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Qumica 1 Geral
Aula 2 Evoluo do modelo atmico
Prof. Dr. Fernando C. Moraes
Agosto / 2014
tomo: o desenvolvimento de uma ideia.
O tomo a partcula que representa um determinado elemento
qumico.
O desenvolvimento da Qumica como cincia deu-se ao acatar e
desenvolver esse conceito e no trabalho de definir as propriedades
fsicas e qumicas dos mesmos.
Nas culturas grega e hindu (h mais de 2500 anos) pregava-se que
o universos era formado de quatro elementos fundamentais: fogo,
ar, terra e gua.
Etimologia da palavra tomo:
A = no tomo = diviso
tomo pelos gregos
450 a.C. Leucipo de Mileto: A matria pode se dividirem partculas cada vez menores at atingir uma
partcula fundamental, minscula e indivisvel.
400 a.C. Demcrito de Abdera: Denominaotomo para a menor partcula de matria.
Considerado o pai do atomismo grego.
tomo pelos gregos
350 a.C. Aristteles: A descontinuidade da matria: osquatro elementos fundamentais (a gua, o fogo, o ar e a
terra).
Aristteles rejeita o modelo de Demcrito
Apesar de errado, o conceitoaristotlico de matria, juntamente
com toda a sua filosofia, foi aceito
oficialmente durante mais de 2000
anos. Nesse perodo, apenas ao
alquimistas aceitavam a existncia
de elementos bsicos.
O Modelo de Demcrito permaneceu nasombra durante mais de 20 sculos.
John Dalton - modelo da bola de bilhar
1808 John Dalton - O tomo uma partcula neutramacia e indivisvel. Primeiro modelo atmico com base
experimental.
As ideias de Demcrito permaneceram inalteradas por aproximadamente2200 anos.
1. Os tomos so esfricos, macios,
indivisveis e indestrutveis.
2. Os tomos de elementos diferentes tm
massas diferentes.
3. Os diferentes tomos se combinam em
vrias propores, formando novas
substncias.
4. Os tomos no so criados nem destrudos, apenas trocam de
parceiros para produzirem novas substncias.
John Dalton - modelo da bola de bilhar
Cada elemento composto de tomos.
Todos os tomos de um elemento so idnticos.
Nas reaes qumicas, os tomos no so alterados.
Os compostos so formados quando tomos de mais de um elemento secombinam.
Lei de Dalton das propores mltiplas: Quando dois elementos formamdiferentes compostos, a proporo da massa dos elementos em umcomposto est relacionada proporo da massa do outro atravs de umnmero inteiro pequeno.
Foi constatado que o tomo era constitudo de entidades carregadas.
O modelo no explicava a Eletricidade nem a radioatividade.
Problemas do modelo
O modelo durou at 1897.
Raios catdicos
Fim sculo XIX Sir. William Crookes - desenvolveu umdispositivo para estudar descargas eltricas em gases a baixa
presso (Tubo de Crookes). Este dispositivo era constitudo de
um tubo com uma sada ligada a um sistema de vcuo e dois
eletrodos, sendo um negativo (ctodo) e outro positivo (nodo),
ligados a uma fonte de alta tenso acima de 20.000 V.
Tubo A: vcuo mediano com certa incandescncia no interior do tubo.
Tubos B e C: Quanto menor a presso interna mais a incandescncia
aparece em torno do nodo.
Tubo D: a introduo de um pedao de ZnS possibilita a projeo de uma
sombra na parede do nodo.
Raios catdicos
A voltagem faz com que partculas negativas se desloquem do eletrodonegativo para o eletrodo positivo.
A trajetria dos eltrons pode ser alterada pela presena de um campomagntico.
Considere os raios catdicos saindo do eletrodo positivo atravs de umpequeno orifcio.
Se eles interagirem com um campo magntico perpendicular a umcampo eltrico aplicado, os raios catdicos podem sofrer diferentes
desvios.
A quantidade de desvio dos raios catdicos depende dos camposmagntico e eltrico aplicados.
Por sua vez, a quantidade do desvio tambm depende da proporocarga-massa do eltron.
J. J. Thomson - modelo do pudim de passas
Descargas eltricas em alto vcuo (tubos de Crookes) levaram descoberta do eltron (raios catdicos).
1897 J. J. Thomson - O tomo seria uma partcula macia,mas no indivisvel. Seria formado por uma gelia com
carga positiva, na qual estariam incrustados os eltrons
(modelo do pudim de passas).
tomo seria uma espcie de bolhagelatinosa, completamente macia na
qual haveria a totalidade da carga
POSITIVA homogeneamente distribuda
Incrustada nessa gelatina estariam osEltrons de carga NEGATIVA.
A Carga total do tomo seria igual a zero.
J. J. Thomson - modelo do pudim de passas
Determinao da relao carga/massa do eltron.
Thompson verificou que os raios catdicos sofriam desvio em suatrajetria, caracterizando assim sua natureza negativa. Aplicando os
campos eltrico e magntico simultaneamente, Thompson pde
determinar a relao q/m do recm descoberto eltron.
Na poca: -1,8 x 1011C/kg
Hoje corrigida: -1,76 x 108 C/g
O Modelo Atmico de Thomson foi derrubado em 1908
por Ernerst Rutherford.
A experincia de Millikan
1908 - Robert Millikan: Massa do eltron
Conhecendo a massa da gota deleo e carga necessria para que
esta permanecesse suspensa,
Millikan determinou a carga de
eltron (-1,602 X 10-19C). Utilizando
a relao c/m do eltron
determinada por Thompson, Millikan
calculou a massa do eltron
sendo 9,1 X10-28 g.
Pulverizou gotas de leo entre duas placas metlicasparalelas.
Aps a irradiao com raios-X, as gotas de leo receberam eltrons do ar.
Millikan impediu que as gotas cassem com uma variao no campoeltrico entre as placas.
Outros modelos baseados no pudim de passas
1903 Philip Lenard: aperfeioou o modelo que descrevia aestrutura dos tomos.
Como a matria ordinariamente eletricamente neutra(ningum leva um choque eltrico ao segurar um objeto),
foi ponderado que as cargas negativas e positivas que
compem os tomos devem anular-se mutuamente. Desta
forma, prope que o tomo seja formado por pares de
cargas negativas e positivas distribudos pelo seu interior.
Outros modelos baseados no pudim de passas
1904 Hantaro Nagaoka: Criou o Modelo AtmicoSaturniano. O modelo estabelecia que o tomo era
formado de um caroo central carregado positivamente
e, portanto, rodeado de anis de eltrons, girando
semelhante ao planeta Saturno, por isso, o nome do
modelo.
A radioatividade e a derrubada do modelo de Thomson
W. K. Rntgen estudava raios emitidos pela ampola de
Crookes. Repentinamente, notou que raios
desconhecidos saam dessa ampola, atravessavam
corpos e impressionavam chapas fotogrficas.
Como os raios eram desconhecidos, chamou-os de Raios-X.
Henri Becquerel tentava relacionar fosforescncia de
minerais base de urnio com os raios X. Pensou que
dependiam da luz solar. Num dia nublado, guardou uma
amostra de urnio numa gaveta embrulhada em papel
preto e espesso. Mesmo assim, revelou uma chapa
fotogrfica.
Iniciam-se, portanto, os estudos relacionados Radioatividade.
A radioatividade e a derrubada do modelo de Thomson
Pierre Curie Marie Curie
O casal Curie formou uma notvel parceriae fez grandes descobertas, como o polnio,
em homenagem terra natal de Marie, e o
rdio, de radioatividade, ambos deimportncia fundamental no grande avano
que seus estudos imprimiram ao
conhecimento da estrutura da matria.
Ernest Rutherford, Convencido por J. J. Thomson, comea a pesquisar
materiais radioativos e, aos 26 anos de idade, notou que havia dois
tipos de radiao: Uma positiva (alfa) e outra negativa (beta). Assim,
inicia-se o processo para determinao do NOVO MODELO ATMICO.
Experimento de Rutherford
1908 Ernest Rutherford: 2 de seus alunos quebombardeassem finas folhas de metais com as partculas
alfa, a fim de comprovar, ou no, a validade do modelo
atmico de Thomson.
Como o tomo, segundo Thomson, era uma espcie de bolha gelatinosa,completamente neutra, no momento em que as partculas Alfa (numa
velocidade muito grande) colidissem com esses tomos, passariam
direto, podendo sofrer pequenssimos desvios de sua trajetria.
Experimento de Rutherford
Se o modelo de Thomson estivesse correto
Todas as partculas alfa atravessam a lmina de ouro sem sofrerdesvios.
Observao de Rutherford
A maioria das partculas alfaatravessam a lmina de ouro sem
sofrer desvios.
Algumas partculas alfa sofreramdesvios de at 90 ao atravessar almina de ouro.
Algumas partculas alfa RETORNARAM.
Modelo de Rutherford
Modelo atmico planetrio
Para que uma partcula alfapudesse inverter suatrajetria, deveria encontraruma carga positiva bastanteconcentrada na regio central(o NCLEO), com massabastante pronunciada.
Rutherford props que o NCLEO, conteria toda a massa do tomo,assim como a totalidade da carga positiva (chamadas de PRTONS).
Os eltrons estariam girando circularmente aoredor desse ncleo, numa regio chamada deELETROSFERA.
TOMO NUCLEAR
O problema do Modelo Atmico de Rutherford
Para os fsicos, toda carga eltrica em movimento, como os eltrons,perde energia na forma de luz, diminuindo sua energia cintica e a
consequente atrao entre prtons e eltrons faria com que houvesse
uma coliso entre eles, destruindo o tomo. ALGO QUE NO
OCORRE.
Portanto, o Modelo Atmico deRutherford, mesmo explicando
o que foi observado no
laboratrio, apresenta ERROS
DE INTERPRETAO.
O modelo atmico de Bohr
Niels Bohr - Estudava espectros de emisso do
gs hidrognio. O gs hidrognio aprisionado
numa ampola submetida a alta diferena de
potencial emitia luz vermelha.
Ao passar por um prisma, essa luz se subdividiaem diferentes comprimentos de onda e frequncia,
caracterizando um ESPECTRO LUMINOSO
DESCONTNUO.
espectro
lmpada
espectro
Tubo contendohidrognio
Postulados de Bohr
1. A ELETROSFERA est dividida emCAMADAS ou NVEIS DE ENERGIA (K, L,M, N, O, P e Q), e os eltrons nessascamadas, apresentam energia constante.
2. Em sua camada de origem (camada
estacionria), a energia constante, mas o
eltron pode saltar para uma camada mais
externa, sendo que, para tal, necessrio que
ele ganhe energia externa.
3. Um eltron que saltou para uma camada demaior energia fica instvel e tende a voltar asua camada de origem. Nesta volta, eledevolve a mesma quantidade de energia quehavia ganhado para o salto e emite umFTON DE LUZ.
Se o ncleo formado de
partculas positivas, os
prtons, por que elas no se
repelem?
A descoberta do Nutron
1932 - James Chadwick: descobriu a partcula do ncleo
atmico responsvel pela sua ESTABILIDADE, que
passou a ser conhecida por NUTRON, devido ao fato
de no ter carga eltrica. Por essa descoberta ganhou o
Prmio Nobel de Fsica em 1935.
Partculas do tomoOs prtons tm carga eltrica
positiva, os eltrons carganegativa e os nutrons
no tm carga nenhuma.
Nutrons
Prtons
Eltrons
Ncleo
Modelo Atmico de Sommerfeld
A. J. W. Sommerfeld: Descobriu que os
nveis energticos so compostos por
SUBNVEIS DE ENERGIA (s, p, d, f) e que
os eltrons percorrem RBITAS ELPTICAS
na eletrosfera, ao invs de circulares.
Diagrama de Linus Pauling
Linus Pauling criou um diagrama para auxiliar na
distribuio dos eltrons pelos subnveis da eletrosfera.
Subnvel Nmero mximo
de eltrons
s 2
p 6
d 10
f 14
1s
2s
3s
4s
5s
6s
7s
2p
3p
4p
5p
6p
7p
3d
4d
5d
6d
4f
5f
Neste caso, o 3 representa o NVEL ENERGTICO (CAMADA ELETRNICA). O srepresenta o SUBNVEL ENERGTICO. O 2 representa o NMERO DE ELTRONS nacamada.
O que representa cada nmero desse?
Por exemplo: 3s2
6101426101426102610262622 7p6d5f7s6p5d4f6s5p4d5s4p3d4s3p3s2p2s1s
Determine a distribuio eletrnica do elemento qumico Cloro (Cl)
=
Como o Cloro possui nmero atmico z = 17, o nmero deprtons tambm p = 17. E como ele est neutro, o nmero de
eltrons vale e = 17.
Fazendo a distribuiopelo diagrama de Linus
Pauling, temos:Cl17
O ltimo termo representa a
CAMADA DE VALNCIA
(NVEL MAIS ENERGTICO
DO TOMO). Neste caso, a 3
Camada (camada M) a mais
energtica.
Aplicao do diagrama de Linus Pauling
Atualmente
Louis de Broglie - DUALIDADE DA MATRIA: Toda
e qualquer massa pode se comportar como onda.
Atualmente
Schrdinger ORBITAIS: Desenvolve o"MODELO QUNTICO DO TOMO" ou
"MODELO PROBABILSTICO", colocando uma
equao matemtica (EQUAO DE ONDA)
para o clculo da probabilidade de encontrar um
eltron girando em uma regio do espao
denominada "ORBITAL ATMICO".
Atualmente
Heisenberg - PRINCPIO DA INCERTEZA:
impossvel determinar ao mesmo tempo a posio e
a velocidade do eltron. Se determinarmos sua
posio, no saberemos a medida da sua velocidade
e vice-versa.