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AULA 19 Estatísticas Quânticas II

Aula 19...2 Data Aula Dia Tópico 27 Abril 12 2a Átomos com mais de um elétron: Excitações Ópticas I 29 Abril 13 4a Átomos com mais de um elétron: Excitações Ópticas II 04

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AULA 19

Estatísticas Quânticas II

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Data Aula Dia Tópico27 Abril 12 2a Átomos com mais de um elétron: Excitações Ópticas I

29 Abril 13 4a Átomos com mais de um elétron: Excitações Ópticas II

04 Maio 14 2a Átomos com mais de um elétron: Excitações Ópticas III

06 Maio 15 4a Átomos com mais de um elétron: Excitações Ópticas IV e Efeito Zeeman

11 Maio 16 2a Átomos com mais de um elétron: Excitações Ópticas V e Efeito Zeeman

13 Maio 17 4a Átomos com mais de um elétron: Excitações Ópticas VI, Efeito Zeeman, Efeito Paschen-Back, Exercícios

18 Maio 18 2a Estatísticas Quânticas

20 Maio - 4a Reunião de Avaliação de curso

01 Junho 19 2a Estatísticas Quânticas II

Você também pode ler sobre esta aula no capítulo 11 e no Apêndice C do livro

do Eisberg & Resnick.

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Qual é o tipo de problema a tratar?

•Consideremos um sistema que consiste de um conjunto

de entidades idênticas.

•Essas entidades podem trocar energia entre si.

•Suponhamos que a energia total do sistema é constante

(e finita, claro). O sistema está isolado.

•A Física Estatística Clássica nos prediz que na situação

de equilíbrio térmico, a energia estará repartida segundo

uma certa distribuição de probabilidade, cuja forma é

especificada pela temperatura T.

•Queremos descobrir como a energia está distribuída

entre as entidades, ou seja, como é a função distribuição.

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Uma analogia...

•Considere um conjunto de habitantes de um país. Como

está distribuída a renda entre os habitantes?

•Como você imaginaria um gráfico representando o

número de pessoas que recebem acima de um valor v

mensalmente?

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Uma analogia...

• Considere um conjunto de habitantes de um país. Como

está distribuído o dinheiro entre os habitantes:

5

Tomemos como exemplo os

dados da distribuição de renda

na região Sul do país em 1960.

Aqui está mostrada a fração

dos que recebem renda mensal

per capita maior do que v .

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Queremos conhecer como é uma distribuição...

•As distribuições nas quais estamos interessados são

diferenciais.

•Por exemplo, se temos N entidades idênticas (podem ser

elétrons, fótons, átomos, etc.), queremos saber quantas

entidades dN = N (E) têm energias entre E e E + dE.

•O exemplo do slide anterior é uma distribuição integral:

damos o resultado em função da fração dos habitantes com

renda maior do que o valor na abscissa. Essa função

integral corresponderia à integral de N(E)dE desde aquele

valor até infinito.

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Para começar,..

•Vamos considerar um sistema de entidades idênticas (moléculas, osciladores harmônicos, etc...), que podem trocar energia entre si.

•O sistema está isolado e a energia total a ser repartida é fixa, portanto, constante.

•Vamos assumir que estamos estudando a situação de equilíbrio térmico.

•Esta situação requer que, para que o sistema chegue ao equilíbrio, as entidades possam trocar energia entre si e também com as paredes que contêm o conjunto de entidades (uma entidade trocar energia com a parede tem o mesmo efeito de trocar energia com uma outra entidade, já que o sistema está em equilíbrio).

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Note bem..

•O nosso ponto de vista agora não é o que acontece com um átomo ou um fóton ou um elétron, mas com muitos deles.

•Não olharemos o problema do ponto de vista individual, como p. ex., um elétron num átomo sofrendo uma transição entre dois estados, ou um fóton incidindo num átomo dando efeito Compton.

8

Espectro discreto de vapor de Hg (baixa densidade)

Espectro contínuo de lâmpada de bulbo incandescente

(filamento sólido: muitos átomos, não apenas um)

Comprimento de onda/nm

Inte

nsid

ade r

ela

tiva

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•Mesmo que o vapor de mercúrio do exemplo e o

filamento sólido de tungstênio contenham um número de

átomos da mesma ordem de grandeza, no primeiro caso

podemos ignorar a presença de outros átomos (estão

longe uns dos outros), enquanto que no segundo caso,

precisamos considerar a influência mútua dos muitos

átomos no sistema.

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Veremos neste capítulo...

•A distribuição de uma quantidade de energia entre muitos

componentes de um sistema não pode ser discutida em

termos de eventos individuais isolados.

•A análise desses fenômenos requer uma abordagem de

Física Estatística, em que estaremos interessados não

em saber o valor exato de um resultado de um evento

único e isolado, mas sim, queremos predizer o resultado

médio de muitos eventos baseados em uma distribuição

estatística de possíveis resultados.

•Veremos que alguns sistemas são governados pela

estatística clássica, já outros requerem uma estatística

quântica.

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Exemplo de um sistema complexo

•Comecemos pensando em um gás.

•Se temos, digamos, 1020 átomos, podemos adotar um ponto

de vista microscópico, especificando, p. ex., a posição e a

velocidade de cada átomo ou molécula. Rapidamente, o

problema fica intratável e complexo, além de nos fornecer

muitos detalhes que não nos são úteis.

•O segundo ponto de vista é adotar um ponto de vista

macroscópico, focando p. ex., na temperatura e na pressão

do gás (triunfo do século XIX). A Teoria Cinética dos Gases

relaciona justamente as propriedades microscópicas com as

macroscópicas.

•Em geral, o que vamos fazer é uma análise estatística de

contar o número de modos diferentes de obter as

propriedades microscópicas de um sistema.

11

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Microestados Macroestados

•Consideremos que queremos distribuir 2 unidades de

energia em um “gás” de 4 partículas idênticas e

distinguíveis.

•Consideremos ainda que cada partícula possa adquirir

energia somente em unidades inteiras de energia.

•De quantas maneiras essas 4 partículas poderão dividir

entre si as 2 unidades de energia?

12

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Macroestados do sistema simples

Microestados (energia das partículas)

Macroestado Partícula 1 Partícula 2 Partícula 3 Partícula 4

2 0 0 0

13

um microestado

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Macroestados do sistema simples

Microestados (energia das partículas)

Macroestado Partícula 1 Partícula 2 Partícula 3 Partícula 4

2 0 0 0

0 2 0 0

14

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Macroestados do sistema simples

Microestados (energia das partículas)

Macroestado Partícula 1 Partícula 2 Partícula 3 Partícula 4

A 2 0 0 0

0 2 0 0

0 0 2 0

0 0 0 2

15

Os 4 microestados correspondem ao mesmo macroestado:

uma partícula carrega todas as 2 unidades de energia.

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Macroestados do sistema simplesMicroestados (energia das partículas)

Macroestado Partícula 1 Partícula 2 Partícula 3 Partícula 4

A 2 0 0 0

0 2 0 0

0 0 2 0

0 0 0 2

B 1 1 0 0

1 0 1 0

1 0 0 1

0 1 1 0

0 1 0 1

0 0 1 1

16

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Macroestados do sistema simplesMicroestados (energia das partículas)

Macroestado Partícula 1 Partícula 2 Partícula 3 Partícula 4

A 2 0 0 0

0 2 0 0

0 0 2 0

0 0 0 2

B 1 1 0 0

1 0 1 0

1 0 0 1

0 1 1 0

0 1 0 1

0 0 1 1

17

4

6

Multiplicidades (nº de microestados que correspondem a um macroestado)

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A evolução do sistema• Uma aplicação dos princípios da estatística é determinar a direção da

evolução natural de um sistema.

• A 2a Lei da Termodinâmica nos diz que sistemas isolados evoluem

numa direção tendendo ao aumento da multiplicidade (o que na

Termodinâmica tem a ver com o aumento da entropia).

o Se o sistema estiver inicialmente no macroestado A e nós deixarmos as 4

partículas interagirem umas com as outras, em um instante posterior nós

poderemos encontrar o sistema no macroestado B.

o Entretanto, se o sistema iniciou no macroestado B, seria menos provável dele

se encontrar num instante posterior no macroestado A, porque envolveria um

decréscimo na multiplicidade de estados, o que é menos provável.

o Conforme o número de partículas no sistema aumenta, as diferenças entre as

multiplicidades dos macroestados ficarão maiores e mudanças envolvendo

decréscimo na multiplicidade ficarão tão improváveis que não são observadas.

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1ª hipótese:

•Todos os microestados são igualmente prováveis.

• No nosso exemplo, temos 10 microestados e apenas 2

macroestados.

• Se tivermos um número grande de sistemas idênticos ao nosso,

observaremos 6/10 = 60% deles no macroestado B e apenas 4/10

= 40% deles no macroestado A.

•Considerando ainda um número grande de sistemas

idênticos ao nosso, podemos também responder a

perguntas do tipo: qual é a probabilidade de uma

partícula das quatro ter 2 unidades de energia? Ou

ainda, qual é a energia média de uma partícula?

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Estatística Clássica Estatísticas Quânticas

•Para explicar a diferença, ilustraremos com um exemplo.

•Vamos inicialmente estudar a distribuição de um total de

6 unidades de energia entre um conjunto de 5 partículas

idênticas e distinguíveis.

•Suponhamos que as partículas só possam assumir

energias de um valor que é um número inteiro de

unidades.

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São 10 macroestados possíveis:E/u.a. A B C D E F G H I J

6 1

5 1

4 1 1

3 1 2 1

2 1 1 3 2 1

1 1 2 1 3 2 4

0 4 3 3 2 2 3 2 1 1

Multipli

cidade

W

5 20 20 30 60 10 10 20 30 5

21

0 1 2 3 4 5 6

!

! ! ! ! ! ! !

NW

N N N N N N N=

Nº de permutações com repetição

Nº total de estados (N partículas repartindo

Q unidades de energia)

( )

( )

1 !

! 1 !total

N QW

Q N

+ −=

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Exemplo: qual a probabilidade?

•Qual a probabilidade de uma partícula ter uma energia 0?

•Precisamos fazer uma média sobre os vários

macroestados, ponderando pela multiplicidade de cada

um deles:

22

( )

10

110

1

i i

i

i

i

N W

p E

N W

=

=

=

Exemplo:

Probabilidade de uma partícula ter energia 3 u.a. => (1x60+2x10+1x20)/(5x210) =0,095

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Obteremos para a probabilidade de

uma partícula ter a energia E:

Energia E Probabilidade

0 0,400

1 0,267

2 0,167

3 0,095

4 0,048

5 0,019

6 0,005

23

A curva contínua azul representa o melhor ajuste aos

pontos tabelados conseguido com uma função do tipo p e−E.

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Repetiremos a brincadeira com partículas quânticas:

•O que será diferente??

1. Na Física Quântica, as partículas são indistinguíveis.

Mais para a frente iremos colocar um critério para esta

consideração.

• Se observamos duas partículas idênticas, não podemos conhecer

simultaneamente sua posição e seu momento. Isto é o que nos diz

o Princípio da Incerteza de Heisenberg. Assim, não

conseguiremos “acompanhar” cada partícula a ponto de distinguir

entre elas. Se suas funções de onda se sobrepõem, não

saberemos qual parte da função de onda total é a contribuição de

qual partícula.

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Partícula 1 Partícula 1

Partícula 1 Partícula 1

Partícula 2

Partícula 2

Partícula 2

Partícula 2

25

Por quê indistinguíveis??

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Repetiremos a brincadeira com partículas quânticas:

•O que será diferente??

1. Na Física Quântica, as partículas são indistinguíveis.

Mais para a frente iremos colocar um critério para esta

consideração.

2. A Física Quântica pode limitar o número máximo de

partículas que podem estar em um dado estado de

energia: o Princípio de Exclusão de Pauli se aplica a

todos os férmions (spins semi-inteiro), mas não aos

bósons (spins inteiros).

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Como fica a nossa tabela?

27

E/u.a. A B C D E F G H I J

6 1

5 1

4 1 1

3 1 2 1

2 1 1 3 2 1

1 1 2 1 3 2 4

0 4 3 3 2 2 3 2 1 1

Multipli

cidade

W

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

1. A indistinguibilidade entre as partículas traz como

consequência uma redução das multiplicidades:

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Recalculando a probabilidade de uma

partícula ter a energia E: •Supondo que nossas partículas são bósons (spin inteiro):

28

Energia E Probabilidade

0 0,420

1 0,260

2 0,160

3 0,080

4 0,040

5 0,020

6 0,020

A curva que melhor ajusta aos pontos

cresce mais do que uma exponencial

para as energias mais baixas.

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Calculando a probabilidade...

29

•Exemplo:

Probabilidade de um dos bósons ter energia 3 u.a. =>

(1x1+1x1+2x1)/(5x10) = 4/50 = 0,080.

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1. A tabela anterior está OK para bósons, mas não para férmions!!

2. Suponhamos que estamos lidando com partículas de spin 1/2:

poderemos no máximo ter 2 partículas em cada estado de

energia ( ou ).

30

Como fica a nossa tabela?

E/u.a. A B C D E F G H I J

6 1

5 1

4 1 1

3 1 2 1

2 1 1 3 2 1

1 1 2 1 3 2 4

0 4 3 3 2 2 3 2 1

Multipli

cidade

W

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

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•Supondo que nossas partículas são férmions (spin semi-

inteiro) com spin 1/2:

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Recalculando a probabilidade de uma

partícula ter a energia E:

Energia E Probabilidade

0 0,333

1 0,333

2 0,200

3 0,067

4 0,067

5 0,000

6 0,000

A curva que melhor ajusta aos pontos

tende a uma constante para as

energias mais baixas.

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Recalculando a probabilidade...

32

•Exemplo:

Probabilidade de um dos férmions ter energia 3 u.a. =>

(1x1+0x1+0x1)/(5x3) = 1/15 = 0,067.

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• A distribuição de Boltzmann em função da energia

caracteriza-se pela exponencial

A distribuição clássica de Boltzmann

33

( )

( )

/MB

/MB /

1

E kT

E kT

E kT

f E Ae

f E e ee e

− −

=

= =

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As distribuições quânticas

• Sistemas constituídos de bósons obedecem a

distribuição de Bose-Einstein:

•Sistemas constituídos de férmions seguem a distribuição

de Fermi-Dirac:

34

( )BE /

1.

1E kTf E

e e=

( )FD /

1.

1E kTf E

e e=

+

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Boltzmann

35

T (K)

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Bose-Einstein

36

T (K)

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Fermi-Dirac

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T (K)

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Ressalvas:

•Os sistemas que vimos até agora devem ser vistos apenascomo exemplos para indicar algumas diferenças entre a estatística clássica e as estatísticas quânticas.

•As funções distribuição de energia para sistemas de muitaspartículas são diferentes das funções que obtivemos para o nosso sistema simples de 5 partículas.

•Partículas com spin inteiro são descritas por uma funçãodistribuição (Bose-Einstein) que é aproximadamenteexponencial, mas que cresce mais acentuadamente a baixasenergias. Veremos quais consequências interessantes daídecorrerão.

•Partículas que obedecem o princípio de exclusão de Pauli sãodescritas por uma função distribuição (Fermi-Dirac) muitodiferente das anteriores, a qual satura a baixas energias, também acarretando consequências interessantes.

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Resumo

•Estudamos exemplos simples de poucas partículas no

caso das partículas serem idênticas e distinguíveis

(Estatística Clássica) e no caso delas serem idênticas e

indistinguíveis (Estatísticas Quânticas).

•Mostramos que temos duas distribuições quânticas:

• Se as partículas tiverem nº quântico de spin inteiro, são

classificadas como bósons e seguem a distribuição de Bose-

Einstein.

• Se as partículas tiverem nº quântico de spin semi-inteiro, são

classificadas como férmions e seguem a distribuição de Fermi-

Dirac.

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