www.niteroiense.org.br e dê sua sugetstão para abertura de atividade

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AvisosCURSO BÁSICO DE ESCALDA

Em 2013, realizaremos o Curso Basico de Escalada. Acompa-nhe em: www.niteroiense.org.br

REUNIÕES SOCIAIS

As reuniões sociais do CNM são realizadas sempre na primeira quinta-feira de cada mês ímpar e na primeira quarta-feira de cada mês par, às 19:30h, em local a ser defi nido e divulgado.

Os encontros acontecem em clima de total descontra-ção e informalidade, quando os sócios e amigos do CNM aproveitam para colocar a conversa em dia, trocando expe-riências, relatando excursões e vivências ou, simplesmente, desfrutando a companhia de gente simpática e fraterna.

Periodicamente acontecem reuniões e seminários téc-nicos com o intuito de possibilitar miores detalhes e in-formações atualizadas aos sócios e interessados.

Informem-se sobre os temas das palestras técnicas e reuniões acessando o site:

http://www.niteroiense.org.br.

Compareçam e sejam muito bem vindos!!!

EXPEDIENTE

CNM - CLUBE NITEROIENSE DE MONTANHISMOInício das Atividades em 26 de Março de 2003Fundado em 20 de Novembro de 2004Website: www.niteroiense.org.bre-mail: [email protected]: 8621-5631(Alex Figueiredo)

Diretoria 2011-2012Presidente: Alex FigueiredoVice Presidente: Eny HertzDiretor Técnico: Luis AndradeDiretor de Meio-Ambiente: Ary CardosoConselho Fiscal: Alan Marra, Adriano Paz, Neuza EbeckenTesouraria: Leandro Collares

Informativo Nº 19: As matérias aqui publicadas não represen-tam necessariamente a posição ofi cial do Clube Niteroiense de Montanhismo. Ressaltamos que o boletim é um espaço aberto a todos aqueles que queiram contribuir. Envie sua matéria para [email protected]. Participe!!!

Edição e Diagramação:- Leandro Collares- Leandro do Carmo

CORPO DE GUIAS

Alan MarraAlex FigueiredoAlfredo Vieira CastinheirasAndréa Rezende VivasAry Carlos Cardoso NetoEny HertzLeandro Gonçalves do CarmoLeandro Guimarães CollaresLeandro PestanaLuiz Alexandre Valadão de SouzaMauro de Mello NettoNeuza EbeckenVinicius Farias Ribeiro

ANIVERSARIANTES

A todos muita saude e felicidade. Que venha muito mais!!!!!!Alexandre Valadão de Souza 11/setAlessandra de Almeida Neves 15/setAnna Clara Gonçalves Collares 30/setGabriel Costa Gregory 17/novJosé Eduardo Ramos França 20/novFernanda Vargas Borring 01/dez

ASSEMBLEIA GERAL

Alex Figueiredo como presidente da Assembleia e do Clu-be, parabenizou a todos que voluntariaram no clube nesta gestão, principalmente o Vinicius pelas atividades de ciclis-mo e Leandro Collares, pela organização das fi nanças do clube. Como objetivo para o proximo ano, sera incentivado a abertura de novas atividades e concluir a organização fi -nanceira, bem como a realização do CBE – Curso Basico de Escalada.

A nova diretoria para o biênio 2013/2014 foi eleita, fi -cando com seguinte composição:

- PRESIDENTE: ALEX FIGUEIREDO- VICE PRESIDENTE - ENY HERTZ- TESOUREIRO - LEANDRO COLLARES- SECRETARIO - LEANDRO DO CARMO

No próximo boletim relacionaremos a distribuição das di-retorias social, técnica, meio ambiente e do departamento de cicloturismo.