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    PROCESSOS E TCNICAS

    CONSTRUTIVAS IIAula 10

    Prof. Silvio Fernandese-mail: [email protected]

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    PROCESSOS E TCNICAS

    CONSTRUTIVAS IIAula 09

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    CONCRETAGEM

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    INTRODUO

    A concretagem a fase final de um processo deelaborao de elementos de infraestrutura esuperestrutura, e em geral a mais importante. Aconcretagem somente pode ser liberada para execuodepois de verificado se as frmas esto consolidadas elimpas, se as armaduras esto corretamente dispostas e

    se as instalaes embutidas esto devidamenteposicionadas.

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    Liberao da concretagem

    Para a liberao de uma concretagem necessrio estaratento para os pontos a seguir:

    Verificar se as estruturas concretadas anteriormente j se

    encontram consolidadas e escoradas o suficiente paraesse novo carregamento;

    Dependendo do tipo de concreto (usinado ou feito nocanteiro), verificar as condies de acesso dos

    equipamentos (caminho-betoneira, carrinhos e jericas,bombas etc.)

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    Garantir a existncia de fontes de gua e de tomadas deenergia para ligao dos adensadores, rguas eiluminao, se for o caso;

    Estudar e promover condies para a movimentaoininterrupta das jericas, com caminhos diferentes para ire vir, se possvel;

    Garantir que os materiais para a elaborao de controle

    tecnolgico (moldes) estejam em perfeitas condies(limpos e preparados);

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    Verificar se os eixos das frmas foram conferidos, se estotravadas e escoradas e se os ps dos pilares foramfechados aps a limpeza;

    Conferir as armaduras, principalmente as negativas e seforam colocados os espaadores em quantidadesuficiente;

    Requisitar a presena de equipes de carpinteiros,

    armadores e eletricistas para estarem de prontidodurante a concretagem para eventuais servios de reparose reforos nas frmas, armaduras e instalaes;

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    Prever a possibilidade de interrupo da concretagem ea necessidade da criao de juntas frias;

    Conferir o nvel das mestras e dos gabaritos de rebaixo,das prumadas e aberturas, cuidando para que no hajadeslocamento dos ferros negativos pela passagem doscarrinhos e pessoas;

    Estabelecer um plano prvio de concretagem, os

    intervalos entre os caminhes e/ou betonadas ereprogramar em funo do ritmo;

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    Acercar-se das condies de segurana interna eexternamente obra, verificando as protees detaludes, valas, trnsito de veculos prximos, vizinhos etranseuntes (aplicar as recomendaes da NR-18);

    Planejar e acompanhar a seqncia de concretagemanotando o local onde foram lanados o material decada caminho e terminar a concretagem sempre na

    caixa da escada ou no ponto de sada da laje.

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    Solicitao de concreto usinado

    Para a escolha do fornecedor de concreto dosado emcentral, alm dos critrios comerciais para a seleo(preo, prazo de pagamento, entrega, credibilidade etc.)

    deve-se verificar se o fornecedor est atendendo sprescries das normas tcnicas pertinentes e serecolhem junto ao CREA as devidas anotaes deresponsabilidade tcnica pelo servio executado (ARTda concreteira).

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    Definidos os lotes de concreto, em funo do tipo deestrutura, solicitao (compresso ou flexo) equantidade (NBR 12655 Preparo, controle erecebimento de concreto procedimento), o

    contratante deve exigir que na nota fiscal venhamregistradas as seguintes informaes:

    Especificao do concreto (tipo de cimento, trao. teor

    de argamassa etc.); Resistncias caractersticas (no mnimo aos 28 dias);

    Mdulo de elasticidade;

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    Consistncia; Dimenso mxima do agregado grado;

    Consumo mnimo de cimento;

    Fator gua-cimento; Aditivos;

    Volume;

    Preo unitrio e total; Horrio da sada do caminho da central.

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    Concreto misturado manualmente O concreto misturado manualmente exige um grande

    esforo da mo-de-obra e indicado para pequenasobras e servios. Deve-se estar ciente de que o concreto

    resultante de qualidade apenas razovel, sem garantiada resistncia conseguida em concretos preparadosmecanicamente. Escolher uma superfcie resistente(livre de partes soltas), plana, limpa e impermevel para

    efetuar a mistura ou utilizar a caixa de argamassadevidamente livre de outros materiais.

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    Os materiais secos devem ser misturados at seconseguir a homogeneidade de cor. A mistura manual,preferencialmente para um saco de cimento, deveobedecer seqncia abaixo:

    Espalhar a areia sobre a superfcie (caixa) formandouma camada de 15 cm;

    Espalhar o cimento sobre a camada de areia;

    Misturar a areia e o cimento at conseguir uma misturahomognea;

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    formar uma camada de mais ou menos 15 cm; espalhar a pedra sobre a camada e misture tudo;

    depois de bem misturado, formar um monte com um

    buraco no meio (boca de um vulco); despejar a gua aos poucos e misturar vigorosamente

    at obter a consistncia desejada (depois de colocada agua, continuar misturando, pois o concreto ficar mais

    mole).

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    Concreto misturado em betoneira

    O trabalho com betoneira simplifica o processo deelaborao do concreto, obtendo-se um material demelhor qualidade do que o obtido na mistura manual. Otempo de carregamento dos materiais deve ser omnimo possvel (um minuto) e o tempo de misturadeve ser de 3 minutos, no mnimo. A mistura com

    betoneira deve obedecer seqncia abaixo:

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    Para betoneiras com carregamento direto (mistura paraum saco de cimento), com a betoneira girando:

    Adicionar a gua;

    Agregado grado (brita); Cimento;

    Areia;

    Para betoneiras com carregamento por caambas egua (aditivos) adicionada concomitantemente (meio ameio):

    Adicionar metade do agregado grado;

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    Areia; Cimento;

    Restante da brita.

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    Fotos

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    Concreto dosado em central O concreto usinado obtido em centrais dosadoras,

    geralmente chamadas de concreteiras. So instalaespreparadas para a produo em escala, constitudas desilos armazenadores, balanas, correias transportadorase equipamentos de controle. Na maioria dos casos, paraas obras urbanas, a mistura feita no prprio

    caminho, durante o trajeto entre a central de concretoe a obra. Nas obras de grande porte, como barragens eestradas, as

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    Centrais podem fazer a mistura e o material transportado por gruas e caambas. Dentre asvantagens do uso de concreto pronto (usinado) pode-sedestacar:

    Economia de materiais, menor perda de areia, brita ecimento;

    Maior controle tecnolgico dos materiais, dosagem,

    resistncia e consistncia, com melhoria da qualidade; Racionalizao do nmero de ajudantes na obra, com a

    conseqente reduo dos encargos trabalhistas;

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    Melhor produtividade da equipe; Reduo no controle de suprimentos e

    eliminao de reas de estoque no canteiro;

    Reduo do custo da obra.

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    RECEBIMENTO DO CONCRETO USINADO

    Acessos e espaos de manobras

    O trajeto a ser percorrido pelo caminho-betoneiradeve ser preparado, seja dentro do canteiro ou fora

    dele, para evitar atrasos e perda do concreto. Nas obrasurbanas, o acesso para o caminho-betoneira devepermitir manobras do caminho seguinte, de forma quea continuidade no seja prejudicada. Prever localprximo do canteiro para estacionar o caminho queestar esperando para descarregar.

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    necessrio sinalizar as manobras dos caminhes coma colocao de cones refletivos, fitas e luzes desinalizao, quando for o caso. Quando utilizar concretobombeado, prever os acessos e local de estacionamento

    para os caminhes e a bomba. O estacionamento paradois caminhes-betoneira, prximo bomba, a fim demanter o fluxo contnuo de bombeamento.

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    Ensaio de abatimento

    Antes da descarga do caminho necessrio fazer umaavaliao da quantidade de gua do concreto, verificando sea consistncia est de acordo com o que foi especificado nanota fiscal (pedido). A falta de gua torna o concreto menostrabalhvel, podendo criar ninhos de concretagem(bicheiras) e gua em excesso reduz a resistncia doconcreto. A consistncia avaliada pelo ensaio slump test,que tem como objetivos de determinar da trabalhabilidadee controlar a quantidade de gua adicionada no concretofresco, de acordo com os passos a seguir:

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    Coletar diretamente da calha do caminho uma amostrade aproximadamente 30 litros de concreto depois dedescarregado pelo menos 0,5 m3 (no retire a amostrade concreto j lanado na frma);

    Colocar a amostra em um carrinho e misturar paraassegurar a homogeneidade;

    Colocar o cone sobre a placa metlica (previamente

    molhados e tratados) nivelada, apoiando firmemente osps sobre as abas inferiores do cone;

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    Preencher o cone em 3 camadas iguais e aplicar umapiloamento de 25 golpes em cada camada em toda a seodo cone, adensando cuidadosamente com a haste sem queesta penetre na camada inferior;

    Retirar o excesso de material da ltima camada com argua, alisando a superfcie;

    Iar o cone verticalmente, com cuidado;

    Colocar a haste sobre o cone invertido ao lado da massaabatida, medindo a distncia entre o ponto mdio domaterial e a parte inferior da haste, expressando o resultadoem centmetros.

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    Slamp Test

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    Embora a amostra ideal seja aquela retirada do terceiro tero doconcreto ainda na betoneira, conveniente fazer um ensaio logona segunda descarga na calha para tomar as medidas de aceite ourejeio da carga. O valor do abatimento desejado deve estarexpresso na nota fiscal e deve ser verificado antes de seu

    lanamento. Caso o ensaio aponte estar o concreto comtrabalhabilidade acima do limite estabelecido a carga deve serrejeitada. No caso do abatimento ficar abaixo do limite pode-seadicionar gua ao concreto e em seguida, verificar novamente o

    abatimento. Se este ficar aumentado em at 2,5 cm e dentro dolimite mximo o concreto pode ser aceito.

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    Embora a amostra ideal seja aquela retirada do terceirotero do concreto ainda na betoneira, convenientefazer um ensaio logo na segunda descarga na calha paratomar as medidas de aceite ou rejeio da carga. O

    valor do abatimento desejado deve estar expresso nanota fiscal e deve ser verificado antes de seulanamento. Caso o ensaio aponte estar o concreto comtrabalhabilidade acima do limite estabelecido a cargadeve ser rejeitada. No caso do abatimento ficar abaixodo limite pode-se

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    adicionar gua ao concreto e em seguida, verificarnovamente o abatimento. Se este ficar aumentado emat 2,5 cm e dentro do limite mximo o concreto podeser aceito.

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    Ensaio de resistncia compresso

    A determinao da resistncia compresso doconcreto realizada em laboratrios especializados apartir de corpos-de-prova obtidos de amostrarepresentativa do material, conforme estabelece a NBR12655. Geralmente, os corpos-de-prova so moldadosem cilindros metlicos (moldes) de 150 mm de

    dimetro e 300 mm de altura, considerando osseguintes pontos:

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    Proceda ao acabamento da superfcie com uma rguametlica, retirando o excesso de material;

    Deixar o molde em repouso, em temperatura ambiente,

    por 24 horas; Envie ao laboratrio os corpos-de-prova, devidamente

    identificados.

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    A aceitao do concreto em obra feita em duas etapas,segundo a NBR 12655, a primeira consiste em verificar ascondies do concreto fresco na obra e para isso, emgeral, usa-se o slump test e demais propriedades para o

    concreto fresco; a segunda diz respeito s condies deaceite para o concreto endurecido e caracteriza aaceitao definitiva considerando todas as propriedadespara o concreto endurecido. A norma determina a

    confeco de 2 corpos-de-prova de uma mesma amassada(caminho-betoneira ou betonada) para cada idade derompimento e

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    Os lotes em funo de controle e solicitao a queestiver submetido o elemento estrutural. O controlepode ser estatstico por amostragem parcial e controletotal (no qual so elaborados corpos-de-prova para

    cada amassada ou caminho-betoneira). A condiobsica para aceitao definitiva, considerando o ensaiode resistncia compresso quando a tenso deruptura for maior que a tenso projetada.

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    Transporte Convencional

    O transporte do concreto do local de produo oudescarga na obra at o local de lanamento (frmas)pode ser feito, convencionalmente, com a utilizao dos

    seguintes equipamentos: Carrinhos e jericas o uso dos carrinhos e jericas

    implica no planejamento do caminho de percurso a fimde evitar contratempos provocados por esperas e pordanos nas armaduras. Alguns cuidados so essenciaispara sua durabilidade, tais como:

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    Devem ser mantidas sempre limpas, livres deargamassas endurecidas;

    Devem ser molhados antes do incio da concretagem;

    Ter os eixos engraxados semanalmente;

    No receber sobrecarga (peso acima do permitido);

    Guinchos alm da rigorosa manuteno doscomponentes do guincho (roldanas, eixos, cabos, torre,

    freio, trilhos etc.), os seguintes cuidados sonecessrios:

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    Travar os carrinhos e jericas na cabine do guincho; Proibir o transporte de pessoas no guincho (NR-18);

    A operao deve ser feita por pessoa habilitada;

    Prever corrente, cadeado e chave para impedir o usopor pessoa sem habilitao e/ou em horriosinadequados ou acionamento acidental.

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    Gruas e caambas

    a rea de atuao da grua deve serdelimitada e devidamente sinalizada, a fim de impedir acirculao de pessoas sob as cargas suspensas. Alm darigorosa manuteno por firma especializada (em geral,

    a prpria fornecedora da grua), os seguintes cuidadosoperacionais devem ser levados em conta:

    Manter limpa a caamba, livre de material endurecido

    (lavar sempre depois do uso);

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    Carregar sempre dentro do limite de carga estabelecido; Operar usando rdios comunicadores;

    Calhas e correias transportadoras so indicadas para

    obras de maior porte, com exigncia de fluxo contnuode concreto em grande quantidade.

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    Transporte por bombeamento

    O transporte feito por equipamento chamado bombaque empurra o concreto por meio de uma tubulaometlica, podendo vencer grandes alturas e/ou

    distncias horizontais. A grande vantagem da bomba acapacidade de transportar volumes maiores deconcreto em comparao com os sistemas usuais(carrinhos, jericas e caambas), podendo atingir de 35 a45 m3 por hora, enquanto que outros meios atingem de4 a 7 m3.

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    As outras vantagens so obtidas com a maiorprodutividade, menor gasto com mo-de-obra e menorenergia de vibrao (concreto mais plstico). Emconjunto com a bomba pode-se usar lanas (caminho-

    lana) que facilitam atingir todos os pontos deconcretagem. Os seguintes cuidados so importantes naoperao com bomba e lana:

    O dimetro interno da tubulao deve ser maior que otriplo do dimetro mximo do agregado grado;

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    Lubrificar a tubulao com nata de cimento, antes dautilizao;

    Reforar as curvas com escoras e travamento parasuportar o golpe de arete provocado pelobombeamento;

    Designar, no mnimo, dois operrios para segurar aextremidade do mangote de lanamento;

    Operar usando rdios comunicadores e controle remotoda lana;

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    Verificar se a movimentao da lana no provocadanos nas instalaes eltricas, telefnicas e vizinhas;

    Manter a continuidade da concretagem, com umcaminho sempre na espera.

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    LANAMENTO DO CONCRETO

    Nas obras de construo civil comum encarar aconcretagem como sendo a etapa final de um cicloconstitudo da execuo das frmas, armaduras,

    lanamento, adensamento e cura do concreto. Nosedifcios de mltiplos pavimentos a concretagem da lajeencerra uma etapa da programao.

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    Tendo em vista que a reparao de uma concretagemexecutada errada onerosa e muitas vezes escondedefeitos que iro aparecer somente algum tempodepois, extremamente importante a presena do

    engenheiro, mestre ou tcnico com experincia naetapa de lanamento do concreto. A AssociaoBrasileira das Empresas de Servios de Concretagem ABESC sugere considerar os seguintes cuidados na fasede concretagem:

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    Plano de lanamento (de concretagem)

    Dimensionar antecipadamente o volume do concreto(calculando direto das frmas), o incio e intervalos dascargas para manter o ritmo na entrega do concreto;

    Dimensionar a equipe envolvida nas operaes delanamento, adensamento e cura do concreto;

    Prever interrupes nos pontos de descontinuidade das

    frmas como: juntas de concretagem previstas eencontros de pilares, paredes com vigas ou lajes etc.;

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    Especificar a forma de lanamento: convencional oubombeado, com lana, caamba etc.;

    Providenciar os equipamentos e ferramentas como:

    Equipamento para transporte dentro da obra (carrinhos, jericas, dumper, bombas, esteiras, guinchos, guindaste,caamba etc.);

    Ferramentas diversas (enxadas, ps, desempenadeiras,

    ponteiros etc.); Tomadas de fora para os equipamentos eltricos.

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    Condies gerais durante o lanamento

    Fazer com que o concreto seja lanado logo aps obatimento, limitando em 2 horas e meia o tempo entre asada do caminho da concreteira e a aplicao na obra;

    Limitar em 1 hora o tempo de fim da mistura nocaminho e o lanamento, o mesmo valendo paraconcretagem sobre camada j adensada e se for o caso,utilizar retardadores de pega, nas obras com maiordificuldade no lanamento;

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    Lanar o mais prximo da sua posio final; Evitar o acmulo de concreto em determinados pontos

    da frma, distribuindo a massa sobre a frma;

    Lanar em camadas horizontais de 15 a 30 cm, a partirdas extremidades para o centro das frmas;

    Lanar nova camada antes do incio de pega da camadainferior;

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    Tomar cuidados especiais quando da concretagem comtemperatura ambiente inferior a 10C e superior a 35C;

    A altura de lanamento no deve ultrapassar 2,5 metrose, se for o caso, utilizar trombas, calhas, funis etc. para

    alturas de lanamento superiores a 2,5 metros;

    Limitar o transporte interno do concreto com carrinhosou jericas a 60 metros para evitar a segregao e perda

    de consistncia (utilizar carrinhos ou jericas compneus);

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    Preparar rampas e caminhos de acesso s frmas(prever antiderrapantes);

    Iniciar a concretagem pela parte mais distante do localde recebimento do concreto;

    Molhar abundantemente as frmas antes de iniciar olanamento do concreto;

    Eliminar e/ou isolar pontos de contaminao por barro,

    entulho e outros materiais indesejados;

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    Manter uma equipe de carpinteiros, armadores e eletricistas,sendo que um carpinteiro fique sob as frmas verificando opreenchimento com um martelo de borracha;

    Lanar nos ps dos pilares, antes do concreto, uma camada de

    argamassa com trao 1:3 (cimento e areia mdia); Interromper a concretagem no caso de chuva, protegendo o

    trecho j concretado com lonas plsticas;

    Dar especial ateno s armaduras negativas, verificando sua

    integridade; Providenciar pontos de iluminao no caso da concretagem se

    estender para a noite.

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    ADENSAMENTO DO CONCRETO

    O objetivo do adensamento do concreto lanado torn-lo mais compacto, retirando o ar do material, incorporadonas fases de mistura, transporte e lanamento. O

    adensamento exige certa energia mecnica. O processomais comum e simples o adensamento manual, indicadopara pequenos servios e/ou obras de pequeno porte. Nasobras onde se exige maior qualidade e responsabilidade

    necessrio promover o adensamento por meio deequipamentos de vibrao.

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    Em geral, so usados vibradores de imerso e desuperfcie para o acabamento (rguas vibratrias). Oconcreto deve ser adensado imediatamente aps seulanamento nas frmas, levando em conta que tanto a

    falta de vibrao como o excesso pode causar sriosproblemas para o concreto. Os seguintes cuidados soimportantes nesta fase da execuo do concreto:

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    Lanar o concreto em camadas de no mximo 50 cm (30cm o recomendvel) ou em camadas compatveis como comprimento do vibrador de imerso;

    Aplicar o vibrador sempre na vertical;

    Vibrar o maior nmero possvel de pontos da pea;

    Introduzir e retirar o vibrador lentamente, fazendo comque a cavidade deixada pela agulha se feche

    novamente;

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    Deixar o vibrador por 15 segundos, no mximo, nummesmo ponto (o excesso de vibrao causarsegregao do concreto);

    Fazer com que a agulha penetre 5 cm na camada j

    adensada;

    Evitar encostar o vibrador na armadura, pois issoacarretar problemas de aderncia entre a barra e o

    concreto; No aproximar muito a agulha das paredes da frma

    (mximo 10 cm), para evitar danos na madeira e evitarbolhas de ar;

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    Evitar desligar o vibrador ainda imerso no concreto; Adotar todos os cuidados de segurana indicados para o

    manuseio de equipamento eltrico.

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    CURA DO CONCRETO

    O concreto deve ser protegido durante o processo deendurecimento (ganho de resistncia) contra secagemrpida, mudanas bruscas de temperatura, excesso de

    gua, incidncia de raios solares, agentes qumicos,vibrao e choques. Deve-se evitar bater estacas,utilizar rompedores de concreto, furadeiras a arcomprimido prximo de estruturas recm concretadas,

    assim como, evitar o contato com gua em abundnciae qualquer outro material que

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    Possa prejudicar o processo de endurecimento e deaderncia na armadura. Para evitar uma secagem muitorpida do concreto e o conseqente aparecimento defissuras e reduo da resistncia em superfcies muito

    grandes, tais como lajes, necessrio iniciar a curamida do concreto to logo a superfcie esteja seca aotato. A seguir so listados alguns dos mtodos maiscomuns para a cura do concreto, que podem ser usados

    isoladamente ou em concomitantemente:

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    Molhar continuamente durante 7 dias (no mnimo 3 dias) asuperfcie concretada (pilares e vigas);

    Manter uma lmina de gua sobre a superfcie (lajes e pisos);

    Espalhar areia, serragem ou sacos (arroz, estopa, cimento etc.)

    sobre a superfcie e mant-los umedecidos (lajes e pisos); Manter as frmas sempre molhadas (pilares, vigas e escadas);

    Molhar e cobrir com lona;

    Utilizar produtos apropriados para cura de concreto (pelculaimpermevel).

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    PRAZOS PARA DESFRMA

    A desfrma do concreto deve ser planejada de modoa evitar o aparecimento de tenses nas peasconcretadas diferentes das que foram projetadaspara suportarem, como por exemplo, em vigas embalano ou marquises. Nas concretagens usuais, emque no foram utilizados cimentos de alta resistnciainicial os prazos so:

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    Elemento a ser desmoldado

    Prazo (dias)

    Concreto Armado comum Concreto Armado + Aditivos

    Faces laterais de vigas e pilares 3 -

    Faces inferiores de vigas e lajes, retiradade algumas escoras e encunhamentos 7 -

    Faces inferiores de vigas e pilares comdesmoldagem quase total e retirada de

    escoras esparsas 14 7

    Desmoldagem total 21 11

    Vigas e arcos com vo maior que 10 m 28 21

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    CORREO DE FALHAS NO CONCRETO

    As falhas ocorridas nas concretagens que aparecemdepois da desfrma, geralmente, mostra a falta decuidados durante a fase de lanamento, adensamento e

    cura. O pessoal da obra tende a querer esconder essasfalhas logo em seguida da desfrma, por achar que issosignifica um certo relaxo da mo-de-obra nas fasesanteriores. Entretanto, uma tentativa de conserto pode

    vir a causar grandes problemas no futuro, com ocomprometimento da segurana.

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    Por isso, conveniente estabelecer como normaestudar em conjunto com projetista estrutural e omestre-de-obra a melhor forma de resolver as falhasocorridas.

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    Correo de pequenas falhas

    So consideradas pequenas falhas de concretagem, asbicheiras mnimas, ou seja, aquelas em que no h oaparecimento da armadura. Nesse caso, o prprio

    pedreiro pode fazer o reparo com uma argamassa decimento e areia fina (3:1) com aditivo adesivo sinttico(sika-fix, Bianco) misturado na gua de amassamento naproporo de 1:2.

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    Correo de grandes falhas (bicheiras) So considerados grandes falhas de concretagem, os

    ninhos de concretagem (bicheiras), ou seja, aquelas emque h o aparecimento da armadura e/ou segregao

    do concreto. Nesses casos, recomendvel verificartodos os detalhes da falha, sua localizao, extenso eproximidade com outra falha de mesmo ou maior porte,para da ento, escolher o melhor tratamento para cada

    situao encontrada. Na maioria das vezes pode-seresolver o problema com

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    O uso de adesivos a base de epxi para solidificar umnovo concreto ou graute (grout). A seguir, soapresentadas algumas sugestes de correo de falhasmais comuns (bicheiras):

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    Remover todo o concreto solto (segregado), apicoardeixando os cantos arredondados e limpar a rea a sertratada;

    Promover a limpeza das armaduras, retirando a

    corroso e nata de concreto aderida; Aplicar um adesivo estrutural base de epxi na

    superfcie de concreto e nas armaduras (seguir asinstrues do fabricante);

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    Lanar o material escolhido (concreto ou graute)usando o mtodo de adensamento possvel (manual ouvibrao mecnica);

    Utilizar aditivos para evitar a retrao do material

    (expansor);

    Promover a cura adequada e o acabamento dasuperfcie.