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7/29/2019 Auditoria Para Concursos
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AUDITORIA
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Didatismo e Conhecimento1
AUDITORIA
CONCEITOS E OBJETIVOS.
Em virtude de ser classicada como uma das atividades prΓ³prias da Contabilidade, atΓ© algum tempo atrΓ‘s uma auditoriaera privilegio exclusivo do bacharel em CiΓͺncias ContΓ‘beis. Mas,nas ΓΊltimas dΓ©cadas, essa realidade, como a de tantas outras Γ‘reas prossionais, tem sofrido profundas modicaçáes.
Constata-se, atualmente, que o domΓnio da auditoria expande-se para alΓ©m de sua Γ‘rea original de conhecimento, de modo que passou a ser uma atividade multidisciplinar, transcendendo, assim,os limites contΓ‘beis. Essa modernização decorre principalmentedo avanΓ§o tecnolΓ³gico nas Γ‘reas de computação e informaçáes,o que vem exigindo das empresas do setor novas tΓ©cnicas e procedimentos operacionais. Tal conquista, porΓ©m, nΓ£o as dispensada exigΓͺncia de vericar os controles rotineiros e a exatidΓ£o dosresultados da empresa examinada, alΓ©m de, mais moderadamente,comprovar a atribuição da responsabilidade civil e a probidadeadministrativa de colaboradores e gestores.
Γ certo que a prossΓ£o de Auditor Independente cujo objeto deexame sΓ£o as demonstraçáes nanceiras das sociedades por açáescom capital aberto, conforme a legislação da comissΓ£o de ValoresMobiliΓ‘rios continua sendo um privilegio do contador, pois sΓ³ele pode emitir e assinar os pareceres sobre as peΓ§as contΓ‘beisexaminadas. NΓ£o obstante, na presente βera do conhecimentoβ, atΓ©mesmo o chamado βAuditor-Contadorβ no desenvolvimento desuas tarefas Γ© obrigado a recorrer a conhecimentos de outras Γ‘reas.Esse recurso torna-se uma imposição para aqueles que, como ele, pretende atuar no Γ’mbito das atividades do mundo econΓ΄mico, desorte que nΓ£o podem mais prescindir do auxilio de prossionaisformados em Administração, Economia e InformΓ‘tica.
Essa modernidade cabe ressaltar, expandiu e, dessa formadiversicou sobremaneira o campo da atuação da Auditoria,não se restringindo à Auditoria das Demonstraçáes Financeiras.Hoje jÑ existe literatura que distingue as auditorias em outroscampos especializados, como a de Qualidade, de Computação, aGovernamental, de Negócios, Interna e outras.
Ademais, a imbricação a esses novos campos de aplicação possibilita e confere mais eciΓͺncia Γ observação sistemΓ‘ticaexigida pela auditoria sobre controles internos ou, como sedenomina recentemente, sobre os βprocedimentos operacionaisβ,congurados na circulação de documentos nas empresas.O que inclui o exame dos atos e fatos patrimoniais e atΓ©extrapatrimoniais, os quais fundamentarΓ£o a opiniΓ£o do Auditor e, por isso, a transformaram no produto de um processo que requer
conhecimentos múltiplos.Conceito de Auditoria: Para facilitar o entendimento dasfunçáes e atividades dessa especialização do contador, torna-senecessÑria a divisão em duas ramicaçáes de atuação que são:
1Βͺ Auditoria externa independente;2Βͺ Auditoria interna e operacional.
1 β Auditoria externa independente: Γ a tΓ©cnica contΓ‘bilque visa obter elementos de convicção que permitam julgar as Demonstraçáes ContΓ‘beis de uma entidade, bem como osregistros contΓ‘beis: Foram efetuados de acordo com os princΓpiosfundamentais de contabilidade; e Reetem adequadamente asituação econΓ΄mico-nanceira do patrimΓ΄nio os resultados do perΓodo examinado e as demais situaçáes e informaçáes nelasdemonstrados e constantes das notas explicativas.
A Auditoria das demonstraçáes contΓ‘beis constitui o conjuntode procedimentos tΓ©cnicos que tem por objetivo a emissΓ£o de parecer sobre sua adequação consoante os PrincΓpios Fundamentaisde Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, noque for pertinente, a legislação especΓca.
2 β Auditoria interna e operacional: Γ o instrumento decontrole administrativo e de vericação sistemΓ‘tica da ecΓ‘ciae eciΓͺncia das atividades operacionais. Enfoca a avaliação doscontroles internos das atividades e processos administrativos eoperacionais, analisando as deciΓͺncias e os riscos envolvidos,visando: Γ proteção dos bens e direitos da empresa contra fraudes,desvios, desfalques; Γ constatação de possΓveis irregularidades euso indevidos dos bens e direitos da empresa, que comprometamseu desempenho; Ao aprimoramento contΓnuo da eciΓͺncia eecΓ‘cia operacional, contribuindo com soluçáes que possibiliteme facilitem o atingimento das metas dos planos estabelecidos.
A Auditoria Interna constitui o conjunto de procedimentostécnicos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e
ecΓ‘cia dos controles internos e das informaçáes fΓsicas, contΓ‘beis,nanceiras e operacionais da entidade.
Tipos e Objetivos das auditorias
Auditoria das demonstraçáes contÑbeis: Emissão de parecer sobre as demonstraçáes contÑbeis da empresa ou entidadeem determinada data.Auditoria interna: Revisão sistemÑtica das transaçáes
operacionais e do sistema de controle internos, visando: Γ proteção dos bens e direitos da empresa contra fraudes, desviose desfalques; A constatação de possΓveis irregularidades e usoindevidos dos bens e direitos da empresa.Auditoria operacional: Avaliação
sistemΓ‘tica da ecΓ‘cia e eciΓͺncia das atividades
operacionais e dos processos administrativos, visando: Ao aprimoramento continuo da eciΓͺncia e ecΓ‘cia operacional,contribuindo com soluçáes.Auditoria de cumprimento normativo ou compliance
audit Auditoria para vericação do comprimento/observÒncia denormas e procedimentos implantados pela empresa ou pelos órgãosreguladores de determinadas atividades. Por exemplo, normasimplantadas pelo Banco Central do Brasil a serem observadas pelas instituiçáes nanceiras para o combate do crime de lavagemde dinheiro.Auditoria de gestão: Trabalhos dirigidos à anÑlise dos
planos e diretrizes da empresa, objetivando mensurar a eciΓͺnciada gestΓ£o das operaçáes e sua consistΓͺncia com os planos e metasaprovados.
Auditoria de sistemas: Exames e avaliaçáes da qualidadedo sistema de computação de dados e dos controles existentesno ambiente de tecnologia de informaçáes, visando otimizar autilização dos recursos de computação de dados, minimizar osriscos envolvidos nos processos e garantir a geração de informaçáese de dados conΓ‘veis, em tempo, ao menos custo possΓvel.Auditoria scal e tributΓ‘ria: AnΓ‘lise da eciΓͺncia e
ecÑcia dos procedimentos adotados para a apuração, controle e pagamento dos tributos que incidem nas atividades comerciais eoperacionais da empresa. Avaliação do planejamento tributÑrio.Auditoria ambiental: Avaliação dos processos
operacionais e produtivos das empresas visando a) A identicaçãode dados ao meio ambiente e quanticação de contingΓͺncias e b)Preparação da empresa para receber o Certicado ISSO - meioambiente.
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Didatismo e Conhecimento2
AUDITORIA
Auditoria nos processos de compra e vendas de empresase reestrututuraΓ§oes societΓ‘rias β incorporaçáes, fusΓ΅es, cisΓ΅es eformaçáes de joint ventures.Auditoria das demonstraçáes contΓ‘beis
das empresas envolvidas; Assessoria na avaliaçãodas empresas objetos de negociação societΓ‘ria; Avaliação dos ativos objetos de negociação; Identicação decontingΓͺncias scais, trabalhistas, ambientais, cΓveis etc. nasempresas envolvidas.
DISTINΓΓO ENTRE AUDITORIA INTERNA, AUDITORIA INDEPENDENTE E
PERΓCIA CONTΓBIL.
PRINCIPAIS DIFERENΓAS ENTRE A AUDITORIAINDEPENDENTE E A AUDITORIA INTERNA OUOPERACIONAL
PropΓ³sito do trabalho
A auditoria interna e operacional visa elaborar sugestΓ΅es parao aprimoramento da gestΓ£o operacional, salvaguardar os ativos daempresa e tornar mais ecientes os controles internos.
Na auditoria externa independente, sua preocupação Γ© vericar se as demonstraçáes contΓ‘beis condizem com os princΓpiosfundamentais da contabilidade e de os saldos das contas reetemcom propriedade a posição patrimonial e nanceira do cliente.
ParÒmetros para a execução dos trabalhos
O auditor interno fundamenta-se nas normas e polΓticaselaboradas pela empresa para a realização e emissΓ£o de seus relatΓ³rios. Por sua vez, o auditor externo independente vale-se principalmentedos princΓpios fundamentais de contabilidade para subsidiar suasopiniΓ΅es. Os Γ³rgΓ£os normativos e orientadores da atividade emiteme discutem, com frequΓͺncia, padrΓ΅es que devem ser obedecidos pela categoria. O auditor independente nΓ£o pode desobedecer atais padrΓ΅es de trabalho, sob pena de ver cercada sua atuação.
NΓvel de preocupação com os controles internos
A preocupação do auditor interno Γ© com aeciΓͺncia do funcionamento dos controles; esse aspectoΓ© de fundamental importΓ’ncia para seus trabalhos. A auditoria externa independente, por sua vez, verica se possΓveisfalhas nos controles internos podem produzir efeitos relevantesnas demonstraçáes contΓ‘beis.
DependΓͺncia profssional
O auditor interno, por ser funcionΓ‘rio da empresa e,consequentemente, depende do emprego, pode sofrer restriçáes para a emissΓ£o de relatΓ³rios com crΓticas Γ s prΓ‘ticas empresariaisou decisΓ΅es do alto escalΓ£o. Para diminuir o grau de dependΓͺncia,o auditor interno deve ocupar um cargo de nΓvel hierΓ‘rquicosuperior, de preferΓͺncia subordinado ao alto escalΓ£o de comandoda empresa.
Conclui-se que o trabalho do auditor precisa ter forterespaldo por parte da direção da empresa. Γ claro que, como Γ©um departamento que irΓ‘ atuar com outros departamentos paravericar se os trabalhos desenvolvidos estΓ£o de acordo como desejo da direção, somente a prΓ³pria direção pode outorgar Γ auditora a autoridade necessΓ‘ria para o desempenha dessa função.Por outro lado, o auditor deve ser um prossional capacitado aatender aos anseios da direção Γ qual assessora. A auditoria, por ser independente, sofre menores restriçáes, tendo maior autonomia para reportar suas crΓticas e opiniΓ΅es.
Formato de RelatΓ³rio
O relatΓ³rio da auditoria interna nΓ£o Γ© padronizado, podendovariar de empresa para empresa, ou mesmo depende do responsΓ‘vel pelo gerenciamento do departamento. JΓ‘ relatΓ³rio do auditor externo independente nΓ£o pode fugir aos modelos padronizados pelos Γ³rgΓ£os normativos da atividade β Conselho Federal deContabilidade, Ibracon, Banco Central, ComissΓ£o de ValoresMobiliΓ‘rios etc.
UsuΓ‘rio dos trabalhos e dos relatΓ³rios de auditoria
Os relatórios da auditoria interna destina-se sempre aosgestores da empresa; normalmente é restrita sua circulação.Os relatórios da auditoria externa independente tem como principais usuÑrios o publico externo ao cliente, tais comoacionistas, investidores no mercado de capitais e credores
DIFERENΓAS ENTRE AS FUNΓΓES DE AUDITORIAE PERΓCIAS
No meio empresarial e na sociedade, hÑ certa confusão entreas atividades e funçáes do auditor e as do perito e dos agentes descalização. Vamos comentar bem resumidamente sobre periciase scalizaçáes.
a) Pericias: Trabalhos voltados para o esclarecimento dosquesitos formulados por um juiz, para atender a determinado processo judicial, cΓvel ou trabalhista. Como consequΓͺncia, o perito nomeado pelo juiz emitirΓ‘ um laudo pericial, com suasconclusΓ΅es, respondendo aos questionΓ‘rios formulados. PericiaContΓ‘bil Γ© o conjunto de procedimentos tΓ©cnicos que tem por objetivos a emissΓ£o de laudo sobre questΓ΅es contΓ‘beis, medianteexame, vistorias indagação, investigação, arbitramento, avaliaçãoou certicação.
b) Fiscalização: função executada por agentes scais dauniΓ£o, Estados e MunicΓpios, visando ao controle e Γ scalizaçãodas prΓ‘ticas tributΓ‘rias adotadas pelos contribuintes.
TESTES DE AUDITORIA: SUBSTANTIVOS, DE OBSERVΓNCIA, REVISΓO ANALΓTICA.
Os procedimentos da Auditoria constituem exames einvestigaçáes, incluindo testes de observΓ’ncia e testes substantivos,que permitem ao auditor interno obter subsΓdios sucientes parafundamentar suas conclusΓ΅es e recomendaçáes Γ administração daentidade.
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Didatismo e Conhecimento3
AUDITORIA
Os testes de observÒncia visam à obtenção de razoÑvelsegurança de que os controles internos estabelecidos pelaadministração estão em efetivo funcionamento, inclusive quantoao seu cumprimento pelos funcionÑrios e administradores da
entidade. Na sua aplicação, devem ser considerados os seguintes procedimentos:a) inspeção β vericação de registros, documentos e ativos
tangΓveis; b) observação β acompanhamento de processo ou
procedimento quando de sua execução;c) investigação e conrmação β obtenção de informaçáes
perante pessoas fΓsicas ou jurΓdicas conhecedoras das transaçáes edas operaçáes, dentro ou fora da entidade.
Os testes substantivos visam Γ obtenção de evidΓͺncia quantoΓ suciΓͺncia, exatidΓ£o e validade dos dados produzidos pelossistemas de informação da entidade.
As informaçáes que fundamentam os resultados da AuditoriaInterna sΓ£o denominadas de βevidΓͺnciasβ, que devem ser sucientes, dedignas, relevantes e ΓΊteis, de modo a fornecer basesΓ³lida para as conclusΓ΅es e recomendaçáes Γ administração daentidade.
O processo de obtenção e avaliação das informaçáescompreende:
I β a obtenção de informaçáes sobre os assuntosrelacionados aos objetivos e ao alcance da Auditoria Interna,devendo ser observado que:
a) a informação suciente Γ© aquela que Γ© factual e convincente,de tal forma que uma pessoa prudente e informada possa entendΓͺ-
la da mesma forma que o auditor interno; b) a informação adequada é aquela que, sendo conÑvel,
propicia a melhor evidΓͺncia alcançÑvel, por meio do uso apropriadodas tΓ©cnicas de Auditoria Interna;
c) a informação relevante é a que dÑ suporte às conclusáes e à srecomendaçáes da Auditoria Interna;
d) a informação útil é a que auxilia a entidade a atingir suasmetas.
II β a avaliação da efetividade das informaçáes obtidas,mediante a aplicação de procedimentos da Auditoria Interna,incluindo testes substantivos, se as circunstΓ’ncias assim o exigirem.
O processo deve ser supervisionado para alcançar razoÑvelsegurança de que o objetivo do trabalho da Auditoria Interna estÑsendo atingido.
Devem ser adotados procedimentos adequados para assegurar que as contingΓͺncias ativas e passivas relevantes - decorrentes de processos judiciais e extrajudiciais, reivindicaçáes e reclamaçáes, bem como de lanΓ§amentos de tributos e de contribuiçáes em disputa,- foram identicadas e sΓ£o do conhecimento da administração daentidade.
No trabalho da Auditoria Interna, quando aplicΓ‘vel, deveser examinada a observΓ’ncia dos PrincΓpios Fundamentais deContabilidade, das Normas Brasileiras de Contabilidade eda legislação tributΓ‘ria, trabalhista e societΓ‘ria, bem como ocumprimento das normas reguladoras a que estiver sujeita aentidade.
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA: INSPEΓΓO, OBSERVAΓΓO,
INVESTIGAΓΓO, CONFIRMAΓΓO,
CΓLCULO, PROCEDIMENTOS ANALΓTICOS.
A aplicação dos procedimentos de auditoria deve ser realiza-da, em razão da complexidade e volume das operaçáes, por meiode provas seletivas, testes e amostragens, cabendo ao auditor, com base na anÑlise de riscos de auditoria e outros elementos de quedispuser, determinar a amplitude dos exames necessÑrios à obten-ção dos elementos de convicção que sejam vÑlidos para o todo.
Na aplicação dos testes de observÒncia e substantivos, o audi-tor deve considerar os seguintes procedimentos técnicos bÑsicos:
a) inspeção β exame de registros, documentos e de ativos tan-gΓveis;
b) observação β acompanhamento de processo ou procedi-mento quando de sua execução;
c) investigação e conrmação β obtenção de informaçáes jun-to a pessoas ou entidades conhecedoras da transação, dentro oufora da entidade;
d) cΓ‘lculo β conferΓͺncia da exatidΓ£o aritmΓ©tica de documen-tos comprobatΓ³rios, registros e demonstraçáes contΓ‘beis e outrascircunstΓ’ncias; e
e) revisΓ£o analΓtica β vericação do comportamento de valo-res signicativos, mediante Γndices, quocientes, quantidades ab-solutas ou outros meios, com vistas Γ identicação de situação outendΓͺncias atΓpicas.
Na aplicação dos testes de observΓ’ncia, o auditor deve veri-car a existΓͺncia, efetividade e continuidade dos controles internos. Na aplicação dos testes substantivos, o auditor deve objetivar
as seguintes conclusΓ΅es:a) existΓͺncia β se o componente patrimonial existe em certa
data; b) direitos e obrigaçáes β se efetivamente existentes em certa
data;c) ocorrΓͺncia β se a transação de fato ocorreu;d) abrangΓͺncia β se todas as transaçáes estΓ£o registradas; ee) mensuração, apresentação e divulgação β se os itens estΓ£o
avaliados, divulgados, classicados e descritos de acordo com osPrincΓpios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileirasde Contabilidade.
Na aplicação dos procedimentos de revisΓ£o analΓtica, o audi-tor deve considerar:
a) o objetivo dos procedimentos e o grau de conabilidade dosresultados alcançÑveis;
b) a natureza da entidade e o conhecimento adquirido nas au-ditorias anteriores; e
c) a disponibilidade de informaçáes, sua relevÒncia, conabi-lidade e comparabilidade.
Se o auditor, durante a revisΓ£o analΓtica, nΓ£o obtiver informa-çáes objetivas sucientes para dirimir as questΓ΅es suscitadas, deveefetuar vericaçáes adicionais, aplicando novos procedimentos deauditoria, atΓ© alcanΓ§ar conclusΓ΅es satisfatΓ³rias.
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Didatismo e Conhecimento4
AUDITORIA
Quando o valor envolvido for expressivo em relação à posi-ção patrimonial e nanceira e ao resultado das operaçáes, deve oauditor:
a) conrmar os valores das contas a receber e a pagar, atravésde comunicação direta com os terceiros envolvidos; e
b) acompanhar o inventΓ‘rio fΓsico realizado pela entidade,executando os testes de contagem fΓsica e procedimentos comple-mentares aplicΓ‘veis.
TIPOS DE TESTES EM ΓREAS ESPECΓFICAS DAS DEMONSTRAΓΓES
CONTΓBEIS: CAIXA E BANCOS,CLIENTES, ESTOQUES, INVESTIMENTOS,
IMOBILIZADO, FORNECEDORES, ADVOGADOS, SEGUROS E FOLHAS DE
PAGAMENTO.
Quanto ao tΓ³pico supra, cumpre-nos informar que nΓ£o hΓ‘normas especΓcas para este item - Tipos de Teste em ΓreasEspecΓcas das Demonstraçáes ContΓ‘beis: Caixa e Bancos,Clientes, Estoques, Investimentos, Imobilizado, Fornecedores,Advogados, Seguros, Folha de Pagamentos - , ou seja, o CFC nΓ£onormatizou a questΓ£o.
PAPΓIS DE TRABALHO E DOCUMENTAΓΓO DE AUDITORIA.
Esta norma estabelece procedimentos e critΓ©rios relativos Γ documentação mΓnima obrigatΓ³ria a ser gerada na realização dostrabalhos de auditoria das demonstraçáes contΓ‘beis.
O auditor deve documentar as questΓ΅es que foramconsideradas importantes para proporcionar evidΓͺncia, visando afundamentar seu parecer da auditoria e comprovar que a auditoriafoi executada de acordo com as Normas de Auditoria Independentedas Demonstraçáes ContΓ‘beis.
Os papΓ©is de trabalho constituem a documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este na execução da auditoria. Elesintegram um processo organizado de registro de evidΓͺnciasda auditoria, por intermΓ©dio de informaçáes em papel, meioseletrΓ΄nicos ou outros que assegurem o objetivo a que se destinam.
Os papΓ©is de trabalho destinam-se a:
a) ajudar, pela anÑlise dos documentos de auditorias anterioresou pelos coligidos quando da contratação de uma primeiraauditoria, no planejamento e na execução da auditoria;
b) facilitar a revisΓ£o do trabalho de auditoria;c) registrar as evidΓͺncias do trabalho executado, para
fundamentar o parecer do auditor independente.
O auditor deve registrar nos papΓ©is de trabalho informaçãorelativa ao planejamento de auditoria, a natureza, a oportunidade ea extensΓ£o dos procedimentos aplicados, os resultados obtidos e assuas conclusΓ΅es da evidΓͺncia da auditoria. Os papΓ©is de trabalhodevem incluir o juΓzo do auditor acerca de todas as questΓ΅essignicativas, juntamente com a conclusΓ£o a que chegou, inclusivenas Γ‘reas que envolvem questΓ΅es de difΓcil julgamento.
A extensΓ£o dos papΓ©is de trabalho Γ© assunto de julgamento prossional, visto que nΓ£o Γ© necessΓ‘rio nem prΓ‘tico documentar todas as questΓ΅es de que o auditor trata. Entretanto, qualquer matΓ©ria que, por ser relevante, possa inuir sobre o seu parecer,deve gerar papΓ©is de trabalho que apresentem as indagaçáese as conclusΓ΅es do auditor. Ao avaliar a extensΓ£o dos papΓ©is detrabalho, o auditor deve considerar o que seria necessΓ‘rio para proporcionar a outro auditor, sem experiΓͺncia anterior com aquelaauditoria, o entendimento do trabalho executado e a base para as principais decisΓ΅es tomadas, sem adentrar os aspectos detalhadosda auditoria.
A forma e o conteΓΊdo dos papΓ©is de trabalho podem ser afetados por questΓ΅es como:
a) natureza do trabalho; b) natureza e complexidade da atividade da entidade;c) natureza e condição dos sistemas contÑbeis e de controle
interno da entidade;d) direção, supervisão e revisão do trabalho executado pela
equipe tΓ©cnica;e) metodologia e tecnologia utilizadas no curso dos trabalhos.
Os papΓ©is de trabalho sΓ£o elaborados, estruturados eorganizados para atender Γ s circunstΓ’ncias do trabalho e satisfazer Γ s necessidades do auditor para cada auditoria.
Os papΓ©is de trabalho padronizados podem melhorar a ecΓ‘ciados trabalhos, e sua utilização facilita a delegação de tarefas, proporcionando meio adicional de controle de qualidade. Entre os papΓ©is de trabalho padronizados, encontram-se, alΓ©m de outros:listas de vericação de procedimentos, cartas de conrmação desaldos, termos de inspeçáes fΓsicas de caixa, de estoques e deoutros ativos.
O auditor pode usar quaisquer documentos e demonstraçáes preparados ou fornecidos pela entidade, desde que avalie suaconsistΓͺncia e se satisfaΓ§a com sua forma e conteΓΊdo.
Os papΓ©is de trabalho, alΓ©m de outros mais especΓcos,incluem:
a) informaçáes sobre a estrutura organizacional e legal daentidade;
b) cópias ou excertos de documentos legais, contratos e atas;c) informaçáes sobre o setor de atividades, ambiente
econΓ΄mico e legal em que a entidade opera;d) evidΓͺncias do processo de planejamento, incluindo
programas de auditoria e quaisquer mudanΓ§as nesses programas;e) evidΓͺncias do entendimento, por parte do auditor, do
sistema contÑbil e do controle interno, e sua concordÒncia quantoà ecÑcia e adequação;
f) evidΓͺncias de avaliação dos riscos de auditoria;g) evidΓͺncias de avaliação e conclusΓ΅es do auditor e revisΓ£o
sobre o trabalho da auditoria interna;h) anΓ‘lises de transaçáes, movimentação e saldos de contas;i) anΓ‘lises de tendΓͺncias, coecientes, quocientes, Γndices e
outros indicadores signicativos; j) registro da natureza, oportunidade e extensΓ£o dos
procedimentos de auditoria e seus resultados;k) evidΓͺncias de que o trabalho executado pela equipe tΓ©cnica
foi supervisionado e revisado;l) indicação de quem executou e revisou os procedimentos de
auditoria e de quando o fez;
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Didatismo e Conhecimento5
AUDITORIA
m) detalhes dos procedimentos relativos às demonstraçáescontÑbeis auditadas por outro auditor;
n) cópias de comunicaçáes com outros auditores, peritos,especialistas e terceiros;
o) cópias de comunicaçáes à administração da entidade, e suas
respostas, em relação aos trabalhos, Γ s condiçáes de contratação eΓ s deciΓͺncias constatadas, inclusive no controle interno;
p) cartas de responsabilidade da administração;q) conclusáes do auditor acerca de aspectos signicativos,
incluindo o modo como foram resolvidas ou tratadas questΓ΅esnΓ£o-usuais;
r) cópias das demonstraçáes contÑbeis, assinadas pelaadministração da entidade e pelo contabilista responsÑvel, e do parecer e dos relatórios do auditor.
No caso de auditorias realizadas em vΓ‘rios perΓodos
consecutivos, alguns papΓ©is de trabalho, desde que sejamatualizados, podem ser reutilizados, diferentemente daqueles quecontΓͺm informaçáes sobre a auditoria de um ΓΊnico perΓodo.
O auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter a custΓ³dia dos papΓ©is de trabalho pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emissΓ£o do seu parecer.
A condencialidade dos papΓ©is de trabalho Γ© dever permanentedo auditor.
Os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva do auditor.Partes ou excertos destes podem, a critério do auditor, ser postos à disposição da entidade.
Os papéis de trabalho quando solicitados por terceirossomente podem ser disponibilizados após autorização formal daentidade auditada
O auditor deve documentar, atravΓ©s de papΓ©is de trabalho, to-dos os elementos signicativos dos exames realizados e que evi-denciam ter sido a auditoria executada de acordo com as normasaplicΓ‘veis.
Os papΓ©is de trabalho devem ter abrangΓͺncia e grau de detalhesucientes para propiciar o entendimento e o suporte da auditoriaexecutada, compreendendo a documentação do planejamento, anatureza, oportunidade e extensΓ£o dos procedimentos de audito-ria, bem como o julgamento exercido pelo auditor e as conclusΓ΅esalcanΓ§adas.
Os papΓ©is de trabalho devem ser elaborados, organizados earquivados de forma sistemΓ‘tica e racional.
Quando o auditor se utilizar de anÑlises, demonstraçáes ouquaisquer outros documentos fornecidos pela entidade, deve certi-car-se da sua exatidão.
DOCUMENTAΓΓO
O auditor deve documentar, atravΓ©s de papΓ©is de trabalho, to-dos os elementos signicativos dos exames realizados e que evi-denciam ter sido a auditoria executada de acordo com as normasaplicΓ‘veis.
Os papΓ©is de trabalho devem ter abrangΓͺncia e grau de detalhesucientes para propiciar o entendimento e o suporte da auditoriaexecutada, compreendendo a documentação do planejamento, anatureza, oportunidade e extensΓ£o dos procedimentos de audito-ria, bem como o julgamento exercido pelo auditor e as conclusΓ΅esalcanΓ§adas.
Os papΓ©is de trabalho devem ser elaborados, organizados earquivados de forma sistemΓ‘tica e racional.
Quando o auditor se utilizar de anÑlises, demonstraçáes ouquaisquer outros documentos fornecidos pela entidade, deve certi-car-se da sua exatidão.
NORMAS DE EXECUΓΓO DOS TRABALHOS DE AUDITORIA. PLANEJAMENTO
DA AUDITORIA.
O auditor deve planejar seu trabalho consoante as NormasProssionais de Auditor Independente, e de acordo com os prazose demais compromissos contratualmente assumidos com a enti-dade.
O planejamento pressupΓ΅e adequado nΓvel de conhecimentosobre as atividades, os fatores econΓ΄micos, legislação aplicΓ‘vel eas prΓ‘ticas operacionais da entidade, e o nΓvel geral de competΓͺn-cia de sua administração.
O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes naexecução dos trabalhos, especialmente os seguintes:
a) o conhecimento detalhado das prΓ‘ticas contΓ‘beis adotadas
pela entidade e as alteraçáes procedidas em relação ao exercΓcioanterior; b) o conhecimento detalhado do sistema contΓ‘bil e de contro-
les internos da entidade e seu grau de conabilidade;c) os riscos de auditoria e identicação das Ñreas importantes
da entidade, quer pelo volume de transaçáes, quer pela complexi-dade de suas atividades;
d) a natureza, oportunidade e extensΓ£o dos procedimentos deauditoria a serem aplicados;
e) a existΓͺncia de entidades associadas, liais e partes rela-cionadas;
f) o uso dos trabalhos de outros auditores independentes, espe-cialistas e auditores internos;
g) a natureza, conteΓΊdo e oportunidade dos pareceres, relatΓ³-
rios e outros informes a serem entregues à entidade; eh) a necessidade de atender prazos estabelecidos por entidadesreguladoras ou scalizadoras e para a entidade prestar informaçáesaos demais usuÑrios externos.
O auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programas de trabalho por escrito, detalhando o que for necessΓ‘rioΓ compreensΓ£o dos procedimentos que serΓ£o aplicados, em termosde natureza, oportunidade e extensΓ£o.
Os programas de trabalho devem ser detalhados de forma aservir como guia e meio de controle de sua execução.
O planejamento da auditoria, quando incluir a designação deequipe técnica, deve prever a orientação e supervisão do auditor,que assumirÑ total responsabilidade pelos trabalhos executados.
A utilização de equipe tΓ©cnica deve ser prevista de maneiraa fornecer razoΓ‘vel seguranΓ§a de que o trabalho venha a ser exe-cutado por pessoa com capacitação prossional, independΓͺncia etreinamento requeridos nas circunstΓ’ncias.
O planejamento e os programas de trabalho devem ser revisa-dos e atualizados sempre que novos fatos o recomendarem.
Quando for realizada uma auditoria pela primeira vez na enti-dade, ou quando as demonstraçáes contΓ‘beis do exercΓcio anterior tenham sido examinadas por outro auditor, o planejamento devecontemplar os seguintes procedimentos:
a) obtenção de evidΓͺncias sucientes de que os saldos de aber-tura do exercΓcio nΓ£o contenham representaçáes errΓ΄neas ou in-consistentes que, de alguma maneira, distorΓ§am as demonstraçáescontΓ‘beis do exercΓcio atual;
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Didatismo e Conhecimento6
AUDITORIA
b) exame da adequação dos saldos de encerramento do exercΓ-cio anterior com os saldos de abertura do exercΓcio atual;
c) vericação se as prΓ‘ticas contΓ‘beis adotadas no atual exer-cΓcio sΓ£o uniformes com as adotadas no exercΓcio anterior;
d) identicação de fatos relevantes que possam afetar as ativi-dades da entidade e sua situação patrimonial e nanceira; e
e) identicação de relevantes eventos subseqΓΌentes ao exercΓ-cio anterior, revelados ou nΓ£o revelados.
FRAUDE E ERRO.
Fraude: Ato intencional de omissão ou manipulação detransaçáes, adulteração de documentos, registros e demonstraçáescontÑbeis.
Erro: Ato não intencional resultante de omissão, desatençãoou mÑ interpretação de fatos na elaboração de registros edemonstraçáes contÑbeis.
Ao detectar erros relevantes ou fraudes no decorrer dosseus trabalhos, o auditor tem a obrigação de comunicΓ‘-losΓ administração da entidade e sugerir medidas corretivas,informando sobre os possΓveis efeitos no seu parecer, caso elasnΓ£o sejam adotadas.
A responsabilidade primÑria na prevenção e identicaçãode fraudes e erros é da administração da entidade, através daimplementação e manutenção de adequado sistema contÑbil e decontrole interno. Entretanto, o auditor deve planejar seu trabalho deforma a detectar fraudes e erros que impliquem efeitos relevantesnas demonstraçáes contÑbeis.
RELEVΓNCIA NA AUDITORIA.
Os exames de auditoria devem ser planejados e executadosna expectativa de que os eventos relevantes relacionados com asdemonstraçáes contÑbeis sejam identicados.
A relevΓ’ncia deve ser considerada pelo auditor quando:a) determinar a natureza, oportunidade e extensΓ£o dos proce-
dimentos de auditoria; b) avaliar o efeito das distorçáes sobre os saldos, denomina-
çáes e classicação das contas; ec) determinar a adequação da apresentação e da divulgação da
informação contÑbil.
RISCOS NA AUDITORIA.
Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstraçáes con-tÑbeis signicativamente incorretas.
A anΓ‘lise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de pla-nejamento dos trabalhos considerando a relevΓ’ncia em dois nΓveis:
a) em nΓvel geral, considerando as demonstraçáes contΓ‘beistomadas no seu conjunto, bem como as atividades, qualidade daadministração, avaliação do sistema contΓ‘bil e de controles inter-nos e situação econΓ΄mica e nanceira da entidade; e
b) em nΓveis especΓcos, relativos ao saldo das contas ou na-tureza e volume das transaçáes.
Para determinar o risco da auditoria, o auditor deve avaliar oambiente de controle da entidade, compreendendo:
a) a função e envolvimento dos administradores nas ativida-des da entidade;
b) a estrutura organizacional e os métodos de administraçãoadotados, especialmente quanto a limites de autoridade e respon-sabilidade;
c) as polΓticas de pessoal e segregação de funçáes;d) a xação, pela administração, de normas para inventΓ‘rio,
para conciliação de contas, preparação de demonstraçáes contÑ- beis e demais informes adicionais;
e) as implantaçáes, modicaçáes e acesso aos sistemas de in-formação computadorizada, bem como acesso a arquivos de dadose possibilidade de inclusão ou exclusão de dados;
f) o sistema de aprovação e registro de transaçáes;g) as limitaçáes de acesso fΓsico a ativos e registros contΓ‘beis
e/ou administrativos; eh) as comparaçáes e anÑlises dos resultados nanceiros com
dados histΓ³ricos e/ou projetados.
SUPERVISΓO E CONTROLE DE QUALIDADE.
Na supervisão dos trabalhos da equipe técnica durante a exe-cução da auditoria, o auditor deve:
a) avaliar o cumprimento do planejamento e do programa detrabalho;
b) avaliar se as tarefas distribuΓdas Γ equipe tΓ©cnica estΓ£o sen-do cumpridas no grau de competΓͺncia exigido;
c) resolver questΓ΅es signicativas quanto Γ aplicação dosPrincΓpios Fundamentais de Contabilidade e das Normas Brasilei-ras de Contabilidade;
d) avaliar se os trabalhos foram adequadamente documenta-dos e os objetivos dos procedimentos técnicos alcançados; e
e) avaliar se as conclusáes obtidas são resultantes dos traba-lhos executados e permitem ao auditor fundamentar sua opiniãosobre as demonstraçáes contÑbeis.
O auditor deve instituir um programa de controle de quali-dade visando avaliar, periodicamente, se os serviços executadossão efetuados de acordo com as Normas Prossionais de Auditor Independente e estas normas.
O programa de controle de qualidade deve ser estabelecidode acordo com a estrutura da equipe técnica do auditor e a com- plexidade dos serviços que realizar. No caso do auditor atuar sema colaboração de assistentes, o controle da qualidade é inerente à qualicação prossional do auditor.
Os requisitos que o auditor deve adotar para o controle da qua-lidade dos seus serviços são os que seguem:
a) o pessoal designado deve ter a competΓͺncia e habilidade prossionais compatΓveis com o requerido no trabalho realizado;
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Didatismo e Conhecimento7
AUDITORIA
b) o pessoal designado deve ter o nΓvel de independΓͺncia edemais atributos denidos nas Normas Prossionais de Auditor Independente para ter uma conduta prossional inquestionΓ‘vel;
c) o trabalho de auditoria deverΓ‘ ser realizado por pessoal quetenha um nΓvel de treinamento e de experiΓͺncia prossional com- patΓvel com o grau de complexidade das atividades da entidadeauditada; e
d) o auditor deverÑ planejar, supervisionar e revisar o traba-lho em todas as suas etapas, de modo a garantir aos usuÑrios deseus serviços a certeza razoÑvel de que o trabalho foi realizadode acordo com as normas de controle de qualidade requeridas nascircunstÒncias.
O controle de qualidade do auditor inclui a avaliação perma-nente da carteira dos clientes, quanto ao seguintes aspectos:
a) capacidade de atendimento ao cliente, em face da estruturaexistente;
b) grau de independΓͺncia existente; e
c) integridade dos administradores do cliente.
A avaliação permanente da carteira de clientes deverÑ ser feita por escrito considerando os seguintes pressupostos:
a) a capacidade de atendimento serΓ‘ determinada pela somadas horas disponΓveis, segundo horΓ‘rio contratado com a equipetΓ©cnica, em relação Γ s horas contratadas com os clientes;
b) a independΓͺncia em relação aos clientes deve abranger todaa equipe tΓ©cnica que trabalhar para o cliente;
c) que nΓ£o hΓ‘ evidΓͺncias de que a administração do clienteadotou medidas administrativas que possam comprometer o tra- balho do auditor; e
d) o auditor independente deverΓ‘ avaliar a necessidade de ro-dΓzio de auditores responsΓ‘veis pela realização dos serviΓ§os, de
modo a resguardar a independΓͺncia do auditor responsΓ‘vel pelaexecução dos serviΓ§os.
ESTUDO E AVALIAΓΓO DO SISTEMA CONTΓBIL E DE CONTROLES
INTERNOS.
O sistema contÑbil e de controles internos compreende o planode organização e o conjunto integrado de método e procedimentosadotados pela entidade na proteção do seu patrimônio, promoçãoda conabilidade e tempestividade dos seus registros e demonstra-
çáes contÑbeis, e da sua ecÑcia operacional.O auditor deve efetuar o estudo e avaliação do sistema contÑ-
bil e de controles internos da entidade, como base para determinar a natureza, oportunidade e extensão da aplicação dos procedimen-tos de auditoria, considerando:
a) o tamanho e complexidade das atividades da entidade; b) os sistemas de informação contÑbil, para efeitos tanto inter-
nos quanto externos;c) as Ñreas de risco de auditoria;d) a natureza da documentação, em face dos sistemas de infor-
matização adotados pela entidade;e) o grau de descentralização de decisão adotado pela admi-
nistração da entidade; ef) o grau de envolvimento da auditoria interna, se existente.
O sistema contÑbil e de controles internos é de responsabili-dade da administração da entidade; porém o auditor deve efetuar sugestáes objetivas para seu aprimoramento, decorrentes de cons-tataçáes feitas no decorrer do seu trabalho.
A avaliação do sistema contÑbil e de controles internos pelo
auditor deve considerar os seguintes aspectos:a) o ambiente de controle existente na entidade; e b) os procedimentos de controle adotados pela administração
da entidade.
A avaliação do ambiente de controle existente deve conside-rar:
a) a denição de funçáes de toda a administração; b) o processo decisório adotado na entidade;c) a estrutura organizacional da entidade e os métodos de de-
legação de autoridade e responsabilidade;d) as polΓticas de pessoal e segregação de funçáes; ee) o sistema de controle da administração, incluindo as atri-
buiçáes da auditoria interna, se existente.
A avaliação dos procedimentos de controle deve considerar:a) as normas para elaboração de demonstraçáes contÑbeis e
quaisquer outros informes contΓ‘beis e administrativos, para nsquer internos quer externos;
b) a elaboração, revisão e aprovação de conciliaçáes de con-tas;
c) a sistemÑtica revisão da exatidão aritmética dos registros;d) a adoção de sistemas de informação computadorizados e os
controles adotados na sua implantação, alteração, acesso a arqui-vos e geração de relatórios;
e) os controles adotados sobre as contas que registram as prin-cipais transaçáes da entidade;
f) o sistema de aprovação e guarda de documentos;g) a comparação de dados internos com fontes externas de
informação;h) os procedimentos de inspeçáes fΓsicas periΓ³dicas em ativos
da entidade;i) a limitação do acesso fΓsico a ativos e registros; e j) a comparação dos dados realizados com os dados projeta-
dos.
CONTINUIDADE NORMAL DOS NEGΓCIOS DA ENTIDADE.
A continuidade normal das atividades da entidade deve mere-cer especial atenção do auditor, quando do planejamento dos seustrabalhos, ao analisar os riscos de auditoria, e deve ser comple-mentada quando da execução de seus exames.
A evidΓͺncia de normalidade pelo prazo de um ano apΓ³s a datadas demonstraçáes contΓ‘beis Γ© suciente para a caracterizaçãodessa continuidade.
Caso, no decorrer dos trabalhos, se apresentem indΓcios que ponham em dΓΊvida essa continuidade, deve o auditor aplicar os procedimentos adicionais que julgar necessΓ‘rios para a formaçãode juΓzo embasado e denitivo sobre a matΓ©ria.
Na hipΓ³tese de o auditor concluir que hΓ‘ evidΓͺncias de riscosna continuidade normal das atividades da entidade, deve avaliar os possΓveis efeitos nas demonstraçáes contΓ‘beis, especialmentequanto Γ realização dos ativos.
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Didatismo e Conhecimento8
AUDITORIA
Quando constatar que hΓ‘ evidΓͺncias de riscos na continuidadenormal das atividades da entidade, o auditor independente deve-rΓ‘, em seu parecer, mencionar, em parΓ‘grafo de Γͺnfase, os efeitosque tal situação poderΓ‘ determinar na continuidade operacional daentidade, de modo que os usuΓ‘rios tenham adequada informaçãosobre a mesma.
Embora nΓ£o exaustivos, pelo menos os seguintes pressupostosdeverΓ£o ser adotados pelo auditor na anΓ‘lise da continuidade daentidade auditada:
a) indicadores nanceiros
1 - passivo a descoberto;2 - posição negativa do capital circulante lΓquido;3 - emprΓ©stimos com prazo xo e vencimentos imediatos, sem
possibilidade de renovação pelos credores;4 - excessiva participação de empréstimos de curto prazo,
sem a possibilidade de alongamento das dΓvidas ou capacidadede amortização;
5 - Γndices nanceiros adversos de forma contΓnua;6 - prejuΓzos substanciais de operação e de forma contΓnua;7 - retração ou descontinuidade na distribuição de resultados;8 - incapacidade de devedores na data do vencimento;9 - diculdades de acertos com credores;10 - alteraçáes ou renegociaçáes com credores; e11 - incapacidade de obter nanciamentos para desenvolvi-
mento de novos negΓ³cios ou produtos, e inversΓ΅es para aumentoda capacidade produtiva.
b) indicadores de operação
1 - perda de elementos-chaves na administração sem modi-caçáes ou substituiçáes imediatas;
2 - perda de mercado, franquia, licença, fornecedor essencialou nanciador estratégico; e3 - diculdades de manter mão-de-obra essencial para a ma-
nutenção da atividade.
c) outras indicaçáes
1 - nΓ£o cumprimento de normas legais, regulamentares e es-tatutΓ‘rias;
2 - contingΓͺncias capazes de nΓ£o serem cumpridas pela enti-dade; e
3 - mudanΓ§as das polΓticas governamentais que afetam a en-tidade.
AMOSTRAGEM: TAMANHO, TIPOS E AVALIAΓΓO DOS RESULTADOS.
Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou métodode seleção de itens a serem testados, o auditor pode empregar téc-nicas de amostragem.
Ao usar mΓ©todos de amostragem estatΓstica ou nΓ£o estatΓstica,o auditor deve projetar e selecionar uma amostra de auditoria, apli-car a essa amostra procedimentos de auditoria e avaliar os resul-tados da amostra, de forma a proporcionar evidΓͺncia de auditoriasuciente e apropriada.
A amostra selecionada pelo auditor deve ter uma relação di-reta com o volume de transaçáes realizadas pela entidade na Γ‘reaou transação objeto de exame, como tambΓ©m com os efeitos na posição patrimonial e nanceira da entidade, e o resultado por elaobtido no perΓodo.
Na determinação da amostra o auditor deve levar em conside-ração os seguintes fatores:
a) população objeto da amostra; b) estraticação da amostra;c) tamanho da amostra;d) risco da amostragem;e) erro tolerÑvel; ef) erro esperado.
Na seleção de amostra devem ser considerados:
a) seleção aleatória; b) seleção sistemÑtica, observando um intervalo constante en-tre as transaçáes realizadas; e
c) seleção casual, a critΓ©rio do auditor, baseada em sua expe-riΓͺncia prossional.
PROCESSAMENTO ELETRΓNICO DE DADOS.
A utilização de processamento eletrônico de dados pela
entidade requer que exista, na equipe da Auditoria Interna, prossional com conhecimento suciente sobre a tecnologia dainformação e os sistemas de informação utilizados.
O uso de técnicas de Auditoria Interna, que demandemo emprego de recursos tecnológicos de processamento deinformaçáes, requer que exista na equipe da Auditoria Interna prossional com conhecimento suciente de forma a implementar os próprios procedimentos ou, se for o caso, orientar, supervisionar e revisar os trabalhos de especialistas.
O uso de PED modica a forma de processamento e armaze-namento de informaçáes, afetando a organização e os procedimen-tos adotados pela entidade na consecução de adequados controlesinternos. O auditor deve dispor de compreensão suciente dos re-cursos de PED e dos sistemas de processamento existentes, a m
de avaliΓ‘-los e planejar adequadamente seu trabalho.O grau mΓnimo de conhecimento que o auditor deve ter para
planejar, dirigir,supervisionar e revisar o trabalho de auditoria de-senvolvido em ambiente de PED compreende:
a) conhecer sucientemente o sistema de contabilidade e decontrole interno afetado pelo ambiente de PED;
b) determinar o efeito que o ambiente de PED possa ter sobrea avaliação de risco global da entidade e em nΓvel de saldos decontas e de transaçáes; e
c) estabelecer e supervisionar o nΓvel de provas de controle ede procedimentos substantivos capaz de assegurar a conabilidadenecessΓ‘ria para conclusΓ£o sobre os controles internos e as demons-traçáes contΓ‘beis.
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Didatismo e Conhecimento9
AUDITORIA
O planejamento do trabalho em ambiente de PED deve con-siderar:
a) o volume de transaçáes da entidade; b) as entradas de dados nos sistemas que determinam múl-
tiplas transaçáes, registradas de forma simultÒnea, especialmentenos registros contÑbeis, as quais não podem ser validadas indepen-dentemente; e
c) as transaçáes da entidade que são intercambiadas eletroni-camente com outras entidades.
No programa de trabalho para os exames dos sistemas dePED, o auditor independente deverΓ‘ incluir:
a) o exame da segurança dos sistemas adotados pela entidade; b) o exame da estrutura e conabilidade dos sistemas adota-
dos para o controle e gerenciamento das atividades da entidade; ec) o grau de integração dos sistemas computadorizados com
os registros contÑbeis da entidade, como forma de propiciar a con-abilidade das demonstraçáes contÑbeis da mesma.
ESTIMATIVAS CONTΓBEIS
As estimativas contÑbeis são de responsabilidade da adminis-tração da entidade e se baseiam em fatores objetivos e subjetivos,requerendo o seu julgamento na determinação do valor adequado aser registrado nas demonstraçáes contÑbeis.
O auditor deve ter conhecimentos sucientes sobre os contro-les, procedimentos e mΓ©todos utilizados pela entidade no estabele-cimento de estimativas que resultem em provisΓ΅es.
O auditor deve se assegurar da razoabilidade das estimativas,individualmente consideradas, quando estas forem relevantes. Tal procedimento inclui, alΓ©m da anΓ‘lise da fundamentação matemΓ‘ti-co estatΓstica dos procedimentos utilizados pela entidade na quan-ticação das estimativas, a coerΓͺncia destas com o comportamentoda entidade em perΓodos anteriores, as prΓ‘ticas correntes em en-tidades semelhantes, os planos futuros da entidade, a conjunturaeconΓ΄mica e suas projeçáes.
Quando a comparação entre as estimativas feitas em perΓodosanteriores e os valores reais destas evidenciar variaçáes signica-tivas, deve o auditor vericar se houve o competente ajuste nos procedimentos, de forma a permitir estimativas mais apropriadasno perΓodo em exame.
TRANSAΓΓES COM PARTES RELACIONADAS.
O auditor deve obter evidΓͺncias sucientes para identicar partes relacionadas na fase de planejamento, possibilitando detec-tar, no decorrer dos trabalhos, quaisquer transaçáes relevantes queas envolvam.
O auditor deve examinar as transaçáes relevantes com partesrelacionadas, aplicando os procedimentos necessÑrios à obtençãode informaçáes sobre a nalidade, natureza e extensão das tran-saçáes, com especial atenção àquelas que pareçam anormais ouenvolvam partes relacionadas não identicadas quando do plane- jamento.
CONTINGΓNCIAS.
O auditor deve adotar procedimentos para assegurar-se quetodas as contingΓͺncias passivas relevantes, decorrentes de proces-sos judiciais, reivindicaçáes e reclamaçáes, bem como de lanΓ§a-mentos de tributos em disputa, foram identicadas e consideradas pela administração da entidade na elaboração das demonstraçáescontΓ‘beis.
Os seguintes procedimentos devem ser executados pelo au-ditor:
a) discussΓ£o, com a administração da entidade, das polΓticas e procedimentos adotados para identicar, avaliar e contabilizar ascontingΓͺncias passivas;
b) obtenção de carta dos advogados da entidade quanto Γ exis-tΓͺncia de contingΓͺncias na Γ©poca da execução dos trabalhos naisde auditoria; e
c) discussΓ£o, com os advogados e/ou a administração da enti-dade, das perspectivas no desfecho das contingΓͺncias e da adequa-ção das perdas contingentes provisionadas, bem como das divulga-çáes a serem feitas nas demonstraçáes contΓ‘beis.
O auditor deve adotar os mesmos procedimentos com relaçãoΓ s contingΓͺncias ativas.
TRANSAΓΓES EVENTOS SUBSEQUENTES.
O auditor deve aplicar procedimentos especΓcos em relaçãoaos eventos ocorridos entre as datas do balanΓ§o e a do seu parecer,que possam demandar ajustes nas demonstraçáes contΓ‘beis ou adivulgação de informaçáes nas notas explicativas.
O auditor deve considerar em seu parecer os efeitos decorren-tes de transaçáes e eventos subsequentes relevantes ao exame dasdemonstraçáes contΓ‘beis, mencionando-os como ressalva ou em parΓ‘grafo de Γͺnfase, quando nΓ£o ajustadas ou reveladas adequa-damente.
O auditor deverΓ‘ considerar trΓͺs situaçáes de eventos subse-quentes:
a) os ocorridos entre a data do tΓ©rmino do exercΓcio social e adata da emissΓ£o do parecer;
b) os ocorridos depois do término do trabalho de campo, coma consequente emissão do parecer e a data da divulgação das de-monstraçáes contÑbeis; e
c) os ocorridos após a divulgação das demonstraçáes contÑ- beis.
Para ter condiçáes de formar opiniΓ£o sobre as demonstra-çáes contΓ‘beis considerando os efeitos relevantes das transaçáese eventos subsequentes ao encerramento do exercΓcio social, o au-ditor deve considerar:
a) os procedimentos da administração para que os eventos se- jam divulgados;
b) os atos e fatos administrativos registrados em atas de reu-niΓ΅es de acionistas, administradores e outros Γ³rgΓ£os estatutΓ‘rios;
c) os informes, de qualquer espΓ©cie, divulgados pela entidade;d) a situação de contingΓͺncias conhecidas e reveladas pela ad-
ministração e pelos advogados da entidade; ee) a existΓͺncia de eventos, nΓ£o revelados pela administração
nas demonstraçáes contÑbeis, que tenham efeitos relevantes sobreas mesmas.
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Didatismo e Conhecimento10
AUDITORIA
EVIDΓNCIA EM AUDITORIA.
EvidΓͺncia de auditoria Γ© o conjunto de fatos comprovados, su-cientes, competentes e pertinentes, e por denição, mais consis-tentes que os achados, em função de determinadas caracterΓsticas:
SuciΓͺncia: a evidΓͺncia deve ser convincente Γ pessoasleigas, permitindo-as chegar Γ s mesmas conclusΓ΅es do auditor.
Validade: deve dar credibilidade e suporte Γ conclusΓ£o doauditor.
RelevÒncia: deve ter relação com os objetivos da auditoria. Objetividade: deve ser objetiva e respaldar as conclusáes do
auditor de forma mais profunda do que a simples aparΓͺncia.
A evidΓͺncia de auditoria Γ© classicada segundo os procedi-mentos que a originaram. Assim, temos:
β’ EvidΓͺncia fΓsica: Obtida em decorrΓͺncia de uma
inspeção fΓsica ou observação direta de pessoas, bens ou transaçáes. Normalmente Γ© apresentada sob a forma de fotograas, grΓ‘cos,memorandos descritivos, mapas, amostras fΓsicas etc.
β’ EvidΓͺncia documental: Γ aquela obtida dos examesde ofΓcios, contratos, documentos comprobatΓ³rios (notas scais,recibos, duplicatas quitadas, etc.) e informaçáes prestadas por pessoas de dentro e de fora da entidade auditada, sendo que aevidΓͺncia obtida de fontes externas adequadas Γ© mais dedignaque a obtida na prΓ³pria organização sob auditoria.
β’ EvidΓͺncia testemunhal: Γ aquela decorrente daaplicação de entrevistas e questionΓ‘rios.
β’ EvidΓͺncia analΓtica: Decorre da conferΓͺncia de cΓ‘lculos,comparaçáes, correlaçáes e anΓ‘lises feitas pelo auditor, dentreoutras.
AVALIAΓΓO DO NEGΓCIO.
O objetivo do auditor Γ© identicar e avaliar os riscos dedistorção relevante independentemente se causada por fraudeou erro, nos nΓveis de demonstração contΓ‘bil e armaçáes, por meio do entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusivedo controle interno da entidade, proporcionando assim uma base para o planejamento e a implementação das respostas aos riscosidenticados de distorção relevante.
Deniçáes
Para ns das normas de auditoria, os termos tΓͺm os seguintessignicados:
Afrmaçáes sΓ£o declaraçáes da administração, explΓcitas ounΓ£o, que estΓ£o incorporadas Γ s demonstraçáes contΓ‘beis, utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorçáes potenciais que possam ocorrer.
Risco de negócio é o risco que resulta de condiçáes, eventos,circunstÒncias, açáes ou falta de açáes signicativas que possamafetar adversamente a capacidade da entidade de alcançar seusobjetivos e executar suas estratégias, ou do estabelecimento deobjetivos ou estratégias inadequadas.
Controle interno é o processo planejado, implementado emantido pelos responsÑveis da governança, administração e outrosfuncionÑrios para fornecer segurança razoÑvel quanto à realizaçãodos objetivos da entidade no que se refere à conabilidade dos
relatΓ³rios nanceiros, efetividade e eciΓͺncia das operaçáese conformidade com leis e regulamentos aplicΓ‘veis. O termoβcontrolesβ refere-se a quaisquer aspectos de um ou mais doscomponentes do controle interno.
Procedimentos de avaliação de riscos são os procedimentosde auditoria aplicados para a obtenção do entendimento daentidade e do seu ambiente, incluindo o controle interno daentidade, para a identicação e avaliação dos riscos de distorçãorelevantes, independentemente se causada por fraude ou por erro,nas demonstraçáes contÑbeis e nas armaçáes.
Risco signifcativo é o risco de distorção relevante identicadoe avaliado que, no julgamento do auditor, requer consideraçãoespecial na auditoria.
Requisitos
Procedimentos de avaliação de risco e atividades
relacionadas
O auditor deve aplicar procedimentos de avaliação de riscos para fornecer uma base para a identicação e avaliação de riscos dedistorção relevante nas demonstraçáes contΓ‘beis e nas armaçáes.Os procedimentos de avaliação de riscos por si sΓ³, porΓ©m, nΓ£ofornecem evidΓͺncias de auditoria apropriada e suciente parasuportar a opiniΓ£o da auditoria (ver itens A1 a A5).
Os procedimentos de avaliação de riscos incluem o seguinte:(a) indagaçáes à administração e a outros na entidade que, no
julgamento do auditor, possam ter informaçáes com probabilidadede auxiliar na identicação de riscos de distorção relevante devidoa fraude ou erro.
(b) procedimentos analΓticos;(c) observação e inspeção .
O auditor deve considerar se as informaçáes obtidas no processo de aceitação ou continuação do cliente são relevantes para a identicação de riscos de distorção relevante.
Se o sΓ³cio do trabalho executou outros trabalhos para a
entidade, o sócio do trabalho deve considerar se a informaçãoobtida é relevante para a identicação de riscos de erro relevante.
Quando o auditor pretende usar as informaçáes obtidas emsua experiΓͺncia prΓ©via junto Γ entidade e em procedimentos deauditoria executados em auditorias anteriores, o auditor devedeterminar se as mudanΓ§as que ocorreram desde a auditoriaanterior podem afetar a sua relevΓ’ncia para a auditoria corrente.
O sócio do trabalho e outros membros-chave da equipeencarregada do trabalho discutirão a suscetibilidade dasdemonstraçáes contÑbeis da entidade a distorção relevante e aaplicação da estrutura de relatório nanceiro aplicÑvel aos fatose circunstÒncias da entidade. O sócio do trabalho deve determinar quais assuntos devem ser comunicados aos membros da equipeencarregada do trabalho não envolvidos na discussão.
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Didatismo e Conhecimento11
AUDITORIA
Entendimento necessΓ‘rio da entidade e do seu ambiente,inclusive do controle interno da entidade.
Entidade e o seu ambiente
O auditor deve obter entendimento do seguinte:(a) fatores do setor de atividade, regulamentares e outros
fatores externos relevantes, incluindo a estrutura de relatΓ³rionanceiro aplicΓ‘vel.
(b) a natureza da entidade, incluindo: (I) suas operaçáes; (II) suas estruturas societÑria e de governança; (III) os tipos de investimentos que a entidade estÑ fazendo e
planeja fazer, incluindo investimentos em entidades de propΓ³sitoespecΓco; e
(IV) a maneira como a entidade é estruturada e como énanciada, para possibilitar ao auditor entender as classesde transaçáes, saldos de contas e divulgaçáes esperadas nasdemonstraçáes contÑbeis;
(V) a seleção e aplicação pela entidade de polΓticas contΓ‘beis,inclusive as razΓ΅es para mudanΓ§as nessas polΓticas. O auditor deveavaliar se as polΓticas contΓ‘beis da entidade sΓ£o apropriadas parao negΓ³cio e compatΓveis com a estrutura de relatΓ³rio nanceiroaplicΓ‘vel e polΓticas contΓ‘beis usadas no setor de atividade pertinente;
(d) os objetivos e estratégias da entidade e os riscos de negóciorelacionados que possam resultar em risco de distorção relevante;
(e) a mensuração e revisão do desempenho das operaçáes daentidade.
CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAΓΓO.
O auditor deve obter carta que evidencie a responsabilidadeda administração quanto às informaçáes e dados e à preparação eapresentação das demonstraçáes contÑbeis submetidas aos examesde auditoria. A carta de responsabilidade deve ser emitida com amesma data do parecer do auditor sobre as demonstraçáes contÑ- beis a que ela se refere.
PARECERES DE AUDITORIA: PARECER SEM RESSALVA, PARECER COM RESSALVA,
PARECER ADVERSO, PARECER COM ABSTENΓΓO DE OPINIΓO. PARΓGRAFO DE ΓNFASE.
O βParecer dos Auditores Independentesβ, ou βParecer doAuditor Independenteβ, Γ© o documento mediante o qual o auditor expressa sua opiniΓ£o, de forma clara e objetiva, sobre as demons-traçáes contΓ‘beis nele indicadas.
Como o auditor assume, atravΓ©s do parecer, responsabilidadetΓ©cnico prossional denida, inclusive de ordem pΓΊblica, Γ© indis- pensΓ‘vel que tal documento obedeΓ§a Γ s caracterΓsticas intrΓnsecase extrΓnsecas estabelecidas nas presentes normas.
Em condiçáes normais, o parecer é dirigido aos acionistas,cotistas, ou sócios, ao conselho de administração ou à diretoria daentidade, ou outro órgão equivalente, segundo a natureza desta.Em circunstÒncias próprias, o parecer é dirigido ao contratante dosserviços.
O parecer deve identicar as demonstraçáes contΓ‘beis sobreas quais o auditor estΓ‘ expressando sua opiniΓ£o, indicando, outros-sim, o nome da entidade, as datas e perΓodos a que correspondem.
O parecer deve ser datado e assinado pelo contador responsΓ‘-vel pelos trabalhos, e conter seu nΓΊmero de registro no ConselhoRegional de Contabilidade.
Caso o trabalho tenha sido realizado por empresa de auditoria,o nome e o nΓΊmero de registro cadastral no Conselho Regional deContabilidade tambΓ©m devem constar do parecer.
A data do parecer deve corresponder ao dia do encerramentodos trabalhos de auditoria na entidade.
O parecer deve expressar, clara e objetivamente, se as de-monstraçáes contÑbeis auditadas, em todos os aspectos relevantes,na opinião do auditor, estão adequadamente representadas ou não.
O parecer classica-se, segundo a natureza da opiniΓ£o quecontΓ©m, em:
a) parecer sem ressalva; b) parecer com ressalva;c) parecer adverso; ed) parecer com abstenção de opinião.
PARECER SEM RESSALVA
O parecer sem ressalva indica que o auditor estÑ convencidode que as demonstraçáes contÑbeis foram elaboradas consoante asdisposiçáes normativas.
O parecer sem ressalva implica armação de que, em tendohavido alteraçáes na observÒncia das disposiçáes normativas, elastiveram seus efeitos avaliados e aceitos e estão devidamente reve-lados nas demonstraçáes contÑbeis.
O auditor não deve emitir parecer sem ressalva quando existir qualquer das circunstÒncias seguintes, que, na sua opinião, tenhamefeitos relevantes para as demonstraçáes contÑbeis:
a) discordÒncia com a administração da entidade a respeitodo conteúdo e/ou forma de apresentação das demonstraçáes con-tÑbeis; ou
b) limitação na extensão do seu trabalho.
A discordÒncia com a administração da entidade a respeito doconteúdo e forma de apresentação das demonstraçáes contÑbeisdeve conduzir à opinião com ressalva ou à opinião adversa, comos esclarecimentos que permitam a correta interpretação dessasdemonstraçáes.
A limitação na extensão do trabalho deve conduzir à opiniãocom ressalva ou à abstenção de opinião.
Na auditoria independente das demonstraçáes contΓ‘beis dasentidades, pΓΊblicas ou privadas, sujeitas a regulamentação espe-cΓca quanto Γ adoção de normas contΓ‘beis prΓ³prias ao segmentoeconΓ΄mico, quando elas forem signicativamente conitantes comas disposiçáes normativas, o auditor deve emitir parecer com res-salva.
Quando o auditor emitir parecer com ressalva, adverso oucom abstenção de opiniΓ£o, deve ser incluΓda descrição clara de to-das as razΓ΅es que fundamentaram o seu parecer e, se praticΓ‘vel, a
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quanticação dos efeitos sobre as demonstraçáes contΓ‘beis. Essasinformaçáes devem ser apresentadas em parΓ‘grafo especΓco do parecer, precedendo ao da opiniΓ£o e, se for caso, fazer referΓͺncia auma divulgação mais ampla pela entidade em nota explicativa Γ sdemonstraçáes contΓ‘beis.
PARECER COM RESSALVA
O parecer com ressalva é emitido quando o auditor concluique o efeito de qualquer discordÒncia ou restrição na extensão deum trabalho não é de tal magnitude que requeira parecer adversoou abstenção de opinião.
O parecer com ressalva deve obedecer ao modelo do pare-cer sem ressalva, com a utilização das expressΓ΅es βexceto porβ,βexceto quantoβ ou βcom exceção deβ referindo-se aos efeitos doassunto objeto da ressalva.
PARECER ADVERSO
No parecer adverso, o auditor emite opiniΓ£o de que as de-monstraçáes contΓ‘beis nΓ£o estΓ£o adequadamente representadas,nas datas e perΓodos indicados.
O auditor deve emitir parecer adverso quando vericar que asdemonstraçáes contÑbeis estão incorretas ou incompletas, em talmagnitude que impossibilite a emissão do parecer com ressalva.
PARECER COM ABSTENΓΓO DE OPINIΓO
O parecer com a abstenção de opinião é aquele em que o audi-tor deixa de emitir opinião sobre as demonstraçáes contÑbeis, por não ter obtido comprovação suciente para fundamentÑ-la.
A abstenção de opinião em relação às demonstraçáes contÑ- beis tomadas em conjunto não elimina a responsabilidade do audi-tor de mencionar, no parecer, qualquer desvio relevante que possa
inuenciar a decisão do usuÑrio dessas demonstraçáes.
PRINCΓPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE E ESTRUTURA
CONCEITUAL PARA A ELABORAΓΓO E APRESENTAΓΓO DAS DEMONSTRAΓΓES
CONTΓBEIS: RESOLUΓΓES NΒΊ 750/1993, 1.282/2010 E 1.374/2011 DO CONSELHO FEDERAL DE
CONTABILIDADE (CFC).
A resolução 750/93 do Conselho Federal de ContabilidadedispΓ΅e sobre os PrincΓpios Fundamentais de Contabilidade.A observΓ’ncia dos PrincΓpios Fundamentais de Contabilidade
Γ© obrigatΓ³ria no exercΓcio da prossΓ£o e constitui condição de le-gitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.
Na aplicação dos PrincΓpios Fundamentais de ContabilidadehΓ‘ situaçáes concretas, a essΓͺncia das transaçáes deve prevalecer sobre seus aspectos formais.
Os PrincΓpios Fundamentais de Contabilidade representam aessΓͺncia das doutrinas e teorias relativas Γ CiΓͺncia da Contabilida-de, consoante o entendimento predominante nos universos cien-tΓco e prossional de nosso PaΓs. Concernem, pois, Γ Contabili-dade no seu sentido mais amplo de ciΓͺncia social, cujo objeto Γ© oPatrimΓ΄nio das Entidades. Vamos conferir o artigo 3ΒΊ da resolução750/93:
Art. 3ΒΊ - SΓ£o PrincΓpios Fundamentais de Contabilidade: I) o da entidade; II) o da continuidade; III) o da oportunidade; IV) o do registro pelo valor original;
V) o da atualização monetΓ‘ria;VI) o da competΓͺncia eVII) o da prudΓͺncia.
O PRINCΓPIO DA ENTIDADE: O PrincΓpio da ENTIDA-DE reconhece o PatrimΓ΄nio como objeto da Contabilidade e ar-ma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação deum PatrimΓ΄nio particular no universo dos patrimΓ΄nios existentes,independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ounalidade, com ou sem ns lucrativos. Por conseqΓΌΓͺncia, nestaacepção, o PatrimΓ΄nio nΓ£o se confunde com aqueles dos seus sΓ³-cios ou proprietΓ‘rios, no caso de sociedade ou instituição.
O PATRIMΓNIO pertence Γ ENTIDADE, mas a recΓproca
não é verdadeira. A soma ou agregação contÑbil de patrimôniosautônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidadede natureza econômico-contÑbil.
O PRINCΓPIO DA CONTINUIDADE: A CONTINUIDA-DE ou nΓ£o da entidade, bem como sua vida denida ou provΓ‘vel,devem ser consideradas quando da classicação e avaliação dasmutaçáes patrimoniais, quantitativas e qualitativas. A continuida-de inuencia o valor econΓ΄mico dos ativos e, em muitos casos, ovalor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a ex-tinção da entidade tem prazo determinado, previsto ou previsΓvel.A observΓ’ncia do PrincΓpio da continuidade Γ© indispensΓ‘vel Γ cor-reta aplicação do princΓpio da competΓͺncia, por efeito de se rela-cionar diretamente Γ quanticação dos componentes patrimoniaise Γ formação do resultado, e de constituir dado importante para
aferir a capacidade futura de geração de resultado.
O PRINCΓPIO DA OPORTUNIDADE: O PrincΓpio daOPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, Γ tempestivida-de e Γ integridade do registro do patrimΓ΄nio e das suas mutaçáes,determinando que este seja feito de imediato e com a extensΓ£ocorreta, independentemente das causas que as originaram. Comoresultado da observΓ’ncia do PrincΓpio da Oportunidade:
I β desde que tecnicamente estimΓ‘vel, o registro das variaçáes patrimoniais deve ser feito mesmo na hipΓ³tese de somente existir razoΓ‘vel certeza de sua ocorrΓͺncia;
II β o registro compreende os elementos quantitativos e quali-tativos, contemplando os aspectos fΓsicos e monetΓ‘rios;
III β o registro deve ensejar o reconhecimento universal dasvariaçáes ocorridas no patrimΓ΄nio da entidade, em um perΓo-
do de tempo determinado, base necessÑria para gerar informaçáesúteis ao processo decisório da gestão.
O PRINCΓPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGI-NAL: Os componentes do patrimΓ΄nio devem ser registrados pelosvalores originais das transaçáes com o mundo exterior, expressos avalor presente na moeda do PaΓs, que serΓ£o mantidos na avaliaçãodas variaçáes patrimoniais posteriores, inclusive quando congu-rarem agregaçáes ou decomposiçáes no interior da entidade. DoPrincΓpio do registro pelo valor original resulta:
I β a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feitacom base nos valores de entrada, considerando-se como tais osresultantes do consenso com os agentes externos ou da imposiçãodestes;
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II β uma vez integrado no patrimΓ΄nio, o bem, direito ou obri-gação nΓ£o poderΓ£o ter alterados seus valores intrΓnsecos, admi-tindo-se, tΓ£o-somente, sua decomposição em elementos e/ou suaagregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;
III β o valor original serΓ‘ mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimΓ΄nio, inclusive quando da saΓdadeste;
IV β Os PrincΓpios da atualização monetΓ‘ria e do registro pelovalor original sΓ£o compatΓveis entre si e complementares, dado queo primeiro apenas atualiza e mantΓ©m atualizado o valor de entrada;
V β o uso da moeda do PaΓs na tradução do valor dos com- ponentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneizaçãoquantitativa dos mesmos.
O PRINCΓPIO DA ATUALIZAΓΓO MONETΓRIA: Osefeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devemser reconhecidos nos registros contΓ‘beis atravΓ©s do ajustamento daexpressΓ£o formal dos valores dos componentes patrimoniais. SΓ£oresultantes da adoção do PrincΓpio da atualização monetΓ‘ria:
I β a moeda, embora aceita universalmente como medida devalor, nΓ£o representa unidade constante em termos do poder aqui-sitivo;
II β para que a avaliação do patrimΓ΄nio possa manter os va-lores das transaçáes originais (art. 7ΒΊ), Γ© necessΓ‘rio atualizar suaexpressΓ£o formal em moeda nacional, a m de que permaneΓ§amsubstantivamente corretos os valores dos componentes patrimo-niais e, por conseqΓΌΓͺncia, o do patrimΓ΄nio lΓquido;
III β a atualização monetΓ‘ria nΓ£o representa nova avaliação,mas, tΓ£o-somente, o ajustamento dos valores originais para deter-minada data, mediante a aplicação de indexadores, ou outros ele-mentos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moedanacional em um dado perΓodo.
O PRINCΓPIO DA COMPETΓNCIA: As receitas e as des- pesas devem ser incluΓdas na apuração do resultado do perΓodoem que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correla-cionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. OPrincΓpio da competΓͺncia determina quando as alteraçáes no ativoou no passivo resultam em aumento ou diminuição no patrimΓ΄niolΓquido, estabelecendo diretrizes para classicação das mutaçáes patrimoniais, resultantes da observΓ’ncia do PrincΓpio da oportuni-dade. O reconhecimento simultΓ’neo das receitas e despesas, quan-do correlatas, Γ© consequΓͺncia natural do respeito ao perΓodo emque ocorrer sua geração. As receitas consideram-se realizadas:
I β nas transaçáes com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso rme de efetivΓ‘-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencen-tes Γ ENTIDADE, quer pela fruição de serviΓ§os por esta prestados;
II β quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qual-quer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante deum ativo de valor igual ou maior;
III β pela geração natural de novos ativos independentementeda intervenção de terceiros;
IV β no recebimento efetivo de doaçáes e subvençáes.
Consideram-se incorridas as despesas:I β quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por
transferΓͺncia de sua propriedade paraII β pela diminuição ou extinção do valor econΓ΄mico de um
ativo;III β pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente
ativo.
O PRINCΓPIO DA PRUDΓNCIA: O PrincΓpio da PRU-DΓNCIA determina a adoção do menor valor para os componentesdo ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentemalternativas igualmente vΓ‘lidas para a quanticação das mutaçáes
patrimoniais que alterem o patrimΓ΄nio lΓquido. O PrincΓpio da pru-dΓͺncia impΓ΅e a escolha da hipΓ³tese de que resulte menor patrimΓ΄-nio lΓquido, quando se apresentarem opçáes igualmente aceitΓ‘veisdiante dos demais PrincΓpios Fundamentais de Contabilidade.
O PrincΓpio da prudΓͺncia somente se aplica Γ s mutaçáes pos-teriores, constituindo-se ordenamento indispensΓ‘vel Γ correta apli-cação do princΓpio da competΓͺncia. A aplicação do PrincΓpio da prudΓͺncia ganha Γͺnfase quando, para denição dos valores rela-tivos Γ s variaçáes patrimoniais, devem ser feitas estimativas queenvolvem incertezas de grau variΓ‘vel.
RESOLUΓΓO CFC N.ΒΊ 1.282/10
Atualiza e consolida dispositivos da Resolução CFC n.º
750/93, que dispΓ΅e sobre os PrincΓpios Fundamentais de Conta-bilidade.
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, noexercΓcio de suas atribuiçáes legais e regimentais,
CONSIDERANDO que, por conta do processo de convergΓͺnciaΓ s normas internacionais de contabilidade, o Conselho Federalde Contabilidade emitiu a NBC T 1 β Estrutura Conceitual paraa Elaboração e Apresentação das Demonstraçáes ContΓ‘beis,que discute a aplicabilidade dos PrincΓpios Fundamentais deContabilidade contidos na Resolução CFC n.ΒΊ 750/93;
CONSIDERANDO a necessidade de manutenção daResolução CFC n.ΒΊ 750/93, que foi e continua sendo referΓͺncia para outros organismos normativos e reguladores brasileiros;
CONSIDERANDO a importÒncia do conteúdo doutrinÑrioapresentado na Resolução CFC n.º 750/93, que continua sendo,nesse novo cenÑrio convergido, o alicerce para o julgamento prossional na aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade;
CONSIDERANDO que, para assegurar a adequada aplicaçãodas Normas Brasileiras de Contabilidade Γ luz dos PrincΓpiosde Contabilidade, hΓ‘ a necessidade de harmonização dos doisdocumentos vigentes (Resolução CFC n.ΒΊ 750/93 e NBC T 1);
CONSIDERANDO que, por conta dessa harmonização, adenominação de PrincΓpios Fundamentais de Contabilidade devaser alterada para PrincΓpios de Contabilidade, visto ser suciente para o perfeito entendimento dos usuΓ‘rios das demonstraçáescontΓ‘beis e dos prossionais da Contabilidade,
RESOLVE:
Art. 1ΒΊ Os βPrincΓpios Fundamentais de Contabilidade (PFC)β,citados na Resolução CFC n.ΒΊ 750/93, passam a denominar-seβPrincΓpios de Contabilidade (PC)β.
Art. 2ΒΊ O βCONSIDERANDOβ da Resolução CFC n.ΒΊ 750/93 passa a vigorar com a seguinte redação:
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βCONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentaçãoapropriada para interpretação e aplicação das Normas Brasileirasde Contabilidade,β
Art. 3º Os arts. 5º, 6º, 7º, 9º e o § 1º do art. 10, da ResoluçãoCFC n.º 750/93, passam a vigorar com as seguintes redaçáes:
βArt. 5ΒΊ O PrincΓpio da Continuidade pressupΓ΅e que a EntidadecontinuarΓ‘ em operação no futuro e, portanto, a mensuração e aapresentação dos componentes do patrimΓ΄nio levam em conta estacircunstΓ’ncia.
Art. 6ΒΊ O PrincΓpio da Oportunidade refere-se ao processo demensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informaçáes Γntegras e tempestivas.
ParÑgrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contÑbil pode ocasionar a perda de sua relevÒncia, por isso é necessÑrio ponderar a relação
entre a oportunidade e a conabilidade da informação.
Art. 7ΒΊ O PrincΓpio do Registro pelo Valor Original determinaque os componentes do patrimΓ΄nio devem ser inicialmenteregistrados pelos valores originais das transaçáes, expressos emmoeda nacional.
§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadasem graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentesformas:
I β Custo histΓ³rico. Os ativos sΓ£o registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que sΓ£o entregues para adquiri-losna data da aquisição. Os passivos sΓ£o registrados pelos valoresdos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em
algumas circunstÒncias, pelos valores em caixa ou equivalentes decaixa, os quais serão necessÑrios para liquidar o passivo no cursonormal das operaçáes; e
II β Variação do custo histΓ³rico. Uma vez integrado ao patrimΓ΄nio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variaçáes decorrentes dos seguintes fatores:
a) Custo corrente. Os ativos sΓ£o reconhecidos pelos valoresem caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagosse esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na dataou no perΓodo das demonstraçáes contΓ‘beis. Os passivos sΓ£oreconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, nΓ£odescontados, que seriam necessΓ‘rios para liquidar a obrigação nadata ou no perΓodo das demonstraçáes contΓ‘beis;
b) Valor realizΓ‘vel. Os ativos sΓ£o mantidos pelos valores em
caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pelavenda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelosvalores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que seespera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigaçáesno curso normal das operaçáes da Entidade;
c) Valor presente. Os ativos sΓ£o mantidos pelo valor presente,descontado do uxo futuro de entrada lΓquida de caixa que se esperaseja gerado pelo item no curso normal das operaçáes da Entidade.Os passivos sΓ£o mantidos pelo valor presente, descontado do uxofuturo de saΓda lΓquida de caixa que se espera seja necessΓ‘rio paraliquidar o passivo no curso normal das operaçáes da Entidade;
d) Valor justo. à o valor pelo qual um ativo pode ser trocado,ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas aisso, em uma transação sem favorecimentos; e
e) Atualização monetÑria. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registroscontÑbeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valoresdos componentes patrimoniais.
§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetÑria:
I β a moeda, embora aceita universalmente como medidade valor, nΓ£o representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;
II β para que a avaliação do patrimΓ΄nio possa manter osvalores das transaçáes originais, Γ© necessΓ‘rio atualizar suaexpressΓ£o formal em moeda nacional, a m de que permaneΓ§amsubstantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniaise, por consequΓͺncia, o do PatrimΓ΄nio LΓquido; e
III β a atualização monetΓ‘ria nΓ£o representa nova avaliação,mas tΓ£o somente o ajustamento dos valores originais paradeterminada data, mediante a aplicação de indexadores ou outroselementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moedanacional em um dado perΓodo.β
(...)βArt. 9ΒΊ O PrincΓpio da CompetΓͺncia determina que os efeitos
das transaçáes e outros eventos sejam reconhecidos nos perΓodos aque se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.
ParΓ‘grafo ΓΊnico. O PrincΓpio da CompetΓͺncia pressupΓ΅ea simultaneidade da confrontação de receitas e de despesascorrelatas.β
Art. 10. (...)
βParΓ‘grafo ΓΊnico. O PrincΓpio da PrudΓͺncia pressupΓ΅e oemprego de certo grau de precaução no exercΓcio dos julgamentosnecessΓ‘rios Γ s estimativas em certas condiçáes de incerteza, nosentido de que ativos e receitas nΓ£o sejam superestimados e que
passivos e despesas nΓ£o sejam subestimados, atribuindo maior conabilidade ao processo de mensuração e apresentação doscomponentes patrimoniais.β
Art. 4º Ficam revogados o inciso V do art. 3º, o art. 8º e os§§ 2º e 3º do art. 10, da Resolução CFC n.º 750/93, publicadano D.O.U., Seção I, de 31.12.93; a Resolução CFC n. o 774/94, publicada no D.O.U., Seção I, de 18/1/95, e a Resolução CFC n.o 900/01, publicada no D.O.U., Seção I, de 3/4/01.
Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
BrasΓlia, 28 de maio de 2010.
Contador Juarez Domingues CarneiroPresidenteAta CFC nΒΊ. 916
Ata CFC n.ΒΊ 937
Resolução nº 1.374, de 8 de dezembro de 2011DÑ nova redação à NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL
- Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de RelatórioContÑbil Financeiro.
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE,no exercΓcio de suas atribuiçáes legais e regimentais e comfundamento no disposto na alΓnea βfβ do art. 6ΒΊ do Decreto-Lei nΒΊ9.295/46, alterado pela Lei nΒΊ 12.249/10, resolve:
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Art. 1ΒΊ - Dar nova redação Γ NBC TG ESTRUTURACONCEITUAL - Estrutura Conceitual para Elaboração eDivulgação de RelatΓ³rio ContΓ‘bil Financeiro, tendo em vista aedição do Pronunciamento Conceitual BΓ‘sico (R1) pelo ComitΓͺde Pronunciamentos ContΓ‘beis (CPC) que tem por base The
Conceptual Framework for Financial Reporting (IASB - BV 2011Blue Book).
Art. 2º - Revogar a Resolução CFC nº 1.121/08, publicada noD.O.U., Seção I, de 01/04/08.
Art. 3ΒΊ - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se aos exercΓcios iniciados a partir de 1ΒΊ de janeiro de 2011.
Ata CFC nΒΊ 959
JUAREZ DOMINGUES CARNEIRO - Presidente doConselho
ANEXO NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC TG
ESTRUTURA CONCEITUAL - ESTRUTURACONCEITUAL PARA ELABORAΓΓO E DIVULGAΓΓO
DE RELATΓRIO CONTΓBIL-FINANCEIROCAPΓTULO 1: OBJETIVO DO RELATΓRIO CONTΓBIL
FINANCEIRO DE PROPΓSITO GERAL
Introdução
OB1.O objetivo da elaboração e divulgação de relatΓ³riocontΓ‘bil nanceiro de propΓ³sito geral constitui o pilar da EstruturaConceitual. Outros aspectos da Estrutura Conceitual - como oconceito de entidade que reporta a informação, as caracterΓsticasqualitativas da informação contΓ‘bil nanceira ΓΊtil e suas restriçáes,os elementos das demonstraçáes contΓ‘beis, o reconhecimento, amensuração, a apresentação e a evidenciação - uem logicamentedesse objetivo.
Objetivo, utilidade e limitaçáes do relatório contÑbilnanceiro de propósito geral.
OB2.O objetivo do relatório contÑbil nanceiro de propósitogeral é fornecer informaçáes contÑbil nanceiras acerca daentidade que reporta essa informação (reporting entity) que sejamúteis a investidores existentes e em potencial, a credores por empréstimos e a outros credores, quando da tomada decisão ligadaao fornecimento de recursos para a entidade.
Essas decisΓ΅es envolvem comprar, vender ou manter
participaçáes em instrumentos patrimoniais e em instrumentosde dΓvida, e a oferecer ou disponibilizar emprΓ©stimos ou outrasformas de crΓ©dito.
OB3.DecisΓ΅es a serem tomadas por investidores existentese em potencial relacionadas a comprar, vender ou manter instrumentos patrimoniais e instrumentos de dΓvida dependemdo retorno esperado dos investimentos feitos nos referidosinstrumentos, por exemplo: dividendos, pagamentos de principale de juros ou acrΓ©scimos nos preΓ§os de mercado. Similarmente,decisΓ΅es a serem tomadas por credores por emprΓ©stimos e por outros credores, existentes ou em potencial, relacionadas aoferecer ou disponibilizar emprΓ©stimos ou outras formas decrΓ©dito, dependem dos pagamentos de principal e de juros ou deoutros retornos que eles esperam.
As expectativas de investidores, credores por empréstimos eoutros credores em termos de retorno dependem da avaliação destesquanto ao montante, tempestividade e incertezas (as perspectivas)associados aos uxos de caixa futuros de entrada para a entidade.
Consequentemente, investidores existentes e em potencial,credores por empréstimo e outros credores necessitam de 2informação para auxiliÑ-los na avaliação das perspectivas emtermos de entrada de uxos de caixa futuros para a entidade.
OB4.Para avaliar as perspectivas da entidade em termos deentrada de uxos de caixa futuros, investidores existentes e em potencial, credores por emprΓ©stimo e outros credores necessitamde informação acerca de recursos da entidade, reivindicaçáescontra a entidade, e o quΓ£o eciente e efetivamente a administraçãoda entidade e seu conselho de administração tΓͺm cumprido comsuas responsabilidades no uso dos recursos da entidade. Exemplosde referidas responsabilidades incluem a proteção de recursos daentidade de efeitos desfavorΓ‘veis advindos de fatos econΓ΄micos,
como, por exemplo, mudanΓ§as de preΓ§o e de tecnologia, e a garantiade que a entidade tem cumprido as leis, com a regulação e com asdisposiçáes contratuais vigentes. Informaçáes sobre a aprovaçãodo cumprimento de suas responsabilidades sΓ£o tambΓ©m ΓΊteis paradecisΓ΅es a serem tomadas por investidores existentes, credores por emprΓ©stimo e outros que tenham o direito de votar ou de outromodo exerΓ§am inuΓͺncia nos atos praticados pela administração.
OB5.Muitos investidores, credores por empréstimo e outroscredores, existentes e em potencial, não podem requerer que asentidades que reportam a informação prestem a eles diretamente asinformaçáes de que necessitam, devendo desse modo conar nosrelatórios contÑbil nanceiros de propósito geral, para grande parteda informação contÑbil nanceira que buscam.
Consequentemente, eles sΓ£o os usuΓ‘rios primΓ‘rios para quemrelatΓ³rios contΓ‘bil nanceiros de propΓ³sito geral sΓ£o direcionados.
OB6.Entretanto, relatórios contÑbil nanceiros de propósitogeral não atendem e não podem atender a todas as informaçáesde que investidores, credores por empréstimo e outros credores,existentes e em potencial, necessitam.
Esses usuΓ‘rios precisam considerar informação pertinente deoutras fontes, como, por exemplo, condiçáes econΓ΄micas gerais eexpectativas, eventos polΓticos e clima polΓtico, e perspectivas e panorama para a indΓΊstria e para a entidade.
OB7.RelatΓ³rios contΓ‘bil nanceiros de propΓ³sito geral nΓ£osΓ£o elaborados para se chegar ao valor da entidade que reporta
a informação; a rigor, fornecem informação para auxiliar investidores, credores por empréstimo e outros credores, existentese em potencial, a estimarem o valor da entidade que reporta ainformação.
OB8.UsuΓ‘rios primΓ‘rios individuais tΓͺm diferentes, e possivelmente conitantes, desejos e necessidades de informação.Este Conselho Federal de Contabilidade, ao levar Γ frente o processo de produção de suas normas, irΓ‘
procurar proporcionar um conjunto de informaçáes queatenda às necessidades do número mÑximo de usuÑrios primÑrios.Contudo, a concentração em necessidades comuns de informaçãonão impede que a entidade que reporta a informação presteinformaçáes adicionais que sejam mais úteis a um subconjunto particular de usuÑrios primÑrios.
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OB9.A administração da entidade que reporta a informaçãoestÑ também interessada em informação contÑbil nanceira sobrea entidade. Contudo, a administração não precisa apoiar-se emrelatórios contÑbil nanceiros de propósito geral uma vez que écapaz de obter a informação contÑbil nanceira de que precisainternamente.
OB10.Outras partes interessadas, como, por exemplo, Γ³rgΓ£osreguladores e membros do pΓΊblico que nΓ£o sejam investidores,credores por emprΓ©stimo e outros credores, podem do mesmomodo achar ΓΊteis relatΓ³rios contΓ‘bil nanceiros de propΓ³sito geral.Contudo, esses relatΓ³rios nΓ£o sΓ£o direcionados primariamente aesses outros grupos.
OB11.Em larga extensão, os relatórios contÑbil nanceirossão baseados em estimativas, julgamentos e modelos e não emdescriçáes ou retratos exatos. A Estrutura Conceitual estabeleceos conceitos que devem amparar tais estimativas, julgamentos e
modelos. Os conceitos representam o objetivo que este CFC e oselaboradores dos relatórios contÑbil nanceiros devem se empenhar em alcançar. Assim como a maioria dos objetivos, a visão contidana Estrutura Conceitual do que sejam a elaboração e a divulgaçãodo relatório contÑbil nanceiro ideal é improvÑvel de ser atingidaem sua totalidade, pelo menos no curto prazo, visto que se requer tempo para a compreensão, aceitação e implementação de novasformas de analisar transaçáes e outros eventos. Não obstante, oestabelecimento de objetivo a ser alcançado com empenho éessencial para que o processo de elaboração e divulgação derelatório contÑbil nanceiro venha a evoluir e tenha sua utilidadeaprimorada.
Informação acerca dos recursos econômicos da entidade
que reporta a informação, reivindicaçáes e mudanças nosrecursos e reivindicaçáes.
OB12.Relatórios contÑbil nanceiros de propósito geralfornecem informação acerca da posição patrimonial e nanceira daentidade que reporta a informação, a qual representa informaçãosobre os recursos econômicos da entidade e reivindicaçáes contra aentidade que reporta a informação. Relatórios contÑbil nanceirostambém fornecem informação sobre os efeitos de transaçáes eoutros eventos que alteram os recursos econômicos da entidadeque reporta a informação e reivindicaçáes contra ela. Ambos ostipos de informação fornecem dados de entrada úteis para decisáesligadas ao fornecimento de recursos para a entidade.
Recursos econômicos e reivindicaçáes
OB13.Informação sobre a natureza e os montantes de recursoseconΓ΄micos e reivindicaçáes da entidade que reporta a informação pode auxiliar usuΓ‘rios a identicarem a fraqueza e o vigor nanceiro da entidade que reporta a informação. Essa informação pode auxiliar os usuΓ‘rios a avaliar a liquidez e a solvΓͺncia daentidade que reporta a informação, suas necessidades em termosde nanciamento adicional e o quΓ£o provavelmente bem sucedidoserΓ‘ seu intento em angariar esse nanciamento. Informaçáes sobreas prioridades e as exigΓͺncias de pagamento de 3 reivindicaçáesvigentes ajudam os usuΓ‘rios a predizer de que forma uxos decaixa futuros serΓ£o distribuΓdos entre aqueles com reivindicaçáescontra a entidade que reporta a informação.
OB14.Diferentes tipos de recursos econômicos afetamdiferentemente a avaliação dos usuÑrios acerca das perspectivasda entidade que reporta a informação em termos de uxos de caixafuturos. Alguns uxos de caixa futuros resultam diretamentede recursos econômicos existentes, como, por exemplo, contas
a receber. Outros uxos de caixa resultam do uso variado derecursos combinados com vistas Γ produção e venda de produtose serviΓ§os aos clientes. Muito embora uxos de caixa nΓ£o possam ser identicados com recursos econΓ΄micos individuais(ou reivindicaçáes), usuΓ‘rios dos relatΓ³rios contΓ‘bil nanceiros precisam saber a natureza e o montante dos recursos disponΓveis para uso nas operaçáes da entidade que reporta a informação.
Mudanças nos recursos econômicos e reivindicaçáes
OB15.MudanΓ§as nos recursos econΓ΄micos e reivindicaçáesda entidade que reporta a informação resultam da performancenanceira da entidade e de outros eventos ou transaçáes, como, por exemplo, a emissΓ£o de tΓtulos de dΓvida ou de tΓtulos patrimoniais.
Para poder avaliar adequadamente as perspectivas de uxos decaixa futuros da entidade que reporta a informação, os usuÑrios precisam estar aptos a distinguir a natureza dessas mudanças.
OB16.Informaçáes sobre a performance nanceira da entidadeque reporta a informação auxiliam os usuÑrios a compreender oretorno que a entidade tenha produzido sobre os seus recursoseconômicos. Informaçáes sobre o retorno que a entidadetenha produzido servem como indicativo de quão diligente aadministração tem sido no desempenho de suas responsabilidades para tornar eciente e ecaz o uso dos recursos da entidadeque reporta a informação. Informaçáes sobre a variabilidade esobre os componentes desse retorno também são importantes,especialmente para avaliação das incertezas associadas a uxos de
caixa futuros. Informaçáes sobre a performance nanceira passadada entidade que reporta a informação e sobre o quão diligente aadministração tem sido no desempenho de suas responsabilidadessão do mesmo modo úteis para predição de retornos futuros daentidade sobre os seus recursos econômicos.
Performance nanceira reetida pelo regime decompetΓͺncia (accruals)
OB17.O regime de competΓͺncia retrata com propriedade osefeitos de transaçáes e outros eventos e circunstΓ’ncias sobre osrecursos econΓ΄micos e reivindicaçáes da entidade que reporta ainformação nos perΓodos em que ditos efeitos sΓ£o produzidos,ainda que os recebimentos e pagamentos em caixa derivadosocorram em perΓodos distintos. Isso Γ© importante em função dea informação sobre os recursos econΓ΄micos e reivindicaçáes daentidade que reporta a informação, e sobre as mudanΓ§as nessesrecursos econΓ΄micos e reivindicaçáes ao longo de um perΓodo,fornecer melhor base de avaliação da performance passada efutura da entidade do que a informação puramente baseada emrecebimentos e pagamentos em caixa ao longo desse mesmo perΓodo.
OB18.Informaçáes sobre a performance nanceira da entidadeque reporta a informação durante um perΓodo que sΓ£o reexos demudanΓ§as em seus recursos econΓ΄micos e reivindicaçáes, e nΓ£oda obtenção adicional de recursos diretamente de investidores ecredores, sΓ£o ΓΊteis para avaliar a capacidade passada e futura daentidade na geração de uxos de caixa lΓquidos. Essas informaçáes
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servem de indicativos da extensΓ£o em que a entidade que reportaa informação tenha aumentado seus recursos econΓ΄micosdisponΓveis, e dessa forma sua capacidade de gerar uxos decaixa lΓquidos por meio de suas operaçáes e nΓ£o pela obtenção derecursos adicionais diretamente de investidores e credores.
OB19.Informaçáes sobre a performance nanceira da entidadeque reporta a informação durante um perΓodo tambΓ©m podem ser indicativos da extensΓ£o em que determinados eventos, tais comomudanΓ§as nos preΓ§os de mercado ou nas taxas de juros, tenham provocado aumento ou diminuição nos recursos econΓ΄micos ereivindicaçáes da entidade, afetando por conseguinte a capacidadede a entidade gerar a entrada de uxos de caixa lΓquidos.
Performance nanceira reetida pelos uxos de caixapassados
OB20.Informaçáes sobre os uxos de caixa da entidade quereporta a informação durante um perΓodo tambΓ©m ajudam osusuΓ‘rios a avaliar a capacidade de a entidade gerar uxos de caixafuturos lΓquidos.
Elas indicam como a entidade que reporta a informação obtΓ©me despende caixa, incluindo informaçáes sobre seus emprΓ©stimose resgate de tΓtulos de dΓvida, dividendos em caixa e outrasdistribuiçáes em caixa para seus investidores, e outros fatores que podem afetar a liquidez e a solvΓͺncia da entidade.
Informaçáes sobre os uxos de caixa auxiliam os usuΓ‘rios acompreender as operaçáes da entidade que reporta a informação, aavaliar suas atividades de nanciamento e investimento, a avaliar sua liquidez e solvΓͺncia e a interpretar outras informaçáes acercade sua performance nanceira.
Mudanças nos recursos econômicos e reivindicaçáes quenão são resultantes da performance nanceira
OB21.Os recursos econômicos e reivindicaçáes da entidadeque reporta a informação podem ainda mudar por outras razáesque não sejam resultantes de sua performance nanceira, comoé o caso da emissão adicional de suas açáes. Informaçáes sobreesse tipo de mudança são necessÑrias para dar aos usuÑrios umacompleta compreensão do por que das mudanças nos recursoseconômicos e reivindicaçáes da entidade que reporta a informaçãoe as implicaçáes dessas mudanças em sua futura performancenanceira.
CAPΓTULO 2: A ENTIDADE QUE REPORTA AINFORMAΓΓO
[a ser acrescentado futuramente]
CAPΓTULO 3: CARACTERΓSTICAS QUALITATIVASDA INFORMAΓΓO CONTΓBIL-FINANCEIRA ΓTIL
Introdução
QC1.As caracterΓsticas qualitativas da informação contΓ‘bilnanceira ΓΊtil, discutidas neste capΓtulo, identicam os tipos deinformação que muito provavelmente sΓ£o reputadas como asmais ΓΊteis para investidores, credores por emprΓ©stimos e outroscredores, existentes e em potencial, para tomada de decisΓ΅es acercada entidade que reporta com base na informação contida nos seusrelatΓ³rios contΓ‘bil nanceiros (informação contΓ‘bil nanceira).
QC2.Os relatórios contÑbil nanceiros fornecem informaçãosobre os recursos econômicos da entidade que reporta a informação,sobre reivindicaçáes contra a entidade que reporta a informação eos efeitos de transaçáes e outros eventos e condiçáes que modicamesses recursos e reivindicaçáes. (Essa informação é referenciadana Estrutura Conceitual como sendo uma informação sobre ofenômeno econômico). Alguns relatórios contÑbil nanceirostambém incluem material explicativo sobre as expectativas daadministração e sobre as estratégias para a entidade que reporta ainformação, bem como outros tipos de informação sobre o futuro(forward-looking information).
QC3.As caracterΓsticas qualitativas da informação contΓ‘bilnanceira ΓΊtil devem ser aplicadas Γ informação contΓ‘bilnanceira fornecida pelas demonstraçáes contΓ‘beis, assim como Γ informação contΓ‘bil nanceira fornecida por outros meios.
O custo de gerar a informação, que é uma restrição sempre presente na entidade no processo de fornecer informação contÑbil
nanceira ΓΊtil, deve ser observado similarmente. No entanto, as consideraçáes a serem tecidas quando daaplicação das caracterΓsticas qualitativas e da restrição do custo podem ser diferentes para diferentes tipos de informação.
Por exemplo, aplicÑ-las à informação sobre o futuro (forward-looking information) pode ser diferente de aplicÑ-las à informaçãosobre recursos econômicos e reivindicaçáes existentes e sobremudanças nesses recursos e reivindicaçáes.
CaracterΓsticas qualitativas da informação contΓ‘bilnanceira ΓΊtil
QC4.Se a informação contÑbil nanceira é para ser útil, ela precisa ser relevante e representar com dedignidade o que se
propΓ΅e a representar. A utilidade da informação contΓ‘bil nanceiraΓ© melhorada se ela for comparΓ‘vel, vericΓ‘vel, tempestiva ecompreensΓvel.
CaracterΓsticas qualitativas fundamentaisQC5.As caracterΓsticas qualitativas fundamentais sΓ£o
relevÒncia e representação dedigna.
RelevΓ’ncia
QC6.Informação contÑbil nanceira relevante é aquela capazde fazer diferença nas decisáes que possam ser tomadas pelosusuÑrios. A informação pode ser capaz de fazer diferença em umadecisão mesmo no caso de alguns usuÑrios decidirem não a levar
em consideração, ou jΓ‘ tiver tomado ciΓͺncia de sua existΓͺncia por outras fontes.
QC7.A informação contÑbil nanceira é capaz de fazer diferença nas decisáes se tiver valor preditivo, valor conrmatórioou ambos.
QC8.A informação contÑbil nanceira tem valor preditivo se puder ser utilizada como dado de entrada em processos empregados pelos usuÑrios para predizer futuros resultados. A informaçãocontÑbil nanceira não precisa ser uma predição ou uma projeção para que possua valor preditivo. A informação contÑbil nanceiracom valor preditivo é empregada pelos usuÑrios ao fazerem suas próprias prediçáes.
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QC9.A informação contÑbil nanceira tem valor conrmatóriose retro alimentar - servir de feedback - avaliaçáes prévias(conrmÑ-las ou alterÑ-las).
QC10.O valor preditivo e o valor conrmatório da informaçãocontÑbil nanceira estão inter-relacionados. A informação que temvalor preditivo muitas vezes também tem valor conrmatório.Por exemplo, a informação sobre receita para o ano corrente, aqual pode ser utilizada como base para predizer receitas para anosfuturos, também pode ser comparada com prediçáes de receita parao ano corrente que foram feitas nos anos anteriores. Os resultadosdessas comparaçáes podem auxiliar os usuÑrios a corrigirem ea melhorarem os processos que foram utilizados para fazer tais prediçáes.
Materialidade
QC11. A informação é material se a sua omissão ou suadivulgação distorcida (misstating) puder inuenciar decisáes que
os usuΓ‘rios tomam com base na informação contΓ‘bil nanceiraacerca de entidade especΓca que reporta a informação. Em outras palavras, a materialidade Γ© um aspecto de relevΓ’ncia especΓco daentidade baseado na natureza ou na magnitude, ou em ambos, dositens para os quais a informação estΓ‘ relacionada no contexto dorelatΓ³rio contΓ‘bil nanceiro de uma entidade em particular.
Consequentemente, não se pode especicar um limitequantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o queseria julgado material para uma situação particular.
Representação dedigna
QC12.Os relatΓ³rios contΓ‘bil nanceiros representam umfenΓ΄meno econΓ΄mico em palavras e nΓΊmeros. Para ser ΓΊtil, a
informação contΓ‘bil nanceira nΓ£o tem sΓ³ que representar umfenΓ΄meno relevante, mas tem tambΓ©m que representar comdedignidade o fenΓ΄meno que se propΓ΅e representar. Para ser representação perfeitamente dedigna, a realidade retratada precisa ter trΓͺs atributos.
Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro. Γ claro, a perfeição Γ© rara, se de fato alcançÑvel. O objetivo Γ© maximizar referidos atributos na extensΓ£o que seja possΓvel.
QC13.O retrato da realidade econômica completo deve incluir toda a informação necessÑria para que o usuÑrio compreendao fenômeno sendo retratado, incluindo todas as descriçáes eexplicaçáes necessÑrias.
Por exemplo, um retrato completo de um grupo de ativosincluiria, no mΓnimo, a descrição da natureza dos ativos quecompΓ΅em o grupo, o retrato numΓ©rico de todos os ativos quecompΓ΅em o grupo, e a descrição acerca do que o retrato numΓ©ricorepresenta (por exemplo, custo histΓ³rico original, custo histΓ³ricoajustado ou valor justo). Para alguns itens, um retrato completo pode considerar ainda explicaçáes de fatos signicativos sobrea qualidade e a natureza desses itens, fatos e circunstΓ’ncias que podem afetar a qualidade e a natureza deles, e os processosutilizados para determinar os nΓΊmeros retratados.
QC14.Um retrato neutro da realidade econΓ΄mica Γ© desprovidode viΓ©s na seleção ou na apresentação da informação contΓ‘bilnanceira. Um retrato neutro nΓ£o deve ser distorcido comcontornos que possa receber dando a ele maior ou menor peso,Γͺnfase maior ou menor, ou qualquer outro tipo de manipulação que
aumente a probabilidade de a informação contΓ‘bil nanceira ser recebida pelos seus usuΓ‘rios de modo favorΓ‘vel ou desfavorΓ‘vel.Informação neutra nΓ£o signica informação sem propΓ³sito ou seminuΓͺncia no comportamento dos usuΓ‘rios. A bem da verdade,informação contΓ‘bil nanceira relevante, por denição, Γ© aquelacapaz de fazer diferenΓ§a nas decisΓ΅es tomadas pelos usuΓ‘rios.
QC15.Representação dedigna não signica exatidão emtodos os aspectos. Um retrato da realidade econômica livrede erros signica que não hÑ erros ou omissáes no fenômenoretratado, e que o processo utilizado, para produzir a informaçãoreportada, foi selecionado e foi aplicado livre de erros. Nessesentido, um retrato da realidade econômica livre de erros nãosignica algo perfeitamente exato em todos os aspectos. Por exemplo, a estimativa de preço ou valor não observÑvel não podeser qualicada como sendo algo exato ou inexato. Entretanto, arepresentação dessa estimativa pode ser considerada dedigna seo montante for descrito claramente e precisamente como sendouma estimativa, se a natureza e as limitaçáes do processo forem
devidamente reveladas, e nenhum erro tiver sido cometido naseleção e aplicação do processo apropriado para desenvolvimentoda estimativa.
QC16.Representação dedigna, por si só, não resultanecessariamente em informação útil. Por exemplo, a entidade quereporta a informação pode receber um item do imobilizado por meio de subvenção governamental.
Obviamente, a entidade ao reportar que adquiriu um ativosem custo retrataria com dedignidade o custo desse ativo, porém essa informação provavelmente não seria muito útil. Outroexemplo mais sutil seria a estimativa do montante por meio doqual o valor contÑbil do ativo seria ajustado para reetir a perda por desvalorização no seu valor (impairment loss). Essa estimativa
pode ser uma representação dedigna se a entidade que reporta ainformação tiver aplicado com propriedade o processo apropriado,tiver descrito com propriedade a estimativa e tiver reveladoquaisquer incertezas que afetam signicativamente a estimativa.
Entretanto, se o nΓvel de incerteza de referida estimativafor sucientemente alto, a estimativa nΓ£o serΓ‘ particularmenteΓΊtil. Em outras palavras, a relevΓ’ncia do ativo que estΓ‘ sendorepresentado com dedignidade serΓ‘ questionΓ‘vel. Se nΓ£o existir outra alternativa para retratar a realidade econΓ΄mica que seja maisdedigna, a estimativa nesse caso deve ser considerada a melhor informação disponΓvel.
Aplicação das caracterΓsticas qualitativas fundamentais
QC17.A informação precisa concomitantemente ser relevantee representar com dedignidade a realidade reportada para ser útil. Nem a representação dedigna de fenômeno irrelevante, tampoucoa representação não dedigna de fenômeno relevante auxiliam osusuÑrios a tomarem boas decisáes.
QC18.O processo mais eciente e mais efetivo para aplicaçãodas caracterΓsticas qualitativas fundamentais usualmente seria oque segue (sujeito aos efeitos das caracterΓsticas de melhoria eΓ restrição do custo, que nΓ£o sΓ£o considerados neste exemplo).Primeiro, identicar o fenΓ΄meno econΓ΄mico que tenha o potencialde ser ΓΊtil para os usuΓ‘rios da informação contΓ‘bil nanceirareportada pela entidade. Segundo, identicar o tipo de informaçãosobre o fenΓ΄meno que seria mais relevante se estivesse disponΓvele que poderia ser representado com dedignidade.
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Terceiro, determinar se a informação estΓ‘ disponΓvel e podeser representada com dedignidade. Dessa forma, o processo desatisfazer as caracterΓsticas qualitativas fundamentais chega aoseu m. Caso contrΓ‘rio, o processo deve ser repetido a partir do
prΓ³ximo tipo de informação mais relevante.CaracterΓsticas qualitativas de melhoria
QC19.Comparabilidade, vericabilidade, tempestividade ecompreensibilidade sΓ£o caracterΓsticas qualitativas que melhorama utilidade da informação que Γ© relevante e que Γ© representada comdedignidade. As caracterΓsticas qualitativas de melhoria podemtambΓ©m auxiliar a determinar qual de duas alternativas que sejamconsideradas equivalentes em termos de relevΓ’ncia e dedignidadede representação deve ser usada para retratar um fenΓ΄meno.
Comparabilidade
QC20.As decisΓ΅es de usuΓ‘rios implicam escolhas entrealternativas, como, por exemplo, vender ou manter um investimento,ou investir em uma entidade ou noutra. Consequentemente, ainformação acerca da entidade que reporta informação serΓ‘ maisΓΊtil caso possa ser comparada com informação similar sobre outrasentidades e com informação similar sobre a mesma entidade paraoutro perΓodo ou para outra data.
QC21.Comparabilidade Γ© a caracterΓstica qualitativaque permite que os usuΓ‘rios identiquem e compreendamsimilaridades dos itens e diferenΓ§as entre eles. Diferentementede outras caracterΓsticas qualitativas, a comparabilidade nΓ£o estΓ‘relacionada com um ΓΊnico item. A comparação requer no mΓnimo
dois itens.QC22.ConsistΓͺncia, embora esteja relacionada com a
comparabilidade, nΓ£o signica o mesmo. ConsistΓͺncia refere-seao uso dos mesmos mΓ©todos para os mesmos itens, tanto de um perΓodo para outro considerando a mesma entidade que reportaa informação, quanto para um ΓΊnico perΓodo entre entidades.Comparabilidade Γ© o objetivo; a consistΓͺncia auxilia a alcanΓ§ar esse objetivo.
QC23.Comparabilidade não signica uniformidade. Para que ainformação seja comparÑvel, coisas iguais precisam parecer iguaise coisas diferentes precisam parecer diferentes. A comparabilidadeda informação contÑbil nanceira não é aprimorada ao se fazer
com que coisas diferentes pareçam iguais ou ainda ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes.
QC24.Algum grau de comparabilidade Γ© possivelmenteobtido por meio da satisfação das caracterΓsticas qualitativasfundamentais. A representação dedigna de fenΓ΄meno econΓ΄micorelevante deve possuir naturalmente algum grau de comparabilidadecom a representação dedigna de fenΓ΄meno econΓ΄mico relevantesimilar de outra entidade que reporta a informação.
QC25.Muito embora um fenΓ΄meno econΓ΄mico singular possa ser representado com dedignidade de mΓΊltiplas formas, adiscricionariedade na escolha de mΓ©todos contΓ‘beis alternativos para o mesmo fenΓ΄meno econΓ΄mico diminui a comparabilidade.
Vericabilidade
QC26. A vericabilidade ajuda a assegurar aos usuÑrios que ainformação representa dedignamente o fenômeno econômico quese propáe representar.
A vericabilidade signica que diferentes observadores,cΓ΄nscios e independentes, podem chegar a um consenso, emboranΓ£o cheguem necessariamente a um completo acordo, quantoao retrato de uma realidade econΓ΄mica em particular ser umarepresentação dedigna. Informação quanticΓ‘vel nΓ£o necessitaser um ΓΊnico ponto estimado para ser vericΓ‘vel. Uma faixa de possΓveis montantes com suas probabilidades respectivas podetambΓ©m ser vericΓ‘vel.
QC27.A vericação pode ser direta ou indireta. Vericaçãodireta signica vericar um montante ou outra representação por meio de observação direta, como, por exemplo, por meio dacontagem de caixa. Vericação indireta signica checar os dadosde entrada do modelo, fórmula ou outra técnica e recalcular osresultados obtidos por meio da aplicação da mesma metodologia.Um exemplo é a vericação do valor contÑbil dos estoques por meio da checagem dos dados de entrada (quantidades e custos)e por meio do recÑlculo do saldo nal dos estoques utilizandoa mesma premissa adotada no uxo do custo (por exemplo,utilizando o método PEPS).
QC28.Pode nΓ£o ser possΓvel vericar algumas explicaçáes ealguma informação contΓ‘bil nanceira sobre o futuro (forward-looking information) atΓ© que o perΓodo futuro seja totalmentealcanΓ§ado. Para ajudar os usuΓ‘rios a decidir se desejam usar ditainformação, Γ© normalmente necessΓ‘rio divulgar as premissassubjacentes, os mΓ©todos de obtenção da informação e outrosfatores e circunstΓ’ncias que suportam a informação.
Tempestividade
QC29.Tempestividade signica ter informação disponΓvel para tomadores de decisΓ£o a tempo de poder inuenciΓ‘-los emsuas decisΓ΅es. Em geral, a informação mais antiga Γ© a que temmenos utilidade. Contudo, certa informação pode ter o seuatributo tempestividade prolongado apΓ³s o encerramento do perΓodo contΓ‘bil, em decorrΓͺncia de alguns usuΓ‘rios, por exemplo,necessitarem identicar e avaliar tendΓͺncias.
Compreensibilidade
QC30.Classicar, caracterizar e apresentar a informação comclareza e concisΓ£o torna-a compreensΓvel.
QC31.Certos fenômenos são inerentemente complexos e não podem ser facilmente compreendidos. A exclusão de informaçáessobre esses fenômenos dos relatórios contÑbil nanceiros pode tornar a informação constante em referidos relatóriosmais facilmente compreendida. Contudo, referidos relatóriosseriam considerados incompletos e potencialmente distorcidos(misleading).
QC32.RelatΓ³rios contΓ‘bil nanceiros sΓ£o elaborados parausuΓ‘rios que tΓͺm conhecimento razoΓ‘vel de negΓ³cios e deatividades econΓ΄micas e que revisem e analisem a informaçãodiligentemente. Por vezes, mesmo os usuΓ‘rios bem informadose diligentes podem sentir a necessidade de procurar ajuda deconsultor para compreensΓ£o da informação sobre um fenΓ΄menoeconΓ΄mico complexo.
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Aplicação das caracterΓsticas qualitativas de melhoria
QC33.CaracterΓsticas qualitativas de melhoria devem ser maximizadas na extensΓ£o possΓvel. Entretanto, as caracterΓsticasqualitativas de melhoria, quer sejam individualmente ou em
grupo, não podem tornar a informação útil se dita informação for irrelevante ou não for representação dedigna.
QC34.A aplicação das caracterΓsticas qualitativas de melhoriaΓ© um processo iterativo que nΓ£o segue uma ordem preestabelecida.Algumas vezes, uma caracterΓstica qualitativa de melhoria podeter que ser diminuΓda para maximização de outra caracterΓsticaqualitativa. Por exemplo, a redução temporΓ‘ria na comparabilidadecomo resultado da aplicação prospectiva de uma nova normacontΓ‘bil nanceira pode ser vantajosa para o aprimoramentoda relevΓ’ncia ou da representação dedigna no longo prazo.Divulgaçáes apropriadas podem parcialmente compensar a nΓ£ocomparabilidade.
Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório
contÑbil nanceiro útil.QC35.O custo de gerar a informação é uma restrição sempre
presente na entidade no processo de elaboração e divulgaçãode relatΓ³rio contΓ‘bil nanceiro. O processo de elaboração edivulgação de relatΓ³rio contΓ‘bil nanceiro impΓ΅e custos, sendoimportante que ditos custos sejam justicados pelos benefΓciosgerados pela divulgação da informação. Existem variados tipos decustos e benefΓcios a considerar.
QC36.Fornecedores de informação contÑbil nanceiraenvidam grande parte de seus esforços na coleta, no processamento,na vericação e na disseminação de informação contÑbil nanceira,mas os usuÑrios em última instÒncia pagam por esses custos naforma de retornos reduzidos. UsuÑrios de informação contÑbil
nanceira também incorrem em custos de anÑlise e interpretaçãode informação fornecida. Se a informação demandada não éfornecida, os usuÑrios incorrem em custos adicionais de obtençãoda informação por meio de outras fontes ou por meio de suaestimativa.
QC37.A elaboração e divulgação de relatΓ³rio contΓ‘bilnanceiro que seja relevante e que represente com dedignidade oque se propΓ΅e representar auxilia os usuΓ‘rios a tomarem decisΓ΅escom grau de conanΓ§a maior. Isso resulta em funcionamento maiseciente dos mercados de capitais e em custo menor de capital para a economia como um todo. O investidor individual, o credor por emprΓ©stimo ou outro credor tambΓ©m se beneciam desse processo por meio de decisΓ΅es assentadas na melhor informação.Entretanto, nΓ£o Γ© possΓvel para relatΓ³rios contΓ‘bil nanceiros de propΓ³sito geral fornecer toda e qualquer informação que todousuΓ‘rio repute ser relevante.
QC38.Na aplicação da restrição do custo, avalia-se se os benefΓcios proporcionados pela elaboração e divulgação deinformação em particular sΓ£o provavelmente justicados peloscustos incorridos para fornecimento e uso dessa informação.Quando da aplicação da restrição do custo no desenvolvimento do padrΓ£o proposto de elaboração e divulgação, o Γ³rgΓ£o normatizador deve procurar se informar junto aos fornecedores da informação,usuΓ‘rios, auditores independentes, acadΓͺmicos e outros agentessobre a natureza e quantidade esperada de benefΓcios e custos desse padrΓ£o. Em grande parte dos casos, as avaliaçáes sΓ£o baseadas nacombinação de informação quantitativa e qualitativa.
QC39.Em função da subjetividade inerente ao processo, asavaliaçáes de diferentes indivΓduos acerca dos custos e benefΓciosda elaboração e divulgação de itens particulares de informaçãocontΓ‘bil nanceira devem variar.
Dessa forma, o Γ³rgΓ£o normatizador deve procurar tomar por base os custos e benefΓcios com relação Γ elaboração e Γ divulgaçãode modo geral, e nΓ£o somente em relação a entidades individuaisque reportam a informação. Isso nΓ£o quer dizer que as avaliaçáesde custos e benefΓcios sempre sΓ£o justicadas pelas mesmasexigΓͺncias de divulgação para todas as entidades. DiferenΓ§as podem ser apropriadas em decorrΓͺncia dos tamanhos variadosdas entidades, das diferentes formas de captação de capital(publicamente ou privadamente), das diferentes necessidades deusuΓ‘rios ou de outros fatores.
CAPΓTULO 4: ESTRUTURA CONCEITUALPARA A ELABORAΓΓO E APRESENTAΓΓO
DAS DEMONSTRAΓΓES CONTΓBEIS: TEXTOREMANESCENTE
Premissa subjacente
Continuidade
4.1. As demonstraçáes contΓ‘beis normalmente sΓ£o elaboradastendo como premissa que a entidade estΓ‘ em atividade (goingconcern assumption) e irΓ‘ manter-se em operação por um futuro previsΓvel.
Desse modo, parte-se do pressuposto de que a entidadenão tem a intenção, nem tampouco a necessidade, de entrar em processo de liquidação ou de reduzir materialmente a escala desuas operaçáes.
Por outro lado, se essa intenção ou necessidade existir, asdemonstraçáes contÑbeis podem ter que ser elaboradas em basesdiferentes e, nesse caso, a base de elaboração utilizada deve ser divulgada.
Elementos das demonstraçáes contÑbeis
4.2 As demonstraçáes contΓ‘beis retratam os efeitos patrimoniais e nanceiros das transaçáes e outros eventos, por meio do grupamento dos mesmos em classes amplas de acordocom as suas caracterΓsticas econΓ΄micas.
Essas classes amplas sΓ£o denominadas de elementos dasdemonstraçáes contΓ‘beis. Os elementos diretamente relacionadosΓ mensuração da posição patrimonial e nanceira no balanΓ§o patrimonial sΓ£o os ativos, os passivos e o patrimΓ΄nio lΓquido.
Os elementos diretamente relacionados com a mensuraçãodo desempenho na demonstração do resultado são as receitas eas despesas. A demonstração das mutaçáes na posição nanceirausualmente reete os elementos da demonstração do resultado e asalteraçáes nos elementos do balanço patrimonial.
Assim, esta Estrutura Conceitual não identica qualquer elemento que seja exclusivo dessa demonstração.
4.3.A apresentação desses elementos no balanço patrimoniale na demonstração do resultado envolve um processo desubclassicação. Por exemplo, ativos e passivos podem ser classicados por sua natureza ou função nos negócios da entidade,a m de mostrar as informaçáes da maneira mais útil aos usuÑrios para ns de tomada de decisáes econômicas.
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Posição patrimonial e nanceira4.4.Os elementos diretamente relacionados com a mensuração
da posição patrimonial e nanceira sΓ£o os ativos, os passivos e o patrimΓ΄nio lΓquido. Estes sΓ£o denidos como segue:
(a) ativo Γ© um recurso controlado pela entidade comoresultado de eventos passados e do qual se espera que uamfuturos benefΓcios econΓ΄micos para a entidade;
(b) passivo Γ© uma obrigação presente da entidade, derivada deeventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saΓdade recursos da entidade capazes de gerar benefΓcios econΓ΄micos;
(c) patrimΓ΄nio lΓquido Γ© o interesse residual nos ativos daentidade depois de deduzidos todos os seus passivos.
4.5. As deniçáes de ativo e de passivo identicam suascaracterΓsticas essenciais, mas nΓ£o procuram especicar oscritΓ©rios que precisam ser observados para que eles possam ser reconhecidos no balanΓ§o patrimonial. Desse modo, as deniçáesabrangem itens que nΓ£o sΓ£o reconhecidos como ativos ou como
passivos no balanΓ§o patrimonial em função de nΓ£o satisfazerem oscritΓ©rios de reconhecimento discutidos nos itens 4.37 a 4.53.Especicamente, a expectativa de que futuros benefΓcios
econΓ΄micos uam para a entidade ou saiam da entidade deveser sucientemente certa para que seja observado o critΓ©rio de probabilidade do item 4.38, antes que um ativo ou um passivo sejareconhecido.
4.6.Ao avaliar se um item se enquadra na denição de ativo, passivo ou patrimΓ΄nio lΓquido, deve-se atentar para a sua essΓͺnciasubjacente e realidade econΓ΄mica e nΓ£o apenas para sua formalegal.
Assim, por exemplo, no caso do arrendamento mercantilnanceiro, a essΓͺncia subjacente e a realidade econΓ΄mica sΓ£o a de
que o arrendatΓ‘rio adquire os benefΓcios econΓ΄micos do uso do ativoarrendado pela maior parte da sua vida ΓΊtil, em contraprestaçãode aceitar a obrigação de pagar por esse direito valor prΓ³ximo dovalor justo do ativo e o respectivo encargo nanceiro.
Dessa forma, o arrendamento mercantil nanceiro dÑ origema itens que satisfazem à denição de ativo e de passivo e, portanto,devem ser reconhecidos como tais no balanço patrimonial doarrendatÑrio.
4.7.BalanΓ§os patrimoniais elaborados de acordo com asnormas, interpretaçáes e comunicados tΓ©cnicos vigentes podemincluir itens que nΓ£o satisfaΓ§am Γ s deniçáes de ativo ou de passivo e que nΓ£o sejam tratados como parte do patrimΓ΄nio lΓquido.As deniçáes estabelecidas no item 4.4 devem, por outro lado,
subsidiar futuras revisáes a serem promovidas nos documentosvigentes, bem como na formulação de normas, interpretaçáes ecomunicados técnicos adicionais.
Ativos
4.8.O benefΓcio econΓ΄mico futuro incorporado a um ativo Γ© oseu potencial em contribuir, direta ou indiretamente, para o uxode caixa ou equivalentes de caixa para a entidade. Tal potencial pode ser produtivo, quando o recurso for parte integrante dasatividades operacionais da entidade. Pode tambΓ©m ter a forma deconversibilidade em caixa ou equivalentes de caixa ou pode aindaser capaz de reduzir as saΓdas de caixa, como no caso de processoindustrial alternativo que reduza os custos de produção.
4.9. A entidade geralmente emprega os seus ativos na produção de bens ou na prestação de serviços capazes de satisfazer os desejos e as necessidades dos consumidores. Tendo em vistaque esses bens ou serviços podem satisfazer esses desejos ounecessidades, os consumidores se predispáem a pagar por eles e a
contribuir assim para o uxo de caixa da entidade. O caixa por sisó rende serviços para a entidade, visto que exerce um comandosobre os demais recursos.
4.10.Os benefΓcios econΓ΄micos futuros incorporados aum ativo podem uir para a entidade de diversas maneiras. Por exemplo, o ativo pode ser:
(a) usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de bens ou na prestação de serviços a serem vendidos pela entidade;
(b) trocado por outros ativos;(c) usado para liquidar um passivo; ou(d) distribuΓdo aos proprietΓ‘rios da entidade.
4.11. Muitos ativos, como, por exemplo, itens do imobilizado,tΓͺm forma fΓsica. Entretanto, a forma fΓsica nΓ£o Γ© essencial para aexistΓͺncia de ativo.
Assim sendo, as patentes e os direitos autorais, por exemplo,sΓ£o considerados ativos, caso deles sejam esperados que benefΓcioseconΓ΄micos futuros uam para a entidade e caso eles sejam por elacontrolados.
4.12.Muitos ativos, como, por exemplo, contas a receber e imΓ³veis, estΓ£o associados a direitos legais, incluindo o direitode propriedade. Ao determinar a existΓͺncia do ativo, o direitode propriedade nΓ£o Γ© essencial. Assim, por exemplo, um imΓ³velobjeto de arrendamento mercantil serΓ‘ um ativo, caso a entidadecontrole os benefΓcios econΓ΄micos que sΓ£o esperados que uamda propriedade.
Embora a capacidade de a entidade controlar os benefΓcioseconΓ΄micos normalmente resulte da existΓͺncia de direitos legais, oitem pode, contudo, satisfazer Γ denição de ativo mesmo quandonΓ£o houver controle legal. Por exemplo, o conhecimento (know-how) obtido por meio da atividade de desenvolvimento de produto pode satisfazer Γ denição de ativo quando, mantendo esseconhecimento (know-how) em segredo, a entidade controlar os benefΓcios econΓ΄micos que sΓ£o esperados que uam desse ativo.
4.13.Os ativos da entidade resultam de transaçáes passadasou de outros eventos passados. As entidades normalmente obtΓͺmativos por meio de sua compra ou produção, mas outras transaçáesou eventos podem gerar ativos.
Por exemplo, um imΓ³vel recebido de ente governamentalcomo parte de programa para fomentar o crescimento econΓ΄mico
de dada região ou a descoberta de jazidas minerais.Transaçáes ou eventos previstos para ocorrer no futuro nãodão origem, por si só, ao surgimento de ativos. Desse modo, por exemplo, a intenção de adquirir estoques não atende, por si só, à denição de ativo.
4.14.HΓ‘ uma forte associação entre incorrer em gastos egerar ativos, mas ambas as atividades nΓ£o sΓ£o necessariamenteindissociΓ‘veis. Assim, o fato de a entidade ter incorrido em gasto pode fornecer uma evidΓͺncia de busca por futuros benefΓcioseconΓ΄micos, mas nΓ£o Γ© prova conclusiva de que um item quesatisfaΓ§a Γ denição de ativo tenha sido obtido. De modo anΓ‘logo,a ausΓͺncia de gasto relacionado nΓ£o impede que um item satisfaΓ§aΓ denição de ativo e se qualique para reconhecimento no balanΓ§o patrimonial. Por exemplo, itens que foram doados Γ entidade podem satisfazer Γ denição de ativo.
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Passivos
4.15.Uma caracterΓstica essencial para a existΓͺncia de passivoΓ© que a entidade tenha uma obrigação presente. Uma obrigação
Γ© um dever ou responsabilidade de agir ou de desempenhar umadada tarefa de certa maneira.As obrigaçáes podem ser legalmente exigΓveis em
consequΓͺncia de contrato ou de exigΓͺncias estatutΓ‘rias. Esse Γ©normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar por bens eserviΓ§os recebidos.
Entretanto, obrigaçáes surgem também de prÑticas usuais donegócio, de usos e costumes e do desejo de manter boas relaçáescomerciais ou agir de maneira equitativa.
Desse modo, se, por exemplo, a entidade que decida, por questΓ£o de polΓtica mercadolΓ³gica ou de imagem, reticar defeitos em seus produtos, mesmo quando tais defeitos tenham setornado conhecidos depois da expiração do perΓodo da garantia,as importΓ’ncias que espera gastar com os produtos jΓ‘ vendidos
constituem passivos.
4.16.Deve-se fazer uma distinção entre obrigação presente ecompromisso futuro. A decisão da administração de uma entidade para adquirir ativos no futuro não dÑ origem, por si só, a umaobrigação presente.
A obrigação normalmente surge somente quando um ativoΓ© entregue ou a entidade ingressa em acordo irrevogΓ‘vel paraadquirir o ativo. Nesse ΓΊltimo caso, a natureza irrevogΓ‘vel doacordo signica que as consequΓͺncias econΓ΄micas de deixar decumprir a obrigação, como, por exemplo, em função da existΓͺnciade penalidade contratual signicativa, deixam a entidade com pouca, caso haja alguma, liberdade para evitar o desembolso derecursos em favor da outra parte.
4.17.A liquidação de uma obrigação presente geralmenteimplica a utilização, pela entidade, de recursos incorporados de benefΓcios econΓ΄micos a m de satisfazer a demanda da outra parte. A liquidação de uma obrigação presente pode ocorrer dediversas maneiras, como, por exemplo, por meio de:
(a)pagamento em caixa;(b)transferΓͺncia de outros ativos;(c)prestação de serviΓ§os;(d)substituição da obrigação por outra; ou(e)conversΓ£o da obrigação em item do patrimΓ΄nio lΓquido.
A obrigação pode também ser extinta por outros meios, taiscomo pela renúncia do credor ou pela perda dos seus direitos.
4.18.Passivos resultam de transaçáes ou outros eventos passados. Assim, por exemplo, a aquisição de bens e o usode serviços dão origem a contas a pagar (a não ser que pagosadiantadamente ou na entrega) e o recebimento de empréstimo bancÑrio resulta na obrigação de honrÑ-lo no vencimento.
A entidade também pode ter a necessidade de reconhecer como passivo os futuros abatimentos baseados no volume das comprasanuais dos clientes. Nesse caso, a venda de bens no passado é atransação que dÑ origem ao passivo.
4.19.Alguns passivos somente podem ser mensurados por meio do emprego de signicativo grau de estimativa.
No Brasil, denominam-se esses passivos de provisáes. Adenição de passivo, constante do item 4.4, segue uma abordagemampla. Desse modo, caso a provisão envolva uma obrigação presente e satisfaça os demais critérios da denição, ela é um passivo, ainda que seu montante tenha que ser estimado. Exemplos
concretos incluem provisáes para pagamentos a serem feitos parasatisfazer acordos com garantias em vigor e provisáes para fazer face a obrigaçáes de aposentadoria.
PatrimΓ΄nio lΓquido
4.20.Embora o patrimΓ΄nio lΓquido seja denido no item 4.4como algo residual, ele pode ter subclassicaçáes no balanΓ§o patrimonial. Por exemplo, na sociedade por açáes, recursosaportados pelos sΓ³cios, reservas resultantes de retençáes de lucrose reservas representando ajustes para manutenção do capital podem ser demonstrados separadamente.
Tais classicaçáes podem ser relevantes para a tomadade decisão dos usuÑrios das demonstraçáes contÑbeis quandoindicarem restriçáes legais ou de outra natureza sobre a capacidadeque a entidade tem de distribuir ou aplicar de outra forma os seusrecursos patrimoniais.
Podem tambΓ©m reetir o fato de que determinadas partes comdireitos de propriedade sobre a entidade tΓͺm direitos diferentescom relação ao recebimento de dividendos ou ao reembolso decapital.
4.21.A constituição de reservas Γ©, por vezes, exigida peloestatuto ou por lei para dar Γ entidade e seus credores uma margemmaior de proteção contra os efeitos de prejuΓzos. Outras reservas podem ser constituΓdas em atendimento a leis que concedemisençáes ou reduçáes nos impostos a pagar quando sΓ£o feitastransferΓͺncias para tais reservas. A existΓͺncia e o tamanho de taisreservas legais, estatutΓ‘rias e scais representam informaçáes que podem ser importantes para a tomada de decisΓ£o dos usuΓ‘rios.As transferΓͺncias para tais reservas sΓ£o apropriaçáes de lucrosacumulados, portanto, nΓ£o constituem despesas.
4.22.O montante pelo qual o patrimΓ΄nio lΓquido Γ© apresentadono balanΓ§o patrimonial depende da mensuração dos ativos e passivos. Normalmente, o montante agregado do patrimΓ΄niolΓquido somente por coincidΓͺncia corresponde ao valor de mercadoagregado das açáes da entidade ou da soma que poderia ser obtida pela venda dos seus ativos lΓquidos numa base de item por item,ou da entidade como um todo, tomando por base a premissa dacontinuidade (going concern basis).
4.23.Atividades comerciais e industriais, bem como outrosnegΓ³cios sΓ£o frequentemente exercidos por meio de rmas
individuais, sociedades limitadas, entidades estatais e outrasorganizaçáes cujas estruturas, legal e regulamentar, em regra, sΓ£odiferentes daquelas aplicΓ‘veis Γ s sociedades por açáes. Por exemplo, pode haver poucas restriçáes, caso haja, sobre a distribuição aos proprietΓ‘rios ou a outros beneciΓ‘rios de montantes incluΓdosno patrimΓ΄nio lΓquido. NΓ£o obstante, a denição de patrimΓ΄niolΓquido e os outros aspectos dessa Estrutura Conceitual que tratamdo patrimΓ΄nio lΓquido sΓ£o igualmente aplicΓ‘veis a tais entidades.
Performance
4.24.O resultado é frequentemente utilizado como medidade performance ou como base para outras medidas, tais como oretorno do investimento ou o resultado por ação. Os elementosdiretamente relacionados com a mensuração do resultado são
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as receitas e as despesas. O reconhecimento e a mensuração dasreceitas e despesas e, consequentemente, do resultado, dependemem parte dos conceitos de capital e de manutenção de capitaladotados pela entidade na elaboração de suas demonstraçáescontÑbeis. Esses conceitos estão expostos nos itens 4.57 a 4.65.
4.25.Os elementos de receitas e despesas sΓ£o denidos comosegue:
(a)receitas sΓ£o aumentos nos benefΓcios econΓ΄micos duranteo perΓodo contΓ‘bil, sob a forma da entrada de recursos ou doaumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam emaumentos do patrimΓ΄nio lΓquido, e que nΓ£o estejam relacionadoscom a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais;
(b) despesas sΓ£o decrΓ©scimos nos benefΓcios econΓ΄micosdurante o perΓodo contΓ‘bil, sob a forma da saΓda de recursos ouda redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam emdecrΓ©scimo do patrimΓ΄nio lΓquido, e que nΓ£o estejam relacionadoscom distribuiçáes aos detentores dos instrumentos patrimoniais.
4.26.As deniçáes de receitas e despesas identicamsuas caracterΓsticas essenciais, mas nΓ£o sΓ£o uma tentativa deespecicar os critΓ©rios que precisam ser satisfeitos para que sejamreconhecidas na demonstração do resultado. Os critΓ©rios para oreconhecimento das receitas e despesas estΓ£o expostos nos itens4.37 a 4.53.
4.27.As receitas e as despesas podem ser apresentadas nademonstração do resultado de diferentes maneiras, de modo aserem prestadas informaçáes relevantes para a tomada de decisáeseconômicas. Por exemplo, é prÑtica comum distinguir os itensde receitas e despesas que surgem no curso das atividades usuaisda entidade daqueles que não surgem. Essa distinção é feitaconsiderando que a origem de um item é relevante para a avaliaçãoda capacidade que a entidade tem de gerar caixa ou equivalentes decaixa no futuro. Por exemplo, atividades incidentais como a vendade um investimento de longo prazo são improvÑveis de voltarem aocorrer em base regular.
Quando da distinção dos itens dessa forma, deve-se levar emconta a natureza da entidade e suas operaçáes. Itens que resultamdas atividades usuais de uma entidade podem não ser usuais emoutras entidades.
4.28.A distinção entre itens de receitas e de despesas e a suacombinação de diferentes maneiras tambΓ©m permitem demonstrar vΓ‘rias formas de medir a performance da entidade, com maior oumenor grau de abrangΓͺncia dos itens. Por exemplo, a demonstraçãodo resultado pode apresentar a margem bruta, o lucro ou o prejuΓzodas atividades usuais antes dos tributos sobre o resultado, o lucroou o prejuΓzo das atividades usuais depois desses tributos e o lucro
ou prejuΓzo lΓquido.Receitas
4.29.A denição de receita abrange tanto receitas propriamenteditas quanto ganhos. A receita surge no curso das atividades usuaisda entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais comovendas, honorÑrios, juros, dividendos, royalties, aluguéis.
4.30.Ganhos representam outros itens que se enquadram nadenição de receita e podem ou nΓ£o surgir no curso das atividadesusuais da entidade, representando aumentos nos benefΓcioseconΓ΄micos e, como tais, nΓ£o diferem, em natureza, das receitas.Consequentemente, nΓ£o sΓ£o considerados como elemento separadonesta Estrutura Conceitual.
4.31.Ganhos incluem, por exemplo, aqueles que resultam davenda de ativos nΓ£o circulantes. A denição de receita tambΓ©minclui ganhos nΓ£o realizados. Por exemplo, os que resultam dareavaliação de tΓtulos e valores mobiliΓ‘rios negociΓ‘veis e os
que resultam de aumentos no valor contΓ‘bil de ativos de longo prazo. Quando esses ganhos sΓ£o reconhecidos na demonstraçãodo resultado, eles sΓ£o usualmente apresentados separadamente, porque sua divulgação Γ© ΓΊtil para ns de tomada de decisΓ΅eseconΓ΄micas. Os ganhos sΓ£o, em regra, reportados lΓquidos dasrespectivas despesas.
4.32.VÑrios tipos de ativos podem ser recebidos ouaumentados por meio da receita; exemplos incluem caixa, contasa receber, bens e serviços recebidos em troca de bens e serviçosfornecidos. A receita também pode resultar da liquidação de passivos. Por exemplo, a entidade pode fornecer mercadorias eserviços ao credor por empréstimo em liquidação da obrigação de pagar o empréstimo.
Despesas
4.33.A denição de despesas abrange tanto as perdas quantoas despesas propriamente ditas que surgem no curso das atividadesusuais da entidade. As despesas que surgem no curso das atividadesusuais da entidade incluem, por exemplo, o custo das vendas,salÑrios e depreciação. Geralmente, tomam a forma de desembolsoou redução de ativos como caixa e equivalentes de caixa, estoquese ativo imobilizado.
4.34.Perdas representam outros itens que se enquadramna denição de despesas e podem ou não surgir no curso das
atividades usuais da entidade, representando decrΓ©scimos nos benefΓcios econΓ΄micos e, como tais, nΓ£o diferem, em natureza, dasdemais despesas. Consequentemente, nΓ£o sΓ£o consideradas comoelemento separado nesta Estrutura Conceitual.
4.35.Perdas incluem, por exemplo, as que resultam de sinistroscomo incΓͺndio e inundaçáes, assim como as que decorrem davenda de ativos nΓ£o circulantes. A denição de despesas tambΓ©minclui as perdas nΓ£o realizadas.
Por exemplo, as que surgem dos efeitos dos aumentos na taxade cÒmbio de moeda estrangeira com relação aos empréstimos daentidade a pagar em tal moeda. Quando as perdas são reconhecidasna demonstração do resultado, elas são geralmente demonstradasseparadamente, pois sua divulgação é útil para ns de tomada de
decisΓ΅es econΓ΄micas. As perdas sΓ£o, em regra, reportadas lΓquidasdas respectivas receitas.
Ajustes para manutenção de capital
4.36.A reavaliação ou a atualização de ativos e passivos dΓ£omargem a aumentos ou a diminuiçáes do patrimΓ΄nio lΓquido.Embora tais aumentos ou diminuiçáes se enquadrem na deniçãode receitas e de despesas, sob certos conceitos de manutenção decapital eles nΓ£o sΓ£o incluΓdos na demonstração do resultado. Emvez disso, tais itens sΓ£o incluΓdos no patrimΓ΄nio lΓquido comoajustes para manutenção do capital ou reservas de reavaliação.Esses conceitos de manutenção de capital estΓ£o expostos nos itens4.57 a 4.65 desta Estrutura Conceitual.
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Reconhecimento dos elementos das demonstraçáes contÑbeis
4.37.Reconhecimento é o processo que consiste naincorporação ao balanço patrimonial ou à demonstração doresultado de item que se enquadre na denição de elemento eque satisfaça os critérios de reconhecimento mencionados noitem 4.38. Envolve a descrição do item, a mensuração do seumontante monetÑrio e a sua inclusão no balanço patrimonial ou nademonstração do resultado. Os itens que satisfazem os critérios dereconhecimento devem ser reconhecidos no balanço patrimonialou na demonstração do resultado. A falta de reconhecimento detais itens não é corrigida pela divulgação das prÑticas contÑbeisadotadas nem tampouco pelas notas explicativas ou materialelucidativo.
4.38.Um item que se enquadre na denição de um elementodeve ser reconhecido se:
(a)for provΓ‘vel que algum benefΓcio econΓ΄mico futuroassociado ao item ua para a entidade ou ua da entidade; e
(b)o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado comconabilidade.
4.39.Ao avaliar se um item se enquadra nesses critΓ©riose, portanto, se qualica para ns de reconhecimento nasdemonstraçáes contΓ‘beis, Γ© necessΓ‘rio considerar as observaçáessobre materialidade registradas no CapΓtulo 3 - CaracterΓsticasQualitativas da Informação ContΓ‘bil Financeira Γtil.
O inter-relacionamento entre os elementos signicaque um item que se enquadre na denição e nos critérios dereconhecimento de determinado elemento, por exemplo, um ativo,requer automaticamente o reconhecimento de outro elemento, por exemplo, uma receita ou um passivo.
Probabilidade de futuros benefΓcios econΓ΄micos
4.40.O conceito de probabilidade deve ser adotado noscritΓ©rios de reconhecimento para determinar o grau de incertezacom que os benefΓcios econΓ΄micos futuros referentes ao itemvenham a uir para a entidade ou a uir da entidade. O conceitoestΓ‘ em conformidade com a incerteza que caracteriza o ambienteno qual a entidade opera.
As avaliaçáes acerca do grau de incerteza atrelado ao uxode benefΓcios econΓ΄micos futuros devem ser feitas com base naevidΓͺncia disponΓvel quando as demonstraçáes contΓ‘beis sΓ£oelaboradas. Por exemplo, quando for provΓ‘vel que uma contaa receber devida Γ entidade serΓ‘ paga pelo devedor, Γ© entΓ£o justicΓ‘vel, na ausΓͺncia de qualquer evidΓͺncia em contrΓ‘rio,reconhecer a conta a receber como ativo.
Para uma ampla população de contas a receber, entretanto,algum grau de inadimplΓͺncia Γ© normalmente considerado provΓ‘vel;dessa forma, reconhece-se como despesa a esperada redução nos benefΓcios econΓ΄micos.
Conabilidade da mensuração
4.41.O segundo critério para reconhecimento de um itemé que ele possua custo ou valor que possa ser mensurado comconabilidade. Em muitos casos, o custo ou valor precisa ser estimado; o uso de estimativas razoÑveis é parte essencial daelaboração das demonstraçáes contÑbeis e não prejudica a suaconabilidade.
Quando, entretanto, nΓ£o puder ser feita estimativa razoΓ‘vel,o item nΓ£o deve ser reconhecido no balanΓ§o patrimonial ou nademonstração do resultado. Por exemplo, o valor que se esperareceber de uma ação judicial pode enquadrar-se nas deniçáes tantode ativo quanto de receita, assim como nos critΓ©rios probabilΓsticosexigidos para reconhecimento.
Todavia, se nΓ£o Γ© possΓvel mensurar com conabilidade omontante que serΓ‘ recebido, ele nΓ£o deve ser reconhecido comoativo ou receita.
A existΓͺncia da reclamação deve ser, entretanto, divulgada nasnotas explicativas ou nos quadros suplementares.
4.42.Um item que, em determinado momento, deixe de seenquadrar nos critΓ©rios de reconhecimento constantes do item 4.38 pode qualicar-se para reconhecimento em data posterior, comoresultado de circunstΓ’ncias ou eventos subsequentes.
4.43.Um item que possui as caracterΓsticas essenciais deelemento, mas nΓ£o atende aos critΓ©rios para reconhecimento pode, contudo, requerer sua divulgação em notas explicativas,em material explicativo ou em quadros suplementares. Isso
é apropriado quando a divulgação do item for consideradarelevante para a avaliação da posição patrimonial e nanceira, dodesempenho e das mutaçáes na posição nanceira da entidade por parte dos usuÑrios das demonstraçáes contÑbeis.
Reconhecimento de ativos
4.44.Um ativo deve ser reconhecido no balanΓ§o patrimonialquando for provΓ‘vel que benefΓcios econΓ΄micos futuros dele provenientes uirΓ£o para a entidade e seu custo ou valor puder ser mensurado com conabilidade.
4.45.Um ativo não deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando os gastos incorridos não proporcionarem a
expectativa provΓ‘vel de geração de benefΓcios econΓ΄micos para aentidade alΓ©m do perΓodo contΓ‘bil corrente.Ao invΓ©s disso, tal transação deve ser reconhecida como
despesa na demonstração do resultado.Esse tratamento não implica dizer que a intenção da
administração ao incorrer nos gastos nΓ£o tenha sido a degerar benefΓcios econΓ΄micos futuros para a entidade ou que aadministração tenha sido mal conduzida. A ΓΊnica implicação Γ© queo grau de certeza quanto Γ geração de benefΓcios econΓ΄micos paraa entidade, alΓ©m do perΓodo contΓ‘bil corrente, Γ© insuciente paragarantir o reconhecimento do ativo.
Reconhecimento de passivos
4.46.Um passivo deve ser reconhecido no balanΓ§o patrimonial quando for provΓ‘vel que uma saΓda de recursosdetentores de benefΓcios econΓ΄micos seja exigida em liquidaçãode obrigação presente e o valor pelo qual essa liquidação sedarΓ‘ puder ser mensurado com conabilidade. Na prΓ‘tica, asobrigaçáes originadas de contratos ainda nΓ£o integralmentecumpridos de modo proporcional - proportionately unperformed(por exemplo, passivos decorrentes de pedidos de compra de produtos e mercadorias ainda nΓ£o recebidos) - nΓ£o sΓ£o geralmentereconhecidas como passivos nas demonstraçáes contΓ‘beis.
Contudo, tais obrigaçáes podem enquadrar-se na deniçãode passivos caso sejam atendidos os critΓ©rios de reconhecimentonas circunstΓ’ncias especΓcas, e podem qualicar-se parareconhecimento. Nesses casos, o reconhecimento dos passivosexige o reconhecimento dos correspondentes ativos ou despesas.
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Reconhecimento de receitas
4.47.A receita deve ser reconhecida na demonstração doresultado quando resultar em aumento nos benefΓcios econΓ΄micosfuturos relacionado com aumento de ativo ou com diminuição de passivo, e puder ser mensurado com conabilidade. Isso signica,na prΓ‘tica, que o reconhecimento da receita ocorre simultaneamentecom o reconhecimento do aumento nos ativos ou da diminuiçãonos passivos (por exemplo, o aumento lΓquido nos ativos originadoda venda de bens e serviΓ§os ou o decrΓ©scimo do passivo originadodo perdΓ£o de dΓvida a ser paga).
4.48.Os procedimentos normalmente adotados, na prΓ‘tica, para reconhecimento da receita, como, por exemplo, a exigΓͺnciade que a receita tenha sido ganha, sΓ£o aplicaçáes dos critΓ©riosde reconhecimento denidos nesta Estrutura Conceitual. Tais procedimentos sΓ£o geralmente direcionados para restringir oreconhecimento como receita Γ queles itens que possam ser mensurados com conabilidade e tenham suciente grau decerteza.
Reconhecimento de despesas
4.49.As despesas devem ser reconhecidas na demonstraçãodo resultado quando resultarem em decrΓ©scimo nos benefΓcioseconΓ΄micos futuros, relacionado com o decrΓ©scimo de umativo ou o aumento de um passivo, e puder ser mensurado comconabilidade. Isso signica, na prΓ‘tica, que o reconhecimentoda despesa ocorre simultaneamente com o reconhecimento deaumento nos passivos ou de diminuição nos ativos (por exemplo,a alocação por competΓͺncia de obrigaçáes trabalhistas ou dadepreciação de equipamento).
4.50.As despesas devem ser reconhecidas na demonstraçãodo resultado com base na associação direta entre elas e oscorrespondentes itens de receita. Esse processo, usualmentechamado de confrontação entre despesas e receitas (regime decompetΓͺncia), envolve o reconhecimento simultΓ’neo ou combinadodas receitas e despesas que resultem diretamente ou conjuntamentedas mesmas transaçáes ou outros eventos. Por exemplo, os vΓ‘rioscomponentes de despesas que integram o custo das mercadoriasvendidas devem ser reconhecidos no mesmo momento em quea receita derivada da venda das mercadorias Γ© reconhecida.Contudo, a aplicação do conceito de confrontação, de acordo comesta Estrutura Conceitual, nΓ£o autoriza o reconhecimento de itensno balanΓ§o patrimonial que nΓ£o satisfaΓ§am Γ denição de ativosou passivos.
4.51.Quando se espera que os benefΓcios econΓ΄micos sejamgerados ao longo de vΓ‘rios perΓodos contΓ‘beis e a associação coma correspondente receita somente possa ser feita de modo geral eindireto, as despesas devem ser reconhecidas na demonstração doresultado com base em procedimentos de alocação sistemΓ‘tica eracional.
Muitas vezes isso Γ© necessΓ‘rio ao reconhecer despesasassociadas com o uso ou o consumo de ativos, tais como itensdo imobilizado, Γ‘gio pela expectativa de rentabilidade futura(goodwill), marcas e patentes. Em tais casos, a despesa Γ©designada como depreciação ou amortização. Esses procedimentosde alocação destinam-se a reconhecer despesas nos perΓodoscontΓ‘beis em que os benefΓcios econΓ΄micos associados a tais itenssejam consumidos ou expirem.
4.52.A despesa deve ser reconhecida imediatamente nademonstração do resultado quando o gasto nΓ£o produzir benefΓcioseconΓ΄micos futuros ou quando, e na extensΓ£o em que, os benefΓcios econΓ΄micos futuros nΓ£o se qualicarem, ou deixaremde se qualicar, para reconhecimento no balanΓ§o patrimonialcomo ativo.
4.53.A despesa também deve ser reconhecida na demonstraçãodo resultado nos casos em que um passivo é incorrido sem ocorrespondente reconhecimento de ativo, como no caso de passivodecorrente de garantia de produto.
Mensuração dos elementos das demonstraçáes contÑbeis
4.54.Mensuração Γ© o processo que consiste em determinar os montantes monetΓ‘rios por meio dos quais os elementos dasdemonstraçáes contΓ‘beis devem ser reconhecidos e apresentadosno balanΓ§o patrimonial e na demonstração do resultado. Esse processo envolve a seleção da base especΓca de mensuração.
4.55.Um número variado de bases de mensuração é empregadoem diferentes graus e em variadas combinaçáes nas demonstraçáescontÑbeis. Essas bases incluem o que segue:
(a)Custo histórico. Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justodos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos montantes dos recursos recebidosem troca da obrigação ou, em algumas circunstÒncias (como, por exemplo, imposto de renda), pelos montantes em caixa ouequivalentes de caixa se espera serão necessÑrios para liquidar o passivo no curso normal das operaçáes.
(b)Custo corrente. Os ativos sΓ£o mantidos pelos montantes emcaixa ou equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se essesmesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data
do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos montantes emcaixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se esperaseriam necessÑrios para liquidar a obrigação na data do balanço.
(c)Valor realizÑvel (valor de realização ou de liquidação). Osativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentesde caixa que poderiam ser obtidos pela sua venda em formaordenada. Os passivos são mantidos pelos seus montantes deliquidação, isto é, pelos montantes em caixa ou equivalentes decaixa, não descontados, que se espera serão pagos para liquidar ascorrespondentes obrigaçáes no curso normal das operaçáes.
(d)Valor presente. Os ativos sΓ£o mantidos pelo valor presente,descontado, dos uxos futuros de entradas lΓquidas de caixa quese espera seja gerado pelo item no curso normal das operaçáes. Os passivos sΓ£o mantidos pelo valor presente, descontado, dos uxosfuturos de saΓdas lΓquidas de caixa que se espera serΓ£o necessΓ‘rios para liquidar o passivo no curso normal das operaçáes.
4.56.A base de mensuração mais comumente adotada pelasentidades na elaboração de suas demonstraçáes contΓ‘beis Γ© o custohistΓ³rico. Ele Γ© normalmente combinado com outras bases demensuração. Por exemplo, os estoques sΓ£o geralmente mantidos pelo menor valor entre o custo e o valor lΓquido de realização, ostΓtulos e valores mobiliΓ‘rios negociΓ‘veis podem em determinadascircunstΓ’ncias ser mantidos a valor de mercado e os passivosdecorrentes de pensΓ΅es sΓ£o mantidos pelo seu valor presente.Ademais, em algumas circunstΓ’ncias, determinadas entidadesusam a base de custo corrente como resposta Γ incapacidadede o modelo contΓ‘bil de custo histΓ³rico enfrentar os efeitos dasmudanΓ§as de preΓ§os dos ativos nΓ£o monetΓ‘rios. Conceitos decapital e de manutenção de capital Conceitos de capital
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Didatismo e Conhecimento26
AUDITORIA
4.57.O conceito de capital nanceiro (ou monetΓ‘rio) Γ© adotado pela maioria das entidades na elaboração de suas demonstraçáescontΓ‘beis. De acordo com o conceito de capital nanceiro, talcomo o dinheiro investido ou o seu poder de compra investido,o capital Γ© sinΓ΄nimo de ativos lΓquidos ou patrimΓ΄nio lΓquido da
entidade.Segundo o conceito de capital fΓsico, tal como capacidade
operacional, o capital é considerado como a capacidade produtivada entidade baseada, por exemplo, nas unidades de produçãodiÑria.
4.58.A seleção do conceito de capital apropriado para aentidade deve estar baseada nas necessidades dos usuΓ‘rios dasdemonstraçáes contΓ‘beis. Assim, o conceito de capital nanceirodeve ser adotado se os usuΓ‘rios das demonstraçáes contΓ‘beisestiverem primariamente interessados na manutenção do capitalnominal investido ou no poder de compra do capital investido.Se, contudo, a principal preocupação dos usuΓ‘rios for com acapacidade operacional da entidade, o conceito de capital fΓsico
deve ser adotado. O conceito escolhido indica o objetivo a ser alcançado na determinação do lucro, mesmo que possa haver algumas diculdades de mensuração ao tornar operacional oconceito.
Conceitos de manutenção de capital e determinação dolucro
4.59.Os conceitos de capital mencionados no item 4.57 dãoorigem aos seguintes conceitos de manutenção de capital:
(a)Manutenção do capital nanceiro. De acordo com esseconceito, o lucro Γ© considerado auferido somente se o montantenanceiro (ou dinheiro) dos ativos lΓquidos no m do perΓodoexceder o seu montante nanceiro (ou dinheiro) no comeΓ§odo perΓodo, depois de excluΓdas quaisquer distribuiçáes aos
proprietΓ‘rios e seus aportes de capital durante o perΓodo. Amanutenção do capital nanceiro pode ser medida em qualquer unidade monetΓ‘ria nominal ou em unidades de poder aquisitivoconstante.
(b)Manutenção do capital fΓsico. De acordo com esseconceito, o lucro Γ© considerado auferido somente se a capacidadefΓsica produtiva (ou capacidade operacional) da entidade (ou osrecursos ou fundos necessΓ‘rios para atingir essa capacidade) nom do perΓodo exceder a capacidade fΓsica produtiva no inΓciodo perΓodo, depois de excluΓdas quaisquer distribuiçáes aos proprietΓ‘rios e seus aportes de capital durante o perΓodo.
4.60.O conceito de manutenção de capital estÑ relacionadocom a forma pela qual a entidade dene o capital que ela procura
manter. Ele representa um elo entre os conceitos de capital e osconceitos de lucro, pois fornece um ponto de referΓͺncia paramedição do lucro; Γ© uma condição essencial para distinção entreo retorno sobre o capital da entidade e a recuperação do capital;somente os ingressos de ativos que excedam os montantesnecessΓ‘rios para manutenção do capital podem ser consideradoscomo lucro e, portanto, como retorno sobre o capital. Portanto, olucro Γ© o montante remanescente depois que as despesas (inclusiveos ajustes de manutenção do capital, quando for apropriado)tiverem sido deduzidas do resultado. Se as despesas excederem asreceitas, o montante residual serΓ‘ um prejuΓzo.
4.61.O conceito de manutenção do capital fΓsico requer aadoção do custo corrente como base de mensuração. O conceito demanutenção do capital nanceiro, entretanto, nΓ£o requer o uso deuma base especΓca de mensuração.
A escolha da base conforme este conceito depende do tipo
de capital nanceiro que a entidade estΓ‘ procurando manter.
4.62.A principal diferença entre os dois conceitos de
manutenção de capital estΓ‘ no tratamento dos efeitos das mudanΓ§asnos preΓ§os dos ativos e passivos da entidade. Em termos gerais,a entidade terΓ‘ mantido seu capital se ela tiver tanto capital nom do perΓodo como tinha no inΓcio, computados os efeitos dasdistribuiçáes aos proprietΓ‘rios e seus aportes para o capital duranteesse perΓodo.
Qualquer valor alΓ©m daquele necessΓ‘rio para manter o
capital do inΓcio do perΓodo Γ© lucro.
4.63.De acordo com o conceito de manutenção do capitalnanceiro, por meio do qual o capital é denido em termos deunidades monetÑrias nominais, o lucro representa o aumento
do capital monetΓ‘rio nominal ao longo do perΓodo. Assim, osaumentos nos preΓ§os de ativos mantidos ao longo do perΓodo,convencionalmente designados como ganhos de estocagem,sΓ£o, conceitualmente, lucros. Entretanto, eles podem nΓ£o ser reconhecidos como tais atΓ© que os ativos sejam realizados mediantetransação de troca.
Quando o conceito de manutenção do capital nanceiro Γ©denido em termos de unidades de poder aquisitivo constante,o lucro representa o aumento no poder de compra investido aolongo do perΓodo. Assim, somente a parcela do aumento nos preΓ§os dos ativos que exceder o aumento no nΓvel geral de preΓ§osΓ© considerada como lucro.
O restante do aumento Γ© tratado como ajuste para manutençãodo capital e, consequentemente, como parte integrante do patrimΓ΄nio lΓquido.
4.64.De acordo com o conceito de manutenção do capitalfΓsico, quando o capital Γ© denido em termos de capacidadefΓsica produtiva, o lucro representa o aumento desse capital aolongo do perΓodo. Todas as mudanΓ§as de preΓ§os afetando ativose passivos da entidade sΓ£o vistas, nesse conceito, como mudanΓ§asna mensuração da capacidade fΓsica produtiva da entidade. Assimsendo, devem ser tratadas como ajustes para manutenção docapital, que sΓ£o parte do patrimΓ΄nio lΓquido, e nΓ£o como lucro.
4.65.A seleção das bases de mensuração e do conceito demanutenção de capital Γ© que determina o modelo contΓ‘bil a ser utilizado na elaboração das demonstraçáes contΓ‘beis. Diferentesmodelos contΓ‘beis apresentam diferentes graus de relevΓ’ncia econabilidade e, como em outras Γ‘reas, a administração deve buscar o equilΓbrio entre a relevΓ’ncia e a conabilidade. Esta EstruturaConceitual Γ© aplicΓ‘vel ao elenco de modelos contΓ‘beis e forneceorientação para elaboração e apresentação das demonstraçáescontΓ‘beis elaboradas conforme o modelo escolhido.
No momento presente, não é intenção do CFC eleger ummodelo em particular a não ser em circunstÒncias excepcionais.Essa intenção serÑ, contudo, revista visà vis os desenvolvimentosque forem sendo observados no mundo.
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AUDITORIA
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE E DE AUDITORIA
EMANADAS DO CFC.
As Normas Brasileiras de Contabilidade e de autoria β vigentes β emanadas pelo CFC estΓ£o disponΓveis no CD complementar queacompanha a apostila.
Importante ainda lembrar que, o Edital pede TODASas resoluçáes vigentes emanadas pelo órgão, assim a bancaexaminadora poderÑ cobrar qualquer assunto pertinente aContabilidade e Auditoria, até mesmo as Resoluçáes que nãodisciplinam os assuntos explanados acima.
Nesse passo, embora exaustivo, dada as inúmeras Resoluçáes,é importante estudar todo conteúdo do CD.
EXERCΓCIOS
1(ESAF - 2005 - SET-RN - Auditor Fiscal do TesouroEstadual) Parte superior do formulΓ‘rio
Analise as armativas a seguir e assinale a opção correta.I. A auditoria interna deve assessorar a administração na
prevenção de fraudes e erros;II. A auditoria interna é independente e imparcial;III. Fraude é o ato intencional de omissão praticado para
manipular documentos, registros e relatΓ³rios.(A) As assertivas I, II e III estΓ£o erradas.(B) As assertivas I, II e III estΓ£o corretas.(C) As assertivas I e II estΓ£o corretas e a III estΓ‘ incorreta.(D) As assertivas II e III estΓ£o incorretas e a I estΓ‘ correta.
(E) As assertivas I e III estΓ£o corretas e a II estΓ‘ incorreta.
Parte inferior do formulΓ‘rio
2 (ESAF - 2010 - SUSEP - Analista TΓ©cnico) Parte superior do formulΓ‘rio
O auditor interno, ao realizar seus procedimentos e testes deauditoria, quanto Γ identicação de fraudes e erros, evidencia trΓͺsfatos:
I. O departamento scal da empresa, com o objetivo dereduzir o volume de impostos a recolher, cadastrou no sistemade faturamento, a alΓquota do IPI que deveria ser de 11%, com o percentual de 5%.
II. Ao analisar a folha de pagamentos, evidenciou funcionΓ‘rios
demitidos, constando do cΓ‘lculo da folha, sendo que a conta a ser creditado o pagamento, destes funcionΓ‘rios, pertencia a outrocolaborador do departamento pessoal.
III. O contador da empresa, ao denir a vida ΓΊtil da mΓ‘quinaque foi introduzida em linha de produção nova, estabeleceualΓquota, estimando a produção de um milhΓ£o de unidades, nos prΓ³ximos 5 anos. O projeto foi revisto e se reestimou para 10 anos.
Assinale a opção correta, levando em consideração os fatosacima narrados.
(A) Fraude, fraude e erro.(B) Erro, erro e erro.(C) Erro, fraude e erro.(D) Fraude, fraude e fraude.(E) Fraude, erro e erro.
3 (ESAF - 2010 - CVM - Analista - Planejamento eExecução Financeira) Parte superior do formulÑrio
Uma adequada compreensão sobre o uso da tecnologia dainformação na elaboração dos papéis de trabalho permite concluir,acertadamente, que:
(A) a auditoria sem papel (ou paperless) consiste em um novoconceito de auditoria, rompendo com todos os aspectos inerentesΓ auditoria tradicional.
(B) todos os objetivos e atributos relativos aos papΓ©is detrabalho tradicionais permanecem vΓ‘lidos nos registros dasauditorias automatizadas.
(C) por nΓ£o serem considerados fonte primΓ‘ria, os dadosarquivados por meio de scanner nΓ£o podem ser utilizados como papΓ©is de trabalho.
(D) apenas prossionais com formação especΓca podemauditar papΓ©is de trabalho obtidos por meio de transferΓͺnciaeletrΓ΄nica de dados.
(E) as informaçáes obtidas em meio magnético serãoconsideradas vÑlidas apenas depois de impressas e autenticadas
em cartΓ³rio4.(ESAF - 2010 - CVM - Analista - Normas ContΓ‘beis e de
Auditoria) Na elaboração da documentação de auditoria (Papéisde Trabalho), no que se refere à forma, ao conteúdo e a extensão, oauditor deve levar em conta os seguintes fatores, exceto:
(A) importΓ’ncia da evidΓͺncia de auditoria obtida.(B) tamanho e complexidade da entidade auditada.(C) riscos identicados de distorçáes relevantes nas
demonstraçáes contÑbeis.(D) natureza dos procedimentos de auditoria a serem
executados.(E) volume dos recursos das transaçáes auditadas.
5 (ESAF - 2009 - Receita Federal - Auditor Fiscal da
Receita Federal)Parte superior do formulÑrioO auditor, ao realizar auditoria na empresa Construção
S.A., aplicou todos os procedimentos de auditoria necessÑriosao trabalho, realizando os trabalhos em conformidade com asnormas de auditoria. Ao solicitar a carta de responsabilidade daadministração da empresa, esta deve ser emitida na data
(A) de encerramento das demonstraçáes contÑbeis.(B) do término dos relatórios de revisão.(C) da publicação das demonstraçáes contÑbeis.(D) de emissão do parecer dos auditores.(E) em que o auditor nalizar os trabalhos em campo.
6 (ESAF - 2010 - CVM - Analista de Mercado de Capitais)Parte superior do formulΓ‘rioAssinale opção falsa a respeito das evidΓͺncias de auditoria.(A) A quantidade necessΓ‘ria de evidΓͺncia de auditoria Γ©
afetada pela avaliação dos riscos de distorção.(B) A qualidade é fator importante para determinar a sua
ciΓͺncia das evidΓͺncias.(C) A opiniΓ£o do auditor Γ© sustentada nas evidΓͺncias de
auditoria.(D) As auditorias anteriores nΓ£o podem ser uma fonte de
evidΓͺncia segura se tiver sido executada por outra entidade deauditoria.
(E) A forma primΓ‘ria de obtenção de evidΓͺncia Γ© a partir de procedimentos de auditoria executados durante o curso da audi-toria.
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AUDITORIA
7 (ESAF - 2010 - CVM - Analista - Planejamento eExecução Financeira)
Parte superior do formulÑrio No decorrer de uma auditoria, a avaliação de riscos
corresponde Γ anΓ‘lise da relevΓ’ncia dos riscos identicados com
base nos seguintes aspectos, exceto:(A) a avaliação da probabilidade de sua ocorrΓͺncia.(B) a forma como serΓ£o gerenciados.(C) a denição das açáes a serem implementadas para prevenir
sua ocorrΓͺncia ou minimizar seu potencial.(D) a resposta ao risco, considerando as hipΓ³teses de
eliminação, redução, aceitação ou compartilhamento.(E) a presunção de que os riscos, como fatos previsΓveis, nΓ£o
podem afetar a qualidade da informação contÑbil.
8 (ESAF - 2010 - CVM - Analista de Mercado de Capitais)Parte superior do formulΓ‘rioSegundo as normas de auditoria vigentes, risco de auditoria
pode ser caracterizado como:
(A) o risco de haver insuciΓͺncia de informaçáes sobredeterminada transação nas demonstraçáes contΓ‘beis sem que oauditor possa perceber.
(B) possibilidade de ser o trabalho do auditor inviabilizado pela inexistΓͺncia de informaçáes conΓ‘veis para o trabalho.
(C) o risco de o Controle Interno não ter detectado a tempouma falha que leva a entidade a elaborar demonstraçáes contÑbeisdistorcidas.
(D) o risco de o auditor expressar uma opinião de auditoriainadequada, quando as demonstraçáes contÑbeis contiveremdistorção relevante.
(E) possibilidade de o auditor emitir parecer sem ressalvas,quando distorçáes relevantes nas demonstraçáes contÑbeis foremintencionalmente encobertas.
9 (ESAF - 2010 - CVM - Analista - Normas ContΓ‘beis e deAuditoria)
Parte superior do formulΓ‘rioO responsΓ‘vel pela revisΓ£o da qualidade dos trabalhos de
auditoria deve realizar uma avaliação objetiva dos julgamentossignicativos levando em conta os seguintes aspectos, exceto:
(A) avaliação das conclusáes atingidas ao elaborar o relatórioe considerar se o relatório é apropriado.
(B) discussΓ£o de assuntos signicativos com o encarregadodo trabalho.
(C) revisão da documentação selecionada de auditoria relativaaos julgamentos signicativos feitos pela equipe de trabalho e dasconclusáes obtidas.
(D) revisão das demonstraçáes contÑbeis e do relatório proposto.
(E) discussão do julgamento e relatório com a direção daentidade auditada.
GABARITO1.E2.A3.B4.E5.D6.D7.E8.D9.E
ANOTAΓΓES
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ANOTAΓΓES
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ANOTAΓΓES
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