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Auditoria Para Concursos

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AUDITORIA

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Didatismo e Conhecimento1

 AUDITORIA 

CONCEITOS E OBJETIVOS.

Em virtude de ser classicada como uma das atividades prΓ³prias da Contabilidade, atΓ© algum tempo atrΓ‘s uma auditoriaera privilegio exclusivo do bacharel em CiΓͺncias ContΓ‘beis. Mas,nas ΓΊltimas dΓ©cadas, essa realidade, como a de tantas outras Γ‘reas prossionais, tem sofrido profundas modicaçáes.

Constata-se, atualmente, que o domΓ­nio da auditoria expande-se para alΓ©m de sua Γ‘rea original de conhecimento, de modo que passou a ser uma atividade multidisciplinar, transcendendo, assim,os limites contΓ‘beis. Essa modernização decorre principalmentedo avanΓ§o tecnolΓ³gico nas Γ‘reas de computação e informaçáes,o que vem exigindo das empresas do setor novas tΓ©cnicas e procedimentos operacionais. Tal conquista, porΓ©m, nΓ£o as dispensada exigΓͺncia de vericar os controles rotineiros e a exatidΓ£o dosresultados da empresa examinada, alΓ©m de, mais moderadamente,comprovar a atribuição da responsabilidade civil e a probidadeadministrativa de colaboradores e gestores.

Γ‰ certo que a prossΓ£o de Auditor Independente cujo objeto deexame sΓ£o as demonstraçáes nanceiras das sociedades por açáescom capital aberto, conforme a legislação da comissΓ£o de ValoresMobiliΓ‘rios continua sendo um privilegio do contador, pois sΓ³ele pode emitir e assinar os pareceres sobre as peΓ§as contΓ‘beisexaminadas. NΓ£o obstante, na presente β€œera do conhecimento”, atΓ©mesmo o chamado β€œAuditor-Contador” no desenvolvimento desuas tarefas Γ© obrigado a recorrer a conhecimentos de outras Γ‘reas.Esse recurso torna-se uma imposição para aqueles que, como ele, pretende atuar no Γ’mbito das atividades do mundo econΓ΄mico, desorte que nΓ£o podem mais prescindir do auxilio de prossionaisformados em Administração, Economia e InformΓ‘tica.

Essa modernidade cabe ressaltar, expandiu e, dessa formadiversicou sobremaneira o campo da atuação da Auditoria,não se restringindo à Auditoria das Demonstraçáes Financeiras.Hoje jÑ existe literatura que distingue as auditorias em outroscampos especializados, como a de Qualidade, de Computação, aGovernamental, de Negócios, Interna e outras.

Ademais, a imbricação a esses novos campos de aplicação possibilita e confere mais eciΓͺncia Γ  observação sistemΓ‘ticaexigida pela auditoria sobre controles internos ou, como sedenomina recentemente, sobre os β€œprocedimentos operacionais”,congurados na circulação de documentos nas empresas.O que inclui o exame dos atos e fatos patrimoniais e atΓ©extrapatrimoniais, os quais fundamentarΓ£o a opiniΓ£o do Auditor e, por isso, a transformaram no produto de um processo que requer 

conhecimentos múltiplos.Conceito de Auditoria: Para facilitar o entendimento dasfunçáes e atividades dessa especialização do contador, torna-senecessÑria a divisão em duas ramicaçáes de atuação que são:

1Βͺ Auditoria externa independente;2Βͺ Auditoria interna e operacional.

1 – Auditoria externa independente: Γ‰ a tΓ©cnica contΓ‘bilque visa obter elementos de convicção que permitam julgar as Demonstraçáes ContΓ‘beis de uma entidade, bem como osregistros contΓ‘beis: Foram efetuados de acordo com os princΓ­piosfundamentais de contabilidade; e Reetem adequadamente asituação econΓ΄mico-nanceira do patrimΓ΄nio os resultados do perΓ­odo examinado e as demais situaçáes e informaçáes nelasdemonstrados e constantes das notas explicativas.

A Auditoria das demonstraçáes contΓ‘beis constitui o conjuntode procedimentos tΓ©cnicos que tem por objetivo a emissΓ£o de parecer sobre sua adequação consoante os PrincΓ­pios Fundamentaisde Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, noque for pertinente, a legislação especΓ­ca.

2 – Auditoria interna e operacional: Γ‰ o instrumento decontrole administrativo e de vericação sistemΓ‘tica da ecΓ‘ciae eciΓͺncia das atividades operacionais. Enfoca a avaliação doscontroles internos das atividades e processos administrativos eoperacionais, analisando as deciΓͺncias e os riscos envolvidos,visando: Γ€ proteção dos bens e direitos da empresa contra fraudes,desvios, desfalques; Γ€ constatação de possΓ­veis irregularidades euso indevidos dos bens e direitos da empresa, que comprometamseu desempenho; Ao aprimoramento contΓ­nuo da eciΓͺncia eecΓ‘cia operacional, contribuindo com soluçáes que possibiliteme facilitem o atingimento das metas dos planos estabelecidos.

A Auditoria Interna constitui o conjunto de procedimentostécnicos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e

ecÑcia dos controles internos e das informaçáes físicas, contÑbeis,nanceiras e operacionais da entidade.

Tipos e Objetivos das auditorias

Auditoria das demonstraçáes contΓ‘beis: EmissΓ£o de parecer sobre as demonstraçáes contΓ‘beis da empresa ou entidadeem determinada data.Auditoria interna: RevisΓ£o sistemΓ‘tica das transaçáes

operacionais e do sistema de controle internos, visando: Γ€ proteção dos bens e direitos da empresa contra fraudes, desviose desfalques; A constatação de possΓ­veis irregularidades e usoindevidos dos bens e direitos da empresa.Auditoria operacional: Avaliação

sistemΓ‘tica da ecΓ‘cia e eciΓͺncia das atividades

operacionais e dos processos administrativos, visando: Ao aprimoramento continuo da eciΓͺncia e ecΓ‘cia operacional,contribuindo com soluçáes.Auditoria de cumprimento normativo ou compliance

audit Auditoria para vericação do comprimento/observΓ’ncia denormas e procedimentos implantados pela empresa ou pelos Γ³rgΓ£osreguladores de determinadas atividades. Por exemplo, normasimplantadas pelo Banco Central do Brasil a serem observadas pelas instituiçáes nanceiras para o combate do crime de lavagemde dinheiro.Auditoria de gestΓ£o: Trabalhos dirigidos Γ  anΓ‘lise dos

 planos e diretrizes da empresa, objetivando mensurar a eciΓͺnciada gestΓ£o das operaçáes e sua consistΓͺncia com os planos e metasaprovados.

Auditoria de sistemas: Exames e avaliaçáes da qualidadedo sistema de computação de dados e dos controles existentesno ambiente de tecnologia de informaçáes, visando otimizar autilização dos recursos de computação de dados, minimizar osriscos envolvidos nos processos e garantir a geração de informaçáese de dados conΓ‘veis, em tempo, ao menos custo possΓ­vel.Auditoria scal e tributΓ‘ria: AnΓ‘lise da eciΓͺncia e

ecΓ‘cia dos procedimentos adotados para a apuração, controle e pagamento dos tributos que incidem nas atividades comerciais eoperacionais da empresa. Avaliação do planejamento tributΓ‘rio.Auditoria ambiental: Avaliação dos processos

operacionais e produtivos das empresas visando a) A identicaçãode dados ao meio ambiente e quanticação de contingΓͺncias e b)Preparação da empresa para receber o Certicado ISSO - meioambiente.

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Didatismo e Conhecimento2

 AUDITORIA 

Auditoria nos processos de compra e vendas de empresase reestrututuraΓ§oes societΓ‘rias – incorporaçáes, fusΓ΅es, cisΓ΅es eformaçáes de joint ventures.Auditoria das demonstraçáes contΓ‘beis

das empresas envolvidas; Assessoria na avaliaçãodas empresas objetos de negociação societΓ‘ria; Avaliação dos ativos objetos de negociação; Identicação decontingΓͺncias scais, trabalhistas, ambientais, cΓ­veis etc. nasempresas envolvidas.

 DISTINÇÃO ENTRE AUDITORIA INTERNA, AUDITORIA INDEPENDENTE E 

 PERÍCIA CONTÁBIL.

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A AUDITORIAINDEPENDENTE E A AUDITORIA INTERNA OUOPERACIONAL

 PropΓ³sito do trabalho

A auditoria interna e operacional visa elaborar sugestΓ΅es parao aprimoramento da gestΓ£o operacional, salvaguardar os ativos daempresa e tornar mais ecientes os controles internos.

 Na auditoria externa independente, sua preocupação Γ© vericar se as demonstraçáes contΓ‘beis condizem com os princΓ­piosfundamentais da contabilidade e de os saldos das contas reetemcom propriedade a posição patrimonial e nanceira do cliente.

 ParΓ’metros para a execução dos trabalhos

O auditor interno fundamenta-se nas normas e polΓ­ticaselaboradas pela empresa para a realização e emissΓ£o de seus relatΓ³rios. Por sua vez, o auditor externo independente vale-se principalmentedos princΓ­pios fundamentais de contabilidade para subsidiar suasopiniΓ΅es. Os Γ³rgΓ£os normativos e orientadores da atividade emiteme discutem, com frequΓͺncia, padrΓ΅es que devem ser obedecidos pela categoria. O auditor independente nΓ£o pode desobedecer atais padrΓ΅es de trabalho, sob pena de ver cercada sua atuação.

 NΓ­vel de preocupação com os controles internos

A preocupação do auditor interno Γ© com aeciΓͺncia do funcionamento dos controles; esse aspectoΓ© de fundamental importΓ’ncia para seus trabalhos. A auditoria externa independente, por sua vez, verica se possΓ­veisfalhas nos controles internos podem produzir efeitos relevantesnas demonstraçáes contΓ‘beis.

 DependΓͺncia profssional 

O auditor interno, por ser funcionΓ‘rio da empresa e,consequentemente, depende do emprego, pode sofrer restriçáes para a emissΓ£o de relatΓ³rios com crΓ­ticas Γ s prΓ‘ticas empresariaisou decisΓ΅es do alto escalΓ£o. Para diminuir o grau de dependΓͺncia,o auditor interno deve ocupar um cargo de nΓ­vel hierΓ‘rquicosuperior, de preferΓͺncia subordinado ao alto escalΓ£o de comandoda empresa.

Conclui-se que o trabalho do auditor precisa ter forterespaldo por parte da direção da empresa. Γ‰ claro que, como Γ©um departamento que irΓ‘ atuar com outros departamentos paravericar se os trabalhos desenvolvidos estΓ£o de acordo como desejo da direção, somente a prΓ³pria direção pode outorgar Γ auditora a autoridade necessΓ‘ria para o desempenha dessa função.Por outro lado, o auditor deve ser um prossional capacitado aatender aos anseios da direção Γ  qual assessora. A auditoria, por ser independente, sofre menores restriçáes, tendo maior autonomia para reportar suas crΓ­ticas e opiniΓ΅es.

Formato de RelatΓ³rio

O relatΓ³rio da auditoria interna nΓ£o Γ© padronizado, podendovariar de empresa para empresa, ou mesmo depende do responsΓ‘vel pelo gerenciamento do departamento. JΓ‘ relatΓ³rio do auditor externo independente nΓ£o pode fugir aos modelos padronizados pelos Γ³rgΓ£os normativos da atividade – Conselho Federal deContabilidade, Ibracon, Banco Central, ComissΓ£o de ValoresMobiliΓ‘rios etc.

UsuΓ‘rio dos trabalhos e dos relatΓ³rios de auditoria

Os relatΓ³rios da auditoria interna destina-se sempre aosgestores da empresa; normalmente Γ© restrita sua circulação.Os relatΓ³rios da auditoria externa independente tem como principais usuΓ‘rios o publico externo ao cliente, tais comoacionistas, investidores no mercado de capitais e credores 

DIFERENΓ‡AS ENTRE AS FUNÇÕES DE AUDITORIAE PERÍCIAS

 No meio empresarial e na sociedade, hΓ‘ certa confusΓ£o entreas atividades e funçáes do auditor e as do perito e dos agentes descalização. Vamos comentar bem resumidamente sobre periciase scalizaçáes.

a) Pericias: Trabalhos voltados para o esclarecimento dosquesitos formulados por um juiz, para atender a determinado processo judicial, cΓ­vel ou trabalhista. Como consequΓͺncia, o perito nomeado pelo juiz emitirΓ‘ um laudo pericial, com suasconclusΓ΅es, respondendo aos questionΓ‘rios formulados. PericiaContΓ‘bil Γ© o conjunto de procedimentos tΓ©cnicos que tem por objetivos a emissΓ£o de laudo sobre questΓ΅es contΓ‘beis, medianteexame, vistorias indagação, investigação, arbitramento, avaliaçãoou certicação.

 b) Fiscalização: função executada por agentes scais dauniΓ£o, Estados e MunicΓ­pios, visando ao controle e Γ  scalizaçãodas prΓ‘ticas tributΓ‘rias adotadas pelos contribuintes.

TESTES DE AUDITORIA: SUBSTANTIVOS, DE OBSERVΓ‚NCIA, REVISΓƒO ANALÍTICA.

Os procedimentos da Auditoria constituem exames einvestigaçáes, incluindo testes de observÒncia e testes substantivos,que permitem ao auditor interno obter subsídios sucientes parafundamentar suas conclusáes e recomendaçáes à administração daentidade.

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Didatismo e Conhecimento3

 AUDITORIA 

Os testes de observÒncia visam à obtenção de razoÑvelsegurança de que os controles internos estabelecidos pelaadministração estão em efetivo funcionamento, inclusive quantoao seu cumprimento pelos funcionÑrios e administradores da

entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos:a) inspeção – vericação de registros, documentos e ativos

tangΓ­veis; b) observação – acompanhamento de processo ou

 procedimento quando de sua execução;c) investigação e conrmação – obtenção de informaçáes

 perante pessoas fΓ­sicas ou jurΓ­dicas conhecedoras das transaçáes edas operaçáes, dentro ou fora da entidade.

 

Os testes substantivos visam Γ  obtenção de evidΓͺncia quantoΓ  suciΓͺncia, exatidΓ£o e validade dos dados produzidos pelossistemas de informação da entidade.

As informaçáes que fundamentam os resultados da AuditoriaInterna sΓ£o denominadas de β€œevidΓͺncias”, que devem ser sucientes, dedignas, relevantes e ΓΊteis, de modo a fornecer basesΓ³lida para as conclusΓ΅es e recomendaçáes Γ  administração daentidade.

O processo de obtenção e avaliação das informaçáescompreende:

I – a obtenção de informaçáes sobre os assuntosrelacionados aos objetivos e ao alcance da Auditoria Interna,devendo ser observado que:

a) a informação suciente Γ© aquela que Γ© factual e convincente,de tal forma que uma pessoa prudente e informada possa entendΓͺ-

la da mesma forma que o auditor interno; b) a informação adequada Γ© aquela que, sendo conΓ‘vel,

 propicia a melhor evidΓͺncia alcançÑvel, por meio do uso apropriadodas tΓ©cnicas de Auditoria Interna;

c) a informação relevante é a que dÑ suporte às conclusáes e àsrecomendaçáes da Auditoria Interna;

d) a informação útil é a que auxilia a entidade a atingir suasmetas.

II – a avaliação da efetividade das informaçáes obtidas,mediante a aplicação de procedimentos da Auditoria Interna,incluindo testes substantivos, se as circunstΓ’ncias assim o exigirem.

O processo deve ser supervisionado para alcançar razoÑvelsegurança de que o objetivo do trabalho da Auditoria Interna estÑsendo atingido.

Devem ser adotados procedimentos adequados para assegurar que as contingΓͺncias ativas e passivas relevantes - decorrentes de processos judiciais e extrajudiciais, reivindicaçáes e reclamaçáes, bem como de lanΓ§amentos de tributos e de contribuiçáes em disputa,- foram identicadas e sΓ£o do conhecimento da administração daentidade.

 No trabalho da Auditoria Interna, quando aplicΓ‘vel, deveser examinada a observΓ’ncia dos PrincΓ­pios Fundamentais deContabilidade, das Normas Brasileiras de Contabilidade eda legislação tributΓ‘ria, trabalhista e societΓ‘ria, bem como ocumprimento das normas reguladoras a que estiver sujeita aentidade.

 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: INSPEÇÃO, OBSERVAÇÃO,

 INVESTIGAÇÃO, CONFIRMAÇÃO,

CÁLCULO, PROCEDIMENTOS ANALÍTICOS.

A aplicação dos procedimentos de auditoria deve ser realiza-da, em razΓ£o da complexidade e volume das operaçáes, por meiode provas seletivas, testes e amostragens, cabendo ao auditor, com base na anΓ‘lise de riscos de auditoria e outros elementos de quedispuser, determinar a amplitude dos exames necessΓ‘rios Γ  obten-ção dos elementos de convicção que sejam vΓ‘lidos para o todo.

 Na aplicação dos testes de observΓ’ncia e substantivos, o audi-tor deve considerar os seguintes procedimentos tΓ©cnicos bΓ‘sicos:

a) inspeção – exame de registros, documentos e de ativos tan-gΓ­veis;

 b) observação – acompanhamento de processo ou procedi-mento quando de sua execução;

c) investigação e conrmação – obtenção de informaçáes jun-to a pessoas ou entidades conhecedoras da transação, dentro oufora da entidade;

d) cΓ‘lculo – conferΓͺncia da exatidΓ£o aritmΓ©tica de documen-tos comprobatΓ³rios, registros e demonstraçáes contΓ‘beis e outrascircunstΓ’ncias; e

e) revisΓ£o analΓ­tica – vericação do comportamento de valo-res signicativos, mediante Γ­ndices, quocientes, quantidades ab-solutas ou outros meios, com vistas Γ  identicação de situação outendΓͺncias atΓ­picas.

 Na aplicação dos testes de observΓ’ncia, o auditor deve veri-car a existΓͺncia, efetividade e continuidade dos controles internos. Na aplicação dos testes substantivos, o auditor deve objetivar 

as seguintes conclusΓ΅es:a) existΓͺncia – se o componente patrimonial existe em certa

data; b) direitos e obrigaçáes – se efetivamente existentes em certa

data;c) ocorrΓͺncia – se a transação de fato ocorreu;d) abrangΓͺncia – se todas as transaçáes estΓ£o registradas; ee) mensuração, apresentação e divulgação – se os itens estΓ£o

avaliados, divulgados, classicados e descritos de acordo com osPrincΓ­pios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileirasde Contabilidade.

 Na aplicação dos procedimentos de revisΓ£o analΓ­tica, o audi-tor deve considerar:

a) o objetivo dos procedimentos e o grau de conabilidade dosresultados alcançÑveis;

 b) a natureza da entidade e o conhecimento adquirido nas au-ditorias anteriores; e

c) a disponibilidade de informaçáes, sua relevÒncia, conabi-lidade e comparabilidade.

Se o auditor, durante a revisão analítica, não obtiver informa-çáes objetivas sucientes para dirimir as questáes suscitadas, deveefetuar vericaçáes adicionais, aplicando novos procedimentos deauditoria, até alcançar conclusáes satisfatórias.

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Didatismo e Conhecimento4

 AUDITORIA 

Quando o valor envolvido for expressivo em relação à posi-ção patrimonial e nanceira e ao resultado das operaçáes, deve oauditor:

a) conrmar os valores das contas a receber e a pagar, atravésde comunicação direta com os terceiros envolvidos; e

 b) acompanhar o inventΓ‘rio fΓ­sico realizado pela entidade,executando os testes de contagem fΓ­sica e procedimentos comple-mentares aplicΓ‘veis.

TIPOS DE TESTES EM ÁREAS  ESPECÍFICAS DAS DEMONSTRAÇÕES 

CONTÁBEIS: CAIXA E BANCOS,CLIENTES, ESTOQUES, INVESTIMENTOS,

 IMOBILIZADO, FORNECEDORES, ADVOGADOS, SEGUROS E FOLHAS DE 

 PAGAMENTO.

Quanto ao tópico supra, cumpre-nos informar que não hÑnormas especícas para este item - Tipos de Teste em ÁreasEspecícas das Demonstraçáes ContÑbeis: Caixa e Bancos,Clientes, Estoques, Investimentos, Imobilizado, Fornecedores,Advogados, Seguros, Folha de Pagamentos - , ou seja, o CFC nãonormatizou a questão.

 PAPΓ‰IS DE TRABALHO E DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA.

Esta norma estabelece procedimentos e critérios relativos àdocumentação mínima obrigatória a ser gerada na realização dostrabalhos de auditoria das demonstraçáes contÑbeis.

O auditor deve documentar as questΓ΅es que foramconsideradas importantes para proporcionar evidΓͺncia, visando afundamentar seu parecer da auditoria e comprovar que a auditoriafoi executada de acordo com as Normas de Auditoria Independentedas Demonstraçáes ContΓ‘beis.

Os papΓ©is de trabalho constituem a documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este na execução da auditoria. Elesintegram um processo organizado de registro de evidΓͺnciasda auditoria, por intermΓ©dio de informaçáes em papel, meioseletrΓ΄nicos ou outros que assegurem o objetivo a que se destinam.

Os papΓ©is de trabalho destinam-se a:

a) ajudar, pela anÑlise dos documentos de auditorias anterioresou pelos coligidos quando da contratação de uma primeiraauditoria, no planejamento e na execução da auditoria;

 b) facilitar a revisΓ£o do trabalho de auditoria;c) registrar as evidΓͺncias do trabalho executado, para

fundamentar o parecer do auditor independente.

O auditor deve registrar nos papΓ©is de trabalho informaçãorelativa ao planejamento de auditoria, a natureza, a oportunidade ea extensΓ£o dos procedimentos aplicados, os resultados obtidos e assuas conclusΓ΅es da evidΓͺncia da auditoria. Os papΓ©is de trabalhodevem incluir o juΓ­zo do auditor acerca de todas as questΓ΅essignicativas, juntamente com a conclusΓ£o a que chegou, inclusivenas Γ‘reas que envolvem questΓ΅es de difΓ­cil julgamento.

A extensΓ£o dos papΓ©is de trabalho Γ© assunto de julgamento prossional, visto que nΓ£o Γ© necessΓ‘rio nem prΓ‘tico documentar todas as questΓ΅es de que o auditor trata. Entretanto, qualquer matΓ©ria que, por ser relevante, possa inuir sobre o seu parecer,deve gerar papΓ©is de trabalho que apresentem as indagaçáese as conclusΓ΅es do auditor. Ao avaliar a extensΓ£o dos papΓ©is detrabalho, o auditor deve considerar o que seria necessΓ‘rio para proporcionar a outro auditor, sem experiΓͺncia anterior com aquelaauditoria, o entendimento do trabalho executado e a base para as principais decisΓ΅es tomadas, sem adentrar os aspectos detalhadosda auditoria.

A forma e o conteΓΊdo dos papΓ©is de trabalho podem ser afetados por questΓ΅es como:

a) natureza do trabalho; b) natureza e complexidade da atividade da entidade;c) natureza e condição dos sistemas contΓ‘beis e de controle

interno da entidade;d) direção, supervisão e revisão do trabalho executado pela

equipe tΓ©cnica;e) metodologia e tecnologia utilizadas no curso dos trabalhos.

Os papΓ©is de trabalho sΓ£o elaborados, estruturados eorganizados para atender Γ s circunstΓ’ncias do trabalho e satisfazer Γ s necessidades do auditor para cada auditoria.

Os papΓ©is de trabalho padronizados podem melhorar a ecΓ‘ciados trabalhos, e sua utilização facilita a delegação de tarefas, proporcionando meio adicional de controle de qualidade. Entre os papΓ©is de trabalho padronizados, encontram-se, alΓ©m de outros:listas de vericação de procedimentos, cartas de conrmação desaldos, termos de inspeçáes fΓ­sicas de caixa, de estoques e deoutros ativos.

O auditor pode usar quaisquer documentos e demonstraçáes preparados ou fornecidos pela entidade, desde que avalie suaconsistΓͺncia e se satisfaΓ§a com sua forma e conteΓΊdo.

Os papΓ©is de trabalho, alΓ©m de outros mais especΓ­cos,incluem:

a) informaçáes sobre a estrutura organizacional e legal daentidade;

 b) cΓ³pias ou excertos de documentos legais, contratos e atas;c) informaçáes sobre o setor de atividades, ambiente

econΓ΄mico e legal em que a entidade opera;d) evidΓͺncias do processo de planejamento, incluindo

 programas de auditoria e quaisquer mudanΓ§as nesses programas;e) evidΓͺncias do entendimento, por parte do auditor, do

sistema contÑbil e do controle interno, e sua concordÒncia quantoà ecÑcia e adequação;

f) evidΓͺncias de avaliação dos riscos de auditoria;g) evidΓͺncias de avaliação e conclusΓ΅es do auditor e revisΓ£o

sobre o trabalho da auditoria interna;h) anΓ‘lises de transaçáes, movimentação e saldos de contas;i) anΓ‘lises de tendΓͺncias, coecientes, quocientes, Γ­ndices e

outros indicadores signicativos; j) registro da natureza, oportunidade e extensΓ£o dos

 procedimentos de auditoria e seus resultados;k) evidΓͺncias de que o trabalho executado pela equipe tΓ©cnica

foi supervisionado e revisado;l) indicação de quem executou e revisou os procedimentos de

auditoria e de quando o fez;

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Didatismo e Conhecimento5

 AUDITORIA 

m) detalhes dos procedimentos relativos às demonstraçáescontÑbeis auditadas por outro auditor;

n) cópias de comunicaçáes com outros auditores, peritos,especialistas e terceiros;

o) cópias de comunicaçáes à administração da entidade, e suas

respostas, em relação aos trabalhos, Γ s condiçáes de contratação eΓ s deciΓͺncias constatadas, inclusive no controle interno;

 p) cartas de responsabilidade da administração;q) conclusΓ΅es do auditor acerca de aspectos signicativos,

incluindo o modo como foram resolvidas ou tratadas questΓ΅esnΓ£o-usuais;

r) cΓ³pias das demonstraçáes contΓ‘beis, assinadas pelaadministração da entidade e pelo contabilista responsΓ‘vel, e do parecer e dos relatΓ³rios do auditor.

  No caso de auditorias realizadas em vΓ‘rios perΓ­odos

consecutivos, alguns papΓ©is de trabalho, desde que sejamatualizados, podem ser reutilizados, diferentemente daqueles quecontΓͺm informaçáes sobre a auditoria de um ΓΊnico perΓ­odo.

O auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter a custΓ³dia dos papΓ©is de trabalho pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emissΓ£o do seu parecer.

A condencialidade dos papΓ©is de trabalho Γ© dever permanentedo auditor.

Os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva do auditor.Partes ou excertos destes podem, a critério do auditor, ser postos àdisposição da entidade.

Os papéis de trabalho quando solicitados por terceirossomente podem ser disponibilizados após autorização formal daentidade auditada

O auditor deve documentar, atravΓ©s de papΓ©is de trabalho, to-dos os elementos signicativos dos exames realizados e que evi-denciam ter sido a auditoria executada de acordo com as normasaplicΓ‘veis.

Os papΓ©is de trabalho devem ter abrangΓͺncia e grau de detalhesucientes para propiciar o entendimento e o suporte da auditoriaexecutada, compreendendo a documentação do planejamento, anatureza, oportunidade e extensΓ£o dos procedimentos de audito-ria, bem como o julgamento exercido pelo auditor e as conclusΓ΅esalcanΓ§adas.

Os papΓ©is de trabalho devem ser elaborados, organizados earquivados de forma sistemΓ‘tica e racional.

Quando o auditor se utilizar de anÑlises, demonstraçáes ouquaisquer outros documentos fornecidos pela entidade, deve certi-car-se da sua exatidão.

DOCUMENTAÇÃO

O auditor deve documentar, atravΓ©s de papΓ©is de trabalho, to-dos os elementos signicativos dos exames realizados e que evi-denciam ter sido a auditoria executada de acordo com as normasaplicΓ‘veis.

Os papΓ©is de trabalho devem ter abrangΓͺncia e grau de detalhesucientes para propiciar o entendimento e o suporte da auditoriaexecutada, compreendendo a documentação do planejamento, anatureza, oportunidade e extensΓ£o dos procedimentos de audito-ria, bem como o julgamento exercido pelo auditor e as conclusΓ΅esalcanΓ§adas.

Os papΓ©is de trabalho devem ser elaborados, organizados earquivados de forma sistemΓ‘tica e racional.

Quando o auditor se utilizar de anÑlises, demonstraçáes ouquaisquer outros documentos fornecidos pela entidade, deve certi-car-se da sua exatidão.

 NORMAS DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS  DE AUDITORIA. PLANEJAMENTO

 DA AUDITORIA.

 

O auditor deve planejar seu trabalho consoante as NormasProssionais de Auditor Independente, e de acordo com os prazose demais compromissos contratualmente assumidos com a enti-dade.

O planejamento pressupΓ΅e adequado nΓ­vel de conhecimentosobre as atividades, os fatores econΓ΄micos, legislação aplicΓ‘vel eas prΓ‘ticas operacionais da entidade, e o nΓ­vel geral de competΓͺn-cia de sua administração.

O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes naexecução dos trabalhos, especialmente os seguintes:

a) o conhecimento detalhado das prΓ‘ticas contΓ‘beis adotadas

 pela entidade e as alteraçáes procedidas em relação ao exercΓ­cioanterior; b) o conhecimento detalhado do sistema contΓ‘bil e de contro-

les internos da entidade e seu grau de conabilidade;c) os riscos de auditoria e identicação das Ñreas importantes

da entidade, quer pelo volume de transaçáes, quer pela complexi-dade de suas atividades;

d) a natureza, oportunidade e extensΓ£o dos procedimentos deauditoria a serem aplicados;

e) a existΓͺncia de entidades associadas, liais e partes rela-cionadas;

f) o uso dos trabalhos de outros auditores independentes, espe-cialistas e auditores internos;

g) a natureza, conteΓΊdo e oportunidade dos pareceres, relatΓ³-

rios e outros informes a serem entregues à entidade; eh) a necessidade de atender prazos estabelecidos por entidadesreguladoras ou scalizadoras e para a entidade prestar informaçáesaos demais usuÑrios externos.

O auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar  programas de trabalho por escrito, detalhando o que for necessΓ‘rioΓ  compreensΓ£o dos procedimentos que serΓ£o aplicados, em termosde natureza, oportunidade e extensΓ£o.

Os programas de trabalho devem ser detalhados de forma aservir como guia e meio de controle de sua execução.

O planejamento da auditoria, quando incluir a designação deequipe técnica, deve prever a orientação e supervisão do auditor,que assumirÑ total responsabilidade pelos trabalhos executados.

A utilização de equipe tΓ©cnica deve ser prevista de maneiraa fornecer razoΓ‘vel seguranΓ§a de que o trabalho venha a ser exe-cutado por pessoa com capacitação prossional, independΓͺncia etreinamento requeridos nas circunstΓ’ncias.

O planejamento e os programas de trabalho devem ser revisa-dos e atualizados sempre que novos fatos o recomendarem.

Quando for realizada uma auditoria pela primeira vez na enti-dade, ou quando as demonstraçáes contΓ‘beis do exercΓ­cio anterior tenham sido examinadas por outro auditor, o planejamento devecontemplar os seguintes procedimentos:

a) obtenção de evidΓͺncias sucientes de que os saldos de aber-tura do exercΓ­cio nΓ£o contenham representaçáes errΓ΄neas ou in-consistentes que, de alguma maneira, distorΓ§am as demonstraçáescontΓ‘beis do exercΓ­cio atual;

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Didatismo e Conhecimento6

 AUDITORIA 

 b) exame da adequação dos saldos de encerramento do exercΓ­-cio anterior com os saldos de abertura do exercΓ­cio atual;

c) vericação se as prÑticas contÑbeis adotadas no atual exer-cício são uniformes com as adotadas no exercício anterior;

d) identicação de fatos relevantes que possam afetar as ativi-dades da entidade e sua situação patrimonial e nanceira; e

e) identicação de relevantes eventos subseqüentes ao exercí-cio anterior, revelados ou não revelados.

FRAUDE E ERRO.

Fraude: Ato intencional de omissão ou manipulação detransaçáes, adulteração de documentos, registros e demonstraçáescontÑbeis.

Erro: Ato não intencional resultante de omissão, desatençãoou mÑ interpretação de fatos na elaboração de registros edemonstraçáes contÑbeis.

Ao detectar erros relevantes ou fraudes no decorrer dosseus trabalhos, o auditor tem a obrigação de comunicÑ-losà administração da entidade e sugerir medidas corretivas,informando sobre os possíveis efeitos no seu parecer, caso elasnão sejam adotadas.

A responsabilidade primÑria na prevenção e identicaçãode fraudes e erros é da administração da entidade, através daimplementação e manutenção de adequado sistema contÑbil e decontrole interno. Entretanto, o auditor deve planejar seu trabalho deforma a detectar fraudes e erros que impliquem efeitos relevantesnas demonstraçáes contÑbeis.

 RELEVΓ‚NCIA NA AUDITORIA.

Os exames de auditoria devem ser planejados e executadosna expectativa de que os eventos relevantes relacionados com asdemonstraçáes contÑbeis sejam identicados.

A relevΓ’ncia deve ser considerada pelo auditor quando:a) determinar a natureza, oportunidade e extensΓ£o dos proce-

dimentos de auditoria; b) avaliar o efeito das distorçáes sobre os saldos, denomina-

çáes e classicação das contas; ec) determinar a adequação da apresentação e da divulgação da

informação contÑbil.

 RISCOS NA AUDITORIA.

Risco de auditoria Γ© a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opiniΓ£o tecnicamente inadequada sobre demonstraçáes con-tΓ‘beis signicativamente incorretas.

A anΓ‘lise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de pla-nejamento dos trabalhos considerando a relevΓ’ncia em dois nΓ­veis:

a) em nível geral, considerando as demonstraçáes contÑbeistomadas no seu conjunto, bem como as atividades, qualidade daadministração, avaliação do sistema contÑbil e de controles inter-nos e situação econômica e nanceira da entidade; e

 b) em nΓ­veis especΓ­cos, relativos ao saldo das contas ou na-tureza e volume das transaçáes.

Para determinar o risco da auditoria, o auditor deve avaliar oambiente de controle da entidade, compreendendo:

a) a função e envolvimento dos administradores nas ativida-des da entidade;

 b) a estrutura organizacional e os mΓ©todos de administraçãoadotados, especialmente quanto a limites de autoridade e respon-sabilidade;

c) as políticas de pessoal e segregação de funçáes;d) a xação, pela administração, de normas para inventÑrio,

 para conciliação de contas, preparação de demonstraçáes contΓ‘- beis e demais informes adicionais;

e) as implantaçáes, modicaçáes e acesso aos sistemas de in-formação computadorizada, bem como acesso a arquivos de dadose possibilidade de inclusão ou exclusão de dados;

f) o sistema de aprovação e registro de transaçáes;g) as limitaçáes de acesso físico a ativos e registros contÑbeis

e/ou administrativos; eh) as comparaçáes e anÑlises dos resultados nanceiros com

dados histΓ³ricos e/ou projetados.

 SUPERVISΓƒO E CONTROLE DE QUALIDADE.

 Na supervisΓ£o dos trabalhos da equipe tΓ©cnica durante a exe-cução da auditoria, o auditor deve:

a) avaliar o cumprimento do planejamento e do programa detrabalho;

 b) avaliar se as tarefas distribuΓ­das Γ  equipe tΓ©cnica estΓ£o sen-do cumpridas no grau de competΓͺncia exigido;

c) resolver questáes signicativas quanto à aplicação dosPrincípios Fundamentais de Contabilidade e das Normas Brasilei-ras de Contabilidade;

d) avaliar se os trabalhos foram adequadamente documenta-dos e os objetivos dos procedimentos técnicos alcançados; e

e) avaliar se as conclusáes obtidas são resultantes dos traba-lhos executados e permitem ao auditor fundamentar sua opiniãosobre as demonstraçáes contÑbeis.

O auditor deve instituir um programa de controle de quali-dade visando avaliar, periodicamente, se os serviΓ§os executadossΓ£o efetuados de acordo com as Normas Prossionais de Auditor Independente e estas normas.

O programa de controle de qualidade deve ser estabelecidode acordo com a estrutura da equipe tΓ©cnica do auditor e a com- plexidade dos serviΓ§os que realizar. No caso do auditor atuar sema colaboração de assistentes, o controle da qualidade Γ© inerente Γ qualicação prossional do auditor.

Os requisitos que o auditor deve adotar para o controle da qua-lidade dos seus serviços são os que seguem:

a) o pessoal designado deve ter a competΓͺncia e habilidade prossionais compatΓ­veis com o requerido no trabalho realizado;

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Didatismo e Conhecimento7

 AUDITORIA 

 b) o pessoal designado deve ter o nΓ­vel de independΓͺncia edemais atributos denidos nas Normas Prossionais de Auditor Independente para ter uma conduta prossional inquestionΓ‘vel;

c) o trabalho de auditoria deverΓ‘ ser realizado por pessoal quetenha um nΓ­vel de treinamento e de experiΓͺncia prossional com- patΓ­vel com o grau de complexidade das atividades da entidadeauditada; e

d) o auditor deverÑ planejar, supervisionar e revisar o traba-lho em todas as suas etapas, de modo a garantir aos usuÑrios deseus serviços a certeza razoÑvel de que o trabalho foi realizadode acordo com as normas de controle de qualidade requeridas nascircunstÒncias.

O controle de qualidade do auditor inclui a avaliação perma-nente da carteira dos clientes, quanto ao seguintes aspectos:

a) capacidade de atendimento ao cliente, em face da estruturaexistente;

 b) grau de independΓͺncia existente; e

c) integridade dos administradores do cliente.

A avaliação permanente da carteira de clientes deverΓ‘ ser feita por escrito considerando os seguintes pressupostos:

a) a capacidade de atendimento serÑ determinada pela somadas horas disponíveis, segundo horÑrio contratado com a equipetécnica, em relação às horas contratadas com os clientes;

 b) a independΓͺncia em relação aos clientes deve abranger todaa equipe tΓ©cnica que trabalhar para o cliente;

c) que nΓ£o hΓ‘ evidΓͺncias de que a administração do clienteadotou medidas administrativas que possam comprometer o tra- balho do auditor; e

d) o auditor independente deverÑ avaliar a necessidade de ro-dízio de auditores responsÑveis pela realização dos serviços, de

modo a resguardar a independΓͺncia do auditor responsΓ‘vel pelaexecução dos serviΓ§os.

 ESTUDO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONTÁBIL E DE CONTROLES 

 INTERNOS.

O sistema contÑbil e de controles internos compreende o planode organização e o conjunto integrado de método e procedimentosadotados pela entidade na proteção do seu patrimônio, promoçãoda conabilidade e tempestividade dos seus registros e demonstra-

çáes contÑbeis, e da sua ecÑcia operacional.O auditor deve efetuar o estudo e avaliação do sistema contÑ-

 bil e de controles internos da entidade, como base para determinar a natureza, oportunidade e extensΓ£o da aplicação dos procedimen-tos de auditoria, considerando:

a) o tamanho e complexidade das atividades da entidade; b) os sistemas de informação contΓ‘bil, para efeitos tanto inter-

nos quanto externos;c) as Ñreas de risco de auditoria;d) a natureza da documentação, em face dos sistemas de infor-

matização adotados pela entidade;e) o grau de descentralização de decisão adotado pela admi-

nistração da entidade; ef) o grau de envolvimento da auditoria interna, se existente.

O sistema contΓ‘bil e de controles internos Γ© de responsabili-dade da administração da entidade; porΓ©m o auditor deve efetuar sugestΓ΅es objetivas para seu aprimoramento, decorrentes de cons-tataçáes feitas no decorrer do seu trabalho.

A avaliação do sistema contÑbil e de controles internos pelo

auditor deve considerar os seguintes aspectos:a) o ambiente de controle existente na entidade; e b) os procedimentos de controle adotados pela administração

da entidade.

A avaliação do ambiente de controle existente deve conside-rar:

a) a denição de funçáes de toda a administração; b) o processo decisΓ³rio adotado na entidade;c) a estrutura organizacional da entidade e os mΓ©todos de de-

legação de autoridade e responsabilidade;d) as políticas de pessoal e segregação de funçáes; ee) o sistema de controle da administração, incluindo as atri-

 buiçáes da auditoria interna, se existente.

A avaliação dos procedimentos de controle deve considerar:a) as normas para elaboração de demonstraçáes contÑbeis e

quaisquer outros informes contΓ‘beis e administrativos, para nsquer internos quer externos;

 b) a elaboração, revisΓ£o e aprovação de conciliaçáes de con-tas;

c) a sistemÑtica revisão da exatidão aritmética dos registros;d) a adoção de sistemas de informação computadorizados e os

controles adotados na sua implantação, alteração, acesso a arqui-vos e geração de relatórios;

e) os controles adotados sobre as contas que registram as prin-cipais transaçáes da entidade;

f) o sistema de aprovação e guarda de documentos;g) a comparação de dados internos com fontes externas de

informação;h) os procedimentos de inspeçáes físicas periódicas em ativos

da entidade;i) a limitação do acesso fΓ­sico a ativos e registros; e j) a comparação dos dados realizados com os dados projeta-

dos.

CONTINUIDADE NORMAL DOS NEGΓ“CIOS  DA ENTIDADE.

A continuidade normal das atividades da entidade deve mere-cer especial atenção do auditor, quando do planejamento dos seustrabalhos, ao analisar os riscos de auditoria, e deve ser comple-mentada quando da execução de seus exames.

A evidΓͺncia de normalidade pelo prazo de um ano apΓ³s a datadas demonstraçáes contΓ‘beis Γ© suciente para a caracterizaçãodessa continuidade.

Caso, no decorrer dos trabalhos, se apresentem indΓ­cios que ponham em dΓΊvida essa continuidade, deve o auditor aplicar os procedimentos adicionais que julgar necessΓ‘rios para a formaçãode juΓ­zo embasado e denitivo sobre a matΓ©ria.

 Na hipΓ³tese de o auditor concluir que hΓ‘ evidΓͺncias de riscosna continuidade normal das atividades da entidade, deve avaliar os possΓ­veis efeitos nas demonstraçáes contΓ‘beis, especialmentequanto Γ  realização dos ativos.

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Didatismo e Conhecimento8

 AUDITORIA 

Quando constatar que hΓ‘ evidΓͺncias de riscos na continuidadenormal das atividades da entidade, o auditor independente deve-rΓ‘, em seu parecer, mencionar, em parΓ‘grafo de Γͺnfase, os efeitosque tal situação poderΓ‘ determinar na continuidade operacional daentidade, de modo que os usuΓ‘rios tenham adequada informaçãosobre a mesma.

Embora nΓ£o exaustivos, pelo menos os seguintes pressupostosdeverΓ£o ser adotados pelo auditor na anΓ‘lise da continuidade daentidade auditada:

a) indicadores nanceiros

1 - passivo a descoberto;2 - posição negativa do capital circulante líquido;3 - empréstimos com prazo xo e vencimentos imediatos, sem

 possibilidade de renovação pelos credores;4 - excessiva participação de emprΓ©stimos de curto prazo,

sem a possibilidade de alongamento das dívidas ou capacidadede amortização;

5 - índices nanceiros adversos de forma contínua;6 - prejuízos substanciais de operação e de forma contínua;7 - retração ou descontinuidade na distribuição de resultados;8 - incapacidade de devedores na data do vencimento;9 - diculdades de acertos com credores;10 - alteraçáes ou renegociaçáes com credores; e11 - incapacidade de obter nanciamentos para desenvolvi-

mento de novos negΓ³cios ou produtos, e inversΓ΅es para aumentoda capacidade produtiva.

b) indicadores de operação

1 - perda de elementos-chaves na administração sem modi-caçáes ou substituiçáes imediatas;

2 - perda de mercado, franquia, licença, fornecedor essencialou nanciador estratégico; e3 - diculdades de manter mão-de-obra essencial para a ma-

nutenção da atividade.

c) outras indicaçáes

1 - nΓ£o cumprimento de normas legais, regulamentares e es-tatutΓ‘rias;

2 - contingΓͺncias capazes de nΓ£o serem cumpridas pela enti-dade; e

3 - mudanças das políticas governamentais que afetam a en-tidade.

 AMOSTRAGEM: TAMANHO, TIPOS E  AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS.

Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou métodode seleção de itens a serem testados, o auditor pode empregar téc-nicas de amostragem.

Ao usar mΓ©todos de amostragem estatΓ­stica ou nΓ£o estatΓ­stica,o auditor deve projetar e selecionar uma amostra de auditoria, apli-car a essa amostra procedimentos de auditoria e avaliar os resul-tados da amostra, de forma a proporcionar evidΓͺncia de auditoriasuciente e apropriada.

A amostra selecionada pelo auditor deve ter uma relação di-reta com o volume de transaçáes realizadas pela entidade na Γ‘reaou transação objeto de exame, como tambΓ©m com os efeitos na posição patrimonial e nanceira da entidade, e o resultado por elaobtido no perΓ­odo.

 Na determinação da amostra o auditor deve levar em conside-ração os seguintes fatores:

a) população objeto da amostra; b) estraticação da amostra;c) tamanho da amostra;d) risco da amostragem;e) erro tolerΓ‘vel; ef) erro esperado.

 Na seleção de amostra devem ser considerados:

a) seleção aleatΓ³ria; b) seleção sistemΓ‘tica, observando um intervalo constante en-tre as transaçáes realizadas; e

c) seleção casual, a critΓ©rio do auditor, baseada em sua expe-riΓͺncia prossional.

 PROCESSAMENTO ELETRΓ”NICO DE  DADOS.

A utilização de processamento eletrônico de dados pela

entidade requer que exista, na equipe da Auditoria Interna, prossional com conhecimento suciente sobre a tecnologia dainformação e os sistemas de informação utilizados.

O uso de tΓ©cnicas de Auditoria Interna, que demandemo emprego de recursos tecnolΓ³gicos de processamento deinformaçáes, requer que exista na equipe da Auditoria Interna prossional com conhecimento suciente de forma a implementar os prΓ³prios procedimentos ou, se for o caso, orientar, supervisionar e revisar os trabalhos de especialistas.

O uso de PED modica a forma de processamento e armaze-namento de informaçáes, afetando a organização e os procedimen-tos adotados pela entidade na consecução de adequados controlesinternos. O auditor deve dispor de compreensão suciente dos re-cursos de PED e dos sistemas de processamento existentes, a m

de avaliΓ‘-los e planejar adequadamente seu trabalho.O grau mΓ­nimo de conhecimento que o auditor deve ter para

 planejar, dirigir,supervisionar e revisar o trabalho de auditoria de-senvolvido em ambiente de PED compreende:

a) conhecer sucientemente o sistema de contabilidade e decontrole interno afetado pelo ambiente de PED;

 b) determinar o efeito que o ambiente de PED possa ter sobrea avaliação de risco global da entidade e em nΓ­vel de saldos decontas e de transaçáes; e

c) estabelecer e supervisionar o nível de provas de controle ede procedimentos substantivos capaz de assegurar a conabilidadenecessÑria para conclusão sobre os controles internos e as demons-traçáes contÑbeis.

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Didatismo e Conhecimento9

 AUDITORIA 

O planejamento do trabalho em ambiente de PED deve con-siderar:

a) o volume de transaçáes da entidade; b) as entradas de dados nos sistemas que determinam mΓΊl-

tiplas transaçáes, registradas de forma simultÒnea, especialmentenos registros contÑbeis, as quais não podem ser validadas indepen-dentemente; e

c) as transaçáes da entidade que são intercambiadas eletroni-camente com outras entidades.

 No programa de trabalho para os exames dos sistemas dePED, o auditor independente deverΓ‘ incluir:

a) o exame da seguranΓ§a dos sistemas adotados pela entidade; b) o exame da estrutura e conabilidade dos sistemas adota-

dos para o controle e gerenciamento das atividades da entidade; ec) o grau de integração dos sistemas computadorizados com

os registros contÑbeis da entidade, como forma de propiciar a con-abilidade das demonstraçáes contÑbeis da mesma.

 ESTIMATIVAS CONTÁBEIS 

As estimativas contÑbeis são de responsabilidade da adminis-tração da entidade e se baseiam em fatores objetivos e subjetivos,requerendo o seu julgamento na determinação do valor adequado aser registrado nas demonstraçáes contÑbeis.

O auditor deve ter conhecimentos sucientes sobre os contro-les, procedimentos e mΓ©todos utilizados pela entidade no estabele-cimento de estimativas que resultem em provisΓ΅es.

O auditor deve se assegurar da razoabilidade das estimativas,individualmente consideradas, quando estas forem relevantes. Tal procedimento inclui, alΓ©m da anΓ‘lise da fundamentação matemΓ‘ti-co estatΓ­stica dos procedimentos utilizados pela entidade na quan-ticação das estimativas, a coerΓͺncia destas com o comportamentoda entidade em perΓ­odos anteriores, as prΓ‘ticas correntes em en-tidades semelhantes, os planos futuros da entidade, a conjunturaeconΓ΄mica e suas projeçáes.

Quando a comparação entre as estimativas feitas em perΓ­odosanteriores e os valores reais destas evidenciar variaçáes signica-tivas, deve o auditor vericar se houve o competente ajuste nos procedimentos, de forma a permitir estimativas mais apropriadasno perΓ­odo em exame.

TRANSAÇÕES COM PARTES  RELACIONADAS.

O auditor deve obter evidΓͺncias sucientes para identicar  partes relacionadas na fase de planejamento, possibilitando detec-tar, no decorrer dos trabalhos, quaisquer transaçáes relevantes queas envolvam.

O auditor deve examinar as transaçáes relevantes com partesrelacionadas, aplicando os procedimentos necessΓ‘rios Γ  obtençãode informaçáes sobre a nalidade, natureza e extensΓ£o das tran-saçáes, com especial atenção Γ quelas que pareΓ§am anormais ouenvolvam partes relacionadas nΓ£o identicadas quando do plane- jamento.

CONTINGÊNCIAS.

O auditor deve adotar procedimentos para assegurar-se quetodas as contingΓͺncias passivas relevantes, decorrentes de proces-sos judiciais, reivindicaçáes e reclamaçáes, bem como de lanΓ§a-mentos de tributos em disputa, foram identicadas e consideradas pela administração da entidade na elaboração das demonstraçáescontΓ‘beis.

Os seguintes procedimentos devem ser executados pelo au-ditor:

a) discussΓ£o, com a administração da entidade, das polΓ­ticas e procedimentos adotados para identicar, avaliar e contabilizar ascontingΓͺncias passivas;

 b) obtenção de carta dos advogados da entidade quanto Γ  exis-tΓͺncia de contingΓͺncias na Γ©poca da execução dos trabalhos naisde auditoria; e

c) discussΓ£o, com os advogados e/ou a administração da enti-dade, das perspectivas no desfecho das contingΓͺncias e da adequa-ção das perdas contingentes provisionadas, bem como das divulga-çáes a serem feitas nas demonstraçáes contΓ‘beis.

O auditor deve adotar os mesmos procedimentos com relaçãoΓ s contingΓͺncias ativas.

TRANSAÇÕES EVENTOS SUBSEQUENTES.

O auditor deve aplicar procedimentos especícos em relaçãoaos eventos ocorridos entre as datas do balanço e a do seu parecer,que possam demandar ajustes nas demonstraçáes contÑbeis ou adivulgação de informaçáes nas notas explicativas.

O auditor deve considerar em seu parecer os efeitos decorren-tes de transaçáes e eventos subsequentes relevantes ao exame dasdemonstraçáes contΓ‘beis, mencionando-os como ressalva ou em parΓ‘grafo de Γͺnfase, quando nΓ£o ajustadas ou reveladas adequa-damente.

O auditor deverΓ‘ considerar trΓͺs situaçáes de eventos subse-quentes:

a) os ocorridos entre a data do tΓ©rmino do exercΓ­cio social e adata da emissΓ£o do parecer;

 b) os ocorridos depois do tΓ©rmino do trabalho de campo, coma consequente emissΓ£o do parecer e a data da divulgação das de-monstraçáes contΓ‘beis; e

c) os ocorridos apΓ³s a divulgação das demonstraçáes contΓ‘- beis.

Para ter condiçáes de formar opinião sobre as demonstra-çáes contÑbeis considerando os efeitos relevantes das transaçáese eventos subsequentes ao encerramento do exercício social, o au-ditor deve considerar:

a) os procedimentos da administração para que os eventos se- jam divulgados;

 b) os atos e fatos administrativos registrados em atas de reu-niΓ΅es de acionistas, administradores e outros Γ³rgΓ£os estatutΓ‘rios;

c) os informes, de qualquer espΓ©cie, divulgados pela entidade;d) a situação de contingΓͺncias conhecidas e reveladas pela ad-

ministração e pelos advogados da entidade; ee) a existΓͺncia de eventos, nΓ£o revelados pela administração

nas demonstraçáes contÑbeis, que tenham efeitos relevantes sobreas mesmas.

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Didatismo e Conhecimento10

 AUDITORIA 

 EVIDÊNCIA EM AUDITORIA.

EvidΓͺncia de auditoria Γ© o conjunto de fatos comprovados, su-cientes, competentes e pertinentes, e por denição, mais consis-tentes que os achados, em função de determinadas caracterΓ­sticas:

SuciΓͺncia: a evidΓͺncia deve ser convincente Γ  pessoasleigas, permitindo-as chegar Γ s mesmas conclusΓ΅es do auditor.

 Validade: deve dar credibilidade e suporte Γ  conclusΓ£o doauditor.

RelevΓ’ncia: deve ter relação com os objetivos da auditoria. Objetividade: deve ser objetiva e respaldar as conclusΓ΅es do

auditor de forma mais profunda do que a simples aparΓͺncia.

A evidΓͺncia de auditoria Γ© classicada segundo os procedi-mentos que a originaram. Assim, temos:

β€’ EvidΓͺncia fΓ­sica: Obtida em decorrΓͺncia de uma

inspeção fΓ­sica ou observação direta de pessoas, bens ou transaçáes. Normalmente Γ© apresentada sob a forma de fotograas, grΓ‘cos,memorandos descritivos, mapas, amostras fΓ­sicas etc.

β€’ EvidΓͺncia documental: Γ‰ aquela obtida dos examesde ofΓ­cios, contratos, documentos comprobatΓ³rios (notas scais,recibos, duplicatas quitadas, etc.) e informaçáes prestadas por  pessoas de dentro e de fora da entidade auditada, sendo que aevidΓͺncia obtida de fontes externas adequadas Γ© mais dedignaque a obtida na prΓ³pria organização sob auditoria.

β€’ EvidΓͺncia testemunhal: Γ‰ aquela decorrente daaplicação de entrevistas e questionΓ‘rios.

β€’ EvidΓͺncia analΓ­tica: Decorre da conferΓͺncia de cΓ‘lculos,comparaçáes, correlaçáes e anΓ‘lises feitas pelo auditor, dentreoutras.

 AVALIAÇÃO DO NEGΓ“CIO.

O objetivo do auditor Γ© identicar e avaliar os riscos dedistorção relevante independentemente se causada por fraudeou erro, nos nΓ­veis de demonstração contΓ‘bil e armaçáes, por meio do entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusivedo controle interno da entidade, proporcionando assim uma base para o planejamento e a implementação das respostas aos riscosidenticados de distorção relevante.

Deniçáes 

Para ns das normas de auditoria, os termos tΓͺm os seguintessignicados:

 Afrmaçáes sΓ£o declaraçáes da administração, explΓ­citas ounΓ£o, que estΓ£o incorporadas Γ s demonstraçáes contΓ‘beis, utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorçáes potenciais que possam ocorrer.

 Risco de negΓ³cio Γ© o risco que resulta de condiçáes, eventos,circunstΓ’ncias, açáes ou falta de açáes signicativas que possamafetar adversamente a capacidade da entidade de alcanΓ§ar seusobjetivos e executar suas estratΓ©gias, ou do estabelecimento deobjetivos ou estratΓ©gias inadequadas.

Controle interno é o processo planejado, implementado emantido pelos responsÑveis da governança, administração e outrosfuncionÑrios para fornecer segurança razoÑvel quanto à realizaçãodos objetivos da entidade no que se refere à conabilidade dos

relatΓ³rios nanceiros, efetividade e eciΓͺncia das operaçáese conformidade com leis e regulamentos aplicΓ‘veis. O termoβ€œcontroles” refere-se a quaisquer aspectos de um ou mais doscomponentes do controle interno.

 Procedimentos de avaliação de riscos sΓ£o os procedimentosde auditoria aplicados para a obtenção do entendimento daentidade e do seu ambiente, incluindo o controle interno daentidade, para a identicação e avaliação dos riscos de distorçãorelevantes, independentemente se causada por fraude ou por erro,nas demonstraçáes contΓ‘beis e nas armaçáes.

 Risco signifcativo Γ© o risco de distorção relevante identicadoe avaliado que, no julgamento do auditor, requer consideraçãoespecial na auditoria.

Requisitos 

Procedimentos de avaliação de risco e atividades

relacionadas 

O auditor deve aplicar procedimentos de avaliação de riscos para fornecer uma base para a identicação e avaliação de riscos dedistorção relevante nas demonstraçáes contΓ‘beis e nas armaçáes.Os procedimentos de avaliação de riscos por si sΓ³, porΓ©m, nΓ£ofornecem evidΓͺncias de auditoria apropriada e suciente parasuportar a opiniΓ£o da auditoria (ver itens A1 a A5).

Os procedimentos de avaliação de riscos incluem o seguinte:(a) indagaçáes à administração e a outros na entidade que, no

 julgamento do auditor, possam ter informaçáes com probabilidadede auxiliar na identicação de riscos de distorção relevante devidoa fraude ou erro.

(b) procedimentos analíticos;(c) observação e inspeção .

O auditor deve considerar se as informaçáes obtidas no processo de aceitação ou continuação do cliente sΓ£o relevantes para a identicação de riscos de distorção relevante.

Se o sΓ³cio do trabalho executou outros trabalhos para a

entidade, o sócio do trabalho deve considerar se a informaçãoobtida é relevante para a identicação de riscos de erro relevante.

Quando o auditor pretende usar as informaçáes obtidas emsua experiΓͺncia prΓ©via junto Γ  entidade e em procedimentos deauditoria executados em auditorias anteriores, o auditor devedeterminar se as mudanΓ§as que ocorreram desde a auditoriaanterior podem afetar a sua relevΓ’ncia para a auditoria corrente.

O sΓ³cio do trabalho e outros membros-chave da equipeencarregada do trabalho discutirΓ£o a suscetibilidade dasdemonstraçáes contΓ‘beis da entidade a distorção relevante e aaplicação da estrutura de relatΓ³rio nanceiro aplicΓ‘vel aos fatose circunstΓ’ncias da entidade. O sΓ³cio do trabalho deve determinar quais assuntos devem ser comunicados aos membros da equipeencarregada do trabalho nΓ£o envolvidos na discussΓ£o.

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Didatismo e Conhecimento11

 AUDITORIA 

Entendimento necessΓ‘rio da entidade e do seu ambiente,inclusive do controle interno da entidade. 

 Entidade e o seu ambiente 

O auditor deve obter entendimento do seguinte:(a) fatores do setor de atividade, regulamentares e outros

fatores externos relevantes, incluindo a estrutura de relatΓ³rionanceiro aplicΓ‘vel.

(b) a natureza da entidade, incluindo: (I) suas operaçáes; (II) suas estruturas societΓ‘ria e de governanΓ§a; (III) os tipos de investimentos que a entidade estΓ‘ fazendo e

 planeja fazer, incluindo investimentos em entidades de propΓ³sitoespecΓ­co; e 

(IV) a maneira como a entidade Γ© estruturada e como Γ©nanciada, para possibilitar ao auditor entender as classesde transaçáes, saldos de contas e divulgaçáes esperadas nasdemonstraçáes contΓ‘beis; 

(V) a seleção e aplicação pela entidade de polΓ­ticas contΓ‘beis,inclusive as razΓ΅es para mudanΓ§as nessas polΓ­ticas. O auditor deveavaliar se as polΓ­ticas contΓ‘beis da entidade sΓ£o apropriadas parao negΓ³cio e compatΓ­veis com a estrutura de relatΓ³rio nanceiroaplicΓ‘vel e polΓ­ticas contΓ‘beis usadas no setor de atividade pertinente; 

(d) os objetivos e estratΓ©gias da entidade e os riscos de negΓ³ciorelacionados que possam resultar em risco de distorção relevante;  

(e) a mensuração e revisΓ£o do desempenho das operaçáes daentidade. 

CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO.

O auditor deve obter carta que evidencie a responsabilidadeda administração quanto Γ s informaçáes e dados e Γ  preparação eapresentação das demonstraçáes contΓ‘beis submetidas aos examesde auditoria. A carta de responsabilidade deve ser emitida com amesma data do parecer do auditor sobre as demonstraçáes contΓ‘- beis a que ela se refere.

 PARECERES DE AUDITORIA: PARECER SEM RESSALVA, PARECER COM RESSALVA,

 PARECER ADVERSO, PARECER COM  ABSTENÇÃO DE OPINIΓƒO. PARÁGRAFO DE  ΓŠNFASE.

O β€œParecer dos Auditores Independentes”, ou β€œParecer doAuditor Independente”, Γ© o documento mediante o qual o auditor expressa sua opiniΓ£o, de forma clara e objetiva, sobre as demons-traçáes contΓ‘beis nele indicadas.

Como o auditor assume, atravΓ©s do parecer, responsabilidadetΓ©cnico prossional denida, inclusive de ordem pΓΊblica, Γ© indis- pensΓ‘vel que tal documento obedeΓ§a Γ s caracterΓ­sticas intrΓ­nsecase extrΓ­nsecas estabelecidas nas presentes normas.

Em condiçáes normais, o parecer é dirigido aos acionistas,cotistas, ou sócios, ao conselho de administração ou à diretoria daentidade, ou outro órgão equivalente, segundo a natureza desta.Em circunstÒncias próprias, o parecer é dirigido ao contratante dosserviços.

O parecer deve identicar as demonstraçáes contÑbeis sobreas quais o auditor estÑ expressando sua opinião, indicando, outros-sim, o nome da entidade, as datas e períodos a que correspondem.

O parecer deve ser datado e assinado pelo contador responsΓ‘-vel pelos trabalhos, e conter seu nΓΊmero de registro no ConselhoRegional de Contabilidade.

Caso o trabalho tenha sido realizado por empresa de auditoria,o nome e o nΓΊmero de registro cadastral no Conselho Regional deContabilidade tambΓ©m devem constar do parecer.

A data do parecer deve corresponder ao dia do encerramentodos trabalhos de auditoria na entidade.

O parecer deve expressar, clara e objetivamente, se as de-monstraçáes contÑbeis auditadas, em todos os aspectos relevantes,na opinião do auditor, estão adequadamente representadas ou não.

O parecer classica-se, segundo a natureza da opiniΓ£o quecontΓ©m, em:

a) parecer sem ressalva; b) parecer com ressalva;c) parecer adverso; ed) parecer com abstenção de opiniΓ£o.

PARECER SEM RESSALVA

O parecer sem ressalva indica que o auditor estÑ convencidode que as demonstraçáes contÑbeis foram elaboradas consoante asdisposiçáes normativas.

O parecer sem ressalva implica armação de que, em tendohavido alteraçáes na observÒncia das disposiçáes normativas, elastiveram seus efeitos avaliados e aceitos e estão devidamente reve-lados nas demonstraçáes contÑbeis.

O auditor nΓ£o deve emitir parecer sem ressalva quando existir qualquer das circunstΓ’ncias seguintes, que, na sua opiniΓ£o, tenhamefeitos relevantes para as demonstraçáes contΓ‘beis:

a) discordÒncia com a administração da entidade a respeitodo conteúdo e/ou forma de apresentação das demonstraçáes con-tÑbeis; ou

 b) limitação na extensΓ£o do seu trabalho.

A discordÒncia com a administração da entidade a respeito doconteúdo e forma de apresentação das demonstraçáes contÑbeisdeve conduzir à opinião com ressalva ou à opinião adversa, comos esclarecimentos que permitam a correta interpretação dessasdemonstraçáes.

A limitação na extensão do trabalho deve conduzir à opiniãocom ressalva ou à abstenção de opinião.

 Na auditoria independente das demonstraçáes contΓ‘beis dasentidades, pΓΊblicas ou privadas, sujeitas a regulamentação espe-cΓ­ca quanto Γ  adoção de normas contΓ‘beis prΓ³prias ao segmentoeconΓ΄mico, quando elas forem signicativamente conitantes comas disposiçáes normativas, o auditor deve emitir parecer com res-salva.

Quando o auditor emitir parecer com ressalva, adverso oucom abstenção de opinião, deve ser incluída descrição clara de to-das as razáes que fundamentaram o seu parecer e, se praticÑvel, a

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Didatismo e Conhecimento12

 AUDITORIA 

quanticação dos efeitos sobre as demonstraçáes contΓ‘beis. Essasinformaçáes devem ser apresentadas em parΓ‘grafo especΓ­co do parecer, precedendo ao da opiniΓ£o e, se for caso, fazer referΓͺncia auma divulgação mais ampla pela entidade em nota explicativa Γ sdemonstraçáes contΓ‘beis.

PARECER COM RESSALVA

O parecer com ressalva é emitido quando o auditor concluique o efeito de qualquer discordÒncia ou restrição na extensão deum trabalho não é de tal magnitude que requeira parecer adversoou abstenção de opinião.

O parecer com ressalva deve obedecer ao modelo do pare-cer sem ressalva, com a utilização das expressΓ΅es β€œexceto por”,β€œexceto quanto” ou β€œcom exceção de” referindo-se aos efeitos doassunto objeto da ressalva.

PARECER ADVERSO

 No parecer adverso, o auditor emite opiniΓ£o de que as de-monstraçáes contΓ‘beis nΓ£o estΓ£o adequadamente representadas,nas datas e perΓ­odos indicados.

O auditor deve emitir parecer adverso quando vericar que asdemonstraçáes contÑbeis estão incorretas ou incompletas, em talmagnitude que impossibilite a emissão do parecer com ressalva.

PARECER COM ABSTENÇÃO DE OPINIΓƒO

O parecer com a abstenção de opiniΓ£o Γ© aquele em que o audi-tor deixa de emitir opiniΓ£o sobre as demonstraçáes contΓ‘beis, por nΓ£o ter obtido comprovação suciente para fundamentΓ‘-la.

A abstenção de opiniΓ£o em relação Γ s demonstraçáes contΓ‘- beis tomadas em conjunto nΓ£o elimina a responsabilidade do audi-tor de mencionar, no parecer, qualquer desvio relevante que possa

inuenciar a decisão do usuÑrio dessas demonstraçáes.

 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE E ESTRUTURA

CONCEITUAL PARA A ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES 

CONTÁBEIS: RESOLUÇÕES NΒΊ 750/1993, 1.282/2010 E 1.374/2011 DO CONSELHO FEDERAL DE 

CONTABILIDADE (CFC).

A resolução 750/93 do Conselho Federal de Contabilidadedispáe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade.A observÒncia dos Princípios Fundamentais de Contabilidade

é obrigatória no exercício da prossão e constitui condição de le-gitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.

 Na aplicação dos PrincΓ­pios Fundamentais de ContabilidadehΓ‘ situaçáes concretas, a essΓͺncia das transaçáes deve prevalecer sobre seus aspectos formais.

Os PrincΓ­pios Fundamentais de Contabilidade representam aessΓͺncia das doutrinas e teorias relativas Γ  CiΓͺncia da Contabilida-de, consoante o entendimento predominante nos universos cien-tΓ­co e prossional de nosso PaΓ­s. Concernem, pois, Γ  Contabili-dade no seu sentido mais amplo de ciΓͺncia social, cujo objeto Γ© oPatrimΓ΄nio das Entidades. Vamos conferir o artigo 3ΒΊ da resolução750/93:

 Art. 3ΒΊ - SΓ£o PrincΓ­pios Fundamentais de Contabilidade: I) o da entidade; II) o da continuidade; III) o da oportunidade; IV) o do registro pelo valor original;

V) o da atualização monetΓ‘ria;VI) o da competΓͺncia eVII) o da prudΓͺncia.

O PRINCÍPIO DA ENTIDADE: O PrincΓ­pio da ENTIDA-DE reconhece o PatrimΓ΄nio como objeto da Contabilidade e ar-ma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação deum PatrimΓ΄nio particular no universo dos patrimΓ΄nios existentes,independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ounalidade, com ou sem ns lucrativos. Por conseqΓΌΓͺncia, nestaacepção, o PatrimΓ΄nio nΓ£o se confunde com aqueles dos seus sΓ³-cios ou proprietΓ‘rios, no caso de sociedade ou instituição.

O PATRIMΓ”NIO pertence Γ  ENTIDADE, mas a recΓ­proca

não é verdadeira. A soma ou agregação contÑbil de patrimôniosautônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidadede natureza econômico-contÑbil.

O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE: A CONTINUIDA-DE ou nΓ£o da entidade, bem como sua vida denida ou provΓ‘vel,devem ser consideradas quando da classicação e avaliação dasmutaçáes patrimoniais, quantitativas e qualitativas. A continuida-de inuencia o valor econΓ΄mico dos ativos e, em muitos casos, ovalor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a ex-tinção da entidade tem prazo determinado, previsto ou previsΓ­vel.A observΓ’ncia do PrincΓ­pio da continuidade Γ© indispensΓ‘vel Γ  cor-reta aplicação do princΓ­pio da competΓͺncia, por efeito de se rela-cionar diretamente Γ  quanticação dos componentes patrimoniaise Γ  formação do resultado, e de constituir dado importante para

aferir a capacidade futura de geração de resultado.

O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE: O Princípio daOPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tempestivida-de e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutaçáes,determinando que este seja feito de imediato e com a extensãocorreta, independentemente das causas que as originaram. Comoresultado da observÒncia do Princípio da Oportunidade:

I – desde que tecnicamente estimΓ‘vel, o registro das variaçáes patrimoniais deve ser feito mesmo na hipΓ³tese de somente existir razoΓ‘vel certeza de sua ocorrΓͺncia;

II – o registro compreende os elementos quantitativos e quali-tativos, contemplando os aspectos fΓ­sicos e monetΓ‘rios;

III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal dasvariaçáes ocorridas no patrimΓ΄nio da entidade, em um perΓ­o-

do de tempo determinado, base necessÑria para gerar informaçáesúteis ao processo decisório da gestão.

O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGI-NAL: Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelosvalores originais das transaçáes com o mundo exterior, expressos avalor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliaçãodas variaçáes patrimoniais posteriores, inclusive quando congu-rarem agregaçáes ou decomposiçáes no interior da entidade. DoPrincípio do registro pelo valor original resulta:

I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feitacom base nos valores de entrada, considerando-se como tais osresultantes do consenso com os agentes externos ou da imposiçãodestes;

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Didatismo e Conhecimento13

 AUDITORIA 

II – uma vez integrado no patrimΓ΄nio, o bem, direito ou obri-gação nΓ£o poderΓ£o ter alterados seus valores intrΓ­nsecos, admi-tindo-se, tΓ£o-somente, sua decomposição em elementos e/ou suaagregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;

III – o valor original serΓ‘ mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimΓ΄nio, inclusive quando da saΓ­dadeste;

IV – Os PrincΓ­pios da atualização monetΓ‘ria e do registro pelovalor original sΓ£o compatΓ­veis entre si e complementares, dado queo primeiro apenas atualiza e mantΓ©m atualizado o valor de entrada;

V – o uso da moeda do PaΓ­s na tradução do valor dos com- ponentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneizaçãoquantitativa dos mesmos.

O PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA: Osefeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devemser reconhecidos nos registros contΓ‘beis atravΓ©s do ajustamento daexpressΓ£o formal dos valores dos componentes patrimoniais. SΓ£oresultantes da adoção do PrincΓ­pio da atualização monetΓ‘ria:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medida devalor, nΓ£o representa unidade constante em termos do poder aqui-sitivo;

II – para que a avaliação do patrimΓ΄nio possa manter os va-lores das transaçáes originais (art. 7ΒΊ), Γ© necessΓ‘rio atualizar suaexpressΓ£o formal em moeda nacional, a m de que permaneΓ§amsubstantivamente corretos os valores dos componentes patrimo-niais e, por conseqΓΌΓͺncia, o do patrimΓ΄nio lΓ­quido;

III – a atualização monetΓ‘ria nΓ£o representa nova avaliação,mas, tΓ£o-somente, o ajustamento dos valores originais para deter-minada data, mediante a aplicação de indexadores, ou outros ele-mentos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moedanacional em um dado perΓ­odo.

O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA: As receitas e as des- pesas devem ser incluΓ­das na apuração do resultado do perΓ­odoem que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correla-cionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. OPrincΓ­pio da competΓͺncia determina quando as alteraçáes no ativoou no passivo resultam em aumento ou diminuição no patrimΓ΄niolΓ­quido, estabelecendo diretrizes para classicação das mutaçáes patrimoniais, resultantes da observΓ’ncia do PrincΓ­pio da oportuni-dade. O reconhecimento simultΓ’neo das receitas e despesas, quan-do correlatas, Γ© consequΓͺncia natural do respeito ao perΓ­odo emque ocorrer sua geração. As receitas consideram-se realizadas:

I – nas transaçáes com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso rme de efetivΓ‘-lo, quer  pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencen-tes Γ  ENTIDADE, quer pela fruição de serviΓ§os por esta prestados;

II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qual-quer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante deum ativo de valor igual ou maior;

III – pela geração natural de novos ativos independentementeda intervenção de terceiros;

IV – no recebimento efetivo de doaçáes e subvençáes.

Consideram-se incorridas as despesas:I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por 

transferΓͺncia de sua propriedade paraII – pela diminuição ou extinção do valor econΓ΄mico de um

ativo;III – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente

ativo.

O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA: O Princípio da PRU-DÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentesdo ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentemalternativas igualmente vÑlidas para a quanticação das mutaçáes

 patrimoniais que alterem o patrimΓ΄nio lΓ­quido. O PrincΓ­pio da pru-dΓͺncia impΓ΅e a escolha da hipΓ³tese de que resulte menor patrimΓ΄-nio lΓ­quido, quando se apresentarem opçáes igualmente aceitΓ‘veisdiante dos demais PrincΓ­pios Fundamentais de Contabilidade.

O PrincΓ­pio da prudΓͺncia somente se aplica Γ s mutaçáes pos-teriores, constituindo-se ordenamento indispensΓ‘vel Γ  correta apli-cação do princΓ­pio da competΓͺncia. A aplicação do PrincΓ­pio da prudΓͺncia ganha Γͺnfase quando, para denição dos valores rela-tivos Γ s variaçáes patrimoniais, devem ser feitas estimativas queenvolvem incertezas de grau variΓ‘vel.

RESOLUÇÃO CFC N.ΒΊ 1.282/10

 Atualiza e consolida dispositivos da Resolução CFC n.ΒΊ 

750/93, que dispΓ΅e sobre os PrincΓ­pios Fundamentais de Conta-bilidade.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, noexercício de suas atribuiçáes legais e regimentais,

CONSIDERANDO que, por conta do processo de convergΓͺnciaΓ s normas internacionais de contabilidade, o Conselho Federalde Contabilidade emitiu a NBC T 1 – Estrutura Conceitual paraa Elaboração e Apresentação das Demonstraçáes ContΓ‘beis,que discute a aplicabilidade dos PrincΓ­pios Fundamentais deContabilidade contidos na Resolução CFC n.ΒΊ 750/93;

CONSIDERANDO a necessidade de manutenção daResolução CFC n.ΒΊ 750/93, que foi e continua sendo referΓͺncia para outros organismos normativos e reguladores brasileiros;

CONSIDERANDO a importΓ’ncia do conteΓΊdo doutrinΓ‘rioapresentado na Resolução CFC n.ΒΊ 750/93, que continua sendo,nesse novo cenΓ‘rio convergido, o alicerce para o julgamento prossional na aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade;

CONSIDERANDO que, para assegurar a adequada aplicaçãodas Normas Brasileiras de Contabilidade à luz dos Princípiosde Contabilidade, hÑ a necessidade de harmonização dos doisdocumentos vigentes (Resolução CFC n.º 750/93 e NBC T 1);

CONSIDERANDO que, por conta dessa harmonização, adenominação de PrincΓ­pios Fundamentais de Contabilidade devaser alterada para PrincΓ­pios de Contabilidade, visto ser suciente para o perfeito entendimento dos usuΓ‘rios das demonstraçáescontΓ‘beis e dos prossionais da Contabilidade,

RESOLVE:

Art. 1ΒΊ Os β€œPrincΓ­pios Fundamentais de Contabilidade (PFC)”,citados na Resolução CFC n.ΒΊ 750/93, passam a denominar-seβ€œPrincΓ­pios de Contabilidade (PC)”.

Art. 2ΒΊ O β€œCONSIDERANDO” da Resolução CFC n.ΒΊ 750/93 passa a vigorar com a seguinte redação:

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 AUDITORIA 

β€œCONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentaçãoapropriada para interpretação e aplicação das Normas Brasileirasde Contabilidade,”

Art. 3ΒΊ Os arts. 5ΒΊ, 6ΒΊ, 7ΒΊ, 9ΒΊ e o Β§ 1ΒΊ do art. 10, da ResoluçãoCFC n.ΒΊ 750/93, passam a vigorar com as seguintes redaçáes: 

β€œArt. 5ΒΊ O PrincΓ­pio da Continuidade pressupΓ΅e que a EntidadecontinuarΓ‘ em operação no futuro e, portanto, a mensuração e aapresentação dos componentes do patrimΓ΄nio levam em conta estacircunstΓ’ncia.

Art. 6ΒΊ O PrincΓ­pio da Oportunidade refere-se ao processo demensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informaçáes Γ­ntegras e tempestivas.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contΓ‘bil pode ocasionar a perda de sua relevΓ’ncia, por isso Γ© necessΓ‘rio ponderar a relação

entre a oportunidade e a conabilidade da informação.

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determinaque os componentes do patrimônio devem ser inicialmenteregistrados pelos valores originais das transaçáes, expressos emmoeda nacional.

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadasem graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentesformas:

I – Custo histΓ³rico. Os ativos sΓ£o registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que sΓ£o entregues para adquiri-losna data da aquisição. Os passivos sΓ£o registrados pelos valoresdos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em

algumas circunstÒncias, pelos valores em caixa ou equivalentes decaixa, os quais serão necessÑrios para liquidar o passivo no cursonormal das operaçáes; e

II – Variação do custo histΓ³rico. Uma vez integrado ao patrimΓ΄nio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variaçáes decorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valoresem caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagosse esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na dataou no período das demonstraçáes contÑbeis. Os passivos sãoreconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, nãodescontados, que seriam necessÑrios para liquidar a obrigação nadata ou no período das demonstraçáes contÑbeis;

 b) Valor realizΓ‘vel. Os ativos sΓ£o mantidos pelos valores em

caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pelavenda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelosvalores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que seespera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigaçáesno curso normal das operaçáes da Entidade;

c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente,descontado do uxo futuro de entrada líquida de caixa que se esperaseja gerado pelo item no curso normal das operaçáes da Entidade.Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do uxofuturo de saída líquida de caixa que se espera seja necessÑrio paraliquidar o passivo no curso normal das operaçáes da Entidade;

d) Valor justo. Γ‰ o valor pelo qual um ativo pode ser trocado,ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas aisso, em uma transação sem favorecimentos; e

e) Atualização monetΓ‘ria. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registroscontΓ‘beis mediante o ajustamento da expressΓ£o formal dos valoresdos componentes patrimoniais.

§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetÑria:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medidade valor, nΓ£o representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II – para que a avaliação do patrimΓ΄nio possa manter osvalores das transaçáes originais, Γ© necessΓ‘rio atualizar suaexpressΓ£o formal em moeda nacional, a m de que permaneΓ§amsubstantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniaise, por consequΓͺncia, o do PatrimΓ΄nio LΓ­quido; e

III – a atualização monetΓ‘ria nΓ£o representa nova avaliação,mas tΓ£o somente o ajustamento dos valores originais paradeterminada data, mediante a aplicação de indexadores ou outroselementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moedanacional em um dado perΓ­odo.”

(...)β€œArt. 9ΒΊ O PrincΓ­pio da CompetΓͺncia determina que os efeitos

das transaçáes e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos aque se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

ParΓ‘grafo ΓΊnico. O PrincΓ­pio da CompetΓͺncia pressupΓ΅ea simultaneidade da confrontação de receitas e de despesascorrelatas.”

Art. 10. (...)

β€œParΓ‘grafo ΓΊnico. O PrincΓ­pio da PrudΓͺncia pressupΓ΅e oemprego de certo grau de precaução no exercΓ­cio dos julgamentosnecessΓ‘rios Γ s estimativas em certas condiçáes de incerteza, nosentido de que ativos e receitas nΓ£o sejam superestimados e que

 passivos e despesas nΓ£o sejam subestimados, atribuindo maior conabilidade ao processo de mensuração e apresentação doscomponentes patrimoniais.”

Art. 4ΒΊ Ficam revogados o inciso V do art. 3ΒΊ, o art. 8ΒΊ e os§§ 2ΒΊ e 3ΒΊ do art. 10, da Resolução CFC n.ΒΊ 750/93, publicadano D.O.U., Seção I, de 31.12.93; a Resolução CFC n. o  774/94, publicada no D.O.U., Seção I, de 18/1/95, e a Resolução CFC n.o 900/01, publicada no D.O.U., Seção I, de 3/4/01.

Art. 5ΒΊ Esta Resolução entra em vigor na  data de sua publicação.

BrasΓ­lia, 28 de maio de 2010.

Contador Juarez Domingues CarneiroPresidenteAta CFC nΒΊ. 916

Ata CFC n.ΒΊ 937

Resolução nº 1.374, de 8 de dezembro de 2011DÑ nova redação à NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL

- Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de RelatórioContÑbil Financeiro.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE,no exercΓ­cio de suas atribuiçáes legais e regimentais e comfundamento no disposto na alΓ­nea β€œf” do art. 6ΒΊ do Decreto-Lei nΒΊ9.295/46, alterado pela Lei nΒΊ 12.249/10, resolve:

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 AUDITORIA 

Art. 1ΒΊ - Dar nova redação Γ  NBC TG ESTRUTURACONCEITUAL - Estrutura Conceitual para Elaboração eDivulgação de RelatΓ³rio ContΓ‘bil Financeiro, tendo em vista aedição do Pronunciamento Conceitual BΓ‘sico (R1) pelo ComitΓͺde Pronunciamentos ContΓ‘beis (CPC) que tem por base The

Conceptual Framework for Financial Reporting (IASB - BV 2011Blue Book).

Art. 2º - Revogar a Resolução CFC nº 1.121/08, publicada noD.O.U., Seção I, de 01/04/08.

Art. 3ΒΊ - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se aos exercΓ­cios iniciados a partir de 1ΒΊ de janeiro de 2011.

Ata CFC nΒΊ 959

JUAREZ DOMINGUES CARNEIRO - Presidente doConselho

ANEXO NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC TG

ESTRUTURA CONCEITUAL - ESTRUTURACONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO

DE RELATΓ“RIO CONTÁBIL-FINANCEIROCAPÍTULO 1: OBJETIVO DO RELATΓ“RIO CONTÁBIL

FINANCEIRO DE PROPΓ“SITO GERAL

Introdução

OB1.O objetivo da elaboração e divulgação de relatóriocontÑbil nanceiro de propósito geral constitui o pilar da EstruturaConceitual. Outros aspectos da Estrutura Conceitual - como oconceito de entidade que reporta a informação, as característicasqualitativas da informação contÑbil nanceira útil e suas restriçáes,os elementos das demonstraçáes contÑbeis, o reconhecimento, amensuração, a apresentação e a evidenciação - uem logicamentedesse objetivo.

Objetivo, utilidade e limitaçáes do relatório contÑbilnanceiro de propósito geral.

OB2.O objetivo do relatΓ³rio contΓ‘bil nanceiro de propΓ³sitogeral Γ© fornecer informaçáes contΓ‘bil nanceiras acerca daentidade que reporta essa informação (reporting entity) que sejamΓΊteis a investidores existentes e em potencial, a credores por emprΓ©stimos e a outros credores, quando da tomada decisΓ£o ligadaao fornecimento de recursos para a entidade.

Essas decisΓ΅es envolvem comprar, vender ou manter 

 participaçáes em instrumentos patrimoniais e em instrumentosde dΓ­vida, e a oferecer ou disponibilizar emprΓ©stimos ou outrasformas de crΓ©dito.

OB3.DecisΓ΅es a serem tomadas por investidores existentese em potencial relacionadas a comprar, vender ou manter instrumentos patrimoniais e instrumentos de dΓ­vida dependemdo retorno esperado dos investimentos feitos nos referidosinstrumentos, por exemplo: dividendos, pagamentos de principale de juros ou acrΓ©scimos nos preΓ§os de mercado. Similarmente,decisΓ΅es a serem tomadas por credores por emprΓ©stimos e por outros credores, existentes ou em potencial, relacionadas aoferecer ou disponibilizar emprΓ©stimos ou outras formas decrΓ©dito, dependem dos pagamentos de principal e de juros ou deoutros retornos que eles esperam.

As expectativas de investidores, credores por empréstimos eoutros credores em termos de retorno dependem da avaliação destesquanto ao montante, tempestividade e incertezas (as perspectivas)associados aos uxos de caixa futuros de entrada para a entidade.

Consequentemente, investidores existentes e em potencial,credores por empréstimo e outros credores necessitam de 2informação para auxiliÑ-los na avaliação das perspectivas emtermos de entrada de uxos de caixa futuros para a entidade.

OB4.Para avaliar as perspectivas da entidade em termos deentrada de uxos de caixa futuros, investidores existentes e em potencial, credores por emprΓ©stimo e outros credores necessitamde informação acerca de recursos da entidade, reivindicaçáescontra a entidade, e o quΓ£o eciente e efetivamente a administraçãoda entidade e seu conselho de administração tΓͺm cumprido comsuas responsabilidades no uso dos recursos da entidade. Exemplosde referidas responsabilidades incluem a proteção de recursos daentidade de efeitos desfavorΓ‘veis advindos de fatos econΓ΄micos,

como, por exemplo, mudanΓ§as de preΓ§o e de tecnologia, e a garantiade que a entidade tem cumprido as leis, com a regulação e com asdisposiçáes contratuais vigentes. Informaçáes sobre a aprovaçãodo cumprimento de suas responsabilidades sΓ£o tambΓ©m ΓΊteis paradecisΓ΅es a serem tomadas por investidores existentes, credores por emprΓ©stimo e outros que tenham o direito de votar ou de outromodo exerΓ§am inuΓͺncia nos atos praticados pela administração.

OB5.Muitos investidores, credores por empréstimo e outroscredores, existentes e em potencial, não podem requerer que asentidades que reportam a informação prestem a eles diretamente asinformaçáes de que necessitam, devendo desse modo conar nosrelatórios contÑbil nanceiros de propósito geral, para grande parteda informação contÑbil nanceira que buscam.

Consequentemente, eles sΓ£o os usuΓ‘rios primΓ‘rios para quemrelatΓ³rios contΓ‘bil nanceiros de propΓ³sito geral sΓ£o direcionados.

OB6.Entretanto, relatórios contÑbil nanceiros de propósitogeral não atendem e não podem atender a todas as informaçáesde que investidores, credores por empréstimo e outros credores,existentes e em potencial, necessitam.

Esses usuΓ‘rios precisam considerar informação pertinente deoutras fontes, como, por exemplo, condiçáes econΓ΄micas gerais eexpectativas, eventos polΓ­ticos e clima polΓ­tico, e perspectivas e panorama para a indΓΊstria e para a entidade.

OB7.RelatΓ³rios contΓ‘bil nanceiros de propΓ³sito geral nΓ£osΓ£o elaborados para se chegar ao valor da entidade que reporta

a informação; a rigor, fornecem informação para auxiliar investidores, credores por emprΓ©stimo e outros credores, existentese em potencial, a estimarem o valor da entidade que reporta ainformação.

OB8.UsuΓ‘rios primΓ‘rios individuais tΓͺm diferentes, e possivelmente conitantes, desejos e necessidades de informação.Este Conselho Federal de Contabilidade, ao levar Γ  frente o processo de produção de suas normas, irΓ‘

 procurar proporcionar um conjunto de informaçáes queatenda Γ s necessidades do nΓΊmero mΓ‘ximo de usuΓ‘rios primΓ‘rios.Contudo, a concentração em necessidades comuns de informaçãonΓ£o impede que a entidade que reporta a informação presteinformaçáes adicionais que sejam mais ΓΊteis a um subconjunto particular de usuΓ‘rios primΓ‘rios.

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OB9.A administração da entidade que reporta a informaçãoestÑ também interessada em informação contÑbil nanceira sobrea entidade. Contudo, a administração não precisa apoiar-se emrelatórios contÑbil nanceiros de propósito geral uma vez que écapaz de obter a informação contÑbil nanceira de que precisainternamente.

OB10.Outras partes interessadas, como, por exemplo, Γ³rgΓ£osreguladores e membros do pΓΊblico que nΓ£o sejam investidores,credores por emprΓ©stimo e outros credores, podem do mesmomodo achar ΓΊteis relatΓ³rios contΓ‘bil nanceiros de propΓ³sito geral.Contudo, esses relatΓ³rios nΓ£o sΓ£o direcionados primariamente aesses outros grupos.

OB11.Em larga extensão, os relatórios contÑbil nanceirossão baseados em estimativas, julgamentos e modelos e não emdescriçáes ou retratos exatos. A Estrutura Conceitual estabeleceos conceitos que devem amparar tais estimativas, julgamentos e

modelos. Os conceitos representam o objetivo que este CFC e oselaboradores dos relatΓ³rios contΓ‘bil nanceiros devem se empenhar em alcanΓ§ar. Assim como a maioria dos objetivos, a visΓ£o contidana Estrutura Conceitual do que sejam a elaboração e a divulgaçãodo relatΓ³rio contΓ‘bil nanceiro ideal Γ© improvΓ‘vel de ser atingidaem sua totalidade, pelo menos no curto prazo, visto que se requer tempo para a compreensΓ£o, aceitação e implementação de novasformas de analisar transaçáes e outros eventos. NΓ£o obstante, oestabelecimento de objetivo a ser alcanΓ§ado com empenho Γ©essencial para que o processo de elaboração e divulgação derelatΓ³rio contΓ‘bil nanceiro venha a evoluir e tenha sua utilidadeaprimorada.

Informação acerca dos recursos econômicos da entidade

que reporta a informação, reivindicaçáes e mudanças nosrecursos e reivindicaçáes.

OB12.Relatórios contÑbil nanceiros de propósito geralfornecem informação acerca da posição patrimonial e nanceira daentidade que reporta a informação, a qual representa informaçãosobre os recursos econômicos da entidade e reivindicaçáes contra aentidade que reporta a informação. Relatórios contÑbil nanceirostambém fornecem informação sobre os efeitos de transaçáes eoutros eventos que alteram os recursos econômicos da entidadeque reporta a informação e reivindicaçáes contra ela. Ambos ostipos de informação fornecem dados de entrada úteis para decisáesligadas ao fornecimento de recursos para a entidade.

Recursos econômicos e reivindicaçáes

OB13.Informação sobre a natureza e os montantes de recursoseconΓ΄micos e reivindicaçáes da entidade que reporta a informação pode auxiliar usuΓ‘rios a identicarem a fraqueza e o vigor nanceiro da entidade que reporta a informação. Essa informação pode auxiliar os usuΓ‘rios a avaliar a liquidez e a solvΓͺncia daentidade que reporta a informação, suas necessidades em termosde nanciamento adicional e o quΓ£o provavelmente bem sucedidoserΓ‘ seu intento em angariar esse nanciamento. Informaçáes sobreas prioridades e as exigΓͺncias de pagamento de 3 reivindicaçáesvigentes ajudam os usuΓ‘rios a predizer de que forma uxos decaixa futuros serΓ£o distribuΓ­dos entre aqueles com reivindicaçáescontra a entidade que reporta a informação.

OB14.Diferentes tipos de recursos econômicos afetamdiferentemente a avaliação dos usuÑrios acerca das perspectivasda entidade que reporta a informação em termos de uxos de caixafuturos. Alguns uxos de caixa futuros resultam diretamentede recursos econômicos existentes, como, por exemplo, contas

a receber. Outros uxos de caixa resultam do uso variado derecursos combinados com vistas Γ  produção e venda de produtose serviΓ§os aos clientes. Muito embora uxos de caixa nΓ£o possam ser identicados com recursos econΓ΄micos individuais(ou reivindicaçáes), usuΓ‘rios dos relatΓ³rios contΓ‘bil nanceiros precisam saber a natureza e o montante dos recursos disponΓ­veis para uso nas operaçáes da entidade que reporta a informação.

Mudanças nos recursos econômicos e reivindicaçáes

OB15.MudanΓ§as nos recursos econΓ΄micos e reivindicaçáesda entidade que reporta a informação resultam da performancenanceira da entidade e de outros eventos ou transaçáes, como, por exemplo, a emissΓ£o de tΓ­tulos de dΓ­vida ou de tΓ­tulos patrimoniais.

Para poder avaliar adequadamente as perspectivas de uxos decaixa futuros da entidade que reporta a informação, os usuΓ‘rios precisam estar aptos a distinguir a natureza dessas mudanΓ§as.

OB16.Informaçáes sobre a performance nanceira da entidadeque reporta a informação auxiliam os usuΓ‘rios a compreender oretorno que a entidade tenha produzido sobre os seus recursoseconΓ΄micos. Informaçáes sobre o retorno que a entidadetenha produzido servem como indicativo de quΓ£o diligente aadministração tem sido no desempenho de suas responsabilidades para tornar eciente e ecaz o uso dos recursos da entidadeque reporta a informação. Informaçáes sobre a variabilidade esobre os componentes desse retorno tambΓ©m sΓ£o importantes,especialmente para avaliação das incertezas associadas a uxos de

caixa futuros. Informaçáes sobre a performance nanceira passadada entidade que reporta a informação e sobre o quão diligente aadministração tem sido no desempenho de suas responsabilidadessão do mesmo modo úteis para predição de retornos futuros daentidade sobre os seus recursos econômicos.

Performance nanceira reetida pelo regime decompetΓͺncia (accruals)

OB17.O regime de competΓͺncia retrata com propriedade osefeitos de transaçáes e outros eventos e circunstΓ’ncias sobre osrecursos econΓ΄micos e reivindicaçáes da entidade que reporta ainformação nos perΓ­odos em que ditos efeitos sΓ£o produzidos,ainda que os recebimentos e pagamentos em caixa derivadosocorram em perΓ­odos distintos. Isso Γ© importante em função dea informação sobre os recursos econΓ΄micos e reivindicaçáes daentidade que reporta a informação, e sobre as mudanΓ§as nessesrecursos econΓ΄micos e reivindicaçáes ao longo de um perΓ­odo,fornecer melhor base de avaliação da performance passada efutura da entidade do que a informação puramente baseada emrecebimentos e pagamentos em caixa ao longo desse mesmo perΓ­odo.

OB18.Informaçáes sobre a performance nanceira da entidadeque reporta a informação durante um período que são reexos demudanças em seus recursos econômicos e reivindicaçáes, e nãoda obtenção adicional de recursos diretamente de investidores ecredores, são úteis para avaliar a capacidade passada e futura daentidade na geração de uxos de caixa líquidos. Essas informaçáes

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Didatismo e Conhecimento17

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servem de indicativos da extensão em que a entidade que reportaa informação tenha aumentado seus recursos econômicosdisponíveis, e dessa forma sua capacidade de gerar uxos decaixa líquidos por meio de suas operaçáes e não pela obtenção derecursos adicionais diretamente de investidores e credores.

OB19.Informaçáes sobre a performance nanceira da entidadeque reporta a informação durante um perΓ­odo tambΓ©m podem ser indicativos da extensΓ£o em que determinados eventos, tais comomudanΓ§as nos preΓ§os de mercado ou nas taxas de juros, tenham provocado aumento ou diminuição nos recursos econΓ΄micos ereivindicaçáes da entidade, afetando por conseguinte a capacidadede a entidade gerar a entrada de uxos de caixa lΓ­quidos.

Performance nanceira reetida pelos uxos de caixapassados

OB20.Informaçáes sobre os uxos de caixa da entidade quereporta a informação durante um período também ajudam osusuÑrios a avaliar a capacidade de a entidade gerar uxos de caixafuturos líquidos.

Elas indicam como a entidade que reporta a informação obtΓ©me despende caixa, incluindo informaçáes sobre seus emprΓ©stimose resgate de tΓ­tulos de dΓ­vida, dividendos em caixa e outrasdistribuiçáes em caixa para seus investidores, e outros fatores que podem afetar a liquidez e a solvΓͺncia da entidade.

Informaçáes sobre os uxos de caixa auxiliam os usuΓ‘rios acompreender as operaçáes da entidade que reporta a informação, aavaliar suas atividades de nanciamento e investimento, a avaliar sua liquidez e solvΓͺncia e a interpretar outras informaçáes acercade sua performance nanceira.

Mudanças nos recursos econômicos e reivindicaçáes quenão são resultantes da performance nanceira

OB21.Os recursos econômicos e reivindicaçáes da entidadeque reporta a informação podem ainda mudar por outras razáesque não sejam resultantes de sua performance nanceira, comoé o caso da emissão adicional de suas açáes. Informaçáes sobreesse tipo de mudança são necessÑrias para dar aos usuÑrios umacompleta compreensão do por que das mudanças nos recursoseconômicos e reivindicaçáes da entidade que reporta a informaçãoe as implicaçáes dessas mudanças em sua futura performancenanceira.

CAPÍTULO 2: A ENTIDADE QUE REPORTA AINFORMAÇÃO

[a ser acrescentado futuramente]

CAPÍTULO 3: CARACTERÍSTICAS QUALITATIVASDA INFORMAÇÃO CONTÁBIL-FINANCEIRA ÚTIL

 Introdução

QC1.As características qualitativas da informação contÑbilnanceira útil, discutidas neste capítulo, identicam os tipos deinformação que muito provavelmente são reputadas como asmais úteis para investidores, credores por empréstimos e outroscredores, existentes e em potencial, para tomada de decisáes acercada entidade que reporta com base na informação contida nos seusrelatórios contÑbil nanceiros (informação contÑbil nanceira).

QC2.Os relatórios contÑbil nanceiros fornecem informaçãosobre os recursos econômicos da entidade que reporta a informação,sobre reivindicaçáes contra a entidade que reporta a informação eos efeitos de transaçáes e outros eventos e condiçáes que modicamesses recursos e reivindicaçáes. (Essa informação é referenciadana Estrutura Conceitual como sendo uma informação sobre ofenômeno econômico). Alguns relatórios contÑbil nanceirostambém incluem material explicativo sobre as expectativas daadministração e sobre as estratégias para a entidade que reporta ainformação, bem como outros tipos de informação sobre o futuro(forward-looking information).

QC3.As características qualitativas da informação contÑbilnanceira útil devem ser aplicadas à informação contÑbilnanceira fornecida pelas demonstraçáes contÑbeis, assim como àinformação contÑbil nanceira fornecida por outros meios.

O custo de gerar a informação, que Γ© uma restrição sempre presente na entidade no processo de fornecer informação contΓ‘bil

nanceira ΓΊtil, deve ser observado similarmente. No entanto, as consideraçáes a serem tecidas quando daaplicação das caracterΓ­sticas qualitativas e da restrição do custo podem ser diferentes para diferentes tipos de informação.

Por exemplo, aplicÑ-las à informação sobre o futuro (forward-looking information) pode ser diferente de aplicÑ-las à informaçãosobre recursos econômicos e reivindicaçáes existentes e sobremudanças nesses recursos e reivindicaçáes.

Características qualitativas da informação contÑbilnanceira útil

QC4.Se a informação contΓ‘bil nanceira Γ© para ser ΓΊtil, ela precisa ser relevante e representar com dedignidade o que se

 propΓ΅e a representar. A utilidade da informação contΓ‘bil nanceiraΓ© melhorada se ela for comparΓ‘vel, vericΓ‘vel, tempestiva ecompreensΓ­vel.

CaracterΓ­sticas qualitativas fundamentaisQC5.As caracterΓ­sticas qualitativas fundamentais sΓ£o

relevÒncia e representação dedigna.

RelevΓ’ncia

QC6.Informação contΓ‘bil nanceira relevante Γ© aquela capazde fazer diferenΓ§a nas decisΓ΅es que possam ser tomadas pelosusuΓ‘rios. A informação pode ser capaz de fazer diferenΓ§a em umadecisΓ£o mesmo no caso de alguns usuΓ‘rios decidirem nΓ£o a levar 

em consideração, ou jΓ‘ tiver tomado ciΓͺncia de sua existΓͺncia por outras fontes.

QC7.A informação contΓ‘bil nanceira Γ© capaz de fazer diferenΓ§a nas decisΓ΅es se tiver valor preditivo, valor conrmatΓ³rioou ambos.

QC8.A informação contΓ‘bil nanceira tem valor preditivo se puder ser utilizada como dado de entrada em processos empregados pelos usuΓ‘rios para predizer futuros resultados. A informaçãocontΓ‘bil nanceira nΓ£o precisa ser uma predição ou uma projeção para que possua valor preditivo. A informação contΓ‘bil nanceiracom valor preditivo Γ© empregada pelos usuΓ‘rios ao fazerem suas prΓ³prias prediçáes.

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QC9.A informação contÑbil nanceira tem valor conrmatóriose retro alimentar - servir de feedback - avaliaçáes prévias(conrmÑ-las ou alterÑ-las).

QC10.O valor preditivo e o valor conrmatΓ³rio da informaçãocontΓ‘bil nanceira estΓ£o inter-relacionados. A informação que temvalor preditivo muitas vezes tambΓ©m tem valor conrmatΓ³rio.Por exemplo, a informação sobre receita para o ano corrente, aqual pode ser utilizada como base para predizer receitas para anosfuturos, tambΓ©m pode ser comparada com prediçáes de receita parao ano corrente que foram feitas nos anos anteriores. Os resultadosdessas comparaçáes podem auxiliar os usuΓ‘rios a corrigirem ea melhorarem os processos que foram utilizados para fazer tais prediçáes.

Materialidade

QC11. A informação é material se a sua omissão ou suadivulgação distorcida (misstating) puder inuenciar decisáes que

os usuΓ‘rios tomam com base na informação contΓ‘bil nanceiraacerca de entidade especΓ­ca que reporta a informação. Em outras palavras, a materialidade Γ© um aspecto de relevΓ’ncia especΓ­co daentidade baseado na natureza ou na magnitude, ou em ambos, dositens para os quais a informação estΓ‘ relacionada no contexto dorelatΓ³rio contΓ‘bil nanceiro de uma entidade em particular.

Consequentemente, não se pode especicar um limitequantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o queseria julgado material para uma situação particular.

Representação dedigna

QC12.Os relatΓ³rios contΓ‘bil nanceiros representam umfenΓ΄meno econΓ΄mico em palavras e nΓΊmeros. Para ser ΓΊtil, a

informação contΓ‘bil nanceira nΓ£o tem sΓ³ que representar umfenΓ΄meno relevante, mas tem tambΓ©m que representar comdedignidade o fenΓ΄meno que se propΓ΅e representar. Para ser representação perfeitamente dedigna, a realidade retratada precisa ter trΓͺs atributos.

Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro. Γ‰ claro, a perfeição Γ© rara, se de fato alcançÑvel. O objetivo Γ© maximizar referidos atributos na extensΓ£o que seja possΓ­vel.

QC13.O retrato da realidade econΓ΄mica completo deve incluir toda a informação necessΓ‘ria para que o usuΓ‘rio compreendao fenΓ΄meno sendo retratado, incluindo todas as descriçáes eexplicaçáes necessΓ‘rias.

Por exemplo, um retrato completo de um grupo de ativosincluiria, no mΓ­nimo, a descrição da natureza dos ativos quecompΓ΅em o grupo, o retrato numΓ©rico de todos os ativos quecompΓ΅em o grupo, e a descrição acerca do que o retrato numΓ©ricorepresenta (por exemplo, custo histΓ³rico original, custo histΓ³ricoajustado ou valor justo). Para alguns itens, um retrato completo pode considerar ainda explicaçáes de fatos signicativos sobrea qualidade e a natureza desses itens, fatos e circunstΓ’ncias que podem afetar a qualidade e a natureza deles, e os processosutilizados para determinar os nΓΊmeros retratados.

QC14.Um retrato neutro da realidade econΓ΄mica Γ© desprovidode viΓ©s na seleção ou na apresentação da informação contΓ‘bilnanceira. Um retrato neutro nΓ£o deve ser distorcido comcontornos que possa receber dando a ele maior ou menor peso,Γͺnfase maior ou menor, ou qualquer outro tipo de manipulação que

aumente a probabilidade de a informação contΓ‘bil nanceira ser recebida pelos seus usuΓ‘rios de modo favorΓ‘vel ou desfavorΓ‘vel.Informação neutra nΓ£o signica informação sem propΓ³sito ou seminuΓͺncia no comportamento dos usuΓ‘rios. A bem da verdade,informação contΓ‘bil nanceira relevante, por denição, Γ© aquelacapaz de fazer diferenΓ§a nas decisΓ΅es tomadas pelos usuΓ‘rios.

QC15.Representação dedigna nΓ£o signica exatidΓ£o emtodos os aspectos. Um retrato da realidade econΓ΄mica livrede erros signica que nΓ£o hΓ‘ erros ou omissΓ΅es no fenΓ΄menoretratado, e que o processo utilizado, para produzir a informaçãoreportada, foi selecionado e foi aplicado livre de erros. Nessesentido, um retrato da realidade econΓ΄mica livre de erros nΓ£osignica algo perfeitamente exato em todos os aspectos. Por exemplo, a estimativa de preΓ§o ou valor nΓ£o observΓ‘vel nΓ£o podeser qualicada como sendo algo exato ou inexato. Entretanto, arepresentação dessa estimativa pode ser considerada dedigna seo montante for descrito claramente e precisamente como sendouma estimativa, se a natureza e as limitaçáes do processo forem

devidamente reveladas, e nenhum erro tiver sido cometido naseleção e aplicação do processo apropriado para desenvolvimentoda estimativa.

QC16.Representação dedigna, por si sΓ³, nΓ£o resultanecessariamente em informação ΓΊtil. Por exemplo, a entidade quereporta a informação pode receber um item do imobilizado por meio de subvenção governamental.

Obviamente, a entidade ao reportar que adquiriu um ativosem custo retrataria com dedignidade o custo desse ativo, porΓ©m essa informação provavelmente nΓ£o seria muito ΓΊtil. Outroexemplo mais sutil seria a estimativa do montante por meio doqual o valor contΓ‘bil do ativo seria ajustado para reetir a perda por desvalorização no seu valor (impairment loss). Essa estimativa

 pode ser uma representação dedigna se a entidade que reporta ainformação tiver aplicado com propriedade o processo apropriado,tiver descrito com propriedade a estimativa e tiver reveladoquaisquer incertezas que afetam signicativamente a estimativa.

Entretanto, se o nΓ­vel de incerteza de referida estimativafor sucientemente alto, a estimativa nΓ£o serΓ‘ particularmenteΓΊtil. Em outras palavras, a relevΓ’ncia do ativo que estΓ‘ sendorepresentado com dedignidade serΓ‘ questionΓ‘vel. Se nΓ£o existir outra alternativa para retratar a realidade econΓ΄mica que seja maisdedigna, a estimativa nesse caso deve ser considerada a melhor informação disponΓ­vel.

Aplicação das características qualitativas fundamentais

QC17.A informação precisa concomitantemente ser relevantee representar com dedignidade a realidade reportada para ser ΓΊtil. Nem a representação dedigna de fenΓ΄meno irrelevante, tampoucoa representação nΓ£o dedigna de fenΓ΄meno relevante auxiliam osusuΓ‘rios a tomarem boas decisΓ΅es.

QC18.O processo mais eciente e mais efetivo para aplicaçãodas características qualitativas fundamentais usualmente seria oque segue (sujeito aos efeitos das características de melhoria eà restrição do custo, que não são considerados neste exemplo).Primeiro, identicar o fenômeno econômico que tenha o potencialde ser útil para os usuÑrios da informação contÑbil nanceirareportada pela entidade. Segundo, identicar o tipo de informaçãosobre o fenômeno que seria mais relevante se estivesse disponívele que poderia ser representado com dedignidade.

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Didatismo e Conhecimento19

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Terceiro, determinar se a informação estÑ disponível e podeser representada com dedignidade. Dessa forma, o processo desatisfazer as características qualitativas fundamentais chega aoseu m. Caso contrÑrio, o processo deve ser repetido a partir do

 prΓ³ximo tipo de informação mais relevante.CaracterΓ­sticas qualitativas de melhoria

QC19.Comparabilidade, vericabilidade, tempestividade ecompreensibilidade são características qualitativas que melhorama utilidade da informação que é relevante e que é representada comdedignidade. As características qualitativas de melhoria podemtambém auxiliar a determinar qual de duas alternativas que sejamconsideradas equivalentes em termos de relevÒncia e dedignidadede representação deve ser usada para retratar um fenômeno.

Comparabilidade

QC20.As decisáes de usuÑrios implicam escolhas entrealternativas, como, por exemplo, vender ou manter um investimento,ou investir em uma entidade ou noutra. Consequentemente, ainformação acerca da entidade que reporta informação serÑ maisútil caso possa ser comparada com informação similar sobre outrasentidades e com informação similar sobre a mesma entidade paraoutro período ou para outra data.

QC21.Comparabilidade é a característica qualitativaque permite que os usuÑrios identiquem e compreendamsimilaridades dos itens e diferenças entre eles. Diferentementede outras características qualitativas, a comparabilidade não estÑrelacionada com um único item. A comparação requer no mínimo

dois itens.QC22.ConsistΓͺncia, embora esteja relacionada com a

comparabilidade, nΓ£o signica o mesmo. ConsistΓͺncia refere-seao uso dos mesmos mΓ©todos para os mesmos itens, tanto de um perΓ­odo para outro considerando a mesma entidade que reportaa informação, quanto para um ΓΊnico perΓ­odo entre entidades.Comparabilidade Γ© o objetivo; a consistΓͺncia auxilia a alcanΓ§ar esse objetivo.

QC23.Comparabilidade nΓ£o signica uniformidade. Para que ainformação seja comparΓ‘vel, coisas iguais precisam parecer iguaise coisas diferentes precisam parecer diferentes. A comparabilidadeda informação contΓ‘bil nanceira nΓ£o Γ© aprimorada ao se fazer 

com que coisas diferentes pareΓ§am iguais ou ainda ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes.

QC24.Algum grau de comparabilidade é possivelmenteobtido por meio da satisfação das características qualitativasfundamentais. A representação dedigna de fenômeno econômicorelevante deve possuir naturalmente algum grau de comparabilidadecom a representação dedigna de fenômeno econômico relevantesimilar de outra entidade que reporta a informação.

QC25.Muito embora um fenΓ΄meno econΓ΄mico singular  possa ser representado com dedignidade de mΓΊltiplas formas, adiscricionariedade na escolha de mΓ©todos contΓ‘beis alternativos para o mesmo fenΓ΄meno econΓ΄mico diminui a comparabilidade.

Vericabilidade

QC26. A vericabilidade ajuda a assegurar aos usuÑrios que ainformação representa dedignamente o fenômeno econômico quese propáe representar.

A vericabilidade signica que diferentes observadores,cΓ΄nscios e independentes, podem chegar a um consenso, emboranΓ£o cheguem necessariamente a um completo acordo, quantoao retrato de uma realidade econΓ΄mica em particular ser umarepresentação dedigna. Informação quanticΓ‘vel nΓ£o necessitaser um ΓΊnico ponto estimado para ser vericΓ‘vel. Uma faixa de possΓ­veis montantes com suas probabilidades respectivas podetambΓ©m ser vericΓ‘vel.

QC27.A vericação pode ser direta ou indireta. Vericaçãodireta signica vericar um montante ou outra representação por meio de observação direta, como, por exemplo, por meio dacontagem de caixa. Vericação indireta signica checar os dadosde entrada do modelo, fΓ³rmula ou outra tΓ©cnica e recalcular osresultados obtidos por meio da aplicação da mesma metodologia.Um exemplo Γ© a vericação do valor contΓ‘bil dos estoques por meio da checagem dos dados de entrada (quantidades e custos)e por meio do recΓ‘lculo do saldo nal dos estoques utilizandoa mesma premissa adotada no uxo do custo (por exemplo,utilizando o mΓ©todo PEPS).

QC28.Pode não ser possível vericar algumas explicaçáes ealguma informação contÑbil nanceira sobre o futuro (forward-looking information) até que o período futuro seja totalmentealcançado. Para ajudar os usuÑrios a decidir se desejam usar ditainformação, é normalmente necessÑrio divulgar as premissassubjacentes, os métodos de obtenção da informação e outrosfatores e circunstÒncias que suportam a informação.

Tempestividade

QC29.Tempestividade signica ter informação disponΓ­vel para tomadores de decisΓ£o a tempo de poder inuenciΓ‘-los emsuas decisΓ΅es. Em geral, a informação mais antiga Γ© a que temmenos utilidade. Contudo, certa informação pode ter o seuatributo tempestividade prolongado apΓ³s o encerramento do perΓ­odo contΓ‘bil, em decorrΓͺncia de alguns usuΓ‘rios, por exemplo,necessitarem identicar e avaliar tendΓͺncias.

Compreensibilidade

QC30.Classicar, caracterizar e apresentar a informação comclareza e concisão torna-a compreensível.

QC31.Certos fenΓ΄menos sΓ£o inerentemente complexos e nΓ£o podem ser facilmente compreendidos. A exclusΓ£o de informaçáessobre esses fenΓ΄menos dos relatΓ³rios contΓ‘bil nanceiros pode tornar a informação constante em referidos relatΓ³riosmais facilmente compreendida. Contudo, referidos relatΓ³riosseriam considerados incompletos e potencialmente distorcidos(misleading).

QC32.RelatΓ³rios contΓ‘bil nanceiros sΓ£o elaborados parausuΓ‘rios que tΓͺm conhecimento razoΓ‘vel de negΓ³cios e deatividades econΓ΄micas e que revisem e analisem a informaçãodiligentemente. Por vezes, mesmo os usuΓ‘rios bem informadose diligentes podem sentir a necessidade de procurar ajuda deconsultor para compreensΓ£o da informação sobre um fenΓ΄menoeconΓ΄mico complexo.

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Aplicação das características qualitativas de melhoria

QC33.CaracterΓ­sticas qualitativas de melhoria devem ser maximizadas na extensΓ£o possΓ­vel. Entretanto, as caracterΓ­sticasqualitativas de melhoria, quer sejam individualmente ou em

grupo, nΓ£o podem tornar a informação ΓΊtil se dita informação for irrelevante ou nΓ£o for representação dedigna.

QC34.A aplicação das características qualitativas de melhoriaé um processo iterativo que não segue uma ordem preestabelecida.Algumas vezes, uma característica qualitativa de melhoria podeter que ser diminuída para maximização de outra característicaqualitativa. Por exemplo, a redução temporÑria na comparabilidadecomo resultado da aplicação prospectiva de uma nova normacontÑbil nanceira pode ser vantajosa para o aprimoramentoda relevÒncia ou da representação dedigna no longo prazo.Divulgaçáes apropriadas podem parcialmente compensar a nãocomparabilidade.

Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório

contÑbil nanceiro útil.QC35.O custo de gerar a informação é uma restrição sempre

 presente na entidade no processo de elaboração e divulgaçãode relatΓ³rio contΓ‘bil nanceiro. O processo de elaboração edivulgação de relatΓ³rio contΓ‘bil nanceiro impΓ΅e custos, sendoimportante que ditos custos sejam justicados pelos benefΓ­ciosgerados pela divulgação da informação. Existem variados tipos decustos e benefΓ­cios a considerar.

QC36.Fornecedores de informação contÑbil nanceiraenvidam grande parte de seus esforços na coleta, no processamento,na vericação e na disseminação de informação contÑbil nanceira,mas os usuÑrios em última instÒncia pagam por esses custos naforma de retornos reduzidos. UsuÑrios de informação contÑbil

nanceira também incorrem em custos de anÑlise e interpretaçãode informação fornecida. Se a informação demandada não éfornecida, os usuÑrios incorrem em custos adicionais de obtençãoda informação por meio de outras fontes ou por meio de suaestimativa.

QC37.A elaboração e divulgação de relatΓ³rio contΓ‘bilnanceiro que seja relevante e que represente com dedignidade oque se propΓ΅e representar auxilia os usuΓ‘rios a tomarem decisΓ΅escom grau de conanΓ§a maior. Isso resulta em funcionamento maiseciente dos mercados de capitais e em custo menor de capital para a economia como um todo. O investidor individual, o credor  por emprΓ©stimo ou outro credor tambΓ©m se beneciam desse processo por meio de decisΓ΅es assentadas na melhor informação.Entretanto, nΓ£o Γ© possΓ­vel para relatΓ³rios contΓ‘bil nanceiros de propΓ³sito geral fornecer toda e qualquer informação que todousuΓ‘rio repute ser relevante.

QC38.Na aplicação da restrição do custo, avalia-se se os benefΓ­cios proporcionados pela elaboração e divulgação deinformação em particular sΓ£o provavelmente justicados peloscustos incorridos para fornecimento e uso dessa informação.Quando da aplicação da restrição do custo no desenvolvimento do padrΓ£o proposto de elaboração e divulgação, o Γ³rgΓ£o normatizador deve procurar se informar junto aos fornecedores da informação,usuΓ‘rios, auditores independentes, acadΓͺmicos e outros agentessobre a natureza e quantidade esperada de benefΓ­cios e custos desse padrΓ£o. Em grande parte dos casos, as avaliaçáes sΓ£o baseadas nacombinação de informação quantitativa e qualitativa.

QC39.Em função da subjetividade inerente ao processo, asavaliaçáes de diferentes indivíduos acerca dos custos e benefíciosda elaboração e divulgação de itens particulares de informaçãocontÑbil nanceira devem variar.

Dessa forma, o Γ³rgΓ£o normatizador deve procurar tomar por  base os custos e benefΓ­cios com relação Γ  elaboração e Γ  divulgaçãode modo geral, e nΓ£o somente em relação a entidades individuaisque reportam a informação. Isso nΓ£o quer dizer que as avaliaçáesde custos e benefΓ­cios sempre sΓ£o justicadas pelas mesmasexigΓͺncias de divulgação para todas as entidades. DiferenΓ§as podem ser apropriadas em decorrΓͺncia dos tamanhos variadosdas entidades, das diferentes formas de captação de capital(publicamente ou privadamente), das diferentes necessidades deusuΓ‘rios ou de outros fatores.

CAPÍTULO 4: ESTRUTURA CONCEITUALPARA A ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO

DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: TEXTOREMANESCENTE

 Premissa subjacente

Continuidade

4.1. As demonstraçáes contΓ‘beis normalmente sΓ£o elaboradastendo como premissa que a entidade estΓ‘ em atividade (goingconcern assumption) e irΓ‘ manter-se em operação por um futuro previsΓ­vel.

Desse modo, parte-se do pressuposto de que a entidadenΓ£o tem a intenção, nem tampouco a necessidade, de entrar em processo de liquidação ou de reduzir materialmente a escala desuas operaçáes.

Por outro lado, se essa intenção ou necessidade existir, asdemonstraçáes contΓ‘beis podem ter que ser elaboradas em basesdiferentes e, nesse caso, a base de elaboração utilizada deve ser divulgada.

Elementos das demonstraçáes contÑbeis

4.2 As demonstraçáes contΓ‘beis retratam os efeitos patrimoniais e nanceiros das transaçáes e outros eventos, por meio do grupamento dos mesmos em classes amplas de acordocom as suas caracterΓ­sticas econΓ΄micas.

Essas classes amplas sΓ£o denominadas de elementos dasdemonstraçáes contΓ‘beis. Os elementos diretamente relacionadosΓ  mensuração da posição patrimonial e nanceira no balanΓ§o patrimonial sΓ£o os ativos, os passivos e o patrimΓ΄nio lΓ­quido.

Os elementos diretamente relacionados com a mensuraçãodo desempenho na demonstração do resultado são as receitas eas despesas. A demonstração das mutaçáes na posição nanceirausualmente reete os elementos da demonstração do resultado e asalteraçáes nos elementos do balanço patrimonial.

Assim, esta Estrutura Conceitual nΓ£o identica qualquer elemento que seja exclusivo dessa demonstração.

4.3.A apresentação desses elementos no balanΓ§o patrimoniale na demonstração do resultado envolve um processo desubclassicação. Por exemplo, ativos e passivos podem ser classicados por sua natureza ou função nos negΓ³cios da entidade,a m de mostrar as informaçáes da maneira mais ΓΊtil aos usuΓ‘rios para ns de tomada de decisΓ΅es econΓ΄micas.

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Didatismo e Conhecimento21

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Posição patrimonial e nanceira4.4.Os elementos diretamente relacionados com a mensuração

da posição patrimonial e nanceira sΓ£o os ativos, os passivos e o patrimΓ΄nio lΓ­quido. Estes sΓ£o denidos como segue:

(a) ativo Γ© um recurso controlado pela entidade comoresultado de eventos passados e do qual se espera que uamfuturos benefΓ­cios econΓ΄micos para a entidade;

(b) passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada deeventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saídade recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos;

(c) patrimΓ΄nio lΓ­quido Γ© o interesse residual nos ativos daentidade depois de deduzidos todos os seus passivos.

4.5. As deniçáes de ativo e de passivo identicam suascaracterΓ­sticas essenciais, mas nΓ£o procuram especicar oscritΓ©rios que precisam ser observados para que eles possam ser reconhecidos no balanΓ§o patrimonial. Desse modo, as deniçáesabrangem itens que nΓ£o sΓ£o reconhecidos como ativos ou como

 passivos no balanΓ§o patrimonial em função de nΓ£o satisfazerem oscritΓ©rios de reconhecimento discutidos nos itens 4.37 a 4.53.Especicamente, a expectativa de que futuros benefΓ­cios

econΓ΄micos uam para a entidade ou saiam da entidade deveser sucientemente certa para que seja observado o critΓ©rio de probabilidade do item 4.38, antes que um ativo ou um passivo sejareconhecido.

4.6.Ao avaliar se um item se enquadra na denição de ativo, passivo ou patrimΓ΄nio lΓ­quido, deve-se atentar para a sua essΓͺnciasubjacente e realidade econΓ΄mica e nΓ£o apenas para sua formalegal.

Assim, por exemplo, no caso do arrendamento mercantilnanceiro, a essΓͺncia subjacente e a realidade econΓ΄mica sΓ£o a de

que o arrendatÑrio adquire os benefícios econômicos do uso do ativoarrendado pela maior parte da sua vida útil, em contraprestaçãode aceitar a obrigação de pagar por esse direito valor próximo dovalor justo do ativo e o respectivo encargo nanceiro.

Dessa forma, o arrendamento mercantil nanceiro dÑ origema itens que satisfazem à denição de ativo e de passivo e, portanto,devem ser reconhecidos como tais no balanço patrimonial doarrendatÑrio.

4.7.BalanΓ§os patrimoniais elaborados de acordo com asnormas, interpretaçáes e comunicados tΓ©cnicos vigentes podemincluir itens que nΓ£o satisfaΓ§am Γ s deniçáes de ativo ou de passivo e que nΓ£o sejam tratados como parte do patrimΓ΄nio lΓ­quido.As deniçáes estabelecidas no item 4.4 devem, por outro lado,

subsidiar futuras revisáes a serem promovidas nos documentosvigentes, bem como na formulação de normas, interpretaçáes ecomunicados técnicos adicionais.

Ativos

4.8.O benefΓ­cio econΓ΄mico futuro incorporado a um ativo Γ© oseu potencial em contribuir, direta ou indiretamente, para o uxode caixa ou equivalentes de caixa para a entidade. Tal potencial pode ser produtivo, quando o recurso for parte integrante dasatividades operacionais da entidade. Pode tambΓ©m ter a forma deconversibilidade em caixa ou equivalentes de caixa ou pode aindaser capaz de reduzir as saΓ­das de caixa, como no caso de processoindustrial alternativo que reduza os custos de produção.

4.9. A entidade geralmente emprega os seus ativos na produção de bens ou na prestação de serviΓ§os capazes de satisfazer os desejos e as necessidades dos consumidores. Tendo em vistaque esses bens ou serviΓ§os podem satisfazer esses desejos ounecessidades, os consumidores se predispΓ΅em a pagar por eles e a

contribuir assim para o uxo de caixa da entidade. O caixa por sisó rende serviços para a entidade, visto que exerce um comandosobre os demais recursos.

4.10.Os benefΓ­cios econΓ΄micos futuros incorporados aum ativo podem uir para a entidade de diversas maneiras. Por exemplo, o ativo pode ser:

(a) usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de bens ou na prestação de serviΓ§os a serem vendidos pela entidade;

(b) trocado por outros ativos;(c) usado para liquidar um passivo; ou(d) distribuΓ­do aos proprietΓ‘rios da entidade.

4.11. Muitos ativos, como, por exemplo, itens do imobilizado,tΓͺm forma fΓ­sica. Entretanto, a forma fΓ­sica nΓ£o Γ© essencial para aexistΓͺncia de ativo.

Assim sendo, as patentes e os direitos autorais, por exemplo,sΓ£o considerados ativos, caso deles sejam esperados que benefΓ­cioseconΓ΄micos futuros uam para a entidade e caso eles sejam por elacontrolados.

4.12.Muitos ativos, como, por exemplo, contas a receber e imΓ³veis, estΓ£o associados a direitos legais, incluindo o direitode propriedade. Ao determinar a existΓͺncia do ativo, o direitode propriedade nΓ£o Γ© essencial. Assim, por exemplo, um imΓ³velobjeto de arrendamento mercantil serΓ‘ um ativo, caso a entidadecontrole os benefΓ­cios econΓ΄micos que sΓ£o esperados que uamda propriedade.

Embora a capacidade de a entidade controlar os benefΓ­cioseconΓ΄micos normalmente resulte da existΓͺncia de direitos legais, oitem pode, contudo, satisfazer Γ  denição de ativo mesmo quandonΓ£o houver controle legal. Por exemplo, o conhecimento (know-how) obtido por meio da atividade de desenvolvimento de produto pode satisfazer Γ  denição de ativo quando, mantendo esseconhecimento (know-how) em segredo, a entidade controlar os benefΓ­cios econΓ΄micos que sΓ£o esperados que uam desse ativo.

4.13.Os ativos da entidade resultam de transaçáes passadasou de outros eventos passados. As entidades normalmente obtΓͺmativos por meio de sua compra ou produção, mas outras transaçáesou eventos podem gerar ativos.

Por exemplo, um imΓ³vel recebido de ente governamentalcomo parte de programa para fomentar o crescimento econΓ΄mico

de dada regiΓ£o ou a descoberta de jazidas minerais.Transaçáes ou eventos previstos para ocorrer no futuro nΓ£odΓ£o origem, por si sΓ³, ao surgimento de ativos. Desse modo, por exemplo, a intenção de adquirir estoques nΓ£o atende, por si sΓ³, Γ denição de ativo.

4.14.HΓ‘ uma forte associação entre incorrer em gastos egerar ativos, mas ambas as atividades nΓ£o sΓ£o necessariamenteindissociΓ‘veis. Assim, o fato de a entidade ter incorrido em gasto pode fornecer uma evidΓͺncia de busca por futuros benefΓ­cioseconΓ΄micos, mas nΓ£o Γ© prova conclusiva de que um item quesatisfaΓ§a Γ  denição de ativo tenha sido obtido. De modo anΓ‘logo,a ausΓͺncia de gasto relacionado nΓ£o impede que um item satisfaΓ§aΓ  denição de ativo e se qualique para reconhecimento no balanΓ§o patrimonial. Por exemplo, itens que foram doados Γ  entidade podem satisfazer Γ  denição de ativo.

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Didatismo e Conhecimento22

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Passivos

4.15.Uma caracterΓ­stica essencial para a existΓͺncia de passivoΓ© que a entidade tenha uma obrigação presente. Uma obrigação

é um dever ou responsabilidade de agir ou de desempenhar umadada tarefa de certa maneira.As obrigaçáes podem ser legalmente exigíveis em

consequΓͺncia de contrato ou de exigΓͺncias estatutΓ‘rias. Esse Γ©normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar por bens eserviΓ§os recebidos.

Entretanto, obrigaçáes surgem também de prÑticas usuais donegócio, de usos e costumes e do desejo de manter boas relaçáescomerciais ou agir de maneira equitativa.

Desse modo, se, por exemplo, a entidade que decida, por questΓ£o de polΓ­tica mercadolΓ³gica ou de imagem, reticar defeitos em seus produtos, mesmo quando tais defeitos tenham setornado conhecidos depois da expiração do perΓ­odo da garantia,as importΓ’ncias que espera gastar com os produtos jΓ‘ vendidos

constituem passivos.

4.16.Deve-se fazer uma distinção entre obrigação presente ecompromisso futuro. A decisΓ£o da administração de uma entidade para adquirir ativos no futuro nΓ£o dΓ‘ origem, por si sΓ³, a umaobrigação presente.

A obrigação normalmente surge somente quando um ativoΓ© entregue ou a entidade ingressa em acordo irrevogΓ‘vel paraadquirir o ativo. Nesse ΓΊltimo caso, a natureza irrevogΓ‘vel doacordo signica que as consequΓͺncias econΓ΄micas de deixar decumprir a obrigação, como, por exemplo, em função da existΓͺnciade penalidade contratual signicativa, deixam a entidade com pouca, caso haja alguma, liberdade para evitar o desembolso derecursos em favor da outra parte.

4.17.A liquidação de uma obrigação presente geralmenteimplica a utilização, pela entidade, de recursos incorporados de benefΓ­cios econΓ΄micos a m de satisfazer a demanda da outra parte. A liquidação de uma obrigação presente pode ocorrer dediversas maneiras, como, por exemplo, por meio de:

(a)pagamento em caixa;(b)transferΓͺncia de outros ativos;(c)prestação de serviΓ§os;(d)substituição da obrigação por outra; ou(e)conversΓ£o da obrigação em item do patrimΓ΄nio lΓ­quido.

A obrigação pode também ser extinta por outros meios, taiscomo pela renúncia do credor ou pela perda dos seus direitos.

4.18.Passivos resultam de transaçáes ou outros eventos passados. Assim, por exemplo, a aquisição de bens e o usode serviΓ§os dΓ£o origem a contas a pagar (a nΓ£o ser que pagosadiantadamente ou na entrega) e o recebimento de emprΓ©stimo bancΓ‘rio resulta na obrigação de honrΓ‘-lo no vencimento.

A entidade tambΓ©m pode ter a necessidade de reconhecer como passivo os futuros abatimentos baseados no volume das comprasanuais dos clientes. Nesse caso, a venda de bens no passado Γ© atransação que dΓ‘ origem ao passivo.

4.19.Alguns passivos somente podem ser mensurados por meio do emprego de signicativo grau de estimativa.

 No Brasil, denominam-se esses passivos de provisΓ΅es. Adenição de passivo, constante do item 4.4, segue uma abordagemampla. Desse modo, caso a provisΓ£o envolva uma obrigação presente e satisfaΓ§a os demais critΓ©rios da denição, ela Γ© um passivo, ainda que seu montante tenha que ser estimado. Exemplos

concretos incluem provisΓ΅es para pagamentos a serem feitos parasatisfazer acordos com garantias em vigor e provisΓ΅es para fazer face a obrigaçáes de aposentadoria.

PatrimΓ΄nio lΓ­quido

4.20.Embora o patrimΓ΄nio lΓ­quido seja denido no item 4.4como algo residual, ele pode ter subclassicaçáes no balanΓ§o patrimonial. Por exemplo, na sociedade por açáes, recursosaportados pelos sΓ³cios, reservas resultantes de retençáes de lucrose reservas representando ajustes para manutenção do capital podem ser demonstrados separadamente.

Tais classicaçáes podem ser relevantes para a tomadade decisão dos usuÑrios das demonstraçáes contÑbeis quandoindicarem restriçáes legais ou de outra natureza sobre a capacidadeque a entidade tem de distribuir ou aplicar de outra forma os seusrecursos patrimoniais.

Podem tambΓ©m reetir o fato de que determinadas partes comdireitos de propriedade sobre a entidade tΓͺm direitos diferentescom relação ao recebimento de dividendos ou ao reembolso decapital.

4.21.A constituição de reservas Γ©, por vezes, exigida peloestatuto ou por lei para dar Γ  entidade e seus credores uma margemmaior de proteção contra os efeitos de prejuΓ­zos. Outras reservas podem ser constituΓ­das em atendimento a leis que concedemisençáes ou reduçáes nos impostos a pagar quando sΓ£o feitastransferΓͺncias para tais reservas. A existΓͺncia e o tamanho de taisreservas legais, estatutΓ‘rias e scais representam informaçáes que podem ser importantes para a tomada de decisΓ£o dos usuΓ‘rios.As transferΓͺncias para tais reservas sΓ£o apropriaçáes de lucrosacumulados, portanto, nΓ£o constituem despesas.

4.22.O montante pelo qual o patrimΓ΄nio lΓ­quido Γ© apresentadono balanΓ§o patrimonial depende da mensuração dos ativos e passivos. Normalmente, o montante agregado do patrimΓ΄niolΓ­quido somente por coincidΓͺncia corresponde ao valor de mercadoagregado das açáes da entidade ou da soma que poderia ser obtida pela venda dos seus ativos lΓ­quidos numa base de item por item,ou da entidade como um todo, tomando por base a premissa dacontinuidade (going concern basis).

4.23.Atividades comerciais e industriais, bem como outrosnegΓ³cios sΓ£o frequentemente exercidos por meio de rmas

individuais, sociedades limitadas, entidades estatais e outrasorganizaçáes cujas estruturas, legal e regulamentar, em regra, sΓ£odiferentes daquelas aplicΓ‘veis Γ s sociedades por açáes. Por exemplo, pode haver poucas restriçáes, caso haja, sobre a distribuição aos proprietΓ‘rios ou a outros beneciΓ‘rios de montantes incluΓ­dosno patrimΓ΄nio lΓ­quido. NΓ£o obstante, a denição de patrimΓ΄niolΓ­quido e os outros aspectos dessa Estrutura Conceitual que tratamdo patrimΓ΄nio lΓ­quido sΓ£o igualmente aplicΓ‘veis a tais entidades.

Performance

4.24.O resultado é frequentemente utilizado como medidade performance ou como base para outras medidas, tais como oretorno do investimento ou o resultado por ação. Os elementosdiretamente relacionados com a mensuração do resultado são

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as receitas e as despesas. O reconhecimento e a mensuração dasreceitas e despesas e, consequentemente, do resultado, dependemem parte dos conceitos de capital e de manutenção de capitaladotados pela entidade na elaboração de suas demonstraçáescontÑbeis. Esses conceitos estão expostos nos itens 4.57 a 4.65.

4.25.Os elementos de receitas e despesas sΓ£o denidos comosegue:

(a)receitas são aumentos nos benefícios econômicos duranteo período contÑbil, sob a forma da entrada de recursos ou doaumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam emaumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionadoscom a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais;

(b) despesas são decréscimos nos benefícios econômicosdurante o período contÑbil, sob a forma da saída de recursos ouda redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam emdecréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionadoscom distribuiçáes aos detentores dos instrumentos patrimoniais.

4.26.As deniçáes de receitas e despesas identicamsuas características essenciais, mas não são uma tentativa deespecicar os critérios que precisam ser satisfeitos para que sejamreconhecidas na demonstração do resultado. Os critérios para oreconhecimento das receitas e despesas estão expostos nos itens4.37 a 4.53.

4.27.As receitas e as despesas podem ser apresentadas nademonstração do resultado de diferentes maneiras, de modo aserem prestadas informaçáes relevantes para a tomada de decisáeseconômicas. Por exemplo, é prÑtica comum distinguir os itensde receitas e despesas que surgem no curso das atividades usuaisda entidade daqueles que não surgem. Essa distinção é feitaconsiderando que a origem de um item é relevante para a avaliaçãoda capacidade que a entidade tem de gerar caixa ou equivalentes decaixa no futuro. Por exemplo, atividades incidentais como a vendade um investimento de longo prazo são improvÑveis de voltarem aocorrer em base regular.

Quando da distinção dos itens dessa forma, deve-se levar emconta a natureza da entidade e suas operaçáes. Itens que resultamdas atividades usuais de uma entidade podem não ser usuais emoutras entidades.

4.28.A distinção entre itens de receitas e de despesas e a suacombinação de diferentes maneiras tambΓ©m permitem demonstrar vΓ‘rias formas de medir a performance da entidade, com maior oumenor grau de abrangΓͺncia dos itens. Por exemplo, a demonstraçãodo resultado pode apresentar a margem bruta, o lucro ou o prejuΓ­zodas atividades usuais antes dos tributos sobre o resultado, o lucroou o prejuΓ­zo das atividades usuais depois desses tributos e o lucro

ou prejuΓ­zo lΓ­quido.Receitas

4.29.A denição de receita abrange tanto receitas propriamenteditas quanto ganhos. A receita surge no curso das atividades usuaisda entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais comovendas, honorÑrios, juros, dividendos, royalties, aluguéis.

4.30.Ganhos representam outros itens que se enquadram nadenição de receita e podem ou não surgir no curso das atividadesusuais da entidade, representando aumentos nos benefícioseconômicos e, como tais, não diferem, em natureza, das receitas.Consequentemente, não são considerados como elemento separadonesta Estrutura Conceitual.

4.31.Ganhos incluem, por exemplo, aqueles que resultam davenda de ativos não circulantes. A denição de receita tambéminclui ganhos não realizados. Por exemplo, os que resultam dareavaliação de títulos e valores mobiliÑrios negociÑveis e os

que resultam de aumentos no valor contΓ‘bil de ativos de longo prazo. Quando esses ganhos sΓ£o reconhecidos na demonstraçãodo resultado, eles sΓ£o usualmente apresentados separadamente, porque sua divulgação Γ© ΓΊtil para ns de tomada de decisΓ΅eseconΓ΄micas. Os ganhos sΓ£o, em regra, reportados lΓ­quidos dasrespectivas despesas.

4.32.VΓ‘rios tipos de ativos podem ser recebidos ouaumentados por meio da receita; exemplos incluem caixa, contasa receber, bens e serviΓ§os recebidos em troca de bens e serviΓ§osfornecidos. A receita tambΓ©m pode resultar da liquidação de passivos. Por exemplo, a entidade pode fornecer mercadorias eserviΓ§os ao credor por emprΓ©stimo em liquidação da obrigação de pagar o emprΓ©stimo.

Despesas

4.33.A denição de despesas abrange tanto as perdas quantoas despesas propriamente ditas que surgem no curso das atividadesusuais da entidade. As despesas que surgem no curso das atividadesusuais da entidade incluem, por exemplo, o custo das vendas,salÑrios e depreciação. Geralmente, tomam a forma de desembolsoou redução de ativos como caixa e equivalentes de caixa, estoquese ativo imobilizado.

4.34.Perdas representam outros itens que se enquadramna denição de despesas e podem ou não surgir no curso das

atividades usuais da entidade, representando decrΓ©scimos nos benefΓ­cios econΓ΄micos e, como tais, nΓ£o diferem, em natureza, dasdemais despesas. Consequentemente, nΓ£o sΓ£o consideradas comoelemento separado nesta Estrutura Conceitual.

4.35.Perdas incluem, por exemplo, as que resultam de sinistroscomo incΓͺndio e inundaçáes, assim como as que decorrem davenda de ativos nΓ£o circulantes. A denição de despesas tambΓ©minclui as perdas nΓ£o realizadas.

Por exemplo, as que surgem dos efeitos dos aumentos na taxade cÒmbio de moeda estrangeira com relação aos empréstimos daentidade a pagar em tal moeda. Quando as perdas são reconhecidasna demonstração do resultado, elas são geralmente demonstradasseparadamente, pois sua divulgação é útil para ns de tomada de

decisΓ΅es econΓ΄micas. As perdas sΓ£o, em regra, reportadas lΓ­quidasdas respectivas receitas.

Ajustes para manutenção de capital

4.36.A reavaliação ou a atualização de ativos e passivos dãomargem a aumentos ou a diminuiçáes do patrimônio líquido.Embora tais aumentos ou diminuiçáes se enquadrem na deniçãode receitas e de despesas, sob certos conceitos de manutenção decapital eles não são incluídos na demonstração do resultado. Emvez disso, tais itens são incluídos no patrimônio líquido comoajustes para manutenção do capital ou reservas de reavaliação.Esses conceitos de manutenção de capital estão expostos nos itens4.57 a 4.65 desta Estrutura Conceitual.

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Reconhecimento dos elementos das demonstraçáes contÑbeis

4.37.Reconhecimento é o processo que consiste naincorporação ao balanço patrimonial ou à demonstração doresultado de item que se enquadre na denição de elemento eque satisfaça os critérios de reconhecimento mencionados noitem 4.38. Envolve a descrição do item, a mensuração do seumontante monetÑrio e a sua inclusão no balanço patrimonial ou nademonstração do resultado. Os itens que satisfazem os critérios dereconhecimento devem ser reconhecidos no balanço patrimonialou na demonstração do resultado. A falta de reconhecimento detais itens não é corrigida pela divulgação das prÑticas contÑbeisadotadas nem tampouco pelas notas explicativas ou materialelucidativo.

4.38.Um item que se enquadre na denição de um elementodeve ser reconhecido se:

(a)for provΓ‘vel que algum benefΓ­cio econΓ΄mico futuroassociado ao item ua para a entidade ou ua da entidade; e

(b)o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado comconabilidade.

4.39.Ao avaliar se um item se enquadra nesses critériose, portanto, se qualica para ns de reconhecimento nasdemonstraçáes contÑbeis, é necessÑrio considerar as observaçáessobre materialidade registradas no Capítulo 3 - CaracterísticasQualitativas da Informação ContÑbil Financeira Útil.

O inter-relacionamento entre os elementos signicaque um item que se enquadre na denição e nos critΓ©rios dereconhecimento de determinado elemento, por exemplo, um ativo,requer automaticamente o reconhecimento de outro elemento, por exemplo, uma receita ou um passivo.

Probabilidade de futuros benefΓ­cios econΓ΄micos

4.40.O conceito de probabilidade deve ser adotado noscritΓ©rios de reconhecimento para determinar o grau de incertezacom que os benefΓ­cios econΓ΄micos futuros referentes ao itemvenham a uir para a entidade ou a uir da entidade. O conceitoestΓ‘ em conformidade com a incerteza que caracteriza o ambienteno qual a entidade opera.

As avaliaçáes acerca do grau de incerteza atrelado ao uxode benefΓ­cios econΓ΄micos futuros devem ser feitas com base naevidΓͺncia disponΓ­vel quando as demonstraçáes contΓ‘beis sΓ£oelaboradas. Por exemplo, quando for provΓ‘vel que uma contaa receber devida Γ  entidade serΓ‘ paga pelo devedor, Γ© entΓ£o justicΓ‘vel, na ausΓͺncia de qualquer evidΓͺncia em contrΓ‘rio,reconhecer a conta a receber como ativo.

Para uma ampla população de contas a receber, entretanto,algum grau de inadimplΓͺncia Γ© normalmente considerado provΓ‘vel;dessa forma, reconhece-se como despesa a esperada redução nos benefΓ­cios econΓ΄micos.

Conabilidade da mensuração

4.41.O segundo critΓ©rio para reconhecimento de um itemΓ© que ele possua custo ou valor que possa ser mensurado comconabilidade. Em muitos casos, o custo ou valor precisa ser estimado; o uso de estimativas razoΓ‘veis Γ© parte essencial daelaboração das demonstraçáes contΓ‘beis e nΓ£o prejudica a suaconabilidade.

Quando, entretanto, não puder ser feita estimativa razoÑvel,o item não deve ser reconhecido no balanço patrimonial ou nademonstração do resultado. Por exemplo, o valor que se esperareceber de uma ação judicial pode enquadrar-se nas deniçáes tantode ativo quanto de receita, assim como nos critérios probabilísticosexigidos para reconhecimento.

Todavia, se nΓ£o Γ© possΓ­vel mensurar com conabilidade omontante que serΓ‘ recebido, ele nΓ£o deve ser reconhecido comoativo ou receita.

A existΓͺncia da reclamação deve ser, entretanto, divulgada nasnotas explicativas ou nos quadros suplementares.

4.42.Um item que, em determinado momento, deixe de seenquadrar nos critΓ©rios de reconhecimento constantes do item 4.38 pode qualicar-se para reconhecimento em data posterior, comoresultado de circunstΓ’ncias ou eventos subsequentes.

4.43.Um item que possui as caracterΓ­sticas essenciais deelemento, mas nΓ£o atende aos critΓ©rios para reconhecimento pode, contudo, requerer sua divulgação em notas explicativas,em material explicativo ou em quadros suplementares. Isso

Γ© apropriado quando a divulgação do item for consideradarelevante para a avaliação da posição patrimonial e nanceira, dodesempenho e das mutaçáes na posição nanceira da entidade por  parte dos usuΓ‘rios das demonstraçáes contΓ‘beis.

Reconhecimento de ativos

4.44.Um ativo deve ser reconhecido no balanΓ§o patrimonialquando for provΓ‘vel que benefΓ­cios econΓ΄micos futuros dele provenientes uirΓ£o para a entidade e seu custo ou valor puder ser mensurado com conabilidade.

4.45.Um ativo nΓ£o deve ser reconhecido no balanΓ§o patrimonial quando os gastos incorridos nΓ£o proporcionarem a

expectativa provÑvel de geração de benefícios econômicos para aentidade além do período contÑbil corrente.Ao invés disso, tal transação deve ser reconhecida como

despesa na demonstração do resultado.Esse tratamento não implica dizer que a intenção da

administração ao incorrer nos gastos não tenha sido a degerar benefícios econômicos futuros para a entidade ou que aadministração tenha sido mal conduzida. A única implicação é queo grau de certeza quanto à geração de benefícios econômicos paraa entidade, além do período contÑbil corrente, é insuciente paragarantir o reconhecimento do ativo.

Reconhecimento de passivos

4.46.Um passivo deve ser reconhecido no balanΓ§o patrimonial quando for provΓ‘vel que uma saΓ­da de recursosdetentores de benefΓ­cios econΓ΄micos seja exigida em liquidaçãode obrigação presente e o valor pelo qual essa liquidação sedarΓ‘ puder ser mensurado com conabilidade. Na prΓ‘tica, asobrigaçáes originadas de contratos ainda nΓ£o integralmentecumpridos de modo proporcional - proportionately unperformed(por exemplo, passivos decorrentes de pedidos de compra de produtos e mercadorias ainda nΓ£o recebidos) - nΓ£o sΓ£o geralmentereconhecidas como passivos nas demonstraçáes contΓ‘beis.

Contudo, tais obrigaçáes podem enquadrar-se na deniçãode passivos caso sejam atendidos os critérios de reconhecimentonas circunstÒncias especícas, e podem qualicar-se parareconhecimento. Nesses casos, o reconhecimento dos passivosexige o reconhecimento dos correspondentes ativos ou despesas.

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Reconhecimento de receitas

4.47.A receita deve ser reconhecida na demonstração doresultado quando resultar em aumento nos benefΓ­cios econΓ΄micosfuturos relacionado com aumento de ativo ou com diminuição de passivo, e puder ser mensurado com conabilidade. Isso signica,na prΓ‘tica, que o reconhecimento da receita ocorre simultaneamentecom o reconhecimento do aumento nos ativos ou da diminuiçãonos passivos (por exemplo, o aumento lΓ­quido nos ativos originadoda venda de bens e serviΓ§os ou o decrΓ©scimo do passivo originadodo perdΓ£o de dΓ­vida a ser paga).

4.48.Os procedimentos normalmente adotados, na prΓ‘tica, para reconhecimento da receita, como, por exemplo, a exigΓͺnciade que a receita tenha sido ganha, sΓ£o aplicaçáes dos critΓ©riosde reconhecimento denidos nesta Estrutura Conceitual. Tais procedimentos sΓ£o geralmente direcionados para restringir oreconhecimento como receita Γ queles itens que possam ser mensurados com conabilidade e tenham suciente grau decerteza.

Reconhecimento de despesas

4.49.As despesas devem ser reconhecidas na demonstraçãodo resultado quando resultarem em decrΓ©scimo nos benefΓ­cioseconΓ΄micos futuros, relacionado com o decrΓ©scimo de umativo ou o aumento de um passivo, e puder ser mensurado comconabilidade. Isso signica, na prΓ‘tica, que o reconhecimentoda despesa ocorre simultaneamente com o reconhecimento deaumento nos passivos ou de diminuição nos ativos (por exemplo,a alocação por competΓͺncia de obrigaçáes trabalhistas ou dadepreciação de equipamento).

4.50.As despesas devem ser reconhecidas na demonstraçãodo resultado com base na associação direta entre elas e oscorrespondentes itens de receita. Esse processo, usualmentechamado de confrontação entre despesas e receitas (regime decompetΓͺncia), envolve o reconhecimento simultΓ’neo ou combinadodas receitas e despesas que resultem diretamente ou conjuntamentedas mesmas transaçáes ou outros eventos. Por exemplo, os vΓ‘rioscomponentes de despesas que integram o custo das mercadoriasvendidas devem ser reconhecidos no mesmo momento em quea receita derivada da venda das mercadorias Γ© reconhecida.Contudo, a aplicação do conceito de confrontação, de acordo comesta Estrutura Conceitual, nΓ£o autoriza o reconhecimento de itensno balanΓ§o patrimonial que nΓ£o satisfaΓ§am Γ  denição de ativosou passivos.

4.51.Quando se espera que os benefícios econômicos sejamgerados ao longo de vÑrios períodos contÑbeis e a associação coma correspondente receita somente possa ser feita de modo geral eindireto, as despesas devem ser reconhecidas na demonstração doresultado com base em procedimentos de alocação sistemÑtica eracional.

Muitas vezes isso é necessÑrio ao reconhecer despesasassociadas com o uso ou o consumo de ativos, tais como itensdo imobilizado, Ñgio pela expectativa de rentabilidade futura(goodwill), marcas e patentes. Em tais casos, a despesa édesignada como depreciação ou amortização. Esses procedimentosde alocação destinam-se a reconhecer despesas nos períodoscontÑbeis em que os benefícios econômicos associados a tais itenssejam consumidos ou expirem.

4.52.A despesa deve ser reconhecida imediatamente nademonstração do resultado quando o gasto nΓ£o produzir benefΓ­cioseconΓ΄micos futuros ou quando, e na extensΓ£o em que, os benefΓ­cios econΓ΄micos futuros nΓ£o se qualicarem, ou deixaremde se qualicar, para reconhecimento no balanΓ§o patrimonialcomo ativo.

4.53.A despesa também deve ser reconhecida na demonstraçãodo resultado nos casos em que um passivo é incorrido sem ocorrespondente reconhecimento de ativo, como no caso de passivodecorrente de garantia de produto.

Mensuração dos elementos das demonstraçáes contÑbeis

4.54.Mensuração Γ© o processo que consiste em determinar os montantes monetΓ‘rios por meio dos quais os elementos dasdemonstraçáes contΓ‘beis devem ser reconhecidos e apresentadosno balanΓ§o patrimonial e na demonstração do resultado. Esse processo envolve a seleção da base especΓ­ca de mensuração.

4.55.Um número variado de bases de mensuração é empregadoem diferentes graus e em variadas combinaçáes nas demonstraçáescontÑbeis. Essas bases incluem o que segue:

(a)Custo histΓ³rico. Os ativos sΓ£o registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justodos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos sΓ£o registrados pelos montantes dos recursos recebidosem troca da obrigação ou, em algumas circunstΓ’ncias (como, por exemplo, imposto de renda), pelos montantes em caixa ouequivalentes de caixa se espera serΓ£o necessΓ‘rios para liquidar o passivo no curso normal das operaçáes.

(b)Custo corrente. Os ativos sΓ£o mantidos pelos montantes emcaixa ou equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se essesmesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data

do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos montantes emcaixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se esperaseriam necessÑrios para liquidar a obrigação na data do balanço.

(c)Valor realizÑvel (valor de realização ou de liquidação). Osativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentesde caixa que poderiam ser obtidos pela sua venda em formaordenada. Os passivos são mantidos pelos seus montantes deliquidação, isto é, pelos montantes em caixa ou equivalentes decaixa, não descontados, que se espera serão pagos para liquidar ascorrespondentes obrigaçáes no curso normal das operaçáes.

(d)Valor presente. Os ativos sΓ£o mantidos pelo valor presente,descontado, dos uxos futuros de entradas lΓ­quidas de caixa quese espera seja gerado pelo item no curso normal das operaçáes. Os passivos sΓ£o mantidos pelo valor presente, descontado, dos uxosfuturos de saΓ­das lΓ­quidas de caixa que se espera serΓ£o necessΓ‘rios para liquidar o passivo no curso normal das operaçáes.

4.56.A base de mensuração mais comumente adotada pelasentidades na elaboração de suas demonstraçáes contΓ‘beis Γ© o custohistΓ³rico. Ele Γ© normalmente combinado com outras bases demensuração. Por exemplo, os estoques sΓ£o geralmente mantidos pelo menor valor entre o custo e o valor lΓ­quido de realização, ostΓ­tulos e valores mobiliΓ‘rios negociΓ‘veis podem em determinadascircunstΓ’ncias ser mantidos a valor de mercado e os passivosdecorrentes de pensΓ΅es sΓ£o mantidos pelo seu valor presente.Ademais, em algumas circunstΓ’ncias, determinadas entidadesusam a base de custo corrente como resposta Γ  incapacidadede o modelo contΓ‘bil de custo histΓ³rico enfrentar os efeitos dasmudanΓ§as de preΓ§os dos ativos nΓ£o monetΓ‘rios. Conceitos decapital e de manutenção de capital Conceitos de capital

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Didatismo e Conhecimento26

 AUDITORIA 

4.57.O conceito de capital nanceiro (ou monetΓ‘rio) Γ© adotado pela maioria das entidades na elaboração de suas demonstraçáescontΓ‘beis. De acordo com o conceito de capital nanceiro, talcomo o dinheiro investido ou o seu poder de compra investido,o capital Γ© sinΓ΄nimo de ativos lΓ­quidos ou patrimΓ΄nio lΓ­quido da

entidade.Segundo o conceito de capital fΓ­sico, tal como capacidade

operacional, o capital é considerado como a capacidade produtivada entidade baseada, por exemplo, nas unidades de produçãodiÑria.

4.58.A seleção do conceito de capital apropriado para aentidade deve estar baseada nas necessidades dos usuÑrios dasdemonstraçáes contÑbeis. Assim, o conceito de capital nanceirodeve ser adotado se os usuÑrios das demonstraçáes contÑbeisestiverem primariamente interessados na manutenção do capitalnominal investido ou no poder de compra do capital investido.Se, contudo, a principal preocupação dos usuÑrios for com acapacidade operacional da entidade, o conceito de capital físico

deve ser adotado. O conceito escolhido indica o objetivo a ser alcanΓ§ado na determinação do lucro, mesmo que possa haver algumas diculdades de mensuração ao tornar operacional oconceito.

Conceitos de manutenção de capital e determinação dolucro

4.59.Os conceitos de capital mencionados no item 4.57 dãoorigem aos seguintes conceitos de manutenção de capital:

(a)Manutenção do capital nanceiro. De acordo com esseconceito, o lucro é considerado auferido somente se o montantenanceiro (ou dinheiro) dos ativos líquidos no m do períodoexceder o seu montante nanceiro (ou dinheiro) no começodo período, depois de excluídas quaisquer distribuiçáes aos

 proprietΓ‘rios e seus aportes de capital durante o perΓ­odo. Amanutenção do capital nanceiro pode ser medida em qualquer unidade monetΓ‘ria nominal ou em unidades de poder aquisitivoconstante.

(b)Manutenção do capital fΓ­sico. De acordo com esseconceito, o lucro Γ© considerado auferido somente se a capacidadefΓ­sica produtiva (ou capacidade operacional) da entidade (ou osrecursos ou fundos necessΓ‘rios para atingir essa capacidade) nom do perΓ­odo exceder a capacidade fΓ­sica produtiva no inΓ­ciodo perΓ­odo, depois de excluΓ­das quaisquer distribuiçáes aos proprietΓ‘rios e seus aportes de capital durante o perΓ­odo.

4.60.O conceito de manutenção de capital estÑ relacionadocom a forma pela qual a entidade dene o capital que ela procura

manter. Ele representa um elo entre os conceitos de capital e osconceitos de lucro, pois fornece um ponto de referΓͺncia paramedição do lucro; Γ© uma condição essencial para distinção entreo retorno sobre o capital da entidade e a recuperação do capital;somente os ingressos de ativos que excedam os montantesnecessΓ‘rios para manutenção do capital podem ser consideradoscomo lucro e, portanto, como retorno sobre o capital. Portanto, olucro Γ© o montante remanescente depois que as despesas (inclusiveos ajustes de manutenção do capital, quando for apropriado)tiverem sido deduzidas do resultado. Se as despesas excederem asreceitas, o montante residual serΓ‘ um prejuΓ­zo.

4.61.O conceito de manutenção do capital físico requer aadoção do custo corrente como base de mensuração. O conceito demanutenção do capital nanceiro, entretanto, não requer o uso deuma base especíca de mensuração.

A escolha da base conforme este conceito depende do tipo

de capital nanceiro que a entidade estΓ‘ procurando manter.

4.62.A principal diferença entre os dois conceitos de

manutenção de capital estÑ no tratamento dos efeitos das mudançasnos preços dos ativos e passivos da entidade. Em termos gerais,a entidade terÑ mantido seu capital se ela tiver tanto capital nom do período como tinha no início, computados os efeitos dasdistribuiçáes aos proprietÑrios e seus aportes para o capital duranteesse período.

Qualquer valor alΓ©m daquele necessΓ‘rio para manter o

capital do inΓ­cio do perΓ­odo Γ© lucro.

4.63.De acordo com o conceito de manutenção do capitalnanceiro, por meio do qual o capital é denido em termos deunidades monetÑrias nominais, o lucro representa o aumento

do capital monetΓ‘rio nominal ao longo do perΓ­odo. Assim, osaumentos nos preΓ§os de ativos mantidos ao longo do perΓ­odo,convencionalmente designados como ganhos de estocagem,sΓ£o, conceitualmente, lucros. Entretanto, eles podem nΓ£o ser reconhecidos como tais atΓ© que os ativos sejam realizados mediantetransação de troca.

Quando o conceito de manutenção do capital nanceiro Γ©denido em termos de unidades de poder aquisitivo constante,o lucro representa o aumento no poder de compra investido aolongo do perΓ­odo. Assim, somente a parcela do aumento nos preΓ§os dos ativos que exceder o aumento no nΓ­vel geral de preΓ§osΓ© considerada como lucro.

O restante do aumento Γ© tratado como ajuste para manutençãodo capital e, consequentemente, como parte integrante do patrimΓ΄nio lΓ­quido.

4.64.De acordo com o conceito de manutenção do capitalfísico, quando o capital é denido em termos de capacidadefísica produtiva, o lucro representa o aumento desse capital aolongo do período. Todas as mudanças de preços afetando ativose passivos da entidade são vistas, nesse conceito, como mudançasna mensuração da capacidade física produtiva da entidade. Assimsendo, devem ser tratadas como ajustes para manutenção docapital, que são parte do patrimônio líquido, e não como lucro.

4.65.A seleção das bases de mensuração e do conceito demanutenção de capital Γ© que determina o modelo contΓ‘bil a ser utilizado na elaboração das demonstraçáes contΓ‘beis. Diferentesmodelos contΓ‘beis apresentam diferentes graus de relevΓ’ncia econabilidade e, como em outras Γ‘reas, a administração deve buscar o equilΓ­brio entre a relevΓ’ncia e a conabilidade. Esta EstruturaConceitual Γ© aplicΓ‘vel ao elenco de modelos contΓ‘beis e forneceorientação para elaboração e apresentação das demonstraçáescontΓ‘beis elaboradas conforme o modelo escolhido.

 No momento presente, nΓ£o Γ© intenção do CFC eleger ummodelo em particular a nΓ£o ser em circunstΓ’ncias excepcionais.Essa intenção serΓ‘, contudo, revista visΓ vis os desenvolvimentosque forem sendo observados no mundo.

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Didatismo e Conhecimento27

 AUDITORIA 

 NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE E DE AUDITORIA

 EMANADAS DO CFC.

As Normas Brasileiras de Contabilidade e de autoria – vigentes β€“ emanadas pelo CFC estΓ£o disponΓ­veis no CD complementar queacompanha a apostila.

Importante ainda lembrar que, o Edital pede TODASas resoluçáes vigentes emanadas pelo órgão, assim a bancaexaminadora poderÑ cobrar qualquer assunto pertinente aContabilidade e Auditoria, até mesmo as Resoluçáes que nãodisciplinam os assuntos explanados acima.

 Nesse passo, embora exaustivo, dada as inΓΊmeras Resoluçáes,Γ© importante estudar todo conteΓΊdo do CD.

EXERCÍCIOS

1(ESAF - 2005 - SET-RN - Auditor Fiscal do TesouroEstadual) Parte superior do formulΓ‘rio

Analise as armativas a seguir e assinale a opção correta.I. A auditoria interna deve assessorar a administração na

 prevenção de fraudes e erros;II. A auditoria interna Γ© independente e imparcial;III. Fraude Γ© o ato intencional de omissΓ£o praticado para

manipular documentos, registros e relatΓ³rios.(A) As assertivas I, II e III estΓ£o erradas.(B) As assertivas I, II e III estΓ£o corretas.(C) As assertivas I e II estΓ£o corretas e a III estΓ‘ incorreta.(D) As assertivas II e III estΓ£o incorretas e a I estΓ‘ correta.

(E) As assertivas I e III estΓ£o corretas e a II estΓ‘ incorreta.

Parte inferior do formulΓ‘rio

2 (ESAF - 2010 - SUSEP - Analista TΓ©cnico) Parte superior do formulΓ‘rio

O auditor interno, ao realizar seus procedimentos e testes deauditoria, quanto Γ  identicação de fraudes e erros, evidencia trΓͺsfatos:

I. O departamento scal da empresa, com o objetivo dereduzir o volume de impostos a recolher, cadastrou no sistemade faturamento, a alΓ­quota do IPI que deveria ser de 11%, com o percentual de 5%.

II. Ao analisar a folha de pagamentos, evidenciou funcionΓ‘rios

demitidos, constando do cΓ‘lculo da folha, sendo que a conta a ser creditado o pagamento, destes funcionΓ‘rios, pertencia a outrocolaborador do departamento pessoal.

III. O contador da empresa, ao denir a vida ΓΊtil da mΓ‘quinaque foi introduzida em linha de produção nova, estabeleceualΓ­quota, estimando a produção de um milhΓ£o de unidades, nos prΓ³ximos 5 anos. O projeto foi revisto e se reestimou para 10 anos.

Assinale a opção correta, levando em consideração os fatosacima narrados.

(A) Fraude, fraude e erro.(B) Erro, erro e erro.(C) Erro, fraude e erro.(D) Fraude, fraude e fraude.(E) Fraude, erro e erro.

3 (ESAF - 2010 - CVM - Analista - Planejamento eExecução Financeira) Parte superior do formulÑrio

Uma adequada compreensão sobre o uso da tecnologia dainformação na elaboração dos papéis de trabalho permite concluir,acertadamente, que:

(A) a auditoria sem papel (ou paperless) consiste em um novoconceito de auditoria, rompendo com todos os aspectos inerentesΓ  auditoria tradicional.

(B) todos os objetivos e atributos relativos aos papΓ©is detrabalho tradicionais permanecem vΓ‘lidos nos registros dasauditorias automatizadas.

(C) por nΓ£o serem considerados fonte primΓ‘ria, os dadosarquivados por meio de  scanner nΓ£o podem ser utilizados como papΓ©is de trabalho.

(D) apenas prossionais com formação especΓ­ca podemauditar papΓ©is de trabalho obtidos por meio de transferΓͺnciaeletrΓ΄nica de dados.

(E) as informaçáes obtidas em meio magnético serãoconsideradas vÑlidas apenas depois de impressas e autenticadas

em cartΓ³rio4.(ESAF - 2010 - CVM - Analista - Normas ContΓ‘beis e de

Auditoria)  Na elaboração da documentação de auditoria (PapΓ©isde Trabalho), no que se refere Γ  forma, ao conteΓΊdo e a extensΓ£o, oauditor deve levar em conta os seguintes fatores, exceto:

(A) importΓ’ncia da evidΓͺncia de auditoria obtida.(B) tamanho e complexidade da entidade auditada.(C) riscos identicados de distorçáes relevantes nas

demonstraçáes contÑbeis.(D) natureza dos procedimentos de auditoria a serem

executados.(E) volume dos recursos das transaçáes auditadas.

5 (ESAF - 2009 - Receita Federal - Auditor Fiscal da

Receita Federal)Parte superior do formulÑrioO auditor, ao realizar auditoria na empresa Construção

S.A., aplicou todos os procedimentos de auditoria necessÑriosao trabalho, realizando os trabalhos em conformidade com asnormas de auditoria. Ao solicitar a carta de responsabilidade daadministração da empresa, esta deve ser emitida na data

(A) de encerramento das demonstraçáes contÑbeis.(B) do término dos relatórios de revisão.(C) da publicação das demonstraçáes contÑbeis.(D) de emissão do parecer dos auditores.(E) em que o auditor nalizar os trabalhos em campo.

6 (ESAF - 2010 - CVM - Analista de Mercado de Capitais)Parte superior do formulΓ‘rioAssinale opção falsa a respeito das evidΓͺncias de auditoria.(A) A quantidade necessΓ‘ria de evidΓͺncia de auditoria Γ©

afetada pela avaliação dos riscos de distorção.(B) A qualidade é fator importante para determinar a sua

ciΓͺncia das evidΓͺncias.(C) A opiniΓ£o do auditor Γ© sustentada nas evidΓͺncias de

auditoria.(D) As auditorias anteriores nΓ£o podem ser uma fonte de

evidΓͺncia segura se tiver sido executada por outra entidade deauditoria.

(E) A forma primΓ‘ria de obtenção de evidΓͺncia Γ© a partir de procedimentos de auditoria executados durante o curso da audi-toria.

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Didatismo e Conhecimento28

 AUDITORIA 

7 (ESAF - 2010 - CVM - Analista - Planejamento eExecução Financeira)

Parte superior do formulΓ‘rio No decorrer de uma auditoria, a avaliação de riscos

corresponde Γ  anΓ‘lise da relevΓ’ncia dos riscos identicados com

 base nos seguintes aspectos, exceto:(A) a avaliação da probabilidade de sua ocorrΓͺncia.(B) a forma como serΓ£o gerenciados.(C) a denição das açáes a serem implementadas para prevenir 

sua ocorrΓͺncia ou minimizar seu potencial.(D) a resposta ao risco, considerando as hipΓ³teses de

eliminação, redução, aceitação ou compartilhamento.(E) a presunção de que os riscos, como fatos previsíveis, não

 podem afetar a qualidade da informação contΓ‘bil.

8 (ESAF - 2010 - CVM - Analista de Mercado de Capitais)Parte superior do formulΓ‘rioSegundo as normas de auditoria vigentes, risco de auditoria

 pode ser caracterizado como:

(A) o risco de haver insuciΓͺncia de informaçáes sobredeterminada transação nas demonstraçáes contΓ‘beis sem que oauditor possa perceber.

(B) possibilidade de ser o trabalho do auditor inviabilizado pela inexistΓͺncia de informaçáes conΓ‘veis para o trabalho.

(C) o risco de o Controle Interno não ter detectado a tempouma falha que leva a entidade a elaborar demonstraçáes contÑbeisdistorcidas.

(D) o risco de o auditor expressar uma opinião de auditoriainadequada, quando as demonstraçáes contÑbeis contiveremdistorção relevante.

(E) possibilidade de o auditor emitir parecer sem ressalvas,quando distorçáes relevantes nas demonstraçáes contÑbeis foremintencionalmente encobertas.

9 (ESAF - 2010 - CVM - Analista - Normas ContΓ‘beis e deAuditoria)

Parte superior do formulΓ‘rioO responsΓ‘vel pela revisΓ£o da qualidade dos trabalhos de

auditoria deve realizar uma avaliação objetiva dos julgamentossignicativos levando em conta os seguintes aspectos, exceto:

(A) avaliação das conclusáes atingidas ao elaborar o relatórioe considerar se o relatório é apropriado.

(B) discussΓ£o de assuntos signicativos com o encarregadodo trabalho.

(C) revisão da documentação selecionada de auditoria relativaaos julgamentos signicativos feitos pela equipe de trabalho e dasconclusáes obtidas.

(D) revisΓ£o das demonstraçáes contΓ‘beis e do relatΓ³rio proposto.

(E) discussão do julgamento e relatório com a direção daentidade auditada.

GABARITO1.E2.A3.B4.E5.D6.D7.E8.D9.E

 ANOTAÇÕES

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 AUDITORIA 

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Page 32: Auditoria Para Concursos

7/29/2019 Auditoria Para Concursos

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 AUDITORIA 

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