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floricultura
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Conceitos e características gerais dos insetos
- Insetos conhecidos desde a antiguidade;
- Proximidade com Ciência → Aristóteles;
• Com sangue → Enaima;
• Sem sangue → Anaima;
→ Entoma = animais de corpo dividido por sulcos;
- Entomologia, do Grego: entomon = corpo segmentado; logia = estudo;
- Origem latina → Insectum;
- Origem grega → Entomon;
Características dos Arthropoda
Características dos Insecta
Entomologia agrícola
- Estudo das pragas agrícolas que causam danos às plantas cultivadas e dos métodos para controlá-las;
Histórico - Final do século XIX → Emílio Goeldi, Gustavo Dutra, Hermann von Ihering, Carlos Moreira e outros;
- Primeira década do século XX → Ângelo Moreira da Costa Lima;
- Predomínio da Entomologia descritiva → taxonomia;
- 1937 → Fundação da Sociedade Brasileira de Entomologia (SBE);
→ Taxonomistas e voltada para estudos básicos;
- Década de 60 → Estudos aplicados nas Instituições de Pesquisa;
→ Inst. Biológica de SP e Inst. Agronômico de Campinas;
- 1969 → Criados 2 Cursos de Pós-Graduação na área de entomologia;
→ Piracicaba, SP (ESALQ/USP) → Domingos Gallo;
→ Curitiba, PR (UFPR) → Padre Jesus S. Moure;
- Cursos de Pós-Graduação → treinar pesquisadores nas diversas áreas da Entomologia;
- 1972 → Fundação da Sociedade Entomológica do Brasil (SEB);
→ Entomologistas agrícolas e voltada para estudos aplicados;
→ Fundação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa);
- Atualmente → Especialização nos CPGs – Entomologia brasileira como a mais importante na América Latina;
→ 7 CPGs no Brasil – ESALQ, UFPR, FFCLRP, INPA, UFV, UFLA e FCAV;
→ Interligada com as várias áreas do conhecimento;
→ Genética, bioquímica, biotecnologia, fisiologia vegetal, fitopatologia, nutrição de plantas,
bioestatística, climatologia, análise de impacto ambiental e outros;
Termos e conceitos
Pragas → Organismos que competem direta ou indiretamente com o homem por alimento ou matéria prima;
→ Organismo-praga → atribuição humana subjetiva!
→ Aproximadamente 10% dos insetos conhecidos → pragas;
Conceito tradicional de praga
- Inseto que se alimenta da cultura e se está presente no agrossistema;
Conceito moderno de praga
- Novo conceito baseado no manejo de pragas moderno (MIP);
- 1) Presença do inseto; 2) Níveis populacionais; 3) Danos causados;
Injúria → Efeito negativo na fisiologia da planta causado por insetos;
→ Injúria não necessariamente causa danos - tolerância;
Dano → Perda de utilidade da cultura em resposta a injúria;
- Danos causados as plantas são variáveis → todas partes vegetais;
- Causam maior ou menor prejuízo quantitativo e qualitativo:
• Espécie;
• Densidade populacional;
• Duração do ataque;
• Estrutura vegetal atacada
- Danos causados são variáveis:
• País para país;
• Variedades;
• Características socioeconômicas;
• Características climáticas;
• Técnicas agronômicas;
- Danos diretos → atacam o produto a ser comercializado;
- Danos indiretos → atacam estruturas vegetais que não comercializadas;
→ Alteram processos fisiológicos → ↓ produção;
→ transmissão de patógenos – vírus;
→ facilitação proliferação de bactérias e fungos;
- Prejuízos causados por pragas e doenças → 38%;
- Brasil → prejuízos da ordem de 2,2 bilhões de dólares;
Perdas (%) Culturas
Pragas Doenças Pl. daninhas Total
Trigo 5 10 10 25
Arroz 28 9 10 47
Cana 20 19 15 54
Café 13 17 15 45
Cacau 13 21 12 46
Soja 5 11 13 29
- Países tiveram economia fortemente abalada devido ataque de pragas;
• França (1867) → pulgão-da-videira – dizimou vinhedos;
• EUA (1929) → mosca-do-mediterrâneo – citricultura Flórida;
• Brasil (1924) → broca-do-café (Coleoptera) – cafeicultura de SP;
→ 1924-1948 espalhou para resto do país;
Dano econômico → Quantidade de perda causada população de insetos;
→ Medida artificial de controle = ou > lucro;
Nível de dano econômico (NDE)
- Menor densidade populacional de espécie que causa dano econômico;
- A partir desse nível → adoção de medidas controle;
• Dano causado pelo inseto;
• Custo dos insumos;
• Custo ambiental;
• Valor do produto mercado;
• Mão de obra de controle;
Nível de ação ou controle (NC)
- Densidade populacional da praga → adotar medidas de controle;
- Medidas controle → praga não atinja o nível de dano econômico;
- Ação preventiva de controle de uma praga;
Tipos de pragas
1) De acordo com a planta atacada:
- Praga direta → Ataca diretamente a parte comercializada;
- Praga indireta → Ataca partes não comercializadas;
2) De acordo com o lugar de origem:
- Pragas introduzidas → Organismos introduzidos na região onde se estabeleceu a cultura;
- Pragas endêmicas → Organismos da região que passam a se alimentar de plantas introduzidas;
3) De acordo com sua importância:
- Organismos não-praga → Densidade populacional nunca atinge o nível controle;
- Pragas secundárias → Raramente atingem o nível controle;
- Pragas-chave → Frequentemente ou sempre atingem o nível controle;
→ Pragas freqüentes → freqüentemente atingem o nível de controle. Ex. cigarrinhas,
→ Pragas severas → posição de equilíbrio é maior que o nível de controle. Ex. saúvas;
Fatores favoráveis a ocorrência de pragas
1) Características dos agroecossistemas:
- Redução/eliminação de inimigos naturais de pragas. Predadores e parasitas;
- Redução da diversidade de espécies → Baixa diversidade - instabilidade populacional;
- Redução da diversidade genética → Monoculturas baseadas em clones de enxertia – diversidade genética
zero → mesma suscetibilidade pragas
- Grande concentração de alimento → insetos fitófagos;
- Distância entre plantas → facilita dispersão e colonização das plantas;
2) Manejo inadequado dos agroecossistemas:
- Descaso pelas medidas controle;
- Plantio de variedades suscetíveis a pragas;
- Plantio em regiões ou estações favoráveis ao ataque de pragas;
- Adubação desequilibrada → mal nutridas + suscetíveis a ataques;
- Uso inadequado de praguicidas → dosagem, produto, época de aplicação e metodologia inadequada;
3) Uso inadequado de praguicidas
- Redução das populações de inimigos naturais;
- Resistência das pragas ao praguicida;
- Danos ambientais - contaminação água; mortalidade de animais não alvo;
Ecologia dos insetos
- Ecologia, do Grego: oikos = habitação, ambiente; logia = estudo;
- 1869 – Zoólogo alemão → Ernest Haeckel;
- Estudo das relações entre os organismos entre si e o meio ambiente;
- Conhecimento muito antigo → caçadores e pescadores;
- Theophrastus (séc. IV a.C.) → considerado 1º ecologista;
- Ecologia → Ecologia animal e vegetal – intimamente ligadas;
- Formam pirâmides ecológicas + meio ambiente → ecossistemas;
- Ecologia animal + ecologia vegetal → bioecologia;
- Atualmente: Autecologia → espécies;
Sinecologia → populações, comunidades e ecossistemas;
Autecologia - Estudo espécies → distribuição na comunidade e a influencia dos fatores ambientais sobre seu nicho
ecológico;
- Cada espécie → sujeita aos fatores ambientais
→ tolerância ecológica e reações próprias;
Fatores ecológicos Tempo → Influi direta ou indiretamente sobre os organismos;
- Clima → Conjunto de elementos físicos da atmosfera de um determinado local ao longo de um ano - sempre
constante;
- Tempo → Período menor que o clima - variável;
Radiação → Fonte de energia - manutenção da vida na Terra;
- Causa de todos os fenômenos meteorológicos na atmosfera;
- Determina o clima e o tempo;
Temperatura → Representação visual da energia do corpo;
- Temperatura ≠ calor (energia em trânsito de um sistema para outro);
- Diretamente → desenvolvimento e comportamento;
- Indiretamente → alimentação;
- Insetos → pecilotérmicos;
• Ciclotérmicos → Acompanha a do ambiente (10-30ºC) - Maioria;
• Heliotérmicos → Sol – elevar temperatura - gafanhotos;
• Quimiotérmicos → Atividades musculares – algumas mariposas;
- Insetos são encontrados em todas as regiões → Ártico;
- Maioria dos insetos → temperatura fator regulador das atividades;
- Maior desenvolvimento dos insetos se dá na faixa ótima de temperatura;
- Insetos morrem fora da faixa favorável de temperatura:
• Intensidade → Temperatura em si - letal;
• Quantidade → Tempo de exposição a temperatura letal;
- Mosca-das-frutas → 7 semanas - 7ºC; 3 semanas - 4ºC e 2 semanas - 1ºC;
Umidade → Chuva (ação direta), umidade do solo e do ar;
- Animais – 70 a 90% de água no organismo;
- Insetos - produtos armazenados → 52,6% de água no organismo;
- Necessidade de água:
• Aquáticos → Vivem dentro da água – umidade = pressão osmótica;
• Higrófilos → Vivem em ambientes muito úmidos ou saturados;
• Mesófilos → Moderada necessidade de água;
→ Euriídricas → estações secas e chuvosas;
• Xerófilos → Ambientes secos – estenoídricas;
Influência ecológica da umidade
- Gradiente de umidade → 0 a 100% de umidade relativa;
- Zona seca; zona de umidade favorável e zona úmida;
- Insetos → movimentam ao longo de um gradiente de umidade;
→ evitar excessos e a falta de umidade;
Balanço hídrico
- Importante no estudo de insetos que vivem em contato com solo;
- São influenciados pela disponibilidade de água no solo;
- Explicar a razão da flutuação populacional de uma praga;
Luz → Fonte de energia;
- Fator limitante e regulador de atividades;
- Favorável ou desfavorável em qualquer faixa → dependente da espécie;
- Ação sobre os insetos
• Fotoperíodo → Elemento ambiental – regula suas atividades;
→ Invariável numa mesma localidade e estação do ano;
→ Afeta os ritmos biológicos;
• Comprimento de onda → Luz visível – violeta ao vermelho;
→ Infravermelho – comunicação dos insetos;
→ Ultravioleta – ação letal entre 200-300mµ;
- Comportamento dos insetos em relação a luz
• Inteligência → Capacidade de conhecer, entender, aprender e acumular informações gerais;
• Instinto → Hábito inerente ao indivíduo;
• Tropismo ou tactismo → reação a um estímulo qualquer;
→ Importante na distribuição dos indivíduos de uma população;
→ Estímulos externos → fatores ambientais;
→ Estímulos internos → hormônios;
→ Estímulos positivos - atraentes ou negativos - repelentes;
Principais tropismos
- Fototropismo → Reação a luz;
→ Fototrópicos positivos – mariposas, abelhas;
→ Fototrópicos negativos – baratas;
- Geotropismo → Reação a gravidade;
→ Geotrópicos positivos – cupins, besouros;
→ Geotrópicos negativos – moscas, cigarrinhas;
- Fonotropismo → Reação ao som;
→ Homem – 0,02 – 20 khz;
→ Insetos – até 150 khz; ultra-som > 20 khz;
→ Fonotrópicos positivos – cigarras, grilos;
→ Fonotrópicos negativos – maioria insetos;
→ Ultra-sons 25 – 60 khz → repelentes;
- Quimiotropismo → Reação a substâncias químicas pelo olfato;
→ Quimiotrópicos positivos – atraentes;
→ Quimiotrópicos negativos – repelentes;
→ Atraentes - Alimentação, sexual, direcional;
- Tigmotropismo → Reação de contato;
→ Tigmotrópicos positivos - defesa;
Alimento → Influi diretamente na distribuição e abundância;
- Afeta processos biológicos, morfológicos e comportamentais;
- Distribuição → específicos - distribuição limitada;
→ inespecíficos – ampla expansão geográfica;
- Abundância → dependente do maior ou menor suprimento alimentar;
- Implantação da agricultura → abundante fonte alimentar - insetos;
Hábitos alimentares dos insetos
- Atróficos → Não se alimentam – Ephemeroptera, algumas moscas;
- Monófagos → Somente uma espécie animal ou vegetal - broca-do-café;
- Polífagos ou oligófagos → Duas ou mais espécies - gafanhotos;
- Pantófagos ou onívoros → Qualquer tipo de alimento - baratas;
Tipo de alimentação - Fitófagos → Alimentos de origem vegetal
• Xilófagos → Lenho – galerias. Ex. cupins;
• Fleófagos → Madeira (entre casca e lenho). Ex. brocas;
• Carpófagos → Frutas. Ex. algumas moscas;
• Sitófagos → Sementes. Ex. carunchos;
• Polinífagos → Pólen. Ex. abelhas;
• Rizófagos → Raízes. Ex. cupins;
• Melífagos → Mel. Ex. larvas abelhas;
• Filófagos → Folhas. Ex. lagartas;
• Fungívoros → Fungos. Ex. saúvas;
• Succívoros → Seiva. Ex. pulgões;
• Cletrófagos → Produtos armazenados. Ex. carunchos;
- Zoófagos → Alimentos de origem animal;
- Necrófagos → Material morto de origem animal o vegetal. Ex. besouros;
- Saprógrafos → Material em decomposição animal ou vegetal. Besouros;
Sinecologia - Estudo ecológico das populações, comunidades e ecossistemas;
População
- Grupo de indivíduos da mesma espécie que vivem na mesma área;
Levantamento de populações
- Determinar densidades, flutuações e migrações de insetos;
- Vários métodos utilizados para levantamentos:
Dinâmica de populações
- Distribuição e abundância dos insetos - dependente fatores ambientais;
- Fatores favoráveis > fatores desfavoráveis → população aumenta;
- Tamanho populacional é dependente:
• Densidade populacional (DP)
- Relação do número de indivíduos na área e sua unidade espacial;
- Cálculo da DP → amostras da população - métodos levantamento;
- Marcação e recaptura:
1) Marcado e soltos - distribuem uniformemente na população;
2) Marcados - mesma chance de recaptura que não marcados;
D = densidade da população
N = no total de indivíduos capturados
M = no de ind. marcados e soltos
R = no de ind. marcados recapturados
• Potencial biótico
- Capacidade inerente do indivíduo se reproduzir e sobreviver;
- Dependência do potencial de reprodução e resistência do ambiente
Pb = Pr - Ra
- Potencial de reprodução → velocidade na qual ind. se reproduz;
- Depende da ração sexual (rs), número de descendentes (d) e número de gerações (n);
Pr = (rs x d)n
- Razão sexual (rs) → razão entre número de fêmeas e a soma do número de fêmeas e machos;
- Resistência do ambiente (Ra) → conjunto de fatores físicos e biológicos que atuam contra o
crescimento populacional do inseto;
→ Representa no de indivíduos mortos no tempo determinado;
→ Indica a razão da mortalidade da espécie;
- Principais fatores determinantes da Ra → idade dos indivíduos; baixa vitalidade, acidentes,
condições físico-químicas do meio ambiente, inimigos naturais, falta de alimento, canibalismo;
- Laboratório - fatores controlados Ra = 0 → no max. decendentes;
• Movimentação dos membros de uma população;
- Responsável pelas mudanças numéricas de uma população;
- Migração → Movimento de insetos de um habitat para outro;
- Dispersão → Movimentação dentro de um mesmo habitat;
- Formas de crescimento populacional
Comunidade - Agrupamentos naturais de populações de diversas espécies, com capacidade de sobrevivência e sustentação
própria;
- Comunidade – organismo ocupa um local → habitat;
– desempenha uma função → nicho ecológico;
Cadeia alimentar - Formadas por sucessivas transformações de energia solar em alimento;
- Alimento → grupo de indivíduos → consumido → outro grupo;
- Diferentes graus da cadeia alimentar → níveis tróficos (4-5 níveis);
- Comunidades entrelaçamento das cadeias alimentares – teias alimentares
- Mesma posição na cadeia alimentar – mesmo nível trófico;
Biocenoses - Associações biológicas estabelecidas organismo mesma comunidade;
• Agregação → Associação de uma espécie individualista;
→ Cada indivíduo trabalha por si mesmo;
→ Gafanhotos, lagartas;
• Sociedade → Associação espécie - individualismo desaparece;
→ Cada membro → unidade de um todo;
→ Sacrifícios em benefício da coletividade;
→ Abelhas, formigas, cupins;
• Simbiose → Interação 2 espécies diferentes mesma comunidade;
→ Tipos de interação:
1) Neutralismo - Não há interferência entre as espécies;
- Espécies diferentes de lagartas – planta;
2) Competição - 2 espécies competem pelo mesmo nicho;
- 1 espécie elimina a outra;
- besouros em produtos armazenados;
3) Mutualismo - 2 espécies se associam e ambas são beneficiadas;
- Associação obrigatória → simbionte;
- Saúva + fungo, cupim + protozoários;
4) Protocooperação - 2 espécies associadas, ambas beneficiadas;
- Associação não obrigatória;
- Formigas + pulgões;
5) Comensalismo - 2 espécies associadas, apenas 1 beneficiada;
- Alimentar → besouros em lixeiras de saúvas;
- Locomotor (foresia) → mosca-do-berne + mosca;
6) Predatismo - 1 espécie beneficiada e outra prejudicada;
- Sempre leva a morte da espécie prejudicada;
- Louva-a-deus, libélula, alguns besouros;
7) Parasitismo - 1 espécie beneficiada e outra prejudicada;
- Espécie prejudicada geralmente não morre;
- Hospedeiro fonte de energia para simbionte;
- Cochonilhas + plantas;
Efeito sobre a população Sem interação Com interação Tipos de Interação A B A B
Resultado da Interação
Neutralismo (A e B independentes) 0 0 0 0 1 população não afeta a outra
Competição (A e B competidores) 0 0 - - 1 população elimina a outra
Mutualismo (A e B mutualistas) - - + + Interação obrigatória ambos
Protocooperação (A e B cooperadores) 0 0 + + Interação favorável, mas não
obrigatória
Comensalismo (A comensal e B hosp.) - 0 + 0 Obrigatório para A e B não é afetado
Parasitismo (A parasita e B presa) - 0 + - Obrigatório para A e B é afetado,
mas não é morto
Predatismo (A predador e B presa) - 0 + - Obrigatório para A e B é morto
Proteção contra inimigos - Insetos apresentam uma série de adaptações → predadores;
- Principais adaptações:
- Camuflagem → Inseto se confunde com o meio onde vive;
Homotipia (forma) - Assemelha-se a forma do substrato;
- Bicho-pau, algumas lagartas;
• Homocromia (cor) - Mesma coloração do substrato;
- Mariposas, alguns besouros;
- Mimetismo → Insetos assemelham-se a outros insetos ou animais;
Mimetismo Batesiano - Proposto por Bates, 1862;
- Relação entre modelo - mímico;
- Modelo possui defesas → químicas (impalatável) ou predadores
- Mímico imita modelo → evitado possíveis predadores;
• Mimetismo Mülleriano - Proposto por Müller;
- Similaridade na aparência entre duas ou mais espécies;
- Todas espécies são impalatáveis (defesas químicas);
Regiões biogeográficas - Regiões do globo divididas com relação a distribuição apresentada pelos animais e plantas;
- Com relação aos animais → regiões zoogeográficas;
- Delimitar uma região zoogeográfica → 95% da fauna deve ser nativa;
Ecossistema - Unidade básica funcional da ecologia;
- Constituída pela associação das comunidades bióticas + meio ambiente;
- Comunidade biótica → conjunto de fauna + flora + microrganismos;
- Litosfera + hidrosfera + atmosfera → Biosfera;
- Biosfera → vários ecossistemas – biomas (unidades comunitárias);
- Bioma → caracterizado por uma comunidade clímax;
→ campo ou pradaria – vegetação clímax → capim;
-Principais ecossistemas da Terra:
Mares;
• Rios;
Desertos;
• Campos (pradarias, campinas, savanas, cerrados);
Florestas (tropicais, temperadas, decíduas, coníferas);
Métodos de controle de pragas
Métodos legislativos
- Não são propriamente métodos - conjunto de leis e portarias;
- Objetivo → reduzir possibilidade de introdução de pragas;
→ estabelecer medidas de controle pragas de grande importância
Divididos em várias modalidades:
Serviço quarentenário - Objetivo evitar entrada de pragas exóticas e impedir sua disseminação;
- Brasil - Serviço de Defesa Sanitária Vegetal do Ministério da Agricultura
- Inspeção e fiscalização de produtos que entram e saem do país ou são transportados entre estados;
- Inspecionados → aeroportos, portos e fronteiras;
→ Impedir entrada de vegetais ou produtos infestados;
- Atua também nas exportações e importações → produtos atacados pragas
- Barreiras alfandegárias → impedem importação de determinada planta hospedeira de uma praga que não
ocorra em seu território;
- Brasil não exporta frutas in natura - EUA e Japão → mosca-das-frutas;
- Exporta melões cultivados no semi-árido (RN) → livre mosca-das-frutas;
- Distribuição geográfica praga → fator decisivo exportação/importação;
Conceito de praga do ponto de vista quarentenário - Qualquer espécie, raça ou biótipo de vegetais, animais ou agentes patogênicos nocivos para os vegetais ou
produtos vegetais;
• Praga quarentenária A1 → Importância econômica potencial;
→ Ainda não se encontra presente;
Praga quarentenária A2 → Importância econômica potencial;
→ Amplamente disseminada e oficialmente controlada;
• Praga quarentenária regional A2 → Importância econômica;
→ Disseminação localizada e submetida a controle oficial por um ou mais países da região;
- Países normas próprias para legislar sobre ações as pragas quarentenárias
- Tomar medidas conjuntas sobre pragas quarentenárias;
- Comitê de Sanidade Vegetal do Cone Sul (Cosave) → Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai;
Tratamentos quarentenários: Fumigação
- Aplicação de produtos químicos de ação inseticida;
Tratamento a frio
- Emprego de câmara com temperaturas baixas;
- Frutas permanecem por certo período dependendo da praga;
- Mosca-mexicana (Anastrepha ludens)
Pêssego → 0,55ºC – 18 dias; Uva → 1,66ºC - 22 dias;
Tratamento a quente
- Emprego de vapor d’água ou hidrotermia;
- Vapor d’água → temperatura ↑ gradativamente - centro fruta 43,3ºC -8 h
→ temperatura de 43,3ºC mantida por 6 horas;
- Hidrotermia → Fruto submergido em água de 65 a 90 minutos;
→ temperatura mantida em 46,1ºC;
Irradiação
- Emprego de raios gama de Cobalto (60Co) ou Césio (137Cs) ou raios de elétron com energia de radiação de até
10 MeV;
- Controlar infestação pragas → melhora qualidade e ↑ conservação frutos;
→ retardamento amadurecimento e redução contaminação microbiana;
Medidas obrigatórias de controle - Medidas estabelecidas por leis → produtores são obrigados a cumprir;
- Cultura do algodão → Até 15 de julho obrigado destruir restos da cultura
→ Prevenção contra ataque broca e lagarta rosada;
Métodos mecânicos
- Medidas utilizadas em casos específicos;
Catação manual → Utilizado em agricultura de subsistência;
- Coleta manual de ovos, larvas, ninfas e adultos facilmente visíveis;
Técnica da batida → Utilizado principalmente em fruteiras;
- Batidas sucessivas no tronco - panos sob árvore coleta dos insetos caídos
Barreiras → Prática que impeça ou dificulte acesso inseto a planta;
- Sulcos ou valetas → contra ataque gafanhotos e curuquerê dos capinzais
- Cone invertido → contra o ataque de formigas saúvas;
Fragmentação de despojos → Controlar pragas que permanecem no interior de hastes ou colmos de plantas na
forma de larvas ou pupas;
- Fragmentar os despojos culturais → mecanicamente ou fogo;
Métodos culturais
- Emprego de práticas culturais para controle baseado em conhecimentos ecológicos e biológicos das pragas;
Modificações do meio físico 1) Aração do solo → Destruir larvas e pupas que se desenvolvem no solo;
- Ressecamento camada superficial do solo; enterro das pragas;
- Acarretar ferimentos; expor aos raios solares e inimigos naturais;
2) Rolagem → Compactação do solo - passagem cilindro pesado;
- Pragas deslocam superfície → expostas aos raios solares e predadores;
3) Manejo de nutrientes do solo (Fertilizantes e matéria orgânica)
- Nutrientes na planta e no solo sobrevivência e proliferação das pragas;
- Excesso de nitrogênio ↑ população de pragas sugadoras – pulgões, tripes;
4) Manejo de água → Irrigação aspersão - ↑ mortalidade pragas pequenas
- ↑ teor de umidade do ar na cultura - ↑ mortalidade pragas → fungos;
- ↑ água plantas - ↓ concentração de aminoácidos seiva → ↓ sugadores;
5) Uso de cobertura morta → Casca de arroz ou palha;
- Dificulta a localização do hospedeiro por certas pragas → alguns pulgões;
Modificações do habitat 1) Espaçamento e densidade de plantio
- Aumento da densidade de plantio – compensar mortalidade por pragas;
- Espaçamento + adensado - ↑ umidade do microclima da cultura;
↑ mortalidade pragas → fungos;
2) Consorciação e manutenção de plantas invasoras
- Plantio de culturas em consorcio e manutenção de plantas invasoras;
- ↑ diversidade hospedeiros nos agroecosistemas - ↓ pragas especialistas;
- Pragas especialistas → dificuldade de localizar planta hospedeira;
→ ação de predadores e parasitóides;
3) Rotação de culturas → Método de controle - pragas específicas;
- Plantio alternado, em anos sucessivos, de plantas de diferentes espécies;
- Soja-trigo; milho-feijão;
4) Cultura armadilha ou cultura isca → Método de controle
- Uso de culturas atrativas a praga → defensivo agrícola doses elevadas;
- Cultura atacada pela praga → destruída;
5) Modificação da atmosfera→ Controle pragas de armazenagem;
- Silos e outros locais de armazenagem → modificar composição gases;
- Atmosferas ricas em CO2 e N2 → afeta a sobrevivência pragas;
Dessincronização entre cultura e ciclo vital da praga 1) Profundidade de plantio
- Afeta velocidade de germinação de sementes e vigor das plantas;
- Interfere no tempo em que a cultura permanece nos estágios iniciais;
- Estágios iniciais → mais suscetíveis ataque de pragas;
2) Época de plantio
- Dessincronização entre época de suscetibilidade da cultura e ocorrência de condições climáticas favoráveis a
praga;
- Plantio em época única e antecipada → diminui população inicial pragas;
3) Plantio de variedades precoses
- Menor tempo de permanência da cultura no campo;
- ↓ tempo de exposição das plantas as pragas → ↓ danos causados;
4) Época de colheita
- Colheita → maturidade fisiológica dos frutos ou sementes;
- ↓ tempo de exposição frutos ou sementes as pragas → mosca-das-frutas
Adoção de medidas de sanidade 1) Uso de sementes ou proágulos livres de pragas
- Controle de pragas disseminadas através de sementes;
- Lagarta rosada do algodoeiro (Pectinophora gossypiella);
2) Catação de frutos caídos
- ↓ focos de futuras infestações de pragas que vive dentro de frutos;
- Acondicionar frutos em valas com telados finos;
- Permite entrada de parasitóides – impeça saída das pragas;
3) Poda
- Controle de larvas broqueadoras de caules → citros;
- Galhos podados ou broqueados → queimados;
4) Destruição de restos de cultura
- Possibilita destruição de pragas que sobrevivem em restos de culturas;
- Bicudo do algodoeiro, lagarta rosada e broca da raiz → algodão;
Métodos de controle por comportamento
- Métodos que se baseiam nos estudos de fisiologia de insetos;
- Principais vantagens:
• Sem riscos de intoxicação → homem e animais domésticos;
• Sem resíduos tóxicos;
• Não causam desequilíbrios ecológicos;
- Comportamentos → atração, repelência, estimulação ou inibição;
→ mediados por substâncias químicas - semioquímicos;
Semioquímicos - Sinais químicos utilizados pelos insetos → respostas comportamentais;
- Localização de presas, defesa, agressividade, seleção de plantas, escolha de locais de oviposição, corte e
acasalamento e etc.
Aleloquímicos → Envolvidos na comunicação interespecífica;
• Cairomônios → Substâncias que favorecem o receptor;
→ Ovos emitem substâncias - parasitóides;
• Alomônios → Substâncias que favorecem o emissor;
→ Plantas produzem substâncias repelentes - insetos;
• Sinomônios → Substâncias produzidas por uma espécie e recebidas por outra → ambos beneficiados;
→ Plantas atacadas liberam substâncias atraentes - inimigos naturais
• Apneumônios → Proveniente alimento não vivo favorece receptor;
Feromônios → Envolvidos na comunicação intra-específica;
- Secretados e liberados externamente → causam série de reações – tipo;
• Agregação → Manutenção das sociedades de insetos - abelhas;
→ Colonização de novos habitas e agregação antes acasalamento;
• Alarme → Sinalizar perigo ou ameaça desencadeando:
→ fuga - pulgões ou agressão - formigas, abelhas e vespas;
• Trilha → Sinalizar caminho a ser percorrido - formigas e cupins;
• Território → Relacionado a área de ocupação do inseto - repelente;
→ Área sobrevivência - formigas, antiagregação - mosca-da-fruta
• Sexual → Atração do sexo oposto - fêmeas → machos;
→ Pequenas quantidades e percebidos a grandes distâncias;
→ Sintetizados - utilizados em técnicas de controle de pragas;
→ Atualmente - conhecidos 2.000 feromônios sexuais;
Utilização de aleloquímicos no controle de pragas - Principais substâncias sintetizadas e utilizadas – atraentes e repelentes;
Atraentes
- Substâncias químicas em plantas hospedeiras → atração sobre insetos;
- Atraentes de alimentação e atraentes de oviposição;
- Atraentes de oviposição → fase experimental;
- Atraentes de alimentação → utilizados na prática agrícola;
• Elementos nutritivos da planta;
• Elementos secundários - sem função conhecida sua fisiologia;
- terpenos, fenóis, alcalóides;
- Utilizados para controle de pragas de diferentes formas:
1) Iscas tóxicas para serem aspergidas nas plantas
Moscas-das-frutas → 5kg Melaço; 1L proteína hidrolisada ou 10L suco de frutas; 100L de água; 200 ml
inseticida malation 50%;
→ Aplicar 100-200 ml por planta a cada 10 dias;
2) Plantas-iscas tratadas com inseticidas
Banana → pedaços de pseudocaules tratados com carbofuran ou fensulfotion a base de 150 iscas/ha para
controle moleque-da-bananeira;
Cana-de-açúcar → pedaços de cana de 20cm tratados com mistura de 25g de carbaril 85% + 1L de água +
1L de melaço e distribuídos a base de 150-200 iscas/ha → controle gorgulhos;
Repelentes
- Substâncias químicas que provocam repelência sobre insetos;
- Repelentes são substâncias de baixo peso molecular → voláteis;
- Voláteis → afastam insetos da fonte produtora ou protegida;
- Conhecidos como aromáticas, essências ou óleos essenciais;
- Óleo de pinheiro (a e b-pineno) e óleo de eucalipto (eucaliptol);
- Moscas e mosquitos - importância médico-veterinária e pragas agrícolas;
- Pós de casca de laranjeira e de folhas de erva-de-santa-maria;
- Gorgulhos de grãos armazenados e carunchos em feijão armazenado;
Utilização de feromônios no manejo integrado de pragas - Utilizados principalmente feromônios sexuais;
1) Detecção de pragas → Verificação da presença de pragas;
2) Monitoramento → Se a população de uma praga atingiu NC;
→ Utilização de armadilhas;
3) Controle de pragas
• Cultura armadilha → Feromônio em faixas de cultura previamente - instaladas para atração da praga;
• Coleta massal → Coleta de indivíduos através de armadilhas;
• Confundimento → Saturação da área com feromônio sexual;
→ Utilizados feromônios sintéticos ↓ probabilidade de encontros;
• Feromônio + inseticida → Atração da praga fonte de feromônio;
→ tratada com inseticida → feromônio sexual + piretróides;
Método de controle físico
Processos gerais 1) Fogo → Uso restrito no controle de pragas;
→ Controle químico antieconômico ou complemento outros métodos;
→ Controlar nuvens de gafanhotos, cochonilhas em pastagens;
2) Drenagem → Empregada em regiões alagadas ou pantanosas;
→ Controlar pragas em cultura de arroz irrigado;
3) Inundação → Emprego do excesso de água controlar pragas;
→ Controlar pragas do arroz;
4) Temperatura → Emprego temperatura alta (+50ºC) ou baixa (-5ºC);
→ Matar ou paralisar atividade → pragas de produtos armazenados;
Processos de radiação eletromagnética - Método de controle bastante eficiente e promissor;
- Faixas do espectro utilizadas para controle dos insetos são:
- Radiação ultravioleta (UV), luminosa, infravermelho (IV) e sonora;
Insetos diurnos → sujeitos a ação de ondas curtas;
- Manifestação da radiação solar durante o dia por meio da cor substrato;
- Insetos detectam cores normais, IV e UV;
- Diferentes cores → atrativas ou repelentes para insetos;
→ Atrativas → Cor amarelo-ouro atrai mosca-branca do feijoeiro;
→ Repelentes → Pulgão repelido UV ao pousar numa superfície;
- Cobertura morta nos canteiros como superfície refletiva de UV;
Insetos noturnos → afetados por ondas longas;
1) Infravermelho → Radiação de onda longa emitida durante noite na faixa do infravermelho distante;
- Insetos capazes de detectar essa radiação na faixa de 8 a 14 m;
- Olhos compostos → radiação infravermelha inespecífica;
- Antenas → radiação infravermelha específica;
- Durante a noite insetos se orientam pela emissão do infravermelho;
- Pragas → aproximar cultura e selecionar melhor hospedeiro escuro
2) Luz visível → Afeta desenvolvimento inseto por meio fotoperíodo;
- Afeta comportamento por meio do comprimento de onda;
- Podem ser atraídos ou repelidos a uma fonte luminosa;
- Respondem positivamente luz ultravioleta (UV) e verde;
Armadilhas luminosas - aparelhos atrair e capturar insetos de vôo noturno e fototrópicos positivos;
- Lâmpadas fluorescentes ou de mercúrio de luz mista;
- Emitem maior energia na faixa do UV → atração de insetos;
- Brasil → levantamentos populacionais, coletas e controle pragas;
3) Som → Ondas sonoras só caminham com vibração de partículas;
- Apresenta diferentes faixas de freqüência;
- Homem → 0,02 – 20 khz;
- Insetos → até 150 khz;
- Ultra-som > 20 khz;
Emprego do som como forma de controle: • Aquecimento e ressonância
- Provocado pela intensa energia empregada;
- Causa morte pelo aquecimento e ressonância obtida;
- Restrita a ambientes confinados – alto custo da operação;
- Preservação de alimentos em armazéns, tratamento de madeiras;
• Freqüências diversas → Atua com repelente ou atraente;
- Afeta comportamento insetos – não diretamente fatal a eles;
Atraente
- Simula som emitido por fêmeas em vôo – atração machos;
- Empregado controle de paquinhas e pernilongos;
Repelente
- Utilizado ultra-sons de 25 a 60 khz;
- Mesma freqüência que morcegos insetívoros → mariposas;
- Proteger cultura milho - alto-falantes emissão de ultra-sons;
- Raio de aplicação é pequeno para aplicação prática;
Método de resistência de plantas
- Emprego em culturas de plantas resistentes a insetos;
- Método ideal de controle:
• Manutenção das pragas em níveis inferiores ao NDE;
• Sem prejuízos ao meio ambiente;
• Sem ônus adicional ao produtor;
• Compatível com qualquer método de controle de pragas;
- Controle que não onera produção - empregado principalmente:
• Pragas bastante nocivas;
• Culturas de ciclo curto;
• Baixa renda líquida;
• Países subdesenvolvidos - Desenvolvidos → utilizam maior escala;
Resistência de plantas
- Capacidade de certas espécies ou variedades de produzir uma maior quantidade de produtos de boa qualidade
sob as mesmas condições de ataque de pragas;
• Resistência é relativa;
• Hereditária;
• Específica → resistente a uma praga e sujeita a outras;
• Influenciada por determinadas condições → solo e clima;
• Indivíduos resistentes ocorrem em populações naturais;
Planta resistente - Aquela que devido ao seu genótipo é capaz de evitar, tolerar ou se recuperar de danos causados por pragas.
Graus de resistência 1) Imunidade → Planta não sofre danos sob quaisquer condições;
→ Teórico – nenhum caso conhecido;
2) Alta resistência → Pequenos danos em relação ao dano médio sofrido pelas variedades em geral;
3) Resistência moderada → Danos um pouco menores que os demais;
4) Suscetibilidade → Dano semelhante dano médio demais variedades;
5) Alta suscetibilidade → Dano é bem maior que dano médio sofrido;
Pseudo-resistência - Plantas são menos danificadas que outras sem que sejam resistentes;
1) Escape → Planta não é atacada → acaso;
→ Pode ocorrer em baixa e alta infestação;
2) Evasão hospedeira ou assincronia fenológica
→ Maior suscetibilidade da planta coincide com época de baixa densidade populacional da praga;
3) Resistência induzida → Devido a condições especiais do ambiente;
→ Suprimidas - planta retorna condição suscetibilidade
→ Fertilidade do solo, irrigação, drenagem, etc
Tipos de resistência • Vertical → Uma espécie ou variedade resistente 1 espécie de praga;
• Horizontal → Uma espécie resistente - várias espécies de pragas;
Mecanismos de resistência - Planta pode apresentar todos os mecanismos de resistência pois os fatores genéticos que os condicionam
podem ser independentes;
1) Não preferência ou antixenose
→ Mecanismo pelo qual variedades resistentes são menos utilizadas para alimentação, oviposição ou
abrigo pelas pragas;
→ Estímulos de natureza química ou física – negativo pragas;
→ Presença de repelentes, supressores alimentares, etc;
2) Antibiose → Planta interfere na fisiologia ou metabolismo da praga;
→ Efeito mediante algum metabólito de efeito deletério;
→ Afeta ciclo de vida da praga:
• Mortalidade fase imatura ou prolongamento desenvolvimento;
• Redução de tamanho, peso, fertilidade, fecundidade e oviposição;
→Resistência pode ser causada por:
• Presença de substancias químicas - intoxicação das pragas ;
• Antimetabólitos - indisponíveis certos nutrientes essenciais;
- inibidores enzimáticos
• Enzimas que interferem nos processos de digestão ou na reprodução
• Impropriedade nutricional - deficiência nutrientes da planta-praga
3) Tolerância → Mecanismo pelo qual planta resistente é capaz de suportar ataque de pragas sem danos a
produção;
→ Tolera ataque – repor a perda e manter produção;
→ Associado controle biológico - não afeta população insetos
→ Desvantagem de não reduzir população de pragas;
4) Resistência aparente → Resistência não verdadeira - sem genética
→ Certas características ambientais favorecem a tolerância;
→ Resistência temporal - planta potencialmente suscetível;
Causas da resistência 1) Causas físicas → Radiação refletida plantas - cor substrato vegetal;
→ Afetam seleção hospedeira alimentação e oviposição;
→ Vermelho inibe oviposição pragas repolho e algodoeiro;
2) Causas químicas → Substâncias químicas que atuam no comportamento ou metabolismo da praga;
• Repelentes - praga se afasta da planta;
• Estimulantes de locomoção - Praga não se alimenta → sobre planta inicia ou acelera sua movimentação
• Supressantes - Inibe picada, mordida ou penetração inicial;
• Deterrentes - Impedem manutenção alimentação ou oviposição;
• Presença alomônios - Atuam negativamente metabolismo;
• Ausência cairomônios - atraente, arrestante, excitante e estimulantes;
• Ausência de nutrientes ou substâncias essenciais ao metabolismo;
3) Causas morfológicas → Dificultam colonização da planta - pragas;
→ Afetam locomoção, alimentação, ingestão, digestão e oviposição;
• Epiderme - espessura, dureza, textura, cerosidade e pilosidade;
- Maior espessura ou dureza – restringe alimentação;
- Textura (+ lisa ou rugosa) – afeta oviposição;
- Pilosidade – oviposição, alimentação, locomoção;
• Dimensão e formato das estruturas vegetais
- Órgãos vegetais maiores ou menores do que a média estão associados com menor ataque de pragas;
- Milhos com palha maior - ↓ danificados lagarta da espiga;
• Disposição das estruturas vegetais
- Compressão ou compactação de folhas e bainhas foliares;
- Torção de folhas e brácteas → inibição de oviposição;
Fatores que afetam a manifestação da resistência - Caráter genético – resistência influenciada por uma série de fatores;
- Influência positiva → aumenta a resistência;
- Influência negativa → diminui a resistência;
• Fatores da planta - Idade, parte atacada e condições fisiológicas;
• Fatores do inseto - Espécies, idade, fase desenvolvimento e tamanho da população;
• Fatores do ambiente - Temperatura, umidade, nutrientes e sais minerais do solo, época de plantio,
predação, parasitismo, etc.
- Estratégia → estabelecer mais de um fator de resistência;
→ natureza diversa – fator químico e um morfológico;
Vantagens e limitações do uso de resistência de plantas - Vantagem → ↑ de produção em razão da ↓ dano causado pela praga;
• Facilidade de utilização - não conhecimento adicional praga/planta;
• Sem custos adicionais;
• Harmonia com o ambiente;
• Persistência - atua permanentemente contra baixas populações praga
• Não interferência nas demais práticas culturais;
• Compatibilidade com demais métodos de controle;
- Limitações:
• Tempo prolongado para sua obtenção - dificuldade em associar características de resistência e
características agronômicas desejáveis;
• Limitação genética da planta - nem sempre tem diversidade genética para uso como fonte de
resistência;
• Ocorrência de biótipos;
• Características de resistência conflitantes - fatores de resistência a um inseto podem induzir
suscetibilidade a outros;
Métodos associados à resistência de plantas - Resistência de plantas tem como grande vantagem ser compatível com demais métodos de controle,
permitindo sua incorporação nos sistemas de manejo de pragas;
Resistência de plantas e manejo de pragas
- Permite utilização de plantas resistência moderada desde que associada a outros métodos, como:
Antecipação da época de plantio;
Plantas-iscas;
Armadilhas com substâncias atrativas;
• Inseticidas seletivos em subdosagens e/ou aplicações mais espaçadas;
Parasitóides, predadores e patógenos;
Destruição de restos de cultura;
- Plantas de resistência moderada → não eliminam população de pragas;
→ permite preservação dos inimigos naturais → manutenção da população abaixo do NDE;
Resistência de plantas e controle biológico
- Vantagens - Cada método provoca mortalidade independentemente;
- Efeitos de interação → aumentando a eficiência do controle;
Influência da planta sobre inimigo natural → atratividade;
→ Respondem primeiro estímulos da planta depois insetos;
• Influência da planta sobre a praga → efeitos negativos;
→ comportamento, vigor e tamanho;
Resistência de plantas e controle químico
- Associação entre resistência de plantas e inseticidas;
- Interação → aplicação inseticida e/ou quantidade aplicada diminui;
Ação independente e aditiva dos métodos;
Planta resistente características morfológicas → inseticida;
Ação da planta sobre insetos → inseto mais suscetível inseticida;
Plantas transgênicas - Transferência de genes exógenos para plantas cultivadas com advento da Engenharia genética;
- Antes engenharia genética - conj. genéticos primários e secundários de espécies cultivadas → melhoramentos
genéticos;
- Transferência de parte do genoma → hibridização;
- Problemas genéticos e tempo para transferência característica desejada;
- Atualmente - introdução genes isolados em tempo relativamente curto;
- Expressão de genes exógenos nas plantas transgênicas:
• Aumentar funções já existentes;
Criar novas características;
- Plantas com novos genes resistência a insetos
- Proteínas inseticidas (bactérias), inibidores de proteases e alfa-amilases;
Plantas inseticidas - Utilizadas, principalmente, em países tropicais → inseticidas sintéticos;
- Inseticidas sintéticos → mais eficientes e baratos;
- Atualmente ressurgimento dos estudos dos inseticidas botânicos;
- Necessidade de novos compostos para controle de pragas sem:
Contaminação ambiental;
Efeitos prejudiciais sobre organismos benéficos;
• Aparecimento de pragas resistentes;
- Características presentes nos inseticidas vegetais;
- Objetivos de novas pesquisas com plantas inseticidas:
Descoberta de moléculas atividade inseticida → sintetizado;
Obtenção de produtos naturais para uso direto no controle pragas;
Preparo dos derivados vegetais - Produtos naturais → pós secos, óleos e extratos aquosos;
- Obtidos → imediatamente utilizados no controle de pragas;
- Pós secos
Secagem material → ao sol ou em estufa;
• Material moído até atingir granulometria desejada;
- Óleos
Material pode ser fresco ou seco ao sol;
Prensado ou moído para extração dos óleos → frutos ou sementes;
- Extratos aquosos → mais demorado
Secagem, moagem, imersão em água, homogeneização, extração e filtração;
- Pós e extratos aquosos, por serem de fácil obtenção e aplicação, constituem a melhor opção para agricultor de
baixa renda;
- Avaliação da bioatividade dos produtos vegetais
• Mortalidade da praga nem sempre é o objetivo;
Pode tornar técnica inviável → elevada demanda de matéria prima;
Reduzir/impedir oviposição e alimentação → crescimento populacional;