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AUDITÓRIO PROF. FRANCISCO MACHADO CARRION
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS - FCE
MEMORIAL DESCRITIVO
Ana Lúcia Richter Dreyer
Arquiteta e Urbanista SPH | SUINFRA | UFRGS
CAU A29078-5
Renata Tonioli Manara
Chefe da Seção Técnica do Setor de Patrimônio Histórico | SUINFRA | UFRGS
Rafaela Remião Peres da Silva Chefe do Setor de Patrimônio Histórico | SUINFRA | UFRGS
Maio de 2019
2
SUMÁRIO
HISTÓRICO DO PRÉDIO .................................................................................................................. 4
DESCRIÇÃO FÍSICA GERAL DA EDIFICAÇÃO ................................................................................... 9
CONDIÇÕES ATUAIS DO AUDITÓRIO ........................................................................................... 12
DESCRIÇÃO GERAL E JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ...................................... 16
RELAÇÃO DE PRANCHAS DO PROJETO DE INTERVENÇÃO .......................................................... 18
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ......................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 24
3
DADOS GERAIS DA EDIFICAÇÃO
Denominação: Faculdade de Ciências Econômicas
Código do prédio: 11.109
Endereço: Avenida João Pessoa, nº 52
Campus Centro da UFRGS - CEP 90046-900
Município: Porto Alegre, RS
Autor do projeto FCE: Gabinete de Projetos e Obras da Universidade do Rio
Grande do Sul
Período de construção: 1952-54/ 1959
Área construída: 4.399,00 m²
Área do Auditório 150,00m2
4
HISTÓRICO DO PRÉDIO
Para analisar o prédio da FCE, necessita-se primeiramente explicar suas origens. O
atual edifício foi erguido a partir das fundações do então Instituto Julio de Castilhos,
projeto do Arq. Manuel Barbosa de Assumpção Itaqui executado entre os anos 1908 e
1911 por Andriguetto e Paganini. O prédio, majestoso e requintado, foi encomendado
ao arquiteto pela Faculdade de Engenharia no início do século XX para abrigar salas de
aulas devido ao crescimento da instituição naquele período.
A edificação possuía dois andares, com uma torre central mais alta com três
pavimentos, equilibrada por duas torres laterais com telhados em forma piramidal
(Figura 1). Segundo Moraes (2003, p. 56) a planta baixa e os detalhes das fachadas
eram similares aos projetados pelo arquiteto François Mansart (autor dos projetos
Château de Maisons e Château Lafitte, 1641-1650). Segundo o mesmo autor, a
volumetria alude ao classicismo francês do final do século XIX e início do século XX,
estilo retomado mais adiante pela corrente historicista.
Prédio do Instituto Julio de Castilhos
Autor : Manoel Barbosa Assumpção Itaqui.
Construção: 1908-1911.
Área construída: 2.200,00 m².
Figura 1. Fachada do Instituto Julio de Castilhos – fotografia de 1927.
Fonte: acervo digital STSPH-SUINFRA-UFRGS.
5
Infelizmente, um incêndio em 1951 destruiu a edificação, remanescendo somente as
suas fundações em pedra (Figura 2). Foi a partir desta base original que resolve-se
então construir uma nova edificação com intuito de abrigar a Faculdade de Ciências
Econômicas. A solução adotada, incluindo alguns acréscimos que serão detalhados
adiante, foi a de manter a forma e volumetria geral da obra de Itaqui para
aproveitamento das estruturas de base existentes e o prédio resultante é o que hoje
temos como a FCE (TONIOLI, 2014).
Figura 2. Planta Baixa do perímetro original do Prédio Julio de Castilhos, 1909. Planta baixa produção
STSPH-SUINFRA-UFRGS, 2019.
A planta do prédio da FCE, construído entre os anos de 1952 e 1954, mantém
resquícios das características gerais da composição anterior: linear e simétrica. A
ligação dos espaços menores é feita através de um elemento linear: o corredor, que
organiza as salas dispostas em fita. Essa linearidade foi limitada por Itaqui no prédio
original de sua autoria, através dos volumes das torres situadas nas extremidades do
edifício, replicadas na planta baixa pelo escritório de Projetos da Universidade na
década de 1950. O volume central marca o eixo da edificação e distribui verticalmente
o fluxo pela escada em direção às torres laterais, as quais reforçam essa simetria
(Figura 3).
Figura 3. Planta Baixa da FCE, 1952. Fonte: Planta Baixa produção SPH-SUINFRA-UFRGS, 2019.
6
Figura 4. Fachada principal da FCE, na Av. João Pessoa, década de 1950. Fonte: base digital SPH-
SUINFRA-UFRGS.
Os projetistas da FCE mantiveram a configuração e características compositivas na
estrutura principal da edificação quanto à implantação e forma, especialmente na
fachada principal (Figura 4). Entretanto, foram acrescentados três volumes novos que
não possuem as fundações sobre as bases originais do prédio do então Instituto Julio
de Castilhos: instalações de sanitários com a altura completa dos quatro pavimentos e
no térreo, uma construção centralizada em formato de semi-círculo, para abrigar a
cafeteria (Figura 5).
Figura 5. Fundos da FCE, construída entre os anos de 1952 e 1954. Foto da década de 1970,
aproximadamente. Fonte: base digital STPSH-SUINFRA-UFRGS.
7
Cinco anos após a finalização da obra foi erguido o volume que hoje abriga o Auditório
Prof. Francisco Machado Carrion, também com 04 pavimentos, aos fundos da torre
direita da edificação (Figura 6). Tal acréscimo quebrou a simetria original, compondo
um edifício em “L”. Verificam-se nas plantas baixas a intenção projetual de
continuidade da aparência da fachada, tais como as saliências nos cantos das paredes
externas e as esquadrias recuadas em função externo da envoltória, a qual remete aos
torreões originais (Figura 7).
Figura 6. Fundos da FCE, com volume do auditório. Fonte: base digital STPSH-SUINFRA-UFRGS.
Figura 7. FCE, construção entre os anos de 1952 e 1954 e acréscimo de 1959. Fonte: Planta Baixa
produção STPSH-SUINFRA-UFRGS, 2019.
Após esse período, na década de 1970, o prédio recebeu ainda duas construções
anexas: primeiramente uma contígua ao volume dos fundos, com três pavimentos e
por fim, um volume que também se estende aos fundos, em direção ao centro do
AUDITÓRIO
8
quarteirão, com dois pavimentos. Essas construções não serão consideradas neste
projeto como parte significativa da edificação.
O Auditório, situado no acréscimo efetuado em 1959, situa-se no 3ª pavimento e é
acessado pelos elevadores e escadas. A edificação incorporou novas áreas, com novas
funções em resposta às demandas que surgiam com a ampliação das faculdades. Os
projetistas procuraram trazer a mesma composição volumétrica do prédio anterior. De
qualquer forma, mostra-se, com a ocupação do Auditório na edificação, a mutação que
as construções podem sofrer ao longo do tempo, marcando épocas, conceitos e
peculiaridades (Figura 8).
Figura 8. Evolução construtiva FCE. Fonte: produção STPSH-SUINFRA-UFRGS, 2019.
9
DESCRIÇÃO FÍSICA GERAL DA EDIFICAÇÃO
O prédio da Faculdade de Ciências Econômicas está localizado Rua Av. João Pessoa ao
lado do Prédio da Faculdade de Direito no Quarteirão 1 do Campus Centro da UFRGS,
em área central do município de Porto Alegre (Erro! Fonte de referência não
encontrada.9). Atualmente ele abriga as Faculdades de graduação em Ciências
Atuariais, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Relações Exteriores e
Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural. Conta também com programas
de pós-graduação em Controladoria, Desenvolvimento Rural, Economia e Estudos
Estratégicos Internacionais, agregando ainda às funções de ensino e pesquisa,
atividades de extensão que atendem aos públicos internos e externos da UFRGS.
Figura 9. Inserção da FCE no Quarteirão 1 da UFRGS. Fonte: Google Maps, 2019.
O edifício foi disposto recuado em relação ao passeio, circundado por uma área
ajardinada. A volumetria, erigida a partir do aproveitamento das fundações
remanescentes do prédio original do Instituto Julio de Castilhos11, é composto por três
blocos principais, sendo o elemento central o de maior extensão em largura. Todos
possuem quatro pavimentos (Figuras 10 e 11).
1 Ver capítulo 1. HISTÓRICO DO PRÉDIO (N. da A.).
10
Figura 10. FCE - Fachada frente – Av. João Pessoa. Fonte: Produção STSPH, 2019
Figura 11. FCE - Fachada fundos – Centro do Quarteirão 1 Campus Centro UFRGS.
Fonte: Produção STSPH, 2019
As fundações e a base em pedra, originais da construção de Itaqui, foram mantidas na
reconstrução, conforme pode-se perceber na figura x. Além da volumetria e perímetro
externo foram aproveitados as disposições e zoneamentos presentes nas plantas
baixas do projeto do Instituto Julio de Castilhos, como a escada central, corredores,
circulações e posições das salas de aulas (Figura 12).
AUDITÓRIO
11
Figura 12. Passeio em frente à FCE, onde é possível visualizar a base em pedra original do Instituto Julio
de Castilhos. Fonte: Acervo digital STSPH.
O sistema construtivo do prédio erguido entre os anos de 1952 e 1954 utiliza alvenaria
portante de alvenaria de tijolos maciços assentados sobre fundação de granito,nos
mesmos moldes do prédio do Instituto Julio de Castilhos. Já o volume construído em
1959 possui estrutura de pilares e vigas, com elementos de vedação que replicam a
formalidade das fachadas executadas em anos anteriores. A cobertura, também
estruturada em madeira, possui telhas de fibrocimento e águas subdivididas em
diversos panos, indicando as construções efetuadas ao longo do tempo (Figura 13).
Figura 13. FCE – Planta de Cobertura. Fonte: Produção STSPH, 2019
12
CONDIÇÕES ATUAIS DO AUDITÓRIO
O auditório prof. Francisco Machado Carrion, possui todo seu piso em desnível, sendo
o pé direito mais elevado junto ao palco. O revestimento é em carpete, o qual se
apresenta em péssimo estado, com descolamentos, rasgos e mau cheiro. As paredes
são revestidas com reboco e pintura, também com pontos danificados, com
identificação de infiltrações e pequenas rachaduras (Figura 14).
Figura 14. Auditório Prof. Francisco Carrion – Vista Interna Geral. Fonte: Acervo base digital SPH.
As cortinas, necessárias na sala para diminuição da claridade externa em alguns
eventos e palestras, apresentam larga camada de poeira, além de manchas e partes
caídas, transferindo ao ambiente, assim como o carpete, cheiro de mofo e umidade
(Figuras 15 e 16).
13
Figuras 15 e 16. Auditório Prof. Francisco Carrion – Janelas e paredes. Fonte: Acervo base digital SPH.
Há instalações de equipamentos de ar condicionado tipo Split, com tubulações
aparentes, que atravessam as esquadrias para que as evaporadoras se comuniquem
com as condensadoras externas. Há, de acordo com o projeto de climatização,
necessidade de aumento do número de aparelhos (Figura 17).
O forro modular atual encontra-se em péssimo estado e a iluminação existente
necessita de revisão e atualização (Figura 18).
Faltam revestimentos para incremento no isolamento acústico, tanto para proteger do
som externo quanto da contenção de som interna do auditório quando em uso.
Figuras 17 e 18. Auditório– Instalações e forro modular existentes. Fonte: Acervo base digital SPH.
14
O mobiliário do auditório é antigo. As cadeiras, provenientes do Salão de Atos da
UFRGS, foram instaladas no auditório em 1989. Hoje, apresentam partes danificadas,
não atendimento a ergonomia e acessibilidade (Figura 19). Além disso, são compostas
por materiais inadequados à proteção contra incêndio. O carpete também está
danificado (Figura 20).
Figuras 19 e 20. Auditório– Poltronas e piso existentes. Fonte: Acervo base digital SPH.
O auditório possui instalações elétricas aparentes, bem como instalações antigas
embutidas e retratam diversas instalações e aumentos pontuais de rede ao longo da
vida útil da sala. Foram encontrados, ainda, caixas de passagem abertas (Figuras 21 e
22).
Figuras 21 e 22. Auditório– Instalações elétricas existentes. Fonte: Acervo base digital SPH.
15
O auditório, ambiente intensamente utilizado pela comunidade universitária,
encontra-se deteriorado nas suas instalações e revestimentos. Portanto, A realização
das reformas justifica-se em função do estado atual de conservação dos ambientes e
instalações, agregando à Universidade e à FCE um espaço qualificado e em acordo com
normas e leis vigentes, com segurança, ergonomia e salubridade.
16
DESCRIÇÃO GERAL E JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Essa proposta de intervenção é pontual e possui o objetivo de suprir a necessidade de
alterações para revitalização e principalmente para as questões proteção contra
incêndio e acessibilidade, adaptando a sala do auditório para as condições ideais atuais
de segurança aos usuários.
Em relação ao desenvolvimento do projeto de intervenção, seguem abaixo os
principais critérios utilizados, buscando sempre seguir as orientações e preceitos da
área da preservação:
Preservação das características espaciais originais da edificação;
Respeito à materialidade e à técnica construtiva original;
Realização de intervenções com caráter reversível;
Proporcionar acessibilidade universal às edificações e suas atividades,
buscando a adaptação das pré-existências ou agregando novos elementos para
facilitação de ingresso e locomoção;
Com base nas diretrizes acima descritas, seguem resumidas as principais soluções
propostas:
Em termos funcionais, a sala do auditório manterá exatamente os mesmos
usos, para funções de auditório, aulas expositivas e reuniões para o público
interno e externo à FCE;
Em termos físicos, a principal alteração proposta é a adaptação à acessibilidade
universal, que em função das novas diretrizes advindas das normas e leis de
acessibilidade, fazem urgente à adequação do espaço que é destinado ao uso
de público. Uma das intervenções de maior impacto será a adequação
estrutural da rampa no local da plateia, promovendo inclinação adequada ao
uso de cadeirantes, bem como execução de assentos especiais para pessoas
com mobilidade reduzida e pessoas obesas, atendendo à legislação vigente;
Em função da necessidade de ampliação das passagens e circulações, previstas
em normas e leis, tanto de acessibilidade quanto de incêndio, os assentos
foram reduzidos de 182 unidades atuais para 136 lugares, sendo destes 129
poltronas regulares, 02 poltronas para Pessoas com Mobilidade Reduzida
(PMR), 02 poltronas para Pessoas Obesas (PO) e ainda 03 lugares destinados às
Pessoas em Cadeiras de Rodas (PCR). A alteração substancial em termos
numéricos justifica-se através do intuito em reforçar e priorizar a prevenção e
segurança dos usuários;
Com relação à proteção contra incêndios, são previstas ainda A inclusão de
sinalização e iluminação de emergência. O forro atual será trocado, bem como
17
o carpete e poltronas, atendendo ao disposto quanto à incombustibilidade
exigida pela IN do Corpo de Bombeiros (controle de materiais).
Os novos elementos foram projetados com materiais e técnicas construtivas
contemporâneos, priorizando o atendimento às legislações previamente
citadas.
18
RELAÇÃO DE PRANCHAS DO PROJETO DE INTERVENÇÃO
LEVANTAMENTO CADASTRAL
PRANCHA CONTEÚDO
1-2 Auditório - Planta Baixa e Planta de Forro
2-2 Auditório - Vistas
DOCUMENTO CONTEÚDO
1-1 Relatório Descritivo
1-1 Levantamento do mobiliário existente
PROJETO ESTRUTURAL
PRANCHA CONTEÚDO
1-2 Auditório - Planta Baixa, Cortes e Detalhes
2-2 Auditório - Modulação Painel Wall e Detalhes
PROJETO ARQUITETÔNICO
PRANCHA CONTEÚDO
1-5 Auditório - Localização, Planta Baixa, Corte A Construir/A Demolir
2-5 Auditório - Planta Baixa, Planta de Layout e Planta de Pisos
3-5 Auditório - Cortes
4-5 Detalhamento Esquadrias de Ferro
5-5 Detalhamento Sinalização e Acessibilidade
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
PRANCHA CONTEÚDO
1-1 Planta Baixa 3o andar, quadro de cargas e diagramas multifilares
REDE ESTRUTURADA DE DADOS E TELEFONIA
PRANCHA CONTEÚDO
1-1 Planta Baixa Auditório
INSTALAÇÕES DE CLIMATIZAÇÃO
PRANCHA CONTEÚDO
1-3 Auditório - Planta Baixa
2-3 Auditório - Cortes
3-3 Detalhes
ORÇAMENTO E CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO
DOCUMENTO CONTEÚDO
1-1 Orçamento e Cronograma Físico-Financeiro
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
DOCUMENTO CONTEÚDO
1-1 Caderno de Especificações Técnicas
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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Serviços preliminares:
Antes do início dos serviços deverá ser realizado o Plano de Gerenciamento de
Resíduos (PGRCC), que deverá ser cumprido durante todo o andamento da obra.
O canteiro de obras deverá conter: isolamento com tapume, galpão aberto com
estrado em madeira, baias para depósito de agregados, barracão em madeira e
cobertura de fibrocimento com sanitário, copa, almoxarifado e escritório e ligações
provisórias de água e energia elétrica. Além disso, deverá prever contêiner
estacionário para remoção de entulho, extintor em pó químico do tipo ABC.
Deverá ser instalada placa de obra contendo as informações da intervenção, conforme
padrão UFRGS.
Junto às esquadrias externas do auditório, deverão ser instalados tapumes de
proteção.
Andaimes e escoramentos:
Deverá ser locado andaime metálico para os serviços em altura, bem como
torre/guincho para o içamento de material.
Para viabilizar a execução dos serviços, deverá ser considerada a instalação de
andaime tubular do tipo torre, de acordo com especificação em projeto do projeto
e/ou definição da fiscalização ténica da obra.
Demolições e remoções:
As demolições serão reguladas quanto à segurança e Medicina do Trabalho pela
Norma Regulamentadora NR-18. Todas as demolições (previstas ou julgadas
necessárias no decorrer da obra) serão efetuadas dentro da mais perfeita técnica,
tomados os devidos cuidados para ser evitados danos a terceiros e com todas as
garantias de preservação do imóvel. Não serão permitidas demolições, ainda que
parciais, de qualquer elemento que integra a edificação, salvo quando expressamente
indicado no Projeto Arquitetônico ou liberado previamente pela fiscalização técnica da
UFRGS.
Para a execução do projeto, deverão ser demolidos/removidos os seguintes itens,
conforme indicado nas pranchas “a construir / a demolir”:
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Remoção de esquadrias;
Remoção de revestimentos de madeira (lateral do palco);
Retirada de rodapés de madeira;
Remoção de carpete colado;
Remoção de tubulação aparente (cortinas e acessórios);
Remoção de tomadas ou interruptores elétricos;
Remoção de luminárias;
Remoção de forro sem reaproveitamento;
Demolição de alvenarias;
Remoção e recomposição de piso de concreto simples (E=8cm) – enchimento
do palco do auditório;
Remoção cuidadosa de poltronas do auditório;
Remoção de instalações e dutos de elétrica;
Remoção de quadro de elétrica;
Retirada de rodapés de madeira;
Retirada de aparelhos de ar condicionado.
Estruturas:
O novo piso em rampa com adequação à acessibilidade será executado em estrutura
metálica, acrescido de contrapiso em concreto armado, conforme locais indicados em
projeto específico, e painel do tipo wall revestido com carpete. Esta estrutura não terá
interferência direta com as paredes de alvenaria existentes.
Vedações:
Alvenaria de vedação: deverá ser executado fechamento em alvenaria de blocos
cerâmicos furados 9x14x19cm nos locais indicados no projeto arquitetônico, onde
deverá ser executado o fechamento de vãos de esquadrias ou móveis removidos.
Todos os fechamentos de vãos deverão ser executados, mantendo a mesma espessura
das paredes existentes.
Revestimentos de parede e forro:
Chapisco - traço 1:3 (cimento e areia), espessura 0,5cm, preparo manual;
Emboço - traço 1:3 (cimento e areia média), espessura 1,5cm, preparo manual
da argamassa;
Reboco - traço 1:2 (cal e areia fina peneirada), espessura 0,5cm, preparo
manual da argamassa.
21
Todas as vedações em alvenaria,novas ou existentes, onde houver interferência do
projeto, deverão receber chapisco e emboço/reboco, para posterior pintura, indicada
no projeto.
A recuperação e/ou restauração do revestimento existente, no caso de fissuras,
desplacamento ou mesmo pela intervenção com abertura de vãos, engastamento de
novas paredes às existentes, entre outros, deverão seguir estas especificações. No
caso de restauro do revestimento existente, aplicar emboço e reboco com as mesmas
características do existente sem aplicação de massa corrida PVA.
Esquadrias:
As esquadrias de ferro existentes deverão ser limpas e restauradas, visando retomar a
configuração original da fachada do edifício. O seu funcionamento deverá ser revisado
e lubrificado, quando for o caso. Deverá ser executada a limpeza e remoção da pintura
existente nos perfis metálicos com solvente, para posterior repintura com tinta
esmalte fosco cor palha (idem à cor existente, cuja tonalidade deverá ser verificada
junto à fiscalização antes da execução da pintura).
Caso não seja possível a recuperação das esquadrias existentes, deverão ser trocadas
todas as partes que porventura não estiverem adequadas ao uso e funções de vedação
e estanqueidade. O acabamento final das novas partes de esquadrias e/ou esquadrias
novas deverão possuir mesmo padrão de acabamento final das demais, mantendo a
homogeneidade do conjunto.
Pisos:
Serão necessários os seguintes serviços relacionados a pisos:
Execução de contrapiso em concreto com regularização na área do novo
volume, conforme mencionado no item 5. Estruturas;
Execução de piso em painel wall, nas áreas indicadas em projeto;
Instalação de carpete agulhado estruturado nos locais indicados em projeto:
após retirada do revestimento de piso existente e nivelamento da base do
mesmo, será instalado carpete, conforme especificações do Termo de
Referência, na cor cinza chumbo.
Forros:
O forro de gesso acartonado será instalado em toda a área do auditório. O forro,
material incombustível, deverá estar perfeitamente nivelado, sem fissuras, trincas ou
volumes. O acabamento entre as paredes existentes e o novo forro deverá ser
executado com negativo (tabica metálica) e deverá prever a abertura para re-
instalação das luminárias, caixas de som e equipamentos de projeção.
22
Tratamentos e pinturas:
O teto, conforme indicado no projeto, deverá receber aplicação de uma demão de
fundo selador acrílico sobre a superfície limpa e seca e posteriormente, pintura acrílica
acetinada na cor branca.
Instalações prediais:
Quanto às instalações prediais, serão contemplados os seguintes itens:
Instalações elétricas de força e iluminação em substituição às existentes,
quando indicado em projeto;
Instalações de iluminação de emergência;
Realocação das instalações de ar-condicionado e instalação de novas unidades
(com previsão de instalações elétricas e hidráulicas pertinentes para possibilitar
os serviços de instalação);
Redes de cabeamento estruturado e telefonia.
Sistema de Iluminação: serão instaladas luminárias de sobrepor, conforme
indicado nas plantas. Todos os reatores deverão ser 127V, eletrônico com alto
fator de potência.
Mobiliário:
Serão instaladas poltronas novas com atendimento aos requisitos das normas de
segurança e prevenção contra incêndio, bem como dos parâmetros de ergonomia e
acessibilidade. As distâncias e afastamentos devem atender aos indicados em projeto
arquitetônico.
As poltronas novas deverão possuir estrutura interna em madeira laminada com
curvatura anatômica, inteiramente estofada em espuma injetada de poliuretano de
alta densidade com formato frontal que atenda aos quesitos de ergonomia quanto à
curvatura das costas.
Nas laterais do palco, serão executados painéis em marcenaria, conforme
detalhamento de projeto, com intuito de fechamento de shafts para guarda e proteção
de equipamentos de ventilação permanente e materiais de uso.
Acessibilidade:
Nos locais indicados em projeto arquitetônico de acessibilidade, seguindo respectivos
detalhamentos, deverão ser instalados guarda-corpos nas laterais dos assentos de
público, atendendo à RT do CBMRS No 11, Item 5.9.1.3.
23
Sinalização:
Nos locais destinados às Pessoas em Cadeiras de Rodas (PCR), deverão ser instaladas
placas em alumínio anodizado natural, contendo símbolo internacional de acesso
conforme NBR 9050, para identificação das áreas reservadas para pessoas em cadeira
de rodas. As placas deverão ser fixadas no piso através de parafusos e deverão possuir
dimensões mínimas de 25x25cm.
Serão ainda instaladas placas em PVC adesivadas com indicativo do acesso à sala ao
lado da porta, no lado externo.
A sinalização de segurança conta ainda com previsão de iluminação direcional
embutida nas poltronas dispostas nos corredores da plateia, bem como placas
fotoluminescentes nas paredes com a orientação de rotas de fuga e a porta de saída
da sala.
Serviços gerais:
A obra contará com os serviços de, no mínimo, um engenheiro responsável pelo
andamento dos serviços, um mestre de obras e um vigia.
Deverá ser realizada a limpeza permanente da obra.
Após a conclusão dos serviços de obra será realizado o registro As Built, fornecido em
arquivo digital e impresso.
24
REFERÊNCIAS
MORAES, George Augusto Moraes de. A contribuição de Manoel Itaqui para a
arquitetura gaúcha. Dissertação de Mestrado. Programa de Pesquisa e Pós-graduação
em Arquitetura (PROPAR). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, UFRGS. Porto
Alegre, 2003.
TONIOLI, R. M. Cidade e Universidade: Arquitetura e configuração urbana do Campus
Centro da UFRGS. Dissertação de Mestrado. Programa de Pesquisa e Pós-graduação
em Arquitetura (PROPAR). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, UFRGS. Porto
Alegre. 2014.