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MORFOLOGIA DAS FLORES
Docente: Lorena de Souza Tavares
UNIVAG
Curso de Engenharia Ambiental
Cuiabá, 2012
Introdução
A classe das Angiospermae compreende aproximadamente 235.00 espécies conhecidas e divide-se nas subclasses Monocotiledôneas (Flores trímeras) e Dicotilêdoneas (tetra ou pentâmeras).
Registros da evolução da flor é baseado em comparativo das formas modernas, pois raramente eram encontradas em estado fóssil devido à sua fragilidade
Origem no período Cretáceo (125 milhões de anos) ≈ apareceu registro de pólen
A coloração das flores se deve a pigmentos como os carotenóides e flavonóides
FLOR
• Definição
Eixo com folhas modificadas que, em conjunto constituem o aparelho reprodutor sexual das plantas superiores.
Origem: das gemas terminais e laterais, localizadas nos nós dos caules e ramos.
Função: reprodução sexual
Flor
Folha modificada; Crescimento limitado; Estruturas reprodutivas: ◦ Gineceu (parte feminina); ◦ Androceu (parte masculina). Pétala - atrativo. Cada espécie evoluiu suas flores em tamanho, forma e
cor, para se adaptar aos seus determinados polinizadores.
• Importância:
– Na taxonomia
• elemento principal para a classificação das plantas;
– Para o homem
• usos na medicina
• na indústria
• na ornamentação
• Simples: quando cada gema origina uma única flor
• Composta: quando cada gema origina um ramo floral com diversas flores (inflorescência)
As flores podem classificar quanto a sua
organização, podendo ser simples ou composta.
Partes constituintes da flor - Pedúnculo: eixo de sustentação da flor (prende a flor ao caule ou nos ramos);
- Receptáculo floral: porção dilatada da parte superior do pedúnculo (prende os verticilos florais);
- Verticilos florais: Externos ou protetores Cálice – conj. de sépalas
Corola – conj. de pétalas
Internos ou reprodutores Androceu – conj. de estames
Gineceu – conj. de carpelos
- Brácteas: estrutura floral que pode ou não está presente.
Definição das partes externas e classificação quanto a soldadura
• Cálice: conjunto de sépalas, quase sempre verdes. Podem estar unidas (gamossépalo = cravo) ou separadas (dialissépalo = rosa, couve).
• Córola: conjunto de pétalas, parte mais colorida da flor; também podem estar unidas (gamopétala = campânulas) ou separadas (dialipétala = cravo e rosa).
Androceu: órgão masculino da flor, constitui uma ou + peças alongadas =>
os estames, formados pela antera e filete.
Gineceu: órgão feminino da flor, constitui-se de um ou + carpelos,
formados por estigma, estilete e ovário.
Classificação das flores
• Quanto à:
Semelhança entre cálice e corola;
Presença de cálice e corola;
Número de peças por verticilo floral;
Presença de verticilos reprodutores.
Semelhança entre cálice e corola
Quanto a cor:
• Perianto: sépalas e pétalas diferentes (K≠C)
• Perigônio: sépalas e pétalas (K=C) iguais na cor e no tamanho (chamadas tépalas)
Presença de cálice e corola
• Aclamídea: não apresenta nenhum dos verticilos protetores (pimenta-do-reino)
• Monoclamídea: apresenta somente o cálice (sépalas) ou corola (pétalas) (mamona)
• Diclamídea: apresenta ambos verticilos protetores (azaléia)
Quanto a expressão sexual, as flores podem ser:
• Flor hermafrodita: flor com gineceu e androceu
• Flor unissexual: podem ser unissexuadas masculinas (estaminadas) ou femininas (pistiladas)
• Plantas Monóicas: flores pistiladas e estaminadas no mesmo indivíduo (ex. meloeiro, milho, castanheiro, etc.)
• Plantas dióicas: indivíduos com flores estaminadas e indivíduos com flores pistiladas (ex. azevinho, kiwi)
Presença de Verticilos Reprodutores
Presença de Verticilos Reprodutores
A grande maioria da flores das
Angiospermas é hermafrodita, facilitando a
autofecundação. Mas a
autofecundação apresenta
desvantagem para as espécies, impedindo a
variabilidade de caracteres.
Portanto, a fecundação cruzada
gera mais diversidade
genética.
Diclinas ou unissexuadas
Para impedir a autofecundação, as flores possuem adaptações que impedem o processo, e facilitam a fecundação cruzada (entre flores de indivíduos diferentes), tais como:
Hercogamia = alturas diferentes da antera (androceu) e o estigma (gineceu).
Protandria = o androceu amadurece antes do gineceu.
Protaginia = gineceu amadurece antes do androceu.
De acordo com a posição do ovário as flores podem ser:
Hipogínicas: flores de ovário súpero em que o perianto e o androceu estão
inseridos inferiormente ao gineceu
Perigínicas: flores de ovário súpero, com as paredes do ovário livres e as
peças do perianto aderentes na base com os estames, formando um
hipanto.
Epigínicas: flores de ovário ínfero, com as paredes do ovário soldadas ao
hipanto, estando as peças do perianto, bem como os estames, inseridos
superiormente ao ovário (ex. flor da macieira).
* Hipanto: termo utilizado para designar um receptáculo floral tubuloso que
afasta os outros verticilos florais do ovário.
Por isso tem-se a necessidade de ter vários agentes polinizadores, com características diferenciadas para obter sucesso na fecundação.
• Após a fecundação da flor, as pétalas, os estames, o estigma e o estilete secam e
caem. O ovário e os óvulos se desenvolvem. O Ovário se transforma em fruto e os óvulos em
sementes.
• A parede do carpelo após a fecundação é subdividida em epicarpo, mesocarpo e
endocarpo.
As flores também podem classificar-se
• Quanto à soldadura dos verticilos florais
– Cíclica: as sépalas e/ou as pétalas são colocadas uma do lado da outra, formando uma cadeia fechada (Gamossépala e Gamopétala);
– Acíclica: quando as sépalas e/ou pétalas forem intercaladas, não fechando um círculo (Dialissépala e Dialipétala);
Quanto à simetria
• Actinomorfa ou radial (A): flor que apresenta vários planos de simetria passando pelo seu eixo (o mesmo que radiada e regular)
• Zigomórfica (B): flor que apresenta apenas um plano de simetria (o mesmo que bilateral)
• Assimétrica (C): flor que não apresenta eixo nem plano de simetria
Característica adicionais
• As sépalas podem ser do tipo:
– Persistente: quando permanecem até a formação do fruto (maracujá)
– Marcescente*: quando permanecem, porém murcha (goiaba)
– Acrescente: permanece, cresce e envolve o fruto
– Caduco*: quando as sépalas caem, podendo cair antes ou depois da ântese (momento de abertura da flor)
Enquanto, as pétalas são dos tipos representados por asterisco (*)
Racemo ou cacho: eixo simples alongado,
portando flores laterais pediceladas, subtendidas por
brácteas.
Corimbo: tipo especial de racemo, onde as flores
têm pedicelos muito desiguais e ficam todas num
mesmo plano.
Panícula: cacho composto (racemo ramificado: eixo
racemoso principal sustentando 2 a muitos eixos
racemosos laterais).
Umbela: eixo muito curto, com várias flores
pediceladas, inseridas praticamente no mesmo
Nível do eixo principal.
Capítulo: eixo muito curto, espessado e/ou achatado,
com flores sésseis densamente dispostas. Geralmente
existe um invólucro de brácteas estéreis protegendo a
periferia do capítulo.
Espiga: eixo simples alongado, portando flores laterais sésseis (sem pedicelo) na axila de brácteas.
Espádice: tipo especial de espiga com eixo muito espessado, com uma grande e vistosa bráctea protegendo a base. Típica de Araceae (família dos antúrios) e Palmae (família das palmeiras). c Sicônio: típico de Ficus (Moraceae), é uma inflorescência carnosa e côncava, com numerosas pequenas flores encerradas na concavidade.
Referências
• http://professores.unisanta.br/maramagenta/flor.asp
• http://www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/pdf-recursosdidaticos/morfvegetalorgaINFLORESCENCIA.pdf
• http://www.slideboom.com/presentations/104091/AULA-6-Infloresc%C3%AAncia