103
Attention Microfiche User, The original document from which this microfiche was made was found to contain some imperfection or imperfections that reduce full comprehension of some of the text despite the good technical quality of the microfiche itself. The imperfections may "be: - missing or illegible pages/figures - wrong pagination - poor overall printing quality, etc. We normally refuse to microfiche such a document and request a replacement document (or pages) from the National INIS Centre concerned. However, our experience shows that many months pass before such documents are replaced. Sometimes the Centre is not able to supply a better copy or, in some cases, the pages that were supposed to be missing correspond to a wrong pagination only. We feel that it is better to proceed with distributing the microfiche made of these documents than to withhold them till the imperfections are removed. If the removals are subsequestly made then replacement microfiche can be issued. In line with this approach then, our specific practice for microfiching documents with imperfections is as follows: 1. A microfiche of an imperfect document will be marked with a special symbol (black circle) on the left of the title. This symbol will appear on all masters and copies of the document (1st fiche and trailer fiches) even if the imperfection is on one fiche of the report only. 2. If imperfection is not too general the reason will "be specified on a sheet such as this, in the space below» 3. The microfiche will be considered as temporary, "but sold at the normal price. Replacements, if they can be issued, will be available for purchase at the regular price. 4« A new document will be requested from the supplying Centre. 5. If the Centre can supply the necessary pages/doctunent a new master fiche will be made to permit production of any replace- ment microfiche that may be requested. The original document from which this microfiche has been prepared has these imperfections: } | missing pages/figures numbered; I | wrong pagination poor overall printing quality ^specially page 45. | | combinations of the above ^_^ INIS Clearinghouse 1 | other IAEA P. 0. Box 100 A-1400, Vienna, Austria

Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

Attention Microfiche User,

The original document from which this microfiche was made wasfound to contain some imperfection or imperfections that reducefull comprehension of some of the text despite the good technicalquality of the microfiche itself. The imperfections may "be:

- missing or illegible pages/figures- wrong pagination- poor overall printing quality, etc.

We normally refuse to microfiche such a document and request areplacement document (or pages) from the National INIS Centreconcerned. However, our experience shows that many months passbefore such documents are replaced. Sometimes the Centre is notable to supply a better copy or, in some cases, the pages that weresupposed to be missing correspond to a wrong pagination only. Wefeel that it is better to proceed with distributing the microfichemade of these documents than to withhold them till the imperfectionsare removed. If the removals are subsequestly made then replacementmicrofiche can be issued. In line with this approach then, ourspecific practice for microfiching documents with imperfections isas follows:

1. A microfiche of an imperfect document will be marked with aspecial symbol (black circle) on the left of the title. Thissymbol will appear on all masters and copies of the document(1st fiche and trailer fiches) even if the imperfection is onone fiche of the report only.

2. If imperfection is not too general the reason will "bespecified on a sheet such as this, in the space below»

3. The microfiche will be considered as temporary, "but soldat the normal price. Replacements, if they can be issued,will be available for purchase at the regular price.

4« A new document will be requested from the supplying Centre.

5. If the Centre can supply the necessary pages/doctunent a newmaster fiche will be made to permit production of any replace-ment microfiche that may be requested.

The original document from which this microfiche has been preparedhas these imperfections:

} | missing pages/figures numbered;

I | wrong pagination

poor overall printing quality specially page 45.

| | combinations of the above

^_^ INIS Clearinghouse1 | other IAEA

P. 0. Box 100A-1400, Vienna, Austria

Page 2: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

I

KSTÍTJTURA ELETRÔNICA, ESPECTRO ÕTICO L

ÍL H i r ^ F I M O S D!') CONTATO DO

COMPL.'KO CoF El: L i r E KMgF35

Eudenilson Lins ve /.Ibuquerque

TESU DE K-!EST''ADO

DezeirJ:>ro d e 1975

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

• ' » > f • • • - • »

Page 3: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

JSTRUTURA L'LbTROWICA, ESPECTRO ÕTICO E

PARÂMETROS HIl'ERFINOS DE CONTATO DO

COMPLEXO CoFu~ EM LiF E KMgF3

Eudenilson Lins de Albuquerque

Tese submetida como requisito parcial

ã obtenção do Grau de Mestre em Ciências

Menção Física

Pontifícia Universidade Católica - R.J.

Dezembro 19 75

Page 4: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

A meu p a i (póstuiaa)

A rainha mãe

A Rosa

Page 5: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Bruno Maffeo pela orientação precisa e

segura demonstrada ao longo deste trabalho, além do apoio

e da compreensão nos momentos difíceis, gostaria de expres

sar o meu reconhecimento e gratidão.

Ao Prof. Humberto S. Brandi que tão atenciosameri

te se dispôs a comentar e discutir os cálculos efetuados.

Ao Prof. Manoel L. de Siqueira que tão bem nos

ensinou o método de cálculo utilizado neste trabalhoeque,

mesmo distante, acompanhou com interesse o seu desenvolvi-

mento.

Ao Prof. Carlos Maurício Chaves pela acolhida e

amizade a mim dispensadas na fase inicial do meu curso.

A Luiz Eduardo Oliveira, o grande amigo de todas

as ocasiões, pela presença constante nas discussões, de

grande valia para a elaboração deste trabalho.

A todos'(professores, amigos e funcionários deste

Departamento, pelo estimulo e amizade dedicadas ao longo

da minha permanência.

A Elsi T. Kottvitz pela paciência com que datilo

grafou e corrigiu este trabalho.

A Inês Maria Wanderley de Oliveira e Maria José

Teixeira pelo trabalho dos gráficos e figuras.

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte e

a CAPES pelo apoio financeiro recebido.

iii

Page 6: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

RESUMO

A estrutura eletrônica, as bandas de absorção

ótica e os parâmetros hlperfinos de contato foram calcula

dos para o complexo CoF11" om LiF e KMgF3 usando-se o Méto-

do Autoconsistents do Espalhamento Múltiplo na Aproximação

Xa. Os resultados obtidos são comparados cora os valores

experimentais e indicam que este método de cálculo é" con-

veniente no tratamento de tais complexos.

iv

Page 7: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

ABSTRACT

The electronic structure, tiie -optical absorption

bands and the magnetic hyperfine contact terms have been

calculated for CoF1*" cluster in LiF and KMgFj using the6 t

Self-Consistent-Field Multiple-Scattering Xa Method. The

results obtained are compared with experiment and indicate

that this scheme is convenient to treat sue!1, complex prob-

lems .

v

Page 8: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

ÍNDICE

CAPITULO I - INTRODUÇÃO 1

CAPÍTULO I I - O MÉTODO DO CAMPO AUTOCONSISTENTE

NA APROXIMAÇÃO DE UM ELÉTRON

2 . 1 - 0 Método de liar t ree 5

2 . 2 - 0 Método Hartree-Fock . 7

2.3 - Interpretação do Termo de Troca 11

2 . 4 - 0 Teorema de Koopmans 12

2 . 5 - 0 Método Xa 13

2.6 - Escolha do Parâmetro a 16

2.7 - Interpretação dos Autovalores na Equação

do Método Xa ' 17

2.8 - Estado de Transição 19

CAPÍTULO III - TEORIA DO CAfiPO LIGANTE

3.1 - Introdução 23

3.2 - Aspectos Qualitativos dos Efeitos do

Campo Cristalino em um íon de Configu-

ração d1 24

3.3 - Aspectos Quantitativos dos Efeitos dò

Campo Cristal ino em um íon de Configu-

ração d1 27

3.4 - Aproximação de Campo Cristal ino Fraco 34

3.5 - Aproximação de Campo Cristal ino Forte 37

3.6 - Campo Cristal ino Intermediário 43

3.7 - Diagramas de Tanabe-Sugano 44

3.8 - Orbitais Moleculares 46

3.9 - Transições Óticas 51

CAPÍTULO IV - O MÉTODO DO ESPALHAMENTO MÚLTIPLO

4 . 1 - In t rodução 574 . 2 - 0 Método SCF-Xa da Onda Espalhada '5 8

v i

Page 9: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

CAPITULO I

INTRODUÇÃO

O problema-da determinação da estrutura eletrônj.

ca de complexos de metais de transição i de difícil solu-

ção devido fã complexidade do sistema envolvido. Esse estu

do teve notável progresso nas últimas décadas por meid de

métodos desenvolvidos na química quânticae na física do

estado sólido,

Nó caso de Ions de transição cora;.-camada 3d incom

pleta, a evidência química sugerindo ser .em geral predomi-

nantemente iônica a ligação entre o íon central e seus vi-

zinhos mais próximos (para ligaixtes do grupo dos halogene-

tos) foi responsável pela utilização da teoria do campo

cristalino, num modelo àe cargas ou dipolos pontuais, para

interpretação do espectro de absorção ótica. Este modelo

semi-empírico, baseado era considerar-se 'a interação do Ion

central com os ligant.es como puramente .-elstrastãtica repre

sentando-se os iigantes por cargas ou dipolos pontuais, a-

pesar de ter tido algum sucesso, tornou-se inaceitável de-

vido, principalmente, ã evidência experimental âe existir

outros tipos de interação entre o l.oa central e os ligan-

tSS „ \\ , ;.

0 tradicional método de campo autoconsistente Hartree-Fopk, de. primeiros princípios,ubi.ise.ado em representaros orbitais moleculares como combinações lineares de orbi-tais atômicos (método SCF-LCAO-MO) possui formulação mate-mática bastantç complexa, existindo além disso a necessida

a - , « -i ~de de se adotar um conjunto com um grande número de fun-

•>V •.-.>. • ; . : ?

çoes de base o que torna necessariamente lenta a conver-

gência do processo autoconsistente.

Os métodos convencionais da teoria de bandas (APW

- "Augmented Plane Wave"; OPVJ - "Orthogonalized Plane Wave"?

KKR - Korringa, Kohn e Rostoker, etc.) são de dif íc i l apli-

Page 10: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

cabilidade em cristais com muitos átomos por célula unitá-

ria e dependem da periodicidade da rede cristalina bem co-

mo do uso do conceito de rede recíproca.

Segvindo uraa sugestão feita originar!amante por

Slater17, Johm-on e Smith23~3u desenvolveram o Método do

Espalhamento Múltiplo na Aproximação Xa, um novo procedi-

mento teórico puxa calcular-se a estrutura eletrônica demo

léculas poliatôir. cas e de sólidos. Trata-se de um método

de primeiros princípios mas possuindo alguns xaarâinetros pas

síveis de ajuste.

A utilização da aproximação "muffin-tin" para o

potencial permite unia convergência rápida .na equação secu-

lar do problema que ê resolvida numericamente, obtendo-se

as energias e funções de onda dos orbitais raolecalares. Os

elementos de matriz deste método são simples de se calcu-

lar em comparação ;coir. o método SCP-LCAO-MO e computacionai,

mente tem a vantagem de ser de 100 a 1000 vezes mais rápi-

do. •;

O propósito deste trabalho ê estudar a estrutura

eletrônica do complexo (CoFs)1*" nos cristais de LiF e de

KMgF3, utilizando-se o Método do Espalhamento Múltiplo na.

Aproximação Xa. A partir da estrutura eletrônica são cal-

culadas as transições "óticas e os resultados sao compara-

dos com os experimentais. Além disso, faz-se o calculo dos

parâmetros hiperfinos de contato para o Ion Co a + e seus

vizinhos F~; no caso do-KMgFs compara-se cov- os resultados

obtidos experimentalmente.

No capítulo 7.1 descreveremos sucintamente os mé-

todos de campo autocons is tente na aproximação âe um elé-

tron {Hartree, Hartree-Fock e Xa) onde damos maior ênfase

ao método de campo autoconsístente Xa.4-

O capítulo III é dedicado a um estudo detalhado

da Teoria do Campo Ligante com o objetive de melhor se en-

tender as transições óticas observadas experimentalmente ,

jã que as mesmas são descritas em uma linguagem própria des

ta teoria.

Page 11: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

No capítulo IV descreveremos o Método do Espalha

mento Múltiplo na Aproximação Xa onde apresentaremos as

equações teóricas utilizadas na determinação da estrutura

eletrônica do complexo eir. estudo.

Ho capitulo V compara-se os cálculos teóricos e-

fetuados com os resultados experimentais,

No capítulo VI estão as conclusões deste fcraba -

lho.

Page 12: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

CAPITULO II

O MÉTODO DO CAMPO AUTOCONSXSTENTE

NA APROXIMAÇÃO DE UM ELÉTRON

2.1. O Método

A experiência de muitos anos, vinda desde 1920

quando Bohr astudou o sistema periódico,, dos elementos, tem

mostrado que o método do canpo autocongistente é a melhor

aproximação na teoria cie ãtomos, moléculas e sólidos.

Hartree1 foi quem .primeiro*1 fez uso do método^ u-

sando um argumento intuitivo; supÔV-"que em um ãtom#>'' cada

elétron move-se exn um campo centr.il' produzido pe"lo núcleo

e por um campo também centrai obtido tomando-se a média e£

férica da interação eletrosuáticá" com os demais elétrons.

Usando este argumento ,••"• Hartree, de uma maneira -

simples, pôde construir e equação de onda para o spin-

orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo

elétron no átomo. Esta equação, conhecida como equação de

Hartree, em unidades atômicas, eJS

onde

-V2 -- operador que representa a 'energia cinética do elétron

V = energia potencial coulombiana esfericamente simétri~

ca atuando no elétron no ppnto (1) devida ao núcleo

. e ã densidade de carga total de todos os outros elé-

trons do sistema.

-:• Se estivermos tratando ..um ãfcomo de carga nuclear

Z & se o i-êsimo spin-orbital tem;n. elétrons (igualai se

esta spin orbital for ocupado e a-\zero se for desocupado) ,.

Page 13: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

esta energia potencial coulomhiana é dada pela expressão

;.z !~ f 1V (i) = - — + \ l n.|uí(2) u.(2) gI2dT2 (2.2)

1 L. i.. ^ -'média•' esférica

onde a integração é feita no espaço de configurações e no

espaço dos spins; uí (2) u.. (2) é a densidade de carga no pon

to (2) de um elétron ocupando o j-ésimo orbital e g n ê i-

gual a 2/ri2, onde ziz í a distância entre os pontos 1 e 2

de tal maneira que gi? .epresenta a repulsão couloxnbiana -

(em unidades atômicas) entre um elétron no ponto (1) e um

elétron no ponto (2) . O termo -2Z/n é a energia poten-

cial atrativa entre o núcleo e o elétron 1 â distância ri

deste nficleo. Com a consideração feita por Hartree de su-

por V como um potencial esfericamente simétrico, a equa-

ção (2.1) torna-se uma equação de Schrõdinger para um pro-

blema de simetria esférica,, que podç ser facilmente resol-

vida para o spin-orbital u.; este tem a forma da uma fun-

ção radial (a ser determinada por integração numérica de

diferentes equações diferenciais radiais) multiplicada por

uma parte angular e urna função de spin. As equações de

Hartree constituem então um si.o tema de equações íntegro-di_

ferenciais. Desde que cada elétron 5 suposto mover-se in-

dependentemente um do outro, interagindo com os demais ape

nas de uma maneira média, ç. função de onda do sistema será

da forma

i|»(l,2 •*. ») = ui(l) ua(2) ... UJJUÍ) (2.3)

Apesar de ser conhecido o fato que as energias e.

e as funções de onda monoeXetronicas determinadas por este

método nos permitem obter um grande número de informações,

de considerável precisão, acerca de diferentes tipos d*

sistemas atômicos, existem 2 aspectos que necessitam ser

salientados.2'3 Em primeiro lugar, dentro do formalism©de

Hartree, o potencial esférico não é o mesmo para os dife-

Page 14: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

rentes spin-orbita.i s do átomo, i. evido a. isto, a .lomonstra

ção simples de que autofunções de uma me sina líamltoniana

associadas a diferentes autcvalort,:; são orfr^gonais, não se

aplica e a existência de integrais não aulas do tipo

futu.dt entre diferentes spin-orbitais provoca incon\":-vJ ''

cias para a realização de cálculos com estes spin-orbitais.

0 outro aspecto» o mais importante destes, reside no fato

>iue, neste método, não existe nenhum tipo de correlação no

movimento dos elétrons. Estas falhas foram corrigi dar, nos

outros métodos de campo autoconsistcnte corno veremos a se-

guir.

2.2. O Método Hartree- Fock •

Depois do trabalho de Ha.rt.ree1, Fock1* e Slater5,

indepei cientemente, melhoraram sua aproximação ao antisime-

trizar 4 função de onda do método tit; Hartree. Utilizando

unia funçko determinante5 introduz-ssi um certo tipo de cor-

relação, apropriado para fermions, «mtre elétrons de mesmo

spin, ou saja, estes elétrons não podem ter as mesmas ccor

denadas evoaciais. Esta função mu2t:-eletx*5nica não leva em

conta correlações entre elétrons de /-spins opostos. O meto

do de Hartree-Fock (o resultado dos trabalhos de Hartree

na Ref. 1 de Fock na Ref. 4) tornou-se padrão no estudo

de átomos cem muitos elétrons. Vamos agora deduzir as e-

quações de Hartree-Fock usando o princípio variacional. Pa

ra isso consideremos, por simplicidade, o cas'o onde uma Cí-

nica função determinante Aos dá, com boa aproximação, a

função de onda do átomo. Este caso simples ê correto quan

io estamos tratando de átomos com camadas fechadas (gases

nobres). No caso geral, a função de onda do átomo ê des-

crita por uma combinação linear de funções determinantes.7

Seja então a função de onda determinante

Page 15: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

(N.1)

|Ui(l) ut (2) ... uj (N)lu2(l) u2(2) ... U2(N)

u N(2)

(2.4)

onde os u. são as funções de onda monoeletronicas. A Ha-

nd itoniana do sistema ê. escrita como

u „ fi +-£ (2.5)

onde f. -• o operador monoeletronico dado (em unidades atô-

micas) po.

2 5

ri

(2.6)

e g.. é o oper ior que representa a interação coulombiana

repulsiva entre 2 elétrpns e ? expresso (em unidades atõmi

cas) por

g ^ = ~ :~ . (2.7)

A energia do sistema, dentro desta aproximação,?, será:

(2.8)

Se os spins-crbitais u , são considerados normalizados

ortogonais un;.i com os outrosr prova-se que3

'- ninj Ud)u(2)Vii» /

ms.rn ^<2)u (Djdx.d 2i 1 J

Page 16: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

Ou seja

1 } ...

.1

í

i2

12

, u . ( l )

n.n u.' (l)u. (2)u. (l)u. (7)J J J

l_ r ^ n . u * ( l ) u * ( 2 ) u . ( l ) u j ( 2 ) g n d r i d r a ( 2 . 9 ;

Se admitirmos' '.;ue u."j. representa a contribui-

ção do i-êsimo orbital pa-a a densidade de carga do ãtoir.o,

a densidade de carga tota. proveniente de todos orbitais,

no ponto (1), será

0(1) - (2.10)

Assim, a exprePírão para <EMP> f i ca sendoHF

-HF' , í l ) d

o ( 1 ) p ( 2 ) g i ? d t

r p + ( l ) P 4 ( l ) ü X H p + ( l ) 3 d T i (2.11)

onde

üXHFt(1>/ u * ( l ) u í ( 2 ) u . ( l}u. (2)g 1 2 dT 2

- ^ 3 3 Í.11 0

com expressão anãlogíi para !

Page 17: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

10

O 19 termc da equação (2,11) representa a ener-

gia cinética somada ã energia potencial dos elétrons na

presença do núcleo. O 29 é a interação coul.orcbiana e o 39

G o termo de troca. Mais tarde veremos algumas particula-

ridades deste termo.

Para deduzir as equações de Hartrn^-Fock devemos

agora variar um dos spins-orbitais ocupados, u. , preservan

do sua normalização e sua ortogonaiidade corn os outros

spins-orbitais usando o método dos multiplicadores de La -

grange. Mais uma vez? por simplicidade, vamos usar apenas

o multiplicador necessário para preservar a normalização .

Isto não retira a generalidade do calculo pois tanto o op£

rador de Fock quanto z\ função determinante são ;>nvariantes

segundo uma transformação unitária. Isto jus til;, ca a pos-

teriori dispensar-se o vínculo associado â ortogonalidade

dos orbitais u,. Tem-se;

ff u * ( l ) u . d ) d T t ] « 0

í > s 6 u * ( M f i + I n 4 l u - ( 2 ) u . ( : 2 ) g ! ? ; d t 2

* X { J Jj J 3

n . / u * ( l ) u * ( 2 ) u . < i ) u . ( 2 ) n 1 2 d T 2

— 2 — i 3 2 — . — i l h F j

+ complexo conjugado = 0 (2.13)

A equação (2.13) sõ ê satisfeita para uma varia-

ção arbitrária Su* se a quantidade dentro do colchete for

nula, ou seja

x + l n j , u í ( 2 ) u j ( 2 ) g I 2 d x ; -

I n . / u * ( l ) u i ( 2 ) u . ( l ) u i ( 2 ) g 1 £ d T 2 1

,-,* 11 \... /1 i litU*(1)U. (1) i1 1 " (2 ,14}

Page 18: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

11

Como fi = - V2 - 2Z/ti, podemos identificar

V (D = ~ ~ + I n.[u*(2)u.{2)g,2dT2c ~ i -i Ji J J

como o termo de energia potencial coulombiana e

I n.,ru*(l)uí(2)u. (l)u. (2)g12dx2VY.,_(1) »- S m e i_~J-_i 3 3 .L^ii (2.15)XhF ms1,ms. uJUUJl)

como o termo de troca e portanto (2.14)' redus-se a

Vc(l) + V ^ p d J J u ^ ] . ! ^ ei ui ( 1 ) (2.16)

que ê a equação de Hartree-Fock.

2.3. Interpretação do Termo de Troca

O termo de troca definido na equação (2.15) po-

de ser associado a um potencial eletrostático, na posição

1, atuando no elétron que ocupa o spin-orbital u. quando o

mesmo estiver nesta posição,, devido a uma distribuição de_ i.

carga não-local dada por..V

u*(l)u?(2)u. (l)u. (2}

Como esta densidade de carga está ligada com o

termo de troca na equação (2.15) podemos chamá-la de den

sidade de carga de troca.

Vamos agora mostrar 3 propriedades importantes re

lacionadas com a densidade de carga de troca.

i) vintegrando p. em-.-dTz, o resultado ê uma carga ele-crocâ **

trônica se u. ê um sçân-orbital ocupado e zero rio caso

contrário. A prova disto ê imediata:h

Page 19: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

12

i 'trocadx 2 = 1 n . -~ - j u* (2) u. (2 ) dr 2j J u*(i)u, d } y 3 x

u*(l)u.. (1)

0 J T ~ ,. „ !l ?;s U.Í tor um spin orbital ocupadoJ' 1.0 no caso contrario

ii) a densidade de carga de troca provêm de spin-orbitais

que possuem spins alinhados da mesma maneira que o

spin-orbital u. como podemos comprovar pelo fator

iii) quando a posição (2- >": idêntica a posição (1), a densi_

dade de carqa de trc<- reduz-se a T, ô-j

que ê a densidade de .:•• rga total de tde iriesmo spin que o i-~ê:-iirio na posição {1}

u*(l)u.(l),-j ms x f ins"} 'j j

que ê a densidade de .:•• rga total de todos os elétrons

2.4. O Teorema de__Koppxnans

Consideremos a equação de Eartree-Fock dada por

(2.14). Multiplicando ambos os membros desta equação por

u|(l) e integrando em (1) vem;

iHF U*(l)u*{2) [^(1)^(2) +

(2.18)

Comparando a equação (2.18) com a equação (2.9) vemos que

e^Hp ê igual ã diferença entre a energia total < E

K P> para

um n. = 1 e um n. = 0 se os spin orbitais u.. são os mesmos

para o átomo (n.=i) e para o xon (n.=0) ou seja,

iHF

Page 20: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

13

h)sta equação, iden t i ficando ~c f ã energia de ionizaçãode um spin orbital a. ao se desprezar efeitos de relaxaçlío,

3.

5 conhecida como sendo o Teorema ce Koopir.ans.

2 . 5 . P_.M|todo_Xa

0 método Hartree-Fock pede ser aplicado a ãtoiuos

sem grandes dificuldades mas para sistemas mais complexos

ele se mostra de difícil, utilização. O único termo que

causa problema ê o termo de troca vyup Por s e tratar de

um potencial não local. Slater10 propôs duas simplifica -

ções para este termo. A primeira tem por objetivo elimi-

nar a complicação de ter-se "um terno de troca V JF di-

ferente paxá cada spin-orbital. Para isso, ele propôs subs

tituir o termo Vvl!r, por um valor médio, o fator pese sen-

do a probabilidade de que mn elétron, encontrando-se na

posição (1) , ocupe o i-ésimo orbital. Como a densidade de

carga de spii "up" na posição (1) proveniente do i-ésimo

orbitai ã n.-. *{l)u. (1} e a densidade de carga total de

spin "up" nesta posição ê Z+ n, uí (1) IL (1) , .a probabilidade

para que o el'tron na posição (1), com spin "up", ocupe o

i-ésimo orbitai será

Z n u*(l}u (1)k+

Portanto

n ^ j u|(l}u| (2)Uj (l)ui(2)gt2di:2

[VXHF.t(1)] - • ' " — ^

(2.20)

com expressão análo i para spin "down".

A 2? simp! .ficação foi calcular a expressão (2.20)

ara ura gás de elêtrc.r.s livres para o qual os spin-orbitais

f.i.r, ondas planas e adotar este resultado como uma

Page 21: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

14

toa ap rox imação p a r a o t e r m o . 0 r e c u l t n d o d e s t e c a l c u l e 7 íi

: ' V X I i F . t ( 1 ) J m é d i o ~~ " ^ h C t U ] \ A " V X S t ( 1 ) i2-2í)

con resultado anãloyo para o spin "down",

O uso deste termo do troca simplificado, com.bir.-i

d D com os vários métodos de aproximarão :.>ara resolver 3 e~

quação de Schròdinger em um potencial periódico {métodos

APW, OPW, KKR, e tc . ) resultou em um extensivo cie S£.n volvi •

manto da teor ia de bandas <•')<? energia»

Apesar do sucesso da expressão (ri. 21), 2 traba-

lhos (Gaspar11 em 1954 e Kohn e Sn ar.12 em .1965) puseram em

dúvida o seu coeficiente nunvirico sugerindo um outro . ceir.

o fator 2 /3 . /. discrepância surgida deve-se ao seguinte :

Sla ter ao deduzir a eq> ('.í»21) par t iu da eq. (2,9) para en

tão var ia r o sp in -o rb i t a l u.. , a £im de minimizar a energia

t o t a l , dando como resultado a equação de íiartree-Fock. Neg_

ta equação, o termo àf. troca vyt;w. ;f'ü^ subst i tu ído por seu

valor médio, dado pela equação {2.20), e posteriormente cal

culado dando como resultado a equação (2.21).., Gaspar,Kohn

e Sham, en t re tan to , inverteram a ordem dos 2 processos; pri_

meiro substituirain a expressão (2.20) na formula da ener -

gia t o t a l (eq. 2.11) ao observarem que a forma da equação

para U „ (1) era idêntica ã de [V,,.t,_, , í i i j - , . . Feito

i s s o , variaram o so in -orb i t a l u. para minimizar a energiai

total e em lugar de encontrar a equação xnonoeletrônica de

Slater com V (1) dado por (2.21) encontraram unia equaçãoAO i

análoga cora VV,_A {1) da eq. (2.21) multiplicado por 2/3. Em

outras palavras, variar a energia total e substituir o ter

mo de troca por sua aproximação estatística são duas opera.

ções que não comutamf pois o operador de troca local ê uma

função não linear dos u..

Devido a este fato, a partir de 1.965, passou-se

a considerar o coeficiente da expressão do termo de troca

como um parâmetro ajustivel e sua expressão tomou a . forma

Page 22: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

.15

VXat+(1> = «VXSl>a) = ' 6*{è P u ^ ] 7 ' i2'22)

com o parâmetro a var iando de 1 a 2 / 3 .

Es te novo método de campo autocons i s t e n t e , COÍT; O

termo de t r oca de f in ido p e l a equação (2.22) passou a s e r

denominado1 3 '5 I > de método Xcx,

Calculemos agora a equação monoele t rõnica d e s c r i

t a p e l o método Xa. A expressão para a ene rg i a t o t a l do

s i s t ema suge r ida no inetodo Xal£l ê

j u * ( l ) f s u i ( l ) d T , + | S

|

* l n i j u * ( l ) f s u i ( l ) d T , + | Sp( l )o£2)g s a dTjdT 2

f X o + + ^ ^ .23)

onde p . , = J n . u í u .*± j i + 3 3

UXa++

Portanto

(1) = ~ [ è J '

u * ( l ) f i u ' • " " - ' 1 '<EXa> " Í n i ,

- | a {^ ) / 3 N [ p t ( l ) ] % + Cp+{l)3'/3jd'Ci (2.25}

Variando o spirx-orbital u. para miniirdzar a ener

gia (da mesma maneira que fizemos quando do caso do método

Hartree-Fock) encontramos a equação de onda monoeletrônica

do método Xa:

|;-V2 + V c ( l } + v x a f + < l í : i u l t + í : L ) = e iXoíU i?4- ( 1 ) <2«26)

onde VXa+-(> é d e f i n i d o de acordo com a equação ( 2 , 2 2 ) .

Page 23: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

16

Como oodemos notar,, observando ?. equação (2; 23) /

a energia total <EV, > ter; o termo de troca corr dependência

linear em n. Schvarz56 sugeriu um método cie se determinar

este valor escolhendo-o de tal maneir'a que o. energia total

<E. > do método Xc seja iqual ã enercia total <E,7l.,> co iné~

todo Hartree-Fock. Estes valores do parâmetro a estão mow

trados iia tabela 2.1. Observando esta tabela venos qus o.

diminui â medida que o núnoro atômico ai

Quando o cálculo .•mtocor.sistente ê feito usando

estes valores de et, encontra-se uma boa aproximação entre

os spin-orbitais calculados pelo raptado Xa e os calculados

com o método Hartree-Fock. Vale salientar que, de uma ma-

neira geral, quando se usava -x ~ 1 (proposto inicialmente

por Slater1c) encontrava-se autovalores e.v bem próximos

dos autovalores eiirP enquanto que para n = 2/3 (proposto

por Gaspar2 s, Kohn e Fhaiii15} a." autofuncões u. calculadas

pelo método XH estavam ne ncordo COTT as calculadas pelo

método Hartree-Fock.

Page 24: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

17

Tabela 2.1: Valores de o computados por Schwarz;

1

2

3

4

5

fi

78

Q

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

Átomo

i:

He

Li

Be

B

C

M

O

F

Ne

Na

Mg

7:1

Si

Po

Cl

Ar

K

Ca

Sc

Configuração

Is

ls?

ls£2s

lsa2s2

Is22s22p

Is22s22pa

Is22s8íp3

lsí2s22p"

lsa2s22pb

lsa2s22p8

(Ne)+3s

3s2

3sz3p

3sa3p2

3s23p3

3s23pl1

3s23p3

3s23p6

{Ar)+4s

4s2

3d4s2

0.

n.0.r

0.

n.n _

0.

n.

0,

D.

0.

0.

0.

0.

0.

fi.

0.

0.

o.0.

.97804

7729B

.78147

76 82P.

.70531

7 S I 1 ? 7

744 47

73732

73081

73.115

72913

72853

72751

72620

72475

72325

72177

72117

719 84

71341

Z

22

23

24

2 5

26

27

2P

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

41

ftOffiO

V

Cr

Mn

F-P

Co

Ni

Cu

Zn

Ga

Ge

As

Se

Br

Fr

Ph

Sr

Y

Zr

T-ib '

Con £i gu r ac Ho

3d24sa

3d3'is2

3ds4s

3d5-Is2

3d"4s2

3d74s2

3d84s2

3dl04s

3d 1°4s ?

3d l o4s a4p

3d 1 04s a4p 2

3 dlC 4 s2 4 p3

3dlo4s24p*3d.134s24p5

3d l o4s 24 Ps

{Kr)+5s

(Kr)+4d5s2

4d?-5s£

4dlt5s

0.71C-5

0.71555

0,71352

0 . 7 2 . 2 7 9

n . 7 3 3 5 1

0.71018

0.7('S«P

0.706 9 7

0.70673

0.. 70690

0,70684

0.70665

0.70638

0.70606

0.70574

0.70553

0.70504

0.7046 5

0.70424

0.703S3

2.7. J^tjerpretacão dos -'-'toy \a Equação do Método Xa

Xa

Consideremos a equação autoconsistente do método

F3

u^ (2)u. (2}giZdT2 " eiXal

Multiplicando ambos os lados desta equação por

u* (1) e integrando en dt i ternos:

Page 25: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

18

| u * ( l ) f , u ,

:' - ;

fi u * ( I ) V . ( I ) u . ( D O T ,

O l l U . Í 1 ) U S ( 2 ) < i T t : Í T

( 2 . 2 7 1

io e n t a n t o ,

i x

Mas,

+ ^ l n 4 n H | u * ( l ) u t ( 2 ) g l 2 u , ( J ) u . ( 2 ) dÍ , j J" J ; ^ J

12

i /U * { l ) f i U , í l } d t

lT í

i f v tP,(D Xat íl)."1

''• U

ón dn

~9a(~- p)4v.

1

J

2Vrv

3P

O i

C o i n c l„ 3 „" 2 VXaf

Xa

3p

(} n

1'ortanto,

Page 26: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

f3^ (DI

ò •' '' )

Desse no cio

>•:<_ = r |u*(.l}u, Í1)'-1T, +

ju*(l)u* (2)a. 2u. (l}u.i -

f!u*Q)Vv (l)u. (IÍÒI 1 A"! 1.

Conparanclo {2,27} coin (2.28), concluímos qu

Esta expressão encontrada para o autovalor c^^^

ê totalmente diferente ca encontrada para o autovalor c:}ir.

dada peio Teorema de Koopraans (a menos ^ue a energia total

<£„ > varie linearroe.Pte corr. o numero do. ocupação ri;). Isto

explica a discrepância clc ternos sempre diferentes au-

tovalores nos 2 nStodos r:.o.svao em casos onde as autofur.çóes

ciadas pelo nétoco Ka àão idênticas is autofunções dadas

pelo método Hartree-Fock.

2-3. Estado de Transição

Há uri procedimento que pode ser usado para " se

calcular a energia de ionização ou de excitarão diretamen-

te do nêtodo Xa f sem á necessidade cie se computar a dife-

rença das energias totais entre o estado fundamental e o

Page 27: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

20

estado excitado do sistema. Isto é feito polo uso do deno

minado estado de transição, conceituado por Clater nas Rei.

13 e 14. O procedimento consiste em se expressar essa c-

nergia de ionização ou de excitação por rieio da Jiferença

entre os autovaiores provenientes dos dois auto-estados on

volvidos na transição caracterizados pela remoção de 1/2

elétron do nível mais baixo e a fiicão de 1/2 elétron ao

nível mais alto. Para jmostrar is.-.5o, calculemos a diferen-

ça entre as energias totais associadas aos estados ini-

cial (n, - n.. ., + 1/2; n. = n.» - 1/2) e final (n_. =n. .-1/2;

n. = n., + 1/2) expandindo a energia total, como uma fun-

ção do número de ocupação, en uma serie de potências em

torno de um estado padrão denotado pelo índice o.

^inicial* -<Eín.«n11+l/2f nj-n^-1/2»

+ tnj~njl)

d<E>|

ní o

32<E>

8 3n?

1 3<E>

2 Sn,_ _ j _

o 2 3r^jo

<Efinal* = <E(n±-n1_.-V2, nj-njl+V2)> -

<E>3<E> 9<E>i

3n.

Page 28: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

2!

E-, ., > ~ <£:•

L 2? J: i

-j. „ ..

•3 ?m*

i I2

0

I1::i '

•f 0' Í

. . .

2 Sr... t f J 1i

. . . -inicial E-, ,

tinal o

.y /'

'inicial final' ~ uiXa

Ou seja, o erro encontrado no calculo das ener-

gias de excitação do sistema usando o conceito cie estado

de transição ê proveniente de termos de 3. ornem. Estes fo

ram calculados por Slater e Wood para o cromo (Cr) onde

foram computadas as transições do estado fundamental (con-

figuração 3d54s) para estados excitados envolvendo funções

3d e 4s, Esta tabela encontra-se na Rei-' 14 e nela vemos

que, com exceção das transições onda o .estado inicial ã lsf

este termo de correção e menor que O,*'! Ryd.

Não e difícil ver que o uso do conceito de esta-

do de transição o matematicamente razoável. Isto implica

que a diferença de energia <EV > entre o estado inicial da

do por n ^ n . p n.=n... e o estado final dado por n^n..-,-i ,

n.=n.,+l ê aproximadamente igual & diferença entre os auto

valores Xa dos estados inicial e final no ponto médio f

ni=n..-l/2, n .asnJ,-f-l/2. Se fizermos o grafico (ver Fig.

2.1} da energia <FY.a> como urna função de n.-n^, teremos

uma curva que, exceto para o termo de 3? ordejn, é uma para

bola. A diferença entre o estado inicial e o estado final

ê a inclinação da curva conectando os pontos n^~n^,= 0 e 1

(o que implica n.-n. - ** 1 e 0)^~n^,

A diferença entre os auto

Page 29: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

valores Xa no estado de transição ê a inclinação da curva

no seu ponto médio. Mas, existe un fceorema sinples da ria-

temãtica assegitrando que, para a parábola, sua inclinação

ê exatamente igual a inclinação da curva no seu porto mê~

f Í

Fig. 2.1, Grafico da energia total <Ey,-> contra An..

Apesar cte tfermos feito o estudo para o caso cio

cálculo da energia tèe:- transição de xam sistema, este ttiêtoâo

é igualmente vãliclo-ona cálculo de energias de ionisação

Neste caso o estado «fie: transição ê caractei'izado pela remo

ção de 1/2 elétron <3í>, .nível ocupado do sistema. A energia

de ionização será simplesmente ~£-ix, o autovalor associa_

ão c.o orbital ao qual^Joi removido 1/2 elétron.

rs,

Page 30: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

23

CAPÍTULO I I I

TEORIA IX) CAMPO L1GANTL

3.1. 2.ntr;odu

•-• A noção básica de campo cristalino foi primeira-

mente desenvolvida por Bcthe17 em 1929, Lste trabalho, que1

aborda ò problema cie £oru; de transição diluídos substitu™

cionaimente era cristais iônicos dianiagriéi-icos,, s-a divide

em duas partes.

Na primeira são analisadas as conseqüências qua-

litativas devidas â simetria local do .ton parajnagr.et.ico na

rede cristalina., Mostra-se que os níveis oriandos de uma

dade configuração eletrônica do íon livref quando degenera

dos orbitalmente, podem se desdobrar em dois ou mais níveis

sob a ação perturbadora dos potenciais de interação devido

aos outros ions do cristal , Estes desdobramentos podem ser

previstos utilizando unicamente argumentos .de siraetria for;

malisados pela Teoria de Grupos,

Na segunda parte de seu trabalho, Bethe descre-

veu o método pelo qual o valor dos desdobramentos de ní-

veis do íon li\rre podem ser calculados, supondo uma ação

puramente eletrostática devida somente aos priiae.iros vií:i~

nhos do íon de transição ( tratados como oax*gaa ou dipolos

pontuais. Ê esta aproximação exri enae todas as interações

entre os elétrons do íon central e seus vizinhos são trata

das como interações puramente eletrostáticas entre cargas

pontuais, que caracteriza a "teoria do campo cristalino" .

Posteriormente, Van Vleck'8 fez uma extensão de£

ta teoria ao admitir, além das interações aletrostáticas ,

a existência de alguma ligação química (p.çs, covalencia )

entre o íon central e seus vizinhos mais próximos» Ssta mo

dificação introduzida na. teoria do campo cristalino ê

Page 31: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

••/..iuvsún de "teoria do campo ligante".

' • -* ^poc'cos Qualitativos dos Efeitos do Campo Cristalino

9£1Jim ^on ãe Configuração d1

Sero ut i l izar Teoria dos Grupos mostraremos a se-

guir cotv.o os desdobramentos de níveis do Icn livre podem o

correr abordando o caso simples de uma configuração d! em

>iiv.ot?:i.sj.- octaêdrica e tetraédrica. Suporemos que os Ions

•i:::inhoG são anions o que sempre será o caso na realidade.

•"'! £ ':i5:rJ:J ?- ggfrgêjrica

(0,0,a)

O (a,0,0)

Fig, 3.1. Distribuição octaêdrica das cargas pon

tuais negativas.

As 5 funções de onda degeneradas associadas a e£

ta configuração são dadas por

V - !?>

~

Vi.

-- — C |2> + | - 2 > ]

Page 32: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

25

onde o número que está dentro do "ket" representa o número

quântico m0; d 2 é a abreviatura de d, 2_ 2.

A figura 3.2 ilustra a dependência angular des-

tas funções de onda.

z AZ

•' Fig. 3.2. Dependência angular das. funções

de onda d.

Estando o íon de transição localizado no centro

do octaedro de cargas negativas, haverá um deslocamento re

lativo de sua energia ocasionado pela presença dos 6 ions

vizinhos; é como se parte de sua carga estivesse distribuí

da sobre uma esfera de raio a dando origem a um potencial

constante no interior. Além disso, devido ao fato que os

orbitais d 2 e d 2 2 têm sua densidade eletrônica máximaZ X "™ V

ao longo dos eixos z e x e y, eles "sofrerão" uma repulsãomaior que a dos orbitais cL_# d,_ e d , pois estes possuem

- Y ysuas densidades eletrônicas máximas localizadas entre os

eixos cartesianos. Portanto, em um campo cristalino octaé

drico, os orbitais d do íon central são todos afetados pe-

la presença dos ligantes mas os orbitais d 2 e d 2_ 2 são

Page 33: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

26

mais afetados que os orbitais d t d <?. d,, . Os orbitais

d r , d „ e d ton! mesraa foriv.a e disposição simétrica ei";í^\ •( rir J\.*ü

relação aos ligantes sendo portanto igualmente afetados/

eles terão então jrestu.i enei-qi.;? constituindo mv, nível t r i -olaiTsente deaenerado cue cnamaremos de d . Também: os orbi-. . . . . g.

t a i s d 2 e d s_. a sao denwierados e formarão o nível d., rio

entanto, uma insoeçao das forn.as cios orbi ta is d_;> e d 2 a

nos mostra ctue elas sac di icrontos mas , cor.o veremos de-

pois , um tratamento quant i ta t ive demonstra esta degeneres-

cência, A figura 3.3 nos dá unia idéia nais n í t ida da ques-

tão,

Energia

(dc)

[d.

Í X 2

Id

íon livre des Io earner, te n aenergia devidoa parte osferi-ca do notencialcristalino

desdobramento donível de £on l i -vre?' em (dy)(dE), devido• aparte não esféri_ca do potencialcristalino.

Fig. 3.3. Os orbitais d em UIT. campo cristalino

octaêdrico.

b) Simetria tetraédrica

v--v:j

Àu-

Fig. 3.4. Distribuição tetraedrica das cargas

pontuais.

Page 34: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

27

Usando as idéias desenvolvidas no exemplo ante-

rior, ê fácil ver que, neste caso, os orbitais d são mais

afetados pelos ligantes do que os orbitais d . Consequen-

temente em um campo cristalino tetraédrico, as energias

doa orbitais d e d são invertidas coin respeito a ordem

obtida no caso de um cainpo cristalino octaêdrico.

Enercia c

ãY

Fig. j.5. Desdobramento do nível d por uns campo

cristalino tetraédrico.

3.3. Aspectos Quantitativos dos Efeitos do Campo Cristalino

em um íon de Configuração d1

Vamos agora estudar quantitativamente a situação

descrita na seção 3.2.

0 potencial elatrostático que atua nos elétrons

do íon central devido a presença dos ligantes é dado por

n ez.V<x,y,z} • J — i (3.1)

i-1 r..

onde n = n9 de átomos ligantes

z. = carga nuclear do átomo i

r.. = distância da i-ésima carga ao ponto (x,y,z)

Investiguemos agora o efeito deste potencial nos

orbitais d, utilizando um tratamento de teoria de perturba

ção em lf ordem para sistemas degenerados.

Page 35: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

9 P

Suponhamos cue a energia do sistema, E , corres-

pondente a Hamilton! an a não perturbada $Q associada ao

íon livre, possue degenerescência de ordem n e aatofunções

£. . Nestas condições a equação de Schrõdinger do problema

na ausência da perturbação é

56 o*! ' V i «•#

Quando o íon l ivre ê colocado em um c r i s t a l ' de

simetria octaédrica, ele sofrerá a ação de um potencial

perturbador dado por (3.1). A nova Hamiltoniana do p robles

ma passa a ser

% ~ & + v com V = e V(x,y,z)

A equação de Sehrodinger passa a ser agora

%i{)J = E! i>\ .. {3.3}

O problema agora está na determinação dos auto-

valores e autofunções do sistema perturbado e o tratamento

detalhado ê encontrado em livros textos de Mecânica Quânt:L

ca, levando-nos â equação secular

j c . ^ -E'6 )a-o' i- 1,2. ..n (3.4)

Este conjunto de equaçoe.,3. sõ possui solução não

trivial se o determinante dos coeficientes for nulo, ou se

detd»i;J - E'i^D = 0 (3.5)

onde % A i = lúi* % ty. ãr

e E' = E + Eo

Se c zero de energia for tomado como sendo a e-

nargia do sistema não perturbado E , teremos

f*i V *j dT

Page 36: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

E' - E {perturbação na energia)

Determinemos agora o potencial V de um campo

cristalino octaedrico. Da equação (3.1) para este caso

temos

6 ez.

<x,y,z> = l_ ~~~ (3.7)

. 1 r...

P o r o u t r o l a d o

« L 4 FT ir fc

s T £ * Y (6%d)«) Y T n ( 8 , ó ) ( 3 . 8 )i.f— u m— " J,J Ã i-í*t" x. r

_

No modelo do campo cristalino nos interessa o po

tencial dentro do octaedro de cargas. A distância do pon-

to j ao íon central localizado na origem, r<f pode ser es-

crita simplesmente como r; r^ é a distância a» Desse modo-.

1 «> L 4TT r~" A

*r MÍ9',*1) Y^te,*) (3.9)r. . L=0 M=~L 2L+1 a

Devido ao fato cias G cargas estarem localizadas

nos eixos coordenados, 6' e 4'' são sempre iguais a 0, fn/2

ou ir. Portanto os harmônicos esféricos Y_ ^(Q1,*') sao

simples números.

Por outro lado, a expressão

conhecida como integral de Gaunt, é nula a menos que

Z + L + £.' = par;

! 4 + A • I í L e

M + m1 - m = 0.

Como os elementos de matriz da equação (3.6) in-

cluem estas integrais e estamos tratando de orbitais d

Page 37: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

30

(i~2) só consideraremos no somatório da equação (3.9) os L

que sejam pares e menores ou iguais a 4. Assim sendo, a

equação (3.7) toma a forma

6 4V _<x,y,z> = I I

o c t

L 4-irez. r

Li = l L=0 M=-L 2L+1 a

L par (3.10)

Consideremos a soma da equação (3.10) termo por

termo 19:

6zei ) L = 0 , M = 0 : V o c t - - j -

ii)

{parte esférica)

(IA ~ 0 i V, _. = 0

L o 2 i1 4 "

: V

•' V

octoctoct

L =

M = 0 :

M =+2 :

M =+4 :

v oct =

- 0

octoct

jrtanto,

Voct(x,y,Z)6ze

(2TT) / 2 (— 14

Va(3.11)

Calcult. cs agora os elementos de matriz da equa-

ção (3.6)

Page 38: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

31

I "" J

I! ÍSfc. . = e , j ú * V|i,'i,d"i + lid* V?^..ciT j

(3.12}:.

0 1<? termo da equação (3.12) 5 simpler da calcu-

l a r e vale

f fe U f VnJi.dx « i** <KdT = S . . ( 3 . 1 3 )

j L 1 y 1 3 x:}

Este termo é independente da f uri vão d-? oj>da ssco

Ihitía e consequenteinon:a ele corresponde ao deslocamento ,

por igual, de todos orbitais ãt como pode ser.visto na fi-

gura 3.3. Por conseguinte, o 29 termo da equação (3.12} ê

o responsável pelo desdobraxnento do nível de íon livre as-

sociado aos orbitais d. Vamos agora, calculã-loi

í AO, 1/ í ' Ze*

* | < P ?

i/ 2es

í * ' . 5 U t > 1| Y 2 , m Y , T l 1 4 } U , + Y^ J Í

L j

R* , r1* R , r2dr, n,2 n,Z

A expressão /R . r* S , r2dr i simplesmente o valor mé-

dio <r'*>. Calculemos as integrais angulares

Page 39: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

32

Usando a res t r ição que as integrais de Gaunt são nulas a

menos que .'l+ra'-m ~ 0 podemos concluir:

i) as integrais que envolvem Y° são nulas a menos que

ii) as integrais que envolvem Y* são nulas a menos que

m1 - m =-4 ou seja m1 = - ir. -• ~2

i i i ) as integrais que envolvem Y~"* são nulas a menos que• . >f

m* - m =" + 4 ou s e j a m' = - in ~ 2

Deste modo, calcula-se facilmente as integrais de (3.14)

•í- 4-<C J « V 2 ; 0 >

ze

< + l|eV2 i:-l>2 ze2

3 T5~1 z e 2

< ± 2 J e V 2 !±2> = •6 a 5

5 za2

=6 a5

Com estes cálculos é possível agora construir-se

o determinante secular. Definindo o parâmetro

•6 a5(3.15)

o deterBiinante secular fica sendo

Page 40: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

33

0

n

1

2

n

SDq-E

0

0

0

0

J..

0

-4Dq~E

0 .

0

0

o

0

-4Dq~E

0

0

2f

0

\.°0

Dq-E

5Dq

-- 2

n

, o..0

onde, por simplicidade, não consideramos o 'deslocamento da

energia dada por (3.13}11

Este determinante é facilmente resolvido e nos

dã:

m - 0 :• E = 6Dq

m = +1: E - -40q

TH = 2 : Hq-E 5Dq

5Dq i: Dq~E= 0 ou seia

E3 *= ~4Dq

E 2 = 6Dq

A equação secular deste ultimo .determinante ê

(Dq-E)c + 5Dqc = C2 "~i

\ 5DQC + (Dq-E)c - 0" 2 ~5

Substituiaido E por -4Dq encontramos cj = - c-2 .

Portanto.- a função _de .onda correspondente a esta energia se

rá1

$ - — [c2j2> + c_2 |-2>3 :'

TJÍ = — [|2> - -2>3 que.e o estado asso

ciado ao orbi ta l ãw

Analo-jainente, ao substituirmos E-por 6Dq encoií-- -,

tramos

1- •=• í 12> + |2>3 qce é o estado associado ao orbital

Page 41: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

34

Reunindo estes resultados, temos:

a) para E = -4Dq as funções de onda correspondentes são

jl>; |-1>; i '/? C[2> - \~2>3 ou seja, trata-se do nívôl

triplamente degenerado d .

o) para E = 6Dq as funções de onda correspondentes são J0>

e 1//2" C|2> •»• |-2>3 ou seja, trata-se do nível duplamen

te degenerado d .

A sep; : ação dos níveis dc •» d será, por1 conse -

guinte, dado pel.. parâmetro do oampo cristalino lODq. A fi

gura 3.5 nos dá wma visão quantitativa da influência de uan

campo criPtalino octaedrico em ura íon livre con1, configura-

ção dJ.

Energia- E ~ 6Dq

10 Dq

Ion

Fig. 3.5

3.4. Aproximação de Campo Cristalino Fraco

Vamos içora estudar os efeitos do campo cristali

no em uma configuração multieletrônica do íon livre. O pro

bleroa então é montar o determinante secular cuja Hamilto -

niana perturbadora é" a soma dos operadores do campo crista

lino, repulsão intc reletrônica e acoplamento spin-õrbita.

Os dois últimos nãc apareceram no tratamento anterior pois

tratou-se de apenas um elétron de Valencia, desprezando-se

a interação spin-Ô:fbita. No entanto, existem 3 casos

tes que podem ser considerados neste estudos

Page 42: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

.1) o efeito do campo cristalino ê muito nencr v ue o do ÍHCO

plamento spirs-Õrhita. ftste ê o caso das ke*•*vr. vor.z' c-

não será tratado aqui?

2) o campo cristalino é uma perturbação pequena cGT-t>7\rrA!z

aos efeitos da repulsão interfiletrônico d^ntrr» c1:» eonfi

guraçao mas grande quando conparaâa ao acoplansntc: &- m

o r b i t a . F s t a é a >•?;•< .^c.víK.vj^ífí' ÍÉ 1 ncrv^ av-'sic í "'.'xto ,'y •-•'••:•

onde se. despreza .5 p.coplanento spin-ôrbito er: priütí.r<i

aproximação;

3) o campo cristalino e grande de tal maneira que ssss C--

feitos são maiores qu ? os causados pela repulsão li ter-

eletrônica. Esta é a aprostirraçàc de ecnpo eristalrna j'o~f

te.

Existe ainda o caso do campo cristalino intermediário em

que os efeitos do caripo cristalino e da repulsão intereJe-

trônica são comparáveis,

Comecenos pelo caso da aproximação de campo csis

talino fraco estudando os casos de alguns termos atônicos

provenientes de uir.a configuração d de uir. íon livre. 0 des-

dobramento destes termos quando o Ion livre ê colocado er:

um cristal de simetria octaüorica utilizando a Teoria âas

Grupos20 será:

S *P * T

la

G - A l g + E g + T l g + T 2 g

onde o índice « provêm da paridade ca configuração atônica

Estudemos agora cada termo em separado.

a) Terçio S

Um termo S é orbitalraente não degenerado. COMO

o potencial do campo cristalino está relacionado com a par_

te orbital da função áe> onda, ele não pode desdobrar este

termo. Portar., i,

Page 43: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

36

b) Termo J? .

'• Vamos tratar dt cas^ simples do termo SP prove

n.iente da configuração da. partes orbitais das funções

de onda para o terno 3P de -a ..lonfiguração, para o ion li-

vre são

(3/5)

onde o "ket" do lado esquerdo c :sta expressão representa o

angular L ~ 1 e o n9 q..ântico M enquanto que nc

lado direito temos nos "kets" cs números quântícos m e.m. dos dois elétrons. Utilizan. .•> o teorena de

26Eckart26 temos que

pois V ., como podemos ver pela e lação .{3.11), envolve

termos de 4f ordem em L. mostrando v^e o potencial do cant-

t>o cristalino neste caso não desdob.a o termo P«

Os termos D que aparecem d.- uiria configuração ele

a dn são o 2D ce d1 e d9 e o 5t de d" e d6. Para o

caso do 2"> de d1 temos21 2

__D yz

•l™ . | . ODq

enquanto que para o 2D de d9, usando o cc: ceito de elétron

e buraco, teríamos uma inversão nos níveis {isto porque o

parâmetro lODc*. ê proporcional â carga ão elétron). =<, Pelo

teorema de X>t— old °» sabewos que a con: igurução eletrônica

ds possui simr iria esférica. Corao o pjisenir cálculo não

envolve interr :ões dependentes de spin .. de ^i esperar que

a configuraçac <** (e... nival ante a uir. four: :o em d5) se desdo

bre comn - .*.._ 'raçãr U9 (equivalente um buraco em d10)

Page 44: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

3 I

assim como a configuração dc se citisdc-brarô COÍVO a coní i u-

ração ãl„

Assip. senío, para e.V'trom; d, ;oae;\x>s o,-rLu.i yr

as soguintes regras;

i) o desdobramento do terno D não depende de ÍUJ ;T>urhir.ti_

cidade.nJ-c

i i ) para n < 5 (n*? de ocupação), <i"' "' se cicsdobrc; ooruo-5-TÍ .I0-.n

d a como a

d) Terrnç_P

Vor;as t ra tar , , por sj ir.nl i c idade , da tornr- *;•' ;••:•<.•-•

veniente de una conf i garaçíão d2 . Co-nheciOas ÍJ.-; funções ce

onda desta configuração para o ion l i v r e , h f á c i i , uprinilo

cálculos análogas aos ar . ter íorüs2 9 , ^et.errsiTVHr-Po o Í'Í;UVC;O'-

bramento deste terno err iun car.}.>o crj.st.al.ino octacOrlco. O

resul tado e s t á esquematizado na figura abaixo»

3 -

i,y.Á£

—Is

p .

1

•—.?._

i ~'.—£_„

D Do

... j.

_

2VXj

-6Dq

De riianeira análoga trata-se, os doreais termo8.

3*5* Aproximação de_ snoo___Cji_s_tal_írso Forte

No caso de um tem livre ser colocado em um campe

cristalino forte ei repulsão intereletrõrsica é considerada

cono a perturbação do problema. O mhnero de estados qua a

parecem ce uma daáa configuração e a simetria, deles e -de-

terminado raduzincio-se as representações cie cada orbital

ocupado, levanâo esa conta o princípio de Pauli. Por exem -

plof a configuração cristalina t~, e esta associada â re-

Page 45: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

presentação redutível t- *e ôe 0 h. Esta se rydxiz cr

(T -f T« } e como os elétrons estío er; oibitais dj-oicn -

tes, os estados permitidos sio {triplei.c- e s.ír..r;Iete)

t 3 *

Calculemos açcra ;IG r-nerqj.af dcn estados eienJ'.!."••"'

desta aprexinação, A erserqi..? de ur ter ro cri?;t;\livif ft f-r.-

terminada conheco.ndc--se o nurerr» ríe elétrons nes orr-itai.^

t - e e com F(t^ ) -- - Dç; c r (e } ~ fD-n. ?. i s to r:eve~seA Cl y .<; O O

adicionar a energia devida n interação i/ntereletrÔnica (per

turbação) . Para calcula-] as ,. precisados conhecer as inte-

cjrais de Coulonli) (J) e de exchange (K) definidas por

J (i , j ) = < i j I g. ! i 3 > (3,1 í

onde

g

I" • • ~ - '

,- j • -.>. í . . ; I :

! A Í • , ) ( 3 . 1 9 )- • -• * J

sendo

( 3 .20 )

(£ ,m p ;£ . rap

1 - ^

i w' '"j

Gk{ni£i;niü,5 * Rk(ij;ji)

. . m p ;L .m f t 53 ~-Í J - j (3 ,21)

13,22)

(3 .23 )

{3 .24 )

Page 46: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

39

(V

2k+l ]\ íi;tí)

; j^, (e .40 sen e

Rk(ij,rt)x i

Rn.j r r;

Estas integrais (J e K) podc-n tauí>?í:i wrsi; doll-

nidas segundo Condon e Shortlev, çra ífunçao df- outros ."aia

metros F, e G. definidos por*K K

n

onde os B, '? são os denominadores <vue aparecp.p. nas t-víbeloi?,

dos coeficientes aJ:" s b'".3

Cono exemplo c?e uri c?.'.culo nó aproxiir-acno cie

,:ai»po cristalino forte van;os tratar da1 configuração cletro

nica d2. Associadas a esta configuração iônica temos as

seguintes configurações cristalinas: t~ , t-, &„ e e£r»

Inicienos com a cor,figuração cristalina t*r . Ela

corresponde a representação redutlvei t- , x to cio c:rupo

0^ que pode ser reduzida em

fe2g * g - Tlg * T2g + Eg + AIg

No caso triplete CS - 1} podemos construir as seguintes fun

ç5s..»s determinantes, consistentes com o princípio de Pavjli

Page 47: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

4'-D

No caso sirvglete (5 -• 0) terros

I1 « — L | {>:%} <y~z) I - ! {x~z) (y+z) |

/2

9Í, » | {>rrs} (x~z) !

.» ! (y+z l (y z).l

9 e *= I (x y) (x

ütilisando-.se os operadores de projeção do çrupo0Vi sobre estas funções encontramos21

i) V> i #• &2 e- ^3 transforr.tain-se segundo a representação '- .,

i i } Q1. õz e 83 transforraan-SG segundo a representação '!"•,,

1 1i i i ) -=- {S^-65} e - - - (O^+es-206) trans formara-se Heçundc

iv) — (6i»+65+05) transforma-se segundo ?.. . :'"

Determinadas as funções d.e onde. de cada representação e. '-Kc i l agora calcular-se as energias interatôrúeas er.1 funçãodos parâmetros de Slater Fv e G" ou de Condon-Phortley Fv

e G, . Desse ?iodo temos:

T«* / T* \ ~ P f ill 4 1 S F - " ^ T * * n — ^ V}, Tf1 ,

,^) - E{8i) = F + Pi +" (3.2?)) » E( - i (61,-05)) = FQ

. ) = E(-i- (e^+es+cs)) » Frt + I O F 2

Page 48: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

41

I-íota-se que p<?ra este caso lF,'" e '".'' 3;;o «oilers talmente de

generados. A estas energias devermos agora adiciona n ener

gia vio sistema não perturbado.. Re consideramos o zero de

energia como sendo o da configuração e t então a configu-

ã £ 2

definirmos

A »

B ~

C —

T Í ' •.—

oF2 -

35I\

49P*5F., (3.28)

onde A, B e C são conhecidos co.rr.o parâmetros de Tia can, te-

mos que

E(3T, } = A - 5B - lÜDq

E(sT2c) = E(!F[T) » /•. + B + 2C - IODO (3.29)

De maneira análoga podírios calcular $.s energias da configu

ração cristalina efy ~ J-Ala +

lEr + 3A 2 o "

E(lh~n) -• A + 3E + 4C + lODq

E(5E 5 -- -• v 2C + lODq (3.30)

E{3A2cf) ~ A - SE -r iOOq

Para a configuração cristalina aafc2°" ~ 3T2a + 3 T 1 Q + 1'^2Q +

+ lT, a temos

E(3T2c?) = A - 8B

B(»Tlg) - A + 4B ( 3 > 3 1 )

E(IT2f,) * A + 2C ...1'

E(aT, 5 = A + 4B + 2Clg

Uma comparação entre as duas aproximações pode

ser feita utilizando-se um diagrama de correlação para una

configuração d2, onde levamos em conta dois princípios bã-

sicos:

i) deve existir uma correspondência biunívoca entre os es-

tados nos ÓDÍS extremos da aproximação;

Page 49: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

42

ii) estados de mesma multiplicidade e simetria não

cruzar (regra do não cruzamento de níveis).

1 E

g

G ..-:' • "T«-

3.

i m

• a

TK=-10Dq

IonLivre

íon livre.+ , ~repulsão

interele-trônica

campo campofraco intermediário

acampof o J t e

perturbação

forte

Page 50: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

43

3.6. Campo Cristalino Intermediário

Nos parágrafos anteriores estudamos os dois ca-

sos limites do campo cristalino. No caso intermediário, o

campo cristalino e a repulsão intereletronica são conside-

radas simultaneamente como os termos de perturbação. O tra

tamento rigoroso do problema consistiria em diagonalizar a

Hamiltoniana do sistema na base oriunda da configuração re

lacionada com o problema; este esquema não é utilizado na

prática pois exige um esforço computacional considerável .

Entretanto ê possível equivalentemente tratar a questão por

Teoria de Perturbações partindo do conjunto de funções de

onda do caso limite de campo cristalino fraco ou do caso de

campo cristalino forte, pois os dois conjuntos de funções

de base são conectados por uma transformação unitária nos

dando, portanto, os mesmos resultados. De um modo geral

limita-sé o cálculo a uma aproximação de primeira ordem ob

tendo-se então resultados aproximados.

Para exemplificar vamos efetuar cálculos partin-

do do limite de campo cristalino forte no caso particular

da configuração d2. Como vimos, o íon livre com esta con-

figuração quando colocado neate campo pode ter as seguin-

tes configurações cristalinas fcpcr' t2aeci e eq* Quando

levamos em conta a perturbação (repulsão intereletronica)

temos, o desdobramento dos níveis wostrado no diagrama de

correlação. A medida que os efeitos do campo cristalino e

da repulsão intereletronica vão se eqüivalendo, não mais

podemps desprezar os efeitos da mistura de termos cristali

nos de mesma simetria oriundos de configurações cristali -

nas diferentes. Por exemplo, os dois termos cristalinos3T, que aparecem de t2 e t~ e se misturam provocando o

aparecimento de elementos não diagonais na equação secular

para estados de mesma simetria. Devido ao mesmo motivo ,

teremos elementos não diagonais nos termos cristalinos lA,

e *E .de e* e t| bem como *Tj de t| e t, &„* Estes ele-

mentos, não diagonais podem ser,..calculados da mesma maneira

que os,elementos diagonais.

Page 51: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

44

A solução completa do problema será agora deter-

minada pelo conjunto de equações seculares, uma para cada

representação envolvida. A equação secular para o caso da

configuração d2 está mostrada na Tabela 3.1.22

'A2g

"Eg

lTig

STig

2g

T2g

' t2

e 2

t2geg

2

fc2geg

t 2 ge g

t2geg

10B + 5C - lODq

/£ (2B + C)

-8B + lODq

B + 2C - lODq

- 2/1 B

4B + 2C

- 5B - lODq

6B

B + 2C - lODq

2/3 B -M

/B" (2B +ti

., 8B + 4C +

-

- 2/1 B

2C + lODq

6B

4B

2/3 B

C)

lODq

Tabela 3.1. Matrizes•'de energia para d2.

As equações1seculares para as demais confia:ra -

ções podem ser encontradas na Ref. 22.

3 • 7. Diagramas âe Tanabe-Sug ino

Tanabe e Sugano23 lesenvolveram ufn estudo, por

meio de diagramas, para melhor compreendo da transição en

tre os litnites do campo cristalino. Para tanto, eles cal-

cularam a razão C/B para o Ion livre e*.'supjseram-na válida

Page 52: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

45

t-ara o ion no cristal; desta maneira eliminaram o parâme-

tro C e expressaram as matrizes de energia em termo'dos pei

râmetros B e lODq. Posteriormente dividiram todos os ele-

mentos de matriz, nas matrizes de energia, por B a fim de

calcular os autovaiores da energia, em unidade de B, como

uma função de Dq/B. Estes diagramas, conhecidos como dia

gramas de Tanabo e Sugano podem ser encontrados nas Ref.

19, 22, 23 e 24.

\ Nestes diac amas, o zero de energia é sempre to-

mado como a energia di '.ermo cristalino fundamental. Obser

v«.v-se que as curvas rej. -esentando as energias dos termos

cristalinos associados v uma mesma configuração cristalina

sao sempre paralelas no J. tervalo de grandes valores de

Dq/B. Is%o ê devido ao fc o que os efeitos da mistura de

ccifigurações cristalinas s o pequenas quando'o parâmetro

10 *j é grande comparado ã re. ulsão intereletronica (limite

de campo forte). No outro ca, o limite vemos que quando

10uq tende a zero os estados r incidem com.os termos do

íon livre.

Un?b asp"ecto importante * -4-«=>c diagramas é a mudan

ça do estado-fundamental dado pe*.. ~-~gra dè-Hund (limite de

campo fraco) para uns diferente estaco, fundamental no limi-

te de campo forte. Para configurações o2, d3 e d8 o esta-

do fundamental permanece o mesmo para \od - Dq/B mas para os

outros há uma descontinuidade a ura valox:"d^ Dq/B entre 2 e

3, acima do ^ual o estado fundamental tomasse àquele de-

terminado pelo esquema de campo forte. A interpretação fl

;;ica desta descòntinuidade ê a seguinte: no icaso de campo

fraco a enefgi-a requerida para emparelhar, elétrons no orbíL

i ai mais baixo5 (t, ) é maior que á"'energia necessária para

transferir "um elétron do orbital-' /fc2cí para o, orbital e . No

é ã-~ /i«» namitn f o r t e , a separação* t g - e é tão grande queso. requer «Menor energia para se'-'emparelhar e lé t rons no or -b i t a l mais baixo t - do que premovê-lo para o o r b i t a l mais

e . } i I s t o e s t a esquentatiz'edo na figura^ 3,6.

Page 53: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

46

_ I _ | _ J e !2g - H - 1 N'2 - H f i - *2g

e _ —

t

•m- ^ -m

+H- s -mtt J

Fig. 3.6. Diferentes estados"fundamentais nos dois casos

i;.mites de campo cristalino. <

3.8. Orbitai? Moleculares

Apeçar do sucesso encontrado oom a utilização da

teoria do campe cristalino na aproximação de cargas pon-

tuais, especialmente no estudo das bandas espectrais d-d de

complexos metálicos octaêdricos, encontra-se nela aspectos

extremamente filhos. Em primeiro lugar, se em vez de car-

gas pontuais usarmos um mode3x> iônico que leve em conta o

tamanho finito dos átomos, ele nos dará uma inversão nos

níveis t2cr « e acarretando um erro no sinal do parâmetro

do campo cristalino lODq. Em segundo lugar, é impossível

entender-se a série espectroquímica em termos de um modelo

puramente pontual. Finalmente, existe uma série de expe-

riências prezando a existência de um certo grau de ligação

covalente em complexos tíe metal de transição. Embora algu

mas destas discrepância^ possam ser explicada); por meio de

modificações na teoria do campo cristalino ê, no entanto,

possível estudar estes complexos de uma maneira autoconsi£

tente por meio do modelo SCF-LCAO-MO ou, como veremos no

Page 54: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

47

próximo capítulo, por meio da recente teoria do Método do

Espalhamento Múltiplo na Aproximação Xct.

Orbitais moleculares são orbitais monoeletrôni -cos deslocalizados sobre tndo o complexo em estudo. 0 fundamento teórico desta teoria reside no método do campo au-to^onsistente >e Hartree ou de Hartree-Fock. Estes orbi-tais molecular' 5 são fornwüos por combinações lineares convenientes de oi >itais atôiricos dando origem ao chamado mé-todc LCAO-MO ("Linear Combination of Atomic Orbitais - Mo-lecular Orbitala") .

y

Como exemplo, cc isideremos uma molécula consti ~

tuída de dois ãtomos A e I com orbitais atômicos <(>A e <j>B ,

respectivamente. 0 "LCAO-.íO" neste caso ê

(Í.32)

onde A e B são coeficientes numéricos.

Por simplicidac consideramos ty orbitalmente não

degenerado e que a molécula tem 2 elétrons acomodados nes-

te orbi tai , is to ê, uma configuração de camade fechada. A

equação de Schrõdinger do problema ê

onde % ê a Hamilton!ana monoelr trônica e e a energia do

orbital 4>, dada por

("3.33)

A c o n d i ç ã o de n o r m a l : z a ç ã o de ( . 3 2 ) é

tf + B2 + 2ABS = 1 Í3 .34)i

onde S « <<|)AJ<j)B> l a integral de recobrimento.

Usando o principio variaeional, vamos var: ar A e

B submetidos ao vínculo (3.34) e ijnpondo a condição de mí-

nimo para e determinar a equação secular do probleira; o

Page 55: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

48

sistema de equações obtido ê

A(e - e) + B(3 -Se) - 0

A(6 - se) + B(e,, - e) = 0(3.35)

onde eA "

B =

eB =

sonância.res-

Para que o sistema (3.35); tenha solução não tri-

vial ê necessário que o determinante formado pelos coefi -

cientes de Á e B seja nulo, ou s'eja"

detp ""

S-Se- o

l"(eA-e) (eB-e) - (3-Se)2 * 0 (3.36)

Como o segundo termo de (3.36} é positivo, o pri_

meiro forçosamente o será. Isto significa quê temos

encontrar

Se assumirmos e, > £„ podemos, resolvendo (3.35),

(B a|A a) 2

b. b 2 (3*37>

É claro, Jev:. (3^37) f que como ea > e > e R > e de

bJBbvemosbter (Aa|Ba)2 - 1 e (A JBb)2< 1. Os dois orbitais mole

cularesii|) e sãSi Vt a

energias £ e e < E são chamados de

Page 56: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

49

orbitais antiligante e ligante,, respectivamente. O orbital

antiligante contêm grande mistura (A a) 2 do orbital de alta

energia e a e o orbital ligante uma grande mistura (B ) 2 do

orbital de baixa energia cD.

Ê conveniente reeserever as expressões (3.32) ,

para os orbitais antiligante e ligante, na forma

(3.38)

\U st M '* {A + "V $ )

b B ' A

onde A = - Ba/Aaf y = A /B e as constantes de normali-zação são

N = 1 - 2AS + A2

a ( 3 . 3 9 )Nb - 1 + 2YS + Y*

O estado fundamental do sistema será, obviamente,

uma configuração com os dois elétrons colocados no orbital

ligante. Portanto, este estado fundamental é um singlete

e a função de onda será um único determinante de Slater

* = |*b+*

b+| (3.40)

Substituindo (3.38), a equação (3.40) fica:

(3.41)

Nesta equação, o primeiro termo representa o es-

tado em que os dois elétrons estão localizados no átomo A.

Este estado corresponde a uma configuração puramente iôni-

ca. O 29 termo representa o estado em que os dois elétrons

estão deslocalizados nos átomos A e B; como ao átomo A cor

responde £A > e B diz-se que houve uma transferência cova -

lente de um dos elétrons do átomo A para o átomo B. Este.

termo pode ser interpretado como correspondendo a tuna "con

figuração" covalente em que o elétron transferido faz uma

Page 57: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

50

ligação covalente com o outro elétron de spin opost' 0

39 termo representa o estado em que os dois elétroi- são

transferidos para o átomo B e pode ser desprezado :•.- o pa-

râmetro Y for muito pequeno comparado cem a unidade.

Apesar de ternos tratado o caso simples da uru?

molécula constituída de dois átomos, podemos facilitate FS_

tender estas idéias para o caso de, por exemplo, um :oirple

xo xy6 onde x ê o ion cen>ral e y os ligantes. Aqui fy ê a

função de onda do orbital srtencente, digamos, a revresen

tação t~ do grupo do octai ro; j>,, a função de onda to íon

central e <{>_, uma combinação e funções de onda centradas

nos ligantes.

Façamos agora algun-i comentários acerca da .-ran-

deza dos parâmetros X e y. Km omplexos xy6 de caráter

principalmente iônico, os elétr. ; ficarão predominar).uimen

te ou no íon central ou nos ligai ,3s. Isto implica qv.% a

integral de recobrimento S é pequ< a comparada com a i;nida

de e que a integral de ressonância f: ê pequena compar&ia ã

diferença e A - eB, Se tratarmos S, B/s -e R, A e y como

quantidades pequenas em 1. ordem e õ:-?;prezarmos os demais

termos, da ortogonalidade entre os orbitais ligantes e an-

tiligantes ^ a e ty' tiramos que

A = S + Y (3.42)

e por meio da substituição de (3.3?) na eq\c..'o secular -

(3.35} encontramos

YCB ~ CA

(3.43)

^.-ilis!

Como a integral de recobrimento S não e zerc,. a

def jniç-ãc õo covalência necessita ficar mais clara. Êm com

plexos ipur 'i'.ente iônico nao há transferência de carga cos

Page 58: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

51

ü i-ara o. ion .central e portanto y ~ 0 ... No entanto,

de (3.42), vemos que À ~ y + S - S não é nulo para os or-

bitais antiligantes nos mostrando que recobrimento e cova-

lência são dois conceitos físicos oiferent.es.

Do conhecimento das funções de onda, obtidas pe-

lo método de Hartree ou Hartree-Foek, dos átomos x e y e

possível calcular-se, conhecencio-se <í'ó e us ando-se as equa-

ções (3.37) t (3.42) e"'{3.43>, os coeficientes de mistura >

e YÍ o recobrimento S i? as energias ta dos varies orbitais

antiligantes, resolvendo portanto o oroblama.

Façanos agora comparações entre a presente teoria

e espectros óticos observados experimentalmente. Para is-

so, discussões qualitativas serão feitas a respeito da in-

tensidade e da largura de linha de transições Óticas entre

termos, isto ê, multipletos de um campo cristalino. No fi-

nal, um exemplo ilustrará estes conceitos.

a) Intensidade

Consideremos inicialmente transições entre ter~

inos cristalinos de mesma multiplicidade de spin que são

chainados.de combinações intva-sistamas. Como estes termos

têm paridade par, a .transição dipolar elétrica, que 5 pro-

porcional ao quadrado dos elementos de matriz do momento

dipdlar elétrico P ~ -e I r., são proibidas pois a parida-

de P e ímpar. Esta. regra de seleção e chamada de regra de

seleção por paridade. Esta regra é violada se a simetria

cúbica do sistema for ligeiramente distorcida ou pelá"pre~

sença de um campo fraco de baixa simetria de paridad!é Impar

ou se ela ê instantaneamente distorcida pela presença de

vibrações da rede em certos modos. Este campo-de paridade

ímpar mistura estafios de paridade par cora estados de pari-

% ímpar, resultando elementos de matriz do momento dipo

Page 59: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

52

lar elétrico direrentes de zero. A força de oscilador -des_

ta transição é aproximadamente 1Q~\

Para combinações intra-sistemas, transições dipo

lares magnéticas e transições quadrupolares elétricas são

geralmente permitidas com forças de cscilador respectiva -

nente 10~6 e 10~7 aproximadamente.

Consideremos agora as transições entre termos de

diferentes multiplieidades, que são chamadas combinações

inter-sistemas, Como os momentos dipolar elétrico, dipo-

lar magnético e quadrupolar elétrico têm elemento de ma-

triz nulo entre estados de difere: tes multiplicidades de

spin, as combinações inter-sisteinaa são proibidas. Esta re_

gra de seleção ê chamada regra da seleção de spin. Sua

violação ocorrerá quando a interação spin-Õrbita for leva-

da em conta pois esta interact ::onecta termos com spins

resultantes S e S1 onde jS-S'; = 0, 1. Portanto, o termo

com spin S pode ter pequenas componentes dos termos com

spin S+l se a interação spir -órbita ê considerada, e a pre

sença destas pequenas componentes relaxa a regra de sele -

ção de spin dando origem a transições "proibidas" S ^ S ± 1

para transições envolvendo um foton. A força de oscilador

das combinações intra-sistemas para <s transições dipolar

elétrica, dipolar magnética e quadrupolar elétrica são re£

pectivamente 10~7, 10~9 e 10"10 aproximadamente.

P. ra comparações entre .este teoria e a «xperiên-

cia ê tF.iüêm importante salientar o fato que, se os termos

cristalinos são oriundos da configuração t, e^f transições

ot-'cas são proibidas entre termos de t£ e™ e t n~ ke m + k on

.^. ]k i à 2. Esta regra de seleçlo ê c tamada regra de se-

leçãc de configuração que não ê mais v ilida quando teaos

misturas apreciáveis de configurações.

b) Largura das linhas

Cor 6 vimos anteriormente (vide o diagrama de car

' relação) as se; arações entre os níveis proveniem.tes de ujfca

Page 60: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

53

mesma configuração cristalina são sempre independentes do

parâmetro do campo cristalino 10Dq na aproximação de campo

forte enquanto que os níveis oriundos de diferentes confi-

gurações cristalinas contêm sempre este parâmetro. Isto -.

nos sugere que as energias de transição entre termos cris-

talinos provenientes de uma mesma configuração eletrônica

são independentes de flutuações causadas por vibrações da

rede (que afetariam o valor de 10Dq) enquanto que transi-

ções entre termos pertencentes a diferentes configurações

têm uma certa distribuição correspondente a estas flutua-

ções. Portanto, devemos esperar a observação,de bandas lar-

gas em transições envolvendo termos provenientes de dife-

rentes configurações e bandas .estreitas no caso contrário;

Ilustremos estas análises com um exemplo elucidativo.

Um exemplo: Mulfcipletes no

Estudemos o espectro do AI2.O3 contendo Cr 3 + como• - • • - • . • • , . " ; '

impureza,.,. O espectro de absorção, observado na região do

visível está mostrado na figura 3.C,

15 20 25

n9.de onda (xlO""3 cm"1)

Fig. 3.6. Espectro de absorção do ruby; E .1 C3 (a)

B //C3{a)

Page 61: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

54

e nos mostra duas bandas largas U e Y, três bandas estrei-

tas R, R1 e B e uitia banda relativamente larga Y! na região

do ultravioleta. As forças de oscilador destas bandas de

absorção são estimadas através dos coeficientes de absor-

ção k(v) usando a relação

me ff = j k(v)dv (3.44)

onde N é o n9 de centros de absorção por cm3 e v a frequên

cia medida. JUma es t imat iva grossei ra de f consis te em subs

t i t u i r a express&o (3.42) p o r k r , .Av assumindo forma gausmax —siana para a curva âe absoreco onde k - é o coeficiente de

^" max

absorção no pico de absorção e Av a largura a meia altura.

Por meio desta estimativa encontramos que as forças de os-

cilador das bandas largas são da ordem, de 10"*' enquanto

que .para as bandas estreitas elas são da arde» de 10 6 a

10"7. Através de medidas com luz polarizada coníirma-se -

que as transições responsáveis por este espectro cie absor-

ção são do tipo dipolar eli 'trica.

Considerando este:-, fatos, podemos concluir que

as bandas de absorção são devidas ãs combinações intra-

sistemas e as linhas estreitar devidas às combinações in-

ter-sistemas. Observando o diagrama de Tanabe-Sugano pa-

ra configurações d3 f podemos achar três combinações intra-

sistemas

h g A2g t2geg T2g' *2q*« a ig e t2geg Tlg

e três combinações inter-sistemas

H* A2g Y fc2g Lgf fc2g ' ig Ê Hq T2g

Estas conclusões estão esqueraati^adas na tabela

a seguir.

Page 62: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

55

Absorção

linha

linha

banda

linha

banda

banda

R

R1

U

B

Y

Y1

t3

2g

Transição

^g - %

"" fc2g

* fc2ge

* t 2 g '

• * fc2ge

l r r ,

'g

"gS2

'g

g

i g

'T2g

T 2 g

" T i g

i g

Para obter-se um bom acordo quantitativo os valo

res da lODq, B e y = C/B, para este case, foram respectiva,

mente 17.000 cm""1, 700 cm"1 e 4,0. Observa-se que a banda

Y está associada com uma transição de dois elétrons e pode

ser explicada por causa da mistura de configuração entre os

temos t j g e g *Tlg e t 2 g e g "T^ .

Page 63: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

57

CAfcÍTULO IV

O MÉTODO DO ESPALKAMENTO HOLTIÍ-LO

4.1.

Desde algumas décadas existe grande interesse em

descrever quantitativamente a estrutura eletrônica de ma-

cromolóculas e sólidos.

0 netotío autoconsistente de Hartree-Fock utili -

zando orbitais moleculares construídos como combinação li-

near de orbitai» atômicos (método SCF-LCAO-MO) é por de-

mais complicado e custoso em termos computacionais quando

aplicado a sistemas poliatômicos de muitos elétrons. Isto

rp^ulta da necessidade de se adotar um conjunto com muitas

funções de base e de se ter que computar integrais de mui-

tos centros.

Slater25 sugeriu uma solução para o problema que

consistia em usar a aproximação estatística Xct para o ter-

no de troca aliada a uma aproximação "muffin-rtin" para o

potencial. Seguindo esta sugestão, combinada com o" método

da onda espalhada de Korringa26, Kohn e P.ostoker27, Johnson,

em colaboração com Smith2 8~3 **, desenvolveu o método do es-

palhamento múltiplo, um novo procedimento teórico para o

cálculo de estruturas eletrônicas de moléculas poliatômi -

cas e sólidos.

Este método tem as seguintes características:

ai ele nos leva a soluções tão ou mais precisas que o meto

do SCF-LCAO-MO sem necessidade de um grande tempo de

computação.

b) possibilita a convergência rápida característica do mé-

todo das ondas parciais.

c) é um método de primeiros princípios mas com a flexibil.L

dade dos métodos semi-empíricos através da incorporação

de alguns parâmetros ajustáveis.

Page 64: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

r?) não é necessário tratar-aé'os proMores cie elétrons de

camadas internas e GO valentia ou elétrons er lica<-,:ôes

c e 7T õifcrer.tenente b«?m cora rlenprez^r-srí sua? intera-

ções; ambos são tratados autoeonsistentenente cor.o par-

tes do nesno cálculo.

4.2. üMétodQ SCF-Xf. ÔÕ Onda Espalpa

Vamos aaorn descrever qu.intd tativanient-o o método

do espalharaente múltiplo. rara isto, dividamos' a r.ioléeula

ou cristal em estudo, do \IX\P-. maneira arbitraria/ en aylomc

rados ("clusters") de átomos, 7 figura 4.. r nos pbst-ra un

aglomerado molecular rror:.)osto *le .? âtorios. ' iy-e.s-p<iÇo de u.*n

agloinerano ê gpometricamento dividido pm 3 re.ní&déi

região I ou reqi,ão atônica - a reaião dentro das esferas

centradas nos ãtomos que constituem a molécula.

região II ou região intoratômica - a região entre as esfe-

ras atômicas c a esfera externa qus envolve toda

^,molécula.

região III ou região extramolecular - a região exterior ã

• '•- esfera externa.

Fig. 4.1. Aglomerado molecular e

sua divisão em regiões I (atômi-

ca) , II (interatoroica) e III

(extramolecular)„

O nosso objetivo principal e resolver a equação

de Schrodinger irionoeletrônica do sistema na aproximação Xo

(escrita ei" unidades atômicas)

(4.1)

para o spin-orbital u. (I) G O autovalor ?.., submetida às

dições de contorne do aglomerado, que são a continuida-

Page 65: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

59

de da função de onda e de sua derivada na superfície de ca

da esfera, incluindo a esfera externa. Estas duas condi-

ções de contorno podem ser expressas em uma so, que é a

continuidade da derivada logarítmica da função de onda. Na

equação (4.1), Vy, ê o termo de troca local sugerido por

Slater cuja expressão, como vimos no capítulo II, 5

v íi) = -• fifti—- o n ) i /s IA ?^•- J

onde

P++ = l n^.^íDu^U) (4'3)

A solução numérica da equação (4.1) ê simplifica,

da utilizando-se a aproximação "muffin-tin" para o poten -

ciai (V, + V.. ) . Nesta aproximação, fazemos uma média es-

férica no potencial dentro de cada esfera d s região I bem

como na região III e uma média de volume de potencial na

região II. Desse modo teremos um potencial esfericamente

simétrico dentro de cada esfera da região I, constante na

região II e esfericamente simétrico na .tegião III. Ê esta

aproximação que possibilita a rãpida convergência da expan

são em ondas parciais das funções de onda soluções da equa

cão (4,1) nas regiões do aglomerado, fazendo com que ape-

nas alguns termos desta expansão sejam importantes.

Em cada região, temos;

região I _+R - po.-:ição do centro da esfeo ~-

ri externa

R •* posição do centro da p-ésiP

«ia esfera

b - raio da esfera externa

\ - raio da p-êsima esfers

o0

Dentro de cada e?;era atômica p, os spin-orbiuais

são expandidos em relação y.o se.i centro em ondas parciais na

forma

Page 66: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

V j { r r ) - i C . ^ J - V T • ' ^ . ü . 1 ' - a r a , ' r , < ;:•.. Í - 4 . - Í )

• . n ' '

on ao

o -••>•' c.r i jr5 "aí. c i e i->• •+

r - r

O1,.' = coef ic ien tes Ce, e:-.':-or.••••.o-'-. e;v. or i cia:: r-arciais a scrc;.i

determinaoau •.;ua:iL.fj i"u"Ui3er!"O'-i Ü.S roncíiroes de co;':-

torno do ev}!onerado

u' (r , e) = ÍO1'..;CÕC" --.a ecvuvac de Schroaintier r a d i a l<. p • • •

1 c c ;. K + : i' r ' — — + V ' ( r ) - ;; u p ( e , r ) - 0 (4 .55: r 5 d r c r r x ' ' '

para o potoncinl os feri car .ente sinétrico v" (r) . Ustas fun-

ções radiais dever ser finitas na erigem r^ = 0 de cada es

fera atômica o sTac ca l cu l a i s ^or integração niariérica ca

equação de Schrõdinc-^r o.jra caõa onda parcial l a cada va-

lor atribuído tentativcir^cn^-.c a e .

região IIJ . :

,'\a região e>;trar,.circular, os spin-orbitais sao

expandidos cor reapoi^c ac centro de aç1orcerado na repre -

sentação de ondas parciais

4^TTT(r ) - • c,,,u,{r ,z) \-r (r ) para b c r <« (4.6-I I I o .;..>. o *.r.í o o o

onüt: u. {z ,x ) sao soluções da eaeaçíío de Schrõdinger ra-

•dir., aisulanuo-sc no infini to, de naneira análoga à equa-

ção '4.i;< i-.nra o potencial esJ!ericamente simétrico da re-

giãc ' I I . V-.1.1 r = r - r. e c\% coeficientes da expa:i-

?^o e. ondas _ rciais a screw determinados com as condições

de con rno do ^ 'operado.

Deve-se c servt - que as funções de onda nas re-

giões I v ' I I são coin;, •'nações lineares de produtos de jm

Page 67: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

61

harmônico esférico por uma função radial já que, embora o

potencial seja esfericanente simétrico, a Hamiltoniana do

sistema não o e. Tal escolha implicará numa convergência

rápida, característica do método das ondas parciais.

região II:

Na região de potencial constante a equação de

Schrôdinger se reduz ã equaçãn de onda

[Va + E - V j - j ^ j t r ) = 0 (4.7)

onde V-,. = média dos potência's na região inter-atômica ãa

do por (se íí__ representa o volume in ter-atômico) . [

1 f • + !

VTT = .! V(r) dr

A equação de onda (4.4) apresenta 2 casos d i s t in

tos £ > V-J..J. e e < V- j . Estudem-los em separado.

19 caso: £ > VTT

Definamos k2 = e - VJT • *ssim a equação (4,7)

fica

[V2 + k^^jír) * 0 (4.8)

£ familiar o fato de que a solução da equação

(4.8) pode ser e s c r i t a como uma combinação l inear de p*Qdu

tos entre um harmônico esfér ico e as funções dt; tíessel e

de Neumann esfér icas sendo cada produto uma solução inde -

pendente do problema. O comportamento ass in tó t ico destas

funções é:

lim j (2) = . (4.9)z-*0 * 1.3.5 . . . (2A+1)

Page 68: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

G2

lim j£(z) = - cos{z

(4.10)

(4.11)

1 i, + .1lim n 0 (ss) = ••' sen (a • IT) (4.12)

e nos mostra que a função de Bessel esférica é regular .na

origem o que não acontece com a função de Ueumann esférica

embora o comportamento de ambas seja regular quando seus

argumentos tendera a infinito. . Assim sendo, a solução de

equação (4.8), escrita na representação muiticêntrica de

ondas parciais, ê dada por35

/A TI í \* V \ V ( V "i -i- \ 7* *í (%/T T~ I V 1 T* \ f / °í "í i

" " A Q^ P A ' í y - ^ A O AOp A A

o fato de termos j r (kr ) deve-se a r poder ser nulo

(região II contendo a origem); apesar do primeiro termo nun

ca ser calculado na ori.ger. das esferas da região 1 apenas

as funções de Neumann aparecer; {isto ê devido ãs condições

de contorno do problema) e não as funções de Besse.1. Na

eq. (4.13) Z conter todas as esferas atômicas do aglomera-P r o

do, onde X e s. abreviatura de (£,m); A\ e A, sao os coefi-

cientes''da expansão érc ondas parciais relacionados com os

coeficientes c? e c?"'d& dv e ^ . j . por meio das condições

de contorno do aglomerado. Estas relações são31

ri - ~ ft'Jfl

LU{ l / J - , ' I ' f * M p \r**J _ / J v * ^ ( 4 . 1 4 ^

P _ ^ r • /! ,!- . \ P / l S T P / A t ~ \

A ."'oressão entre colchetes dí? {4.14 e (4.15),

conhecida como w. ^nskisio, é definida po:

Page 69: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

63

dB'x) âA(A(x) E(x)

dx dx

Podemos interpretar o pr?,ineiro terno da expres-

são (4.13) como c idas esféricas progressivas emergente?.- es_

palhadas pelas fòferas atômicas e o segundo termo como sn-

das esféricas progressivas incidentes P-TO direção ao cen-.ro

da esfera externa, espalhadas pela esfera externa do aç o~

•"" ">•••* •=><?. O .

Devido ao fato de termos a funçv'o de onda na re-

gião II expressa em termos de várias varia'eis, ela se fcor

na de difícil aplicabilidade. 2 necessário antão fixarmos

nossa atenção era um particular átomo q c, aglomera io e

escrevermos esta função de o.nda, próxima ã 20tora ronresen

tativa deste átomo, em função apenas de coordenadas a ele

referentes» Os cálculos detalhados destas transformações

estão feitos na Ref. 35 e encontramos

A A

(4 16)

onde N é o número de átomos âo aglomerado.

f= Idii Y o i , (r) YT , (r) v (r) (4«\3)

;

é a integral de Gaunt. ••'•-' ''y

A matri2 G definida por (4.17.) so di penc-a da geo

metria do cristal e da escolha dos eixos cooxdem: ios.

Vamos agora impor a continuidade da c<? eivada lo-

garítmica da função de onda definid^por (4.17) em um pon-

to imediatamente fora da q-êsima ester--» com a derivada Io

garítmica da função de onda definida r >r {4.4) em um ponto

Page 70: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

imediatamente• dentro desta esfera, para cada. l,m. No caso

da esfera q ser uma das esferas atômicas, a condição ê

rcT&q r dir ir =bi ' q' ' q q

se a esfera q for a esfera externa,, temos

1 d*III

Fazendo estes cálculos encontramos

Cu|(bq/e),J£(kbc

Cjoikb, o,

",\

_ o

I I.\8 p=0

G q p

A A

À X

Definindo

V

equações (4.21) e (4.22) ficam sendo

(4.19)

(4.21)

(4.22)

(4.23)

(4.24)

Li L,

,qp

=1 I G° P

A1 p X A

(4.25)

(4.26)

Page 71: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

65

Resumindo as expressões (4.25) e (4.26) temos

Esta expressão constitui a equação secular do método do

espalhamento múltiplo e só possui noluçao não trivial quan

do o determinante dos coeficientes A\, 5 zero, ou sejaA

det[t , 5 5X, - (1 - í r n ) G r . t ] - 0 (4.28)Çf A pÇf A A p Q A A

Toda a dependência na energia está contida na matriz t. Co

mo não conhecemos a dependência funcional em e desta ma-

triz, a solução (4.28) ê procurada através de um método de

tentativas que consiste em atribuirmos diferentes valores

a este parâmetro, considerando aqueles que anulam o deter-

minante.

No caso do aglomerado possuir simetria, podemos

simplificar a equação secular ao expandirmos as funções de

onda nas regiões I, II e 111 err combinações lineares de

produtos de harmônicos esféricos e funções radiais centra-

das em pontos equivalentes do aglomerado que constituem b<a

ses para as diferentes representações irredutíveis do apro

priado grupo de simetria. A dimensão da matriz secular pa

ra uma dada representação irredutível ê igual ao numero de

funções de base usadas nesta representação e é considera ~

velmente menor que a dimensão da matriz secular original ,

definida em (4.27), especialmente no caso do aglomerado pos

suir simetria alta.

Determinados os autovaiores e de energia podere-

mos agora calcular os coeficientes A? e A? por meio datí

equações (4.25) e (4.26) e portanto a função de onda na re

gião II. Usando-sa as relações (4.14) e (4.15) calculamos

os coeficientes c e c e as funções de onda na regia'

atômica e extramolecular ficam determinadas.

Page 72: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

66

29 caso; e <

Neste caso, a equação (4.7) tem a forma

(4.29)

onde K2 = V_... e 5 ura número posit ivo.

A única diferença entre a equação de onda (4.8)

para e > V__ e a equação cie onda (4.29) para e < V está

na i n s t i t u i ç ã o de k por ±Y.. Desse modo, a expansão em

ondas parciais {4.13) da função de onda Í|Í envolveria fun

çoes esféricas de Bessel e de Neumann de argumentos imagi-

nários. No entanto ê mais conveniente usarmos28, no lugar

destas funções, as funções esf.êricas de Bessel e de Hankel

associadas, cujas definições e comportamentos assintõt icas

são

i£(x) = -r ' j

( 1 ) (x) = i,, (x) + iir. (x)

sendo m{(x) a função esférica de Neumann associada

x

x->0

lim y.\l) (x) =x+0 *

1.3.5 ... (2Í+1)

l.i.3 ... (2JÒ-1)

lim i j {>:) =exp x

2x

lim (x) = (-1)^ exp(-x)

A solução de (4.29), na representação multicêntrica de on-

das parciais, será, por analogia com a equação (4.13)

Page 73: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

67

) ( 4/ 3 0 )

onde os coeficientes da..expansão B-, e B-, estão relaciona -A A

dos com os coeficientes c? e c, das funções de onda inter-

atômica e extramolecuiar, por

i (Kb ), uf(b .e))cf (4.31)A- p X. p A

B° = (-U^KbjTuJíb.e), k {«(Kb Mc? (4.32)A O K O JC O A

Fazendo cálculos análogos ao caso anterior, en

contraremos a equação secular do problema

A ,p *• • ' - • "

onde

: —ryp 5 ' (4*34;

x . 14.35)

U' = 41T í V*1»1!**) YLm..m(RM) ^1 }Í"\J (4.36)

Encontrada a equação secular do problema, apli -

cam-se as mesmas considerações feitas para o caso anterior.

Comentários sobre o Método do Espalhamento Múltiplo

0 método do espalhamento múltiplo, na aproximação

Xcc, foi inicialmente proposto20 para descrever moléculas po

liatomicas e aglomerados compostos de itomos de muitos elé-

trons, onde os tradicionais métodos de primeiros princípios

Page 74: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

da química quãntica e da física do estado solido teórico

eram difíceis e custosos do ponto de vista computacional -

A comparação deste método cons o tradicional método LCAO-WO

usando as equações de Hartree-Fock indica que êle ê mais

rápido computacionalmente de um fator da ordem de 100 a

1000 vezes.

No entanto, este método esta também sendo aplica,

do a um grande número de moléculas de estruturas mais sim-

ples com o objetivo de determinar-se o seu grau de preci-

são, jã que tais sistemas, quando calculados pelo método

LCAO-MG, forneceram resultados bastante precisos.

v •

... \

Vi

Page 75: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

69

CAPÍTULO V

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nos últimos anos o Método Autoconsistente do Es-

palhamento Múltiplo na Aproximação Xa (SCF-MSXa) tem sido

extensivamente usado no estudo das estruturas eletrônicas

de complexos de Ions úe metais de transição.36""39

0 tratamento de tais complexos por outros méto-

dos, como o método SCF-LCAO-MO1*0""1*l , requer formulação ma-

temática "complexa juntamente com um tempo de computação ex

tremamente grande levando a resultados em geral não melho-

res que os obtidos pelo método SCF-MSXa.

Neste trabalho estudamos a estrutura eletrônica,

transições óticas o ternos cie contato do complexo [CoFg]1*""

nos cristais cc- LiF e df; iC'c-F? usanôc o método SCF-MSX.-,. .'\

simetria local da iny-urczu e 0h F> e.~t-:; c-omplexo, represen-

tado na fig. l y-or «:rt .'íterVio yar -fitírit.e iÔnicc, consiste do

íon Co ' <-•> seus prime- > ro15 vizinhos, sei? Ions õa V . O c<vn

piexo considerado tem uma carga total negativa -4 e assim

sendo, sua estabilidade é devida ã matriz cristalina; uma

aproximação freqüentemente utilizada consiste em adotar um

poteficial de estabilização, originalmente sugerido por Wat

son*2, substituindo-se o potencial devido ao resto do cris_

tal por uma carga ("carga de Watson") uniformemente disfcri

buída na superfície da esfera externa de tal maneira que o

sistema seja eletrostaticamente neutro.

5.1. Estrutura Eletrônica e Transições Óticas

Vamos agora determinar, separadamente, a estrutu

ra eletrônica dos dois complexos e, a partir dela, calcu -

lar teoricamente suas transições óticas. Para isso usare^"

mos o método SCF-MSXa nas' suas versões de spin nao polari-

zado e de spin-polarizado.

Page 76: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

70

A) Complexo CoF6 no LiF

O n-.étO'-'1'"! ÇCF-MPXOÍ é ur1 esquema de primeiros pri n

clpios exceto por una escolha nao 'inívoca cios raios clan es

feras "muf fin-tin". Ho cálculo da inii-'ireza Co2"*" no LiP ,

primeiramente adotamos o procedimento padrão para a esco-

lha dos raios das esferas; os raios da esfera do Ton cen-

tral (Co2+) c dos ligantes (F } foram escolhidas propcrcío

nais aos seus raios .tônicos'"3 respeitando o vínculo impos-

to pela distancia cation-an I'm (3.80 ula.) no cristal c in

pcndo-se a condição da esfera central íiangenciar as esfe-

ras dos ligantes; a esferi externa ío.i:'"eííco2v id.,t de tal Sox

ma a tangenciar as esfej;as cios ligantes. Os valores usa-

dos neste primeiro cálculo, o .parânetfò c: incluído, são da

dos na Tabela I. Se observarmos a ritfj 3, notamos que ' a

configuração eletrônica íundanental do sistema e aquela pr€

vista pela teoria do campo cristalino na aproxinação de can

po fraco ou seja, (t2q-f^ 3 !G^t' 2 í1:2cfP '' 'ec- -' ° •' o n d c ° símho:2cfP

Io * significa orbital molecular antiliqa?'te. Desejando -

calcular o valor experimental correspondente â transição 5

tica de menor energia do sistena (£• - S.000 cm"1 na Tabela

TI)1** adotamos o conceito de estado de transição ao calçu-

iarmos a diferença de energia Ac = [e(e . 5 - e (-OCT-J- V •na. 5

configuração fundamental do sistema. Vaie salientar ^ue

as transições óticas apresentadas na Tabela IIf determina-

das por Hall et a l . M , fpram interpretadas como-.sendo tran

sições entre termos cristalinos provenientes ãa : conf igurja-

ção 3d7 do Co 2 + não se observando transições de.transfe^ên

cia de carga (2p8F~ •* 3d.'Co2 + ) . «•

Larson e Connoly33 discutiram o significado de

comparar o valor desta transição calculada teoricamente con

a deter.-rjnada experimentalmente,, uma vez que o método sfcr-

MSXa fornece um esquema irsonoeletrônico enquanto que a tran

sição observada é interpretada baseando-se num forma li sírio

multieletrônico. Esta:-transiç5o teórica deve estar tela -

cionadc- co,n! a diferença entre as médias ponderadas de 'è'ner

gia dos nmltipletes oriundos das duas configurações crista

Page 77: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

71

" Lnas? envolvidas na transição onde o peso, para o cálculo

: css?. nédia, ê a detjenerescência do nultinlete cristalino.

0 resultado obtido para 6 foi 4719 c1.:"1 usando

'•.rarga de V.'atson" +4 e +5. O fato de usarmos "cai'ja de

-.tnon" +5 provoca apenas um deslocamento uniforme no-.- nl-

"-•ir. de energia. ?. primeira e segunda linhas da Tabela TL.

••'. Jj-csnntan *as cargas dentro das esferas atômicas bem coniv

•Í.-: cargas nas regiões inter-atômicas e extramolecular. Una

coniriaração destas cargas coin as cargas dos ions em um mode_

.'!'•< puramente iõnico nos indica una discrenância sensível .

'"•-• iserros a hipótese razoável de admitirmos a carga da

<-.r;fera externa pertencente aos íons de flúor e &. carga da

região inter-atôrica distribuída eeruitativamenfce entre os

Ions de cobalto e de flúor, 'teríanos como resultado o com-

lexo rco+z *8 6F~ : • : s ] ' * ~ que pode ser conparado ao complexo

-urarsnte iônico [Co2+F~llk~. Este resultado evidencia, a6 * ~ ~

lêri de uma diferença sensível com relação a uma configura-

ção puramente iônica do complexo, uma transferência de car

'jo. "netal para ligante" incompatível con o modelo de cova -

ier.cia fraca1*5, fisican^ente razoável, adotado usualmente pa

ra tais complexos, no qual deve haver uma pequena transfe-

rência de carga "ligante para metal". Além disso, o valor

calculado para 5 é bastante discrepante do observado. No

entanto, este resultado pode em principio ser modificado se

levarmos err consideração dois aspectos físicos do problema:

.:•' Li e Co 2 + têm aproximadamente o mesmo raio iônico"3 ,

o.6 8 A e 0.72 A. respectivamente, mas diferentes ele-

tronegatlviclsdos1*3 f i.o e 1.8 respectivamente. Portanto

o natural esperer-so crue haja, num modelo de covalência

fraca, uma quantidade de carga transferida dentro da es

fera do Co 2 + maior do gue na esfera do Li+. Pode-se en

tender este aspecto do problema dentro do esquema de

campo ligante considerando-se um grau de covalencie,. ÍTH

tre o cation e os ligantes, maiofc no caso do Cc a +. Den-

tro da aproximação "muffin-tin" para o potencial, a üni

ca naneira de impor um aumento na transferência de car-

ga para o cobalto ê aumentar o raio de sua esfera man -

Page 78: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

72

tendo-se os vínculos previamente mencionados. Em ou-

tras palavras, o ponto essencial que desejamos frisar ê

que, devido ã diferença de eletronegatividade entre Li

e Co 2 +, não se pode ter valores próximos na escolha dos

raios "muffin-tin" para estes dois íons. 0 raio da es-

fera do Co 2 + deve ser sensivelmente maior do que o cor-

respondente para o Li . Mo procedimento padrão (propor;

cionalidade aos raios iônicos) não é isto o que ocorre,

portanto uma correção neste sentido deve ser adotada.

b) Devido ã substituição do Li pelo Co 2 + é de se esperar

uma atração eletrostâtica dos ligantes provocando uma

relaxaçião do complexo em direção ao íon central. Este

fato justificaria efetuar-se cálculos variando a distân

cia catioh-anion do complexo.

Evidentemente para ambos os processos temos para

metros livres que podem, em princípio, ser ajustados com o

objetivo de se reproduzir teoricamente o valor experimen -

tal da transição 5. Este procedimento fenomenológico é jus

tificável jã que temos outras transições óticas, indicadas

na Tabela II, que poden ser calculadas a nartir da estrutu

ra eletrônica obtida -através do ajuste &o ;alor experimen-

tal

ide.raíiáò-se o primeiro aspecto físico do pro

blema foi possível obter um gráfico de Ae em função de AR,

onde AR é a diferença "entre o raio da esfera do Co 2 + e seu

raio iônico. A Fig. 2 nos mostra este comportamento. O

ajuste ht - 6 foi obtido para AR = 0.35 u.a. .. ...

Os valores' dos diferentes parâmetros usados no

cálculo teórico d% transição 6 estão dad&s" na Tabela I. O

esquema de nlvexs monoeletrônico correspondente a esta s:L

tuação está mostrado na Fig. 3 onde os níveis com energia

menor que cl:'Ryd não estão presentes; as linhas 3 e 4 da

Tabela III'mostram as ca!rg'às dentro das esferas atômicas e

e nas regiões inter-atômica e extramolecular. Comparando

as linhas' i e 3 da Tabela III notamos que a carga iônica

Page 79: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

73

do Co2+ é melhor reproduzida neste cálculo as custas da

transferência de carga dos ligantes. Fazendo a mesma hipõ

tese considerada no primeiro calculo da transição <5, tería

mos como resultado o complexo [Co+1 • 71F~D * 9 6 ] 1 # ~ o qual se

aproxima raais do modelo puramente iônico [Co^F""1]"" e evi.

dencia, como era de se esperar no caso de covalência fra-

ca1*5, uma pequena transferência de carga "ligante para me-

tal". Na Tabela IV apresentamos as características dos ní_

veis da Flg. 3 e, como podemos notar, enquanto temos pouca

mistxira entre os níveis ocupados, os níveis desocupados são

predominantemente das regiões inter-atômicas e extramole-

cular; isto nos mostra que os mesmos não possuem um signi-

ficado físico rigoroso e provavelmente um cálculo mais rea

lista, uaando um aglomerado maior, modificaria tal caracte

rística. Ê então evidente que não faz sentido efetuarmos

cálculos de transição envolvendo estes níveis.

Comentaremos agora o resultado obtido ao se con-

siderar a possibilidade de relaxação do complexo. Modifi-

cou-se os raios das esferas do íon central e dos ligantes

mantendo inalterada a proporcionalidade entre seus raios

iônicos e o fato da esfera externa continuar tangente ãs

esferas dos, ligantes. Com este procedimento não fomos ca-

pazes de determinar a transição <5; para uma relaxação da

ordeja-, de 2«5% do parâmetro da rede, o nível desocupado a, ,

(ver ffig. 3) ficou abaixo do nível ocupado mais alto do

sistema tn , e desta forma nao se tinha mais a configura-

ção fundamental. Nesta situação obteve-se Ae - 6000 cm~l.

A configuração eletrônica para este caso está mostrada na

Fig« 4, e os valores dos parâmetros usados encontram-se na

Tabela I. A quinta e a sexta linhas da Tabela III nos mos_

tram as cargas dentro das esferas atômicas, região inter-

atômica e região extramolecular. Uma inspeção nesta tabe-

la nos indica que, para este caso, temos uma discrepância

acentuada ao compararmos os valores destas cargas com as,

cargas dos íons em um modelo puramente iÔnico. Consideran.

do a hipótese feita nos cálculos anteriores, teríamos como

resultado o complexo CCo+3*13F"l«l92k~ bastante diferente

Page 80: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

74.

do complexo puramente iônico [Co2+F~11"1*; outra vez eviden

cia-se urna transferência de carga "metal para l^gante", con

traria à expectativa de un modelo, fisicamente esperado, de

covalência fraca com pequena transferência de carga "ligan

te para metal". Por estes motivos abandonamos estte tipo

de cálculo, pareccndo-nos evidente que o primeiro, aspecto

físico considerado (relativo ã diferença de eletrpnegativi.

dades) ê o mais relevante.

Vamos agora expor como tentamos reproduzir os re_

sultados experimentais associados com as outras transições

óticas. Como já foi mencionado, estas•transiçõestestão re_

lacionadas com os termos cristalinos provenientes ;tda conf i_

guração 3d7 do Co 2 +. Todas elas violam as regras-"de sele-

ção usuais. Nos cálculos destas transições usamoisi o con-

ceito de estado de transição obtendo'-os resultados apresen

tados na Tabela V. Comparando as TMbelas II e V •'•• notamos

que as transições calculadas estão ,na mesma regido do es-

pectro õtico e que, erv alguns caso^, existe um acordo quan

titativo muito bom. Ê impossível se associar especifica -

mente estas transições calculadas cora as observadas(li|Princ.i

palmente porque estamos utilizando um esquema inQno.ele.trôn.i

co como também, porque com nosso esquema de nívqjjj- nã_q fo-

mos capazes de obter parte das bandas óticas ob^rvad^s ex

perimentalmente. , • iw t-n f»,

As transições por transferência de catga 2pí{B. )->•

•* 3d7 (Co2 + ) foram tairi>em calculadas e estão mostradas *J na

Tabela VI. No entanto, tais transições não foram observa-

das experimentalmente. <'* nv

-:•: •> • r

B) Complexo CoF6 no KMgF3 í "*»

No caso do estudo âa impureza Co £ + no KMgF.3i.irf0-

ram usadas todas as considerações descritas para o JLiFi.-Dess

se modo, na determinação -do esquema "muffin-tin" gujef pro-

porcionasse o cálculo exato da transição Ótica de iritenor e-

rergia do sistema (750P cm"1 na Tabela II), partiu-se diíè

temente do caso onde são levadas em consideração as1 eletrò

Page 81: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

75

negatividades do Co2+(1.8) e do Mg2+(1.2); este procedimen:.'-

to nos parece válido uma vez que o raio iônico do Mg?>*

(0.66 A) é também bastante prSximo aos raios iõnicos do Li

e Co z +. Observando a Fig. 2, çue nos dá o comportamento -

praticamente linear de Ae contía AR (diferença entre o raio

da esfera do Co 2 + e o raio iônico do C o 2 + ) , válido para o

caso do LiF, vemos que para um AR = 0.28 temos:; um Ae =

= 0.068 Ryd = 7500 cm™1. Por outro lado, a razão entre as

eletronegatividades, do Mg 2 + e do Li i 1.2 e por conseguin

te deveremos t;er um raio menor para a esfera do Co 2 +. Ê eri

tão necessário usar um fator cflrretivo para levar em conta

a diferença de eletronegatividade dos cations da matriz e

usou-se AR1 = AR/1.2 =0.24 p$ra definir o raio da esfera

do Co 2 +; este procedimento eqüivale de certa forma a "nor-

malizar" as eletronegatividadefl e raios iônicos tonando co

mo base o LiF. 0 esquema "muffin-tin" resultante reprodu-

ziu corretamente o valor da transição ótica, 7500 cm"1. Este

resultado parece indicar que o raciocínio baseado nas ele-

tronegatividadés e raios iônicos dos cations, que nos le-

vou a definir os esquemas "muffin-tin" adequados, tem uma

base física real não se tratando de mera especulação. Os

valores dos parâmetros utilizados no caso do KMgF3 estão

apresentados na Tabela I. Na Fig. 5 mostramos o esquema

de níveis monoeletrônico correspondente a esta situação

onde, mais uma vez, os níveis com energia menor que -1 Ryd

não estão presentes. As características dos níveis apre -

sentados na Fíg, 5 são, com ligeiras variações, iguais aos

mostrados na íaBela IV para o caso do complexo CoF1*" no

LiF. Considef'ando-se ainda a hipótese feita nos cálculos

anteriores, teríamos como resultado o complexo

[Co+1 • 97F~° •*•? ]""** o qual descreve muito bem o complexo pre6

dominantemente iônico CoF*~, evidenciando também uma pequ£

na transferencia de carga "ligante para metal".

Determinado o esquema "muffin-tin" do sistema

calculamos as outras transições óticas provenientes da con '

figuração 3d7 do Co 2 +, usando o conceito de estado de tran

sição. Estas transições calculadas estão apresentadas na

Page 82: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

76

Tabela V e uma comparação desta tabela com a Tabela II nos

mostra que, apesar de ser impossível associar-se'especifi-

camente estas transições com ás observadas, elas'-"'es tão na

mesma região do espectro óticd observado. r

X,' .'•!'

•s5*2* Interação Hiperfina de Contato

A iiamiltoniana que áescreve a interação hiperfi-

na de contato com um dado núcleo obtida através de um tra-

tamento relativlstico1*5, ê dada por

— 9 g n ^ U L Í ' l 2 . 6 ( r . ) (5.1)3 e í J n , t i i 1 x

onde:• * ; .

gfi = fator g do elétron livre ..-(g = 2.0023)

g = fator g do núcleo ,éfiPr, = magneton de Bohr (y_ = «r-— ; m = massa do elétron)o o m c ee

u = magneton nuclear (u = - • •••- ; m = massa do proton)

r. = vetor posição do i~ésimo elétron com respeito ao nú-cleo

S. = operador de spin do i-ésimoi elétronI = operador de spin do núcleo ,

Calculando-se o elemento de matriz <si? j$61 ij», .ndjety ê a função de onda multieletrônica do complexp, e .fazen-do-se a integração sobre as coordenadas espaciais encontramos a Hamiltoniana de spin

.it-= aí-S t (5.2)

onde

8ir g g u_.u— e n B n I Cn |* (o)!2 - n ;/}> (o)!2] (5.3)3 2S i

Page 83: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

77

é o termo de contato. Aqui, n., , é o número de ocupaçãoIT , t

do orbital molecular monoeletrônico $A A , associado com ospin "up" (t) ou "down" ( + ) e S = E S..'

i 3-

A) Interação de contato com o núcleo do cobalto

Os resultados teóricos e experimentais para o ter

mo de contato do complexo CoF"~ no LiF e no KMgP3 estão

apresentados na Tabela VII. Não temos valores experimen -

tais para o LiF e desse modo nesta tabela mostra-se apenas

o valor teórico. Na Tabela VIII são encontradas as contri^

buições dos níveis para esta interação. A discrepância ob_

servada, entre o resultado calculado e o experimental, jã

era esperada pois os resultados teóricos obtidos, no' "caso

puramente atômico, utilizando o Método Xa não são precisos

em comparação com os obtidos usando o Método Hartree-Fock.

A causa disto ê" que a polarização de spin de camadas muito

internas é mal calculada usando a aproximação Xa para o

termo de troca.1*

B) Interação de contato com o núcleo de flúor

Apresentamos na Tabela IX os resultados teóricos

e experimentais do termo de contato referente ao núcleo ie

flúor para o caso do complexo CoF1*" no KMgF3. (Mais uma6

vez, por não termos valores experimentais, apenas : valor

teórico deste termo de contato é mostrado para o caso do

«.omplexo CoF"~ no LiF) . Apesar de encontrariam uma discre6

pincia entre os valores experimental e teórico é importan-

te mencionar ^ue um possível acordo encoT.crado seria prova

ve. .aente fortuito pela razão exposta exteriormente. Na Ta

bela X 3ncontram-se as contribuições dos níveis para esta

intors^ão.

Um dado importante obtido nestes cálculos teóri-

cos i o fato de termos enco? tvr.do valores negativos para

os - ermos de contato do Cobalto e do Fluor. Isto indica

que ê a polarização de spi o mecanismo predominante nesta

Page 84: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

78

interação hiperfina. Nestas condições, tendo em vista a

complexidade do sistema eletrônico (3 spins desemparelha -

dos) e o fato de que ao termo de troca é dada uma expressão

aproximada .10 método SCF-MSXot, só poderíamos esperar um a-

cordo de ordem de grandeza entre os resultados teóricos e

experimentais; isto foi evidenciado em nossos cálculos. Po

demos então resumir as razões para as discrepancias encon-

tradas como sendo:

a) necessidade de se ter função de onda extremamente preci

sas pois elas são calculadas em um ponto.

b) necessidade de se ter uma boa aproximação para a intera

çãc ds 'hroca uma ves que o mecanismo de polarização de

spin B predominai}te. pars o cálculo destes parâmetros.

Ressaltamos que a experiência não indica o sinal

do te o de r-.^ato, apenas o seu módulo.

Page 85: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

79

CAPÍTULO VI

CONCLUSÕES

O método SCF-MSXa unia vez mais mostrou-se bastan

te conveniente no estudo da estrutura eletrônica de comple

xos de Ions de metais de transição. Verificamos que, em

nossos cálculos, a escolha dos raios das esferas atômicas

foi critica exigindo o uso de um procedimento fenômeno lõgi^

co nas suas determinações; este procedimento foi baseado

em argumentos físicos e mostrou-se consistente. Observou-

se também que pequenas variações na "carga de Watson" e no

parâmetro a não afetaram significativamente nossos resulta

dos.

0 estudo das estruturas eletrônicas do complexo

CoF6 , tanto no LiF quanto no KMgFa f mostrou que sua conf i_

guração i bastante iônica evidenciando uma pequena transfe

rência de carga "ligante para metal". Este e um resultado

usualmente obtido quando se aplica, a este tipo de comple-

xo, a teoria dos orbitais moleculares na aproximação SCF-

LCAO-MO (pequena mistura covalente entre orbitais de va-

lência do metal e do ligante).

As transições óticas obtidas por meio deste mito

do de cálculo reproduziram razoavelmente bem o espectro õt.i

co determinado experimentalmente sendo possível mostrar-se

que estas transições se efetuam entre termos cristalinos -

provenientes da configuração 3d7 do Co 2 + tal como foram in

terpretadas por Hall et ai."*

Os cálculos dos termos de contato referentes aos

núcleos do Cobalto e do Fluor nos forneceram resultados que

possuem a mesma ordem de grandeza dos valores experimentais.

Devido â complexidade da estrutura eletrônica do CoF1*" (mui

tos elétrons desemparelhados) e a substituição do potencial

de troca não local pelo potencial de troca loc?>~ sugerida

pelo método SCF-Xct, acreditamos serem razoáveis estes resul

Page 86: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

tados. Uni resultado importante deste trabalho, que não po

de ser obtido experiraentalmente, é o sinal negativo dos

termos de contato; êle evidenciou que o fenôneno de polari

zação de spin das camadas internas é o mecanismo físico

predominante na origem dos termos de contato.

Page 87: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

81

DESCRIÇÃO DAS TABELAS

TABELA I

Ri: raio iônico

R2: raios "muffin-tin" usados no primeiro cálculo de 6.

R3: raios "rauffin-tin" usados para o cálculo que determinou

corretamente a transição 6.

Ri»: raios "muffin-tin" usados para a relaxação de 2.5% do

parâmetro da rede do cristal LiF.

Rs: raios "muffin-tin" usados no cálculo que determinou cor

retamente a transição 6 para o cristal KMgF3.

Todas as dimensões estão em unidades atômicas.

TABELA II

Bandas de absorção ótica do Co 2 + nos cristais LiF e KMgF3 a

= 30°K.

TABELA III

Cargas (Z-Q) dentro das esferas atômicas comparadas as-par"

gas dos Ions em um itso4ela puramente ionico (z = número ...ato

mico; Q carga -cotai dentro das esferas) .

Cargas 0 na região inter-atômica e extramolecular.;.

As 6 primeiras linhas correspondem ao complexo CoF1*" no

LiF.

Primeira e segunda linhas: resultados do primeiro cálculo

de 6.

Terceira e quarta linhas: resultados do' cálculo que deter-

minou corretamente a transição 6.

Quinta e sexta linhas: resultados do cálculo de â para re-

laxação de 2.5% do parame tio da rede.

Sétima e oitava linhas: resultados do cálculo que determi-

nou corretamente a transição ótica mais baixa para o caso

do complexo CoF1*" no KMgF3.6

TABELA IV

Características dos níveis apresentados na Fig. 3. Todos os

valores estão em percentagem.

Page 88: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

82

TABELA V

Transições óticas determinadas teoricamente para o complexo

CcF*~ no LiF e no KMgF3.6

TABELA VI

Transições óticas por transferência dí.* carga 2pc (F )+3d' (Ce2 "}

determinadas teoricamente para o conplexo CoF'1" no LiF.

TABELA VII •:

Termo de contato do cobalto;comparado com seu valor experi-

mental para o caso do complexo CoF,*;" no KMgF3 „ Os valores

de a _ estão em on'"1. ...• ;CO

TABELA VIII

Valores de: Cn i f '. * i f (o) | 2] para os diversos

níveis que contribuíram para o cálculo do termo de contato

do cobalto no complexo CoF"~ no LiF e no KMgF3.

Ternso <3e contato do flúor, comparados/com seu valor experi-

mental p.*ra o caso do complexo CoF^íno KMgF3 . Os valores6

de 3p os t ão era cm" *. • •

TABELA XValores de f^ Tn, A ' <J> . . ( o ) \2 ~ n. , | $ . (o) j 2 j para os d i v e rsos n í v e i s que con t r ibu í ram para o c a l c u l o do termo de corv>t a t o do f l ú o r no ccnrolexo CoF1*" 'nb LiF e no KMqFj.

6

Page 89: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

33

OA£ FIGURAS

FIGURA i

Complexo usado no cálculo.

Gráfico de àc como mu a função ãc AR, onde AR é a. diferença

entre o raio da esfera do Co í + e o raio iÔnieo do Co2*1",

FIGURA 3

Ksqueraa de níveis de energia monoeietrônica que determinott

exatamente a transição £ para o caso da impureza Co2* no

cristal LiF. Os níveis estão escritos de acordo com as

várias representações irredutíveis do grupo do octaedro

(0, ) . Também mostrados, para comparação, os corresponden-

tes níveis de energia para o átomo livre. Os níveis acima

de -0.4 Ryd estão desocupados.

FIGURA 4

Esquema de níveis de energia monoeietrônica para o caso du

relaxação da ordem de 2,5% do parâmetro da•rede mostrando

o nível desocupado a-, , abaixo do mais alto nível ocupado

FIGURA 5

Esquema de níveis de energia monoeietrônica que determinou

exatamente a transição ótica mais baixa para o caso da im-

pureza Co2* no cristal KMgF3.

Page 90: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

Co2 +

F~

esferaexterna

regiãointer-atômica

Ri

1.36

2.51

-

-

1

2

6

i

R

AB

2

33

47

2 7

ELA

1

2

5

JL

R3

.71

.09

.89

-

1

2

5

.23

.29

.81

-

1

2

5

Rs

.60

.17

.94

-

a

0.71

0.74

0.74

0.74

Transição

J Z

"A (*F)2

2T (2G)1

i T {?.G)z

2Ai(2G)

TABKLA II

LiF

8000

16 800

18300

19 000

20000

21000

21600

(cnr1)

í 50

+ 200

+ 200

+ 200

+ 200

t 10°t 10°

KMgFj

7500

17500

17400

18000

19500

21300

21600

(cm"1)

± 200

t 10°+ 100

+ 100

1 200

+ .100

+ 100

Page 91: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

TABELA I I I

Esfera do Esfera do Esfera • RegiãoCobalto Fluor Externa Inter-atômica

0.28. 3.75

•87

0.36 4.55

0.43 4.55

z

z

z

z

- Q

Q

- Q

Q

- Q

Q

- Q

Q

CargaIonica

+ 3.

23.

+ 2.

24.

+ 3.

23.

+ 2.

24.

+ 2

40

60

41

59

78

22

62

38

-0

9

-0

9

-0

9

-0

9

.56

.56

.18

.18

.48

.48

.27

.27

• f

Page 92: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

86

TABELA IV

fc2g+

hutt l u +

*1« +

a l g +

G *e g te*eg+

fc2g*

t *

t i g +

t l g +

2 t l u +

'"lu-f

2 u t

*2u+l t : lutXtlu+

alg+alg+

e g +

eg+

2 cr

Co

-

-

-

0 , 3

0 ,2

63,4

80,6

80,7

86,4

-

-

0 , 3

0 , 3

-

-

0 , 5

0 , 5

2 , 3

2 , 1

29,4

10,8

2 , 5

10,4

F

5,4

5,2

7 ,8

7 , 8

6,0

5 , 8

30,0

12,6

11,7

4 ,0

92,3

92,3

90,3

90,3

89,4

89,4

83,5

83,5

83,1

83,5

62,3

80,7

80,5

72,5

RegiãoInter-atômica

18,9

18,2

26,8

26,2

41,6

41,1

4,4

5 , 5

1 7,3

9 , 5

6 , 7

6 , 7

7 , 3

7 ,3

9 ,6

3 ,6

16,0

16,0

13,5

13,3

6 , 9

6 ,6

15,7

15,9

RegiãoEx t r amo le eu 1 ar

75,7

76,5

65,5

66,2

52,1

52,9

1,3

1,1

0 , 3

0 , 1

1,0

1,0

2 , 1

2 , 1

1,0

1,0

-

-

1 ,1

1 ,1

1,4

1,9

1,3

1,2

Page 93: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

87

Transição

* *

e(eg +) - e(ey +)

e ( t2V " C{tl^]

TABELA V

C o 2 + : L iF Co

(cm"1)

24910

15473

16461

TABELA VI

Co- Transição

A(eg+1

A ( V 2 t l U 4 - 5

A ( t2g+ :

A ( t 2g* :

M t 2 g * 1

Í*SPI.teoraco

ltW

TABELA VI I

L iF

2 + : LiF

(cm"1}

67927

60465

62879

61014

53552

55966

KMgF3

-81x10"

2 + : KMgF3

(cm"1)

24691

16351

17229

1

Page 94: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

aIO

XM

•<4

oXO

*r-I

oX

UO

m Pu 4-' tua

f/)

I

"o

i

fci"

O.

ÍNr-l

O

oI

o

O

IN

OI

CO

o

o

i-i03I

CM

Ou

OO

CM

(0

O

o

O

ocsoo

oI

ro

o

(N

00i-í

I i

Cl

oI

54

x0)I

to

tn

iSM

a

ín

«3I

tfl

•tfr

oo

o

o

•oI

O

o

o

o

o

o

CO

Page 95: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

89

FIG. 1

3

Page 96: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

90

' O

n

00

2F

IG

« T>

O.«ti

O

R s CO•n

Page 97: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

91

Energia Átomo Livre Spin(Ryd)

-0.10 -

-0.20

-0.30

-0.40 -

- 0.50

- 0.60 -

-0.70 -

-0.80

- 0.90

- 1.00

i» i » i - i n -

» • i >.i i ! •

Co(4s2)

Co (3d7)

F (2p«)

• • • i i . j i i i

FIG. 3

"up"

- *2g

- *1u

- * é

Spin "down"

— %

*1u

. 1 o

e*——— g

f

f l1ul2u

t2g

Page 98: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

92

Energia(Ryd)

-0.10

-0.20

-0.30

-0.40

-0.50

-0.60

-0.70 -

-0.80

-0.90

- I.O

Átomo Livre Spin "up" Spin "down"

Co (4s2)

Co (3d7)

F(2p6)

FIG. 4

1u

Mu

2u

— t2fl

- * 1 U

%

jeg

a1g

Page 99: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

93

Energia Átomo Livre Spin "up" Spin "dov/n"(Ryd)

-0.10

-0.20

-030

-0.40

-050

-0.60

-0.70

-0.80

-0.90

-t.O

Co(4s2)

Co(3d 7)-

F(2p6)

FIG. 5

"ill

•°'g

2U

= t2uIitlu

Page 100: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

95

REFI, REN CIAS

1. D. R. Hartree, Proc. Camb. Phil. Soc., 2_4: 39, 111, 426

(1928)

2. J. C. Slater, "Solid £':...te and Molecular Theory", John

Wiley & Sons Inc, 19 75.

3. J. C. Slater, "Quantum rj',eory of Atomic Structure", vol.

I, McGraw-Hill Book Company, (I960).

4. V. Fock, Z. Phys., 61, 126 (1930).

5. J . C. S l a t e r , Phys. Rev., 3L , 210 (1930).

6. J . C. S l a t e r , Phys. Rev., 34., 1293 (1929).

7. J . C. S l a t e r , "Quantum Theory of Atomic Structure", vo l .

11/ McGraw-Hill Book Comp-sny, lSSO.

8. J . C. S l a t e r , Phys. Rev.. _B1, 385 (1951).

9. T. C. Koopmans, Physica, 1, 104 (1933).

10. J . C. S l a t e r , Phys. Rev.. _81, 385 (1'51) .

11 . R. Gaspar, Acta Phys. Acad. Sc i . Hung., £ , 263 (1954).

12. W. Kohn e L. J . Sham, Phys. Rev., ;14O, A1133 (1965).

13. J . C. S l a t e r , Advances in Quantum Chemistry, vo l . 6 ,

1, (1972).

14. J . C. S l a t e r , "The Self-Co, U s t e n t Field for Molecules

and Sol ids" , vo l . IV de "Qu ntum Theory of Molecules

and So l ids , McGraw-Hill Bool Company", (1974).

15. J . C. S la te r e J . H. Wood, I n t . J . Quantum Chem, 4S /

3 (1971).

16. K. Schwarz, Phys. Rev. B5, 2466 (1972).

17. H. Bethe, Ann. Physik [ 5 ] , 3 , 133 (1929).

18. J . H. Van Vleck, J . Chem. P y s . , 3_, 803, 807 (19 35).

19. B. N. F igg i s , "Introduction to Ligand F i e ld s " , I n t e r -

science Publ i shers , (1966).

J

Page 101: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

20. M. Tinkham, "Group Theory and Quantum Mechanics", IicGraw

-Hill Book Company (1964).

21. C. J. Balhausen, "Introduction to Ligand Field Theory",

McGraw-Hill Book Company,(1362V

22. D. S. McClure, "Solid State Physics", vol. 9, .Academic

Press, (1959).

23. Y. Tanabe e R. Sugano,. J. Phys. Soe (Japão) 9^, 753,766

(195 4) .

24. S. Sugano, Y. Tanabe e H. Kamimura, "Multiplets of

Transition-Ketal Ions in Crystals", Academic Press ,

(19 70).

25. J, C. Slater, J. Chem. Phys. _43S, 228 (1965).

26. J, Korringa, Fhysica JU3, 3.92 (1947).

27. W. Kohn e iJ. Postoker, Phys. Rev., 9_4, 1111 (1954).

28. K. H. Johnson, J. Chem. Phy.s. , 4_5, 3085 (1966).

29. F. C. Smith Jr e K. H. Johnson, Phys. Rev. Lett, 22! ,

1168 {1969}.

30. K. H. Johnson e F. C. Smith Jr, Phys. Rev. Lett, 2_4 ,

139 (1970).

31. K. HJ' Johnson e F, C. Smith'"Jr. , Chem. Phys. Lett, 2 '

541 (19 70) . •'. 0

32. K. H. Johnson, Int. J. Quantum Chem., 4J3, 153 (1971).

33. K. H. Johnson c F. C. Smith Jr, Phys. Rev. B5, 831 ,

(1972).

34. K. K. Johnson, Adv. Quantum Chem., 2» 143-(1973).

35. E. L. Albuquerque e L. E. Oliveira, "O Método do Espa-

lhamento ?'. iltiplo", publicação interna.

36. K. H. Johnson e F. C. Smith Jr., Chem. Phys. Letters ,

10, 219 {IS 1) .

37. J. W. D. Con oly e K. H. Johnson, Chem. Phys. Letters,

10, 616 (197 ' . )

Page 102: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

97

38. J. C. Slater e K. Ii. Johnson, Phys. Rev. B5; 844 (1972).

39. E. Larson e J. W. D. Connoiy, Chem. Phys. Letters, 20,

323 (1973) .

40. J. W. Richardson, D. M. Vaught, T. F. Soules e R. R.

Powell, J. Chem. Phys., 50., 3633 (1969).

41. T. F. Soules, J. Í7, Richardson e D. K, Vaught, i'hys.

Rev. B3_, 2186 (1971) .

42. R. E. Watson, Phys, Rev, _lil, 1.10 8 (1958).

43. L. Pauling, "The Mature of the Chemical Bonding", 3?

edição, Cornell University Press,'I960;.

44. T. P. P. Hall, W. Hayes, R. W. H. Stevenson e J. Wil-

kens, J. Chen, Phys., 19., 35 (1963).

45. A. Abragan e B, Bleaney» "Electron Paramagnetic Resc ~

nance of Transition Ions"', Clarendon Press, Oxford ,

Í1970).

Page 103: Attention Microfiche User, replacement document (or pages ...simples, pôde construir e equação de onda para o spin-orbital u., função de onda monoeletrõnica para o i-ésimo elétron

ESTRUTURA ELETRÔNICA, SSPECTRO ÕTICO E

PARÂMETROS niPERFINOS DE CONTATO DO

COMPLEXO CoFg" TI LiF E K M.g F3

por

tfUDENILSON LINS DE ALBUQUERQUE

Tesa de Mestrado apresentada como requisito par

ciai para obtenção do grau de Mestre ern Ciências - Men

ção Física - no Departamento de Física da Pontifícia U

niversidade Católica do Rio de Janeiro à. Banca Kxarninado

ra constituída paios seguintes professores:

rfumberto Siqueira Brandi

Bruno Maffeo- orientador -