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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
ESCOLARLUCKESI, Cipriano C.
Para o autor as práticas escolares se realizam dentro de um modelo teórico que pressupõe a educação como um mecanismo de conservação e reprodução da sociedade.
O autoritarismo é o elemento necessário para a garantia desse modelo social.
É preciso colocar a avaliação escolar a serviço de uma pedagogia que entenda a educação como instrumento de transformação social.
Portanto, a avaliação no Brasil, hoje, está a serviço de uma pedagogia dominante que, por sua vez, serve a um modelo social dominante, denominado liberal conservador.
Avaliação educacional escolar: para além do autoritarismo
Contextos pedagógicos para a prática da avaliação educacional
Origem desse modelo:
Surgiu da estratificação dos empreendimentos transformadores que culminaram com a revolução Francesa.
A burguesia foi revolucionária em sua fase de ascensão, quando se uniu às classes populares na sua luta contra o clero e a nobreza. Após chegar ao poder, em 1789, tornou-se reacionária e conservadora.
Contudo, os ideais de liberdade e igualdadePerante a lei tornaram-se valores de nossa sociedade. Cada indivíduo tem o direito, com seu próprio esforço,livremente e sob a lei, de buscar sua auto-realização, por meio da conquista de bens e da propriedade privada.
Pedagogia Tradicional: centrada no intelecto, na transmissão do conteúdo e na pessoa do professor;
Pedagogia renovada ou escolanovista: centrada nos sentimentos, na individualidade;
Pedagogia tecnicista: centrada na exarcebação dos meios técnicos de transmissão e apreensão dos conteúdos e no rendimento.
Esse modelo liberal conservador, que persiste até hoje produziu três pedagogias diferentes:
Todas essa traduções daquele modelo social tentam produzir, sem conseguir, a equalização social, valor intrínseco à nossa sociedade. Mas a equalização social só poderia ocorrer num outro modelo social. Portanto, essas três pedagogias não podem propor nem exercitar tentativas de transformação.
A culpa é dos pobres !!!!
No seio da prática social conservadora, foi-se formulando uma nova pedagogia, em que igualdade entre os homens e sua liberdade se traduzissem em concretude histórica. A Pedagogia libertadora fundada por Paulo Freire.
A Pedagogia Libertadora é marcada pela ideia de que a emancipação das camadas populares se dá em um processo de conscientização cultural e político, além dos muros da escola.
Outra pedagogia progressista
A Pedagogia Libertária é centrada na ideia de que a escola deve ser um instrumento de conscientização e organização política dos educandos.
A Pedagogia dos conteúdos socioculturais, representada pelo grupo do professor Dermeval Saviani. Essa é centrada na ideia de igualdade de oprtunidades para todos no processo de educação, e na compreensão de que a prática educacional se faz pela assimilação dos conteúdos de conhecimentos sistematizados pela humanidade, no contexto de uma prática social.
O primeiro grupo de pedagogias tem por objetivo a domestificação. O segundo, a humanização.
Conceito:
Avaliação é um juízo de valor, uma afirmação qualitativa sobre um objeto, a partir de critérios pré-estabelecidos.
Esse julgamento se faz com base nos caracteres relevantes da realidade do objeto avaliado. Portanto, apesar de qualitativo, o julgamento não será inteiramente subjetivo.
A avaliação conduz, ainda, a uma tomada de decisão ou de posição sobre o objeto avaliado(um posicionamento de “não indiferença”).
Esses elementos, compõem a compreensão constitutiva da avaliação que, na prática escolar, dá-se sob o arbítrio da autoridade pedagógica.
A atual prática da avaliação educacional escolar: manifestação e exacerbação do autoritarismo
A atual prática da avaliação estipulou, como função do ato de avaliar, a classificação e não o diagnóstico, como deveria ser.
Ou seja, o juízo de valor, que teria a função de possibilitar uma nova tomada de decisão, passa a ter função estática de classificar um ser humano histórico num padrão definitivamente determinado, estigmatizado.
O ato de avaliar deixa, assim, de servir como pausa para pensar a prática pedagógica, constituindo-se num instrumento estático, freador do crescimento e autoritário.
Crítica as práticas atuais
- Nas mãos do professor, avaliação passou a desempenhar também o papel disciplinador de condutas sociais, bem como uma forma de enquadrar os alunos dentro da normatividades sociais estabelecidas.
- Temos, portanto a dependência psicológica do professor, definindo o que é relevante ou não.
Para romper com esse estado de coisas, é preciso romper com o modelo de sociedade e com a pedagogia que o traduz.
Resgatar o significado dialógico da avaliação não significa exigir menos!!!!!
Avaliação educacional no contexto de uma pedagogia para a humanização:uma proposta de ultrapassagem do autoritarismo
A visão culposa do erro, na escola, tem conduzido ao uso permanente do castigo como forma de correção, tomando a valiação como suporte de decisão. No entanto, uma visão sadia do erro possibilita sua utilização de forma construtiva.
Prática escolar: do erro como fonte de castigo ao erro como fonte de virtude
Vamos pensar um pouco!
Vamos Lembrar!Brasil! No sul, era comum os professores baterem com
régua nos alunos; No nordeste a palmatória era comum; Com o passar do tempo os castigos foram
perdendo o caráter de agressão física e tornando-se mais sutis, mas não desprovidos de violência.
O CASTIGO ESCOLAR A PARTIR DO ERRO
As agressões agora atingem a personalidade dos alunos. O professor cria um clima de medo, tensão e ansiedade no alunos.Quem não aprende tem sua fragilidade exposta aos colegas.
Muitos alunos internalizam a submissão !!!
As razões do uso do castigo!
A prática do castigo decorre de uma concepção de que as condutas de um sujeito que não correspondem a um determinado padrão preestabelecido merecem ser castigadas, a fim de que ele não repita o erro e aprenda a conduta correta.A culpa está na raiz do castigo, sendo o erro sempre fonte de condenação.
A solução insatisfatória de um problema só pode ser considerada um erro quando se tem uma forma correta de resolve-los. Sem padrão não há erro. No caso da atividade escolar pode ocorrer o erro na manifestação da conduta aprendida, uma vez que já se tenha o padrão dos conhecimentos e habilidades a serem aprendidas
O que é erro?
Experiência é o nome que todo mundo dá aos próprios erros.Oscar Wilde
O importante é a lembrança dos erros, que nos permite não cometer sempre os mesmos. O verdadeiro tesouro do homem é o tesouro dos seus erros, a larga experiência...
José Ortega y Gasset
O fato de não se chegar à uma solução bem- sucedida indica um novo passo a ser dado. Ela deve ser usada positivamente na busca pela solução pretendida.
Se houver castigo, não há reorientação!
O uso do erro como fonte de virtude!
A avaliação não deveria servir de fonte de decisão sobre o castigo-instrumento de ameaça e disciplinamento da personalidade dos educandos-, mas de decisão sobre os caminhos do crescimento sadio e feliz.
O ERRO E A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR
Avaliação do aluno: a favor ou contra a democratização do ensino?
-Democratização do ensino implica, antes de tudo, democratização do acesso a educação escolar. Uma necessidade da vida urbana(Coversar sobre lazer, cultura e economia);-Permanência;-Qualidade.(Refletir se as práticas de avaliação tem contribuído para esse fatores)
Após um período de aulas e exercícios, denominado unidade de ensino, os professores formulam testes, para utilizar como mecanismo pelo qual o professor solicita aos alunos a manifestação das condutas.
O professor formula o seu instrumento de valiação a partir de algumas variáveis: conteúdos efetivamente ensinados, conteúdos que o professor não ensinou, testes mais difíceis, indisciplina e uma certa “patologia magisterial”, que afirma que o professor não pode aprovar todos os alunos.
A ATUAL PRÁTICA DE AVALIAÇÃO E DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO.
Entende-se por avaliação um juízo de qualidade sobre dados relevantes, tendo em vista uma tomada de decisão.
Alguns professores julgam ao bel-prazer do seu estado de humor.
Assim o processo de avaliação torna-se meramente classificatório, impedindo o avanço dos alunos.
A PRÁTICA CLASSIFICATÓRIA É ANTIDEMOCRÁTICA!!!!
Leitura desse processo!!!
Vamos pensar!!
A avaliação deverá ser assumida como um “instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que está o aluno, tendo em vista tomar decisões satisfatórias para que possa avançar em seu processo de aprendizagem”.
A avaliação deve ser instrumento auxiliar da aprendizagem e não instrumento de reprovação ou aprovação.
Proposição: Avaliação Diagnóstica
O processo de verificação se configura pela observação, análise e síntese dos dados que delimitam o objeto. A verificação se encerra no momento em que se chega à conclusão de que determinado objeto tem determinada configuração.
O ato de avaliar implica coleta, análise e síntese dos dados; é acrescido de uma atribuição de valor ou qualidade, que se processa a partir da comparação da configuração do objeto avaliado com um determinado padrão de qualidade previamente estabelecida. Ela ultrapassa a configuração do objeto, exigindo decisão sobre ele.
Verificação congela, avaliação direciona numa trilha din^miva de ação.
Verificação ou Avaliação: o que pratica a escola?
A avaliação deve ser praticada como uma atribuição de qualidade aos resultados da aprendizagem.
Ao avaliar, o professor deverá:
- coletar, analisar e sistematizar, de forma mais objetiva, as manifestações dos alunos;
- Atribuir uma qualidade a essa manifestação da aprendizagem, a partir de um padrão preestabelecido pela comunidade escola;
- A partir dessa qualificação, tomar uma decisão sobre as condutas docentes e discente a serem seguidas. Tendo em vista a reorientação imediata da aprendizagem, caso se mostre insatisfatória, e o encaminhamento dos alunos para as etapas subseqüentes.
Encaminhamentos do autor:
Padrão mínimo de conduta:
FIM