BIOLOGIA 2008

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  • Partes Nmeros das questesPeso de cada

    parte

    Formao Geral / Mltipla Escolha 1 a 8 60%

    Formao Geral / Discursivas 9 e 10 40%

    Componente Especfico / Ncleo Comum / Mltipla Escolha 11 a 29

    Componente Especfico / Ncleo Comum / Discursiva 30

    Componente Especfico / Bacharelado / Mltipla Escolha 31 a 38

    Componente Especfico / Bacharelado / Discursivas 39 e 40

    Componente Especfico / Licenciatura / Mltipla Escolha 41 a 48

    Componente Especfico / Licenciatura / Discursivas 49 e 50

    Questes de Mltipla Escolha

    85%

    Questes Discursivas

    15%

    Percepo sobre a prova 1 a 9

    s

    Instituto Nacional de Estudos ePesquisas Educacionais Ansio

    Teixeira - INEP

    Ministrioda Educao

    LEIA COM ATENO AS INSTRUES ABAIXO.Novembro 2008

    PROVA DE

    BIOLOGIA

    1 - Voc est recebendo o seguinte material:

    a) este caderno com as questes de mltipla escolha e discursivas, das partes de formao geral e componente especfico da rea, e as questes relativas sua percepo sobre a prova, assim distribudas:

    b) um Caderno de Respostas em cuja capa existe, na parte inferior, um carto destinado s respostas das questes de mltipla escolha e de percepo sobre a prova. As respostas s questes discursivas devero ser escritas a caneta esferogrfica de tinta preta, nos espaos especificados no Caderno de Respostas.

    2 - Verifique se este material est completo e se o seu nome no Caderno de Respostas est correto. Caso contrrio, notifique imediatamente a um dos responsveis pela sala. Aps a conferncia de seu nome no Caderno de Respostas, quando autorizado, voc dever assin-lo no espao prprio, utilizando caneta esferogrfica de tinta preta.

    3 - Observe, no Caderno de Respostas, as instrues sobre a marcao das respostas s questes de mltipla escolha (apenas uma resposta por questo).

    4 - Tenha muito cuidado com o Caderno de Respostas, para no o dobrar, amassar ou manchar. Esse caderno somente poder ser substitudo caso esteja danificado ou em caso de erro de distribuio.

    5 - Esta prova individual. So vedados o uso de calculadora, qualquer comunicao e(ou) troca de material entre os presentes e consultas a material bibliogrfico, cadernos ou anotaes de qualquer espcie.

    6 - Quando terminar, entregue a um dos responsveis pela sala seu Caderno de Respostas. Cabe esclarecer que voc s poder sair levando este Caderno de Questes aps decorridos noventa minutos do incio do Exame.

    7 - Voc ter quatro horas para responder s questes de mltipla escolha, discursivas e de percepo sobre a prova.

    8SINAESSINAESSistema Nacional de Avaliao da Educao Superior

    2

  • 1BIOLOGIA

    FORMAO GERALQUESTO 1O escritor Machado de Assis (1839-1908), cujo centenrio de morte est sendo celebrado no presente ano, retratou nasua obra de fico as grandes transformaes polticas que aconteceram no Brasil nas ltimas dcadas do sculo XIX.O fragmento do romance Esa e Jac, a seguir transcrito, reflete o clima poltico-social vivido naquela poca.

    Podia ter sido mais turbulento. Conspirao houve, decerto, mas uma barricada no faria mal. Seja como for, venceu-se a campanha. (...) Deodoro uma bela figura. (...)

    Enquanto a cabea de Paulo ia formulando essas idias, a de Pedro ia pensando o contrrio; chamava o movimento um crime.

    Um crime e um disparate, alm de ingratido; o imperador devia ter pegado os principais cabeas e mand-los

    executar. ASSIS, Machado de. . : . Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979. v. 1, cap. LXVII (Fragmento).Esa e Jac In Obra completa

    Os personagens a seguir esto presentes no imaginrio brasileiro, como smbolos da Ptria. I II III

    Disponvel em: www.morcegolivre.vet.br

    ERMAKOFF, George. Rio de Janeiro, 1840-1900: Uma crnicafotogrfica. Rio de Janeiro: G. Ermakoff Casa Editorial, 2006,

    p. 189.

    ERMAKOFF, George. Rio de Janeiro,1840-1900: Uma crnica fotogrfica. Rio deJaneiro: G. Ermakoff Casa Editorial, 2006, p. 38.

    IV V

    LAGO, Pedro Corra do; BANDEIRA, Jlio. Debrete o Brasil: Obra completa 1816-1831. Rio deJaneiro: Capivara, 2007, p. 78.

    LAGO, Pedro Corra do; BANDEIRA,

    Jlio. Debret e o Brasil: Obra completa1816-1831. Rio de Janeiro: Capivara,

    2007, p. 93.

    Das imagens acima, as figuras referidas no fragmento do romance Esa e Jac so

    A I e III. B I e V. C II e III. D II e IV. E II e V.

  • 2BIOLOGIA

    QUESTO 2Quando o homem no trata bem a natureza, a

    natureza no trata bem o homem.

    Essa afirmativa reitera a necessria interao dasdiferentes espcies, representadas na imagem a seguir.

    Disponvel em http://curiosidades.spaceblog.com.br.

    Acesso em 10 out. 2008.

    Depreende-se dessa imagem a

    A atuao do homem na clonagem de animaispr-histricos.

    B excluso do homem na ameaa efetiva sobrevivnciado planeta.

    C ingerncia do homem na reproduo de espcies emcativeiro.

    D mutao das espcies pela ao predatria do homem.E responsabilidade do homem na manuteno da

    biodiversidade.

    QUESTO 3A exposio aos raios ultravioleta tipo B (UVB) causaqueimaduras na pele, que podem ocasionar leses gravesao longo do tempo. Por essa razo, recomenda-se autilizao de filtros solares, que deixam passar apenascerta frao desses raios, indicada pelo Fator de ProteoSolar (FPS). Por exemplo, um protetor com FPS igual a 10deixa passar apenas 1/10 (ou seja, retm 90%) dos raiosUVB. Um protetor que retenha 95% dos raios UVB possuium FPS igual a

    A 95.B 90.C 50.D 20.E 5.

    QUESTO 4

    CIDADS DE SEGUNDA CLASSE?

    As melhores leis a favor das mulheres de cada

    pas-membro da Unio Europia esto sendo reunidas por

    especialistas. O objetivo compor uma legislao

    continental capaz de contemplar temas que vo da

    contracepo eqidade salarial, da prostituio

    aposentadoria. Contudo, uma legislao que assegure a

    incluso social das cidads deve contemplar outros temas,

    alm dos citados.

    So dois os temas mais especficos para essa legislao:

    A aborto e violncia domstica.

    B cotas raciais e assdio moral.

    C educao moral e trabalho.

    D estupro e imigrao clandestina.

    E liberdade de expresso e divrcio.

    QUESTO 5

    A foto a seguir, da americana Margaret Bourke-White

    (1904-71), apresenta desempregados na fila de alimentos

    durante a Grande Depresso, que se iniciou em 1929.

    STRICKLAND, Carol; BOSWELL, John. Arte Comentada: dapr-histria ao ps-moderno. Rio de Janeiro: Ediouro [s.d.].

    Alm da preocupao com a perfeita composio, a

    artista, nessa foto, revela

    A a capacidade de organizao do operariado.

    B a esperana de um futuro melhor para negros.

    C a possibilidade de ascenso social universal.

    D as contradies da sociedade capitalista.

    E o consumismo de determinadas classes sociais.

  • 3BIOLOGIA

    Disponvel em http://www.ipea.gov.br

    QUESTO 6

    CENTROS URBANOS MEMBROS DO GRUPO ENERGIA-CIDADES

    LE MONDE Diplomatique Brasil. Atlas do Meio Ambiente, 2008, p. 82.

    No mapa, registra-se uma prtica exemplar para que as cidades se tornem sustentveis de fato, favorecendo as trocashorizontais, ou seja, associando e conectando territrios entre si, evitando desperdcios no uso de energia.

    Essa prtica exemplar apia-se, fundamentalmente, na

    A centralizao de decises polticas.B atuao estratgica em rede.C fragmentao de iniciativas institucionais.D hierarquizao de autonomias locais.E unificao regional de impostos.

    QUESTO 7Apesar do progresso verificado nos ltimos anos, o Brasil continuasendo um pas em que h uma grande desigualdade de rendaentre os cidados. Uma forma de se constatar este fato por meioda Curva de Lorenz, que fornece, para cada valor de x entre 0 e100, o percentual da renda total do Pas auferido pelos x% debrasileiros de menor renda. Por exemplo, na Curva de Lorenz para2004, apresentada ao lado, constata-se que a renda total dos 60%de menor renda representou apenas 20% da renda total.

    De acordo com o mesmo grfico, o percentual da rendatotal correspondente aos 20% de maior renda foi,aproximadamente, igual a

    A 20%.B 40%.C 50%.D 60%.E 80%.

  • 4BIOLOGIA

    QUESTO 8

    O filsofo alemo Friedrich Nietzsche (1844-1900), talvez o pensador moderno mais incmodo e provocativo, influenciou

    vrias geraes e movimentos artsticos. O Expressionismo, que teve forte influncia desse filsofo, contribuiu para o

    pensamento contrrio ao racionalismo moderno e ao trabalho mecnico, atravs do embate entre a razo e a fantasia.

    As obras desse movimento deixam de priorizar o padro de beleza tradicional para enfocar a instabilidade da vida,

    marcada por angstia, dor, inadequao do artista diante da realidade.

    Das obras a seguir, a que reflete esse enfoque artstico

    A B C

    Homem idoso na poltrona

    Rembrandt van Rijn Louvre, Paris.

    Disponvel em: http://www.allposters.com

    Figura e borboleta

    Milton Dacosta

    Disponvel em: http://www.unesp.br

    O grito Edvard Munch Museu Munch, Oslo

    Disponvel em: http://members.cox.net

    D E

    Menino mordido por um lagarto

    Michelangelo Merisi (Caravaggio)

    National Gallery, Londres

    Disponvel em: http://vr.theatre.ntu.edu.tw

    Abaporu Tarsila do Amaral

    Disponvel em: http://tarsiladoamaral.com.br

  • 5BIOLOGIA

    LE MONDE Diplomatique Brasil. Ano 2, n. 7, fev. 2008, p. 31.

    QUESTO 9 DISCURSIVA

    DIREITOS HUMANOS EM QUESTO

    O carter universalizante dos direitos do homem (...) no

    da ordem do saber terico, mas do operatrio ou prtico: eles

    so invocados para agir, desde o princpio, em qualquer

    situao dada.

    Franois JULIEN, filsofo e socilogo.

    Neste ano, em que so comemorados os 60 anos da

    Declarao Universal dos Direitos Humanos, novas

    perspectivas e concepes incorporam-se agenda pblica

    brasileira. Uma das novas perspectivas em foco a viso mais

    integrada dos direitos econmicos, sociais, civis, polticos e,

    mais recentemente, ambientais, ou seja, trata-se da

    integralidade ou indivisibilidade dos direitos humanos. Dentre as

    novas concepes de direitos, destacam-se:

    < a habitao como moradia digna e no apenas como

    necessidade de abrigo e proteo;

    < a segurana como bem-estar e no apenas como

    necessidade de vigilncia e punio;

    < o trabalho como ao para a vida e no apenas como

    necessidade de emprego e renda.

    Tendo em vista o exposto acima, selecione uma das

    concepes destacadas e esclarea por que ela representa um

    avano para o exerccio pleno da cidadania, na perspectiva da

    integralidade dos direitos humanos.

    Seu texto deve ter entre 8 e 10 linhas.

    (valor: 10,0 pontos)

    RASCUNHO QUESTO 9

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  • 6BIOLOGIA

    QUESTO 10 DISCURSIVA

    Alunos do nota 7,1 para ensino mdio

    Apesar das vrias avaliaes que mostram que o ensino mdio estmuito aqum do desejado, os alunos, ao analisarem a formao quereceberam, tm outro diagnstico. No questionrio socioeconmico queresponderam no Enem (Exame Nacional do Ensino Mdio) do anopassado, eles deram para seus colgios nota mdia 7,1. Essa boaavaliao varia pouco conforme o desempenho do aluno. Entre os queforam mal no exame, a mdia de 7,2; entre aqueles que foram bem,ela fica em 7,1.

    GOIS, Antonio. Folha de S.Paulo, 11 jun. 2008 (Fragmento).

    Entre os piores tambm em matemtica e leitura

    O Brasil teve o quarto pior desempenho, entre 57 pases e territrios, nomaior teste mundial de matemtica, o Programa Internacional deAvaliao de Alunos (Pisa) de 2006. Os estudantes brasileiros de

    escolas pblicas e particulares ficaram na 54.a posio, frente apenas de Tunsia, Qatar e Quirguisto. Na prova deleitura, que mede a compreenso de textos, o pas foi o oitavo pior, entre 56 naes.Os resultados completos do Pisa 2006, que avalia jovens de 15 anos, foram anunciados ontem pela Organizao paraa Cooperao e o Desenvolvimento (OCDE), entidade que rene pases adeptos da economia de mercado, a maioriado mundo desenvolvido.

    WEBER, Demtrio. Jornal O Globo, 5 dez. 2007, p. 14 (Fragmento).

    Ensino fundamental atinge meta de 2009

    O aumento das mdias dos alunos, especialmente em matemtica, e a diminuio da reprovao fizeram com que, de2005 para 2007, o pas melhorasse os indicadores de qualidade da educao. O avano foi mais visvel no ensinofundamental. No ensino mdio, praticamente no houve melhoria. Numa escala de zero a dez, o ensino fundamental emseus anos iniciais (da primeira quarta srie) teve nota 4,2 em 2007. Em 2005, a nota fora 3,8. Nos anos finais (quintaa oitava), a alta foi de 3,5 para 3,8. No ensino mdio, de 3,4 para 3,5. Embora tenha comemorado o aumento da nota,ela ainda foi considerada pior do que regular pelo ministro da Educao, Fernando Haddad.

    GOIS, Antonio; PINHO, Angela. Folha de S.Paulo, 12 jun. 2008 (Fragmento).

    A partir da leitura dos fragmentos motivadores reproduzidos, redija um texto dissertativo (fundamentado em pelo menosdois argumentos), sobre o seguinte tema:

    A contradio entre os resultados de avaliaes oficiais e a opinio emitida pelosprofessores, pais e alunos sobre a educao brasileira.

    No desenvolvimento do tema proposto, utilize os conhecimentos adquiridos ao longo de sua formao.

    Observaes Seu texto deve ser de cunho dissertativo-argumentativo (no

    deve, portanto, ser escrito em forma de poema, de narraoetc.).

    Seu ponto de vista deve estar apoiado em pelo menos doisargumentos.

    O texto deve ter entre 8 e 10 linhas. O texto deve ser redigido na modalidade padro da

    lngua portuguesa. Seu texto no deve conter fragmentos dos textos

    motivadores.(valor: 10,0 pontos)

    RASCUNHO QUESTO 101

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    Revista Veja, 20 ago. 2008, p. 72-3.

  • 7BIOLOGIA

    COMPONENTE ESPECFICO

    QUESTO 11A Lei n.o 6.684/1979 regulamenta as profisses de Bilogoe Biomdico e, em seu captulo I, estabelece o seguinte.

    Art. 1.o O exerccio da profisso de Bilogo privativo dosportadores de diploma:I devidamente registrado, de bacharel ou licenciado emcurso de Histria Natural, ou de Cincias Biolgicas, emtodas as suas especialidades, ou licenciado em Cincias,com habilitao em Biologia, expedido por instituiobrasileira oficialmente reconhecida;II expedido por instituies estrangeiras de ensino superior,regularizado na forma da lei, cujos cursos forem consideradosequivalentes aos mencionados no inciso I.

    Art. 2.o Sem prejuzo do exerccio das mesmas atividadespor outros profissionais igualmente habilitados na forma dalegislao especfica, o Bilogo poder:I formular e elaborar estudo, projeto ou pesquisa cientficabsica e aplicada, nos vrios setores da Biologia ou a elaligados, bem como os que se relacionem preservao,saneamento e melhoria do meio ambiente, executando diretaou indiretamente as atividades resultantes desses trabalhos;II orientar, dirigir, assessorar e prestar consultoria aempresas, fundaes, sociedades e associaes de classe,entidades autrquicas, privadas ou do poder pblico, nombito de sua especialidade;III realizar percias, emitir e assinar laudos tcnicos epareceres de acordo com o currculo efetivamente realizado.

    Antnio foi morar no exterior e, aproveitando umaoportunidade, matriculou-se em uma universidadeestrangeira. Depois de 5 anos, voltou ao Brasil na condiode portador de diploma de licenciatura em Histria Naturalemitido por essa universidade. Recebeu, ento, oferta detrabalho em empresa que desenvolve projeto cujosobjetivos so implantar infra-estrutura de saneamentobsico em rea urbana, recuperar reas degradadas edefinir reas adequadas para conservao e preservaoda biodiversidade, e que conta com equipe multidisciplinarque inclui engenheiros agrnomos, engenheiros florestaise profissionais da sade.

    Acerca da situao hipottica descrita, e com base nodisposto na Lei n.o 6.684/1979, correto afirmar queAntnio

    A deve validar o diploma que trouxe da universidadeestrangeira, comprovando que os cursos que fez soequivalentes aos de universidades brasileiras, antes deatuar na empresa.

    B no poderia atuar nas atividades da empresa, pois, porser licenciado, deve restringir suas atividades comobilogo a ministrar aulas de cincias fsicas ebiolgicas para alunos do ensino fundamental.

    C estaria impedido de elaborar projeto dirigido criaode rea de preservao da biodiversidade, pois aequipe da empresa conta com engenheiros florestais.

    D poderia atuar como consultor, mas estaria impedido deassumir cargos de direo da empresa, pois suaformao inicial foi Histria Natural.

    E poderia exercer, no projeto, atividades especficas deprofissionais da sade, como as de mdico, desde quetivesse em seu currculo disciplinas prprias daMedicina.

    QUESTO 12

    Bioma uma rea do espao geogrfico, com

    dimenses de at mais de um milho de quilmetros

    quadrados, que tem por caracterstica a uniformidade de

    determinado macroclima definido, de determinada

    fitofisionomia ou formao vegetal, de determinada fauna

    e outros organismos vivos associados, e de outras

    condies ambientais, como altitude, solo, alagamentos,

    fogo e salinidade. Essas caractersticas lhe conferem

    estrutura e funcionalidade peculiares e ecologia prpria.

    O bioma um tipo de ambiente bem mais uniforme em

    suas caractersticas gerais, em seus processos ecolgicos,

    enquanto o domnio muito mais heterogneo. Bioma e

    domnio no so, pois, sinnimos.

    COUTINHO, L. M. O conceito de bioma. In: Acta BotanicaBrasilica, v. 20, 2006, p. 13-23 (com adaptaes).

    Acerca dos temas tratados no texto acima, assinale a

    opo correta.

    A Os manguezais constituem um tipo de domnio de

    floresta tropical pluvial, paludosa, composto por um

    mosaico de biomas.

    B As savanas constituem um nico bioma, no qual

    devem ser includas as reas de vegetao xeromorfa,

    com estacionalidade climtica marcante.

    C Aspectos abiticos so mais relevantes que as

    fisionomias em qualquer esforo de classificao de

    biomas.

    D A Amaznia Legal definida por critrios

    biogeogrficos que se aproximam mais do conceito de

    domnio que do de bioma.

    E A definio clara de termos como bioma e domnio

    importante, pois tem implicaes para a definio de

    polticas pblicas de proteo biodiversidade.

  • 8BIOLOGIA

    QUESTO 13Comunidades naturais so o resultado da ao de

    processos adaptativos, histricos e estocsticos sobre oconjunto de organismos que ocupa determinada reafsica ou ambiente. A prpria atividade humana, emcertas circunstncias, pode ser considerada uma dasforas que moldam a estrutura e organizao dascomunidades. Alm disso, o entendimento da dinmicanatural fundamental para que se possa compreender aamplitude e os efeitos da ao humana sobre osorganismos e o meio ambiente.

    Apesar de se terem estabelecido em ambientesmuito distintos, a comunidade vegetal natural, em umamontanha, e a comunidade de organismos marinhos, emum costo rochoso, na zona entre mars, tm diversascaractersticas em comum, pois ambas se distribuem aolongo de gradientes ecolgicos determinados por fatoresfsicos do ambiente.

    Considerando-se a base da montanha e o nvel dasmenores mars baixas como os extremos inferiores dosgradientes, que caractersticas so essas e a quegradientes correspondem?

    A Maior riqueza e diversidade de espcies no extremoinferior do gradiente e rarefao de espcies noextremo superior, onde se concentram aquelasmenos especializadas e com maior amplitude detolerncia a fatores fsicos do ambiente. Namontanha, o gradiente inclui fatores como taxa defotossntese, altitude e declividade; no costorochoso, os fatores so umidade, impacto de ondase inclinao.

    B Maior riqueza e diversidade de espcies no extremosuperior do gradiente e rarefao de espcies noextremo inferior, onde se concentram aquelasmenos especializadas ou com menor amplitude detolerncia a fatores fsicos do ambiente. Namontanha, o gradiente inclui fatores comodeclividade e umidade; no costo rochoso, os fatoresso umidade, densidade populacional e salinidade.

    C Maior riqueza e diversidade de espcies no extremoinferior do gradiente e rarefao de espcies noextremo superior, onde se concentram aquelas maisespecializadas ou com maior amplitude de tolernciaa fatores fsicos do ambiente. Na montanha, ogradiente inclui fatores como temperatura enutrientes no solo; no costo rochoso, os fatores soumidade, temperatura e salinidade.

    D Maior riqueza e diversidade de espcies no extremoinferior do gradiente e rarefao de espcies noextremo superior, onde se concentram aquelasmenos especializadas e com menor amplitude detolerncia a fatores fsicos do ambiente. Namontanha, o gradiente inclui fatores comoquantidade de oxignio, altitude e declividade; nocosto rochoso, os fatores so umidade, inclinaoe salinidade.

    E Maior riqueza e diversidade de espcies no extremosuperior do gradiente e rarefao de espcies noextremo inferior, onde se concentram aquelas maisespecializadas ou com maior amplitude de tolernciaa fatores fsicos do ambiente. Na montanha, ogradiente inclui fatores como altitude, declividade eumidade; no costo rochoso, os fatores soumidade, inclinao e densidade populacional.

    QUESTO 14Com o aumento da visitao no Parque Nacional

    Yosemite, na Califrnia, a progressiva reduo da populaode cougars (Puma concolor, a nossa ona-parda),predadores do topo da cadeia trfica local, resultou em umaumento explosivo da populao do cervo (Odocoileushemionus) por volta de 1920. Um estudo retrospectivorecentemente realizado sobre o recrutamento populacional(isto , o crescimento de plntulas at rvores) de carvalhosnegros, cujos indivduos mais jovens so um dos principaisitens da dieta dos cervos na regio, inventariou todas asplantas dessa espcie em manchas maiores que 0,5 ha eacessveis aos cervos. De modo similar, tambm foraminventariadas todas as plantas de carvalho negro queocorriam em manchas de tamanho semelhante em reas doparque inacessveis aos cervos. Os resultados obtidos estoapresentados na figura abaixo.

    Com base nos estudos mencionados, correto afirmar que

    A houve, nas manchas inacessveis aos cervos, reduodo recrutamento, enquanto, nas reas acessveis,observou-se a estabilizao do recrutamento napopulao de carvalhos a partir de 1920.

    B os resultados apiam a predio terica de que umareduo da predao por grandes carnvoros podecausar o aumento populacional de grandes herbvorose a reduo das populaes de plantas palatveis.

    C a reintroduo dos predadores ou o controle dapopulao de cervos anulariam presses evolutivassobre as populaes de carvalho que poderiam tornarsuas folhas impalatveis para os cervos.

    D tanto as populaes de carvalhos acessveis aos cervoscomo as inacessveis vivem, na atualidade, um declniopopulacional no Parque Nacional Yosemite.

    E a ausncia de predadores do topo de uma cadeia trficatem efeito inexpressivo sobre a sua base, devido aoefeito de magnificao observado em cadeiasalimentares.

    60

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    40

    30

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    10

    0

    50

    b

    a

    40

    30

    20

    10

    0

    perodo de estabelecimento

    pr-1800

    1800-1819

    1820-1839

    1840-1859

    1860-1879

    1880-1899

    1900-1919

    1920-1939

    1940-1959

    1960-1979

    1980-1999

    200

    cougars

    se tornam

    raros

    cervos

    se tornam

    abundantes

    rv

    ore

    s d

    e c

    arv

    alh

    o n

    eg

    ro/h

    ecta

    re

    Estrutura etria do carvalho negro da Califrnia (com as barras

    de erro padro) para (a) manchas de carvalho acessveis

    aos cervos; (b) manchas no acessveis aos cervos.

  • 9BIOLOGIA

    QUESTO 15

    Com base na figura acima, que expressa o custo energtico dodeslocamento de animais adultos, julgue os seguintes itens.

    I Independentemente do modo de locomoo, corpos maioresresultam em menor custo energtico relativo aodeslocamento.

    II A natao o modo mais econmico de deslocamento porunidade de massa animal transportada.

    III O custo de correr pode ser maior que o de voar,dependendo do tamanho do corpo do animal considerado.

    correto o que se afirma em

    A I, apenas.B II, apenas.C I e III, apenas.D II e III, apenas.E I, II e III.

    QUESTO 16A figura ao lado apresentao crescimento de umapopulao de acordocom a equao logsticad e P e a r l - V e r h u l s t .O resultado tipicamenteuma curva de formatosigmoidal, na qual Nrepresenta o nmero deindivduos da populaoe K, a capacidade desuporte do ambiente.

    Qual das opes a seguir apresenta uma interpretao corretado significado dos parmetros N e K no modelo?

    A Se K for menor que N, o termo (K N/K) ter valor positivo,e poder haver superpopulao.

    B Quando K = N, a taxa de crescimento instantneo dapopulao zero, e a populao se estabiliza.

    C Se K permanece maior do que N, ento a populao prade crescer e corre o risco de extino.

    D K representa algum recurso natural, como, por exemplo,disponibilidade de alimento, caso em que expresso emunidades do tipo kg/m2.

    E O termo (K N/K) representa o efeito da densidade sobreo crescimento da prpria populao, quando a reaocupada estiver aumentando.

    QUESTO 17

    Em 1985, foram contabilizados 8.959 registrosde leishmaniose visceral desde os primeiros casosidentificados por Henrique Penna em 1932. Noentanto, esse quadro se agravou. O Ministrio daSade registrou, no perodo compreendido entre 1990e 2007, 53.480 casos e 1.750 mortes. A leishmaniosevisceral est mais agressiva. Matava trs de cada cempessoas que a contraam em 2000. Hoje mata sete.Alm disso, foi considerada por muito tempo umproblema exclusivamente silvestre ou restrito s reasrurais do Brasil. No mais. Nas ltimas trs dcadas,desde que as autoridades da sade comearam aidentificar casos contrados nas cidades, aleishmaniose visceral urbanizou-se e se espalhou porquase todo o territrio nacional. A chegada domosquito-palha s cidades foi acompanhada de umcomplicador. Com a sombra e a terra fresca dosquintais, o inseto encontrou uma formidvel fonte desangue que as pessoas gostam de manter ao seulado: o co, que contrai a infeco facilmente e setorna to debilitado quanto seus donos.

    Uma doena anunciada. In: Pesquisa

    FAPESP, n.o 151, set./2008 (com adaptaes).

    A prefeitura de um municpio composto por umacidade de mdio porte, zona rural e reas de matanativa, solicitou a um bilogo que elaborasse um planode ao para evitar o avano da leishmaniose visceralem sua regio. O plano elaborado sugeria vriasaes.

    Considerando o texto e a situao hipottica acima

    apresentados, seria inadequada a ao quepropusesse

    A adotar medidas de proteo contra as picadas domosquito para trabalhadores que adentrem reasde floresta prxima da cidade.

    B controlar a populao de ces domsticos,incluindo a eutansia de animais infectados emreas com alta incidncia de casos.

    C implementar sistema de coleta e tratamento deesgotos nas reas em que houvesse altaincidncia de casos.

    D controlar o desmatamento em reas naturaisprximas da rea urbana da cidade em questo.

    E promover medidas educativas da populao,principalmente em relao aos hbitos domosquito transmissor.

    vo

    massa corporal (g)

    110

    10

    1

    10

    102

    102

    106

    custo

    do d

    esl

    ocam

    ento

    (J/k

    g/m

    )

    natao- 1

    - 3

    K

    tempo

    dN

    dt

    K N -

    K

    PIANKA. Evolutionary ecology. BenjaminCummings, 6.a ed., 1999 (com adaptaes).

  • 10BIOLOGIA

    QUESTO 18A Medida Provisria (MP) n.o 2186-16/2001 criou, no

    mbito do Ministrio do Meio Ambiente, o Conselho de Gestodo Patrimnio Gentico (CGEN), de carter deliberativo enormativo, composto de representantes de rgos e entidadesda administrao pblica federal. A seguir, so apresentadostrechos desse instrumento legal.

    Art. 8. Fica protegido por esta Medida Provisria o conhecimentotradicional das comunidades indgenas e das comunidades locais,associado ao patrimnio gentico, contra a utilizao e exploraoilcita e outras aes lesivas ou no autorizadas pelo Conselho deGesto de que trata o art. 10, ou por instituio credenciada.Art. 9. comunidade indgena e comunidade local que criam,desenvolvem, detm ou conservam conhecimento tradicionalassociado ao patrimnio gentico, garantido o direito de: I terindicada a origem do acesso ao conhecimento tradicional emtodas as publicaes, utilizaes, exploraes e divulgaes; (...).Art. 10 (...) 5. Caso seja identificado potencial de usoeconmico, de produto ou processo, passvel ou no de proteointelectual, originado de amostra de componente do patrimniogentico e de informao oriunda de conhecimento tradicionalassociado, acessado com base em autorizao que noestabeleceu esta hiptese, a instituio beneficiria obriga-se acomunicar ao Conselho de Gesto ou instituio onde seoriginou o processo de acesso e de remessa, para a formalizaode Contrato de Utilizao do Patrimnio Gentico e de Repartiode Benefcios.

    Uma conceituada empresa farmacutica desenvolveu umpotente antibitico a partir de princpio ativo presente em umaplanta medicinal conhecida e utilizada por um grupo indgenaamaznico. O material foi obtido em uma visita feita portcnicos da empresa a uma das aldeias desse grupo indgena,na busca autorizada por outro produto, porm a descoberta foiacidental. A empresa no reconheceu o direito participaonos benefcios comerciais oriundos dessa descobertainesperada.

    A partir da situao hipottica descrita e luz do texto legal, correto concluir que

    A a empresa, assim que identificou o potencial econmicodo princpio ativo, deveria reconhecer os direitos dacomunidade indgena e formalizar junto ao CGEN umcontrato de utilizao do patrimnio gentico e derepartio de benefcios.

    B a MP no se aplica ao caso, pois a empresa desenvolveuum novo produto a partir das molculas de uma planta, e alei regulamenta apenas o acesso e uso de conhecimentotradicional associado ao patrimnio gentico.

    C no h necessidade de contrato de utilizao e repartiode benefcios, uma vez que a pesquisa sobre o princpioativo no foi intencional, mas a empresa deve citar acomunidade indgena em todas as publicaes decorrentesdesse conhecimento.

    D a necessidade de um contrato de utilizao e repartiode benefcios aplica-se apenas a casos de apropriao dafauna e flora brasileiras ou de processos conhecidos porcomunidades tradicionais por empresas estrangeiras.

    E o conhecimento sobre a planta utilizado pela empresatorna-se domnio pblico assim que gera produtos deutilidade pblica, apesar de ter-se originado em umacomunidade indgena.

    Texto para as questes 19 e 20

    H sete anos, em uma cidade da regio rural dosul do pas, foi registrado o desaparecimento de umacriana de dois anos de idade que brincava no quintalde sua casa. Durante as investigaes, foramencontrados vestgios biolgicos no local dodesaparecimento, que foram coletados e submetidosa anlises de biologia forense, que revelaram apresena de sangue humano contendo vrios tiposcelulares, como hemcias, neutrfilos e linfcitos,alm de contaminao com clulas animais de outraespcie. Alm desses exames, foram realizadosestudos de vnculo gentico entre as amostras desangue humano encontradas no local dodesaparecimento e as dos pais biolgicos da crianadesaparecida. Recentemente, foi encontrada umacriana de nove anos de idade que apresenta um sinalna pele muito semelhante ao da criana desaparecida.Foram colhidas amostras de sangue e realizadasanlises comparativas com o material obtido sete anosatrs, que confirmaram tratar-se da mesma pessoa.

    QUESTO 19Considerando-se o texto acima, qual das opesabaixo traz uma afirmao correta acerca dasaplicaes do DNA como marcador para estudostaxonmico-sistemticos?

    A Para que se possa identificar a espcie qualpertencem as clulas contaminantes coletadas nolocal do desaparecimento, necessrio realizar oseqenciamento completo do genoma de taisclulas.

    B Caso as clulas contaminantes encontradassejam de uma espcie animal que pertena, comoos seres humanos, famlia dos homindeos, aalta similaridade entre os genomas impedir aidentificao mais detalhada das clulascontaminantes.

    C A obteno de perfil gentico baseado na anlisede STR (repeties curtas em srie) uma dasestratgias utilizadas para a identificao deindivduos, e pode ser aplicada mesmo napresena de clulas contaminantes.

    D Para que se possa determinar a distnciaevolutiva entre amostras obtidas de doisorganismos, de forma a se determinar se so deespcies diferentes, necessrio analisar os tiposde bases nitrogenadas encontradas no DNA,independentemente de sua distribuio nopolmero.

    E A identificao da criana com base em padresde DNA baseada no fenmeno de derivagentica, um tipo de variao que atribuda apresses seletivas e a eventos dependentes decaractersticas hereditrias.

  • 11BIOLOGIA

    QUESTO 20

    Considere que, para realizar as anlises descritas no texto,estivessem disponveis no laboratrio de biologia forenseas tcnicas de PCR (reao em cadeia da polimerase),eletroforese e seqenciamento automtico de DNA,indicadas para analisar marcadores genticos dos tiposSNPs (polimorfismo de nucleotdeo nico) do DNAmitocondrial, STR (repeties curtas em srie) nucleares eSNPs nucleares. Acerca desse assunto, assinale a opocorreta.

    A Caso a amostra contenha apenas hemcias, a anlisede marcadores genticos SNPs do DNA mitocondrialno poder ser utilizada.

    B Para que se possa usar a tcnica de PCR, necessrio acrescentar ao sistema microrganismosque secretem a enzima DNA polimerase.

    C Para a obteno de um perfil gentico individual, necessria a anlise de regies genmicas do tipoSTRs que apresentem repeties de seqnciasmaiores que 1.024 bases.

    D Para se realizar a PCR, deve-se, antes, separar aamostra por eletroforese e(ou) seqenciamentoautomtico.

    E As tcnicas mencionadas so independentes e,portanto, no podem ser combinadas entre si.

    QUESTO 21

    Analise as seguintes asseres.

    mais fcil separar nucleotdios que unem as duas fitascomplementares da molcula de DNA que separarnucleotdios que pertenam mesma fita

    porque

    as ligaes entre nucleotdios que unem as duas fitas soligaes de hidrognio (tambm chamadas de pontes dehidrognio), enquanto as ligaes que unem nucleotdiosda mesma fita so do tipo fosfodister.

    Acerca das asseres apresentadas, assinale a opocorreta.

    A As duas asseres so proposies verdadeiras, e asegunda uma justificativa correta da primeira.

    B As duas asseres so proposies verdadeiras, masa segunda no uma justificativa correta da primeira.

    C A primeira assero uma proposio verdadeira, e asegunda, uma proposio falsa.

    D A primeira assero uma proposio falsa, e asegunda, uma proposio verdadeira.

    E Tanto a primeira assero quanto a segunda soproposies falsas.

    QUESTO 22

    A observao das formas atuais de vida demonstraque at mesmo o mais simples dos seres vivos comorganizao celular um sistema complexo, no qual sedestacam duas classes de molculas: as protenas e oscidos nuclicos. possvel imaginar que, nos oceanosprimitivos, existiam sistemas organizados de reaesenzimticas, do tipo coacervados. Mas como essessistemas se perpetuariam e evoluiriam sem um cdigogentico? Os cidos nuclicos tambm poderiam tersurgido nas condies da Terra primitiva. Mas comoformariam um sistema complexo e organizado seminteragir com o aparato protico/enzimtico? A totalinterdependncia entre essas molculas essenciais remetea uma das principais questes ligadas origem da vida,que poderia ser comparada ao dilema do ovo e da galinha.

    ANDRADE, L. A. e SILVA, E. P. O que vida? In: CinciaHoje, v. 32, n. 191, 2003, p. 16-23 (com adaptaes).

    Considerando que as hipteses acerca da origem da vidana Terra mencionadas no texto acima no so as nicas,responda: o que surgiu primeiro, os cidos nuclicos ou asprotenas?

    A O DNA pode ter sido o precursor dos demaiscompostos, pois estoca e replica informao gentica, dotado de atividade cataltica e facilmentedegradado por hidrlise, o que facilita a reutilizao deseus monmeros e, portanto, a colonizao da Terracom polmeros primordiais de DNA.

    B Existe a possibilidade de o RNA ter sido o precursordas demais molculas, visto que certas seqncias deRNA, chamadas ntrons, so capazes de acelerarreaes qumicas e, alm disso, mostraramcapacidade de fazer cpias de si mesmas.

    C A favor da hiptese de que as protenasdesempenharam papel central na origem da vida,incluem-se estudos como o que mostrou apossibilidade de que aminocidos tivessem seoriginado, sem a interveno de seres vivos, a partirde uma atmosfera constituda de gases como metano,nitrognio e oxignio e de vapor dgua.

    D Admitindo-se a possibilidade de a Terra primitivaconter nucleotdios livres, o calor poderia ter sido afonte de energia disponvel para a formao deligaes covalentes entre eles, com a conseqenteformao de proteinides, que, por sua vez, deramorigem a microsferas, estruturas que poderiam serprecursoras das clulas primitivas.

    E O estudo de aminocidos que contm grupos tiol(tiosteres) fornece argumentos a favor daprecedncia de protenas na origem da vida, entreos quais se incluem a abundncia de sulfeto dehidrognio (H2S) no ambiente primitivo e a altaconcentrao de oxignio na atmosfera primitiva, quefavoreceria a respirao aerbica.

  • 12BIOLOGIA

    QUESTO 23Testes bioqumicos realizados durante um

    experimento revelaram a presena, em uma soluo, dedois tipos de biopolmeros, um composto por nucleotdiosunidos por ligaes fosfodister e o outro composto poraminocidos unidos por ligaes peptdicas. Alm disso,constatou-se que o segundo biopolmero exercia atividadede nuclease.

    A propsito da situao acima, correto afirmar que

    A as caractersticas bioqumicas descritas para os doisbiopolmeros permitem concluir que se trata de DNA eRNA.

    B a atividade de nuclease observada refere-se capacidade de os fosfolipdios, descritos comobiopolmeros, formarem a membrana nuclear dealgumas clulas.

    C o biopolmero composto por aminocidos unidos porligaes peptdicas um hormnio esteroidal.

    D o material, de acordo com as caractersticasbioqumicas descritas, contm cido nuclico e enzimacapaz de degrad-lo.

    E as biomolculas encontradas nas anlises bioqumicasso carboidratos, que formam polmeros como oglucagon.

    QUESTO 24O processo de fotossntese, tal como era

    compreendido no incio dos anos 30, pode ser resumidopela seguinte expresso.

    CO2 + 2H2O (CH2O)n + H2O + O2Nessa poca, o microbiologista holands C. Van Niel

    estudava a fotossntese de sulfobactrias. Assim como asclulas de plantas verdes, essas bactrias utilizam a luznesse processo, mas, em lugar de gua, utilizam o sulfetode hidrognio (H2S). Os estudos de Van Niel contriburampara que fosse respondida uma das mais intrigantesperguntas a respeito desse processo: o oxignio liberadopelas plantas vem do gs carbnico ou da gua?

    Depois de formular hipteses e de fazerobservaes, Van Niel constatou que a expressoequivalente da fotossntese das sulfobactrias queestudava era a seguinte.

    CO2 + 2H2S (CH2O)n + H2O + 2S.

    Admitindo-se que o processo fotossinttico nassulfobactrias seja similar ao das plantas verdes, quehiptese poderia ter Van Niel formulado acerca dosprodutos liberados na fotossntese pelas plantas verdes?

    A O carboidrato provm da molcula de gua, e no damolcula de dixido de carbono.

    B O oxignio provm da molcula de carboidrato, e noda molcula de gua.

    C O oxignio provm da molcula de gua, e no damolcula de dixido de carbono.

    D A gua provm da prpria molcula de gua, e no damolcula de dixido de carbono.

    E A gua provm tanto da prpria molcula de guaquanto da molcula do dixido de carbnico, mas noda molcula de carboidrato.

    QUESTO 25O trabalho de Mendel com hibridao de ervilhas,

    publicado em 1866, forneceu subsdios para acompreenso das observaes citolgicas sobre ocomportamento dos cromossomos na formao dosgametas. Em seu trabalho, Mendel afirmava que osfatores, que hoje chamamos de genes, separavam-se naformao dos gametas e se uniam na formao do zigoto.Alm disso, argumentava que diferentes fatores seseparavam nesse processo de maneira independenteentre si. Essas duas afirmaes correspondem aobservaes citolgicas da meiose, tal como esta ocorrena maioria das espcies, as quais mostram,respectivamente, que

    A os cromossomos homlogos se separam na fase II ea segregao de um par de cromossomos homlogos independente da dos demais.

    B os cromossomos homlogos se separam na fase I ea segregao de um par de cromossomos homlogos independente da dos demais.

    C os cromossomos homlogos se separam na fase II ea segregao de um par de cromossomos homlogos dependente da dos demais.

    D as cromtides irms se separam na fase I e asegregao de um par de cromossomos homlogos independente da dos demais.

    E as cromtides irms se separam na fase II e asegregao de um par de cromossomos homlogos dependente da dos demais.

    QUESTO 26Estudos realizados com diversos marcadores genticostm indicado que espcies arbreas de florestas tropicaisapresentam alta proporo de locos polimrficos eelevados nveis de diversidade gentica dentro deespcies. Um estudo especfico com aroeira(Myracrodruon urundeuva) verificou, em duas populaesnaturais diferentes, baixa taxa de fecundao cruzada.A respeito da viabilidade gentica de populaes, corretoconcluir que

    A uma espcie constituda de populaes endogmicastem baixa diversidade gentica, e no pode ter altaproporo de locos polimrficos devido ao fato de noapresentar panmixia.

    B mesmo uma espcie com baixa taxa de fecundaocruzada pode ter alta proporo de locos polimrficosem suas populaes, pois a endogamia no conduznecessariamente homozigose.

    C tanto as populaes com fecundao cruzada comoas com altas taxas de endogamia podem ter altaproporo de locos polimrficos, se tiverem altas taxasde mutao.

    D a aroeira uma espcie que pode ter alta proporode locos polimrficos, mesmo com grandehomozigose em diferentes populaes endogmicas.

    E as populaes naturais de aroeira tm alta proporode locos polimrficos devido segregaoindependente e recombinao gentica.

  • 13BIOLOGIA

    QUESTO 27

    A qualidade da gua e do solo vem sendo alterada

    pelo uso intensivo de agrotxicos e de outros agentes

    contaminantes. A avaliao da mutagenicidade desses

    compostos fornece parmetros para orientar o controle da

    emisso de poluentes. Entre os diversos organismos

    utilizados como biomarcadores, o peixe paulistinha (Danio

    rerio) destaca-se na avaliao do potencial mutagnico de

    agrotxicos. Nesse caso, uma das metodologias adotadas

    pelos tcnicos consiste em analisar a incidncia de quebras

    cromossmicas em paulistinhas submetidos a amostras de

    gua que contm doses controladas do agrotxico

    questionado.

    Tendo o texto acima como referncia inicial, analise as

    asseres a seguir.

    As quebras cromossmicas observadas nos peixes e

    demais eucariotos levam inativao gnica e

    conseqente modificao de uma via metablica

    porque

    uma das conseqncias das quebras cromossmicas a

    formao de fragmentos cromossomais acntricos que

    sero perdidos na prxima diviso celular.

    Acerca dessas asseres, assinale a opo correta.

    A As duas asseres so proposies verdadeiras, e a

    segunda uma justificativa correta da primeira.

    B As duas asseres so proposies verdadeiras, mas

    a segunda no uma justificativa correta da primeira.

    C A primeira assero uma proposio verdadeira, e a

    segunda, uma proposio falsa.

    D A primeira assero uma proposio falsa, e a

    segunda, uma proposio verdadeira.

    E Tanto a primeira quanto a segunda asseres so

    proposies falsas.

    QUESTO 28

    Os pandas, incluindo-se os pandas gigantes e os

    pandas vermelhos, por muito tempo foram tratados como

    ursos, mas, posteriormente, verificou-se que uma srie de

    caractersticas os aproximava dos guaxinins. A figura

    abaixo apresenta os resultados de estudos com hibridao

    de DNA qual foi acrescentada uma escala temporal

    depois de feita a anlise cladstica.

    Qual das concluses abaixo pode ser sustentada pela

    figura?

    A O panda vermelho tem menor similaridade com os

    guaxinins do que com o urso panda gigante.

    B Pandas gigantes, ursos pardos, ursos malaios e ursos

    de culos formam um grupo parafiltico.

    C O cachorro a nica espcie do diagrama que no

    pode ser chamada de urso.

    D A divergncia entre as formas que originaram os

    pandas gigantes e pandas vermelhos ocorreu h mais

    de 80 milhes de anos.

    E O panda gigante e o panda vermelho esto em clados

    distintos.

    milhes de anos

    ursopardo

    ursomalaio

    ursode culos

    pandagigante

    pandavermelho

    cachorro

    guaxinim

    100 80 60 40 20 0

  • 14BIOLOGIA

    QUESTO 29Uma empresa produtora de cimento vem explorando, de forma regular e de acordo com a legislao ambiental,

    h mais de dez anos, uma jazida que comea a dar sinais de esgotamento. A empresa tenciona incluir outra rea, aalguns quilmetros de distncia, em sua licena de lavra e explorao e, por isso, submeteu o projeto ao rgo ambientallocal. Os tcnicos desse rgo observaram que se trata de uma regio crstica, com um conjunto de espcies endmicasde distribuio muito restrita, e estabeleceram uma srie de condicionantes para o licenciamento da expanso doempreendimento. A direo da empresa, no aceitando a idia de aumentar seus custos operacionais, contratou umbilogo para realizar estudo detalhado, que inclui observaes de campo e, ao final, elaborao de diagnstico ambientalque permita refutar os argumentos do rgo ambiental. Depois de uma srie de visitas ao campo, o bilogo confirmouque se trata de uma regio de relevo crstico e constatou a presena daquelas espcies consideradas endmicas.

    Que elementos o bilogo utilizou para caracterizar o relevo como sendo crstico e que tipo de endemismos restritos vocesperaria encontrar associados a esse tipo de ambiente?

    A A formao crstica pode ser reconhecida pelo relevo tpico das plancies costeiras do sul-sudeste brasileiro, comsolo arenoso sobre o qual cresce uma vegetao rasteira de gramneas, com arbustos e moitas, medida que seafasta da praia, e que cedem lugar a vegetao mais densa e de maior porte prximo encosta que delimita aplancie litornea. Os endemismos correspondem a bromlias e orqudeas.

    B A formao crstica pode ser reconhecida pelo relevo aplainado em que predominam extensas chapadas com bordasescarpadas e vegetao tpica de campos, em regies ridas ou semiridas. As espcies endmicas tpicas so dogrupo dos rpteis, principalmente serpentes e cgados terrestres e aves predadoras como falces e gavies.

    C A formao crstica pode ser reconhecida pelo relevo acidentado tpico das serras litorneas, com muitos morrosarredondados e predominncia de gnaisses e granitos sobre os quais ocorre uma vegetao rasteira com muitasbromlias e cactos. A fauna endmica inclui principalmente anfbios e aves passeriformes, que se alimentam donctar das flores de bromlias e cactos.

    D A formao crstica pode ser reconhecida pelo relevo relativamente plano do topo das montanhas mais elevadas daserra do Mar, recobertas por campos de altitude e vegetao florestal nas grotas e linhas de drenagem. Anfbios,pequenos mamferos e espcies de melastomatceas e embabas esto entre os principais endemismos.

    E A formao crstica pode ser reconhecida pelo relevo acidentado com afloramento de rochas calcrias, solorecoberto por vegetao florestal e ocorrncia de cavernas com rios ou lagos subterrneos, ou cavidades resultantesdo desabamento do teto de cavernas (dolinas). A fauna endmica corresponde a espcies de artrpodes, comoopilies, e pequenos vertebrados caverncolas, como bagres-cegos e morcegos.

    QUESTO 30 DISCURSIVA

    Duas hipteses so, em geral, confrontadas, quando se busca explicar a diversificao dosseres vivos, o gradualismo filtico e o equilbrio pontuado. Com base em conhecimentos disponveisem reas como a Sistemtica, a Paleontologia e a Gentica, as duas hipteses propem padresde especiao que diferem quanto velocidade e freqncia dos eventos de formao de novasespcies.

    A partir dessas informaes, explique as diferenas bsicas entre essas duas hipteses e cite os principais argumentosque do suporte a cada uma delas.

    (valor: 10,0 pontos)

    RASCUNHO QUESTO 301

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

  • 1 A seguir sero apresentadas questes de Mltipla Escolha e Discursivas especficas para as modalidades doscursos de Biologia, assim distribudas:

    ModalidadeNmero das Questes

    Mltipla Escolha Discursivas

    Bacharelado 31 a 38 39 a 40

    Licenciatura 41 a 48 49 a 50

    2 Deste conjunto, voc deve responder APENAS s questes referentes modalidade do Curso na qual vocest inscrito, ou seja, voc dever responder somente s questes de Bacharelado ou somente s questesde Licenciatura.

    3 Observe atentamente os nmeros das questes correspondentes modalidade do curso na qual voc estinscrito para preencher corretamente o Caderno de Respostas.

  • 15BIOLOGIA

    As questes de 31 a 40, a seguir, so especficos para os estudantes de

    BACHARELADO

    QUESTO 31

    A Teoria de Biogeografia de Ilhas uma das mais

    influentes teorias ecolgicas. Uma de suas predies a

    de que ilhas maiores apresentam maior nmero de

    espcies do que ilhas menores. Desde os anos 70 do

    sculo passado, essa teoria tem influenciado o desenho de

    reservas naturais. Nesses casos, os fragmentos de

    vegetao remanescente seriam considerados ilhas em

    uma matriz de habitats alterados pela atividade humana.

    O proprietrio de uma usina sucroalcooleira

    contratou um bilogo para o estabelecimento de reservas

    naturais dentro de sua propriedade em rea de floresta

    atlntica. A vegetao nativa encontra-se fortemente

    fragmentada em pequenas manchas de tamanhos

    diversos, porm menores que 100 ha. Essas manchas so

    freqentemente acessadas pela comunidade local, que

    coleta madeira para usar como lenha e para fazer carvo.

    Considerando a aplicao crtica da Teoria de Biogeografia

    de Ilhas para a criao de reservas naturais na rea, que

    noo deve nortear as aes do referido bilogo?

    A Segundo essa teoria, ilhas maiores suportam mais

    espcies. Portanto, fragmentos maiores so melhores

    que pequenos, independentemente das condies da

    matriz circundante.

    B Fragmentos grandes e pequenos so igualmente

    importantes para conservar qualquer espcie de

    animal ou planta, e deve-se equilibrar o nmero desses

    fragmentos.

    C Deve-se priorizar a conservao de fragmentos

    grandes, uma vez que as espcies encontradas em

    fragmentos maiores j se encontram adaptadas aos

    efeitos das atividades humanas.

    D Deve-se conservar o maior nmero de fragmentos,

    independentemente de seu tamanho, de modo a incluir

    em reas protegidas a maior parcela dos habitats e da

    biodiversidade local.

    E melhor investir apenas na conservao de

    fragmentos grandes, inquestionavelmente importantes,

    j que o valor de fragmentos pequenos para a

    conservao da biodiversidade duvidoso.

    QUESTO 32

    A figura abaixo apresenta ndices de diversidadepara trs regies hipotticas, cada uma com trsmontanhas, calculados a partir da distribuio de espcies(identificadas pelas letras de A a G) observada em cadamontanha. Algumas espcies esto isoladas em apenasuma montanha por regio, enquanto outras esto em duasou trs montanhas.

    Considerando esses dados, selecione quais deveriam seras escolhas do tomador de decises sobre medidas deconservao, no sentido de proteger a maior riqueza deespcies, nas seguintes situaes: (a) se houver recursosfinanceiros para proteger apenas uma das regies; e (b) seos recursos permitirem proteger apenas uma dasmontanhas.

    A Para se proteger apenas uma regio, esta deveria sera regio 1, que apresenta a maior riqueza de espciespor montanha (diversidade alfa); para se protegerapenas uma montanha, deveria ser escolhida aterceira montanha da regio 2, a nica que tem aespcie J.

    B Para se proteger apenas uma regio, esta deveria sera regio 3, que apresenta a maior diferenciao deespcies entre as trs montanhas (diversidade beta);para se proteger apenas uma montanha, deveria serescolhida qualquer montanha da regio 3, pois, comoh menos espcies por montanha, estas vivem commenor competio.

    C Para se proteger apenas uma regio, esta deveria sera regio 1, que apresenta o maior nmero de espciespor montanha (diversidade alfa); para se protegerapenas uma montanha, deveria ser escolhida aterceira montanha da regio 1, que tem a maiorriqueza local (diversidade alfa).

    D Para se proteger apenas uma regio, esta deveria sera regio 2, a que apresenta a maior diversidade total(diversidade gama); para se proteger apenas umamontanha, deveria ser escolhida a terceira montanhada regio 2, que a nica que tem a espcie J.

    E Para se proteger apenas uma regio, esta deveria sera regio 2, que apresenta a maior diversidade total(diversidade gama); para proteger apenas umamontanha, deveria ser escolhida a terceira montanhada regio 1, que tem a maior riqueza local (diversidadealfa).

    diversidadealfa

    (espcies pormontanha)

    diversidadegama

    (espcies porregio)

    diversidadebeta

    (gama/alfa)

    regio 1

    A AB B BC C CD D DE E E

    F F FG 6

    4

    3

    7

    10

    9

    1,2

    2,5

    3,0

    regio 2

    A

    BC

    D

    EF

    GGD

    H IJ

    A

    BC

    D

    EFG

    H I

    regio 3

  • 16BIOLOGIA

    QUESTO 33

    Um bilogo foi incumbido de definir um plano dereflorestamento de uma rea de caatinga utilizando uma plantanativa que se encontra na lista de espcies ameaadas deextino do IBAMA: Myracrodruon urundeuva Allemo (aroeira).Interessado em informaes tcnicas que dessem suporte paraa produo rpida e econmica de mudas, fez uma rpida buscana literatura cientfica e encontrou um trabalho que avaliava oefeito de diferentes tratamentos sobre o comportamentogerminativo das sementes da espcie. Os dados estosintetizados nos grficos abaixo.

    A

    ge

    rmin

    a

    o m

    d

    ia (

    arc

    se

    n)

    cido sulfrico0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    1

    1,2

    1,4

    controle gua quente lixa

    tratamentos

    0,8B

    ge

    rmin

    ao

    m

    dia

    (%

    ) controle

    lixagua quente

    0,7

    0,6

    0,5

    0,4

    0,3

    0,2

    0,1

    01

    tempo (dias)

    2 3 4 5 6 7

    cido sulfrico

    A) germinao total (com as barras de erro padro). B)

    porcentagem mdia diria de germinao de sementes de

    Myracrodruon urundeuva (aroeira) submetidas a diferentes

    tratamentos de escarificao.

    NUNES, Y. R. F. et al. Revista rvore,v. 32, 2008, p. 233-43 (com adaptaes).

    Com base nesses resultados, correto concluir que

    A as sementes de aroeira apresentam dormncia tegumentar,e faz-se necessrio adotar tratamento de escarificao paramelhorar a germinao. Portanto, o bilogo poder adotarqualquer tratamento entre os que foram testados noexperimento.

    B a escarificao qumica demonstrou ser o melhor tratamento,pois, alm de exibir as maiores taxas de germinao nosprimeiros dias do experimento, resultou em boa porcentagemmdia de germinao. Portanto, o bilogo deve adotar talprocedimento, mesmo que envolva o uso de um produtotxico.

    C o grupo controle exibiu o melhor desempenho germinativo,apesar de as sementes de aroeira apresentarem dormnciategumentar. Portanto, no necessrio realizar qualquertratamento ou efetuar gastos adicionais na produo demudas.

    D no houve variao no desempenho germinativo durante osprimeiros trs dias de avaliao do experimento,independentemente do tratamento a que foram submetidasas sementes. Portanto, o bilogo pode adotar qualquer dosmtodos testados.

    E as sementes no escarificadas apresentaram potencial degerminao semelhante ao daquelas submetidas escarificao trmica, mas exibiram maior velocidade degerminao. Portanto, o bilogo no precisa usar qualquertratamento para estimular a germinao das sementes.

    QUESTO 34

    Lagartos apresentam grande diversidade depadres de atividade, desde espcies extremamentesedentrias, que passam horas em determinadolocal, at espcies que esto quase em constantemovimento. Esses padres esto associados aestratgias de forrageamento identificadas comocaadores de senta-e-espera e forrageadoresativos. Os lagartos caadores de senta-e-esperanormalmente passam a maior parte do tempoparados, observando uma rea relativamente amplae, ao perceberem uma presa potencial, realizam umataque rpido; freqentemente, apresentam corporobusto, cauda curta e colorao crptica, quefavorece sua camuflagem no ambiente. Os lagartosforrageadores ativos movem-se na superfcie dosubstrato, introduzindo o focinho sob folhas cadase fendas do solo; tm corpo mais delgado, comcauda longa e padres de listras que podem produziriluses de tica, quando se movimentam.

    POUGH et al. A vida dos vertebrados. SoPaulo: Atheneu, 1999 (com adaptaes).

    Em relao ao texto acima, assinale a opo queapresenta a correlao correta entre modo deforrageio e caractersticas morfofisiolgicas delagartos.

    A Caadores de senta-e-espera orientam-semais por estmulos visuais, tm coraoproporcionalmente menor e menos hemcias nosangue e so capazes de alcanar maioresvelocidades que forrageadores ativos.

    B Forrageadores ativos movimentam-selentamente, tm corao proporcionalmentemenor e menos hemcias no sangue edependem mais do metabolismo anaerbicopara sustentar seu forrageio.

    C Forrageadores ativos orientam-se mais pore s t m u l o s v i s u a i s , t m c o r a oproporcionalmente maior e mais hemcias nosangue e so capazes de alcanar maioresvelocidades que caadores de senta-e-espera.

    D Caadores de senta-e-espera realizammovimentos curtos e rpidos, tm coraoproporcionalmente maior e mais hemcias nosangue e dependem mais do metabolismoanaerbico para sustentar seu forrageio.

    E Forrageadores ativos e caadores de senta-e-espera orientam-se por estmulos qumicos, tmcorao de tamanho mediano e sangue compoucas hemcias e obtm o ATP necessriopara sua termorregulaco no ambiente fsico aoseu redor.

  • 17BIOLOGIA

    QUESTO 35

    A poluio em ambientes aquticos pode serevidenciada com a utilizao de uma linhagem transgnicado peixe paulistinha (Danio rerio). Essa linhagem apresentaum gene da luciferase, originrio de uma gua-viva, que ativado em resposta a determinados poluentes. Emsituao experimental, o peixe vivo muda de cor napresena do poluente e depois, ao ser colocado em gualimpa, volta colorao original e pode ser reutilizadoinmeras vezes.

    CARVAN, M. J. et al. Transgenic zebrafish as sentinelsfor aquatic pollution. In: Annals of the New YorkAcademy of Sciences, 919133-47, 2000 (com adaptaes).

    Com relao ao fenmeno descrito no texto, corretoafirmar que a mudana na colorao do peixe

    A decorre de alteraes em molculas de RNA que nochegam a afetar os genes do animal.

    B um fenmeno que ocorre com freqncia em animaistransgnicos, mesmo que estes no tenham o gene daluciferase.

    C decorre da ao de genes constitutivos que soativados por fatores ambientais.

    D um exemplo de como fatores ambientais podemregular o funcionamento de um gene.

    E o resultado de eventos mutacionais, como quebrascromossmicas ou alteraes gnicas.

    QUESTO 36

    Os componentes do sistema imune envolvem, almde clulas, protenas circulantes, sendo diversos delesutilizados para a identificao de tipos celulares e para aobteno de informaes genticas.

    Considerando aspectos gerais da imunologia, corretoafirmar que

    A apenas linfcitos e neutrfilos apresentam antgenosde superfcie e, por esse motivo, so clulas capazesde produzir anticorpos.

    B a tipagem sangunea do sistema ABO envolve reaesimunolgicas e pode ser utilizada para a obteno deinformaes genticas sobre indivduos.

    C diferentes tipos celulares de um mesmo indivduo nopodem ser diferenciados por marcadores imunolgicos,pois os marcadores de superfcie dessas clulasligam-se aos mesmos anticorpos.

    D a regio FV (frao varivel) de cada anticorpopresente em um conjunto de anticorpos, obtidos doplasma de um nico indivduo, apresenta a mesmaseqncia de aminocidos.

    E a reao de fixao do complemento permite a anlisede ligao das fitas complementares de DNA dosanticorpos.

    QUESTO 37A hemofilia uma doena hereditria, causada por gene

    localizado no cromossomo X humano. Considere que um homemhemoflico teve uma filha no-hemoflica. Essa mulher ir secasar com um homem no-hemoflico e est preocupada com apossibilidade de ter um filho (ou uma filha) afetado pela doena,razo pela qual recorre a um servio de aconselhamentogentico.

    Considerando a situao hipottica descrita, avalie as duasasseres a seguir.

    No caso descrito, o aconselhamento gentico tem comoobjetivo informar o casal sobre o risco de vir a terdescendentes portadores ou afetados por uma doena,

    porque

    o aconselhamento gentico um procedimento usado paradiagnstico e cura de doenas hereditrias.

    Acerca das asseres apresentadas, assinale a opocorreta.

    A As duas asseres so proposies verdadeiras, e asegunda uma justificativa correta da primeira.

    B As duas asseres so proposies verdadeiras, masa segunda no uma justificativa correta da primeira.

    C A primeira assero uma proposio verdadeira, e asegunda, uma proposio falsa.

    D A primeira assero uma proposio falsa, e asegunda, uma proposio verdadeira.

    E Tanto a primeira quanto a segunda asseres soproposies falsas.

    QUESTO 38 como se tivesse mil roupas e mscaras. A cada

    dois dias, quando se reproduz no interior das clulasvermelhas do sangue, o protozorio causador da malriaconsegue gerar novas combinaes de seu materialgentico e assim produzir protenas extremamentediversificadas que lhe permitem escapar das defesas doorganismo humano. Tambm faz com que os sintomaspossam variar de pessoa para pessoa, dificultando a suadeteco num primeiro momento.

    Pesquisa FAPESP, nov./2006, n.o 109, p. 46-9 (com adaptaes).

    A partir do texto acima, assinale a opo correta.

    A A produo de protenas muito diversificadas por partedo protozorio o resultado do uso de drogas, para otratamento da doena, que induzem a resistnciamicrobiana.

    B A diversidade de sintomas exibidos por pessoasinfectadas resulta da grande diversidade de tipos declulas vermelhas encontradas no sangue humano.

    C A grande capacidade de recombinao genticademonstrada pelo protozorio dificulta muito odesenvolvimento de vacinas contra a malria.

    D O fato de se ter o diagnstico dificultado num primeiromomento no representa maior dificuldade devido atual disponibilidade de antibiticos.

    E A possibilidade de desenvolvimento da doena sem ossintomas habituais um aspecto positivo, pois indicaque h uma atenuao do parasita e que as pessoasesto em melhores condies.

  • 18BIOLOGIA

    QUESTO 39 DISCURSIVA

    As anlises filogenticas sempre foram importantes para a elaborao de hipteses sobre

    relaes de parentesco entre grupos, sendo, historicamente, influenciadas por conhecimentos

    tericos e tecnolgicos. Nos ltimos anos, a introduo de anlises baseadas em informaes do

    DNA acrescentou informaes importantes s hipteses filogenticas j existentes, determinadas

    por meio de mtodos clssicos como morfologia, e para grupos ainda no estudados.

    A partir das informaes acima apresentadas, considere que, nas anlises filogenticas de um grupo monofiltico, tenham

    obtidos os seguintes resultados:

    a anlise que utilizou caracteres morfolgicos resultou em uma hiptese filogentica que dividiu esse grupo em

    dois clados distintos;

    a anlise que utilizou seqncias de DNA originou uma hiptese filogentica segundo a qual esse grupo se

    encontra dividido em quatro clados distintos.

    Com base nos caracteres utilizados em cada uma das anlises mencionadas, possvel afirmar que uma dessas

    hipteses explica melhor a evoluo do grupo do que a outra? Justifique sua resposta.

    (valor = 10,0 pontos)

    RASCUNHO QUESTO 39

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

  • 19BIOLOGIA

    QUESTO 40 DISCURSIVA

    O processo de gastrulao de um vertebrado o perodo em que so definidos o plano

    bsico do corpo e os trs eixos: o da bilateralidade, o dorsoventral e o craniocaudal. Nessa fase,

    muitas clulas adquirem seu destino de desenvolvimento e informao sobre posio. A maior

    parte da formao das camadas germinativas ocorre em um nico ponto, o blastporo, onde as

    camadas de clulas em proliferao direcionam-se e dobram-se para dentro da blastocele,

    originando as trs camadas celulares: ectoderme, mesoderme e endoderme.

    A partir do texto acima, faa o que se pede a seguir.

    A Cite dois tecidos originados em cada um dos folhetos embrionrios dos vertebrados.

    (valor = 5,0 pontos)

    RASCUNHO QUESTO 40A

    1

    2

    3

    4

    5

    B Que caracterstica comum a Equinodermos e Cordados aparece durante a fase de gastrulao?

    (valor = 5,0 pontos)

    RASCUNHO QUESTO 40B

    1

    2

    3

    4

    5

  • 20BIOLOGIA

    As questes de 41 a 50, a seguir, so especficos para os estudantes de

    LICENCIATURA

    QUESTO 41

    Com relao ao projeto poltico-pedaggico,percebe-se que ele no se tem constitudo em instrumentode construo da singularidade das escolas, visto que noencont ramos, nas representaes soc ia isdos conselheiros, referncias aos pressupostossociopoltico-filosficos que dariam a feio da escola;alm disso, em sua maioria, as representaes sobre oprojeto ancoram-se no planejamento.

    O projeto, porm, indica um grande avano quandoverificamos, consensualmente, que sua elaborao se deude forma participativa. Participao essa que envolveuconflitos e negociaes, resolvidas a partir de decisesmajoritrias, indicando uma nova forma de organizaoescolar, que rejeita o carter hierrquico historicamenteconstrudo.

    Assim, a elaborao do projeto poltico-pedaggicoconstitui-se em um momento de aprendizagemdemocrtica.

    Marques L. R. O projeto poltico-pedaggico e a construoda autonomia e da democracia nas representaes dos conselheiros.In: Educao e Sociedade, 83(24): 577-97, 2003 (com adaptaes).

    Tendo em vista as concluses apresentadas no textoacima, resultantes de pesquisa realizada com umacomunidade prxima a Recife, infere-se que o projetopedaggico de uma instituio escolar

    A tem uma dimenso terica pouco importante e ligada efetivao da autonomia de escolas singulares, massua dimenso prtica estimula a participao dacomunidade escolar para planejar o futuro da escola.

    B depende do compartilhamento de pressupostossociopoltico-filosficos que possam dar feio escola, pois nada adianta um discurso centrado noplanejamento se no se sabe ao certo do que se estfalando.

    C est intrinsecamente ligado ao carter hierrquico dainstituio escolar, vista como aparelho ideolgico deestado, a servio da lgica do capital e da premissa daexplorao do homem pelo homem, visando ao lucro.

    D depende de uma ruptura prvia com os modelostradicionais de escola, o que conduz conclusoobrigatria de que h uma ligao intrnseca entre aprpria idia de projeto pedaggico e inovaoeducacional, no sentido da aprendizagem.

    E tem funcionado apenas como um mote para catalisara participao da comunidade em torno da escola, oque permite a ela que se compartilhem efetivamenteos mesmos pressupostos sociopoltico-filosficos quedo feio escola.

    QUESTO 42A educao, direito pblico subjetivo do cidado e dever doEstado, tem etapa compulsria na qual as crianas devemser matriculadas em unidade escolar a fim de receberinstruo obrigatria. A durao dessa etapa compulsriafoi ampliada pela Lei n.o 11.274/2006, que alterou a Lei deDiretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB),concedendo um prazo para sua implantao pelosdiferentes sistemas de ensino. Julgue os itens a seguir,relativos etapa compulsria da educao no Brasil.

    I A fixao da etapa compulsria foi feita pelaConstituio Federal, que estabelece o ensinofundamental como etapa obrigatria e gratuita paratodos os cidados.

    II O ensino fundamental, de oito anos segundo a LDBde1996, passou a ter nove anos em 2006, com aalterao daquela lei, tendo agora incio aos seis anos.

    III A Lei n.o 11.274/2006 incorporou a educao infantil aoensino fundamental, da a ampliao da durao dessaetapa da educao bsica.

    Assinale a opo correta.

    A Apenas o item I est certo.B Apenas os itens I e II esto certos.C Apenas os itens I e III esto certos.D Apenas os itens II e III esto certos.E Todos os itens esto certos.

    QUESTO 43A elaborao de planos de aula de Cincias e

    Biologia decorre do planejamento curricular da disciplina,a qual deve articular-se com o projeto pedaggico daescola. Isso implica reconhecer o geral e o particular emcada ao do cotidiano escolar, desde os grandes valoresabstratos at as atividades mais concretas, comoatividades experimentais em sala de aula e correo deexerccios realizados em casa.

    De acordo com as idias apresentadas no texto, os planosde aula de Cincias e Biologia

    A devem materializar, em termos prticos, aes de salade aula em sintonia com grandes objetivos gerais queextrapolam a prpria disciplina escolar.

    B devem obrigatoriamente ser definidos no planejamentocurricular, pois devem estar articulados com linhasgerais e especficas do projeto pedaggico.

    C podem ser flexveis, pois os valores abstratos admitemmuitas tradues em termos de atividades maisconcretas, como a correo de exerccios.

    D podem ser variveis em relao s atividadesconcretas, contanto que no transijam em relao aosvalores maiores da instituio escolar.

    E devem definir objetivos gerais e especficos para asatividades de sala de aula, desde a correo deexerccios at a discusso do projeto pedaggico.

  • 21BIOLOGIA

    QUESTO 44

    Para o planejamento de atividades cientficas paraestudantes, recomenda-se levar em considerao quatro fatores.Ao se propor um projeto, deve-se explicitar claramente a baseconceitual que se pretende desenvolver; necessrio fazer queos projetos levem em considerao materiais concretos eevidncias que derivem de observao, e no apenas textos einformaes escritas, ou demonstraes de resultadosprevisveis. Finalmente, os projetos devem ser orientados nosentido de desenvolverem o esprito investigativo dos jovens.

    Thier, H. Developing inquiry-based science materials: a guide for educators.Nova Iorque: Columbia teachers' College Press, 2001 (com adaptaes).

    Diante da perspectiva objeto do texto acima, correto afirmarque os projetos cientficos nas aulas de Cincias e Biologia

    A devem ter um aspecto eminentemente prtico, sem selimitar a demonstraes de resultados previsveis.

    B devem ser orientados tendo a investigao e a descobertacomo objetivos mais importantes, sem se preocupar cominformaes.

    C no devem considerar materiais e textos impressos, pois adescoberta de novas informaes cientficas no dependedeles.

    D no podem deixar de levar em considerao os textosimpressos, pois a base conceitual depende deles.

    E podem incluir o planejamento de investigaes sobremateriais concretos, mesmo sem uma base conceitual clara.

    QUESTO 45

    A construo da usina hidreltrica de Balbina, noAmazonas, foi acompanhada de uma srie de polmicas, dadoque o reservatrio formado reteve muita matria orgnica. Coma degradao anaerbica da matria orgnica, considervelquantidade de metano (CH4) produzida. Como o metano temgrande contribuio para o efeito estufa, muito maior do que ogs carbnico (CO2), tm-se estudado alternativas paraminimizar os efeitos ambientais da hidreltrica.

    Qual a alternativa mais adequada para minimizar os problemascausados pela produo de metano?

    A O metano poderia ser queimado, o que levaria produode gs carbnico e gua, produtos que reduziriam os danosambientais.

    B O metano poderia ser queimado, o que provocaria aformao de cido sulfrico e gua, base da chuva cida.

    C O metano poderia ser queimado, o que daria origem aooznio, que, em pequenas concentraes, protege o planetados efeitos da radiao ultravioleta.

    D O metano poderia ser solubilizado em gua, o que resultariana formao de cido carbnico, composto capaz deneutralizar o pH dos rios e lagos amaznicos.

    E O metano poderia ser oxidado, o que poderia gerar amnia,importante matria-prima para a produo de adubo.

    QUESTO 46

    A composio do ar foi estudada no sculo

    XVIII por meio de experimentos que envolviam a

    queima em ambientes fechados, que, por sua vez,

    levou ao descobrimento do chamado "ar fixo", que

    hoje chamamos gs carbnico e sobre o qual h um

    grande interesse socioambiental na atualidade. Um

    experimento comum nas aulas de Cincias, que

    repete um desses antigos ensaios, consiste em

    colocar uma vela em um prato com gua e abaf-la

    com um copo, de acordo com o esquema abaixo.

    Esse experimento permitiu que se compreendesse

    mais acerca da composio do ar, conduzindo

    descoberta do oxignio, capaz de tornar o ar

    respirvel novamente. Nota-se que a vela se apaga e

    que o nvel de gua dentro do copo se eleva. A

    observao atenta revela que o nvel da gua se

    eleva mais rapidamente aps o apagamento da vela.

    Esse resultado permite demonstrar um fenmeno

    A fsico, pois evidencia que o apagamento da vela

    diminuiu a temperatura do ar, que se contrai,

    permitindo a entrada da gua, nada devendo ao

    gs carbnico.

    B fsico, pois evidencia que o apagamento da vela

    aumenta o volume de gs carbnico na gua,

    aumentando seu volume, o que implica aumento

    de seu nvel no copo.

    C qumico, pois evidencia que a queima da chama

    consome oxignio e a gua entra no copo para

    ocupar o lugar vazio, nada devendo ao gs

    carbnico.

    D qumico, pois evidencia que o gs carbnico

    produzido se dissolve na gua que est no copo,

    e isso faz aparecer cido carbnico, o que

    aumenta o volume da gua.

    E fsico e qumico, pois ocorre o efeito combinado

    do consumo qumico do oxignio, da dissoluo

    do gs carbnico e da expanso fsica da gua

    do copo.

  • 22BIOLOGIA

    QUESTO 47

    O estudo do desenvolvimento humano tem se baseado,

    em grande parte, nas pesquisas com crianas de classe mdia

    da Europa e da Amrica do Norte, as quais tm ensejado

    generalizaes excessivas sobre toda a humanidade.

    Afirmaes como "a criana comea a fazer isso ou aquilo" em

    determinada idade seriam mais bem enunciadas como "a

    criana da cultura X fez isso ou aquilo" na idade tal.

    ROGOFF, Barbara. A natureza cultural do desenvolvimento

    humano. Porto Alegre: Artmed, 2005 (com adaptaes).

    Com base no texto acima, analise as asseres seguintes, que

    poderiam ter sido enunciadas por um professor brasileiro, ao

    justificar sua crena de que no pode apresentar a seus alunos

    certos contedos.

    Crianas brasileiras de 10 anos que esto na escola hoje no

    compreendem como possvel o inverno ser a estao da neve

    e o outono a estao em que rvores ficam com as folhas

    vermelhas,

    porque

    vivem em um pas tropical e no podem ser comparadas a

    crianas de mesma idade de pases de clima temperado, que

    presenciam alteraes cclicas anuais diferentes.

    Com referncia a essas asseres, assinale a opo correta.

    A As duas asseres so proposies verdadeiras, e a

    segunda uma justificativa correta da primeira.

    B As duas asseres so proposies verdadeiras, mas a

    segunda no uma justificativa correta da primeira.

    C A primeira assero uma proposio verdadeira, e a

    segunda uma proposio falsa.

    D A primeira assero uma proposio falsa, e a segunda

    uma proposio verdadeira.

    E As duas asseres so proposies falsas.

    QUESTO 48

    A interdisciplinaridade tem uma ambio

    diferente daquela da pluridisciplinaridade. Ela diz

    respeito transferncia de mtodos de uma disciplina

    para outra. Podemos distinguir trs graus de

    interdisciplinaridade: um grau de aplicao. Por

    exemplo, os mtodos da fsica nuclear transferidos

    para a medicina levam ao aparecimento de novos

    tratamentos para o cncer; um grau epistemolgico.

    Por exemplo, a transferncia de mtodos da lgica

    formal para o campo do direito produz anlises

    interessantes da epistemologia do direito; um grau de

    gerao de novas disciplinas. Por exemplo, a

    transferncia dos mtodos da matemtica para o

    campo da fsica gerou a fsica matemtica.

    NICOLESCU, B. Educao e transdisciplinaridade.

    UNESCO, Braslia, 2000 (com adaptaes).

    De acordo com o texto acima, correto afirmar que

    A a interdisciplinaridade difere da pluridiscipli-

    naridade por ter esta a ambio de transferir

    mtodos de uma disciplina a vrias outras.

    B a transferncia de mtodos e epistemologias leva

    superao da antiga idia de um campo

    delimitado de conhecimento reconhecido como

    disciplina.

    C a interdisciplinaridade trouxe avanos

    significativos para poucas reas, podendo ser

    citados a oncologia, o direito e a fsica

    matemtica.

    D as tradicionais disciplinas acadmicas perderam

    sua razo de ser diante das novas disciplinas

    criadas pelo grau maior da interdisciplinaridade.

    E a interdisciplinaridade pode contribuir para a

    criao de novas disciplinas e no para o fim da

    idia de disciplina como campo delimitvel do

    conhecimento.

  • 23BIOLOGIA

    QUESTO 49 DISCURSIVA

    O que tem sido feito em termos de educao ambiental? A grande maioria das atividades feita dentro de uma modalidade formal. Os temas predominantes so lixo, proteo do verde,uso e degradao dos mananciais, aes para conscientizar a populao em relao poluio doar. A educao ambiental que tem sido desenvolvida no pas muito diversa, e a presena dosrgos governamentais como articuladores, coordenadores e promotores de aes ainda muitorestrita.

    A educao para a cidadania representa a possibilidade de motivar e sensibilizar as pessoaspara transformar as diversas formas de participao em potenciais caminhos de dinamizao dasociedade e de concretizao de uma proposta de sociabilidade baseada na educao para aparticipao.

    JACOBI, P. Educao ambiental, cidadania e sustentabilidade. In: Cadernos de Pesquisa, v. 118, 2003, p. 189-206 (com adaptaes).

    So diferentes os modelos de educao ambiental praticados no mundo. Apesar das grandespossibilidades de ao, da diversidade temtica e das peculiaridades de cada regio, a prtica, noraro, parece estar muito centralizada na figura do "educador", ator que tem um conhecimento atransmitir para os sujeitos (atores que necessitam mudar sua viso de mundo e adotar novasposturas). Esse tipo de prtica ignora os diferentes olhares e interesses das pessoas envolvidasno processo. Por exemplo, toda comunidade necessita de um programa de reciclagem de lixo? Esta uma questo importante e urgente na viso da comunidade? Uma realidade, para sertransformada sem imposies, necessita do comprometimento, da participao e do envolvimentode todos os atores sociais. Afinal, precisamos de uma educao ambiental que signifiqueenvolvimento e participao ambiental.

    Considerando as idias centrais desenvolvidas nos textos acima, redija um texto dissertativo sobre o seguinte tema.

    Educao ambiental: envolvimento e participao.

    Aborde em seu texto os seguintes aspectos:

    a) papel dos diferentes atores sociais;b) processos e mtodos de trabalho na educao ambiental;c) escolha dos temas a serem trabalhados na educao ambiental.

    (valor = 10,0 pontos)

    RASCUNHO QUESTO 49

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  • 24BIOLOGIA

    QUESTO 50 DISCURSIVA

    Um dos professores de uma escola informou a seus alunos que a malria uma doena que

    atinge 500 milhes de pessoas anualmente, com 1 milho de mortes, a maioria de crianas, e que,

    a cada 30 segundos, uma criana morre de malria no mundo. Aps apresentar essas informaes,

    o professor props aos alunos o tema da preveno de malria para a feira de cincias na escola

    em que leciona. Entretanto, seus alunos argumentaram que no havia malria em sua cidade e que

    o tema no era importante para eles. Diante disso, o professor decidiu insistir na proposta,

    fundamentando-a com dois argumentos: (1) a malria um problema de sade pblica de

    proporo planetria, e os estudantes devem ser despertados para questes socioambientais

    amplas; (2) as medidas de preveno da malria podem trazer impacto para combater outras

    importantes endemias presentes no contexto urbano brasileiro da atualidade.

    Considerando que voc seja o professor referido na situao hipottica acima, elabore um conjunto de instrues paraque os alunos possam montar um trabalho expositivo sobre o tema da malria na feira de cincias, incluindopossibilidades de preveno de outras endemias brasileiras, utilizando pelo menos cinco das seguintes palavras-chave:

    plasmdio (ou qualquer referncia a protozorio/esporozorio);

    agente causador da doena;

    agente transmissor da doena;

    fase larval;

    hematfago;

    chuva / acmulo de gua / gua parada;

    temperatura (ou referncia sazonalidade do ciclo de vida do vetor);

    febre cclica (ou outra referncia da sintomatologia da doena);

    Anopheles;

    dengue (incluindo a meno dengue hemorrgica);

    Aedes aegypti;

    criatrios domsticos (ou outra expresso que denote locais no mbito domstico utilizados pelo mosquito);

    febre amarela.

    (valor: 10,0 pontos)

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  • 25BIOLOGIA

    QUESTIONRIO DE PERCEPO SOBRE A PROVA

    As questes abaixo visam a obter sua opinio sobre aqualidade e a adequao da prova que voc acabou derealizar.

    Assinale as alternativas correspondentes sua opinio, nosespaos prprios do Caderno de Respostas.

    Agradecemos sua colaborao.

    QUESTO 1

    Qual o grau de dificuldade desta prova na parte deFormao Geral?

    A Muito fcil.

    B Fcil.

    C Mdio.

    D Difcil.

    E Muito difcil.

    QUESTO 2

    Qual o grau de dificuldade desta prova na parte deComponente Especfico?

    A Muito fcil.

    B Fcil.

    C Mdio.

    D Difcil.

    E Muito difcil.

    QUESTO 3

    Considerando a extenso da prova, em relao ao tempototal, voc considera que a prova foi

    A muito longa.

    B longa.

    C adequada.

    D curta.

    E muito curta.

    QUESTO 4

    Os enunciados das questes da prova na parte deFormao Geral estavam claros e objetivos?

    A Sim, todos.

    B Sim, a maioria.

    C Apenas cerca de metade.

    D Poucos.

    E No, nenhum.

    QUESTO 5

    Os enunciados das questes da prova na parte deComponente Especfico estavam claros e objetivos?

    A Sim, todos.

    B Sim, a maioria.C Apenas cerca de metade.

    D Poucos.E No, nenhum.

    QUESTO 6

    As informaes/instrues fornecidas para a resoluo dasquestes foram suficientes para resolv-las?

    A Sim, at excessivas.

    B Sim, em todas elas.C Sim, na maioria delas.

    D Sim, somente em algumas.E No, em nenhuma delas.

    QUESTO 7

    Voc se deparou com alguma dificuldade ao responder prova. Qual?

    A Desconhecimento do contedo.

    B Forma diferente de abordagem do contedo.C Espao insuficiente para responder s questes.

    D Falta de motivao para fazer a prova.E No tive qualquer tipo de dificuldade para responder

    prova.

    QUESTO 8

    Considerando apenas as questes objetivas da prova,voc percebeu que

    A no estudou ainda a maioria desses contedos.

    B estudou alguns desses contedos, mas no osaprendeu.

    C estudou a maioria desses contedos, mas no osaprendeu.

    D estudou e aprendeu muitos desses contedos.E estudou e aprendeu todos esses contedos.

    QUESTO 9

    Qual foi o tempo gasto por voc para concluir a prova?

    A Menos de uma hora.

    B Entre uma e duas horas.C Entre duas e trs horas.

    D Entre trs e quatro horas.E Quatro horas e no consegui terminar.