Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    1/58

    UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

    CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICASDEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

    DISCORDÂNCIAS E MECANISMOS DE

    AUMENTO DE RESISTÊNCIA

    CMA  – CIÊNCIA DOS MATERIAIS2º Semestre de 2014

    Prof. Júlio César Giubilei Milan

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    2/58

    DISCORDÂNCIAS E DEFORMAÇÃO PLÁSTICA

    •  Resistência teórica

    Frenkel (1926)

    •  1930 → Defeito linear → discordâncias 

    •  1934  Orowan “Versetzung” e Taylor “Dislocation”

    •  1949   primeiras observações de discordâncias

     TEM

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

      

      

    2G

    abt   

    Para o ferro puro

    t =12.836 N/mm 2   (teórica)

    O aços para construção civil têm

    limite de escoamento (elástico)

    cerca de 1/20  deste valor

    calculado.

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    3/58

    DEFORMAÇÃO PLÁSTICA

    • Corresponde ao movimento de um grandenúmero de discordâncias

    • Uma discordância aresta se move emresposta a uma tensão de cisalhamentoperpendicular à sua linha

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    4/58

    F ig. - Rearranjos atômicos que acompanham o movimento de uma discordância

    aresta à medida que ela se move em resposta à aplicação de uma tensão de

    cisalhamento.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    5/58

    DEFORMAÇÃO PLÁSTICA

    • O movimento das discordâncias envolve orearranjo de apenas alguns átomos ao seu

    redor e não mais o movimento simultâneo ecooperativo de todos os átomos de um plano

    cristalino.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    6/58

    DEFORMAÇÃO PLÁSTICA

    • O processo pelo qual uma deformaçãoplástica é produzida pelo movimento de uma

    discordância é chamado deESCORREGAMENTO

    • O plano cristalográfico ao longo do qual a

    linha de discordância se movimenta é oPLANO DE ESCORREGAMENTO

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    7/58

    A deformação plástica macroscópica corresponde a uma

    deformação permanente que resulta do movimento dasdiscordâncias, ou escorregamento, em resposta aaplicação de uma tensão de cisalhamento.

    Fig.  –   A formação de um degrau

     sobre a superfície de um cristal pelo

    movimento de (a) uma discordância

    aresta e (b) uma discordância

    espiral .

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    8/58

    Análogo a movimentação de uma lagarta

    Fig. - Representação da analogia entre os movimentos de uma lagarta e de uma

    discordância.

    Direção de movimentação das discordâncias:

    •  Aresta →  paralela a tensão

    • Espiral→

     perpendicular  a tensão

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    9/58

    DENSIDADE DE DISCORDÂNCIAS

    Comprimento total de discordâncias porunidade de volume / número de discordâncias

    que interceptam uma área unitária de umaseção aleatória

    ( mm de discordância/mm3 ou discordâncias/mm2 )

    C ristais metálicos cuidadosamente solidificados → 10 3 mm-2

    metais altamente deformados → 10 9 a 10 10  mm-2

    Tratamento térmico pode reduzir para 10 5 a 10 6 mm-2 

    Materiais cerâmicos ( típico) → 10 2 a 10 4 mm-2

    Em monocristais de Silício usados em CI → 0,1 a 10 4 mm-2 

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    10/58

    CARACTERÍSTICAS DAS DISCORDÂNCIAS

    Material deformado

    • 5 % da energia é retida na forma de energia de

    deformação associada a discordâncias• 95 % da energia é perdida na forma de calor.

    Distorção do retículo atômico ao redor da linhade discordância devido à presença do semiplanoadicional de átomos

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    11/58

    TENSÕES

    Fig.  –   Regiões de compressão (parte superior) e tração (parte inferior) localizadas

    ao redor de uma discordância aresta.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    12/58

    INTERAÇÃO DAS DISCORDÂNCIAS

    Interação de campo de deformação dediscordâncias próximas

    • Repulsão;• Atração.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    13/58

    Fig.  –  (a) Duas discordâncias aresta de mesmo sinal e localizadas sobre o mesmo

     plano de escorregamento exercem uma força repulsiva sobre a outra. (b) discordâncias

    aresta com sinais opostos e localizadas sobre o mesmo plano de escorregamento

    exercem uma força atrativa uma sobre a outra

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    14/58

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    15/58

    SISTEMAS DE ESCORREGAMENTO

    As discordâncias não se movem com amesma facilidade sobre todos os planos

    cristalográficos.• Planos e direções preferenciais demovimentação;

    • Planos de escorregamento

    • Direções de escorregamentoSISTEMA DE

    ESCORREGAMENTO

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    16/58

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    17/58

    ESTRUTURA CFC

    • Planos mais densamente compactados → família {111};• Direções do tipo .

    Fig.  –  (a) Um sistema de escorregamento {111} mostrado no interior de uma

    célula unitária CFC. (b) O plano (111) mostrado em (a) e três direções de

    escorregamento no interior daquele plano compreendem possíveis sistemas de

    escorregamento.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    18/58

    Número de sistemas de escorregamento

    independentes representa as diferentescombinações possíveis de planos e direções deescorregamento

    • Um plano de escorregamento pode contermais de uma direção de escorregamento

    • Vários sistemas de escorregamento

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    19/58

    O número de sistemas de escorregamento

    independentes representa diferentes

    combinações possíveis de planos e direções

    de escorregamento

    Para CFC

    12 sistemas de escorregamento

    • 4 planos {111} diferentes• 3 direções independentes

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    20/58

    Tab. – 

     Sistemas de escorregamento para metais cúbicos de faces centradas, cúbicos decorpo centrado e hexagonais compactos.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    21/58

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    22/58

    ESCORREGAMENTO EM MONOCRISTAIS

    Tensão de Tração / Compressão→

     componentes decisalhamento em todas as direções

           co.cos.

     R

    O sistema de deslizamento que sofrer a maior R , será o

     primeiro a operar

    A deformação plástica começa a ocorrer quando a tração

    excede a tensão cisalhante resolvida crítica (CRSS –  

    critical resolved shear stress).

     A

     F   

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    23/58

    ESCORREGAMENTO EM MONOCRISTAIS

    Tensão de cisalhamento resolvida crítica (TCRC ) → Tensãode cisalhamento mínima exigida para iniciar oescorregamento

    • Monocristal deforma plasticamente ou escoa quandoR(max)= TCRC 

    A tensão mínima necessária para o escorregamentoocorre quando um monocristal está orientado de talforma que = = 45° , assim:

    e = 2 tcrc

    m

    coscos   

           tcrce

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    24/58

    ESCORREGAMENTO EM MONOCRISTAIS

    Fig.  –   Escorregamento macroscópico em

    um monocristal. Fig.  –   Escorregamento em um monocristal

    de zinco.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    25/58

    DEFORMAÇÃO PLÁSTICA DE MATERIAL POLICRISTALINO

    • Orientação aleatória do grande n° de grãos → direção de escorregamento varia;

    • Durante o escorregamento → Integridademecânica e a coesão são mantidas ao longo doscontornos de grão

    • Materiais policristalinos são mais resistentes queseus equivalentes monocristalinos

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    26/58

    DEFORMAÇÃO PLÁSTICA DE MATERIAL POLICRISTALINO

    • Embora um único grão possa estar orientadofavoravelmente em relação a tensão aplicada para

    o escorregamento ele não pode se deformar atéque seus grãos adjacentes, e orientados demaneira menos favorável, também sejam capazesde sofrer escorregamento. Isso exige um nível mais

    alto de tensão aplicada.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    27/58

    Fig.  –   Linhas de escorregamento sobre a superfície de uma amostra

     policristalina de cobre que foi polida e subsequentemente deformada.

    Fig. – 

      Alteração da estrutura do grão de um metal policristalino como resultado de uma deformação

     plástica (a)antes da deformação (b) após a

    deformação.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    28/58

    DEFORMAÇÃO POR MACLAGEM

    • A deformação plástica pode ocorrer por maclagem;

    • Ocorre num plano cristalográfico definido e em uma direçãoespecífica que depende da estrutura do cristal;

    • Na maclagem a deformação por cisalhamento é homogênea.

    Fig.  –   Para um monocristal submetido a uma tensão de cisalhamento (a) deformação

     por escorregamento (b) deformação por maclagem.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    29/58

    Fig.  –   Diagrama esquemático mostrando como a maclagem resulta da aplicação de

    uma tensão de cisalhamento. Em (b) os círculos abertos representam átomos que nãomudaram de osição

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    30/58

    Escorregamento

     Orientação cristalográfica acima

    e abaixo do plano de

    escorregamento é a mesma tanto

    antes como depois da deformação;

     ocorre em múltiplos distintos do

    espaçamento atômico.

    Maclagem

     Reorientação através do planode macla;

     Deslocamento atômico é menor

    do que a separação interatômica;

    CCC  e HC  a baixas temperaturas

    e elevada taxa de carregamento

    (impacto);

     Quantidade de deformação

     plástica é pequena em comparação

    com a do escorregamento;

     Reorientação cristalográfica→ 

     pode provocar novos sistemas de

    escorregamento.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    31/58

    MECANISMOS DE AUMENTO DE RESISTÊNCIA

    • Importante para a compreensão dos mecanismos deaumento de resistência é a relação entre o movimentodas discordâncias e o comportamento mecânico dos

    materiais

    •  A habilidade de um material se deformar

     plasticamente depende da habilidade das discordâncias

     para se moverem• Técnicas de aumento de resistência → restringir ouimpedir o movimento das discordâncias confere maior

    dureza e maior resistência ao material

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    32/58

    MECANISMOS DE AUMENTO DE RESISTÊNCIA PARAMATERIAIS MONOFÁSICOS:

    • Redução do tamanho de grão;

    • Formação de ligas por solução sólida;

    • Encruamento.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    33/58

    AUMENTO DE RESISTÊNCIA PELA REDUÇÃO DO TAMANHODE GRÃO

    • Tamanho de grão influencia as propriedades mecânicas;

    • Grãos adjacentes → orientações diferentes → contorno de grãocomum;

    Movimento de uma discordância á medida que ela encontra um contorno de grão,

    ilustrando como o contorno atua como uma barreira à continuação do escorregamento.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    34/58

    • Na deformação, a discordância deve passar de

    um grão para outro;• Contorno de grão atua como barreira por duasrazões:

    •  Ao passar de um grão para outro a discordância devemudar sua direção de movimentação (quanto maior a

    diferença de orientação mais difícil);

    • A desordenação atômica no interior de uma região de

    contorno de grão irá resultar em uma descontinuidade

    de planos de escorregamento de um grão para dentro

    do outro.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    35/58

    • Para muitos materiais:

    equação de Hall-Petch

    0  –  tensão de escoamento

    d  –  diâmetro médio dos grãos

    0  e k e - constantes

     A influência do tamanho de grão sobre o

    limite de escoamento de uma liga de latão

    com composição 70 Cu  – 30 Zn.

    1

    0  .

      d k 

    ee          

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

    Di dâ i M i d A d R i ê i

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    36/58

    AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR SOLUÇÃO SÓLIDA

    • Formação de ligas por átomos de impurezas que entram emsolução sólida substitucional  ou intersticial ;

    • Metais puros são mais macios e mais fracos;

    Variação do (a) limite de resistência a tração, (b) limite de escoamento, e (c)

    ductilidade (AL%) em função do teor de níquel para ligas de cobre-níquel mostrando

    aumento de resistência.4

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

    Di dâ i M i d A t d R i tê i

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    37/58

    AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR SOLUÇÃO SÓLIDA• Formação de ligas por átomos de impurezas que entram em

    solução sólida substitucional  ou intersticial ;

    • Metais puros são mais macios e mais fracos;

    Variação do (a) limite de resistência a tração, (b) limite de escoamento, e (c)

    ductilidade (AL%) em função do teor de níquel para ligas de cobre-níquel mostrando

    aumento de resistência.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

    Di dâ i M i d A t d R i tê i

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    38/58

    AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR SOLUÇÃO SÓLIDA

    • Átomos de impureza (solução sólida) → deformações na rede cristalina; 

    • Interações dos campos de deformação da rede cristalina e discordâncias→ movimento de discordâncias restringido. 

    (a) Representação das deformações da rede por

    tração imposta sobre átomos hospedeiros por um

    átomo de impureza substitucional de menor

    tamanho. (b) Possíveis localizações de átomos de

    impureza menores em relação a uma discordância

    aresta, de modo que existe um cancelamento parcial

    das deformações da rede impureza-discordância.

    (a) Representação das deformações compressivas

    impostas sobre átomos hospedeiros por um átomo de

    impureza substitucional de maior tamanho. (b)

     Possíveis localizações de átomos de impureza

    maiores em relação a uma discordância aresta, de

    modo que existe um cancelamento parcial das

    deformações da rede impureza-discordância.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

    Di dâ i M i d A t d R i tê i

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    39/58

    AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR ENCRUAMENTO

    • Encruamento é o fenômeno pelo qual um metal dúctil setorna mais duro e mais resistente quando ele é submetidoa uma deformação plástica.

    • Endurecimento por trabalho.• Trabalho a frio.

    • %TF = (A0-Ad)/A0 * 100

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

    Di dâ i M i d A t d R i tê i

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    40/58

    AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR ENCRUAMENTO

     Para o aço 1040, latão e cobre, (a) o aumento no limite de escoamento, (b) o aumento no limite de

    resistência a tração.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    41/58

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    42/58

    AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR ENCRUAMENTO

     A influência do trabalho a frio sobre o comportamento tensão-deformação para um aço

    com baixo teor de carbono.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    43/58

    AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR ENCRUAMENTO

     Diagrama esquemático tensão-deformação em tração mostrando os fenômenos de

    recuperação da deformação elástica e encruamento.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    44/58

    AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR ENCRUAMENTO

    • Interações entre campos de deformação de discordâncias.

    • Densidade de discordâncias aumenta → multiplicação ouformação de novas discordâncias.

    • Separação entre discordâncias diminui → na média,interações de deformação discordância-discordância sãorepulsivas → resultado líquido → movimento de umadiscordância é dificultado pela presença de outras

    discordâncias.• densidade de discordância aumenta → tensão imposta,necessária para deformar um metal, aumenta com oaumento do trabalho a frio.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    45/58

    RECUPERAÇÃO, RECRISTALIZAÇÃO E CRESCIMENTO DEGRÃO

    Deformação plástica

    • Alteração na forma do grão;

     Endurecimento por deformação plástica a frio;• Aumento da densidade de discordâncias.

    Estas propriedades e estruturas podem ser revertidas

    novamente aos seus estados anteriores ao trabalho a friomediante tratamento térmico apropriado (recozimento).

    • Recuperação e recristalização

     Crescimento de grão

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    46/58

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    47/58

    RECRISTALIZAÇÃO

    Processo de formação de um novo conjunto de grãos livresde deformação e que são equiaxiais, com baixas densidadesde discordâncias e que são característicos das condições que

    existem antes do processo de trabalho a frio.

    Novos grãos → núcleos muito pequenos que crescem(difusão)

    Recristalização → pode ser usada para refinar a estrutura dogrão

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    48/58

    RECRISTALIZAÇÃO

     Fotomicrografias mostrando vários estágios da recristalização e do crescimento de

     grãos do latão (a) Estrutura de grãos submetidos ao trabalho a frio (33 % TF). (b)

     Estágio inicial de recristalização após aquecimento por 3 s a 580 °   C. os grãos

    muito pequenos são aqueles que foram recristalizados.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    49/58

     Fotomicrografias mostrando vários estágios da recristalização e do crescimento de

     grãos do latão (c) Substituição parcial dos grãos trabalhados a frio por grãos

    recristalizados (4 s a 580°   C). (d) Recristalização completa (8 s a 580

    °   C).

    RECRISTALIZAÇÃO

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    50/58

    RECRISTALIZAÇÃO

    Propriedades mecânicas → restauradas aos seus valoresantes da deformação → metal mais macio, menos resistentee mais dúctil.

    Processo → depende do tempo e da temperatura 

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    51/58

    RECRISTALIZAÇÃO

     A influência da temperatura de

    recozimento sobre o limite de

    resistência a tração e a ductilidade

    de uma liga de latão. O tamanho

    de grão está indicado em função

    da temperatura de recozimento. As

    estruturas dos grãos durante os

    estágios de recuperação,

    recristalização e crescimento de

     grão estão mostradas

    esquematicamente.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    52/58

    RECRISTALIZAÇÃO

    Temperatura de recristalização → temperatura na qual arecristalização atinge seu término em exatamente 1 h.

    (tipicamente entre um terço e metade da temperatura de

     fusão) depende de vários fatores:•  quantidade de trabalho a frio;

    •  ocorre mais facilmente em metais puros do que em

    ligas;• Metais puros → 0,3 T  f• Ligas → até 0,7 T  f

    Trabalho a quente

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    53/58

    RECRISTALIZAÇÃO

     A variação da temperatura de recristalização em função do percentual de trabalho

    a frio para o ferro. Para deformações menores do que a crítica (aproximadamente

    5 % TF), a recristalização não irá ocorrer.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    54/58

    RECRISTALIZAÇÃO

    Temperatura de recristalização e de fusão para vários metais e ligas.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    55/58

    CRESCIMENTO DE GRÃO

    • Após a recristalização completa → grãos continuam acrescer (temp. elevada) → crescimento de grão 

    • Energia associada com contorno de grão → grãos

    aumentam de tamanho, área total do contorno diminui →redução da energia total → força motriz. 

    • crescimento do grão → migração do contorno (difusão dosátomos em pequena escala de um lado do contorno para o

    outro)

    sco dâ c as e eca s os de u e to de es stê c a

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    56/58

    CRESCIMENTO DE GRÃO

     Fotomicrografias mostrando vários estágios da recristalização e do crescimento de

     grãos do latão (e) Crescimento de grão após 15 min. a 580 °   C. (f) Crescimento de

     grão após 10 min. a 700°   C.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    57/58

    CRESCIMENTO DE GRÃO

     Representação esquemática do

    crescimento dos grãos através de

    difusão atômica.

    O log do diâm. de grão em função do

    log. do tempo para crescimento de grão

    no latão a várias temperaturas.

    Discordâncias e Mecanismos de Aumento de Resistência

  • 8/18/2019 Aula 08 Discordancia e Mecan de Aumento de Resist

    58/58

    CRESCIMENTO DE GRÃO

    Propriedades mecânicas à temperatura ambientede um metal com granulação fina são em geralsuperiores (maior resistência e tenacidade) do queaquelas dos metais com grãos grosseiros