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 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO (Cesgranrio) CINZAS DA INQUISIÇÃO 1 Até agora fingíamos que a Inquisição era um episódio da história européia, que tendo durado do século XII ao século XIX, nada tinha a ver com o Brasil. No máximo. se prestássemos muita atenção, íamos ouvir falar de um certo Antônio José - o Judeu, um português de origem brasileira, que foi queimado porque andou escrevendo umas peças de teatro. 2 Mas não dá mais para escamotear. Acabou de se realizar um congresso que começou em Lisboa, continuou em São Paulo e Rio, reavaliando a Inquisição. O ideal seria que esse congresso tivesse se desdobrado por todas as capitais do país, por todas as cidades, que tivesse merecido mais atenção da televisão e tivesse sacudido a consciência dos brasileiros do Oiapoque ao Chuí, mostrando àqueles que não podem ler jornais nem frequentar as discussões universitárias o que foi um dos períodos mais tenebrosos da história do Ocidente. Mas mostrar isso, não por prazer sadomasoquista, e sim para reforçar os ideais de dignidade humana e melhorar a debilitada consciência histórica nacional. ....................................................................................... 3 Calar a história da Inquisição, como ainda querem alguns, em nada ajuda a história de instituições e países. Ao contrário, isto pode ser ainda um resquício inquisitorial. E no caso brasileiro essa reavaliação é inestimável, porque somos uma cultura que finge viver fora da história. 4 Por outro lado, estamos vivendo um momento privilegiado em termos de reconstrução da consciência histórica. Se neste ano (l987) foi possível passar a limpo a Inquisição, no a no que vem será necessário refazer a história do negro em nosso país, a propósito dos cem anos da libertação dos escravos. E no ano seguinte, 1989, deveríamos nos concentrar para rever a "república" decretada por Deodoro. Os próximos dois anos poderiam se converter em um intenso período de pesquisas, discussões e mapeamento de nossa silenciosa história. Universidades, fundações de pesquisa e os meios de comunicação deveriam se preparar para participar desse projeto arqueológico, convocando a todos: "Libertem de novo os escravos", "proclamem de novo a República". 5 Fazer história é fazer falar o passado e o presente criando ecos para o futuro. 6 História é o anti-silêncio. É o ruído emergente das lutas, angústias, sonhos, frustrações. Para o pesquisador, o silêncio da história oficial é um¢ silêncio ensurdecedor. Quando penetra nos arquivos da consciência nacional, os dados e os feitos berram, clamam, gritam, sangram pelas prateleiras. Engana-se, portanto, quem julga que os arquivos são lugares apenas de poeira e mofo. Ali está pulsando algo. Como num vulcão aparentemente adormecido, ali algo quer emergir. E emerge. Cedo ou tarde. Não se destrói totalmente qualquer documentação. Sempre vai sobrar um herege que não foi queimado, um judeu que escapou ao campo de concentração, um dissidente que sobreviveu aos trabalhos forçados na Sibéria. De nada adiantou aquele imperador chinês ter queimado todos os livros e ter decretado que a história começasse com ele. 7 A história recomeça com cada um de nós, apesar dos reis e das inquisições. (Affonso R. de Sant'Anna. A RAIZ QUADRADA DO ABSURDO. Rio de Janeiro, Rocco, 1989, p. 196 -198.) 1. "O ideal seria QUE esse congresso tivesse se desdobrado por todas as capitais do país, por todas as cidades, QUE tivesse merecido mais atenção da televisão e tivesse sacudido a consciência dos brasileiros do Oiapoque ao Chuí, mostrando àqueles QUE não podem ler jornais nem frequentar as discussões universitárias o que foi um dos períodos mais tenebrosos da história do Ocidente." Assinale a classificação CORRETA das palavras em destaque, respectivamente: a) pronome relativo / conjunção integrante / conjunção integrante. b) pronome relativo / conjunção integrante / conjunção consecutiva. c) conjunção integrante / conjunção integrante / pronome relativo. d) conjunção integrante / conjunção consecutiva / conjunção comparativa. e) conjunção consecutiva / pronome relativo / pronome relativo. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES. (Ita) As questões a se guir referem-se ao texto adiante. Analise-as e assinale, para cada uma, a alternativa incorreta. Hino Nacional Carlos Drummond de Andrade Precisamos descobrir o Brasil! Escondido atrás das florestas, com a água dos rios no meio, o Brasil está dormindo, coitado. 05 Precisamos colonizar o Brasil. Precisamos educar o Brasil. Compraremos professôres e livros, assimilaremos finas culturas, abriremos 'dancings' e [subconvencionaremos as elites. 10 O que faremos importando francesas muito louras, de pele macia alemãs gordas, russas nostálgicas para 'garçonettes' dos restaurantes noturnos. E virão sírias fidelíssimas. COLÉGIO SANTA TERESA DE JESUS Av. Cavalhada, 2250  Fone: 3398-7815  www.stateresa.com.br Professor (a):__________________________ _ Componente Curricular: __________________ Data:_________ Aluno (a):______________ ____________ Nº:_____________ Turma:

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  • TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Cesgranrio) CINZAS DA INQUISIO 1 At agora fingamos que a Inquisio era um episdio da histria europia, que tendo durado do sculo XII ao sculo XIX, nada tinha a ver com o Brasil. No mximo. se prestssemos muita ateno, amos ouvir falar de um certo Antnio Jos - o Judeu, um portugus de origem brasileira, que foi queimado porque andou escrevendo umas peas de teatro. 2 Mas no d mais para escamotear. Acabou de se realizar um congresso que comeou em Lisboa, continuou em So Paulo e Rio, reavaliando a Inquisio. O ideal seria que esse congresso tivesse se desdobrado por todas as capitais do pas, por todas as cidades, que tivesse merecido mais ateno da televiso e tivesse sacudido a conscincia dos brasileiros do Oiapoque ao Chu, mostrando queles que no podem ler jornais nem frequentar as discusses universitrias o que foi um dos perodos mais tenebrosos da histria do Ocidente. Mas mostrar isso, no por prazer sadomasoquista, e sim para reforar os ideais de dignidade humana e melhorar a debilitada conscincia histrica nacional. ....................................................................................... 3 Calar a histria da Inquisio, como ainda querem alguns, em nada ajuda a histria de instituies e pases. Ao contrrio, isto pode ser ainda um resqucio inquisitorial. E no caso brasileiro essa reavaliao inestimvel, porque somos uma cultura que finge viver fora da histria. 4 Por outro lado, estamos vivendo um momento privilegiado em termos de reconstruo da conscincia histrica. Se neste ano (l987) foi possvel passar a limpo a Inquisio, no ano que vem ser necessrio refazer a histria do negro em nosso pas, a propsito dos cem anos da libertao dos escravos. E no ano seguinte, 1989, deveramos nos concentrar para rever a "repblica" decretada por Deodoro. Os prximos dois anos poderiam se converter em um intenso perodo de pesquisas, discusses e mapeamento de nossa silenciosa histria. Universidades, fundaes de pesquisa e os meios de comunicao deveriam se preparar para participar desse projeto arqueolgico, convocando a todos: "Libertem de novo os escravos", "proclamem de novo a Repblica". 5 Fazer histria fazer falar o passado e o presente criando ecos para o futuro. 6 Histria o anti-silncio. o rudo emergente das lutas, angstias, sonhos, frustraes. Para o pesquisador, o silncio da histria oficial um silncio ensurdecedor. Quando penetra nos arquivos da conscincia nacional, os dados e os feitos berram, clamam, gritam, sangram pelas prateleiras. Engana-se, portanto, quem julga que os arquivos so lugares apenas de poeira e mofo. Ali est pulsando algo. Como num vulco aparentemente adormecido, ali algo quer emergir. E emerge. Cedo ou tarde. No se destri totalmente qualquer documentao. Sempre vai sobrar um herege que no foi queimado, um judeu que escapou ao campo de concentrao, um dissidente que sobreviveu aos trabalhos forados na Sibria. De nada adiantou aquele imperador chins ter queimado todos os livros e ter decretado que a histria comeasse com ele. 7 A histria recomea com cada um de ns, apesar dos reis e das inquisies. (Affonso R. de Sant'Anna. A RAIZ QUADRADA DO ABSURDO. Rio de Janeiro, Rocco, 1989, p. 196-198.) 1. "O ideal seria QUE esse congresso tivesse se desdobrado por todas as capitais do pas, por todas as cidades, QUE tivesse merecido mais ateno da televiso e tivesse sacudido a conscincia dos brasileiros do Oiapoque ao Chu, mostrando queles QUE no podem ler jornais nem frequentar as discusses universitrias o que foi um dos perodos mais tenebrosos da histria do Ocidente." Assinale a classificao CORRETA das palavras em destaque, respectivamente: a) pronome relativo / conjuno integrante / conjuno integrante. b) pronome relativo / conjuno integrante / conjuno consecutiva. c) conjuno integrante / conjuno integrante / pronome relativo. d) conjuno integrante / conjuno consecutiva / conjuno comparativa. e) conjuno consecutiva / pronome relativo / pronome relativo. TEXTO PARA AS PRXIMAS 2 QUESTES. (Ita) As questes a seguir referem-se ao texto adiante. Analise-as e assinale, para cada uma, a alternativa incorreta. Hino Nacional Carlos Drummond de Andrade Precisamos descobrir o Brasil! Escondido atrs das florestas, com a gua dos rios no meio, o Brasil est dormindo, coitado. 05 Precisamos colonizar o Brasil. Precisamos educar o Brasil. Compraremos professres e livros, assimilaremos finas culturas, abriremos 'dancings' e [subconvencionaremos as elites. 10 O que faremos importando francesas muito louras, de pele macia alems gordas, russas nostlgicas para 'garonettes' dos restaurantes noturnos. E viro srias fidelssimas.

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    Professor (a):___________________________ Componente Curricular: __________________ Data:_________ Aluno (a):____________________________________________ N:_____________ Turma: ____________

  • 15 No convm desprezar as japonsas... Cada brasileiro ter sua casa com fogo e aquecedor eltricos, piscina, salo para conferncias cientficas. E cuidaremos do Estado Tcnico. 20 Precisamos louvar o Brasil. No s um pas sem igual. Nossas revolues so bem maiores do que quaisquer outras; nossos erros [tambm. E nossas virtudes? A terra das sublimes [paixes... 25 os Amazonas inenarrveis... os incrveis [Joo-Pessoas... Precisamos adorar o Brasil! Se bem que seja difcil caber tanto oceano [e tanta solido no pobre corao j cheio de [compromissos... se bem que seja difcil compreender o que [querem sses homens, 30 por que motivo les se ajuntaram e qual a [razo de seus sofrimentos. Precisamos, precisamos esquecer o Brasil! To majestoso, to sem limites, to [despropositado, le quer repousar de nossos terrveis [carinhos. O Brasil no nos quer! Est farto de ns! 35 Nosso Brasil o outro mundo. ste no o [Brasil. Nenhum Brasil existe. E acaso existiro os [brasileiros? 2. a) 'Escondido' (v. 2) pode ser substitudo por 'olvidado', embora modifique o sentido. b) 'Fidelssimo' (v. 14) tem o mesmo radical de 'fidelidade' e de 'fidedgno'. c) 'Piscina' (v. 17) tem o mesmo radical de 'piscicultura'. d) 'Bem' (v. 27) tem valor de superlativo. e) O texto no foi transcrito em obedincia ortografia vigente. 3. a) 'fidelssima'(v.14) superlativo sinttico, seu equivalente analtico 'muito fiis'. b) 'eltricos'(v.17) est se referindo aos dois substantivos antecedentes, teria o mesmo efeito se usado no singular. c) 'inenarrveis'(v.25) significa, originalmente, 'o que no pode ser narrado', pode ser substitudo aqui por 'fantstico'. d) 'difcil', (v.27) a idia de superlativo pode ser dada pelo sufixo '-imo', na linguagem erudita, ou pela repetio ('difcil, difcil'), na linguagem coloquial. e) 'sem igual'(v.21) no tem o mesmo valor semntico de 'mpar'. TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Fei) LEMBRANA DE MORRER (Fragmento) Eu deixo a vida como deixa o tdio Do deserto, o poento caminheiro - Como as horas de um longo pesadelo Que se desfaz ao dobre de um sineiro Como o desterro de minh' alma errante, Onde fogo insensato a consumia: S levo uma saudade - desses tempos Que amorosa iluso embelecia. S levo uma saudade - dessas sombras Que eu sentia velar nas noites minhas... De ti, minha me, pobre coitada Que por minha tristeza te definhas! De meu pai!... de meus nicos amigos, Poucos - bem poucos - e que no zombavam Quando, em noite de febre endoudecido, Minhas plidas crenas duvidaram.

  • 4. Observe os dois primeiros versos do poema: "Eu deixo a vida COMO DEIXA O TDIO / DO DESERTO, O POENTO CAMINHEIRO". A orao destacada : a) orao subordinada substantiva subjetiva. b) orao subordinada adjetiva restritiva. c) orao subordinada adverbial comparativa. d) orao coordenada sindtica explicativa. e) orao principal. TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Unb) 1 Inegvel tem sido o emprego da msica como terapia, atravs dos tempos. A princpio os magos, depois os monges e, finalmente, os professores de arte, os terapeutas ocupacionais, os mdicos e os musicoterapeutas.. 2 A mitologia exemplifica o poder da msica sobre os irracionais, quando nos fala de Orfeu amansando as feras com os sons executados pelas suas mos de artista e emitidos pela sua voz melodiosa. Orfeu - poeta e msico - fascinava os animais, as plantas e at os rochedos! 3 Atravs dos tempos, vemos a cura do Rei Saul, que sofria de depresso neurtica, e que, ouvindo a harpa tocada por Davi, se recuperava facilmente. Eis uma das primeiras notcias que temos da influncia musical no ser humano. 4 Pitgoras - filsofo, cientista, matemtico - era considerado na Grcia Antiga quase um semideus para seus conterrneos. Atribua msica efeitos curativos, quer como fator educativo, quer como sedativo para as doenas do corpo e da alma. Os meios prticos para atuar no homem a viva harmonia eram, para Pitgoras e seus discpulos, a ginstica rtmica e a msica. 5 Entre os hebreus, as escolas dos profetas de Israel recorriam ao canto para memorizao das suas leis. 6 Os esquims, segundo narra a Histria, possuam frmulas musicais especializadas para cura de doentes mentais. 7 Ora, medicina e msica tm vivido irmanadas desde os tempos mais remotos. Mas, na realidade objetiva dos fatos atuais, observar-se que muitos musicistas, presos da aprendizagem tcnica, de um lado, e de outro, soltos s emoes inebriantes da arte, vivem alheios aos problemas da medicina de recuperao. Por sua vez, muitos mdicos, acostumados ao estudo de dados concretos, limitam-se a sorrir, indulgentemente, quando falamos de terapia musical, ou melhor, de musicoterapia. 8 O xito ou o fracasso da musicoterapia - sim, porque existem efeitos negativos da msica - depende de fatores humanos, tanto quanto de fatores musicais. A msica pode criar fantasias mentais de muitas classes: realistas, caprichosas, onricas, fantsticas, msticas ou alucinatrias. (F.R.C. Florinda. O ROSACRUZ, abr./maio/jun./94, p. 2-3 (com adaptaes). 5. Julgue os itens abaixo, acerca da morfossintaxe do texto. (1) Na linha 9, a palavra "at" destaca e d maior fora argumentativa ao ltimo elemento da coordenao. (2) O substantivo abstrato "fracasso" vem do verbo fracassar por derivao imprpria. (3) A insero da orao entre os travesses das linhas constitui um recurso sinttico com a funo retrica de intensificar a comunicao com o leitor. (4) A palavra "onricas" pertence ao campo de significao de sonho. TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Unirio) Leia os excertos abaixo, tirados da revista Veja; em seguida, responda questes propostas. TEXTO I O controle dos genes envolvidos no processo de envelhecimento ser uma das maiores conquistas da histria da sociedade humana. A grande maioria das doenas, entre elas o cncer, o diabetes e os problemas cardacos, est relacionada ao envelhecimento e raramente acomete os jovens. Em sua verso final, o controle gentico do processo de envelhecimento resultar em pessoas que se mantm por muito tempo com sade fsica semelhante de um jovem de 20 anos. Mas o corpo humano na sua forma atual no compatvel com a imortalidade fsica. Nem nosso objetivo criar pessoas imortais. Para ns, o importante como se vive durante a velhice. No se trata de prolongar simplesmente a velhice de forma indefinida, com velhos vivendo limitadamente, mas de garantir que as condies fsicas da juventude sejam mantidas por mais tempo. TEXTO II Com a morte da me, o lar desmoronou e o menino foi internado, por ordem judicial, em um orfanato da cidade de Piraju, onde ficou at os 17 anos. Quando saiu, voltou para casa, reencontrou o pai e os irmos, mas nenhuma esperana. Vivia de biscates, trabalhou num mercado e numa borracharia, depois na lanchonete. At que um dia atendeu um rapaz forte e espigado no balco. "Como voc conseguiu ficar assim?", perguntou Claudinei. "Fazendo atletismo", respondeu o outro, orgulhoso. No dia seguinte comeava a tardia carreira de campeo. "A vida transformou o Claudinei num forte", diz Jayme Netto Jnior, seu treinador no Clube Funilense de Presidente Prudente, interior de So Paulo. "Quanto maior a presso, maior a sua capacidade de superao." TEXTO III Do lado de fora dos muros da Febem, a realidade da infncia no Brasil igualmente revoltante. Segundo dados do IBGE, 40% das crianas brasileiras entre zero e 14 anos vivem em condies miserveis, ou seja, a renda mensal familiar no passa de metade do salrio mnimo. O desafio to dramtico que muita gente acaba dando de ombros, convencida de que se chegou a uma situao da qual no h retorno. um erro. Neste momento, milhares de fundaes e organizaes no governamentais, ONGs, esto demonstrando como boas idias, um pouco de dinheiro e muita disposio podem mudar essa realidade para melhor. Se elas conseguem realizar transformaes positivas em universos limitados o bom senso indica que basta copiar o exemplo apropriado. Estima-se que s as fundaes (...) estejam investindo 500 milhes de reais por ano numa infinidade de programas de cunho educacional, cultural, esportivo, de sade, lazer e at mesmo de estmulo a iniciativas governamentais bem-sucedidas. Esto mostrando como possvel, se no resolver o problema de milhes, pelo menos prevenir o de centenas de milhares e recuperar outros tantos.

  • 6. O menino foi para Piraju. Ele ficou no internato de Piraju at os 17 anos. Reunindo as duas frases num s perodo, atravs do emprego de um pronome relativo, segundo o registro culto da lngua, est correto apenas um dos perodos abaixo. Marque-o. a) O menino, que foi para Piraju, ficou no internato at os 17 anos. b) O menino foi para Piraju em cujo internato ficou at os 17 anos. c) O menino foi para Piraju no qual internato ficou at os 17 anos. d) O menino foi para Piraju, no qual ficou at os 17 anos no internato. e) O menino foi para Piraju, onde ficou no internato at os 17 anos. TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Ufpe) "De repente, voc acorda no meio de um escndalo assim como se estivesse num vo com alguns passageiros em situao irregular e todos passassem a ser investigados para descobrir os culpados. No dia seguinte, o seu nome aparece na imprensa entre os suspeitos. Pronto, o estrago est feito. Haver sempre algum para dizer: 'E fulano, hein, na lista das fraudes!' Como na velha histria, voc ser sempre o cara metido naquele crime, na hora do assassinato." (Zuenir Ventura - JB) Na(s) questo (es) a seguir escreva nos parntesse (V) se a airmao for verdadeira ou (F) se for falsa. 7. Sobre o texto: ( ) H uma comparao com duas situaes diferentes, associadas ao papel do acaso na vida de cada um. ( ) VOC, no texto, tem um sentido indeterminado, equivalendo a QUALQUER UM. ( ) Aparecem como pronomes indefinidos ALGUM, FULANO, TODOS e CARA (considerado por Celso Cunha uma forma de pronome de tratamento), que contribuem para uma impreciso na descrio das aes. ( ) DE REPENTE ..., ... no dia seguinte, ... sempre ... so adjuntos adverbiais, indicando, no caso, circunstncia de modo. ( ) O texto se desenvolve com base na sinonmia. So pares de sinnimos: escndalo - fraude suspeito - culpado crime - assassinato descobrir - investigar TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Uff) O primeiro navio destacado da conserva para levar a Portugal a notcia do descobrimento do Brasil, e com instncias ao rei de Portugal para que por amor da religio se apoderasse d'esta descoberta, cometera a violncia de arrancar de suas terras, sem que a sua vontade fosse consultada, a dois ndios, ato contra o qual se tinham pronunciado os capites da frota de Pedro lvares. Fizera-se o ndice primeiro do que era a histria da colnia: era a cobia disfarada com pretextos da religio , era o ataque aos senhores da terra, liberdade dos ndios; eram colonos degradados, condenados morte, ou espritos baixos e viciados que procuravam as florestas para darem largas s depravaes do instinto bruto." (DIAS, Gonalves. "Revista do Instituto Histrico e Geogrfico Brasileiro", 4 trim. 1867, p.274.) 8. No fragmento "... cometera a violncia de arrancar de suas terras, SEM QUE a sua vontade fosse consultada..." (ref.1), o conectivo destacado estabelece a relao de: a) causalidade b) concluso c) condio d) consequncia e) concesso TEXTO PARA AS PRXIMAS 2 QUESTES. (Ufv) ESSAS MES MARAVILHOSAS E SUAS MQUINAS INFANTIS 1 Flvia logo percebeu que as outras moradoras do prdio, mes dos amiguinhos do seu filho, Paulinho, seis anos, olhavam-na com um ar de superioridade. No era para menos. Afinal o garoto at aquela idade - imaginem - se limitava a brincar e ir escola. Andava em total descompasso com os outros meninos, que j desenvolveram mltiplas e variadas atividades desde a mais tenra idade. O recorde, por sinal, pertencia ao garoto Peter, filho de uma brasileira e um canadense, nascido em Nova Iorque. Peter, to logo veio ao mundo entrou para um curso de amamentao ("Como tirar o leite da me em 10 lies"). A me descobriu numa revista uma pesquisa feita por mdicos da Califrnia informando sobre a melhor tcnica de mamar (chamada tcnica de Lindstorm, um psicanalista, autor da pesquisa, que para realizar seu trabalho mamou at os 40 anos). A maneira da criana mamar, afirmam os doutores, vai determinar suas neuroses na idade adulta. 2 Uma tarde, Flvia percebeu duas mes cochichando sobre seu filho: que se pode esperar de um menino que aos seis anos s brinca e vai escola? Flvia comeou a se sentir a ltima das mes. Pegou o marido pelo brao dizendo que os dois precisavam ter uma conversa com o filho. 3 - O que voc gostaria de fazer, Paulinho? - perguntou o pai dando uma de liberal que no costuma impor suas vontades. 4 - Brincar... 5 O pai fez uma expresso grave. 6 - Voc no acha que j passou um pouco da idade, filho? A vida no uma eterna brincadeira. Voc precisa comear a pensar no futuro. Pensar em coisas mais srias, desenvolver outras atividades. Voc no gostaria de praticar algum esporte? 7 - Compra um time de boto pra mim. 8 - Boto no esporte, filho. 9 - Arco e flecha! 10 Os pais se entreolharam. Nenhum dos meninos do prdio fazia curso de arco e flecha. Paulinho seria o primeiro. Os vizinhos certamente iriam julg-lo uma criana anormal. Flvia deu um calo de presente ao garoto e perguntou por que ele no fazia natao. 11 - Tenho medo. 12 Se tinha medo, ento era para a natao mesmo que ele iria entrar. Os medos devem ser eliminados na infncia.

  • Paulinho ainda quis argumentar. Sugeriu alpinismo. Foi a vez de os pais tremerem. Mas o medo dos pais outra histria. Paulinho entrou para a natao. No deu muitas alegrias aos pais. Nas competies chegava sempre em ltimo, e as mes dos coleguinhas continuavam olhando Flvia com uma expresso superior. As mes, vocs sabem, disputam entre elas um torneio surdo nas costas dos filhos. Flvia passou a desconfiar de que seu filho era um ser inferior. Resolveu imitar as outras mes, e alm da natao colocou Paulinho na ginstica olmpica, cursinho de artes, ingls, jud, francs, terapeuta, logopedista. Botou at aparelho nos dentes do filho. Os amiguinhos da rua chamavam Paulinho para brincar depois do colgio. 13 - No posso, tenho aula de hipismo. 14 - Depois do hipismo? 15 - Vou pro carat? 16 - E depois do carat? 17 - Fao sapateado. 18 - Quando poderemos brincar? 19 - No sei. Tenho que ver na agenda. 20 Paulinho andava com uma agenda Pombo debaixo do brao. noitinha chegava em casa mais cansado do que o pai em dia de planto. Nunca mais brincou. Tinha todos os brinquedos da moda, mas s para mostrar aos amiguinhos do prdio. Paulinho dava um duro dos diabos. "Mas no futuro ele saber nos agradecer", dizia o pai. O garoto estava sendo preparado para ser um super-homem. E foi ficando adulto antes do tempo, como uma fruta que amadurece de vspera. Um dia Flvia flagrou o filho com uma gravata volta do pescoo tentando dar um lao. Quando fez sete anos disse ao pai que a partir daquele dia queria receber a mesada em dlar. Aos oito anos abriu o berreiro porque seus pais no lhe deram um carto de crdito de presente. Com oito anos, entre uma aula de xadrez e de snscrito, Paulinho saiu de casa muito compenetrado. Os amiguinhos da rua perguntaram onde ele ia: 21 - Vou ao banco. 22 Caminhou um quarteiro at o banco, sentou-se diante do gerente, pediu sugestes sobre aplicaes e pagou a conta de luz como um homenzinho. A faanha do garoto correu o prdio. A vizinhana comeou a ach-lo um gnio. As mes dos amiguinhos deixaram de olhar Flvia com superioridade. Os pais, enfim, puderam sentir-se orgulhosos. "Estamos educando o menino no caminho certo", declarou o pai batendo no peito. Na festa de 11 anos, que mais parecia um coquetel do corpo diplomtico, um tio perguntou a Paulinho o que ele queria ser quando crescesse. 23 - Criana! 24 Paulinho cresceu. Cresceu fazendo cursos e mais cursos. Abandonou a infncia, entrou na adolescncia, tornou-se um jovem alto, forte, espadado. Virou Paulo. Entrou para a faculdade, formou-se em Economia. Os pais tinham sonhos de v-lo na Presidncia do Banco Central. Casou com uma jornalista. Paulo respirou aliviado por sair debaixo das asas da me, que at s vsperas do casamento queria coloc-lo num curso de preparao matrimonial. Na lua-de-mel, avisou mulher que iria passar os dias em casa dedicando-se sua tese de mestrado. A mulher ia e vinha do emprego e Paulo trancado no seu gabinete de estudos. Uma tarde, o marido esqueceu de passar a chave na porta. A mulher chegou, abriu e deu de cara com Paulo sentado no tapete brincando com um trenzinho. (NOVAES, Carlos Eduardo. "A cadeira do dentista & outras crnicas." 7. ed. So Paulo: tica, 1997. p.15-17.) Glossrio Carat - luta corporal em que o indivduo se serve de meios naturais para atacar ou defender-se. Espadado - que tem ombros largos. Hipismo - esporte que compreende equitao, corrida de cavalos, etc. Logopedista - pessoa que se dedica cincia de corrigir defeitos de pronncia. Snscrito - antiga lngua sagrada e literria da ndia. Sapateado - dana que se caracteriza por bater os taces dos sapatos no cho. Terapeuta - pessoa que se aplica a tratar de doenas. 9. A alternativa em que a palavra ou expresso em destaque NO se refere ao pronome em destaque : a) "... olhavam-NA com um ar de superioridade." (par.1) na = Flvia. b) "... vai determinar SUAS neuroses na vida adulta" (par.1) suas = da criana. c) "VOC no gostaria de praticar algum esporte? " (par.6) Voc = Paulinho. d) "As mes. VOCS sabem, disputam entre elas um torneio surdo..." (par.12) vocs = os leitores. e) "... um tio perguntou a Paulinho o que ELE queria ser..." (par.22) ele = um tio

  • 10. Das alteraes feitas na pontuao de passagens do texto, aquela em que houve sensvel mudana de sentido : a) "Peter to logo veio ao mundo entrou para um curso de amamentao..." (par.1) Peter, to logo veio ao mundo, entrou para um curso de amamentao. b) "A me descobriu numa revista uma pesquisa feita por mdicos da Califrnia..." (par.1) A me descobriu, numa revista, uma pesquisa feita por mdicos da Califrnia. c) "... que se pode esperar de um menino que aos seis anos s brinca e vai escolha?" (par.2) ... que se pode esperar de um menino que, aos seis anos, s brinca e vai escola? d) "Se tinha medo, ento era para a natao mesmo que ele iria entrar." (par.12) Se tinha medo ento, era para a natao mesmo que ele iria entrar. e) "Um dia Flvia flagrou o filho com uma gravata volta do pescoo tentando dar um lao." (par.20) Um dia, Flvia flagrou o filho com uma gravata volta do pescoo tentando dar um lao. TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Faap) OLHOS DE RESSACA Enfim, chegou a hora da encomendao e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam tambm, as mulheres todas. S Capitu, amparando a viva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arranc-la dali. A confuso era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadver to fixa, to apaixonadamente fixa, que no admira lhe saltassem algumas lgrimas poucas e caladas... As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carcias para a amiga, e quis lev-la; mas o cadver parece que a retinha tambm. Momentos houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar l fora, como se quisesse tragar tambm o nadador da manh. (Machado de Assis) 11. (1) "No meio dela (da confuso), Capitu olhou alguns instantes para o cadver to fixa, to apaixonadamente fixa, / (2) que no admira / (3) lhe saltassem algumas lgrimas poucas e caladas." H no perodo trs oraes j separadas pela barra inclinada e enumeradas cujas classificaes assim se fazem: a) (1) absoluta; (2) causal; (3) objetiva direta b) (1) principal; (2) consecutiva; (3) subjetiva c) (1) coordenada; (2) final; (3) objetiva indireta d) (1) aditiva; (2) temporal; (3) predicativa e) (1) absoluta; (2) proporcional; (3) coordenada TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Uerj) TEXTO I O LIVRO E A AMRICA Talhado para as grandezas, P'ra crescer, criar, subir, O Novo Mundo nos msculos Sente a seiva do porvir - Estaturio de colossos - Cansado doutros esboos Disse um dia Jeov: "Vai, Colombo, abre a cortina Da minha eterna oficina Tira a Amrica de l" ............................................... Filhos do sec'lo das luzes! Filhos da Grande nao! Quando ante Deus vos mostrardes, Tereis um livro na mo: O livro - esse audaz guerreiro Que conquista o mundo inteiro Sem nunca ter Waterloo ... Elo de pensamentos Que abrira a gruta dos ventos Donde a Igualdade voou! ... ............................................... Por isso na impacincia Desta sede de saber, Como as aves do deserto - As almas buscam beber ... Oh! Bendito o que semeia Livros ... livros mo cheia ... E manda o povo pensar!

  • O livro caindo n'alma germe - que faz a palma, chuva - que faz o mar. (ALVES, Castro. "Obra Completa". Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1986. p. 76-78.) VOCABULRIO: Estaturio (verso 5) = escultor, aquele que faz esttuas. Elo (verso 18) = vento forte TEXTO II O ENSINO NA BRUZUNDANGA J vos falei na nobreza doutoral desse pas; lgico, portanto, que vos fale do ensino que ministrado nas suas escolas, donde se origina essa nobreza. H diversas espcies de escolas mantidas pelo governo geral, pelos governos provinciais e por particulares. Estas ltimas so chamadas livres e as outras oficiais, mas todas elas so equiparadas entre si e os seus diplomas se equivalem. Os meninos ou rapazes, que se destinam a elas, no tm medo absolutamente das dificuldades que o curso de qualquer delas possa apresentar. Do que eles tm medo, dos exames preliminares. Passando assim pelo que ns chamamos preparatrios, os futuros diretores da Repblica dos Estados Unidos da Bruzundanga acabam os cursos mais ignorantes e presunosos do que quando para l entraram. So esses tais que berram: "Sou formado! Est falando com um homem formado!". Ou seno quando algum lhes diz: - "Fulano inteligente, ilustrado...", acode o homenzinho logo: - formado? - No. - Ahn! Raciocina ele muito bem. Em tal terra, quem no arranja um ttulo como ele obteve o seu, deve ser muito burro, naturalmente. Apesar de no ser da Bruzundanga, eu me interesso muito por ela, pois l passei uma grande parte da minha meninice e mocidade. Meditei muito sobre os seus problemas e creio que achei o remdio para esse mal que o seu ensino. Vou explicar-me sucintamente. O Estado da Bruzundanga, de acordo com a sua carta constitucional, declararia livre o exerccio de qualquer profisso, extinguindo todo e qualquer privilgio de diploma. Quem quisesse estudar medicina, frequentaria as cadeiras necessrias especialidade a que se destinasse, evitando as disciplinas que julgasse inteis. Aquele que tivesse vocao para engenheiro de estrada de ferro, no precisava estar perdendo tempo estudando hidrulica. Cada qual organizaria o programa do seu curso, de acordo com a especialidade da profisso liberal que quisesse exercer, com toda a honestidade e sem as escoras de privilgio ou diploma todo poderoso. Semelhante forma de ensino, evitando o diploma e os seus privilgios, extinguiria a nobreza doutoral; e daria aos jovens da Bruzundanga mais honestidade no estudo, mais segurana nas profisses que fossem exercer, com a fora que vem da concorrncia entre os homens de valor e inteligncia nas carreiras que seguem. (BARRETO, Lima. OS BRUZUNDANGAS. So Paulo, tica, 1985. p. 49-51 - com adaptaes.) TEXTO III HINO NACIONAL Precisamos descobrir o Brasil! Escondido atrs das florestas, com a gua dos rios no meio, o Brasil est dormindo, coitado. Precisamos colonizar o Brasil. O que faremos importando francesas muito louras, de pele macia, alems gordas, russas nostlgicas para garonettes dos restaurantes noturnos. E viro srias fidelssimas. No convm desprezar as japonesas... Precisamos educar o Brasil. Compraremos professores e livros, assimilaremos finas culturas, abriremos dancings e subvencionaremos as elites. Cada brasileiro ter sua casa com fogo e aquecedor eltricos, piscina, salo para conferncias cientficas. E cuidaremos do Estado Tcnico. Precisamos louvar o Brasil. No s um pas sem igual. Nossas revolues so bem maiores do que quaisquer outras; nossos erros tambm.

  • E nossas virtudes? A terra das sublimes paixes... os Amazonas inenarrveis ... os incrveis Joo-Pessoas... Precisamos adorar o Brasil! Se bem que seja difcil caber tanto oceano e tanta solido no pobre corao j cheio de compromissos ... se bem que seja difcil compreender o que querem esse homens, por que motivo ele se ajuntaram e qual a razo de seus sofrimentos. Precisamos, precisamos esquecer o Brasil! To majestoso, to sem limites, to despropositado, ele quer repousar de nossos terrveis carinhos. O Brasil no nos quer! Est farto de ns! Nosso Brasil no outro mundo. Este no o Brasil. Nosso Brasil existe. E acaso existiro os brasileiros? (ANDRADE, Carlos Drummond de. REUNIO. Rio de Janeiro, Jos Olympio, 1973. p. 36.) 12. "por QUE motivo eles se ajuntaram e qual a razo de seus sofrimentos." (verso 30) A palavra em maisculo tem papel interrogativo indireto (a expresso sinnima de "por qual motivo"), no podendo ser analisada como pronome relativo. O nico dos trechos a seguir, porm, que contm exemplo de um QUE relativo : a) "Bendito o QUE semeia livros" (texto I - versos 25/26) b) " lgico, portanto, QUE vos fale do ensino" (texto II) c) "so bem maiores do QUE quaisquer outras" (texto III - versos 22/23) d) "Se bem QUE seja difcil compreender" (texto III - verso 29) 13. (Uece) Pertencem mesma rea semntica as palavras: a) "simples, tolo, natural", pargrafo 1 b) "descomunais, profundos, sinceros", pargrafo 2 c) "entrega, doao, ddiva", pargrafo 2 d) "cobram, exigem, rotinizam", pargrafo 3 14. (Uece) "Sobre", pargrafo 6, pode ser substitudo por: a) acerca de b) a cerca de c) h cerca de d) por meio de 15. (Uece) Conforme o contexto, est classificada corretamente a palavra: a) "olhar", pargrafo 4: verbo b) "pouca", pargrafo 5: advrbio c) "voc", pargrafo 8: substantivo d) "suficiente", pargrafo 10: adjetivo 16. (Uece) A vrgula de "Se o amor existe, seu contedo j manifesto", pargrafo 10, separa: a) termos de mesma funo sinttica b) uma orao subordinada de uma principal c) oraes subordinadas d) oraes coordenadas TEXTO PARA AS PRXIMAS 6 QUESTES. (Uece) PARA QUEM QUER APRENDER A GOSTAR 01 "Talvez seja to simples, tolo e natural que voc nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda, apenas, a to difcil arte de amar bonito. Gostar to fcil que ningum aceita aprender. 02 Tenho visto muito amor por a. Amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doao e ddiva. Mas esbarram na dificuldade de se tornar bonitos. Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e ateno. Amores levados com arte e ternura de mos jardineiras. 03 A esses amores que so verdadeiros, eternos e descomunais de repente se percebem ameaados apenas e to-somente porque no sabem ser bonitos: cobram, exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender; necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razes. Sim, de razes. Ter razo o maior perigo do amor. Quem tem razo sempre se sente no direito (e o tem) de reivindicar, de exigir justia, equidade, equiparao, sem atinar que o que est sem razo talvez passe por um momento de sua vida no qual no possa ter razo. Nem queira. Ter razo um perigo: em geral enfeia o amor, pois invocado com justia, mas na hora errada. Amar bonito saber a hora de ter razo. 04 Ponha a mo na conscincia. Voc tem certeza de que est fazendo o seu amor bonito? De que est tirando do gesto, da ao, da reao, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro a maior beleza possvel? Talvez no. Cheio ou cheia de razes, voc espera do amor apenas aquilo que exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer. Quem espera mais do que isso sofre, e sofrendo deixa de amar bonito. Sofrendo, deixa de ser alegre, igual, irmo, criana. E sem soltar a criana, nenhum amor bonito. 05 No tema o romantismo. Derrube as cercas da opinio alheia. Faa coroas de margaridas e enfeite a cabea de quem voc ama. Saia cantando e olhe alegre. Recomendam-se: encabulamentos, ser pego em flagrante gostando; no se

  • cansar de olhar, e olhar; no atrapalhar a convivncia com teorizaes; adiar sempre, se possvel com beijos, 'aquela conversa importante que precisamos ter'; arquivar, se possvel, as reclamaes pela pouca ateno recebida. Para quem ama, toda ateno sempre pouca. Quem ama feio no sabe que pouca ateno pode ser toda a ateno possvel. Quem ama bonito no gasta o tempo dessa ateno cobrando a que deixou de ter. 06 No teorize sobre o amor (deixe isso para ns, pobres escritores que vemos a vida como a criana de nariz encostado na vitrina cheia de brinquedos dos nossos sonhos); no teorize sobre o amor; ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora. 07 No tenha medo exatamente de tudo o que voc teme, como: a sinceridade; no dar certo; depois vir a sofrer (sofrer de qualquer jeito); abrir o corao; contar a verdade do tamanho do amor que sente. 08 Jogue por alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabidamente eficazes (no sbio ser sabido): seja apenas voc no auge de sua emoo e carncia, exatamente aquele voc que a vida impede de ser. Seja voc cantando desafinado, mas todas as manhs. Falando besteira, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o corao bater como no tempo do Natal infantil. Revivendo os carinhos que intuiu em criana. Sem medo de dizer eu quero, eu gosto, eu estou com vontade. 09 Talvez a voc consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor, ou bonitar fazendo o seu amor, ou amar fazendo o seu amor bonito (a ordem das frases no altera o produto), sempre que ele seja a mais verdadeira expresso de tudo o que voc , e nunca: deixaram, conseguiu, soube, pde, foi possvel, ser. 10 Se o amor existe, seu contedo j manifesto. No se preocupe mais com ele e suas definies. Cuide agora da forma. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de voc. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e s assim poder comear a tentar fazer o outro feliz." (TVOLA, Arthur da. "Para quem quer aprender a amar". In: COSTA, Dirce Maura Lucchetti et al. "Estudo de texto: estrutura, mensagem, re-criao". Rio, DIMAC, 1987. P. 25-6) 17. "que ningum aceita aprender", pargrafo 1, traduz idia de: a) causa b) condio c) conformidade d) consequncia 18. "Como", pargrafo 8, introduz idia de: a) causa b) comparao c) conformidade d) meio 19. Aponte a opo em que a palavra destacada pertence mesma classe gramatical de SENHORA em "(...) das foras de uma nao consciente e SENHORA de si mesma" (Texto II) a) arte b) organismo c) nao d) sadios e) povos TEXTO PARA AS PRXIMAS 2 QUESTES. (Cesgranrio) O POETA COME AMENDOIM - TEXTO I Noites pesadas de cheiros e calores amontoados... Foi o sol que por todo o stio imenso do Brasil Andou marcando de moreno os brasileiros. Estou pensando nos tempos de antes de eu nascer... A noite era pra descansar. As gargalhadas brancas dos mulatos... Silncio! O Imperador medita os seus versinhos. Os Caramurus conspiram sombra das mangueiras ovais. S o murmurejo dos cre'm-deus-padre irmanava os [ homens de meu pas... Duma feita os canhamboras perceberam que no tinha [mais escravos, Por causa disso muita virgem-do-rosri se perdeu... Porm o desastre verdadeiro foi embonecar esta Repblica tempor. A gente inda no sabia se governar... Progredir, progredimos um tiquinho Que o progresso tambm uma fatalidade... Ser o que Nosso Senhor quiser!... Estou com desejos de desastres... Com desejos do Amazonas e dos ventos muriocas Se encostando na canjerana dos batentes... Tenho desejos de violas e solides sem sentido... Tenho desejos de gemer e de morrer... Brasil... Mastigado na gostosura quente do amendoim... Falado numa lngua curumim De palavras incertas num remeleixo melado melanclico...

  • Saem lentas frescas trituradas pelos meus dentes bons... Molham meus beios que do beijos alastrados E depois semitoam sem malcia as rezas bem nascidas... Brasil amado no porque seja minha ptria, Ptria acaso de migraes e do po-nosso onde Deus der... Brasil que eu amo porque o ritmo no meu brao aventuroso, O gosto dos meus descansos, O balano das minhas cantigas amores e danas. Brasil que eu sou porque a minha expresso muito engraada, Porque o meu sentimento pachorrento, Porque o meu jeito de ganhar dinheiro, de comer e de dormir. (Mrio de Andrade. POESIAS COMPLETAS. S.P.: Martins, 1996. p. 109-110) TEXTO II A poltica a arte de gerir o Estado, segundo princpios definidos, regras morais, leis escritas, ou tradies respeitveis. A politicalha a indstria de explorar o benefcio de interesses pessoais. Constitui a poltica uma funo, ou o conjunto das funes do organismo nacional: o exerccio normal das foras de uma nao consciente e senhora de si mesma. A politicalha, pelo contrrio, o envenenamento crnico dos povos negligentes e viciosos pela contaminao de parasitas inexorveis. A poltica a higiene dos pases moralmente sadios. A politicalha, a malria dos povos de moralidade estragada. (Rui Barbosa. Texto reproduzido em ROSSIGNOLI, Walter. "Portugus: teoria e prtica". 2. ed. So Paulo: tica, 1992. p. 19) 20. "DUMA FEITA os canhamboras perceberam que no tinha mais escravos (...)" (Texto I, v. 9). A locuo em destaque denota nesse contexto: a) tempo. b) oposio. c) concluso. d) comparao. e) consequncia. TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Fuvest) LXXII Uma Reforma Dramtica Nem eu, nem tu, nem qualquer outra pessoa desta histria poderia responder mais, to certo que o destino, como todos os dramaturgos, no anuncia as peripcias nem o desfecho. Eles chegam a seu tempo, at que o pano cai, apagam-se as luzes, e os espectadores vo dormir. Nesse gnero h porventura alguma coisa que reformar, e eu proporia, como ensaio, que as peas comeassem pelo fim. Otelo mataria a si e a Desdmona no primeiro ato, os trs seguintes seriam dados ao lenta e decrescente do cime, e o ltimo ficaria s com as cenas iniciais da ameaa dos turcos, as explicaes de Otelo e Desdmona, e o bom conselho do fino Iago: "Mete dinheiro na bolsa." Desta maneira o espectador, por um, acharia no teatro a charada habitual que os peridicos lhe do, porque os ltimos atos explicariam o desfecho do primeiro, espcie de conceito, e, por outro lado, ia para a cama com uma boa impresso de ternura e de amor: CXXXV Otelo Jantei fora. De noite fui ao teatro. Representava-se justamente Otelo, que eu no vira nem lera nunca; sabia apenas o assunto, e estimei a coincidncia. Vi as grandes raivas do mouro, por causa de um leno, - um simples leno! - e aqui dou matria meditao dos psiclogos deste e de outros continentes, pois no me pude furtar observao de que um leno bastou a acender os cimes de Otelo e compor a mais sublime tragdia deste mundo. Os lenos perderam-se, hoje so precisos os prprios lenis, alguma vez nem lenis h, e valem s as camisas. Tais eram as idias que me iam passando pela cabea, vagas e turvas, medida que o mouro rolava convulso, e Iago destilava a sua calnia. Nos intervalos no me levantava da cadeira; no queria expor-me a encontrar algum conhecido. As senhoras ficavam quase todas nos camarotes, enquanto os homens iam fumar. Ento eu perguntava a mim mesmo se alguma daquelas no teria amado algum que jazesse agora no cemitrio, e vinham outras incoerncias, at que o pano subia e continuava a pea. O ltimo ato mostrou-me que no eu, mas Capitu devia morrer. Ouvi as splicas de Desdmona, as suas palavras amorosas e puras, e a fria do mouro, e a morte que este lhe deu entre aplausos frenticos do pblico. (Machado de Assis, "Dom Casmurro") 21. "TAIS eram as idias que ME iam passando pela cabea, vagas e turvas, medida que o mouro rolava convulso." Reescreva o perodo, substituindo cada pronome em destaque por outro de sentido equivalente. 22. (Uerj) Nos trechos a seguir, est em destaque um sintagma formado de substantivo e adjetivo. A nica alternativa em que a inverso das duas palavras tambm poderia inverter sua classe gramatical : a) "... reduzindo todos sua EXPRESSO ORIGINAL..." (texto I) b) "... convenincias materiais do APAIXONADO ADORADOR de si mesmo." (texto I) c) "Arrancai a planta dos CLIMAS TROPICAIS e plantai-a na Europa..." (texto II) d) "... a sonhar com histrias de luas e CANTOS BRBAROS de pajs..." (texto III)

  • 23. (Uerj) "... e como a Terra fosse de rvores vermelhas e SE houvesse mostrado assaz gentil, deram-lhe o nome de Brasil." (texto III - versos 20 a 22) O valor morfossinttico da palavra "SE" na penltima estrofe est repetido em: a) "Rosas te brotaro da boca, SE cantares!" (Olavo Bilac) b) "Vou expor-te um plano; quero saber SE o aprovas." (Artur Azevedo) c) "Todas as palavras so inteis, desde que SE olha para o cu." (Ceclia Meireles) d) "Cada um deles SE incumbia de fazer poro de requerimentos." (Mrio Palmrio) TEXTO PARA AS PRXIMAS 3 QUESTES. (Uerj) TEXTO I 1 Escreverei minhas "Memrias", fato mais frequentemente do que se pensa observado no mundo industrial, artstico, cientfico e sobretudo no mundo poltico, onde muita gente boa se faz elogiar e aplaudir em brilhantes artigos biogrficos to espontneos, como os ramalhetes e as coroas de flores que as atrizes compram para que lhos atirem na cena os comparsas comissionados. 2 Eu reputo esta prtica muito justa e muito natural; porque no compreendo amor e ainda amor apaixonado mais justificvel do que aquele que sentimos pela nossa prpria pessoa. 3 O amor do eu e sempre ser a pedra angular da sociedade humana, o regulador dos sentimentos, o mvel das aes, e o farol do futuro: do amor do eu nasce o amor do lar domstico, deste o amor do municpio, deste o amor da provncia, deste o amor da nao, anis de uma cadeia de amores que os tolos julgam que sentem e tomam ao srio, e que certos maganes envernizam, mistificando a humanidade para simular abnegao e virtudes que no tm no corao e que eu com a minha exemplar franqueza simplifico, reduzindo todos sua expresso original e verdadeira, e dizendo, lar, municpio, provncia, nao, tm a flama dos amores que lhes dispenso nos reflexos do amor em que me abraso por mim mesmo: todos eles so o amor do eu e nada mais. A diferena est em simples nuanas determinadas pela maior ou menor proporo dos interesses e das convenincias materiais do apaixonado adorador de si mesmo. (MACEDO, Joaquim Manuel de. "Memrias do sobrinho de meu tio". So Paulo: Companhia das Letras, 1995.) TEXTO II J dois anos se passaram longe da ptria. Dois anos! Diria dois sculos. E durante este tempo tenho contado os dias e as horas pelas bagas do pranto que tenho chorado. Tenha embora Lisboa os seus mil e um atrativos, eu quero a minha terra; quero respirar o ar natal (...). Nada h que valha a terra natal. Tirai o ndio do seu ninho e apresentai-o d'improviso em Paris: ser por um momento fascinado diante dessas ruas, desses templos, desses mrmores; mas depois falam-lhe ao corao as lembranas da ptria, e trocar de bom grado ruas, praas, templos, mrmores, pelos campos de sua terra, pela sua choupana na encosta do monte, pelos murmrios das florestas, pelo correr dos seus rios. Arrancai a planta dos climas tropicais e plantai-a na Europa: ela tentar reverdecer, mas cedo pende e murcha, porque lhe falta o ar natal, o ar que lhe d vida e vigor. Como o ndio, prefiro a Portugal e ao mundo inteiro, o meu Brasil, rico, majestoso, potico, sublime. Como a planta dos trpicos, os climas da Europa enfezam-me a existncia, que sinto fugir no meio dos tormentos da saudade. (ABREU, Casimiro de."Obras de Casimiro de Abreu". Rio de Janeiro: MEC, 1955.) TEXTO III LADAINHA I Por se tratar de uma ilha deram-lhe o nome de ilha de Vera Cruz. Ilha cheia de graa. Ilha cheia de pssaros. Ilha cheia de luz. Ilha verde onde havia mulheres morenas e nuas anhangs a sonhar com histrias de luas e cantos brbaros de pajs em poracs [batendo os ps. Depois mudaram-lhe o nome pra terra de Santa Cruz. Terra cheia de graa Terra cheia de pssaros Terra cheia de luz. A grande Terra girassol onde havia [guerreiros de tanga e onas ruivas [deitadas sombra das rvores [mosqueadas de sol. Mas como houvesse, em abundncia, certa madeira cor de sangue cor de brasa e como o fogo da manh selvagem fosse um brasido no carvo noturno da [paisagem, e como a Terra fosse de rvores vermelhas

  • e se houvesse mostrado assaz gentil, deram-lhe o nome de Brasil. Brasil cheio de graa Brasil cheio de pssaros Brasil cheio de luz. (RICARDO, Cassiano. "Seleta em prosa e verso". Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1975.) 24. "POR SE TRATAR DE UMA ILHA deram-lhe o nome de ilha de Vera Cruz:" (texto III - versos 1 e 2) A orao em destaque introduz uma circunstncia de: a) causa b) condio c) concesso d) comparao TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Fuvest) Alm de parecer no ter rotao, a Terra parece tambm estar imvel no meio dos cus. Ptolomeu d argumentos astronmicos para tentar mostrar isso. Para entender esses argumentos, necessrio lembrar que, na antiguidade, imaginava-se que todas as estrelas (mas no os planetas) estavam distribudas sobre uma superfcie esfrica, cujo raio no parecia ser muito superior distncia da Terra aos planetas. Suponhamos agora que a Terra esteja no centro da esfera das estrelas. Neste caso, o cu visvel noite deve abranger, de cada vez, exatamente a metade da esfera das estrelas. E assim parece realmente ocorrer: em qualquer noite, de horizonte a horizonte, possvel contemplar, a cada instante, a metade do zodaco. Se, no entanto, a Terra estivesse longe do centro da esfera estrelar, ento o campo de viso noite no seria, em geral, a metade da esfera: algumas vezes poderamos ver mais da metade, outras vzes poderamos ver menos da metade do zodaco, de horizonte a horizonte. Portanto, a evidncia astronmica parece indicar que a Terra est no centro da esfera de estrelas. E se ela est sempre nesse centro, ela no se move em relao s estrelas. (Roberto de A. Martins, Introduo geral ao Commentariolus de Nicolau Copernico) 25. Os termos alm de, no entanto, ento, portanto estabelecem no texto, relaes, respectivamente, de: a) distanciamento - objeo - tempo - efeito. b) adio - objeo - tempo - concluso. c) distanciamento - consequncia - concluso - efeito. d) distanciamento - oposio - tempo - consequncia. e) adio - oposio - consequncia - concluso. TEXTO PARA AS PRXIMAS 4 QUESTES. (Puc-rio) A CLASSE A eliminao gradual da classe mdia brasileira, um processo que comeou h anos mas que de uns tempos para c assumiu propores catastrficas, a ponto de a classe mdia brasileira ser hoje classificada pelas Naes Unidas como uma espcie em extino, junto com o mico-rosa e a foca-focinho-verde, est preocupando autoridades e conservacionistas nacionais. Estudam-se medidas para acabar com o massacre indiscriminado que vo desde o estabelecimento de cotas anuais - s uma determinada parcela da classe mdia poderia ser abatida durante uma temporada - at a criao de santurios onde, livre de impostos extorsivos e protegida de contracheques criminosos e custos predatrios, a classe mdia brasileira se reproduziria at recuperar sua antiga fora numrica, e numerria. Uma espcie de reserva de mercado. A tentativa de recriar a classe mdia brasileira em laboratrio, como se sabe, no deu certo. Os prottipos, assim que conseguiram algum dinheiro, fretaram um avio para Disneyworld. A preservao natural da classe mdia brasileira evitaria coisas constrangedoras como a recente reunio da classe realizada em So Paulo, qual, de vrios pontos do Brasil, compareceram dezessete pessoas. As outras cinco no conseguiram crdito para a passagem. A reunio teve de ser transferida do Morumbi para a mesa de uma pizzaria, e ningum pediu vinho. Uma proposta para que a classe fizesse greve nacional para chamar a ateno do pas para a sua crescente insignificncia foi rejeitada sob a alegao de que ningum iria notar. Fizeram uma coleta para financiar a eleio de representantes da classe mdia na Assemblia Constituinte, mas acabaram devolvendo os 10 cruzeiros. A nica resoluo aprovada foi a de que, para evitar a perseguio, todos se despojassem de sinais ostensivos de serem da classe mdia, como carro pequeno etc., e passassem a viver como pobres. A no seria rebaixamento social, seria disfarce. No fim os garons se cotizaram e deram uma gorjeta para os integrantes da mesa. Cenas lamentveis tm ocorrido tambm com ex-membros da classe mdia que, passando para uma classe inferior, no sabem como se comportar e so alvo de desprezo de pobres tradicionais, que os chamam de "novos pobres". -Viu aquela ali? Quis fazer caneca de lata de leo e no sabe nem abrir um buraco com prego. -E usa lata de leo de milho. -Metida a pouca coisa... -J viram ela num nibus? No sabe empurrar a borboleta com a anca enquanto briga com o cobrador. -E no conta o troco! -Bero bero, minha filha. Alguns pobres menos preconceituosos ainda tentam ajudar os novos pobres a evitar suas gafes. -Olhe, no leve a mal... -O qu? - o seu jeito de falar. -Diga-me. -Voc s vezes usa o pronome oblquo muito certo. -Mas... -Aqui na vila, pronome oblquo certo pega mal. -Sei. -E outra coisa... -O qu? -Os seus discos.

  • -O toca-discos foi a nica coisa que eu consegui salvar quando me despejaram. -Eu sei. Mas Julio Iglesias?! (Lus Fernando Verssimo - COMDIAS DA VIDA PBLICA - 17/07/85) 26. Considerando o sistema de valores sociais presente no texto, explique por que, naquela vila, "pronome oblquo certo pega mal" (ref.1). 27. Destaque do texto um vocbulo que possa pertencer a mais de uma classe de palavras e, em seguida, escreva um perodo com o mesmo vocbulo com uma classe inquestionavelmente diferente daquela do texto. 28. Reescreva o perodo abaixo, substituindo os substantivos destacados por verbos dos quais eles derivem. Faa todas as alteraes que julgar necessrias, inclusive de ordenao de elementos na frase. fundamental a LUTA das autoridades e dos conservacionistas pela PRESERVAO da classe mdia. 29. Desdobre o perodo abaixo em dois, substituindo o elemento destacado pelo termo a que ele faz referncia na frase anterior. "A preservao natural da classe mdia evitaria coisas constrangedoras como a recente reunio da classe realizada em So Paulo, QUAL, de vrios pontos do Brasil, compareceram dezessete pessoas." TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Ita) As questes a seguir referem-se ao texto adiante. Analise-as e assinale, para cada uma, a alternativa incorreta. Litania dos Pobres Cruz e Souza 01 Os miserveis, os rotos So as flores dos esgotos So espectros implacveis Os rotos, os miserveis. 05 So prantos negros de furnas Caladas, mudas, soturnas. So os grandes visionrios Dos abismos tumulturios. As sombras das sombras mortas, 10 Cegos, a tatear nas portas. Procurando os cus, aflitos E varando os cus de gritos. Inteis, cansados braos Mos inquietas, estendidas. 30. a) 'espectros' (v.3) tem o sentido de 'fantasma', de irrealidade: caberia aqui como sinnimo de 'esqulidos, esquelticos'. b) 'flores' (v.2) - o Autor encontra certo encantamento na vida dos pobres. c) Na estrofe 1 a ordem direta: primeiro o sujeito, depois o predicado. d) Na estrofe 2 os adjetivos substantivos, 'rotos' e 'miserveis', so o sujeito. e) 'Procurando o cu' (v.11) uma orao subordinada adverbial, em referncia a 'aflitos' (v.11). TEXTO PARA AS PRXIMAS 2 QUESTES. (Uff) PERO VAZ DE CAMINHA a descoberta Seguimos nosso caminho por este mar de longo At a oitava da Pscoa Topamos aves E houvemos vista de terra os selvagens Mostraram-lhes uma galinha Quase haviam medo dela E no queriam pr a mo E depois a tomaram como espantados primeiro ch Depois de danarem Diogo Dias

  • Fez o salto real as meninas da gare Eram trs ou quatro moas bem moas e bem gentis Com cabelos mui pretos pelas espduas E suas vergonhas to altas e to saradinhas Que de ns as muito olharmos No tnhamos nenhuma vergonha (ANDRADE, Oswald. "Poesias reunidas". Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 1978, p.80.) 31. Sobre as palavras destacadas nos versos a seguir, assinale a afirmativa correta: E suas VERGONHAS to altas e to saradinhas (v.18) Que de ns as muito olharmos (v.19) No tnhamos nenhuma VERGONHA (v.20) a) Seus sentidos so diferentes, mas tm a mesma classe gramatical. b) Seus sentidos so distintos e suas classes gramaticais so diferentes. c) Ambas tm o mesmo sentido, mas as classes gramaticais so diferentes. d) Ambas tm o mesmo sentido e a mesma classe gramatical. e) Tanto seus sentidos quanto suas classes gramaticais so correspondentes. 32. A converso de substantivos em adjetivos, isto , tomar uma palavra designadora (substantivo) e us-la como caracterizada (adjetivo), constitui um procedimento comum em lngua portuguesa. Assinale a opo em que a palavra em destaque exemplifica este procedimento de converso de substantivo em adjetivo. a) E depois a tomaram como ESPANTADOS. (v.10) b) Fez o salto REAL (v.14) c) Eram trs ou quatro moas bem MOAS e bem gentis (v.16) d) Com cabelos mui PRETOS pelas espduas (v.17) e) E suas vergonhas to ALTAS e to saradinhas. (v.18) TEXTO PARA AS PRXIMAS 2 QUESTES. (Cesgranrio) Texto: "Sobre o Amor" 1 (...) Ele diz: Eu te amo. E o que a gente ouve no : "Eu te amo tanto quanto posso dentro das limitaes dessa relao e desse meu momento de vida, dentro das minhas prprias limitaes, dos meus medos e dos meus fechamentos. "A gente ouve: "Eu te amo totalmente, para sempre, sem que nada, antes ou depois do nosso encontro, supere esse sentimento." Ele fala de si, e ns ouvimos o cosmos. Ele fala do hoje, e ns entendemos o eterno. 2 A culpa nossa, ento, por ouvirmos errado? No. Ele tambm, ao falar dentro da sua pequena dimenso humana, est se iludindo com as grandes medidas. Ao dizer "eu te amo", assume o papel do grande amante, torna-se o amor absoluto encarnado. 3 (... ) em matria de sentimentos, essa noo acaba sendo l@ subjetiva. O amor que absoluto para mim pode no s-lo para a pessoa qual dirigido. E isso porque, enquanto minha emoo amorosa me preenche por inteiro, dando-me a impresso de que no existe mais possibilidade de amor alm dela, o objeto do meu amor, que, por razes pessoais, no se sente por ele preenchido, pode consider-lo insuficiente e, como tal, bem aqum do absoluto. 4 Alm do mais, o amor no inelutvel. No podemos viver sem ter nascido, nem podemos viver sem vir a morrer. Mas, apesar das nossas fantasias em contrrio, podemos perfeitamente viver sem grandes amores, coisa que, alis, acontece com a maioria das pessoas. O amor parte da vida, mas apenas uma parte, e nem de leve to indispensvel quanto, digamos, a alimentao. luz da realidade mais imediata, e, por mais que a idia nos desagrade, o amor uma necessidade menor. 5 Nem o amor uma experincia nica. A quase totalidade das pessoas abriga em sua vida diversos amores. E, embora o tempo e o distanciamento afetivo acabem por diluir nossa capacidade de reviv-los por completo na lembrana, conservamos, se no a emoo, pelo menos o registro daquela intensidade. Assim, a lembrana dos amores passados vencida para permitir o acontecimento de novos amores, mas no apagada. 6 Apesar disso tudo, e, apesar de sabermos disso tudo, continuamos querendo o amor absoluto. Mas h mais um empecilho na rota da sua conquista: a exigncia da reciprocidade. 7 Em termos literdos, um grande amor pode existir mesmo sem resposta; o amante suspira na sombra, se acaba de paixo, sem que o objeto de seus sonhos lhe dirija mais do que um olhar. Mas na vida real o que queremos, para que o amor se complete fsica e efetivamente, que o outro tambm nos ame. E achamos que nosso amor s se transformar realmente num amor absoluto, na medida em que a intensidade do amor do outro for gmea idntica da nossa intensidade. 8 O amor no mensurvel. A duras penas sabemos do nosso prprio amor, quanto mais daquele do outro. O que acostumamos fazer para resolver o impasse medir o amor do outro usando o nosso prprio amor como metro. Ele diz "eu te amo". Ns respondemos "eu tambm te amo". E deduzimos que as duas coisas so idnticas e que aquele amor, como a vida e a morte, representa um todo, como elas indissolvel, e, portanto, como elas, absoluto. Est demonstrado o teorema, como se queria. 9 Um perigoso teorema, na verdade. Porque, em cima dele e da sua inconsistncia, comeamos a construir justamente aquele castelo que queramos mais slido e mais seguro. Marina Colasanti. E por falar em amor (com adaptaes). 33. Assinale a frase em que a classe gramatical da palavra ou expresso em destaque est correta. a) "E O que a gente ouve no :" (par.1) (pronome substantivo oblquo). b) "... sem que NADA (...) supere esse sentimento." (par.1) (advrbio de negao) c) "Ele fala do HOJE, e ns entendemos o eterno." (par.1) (substantivo). d) "enquanto minha emoo amorosa me preenche POR INTEIRO..." (par.1) (locuo prepositiva). e) "...para que o amor se complete fsica e efetivamente..." (par.7) (adjetivo)

  • 34. A orao "sem que o objeto de seus sonhos lhe dirija mais que um olhar" (par.7) apresenta uma locuo conjuntiva cujo valor : a) final. b) condicional. c) concessivo. d) consecutivo. e) conformativo. TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Uepg) Delrio de voar Nos dez primeiros anos deste sculo havia uma mania pop em Paris - voar. As formas estranhas dos aeroplanos experimentais invadiam as pginas dos jornais. Cada proeza dos aviadores era narrada em detalhe. Os parisienses acompanhavam fascinados as audcias dos aviadores, uma elite extravagante de jovens brilhantes, cultos e elegantes, realada por vrios milionrios e pelo interesse das moas. Multides lotavam o campo de provas de Issy-les-Molincaux. Os pilotos e os inventores eram reconhecidos nas ruas e homenageados em restaurantes. Todo dia algum biruta apresentava uma nova mquina, anunciava um plano mirabolante e desafiava a gravidade e a prudncia. Paris virara a capital mundial da aviao desde a fundao do Aro-Club de France, em 1898. Depois da difuso dos grandes bales, em 1880, e dos dirigveis inflados a gs, em 1890 - os chamados "mais leves que o ar", chegara a hora dos aparelhos voadores prticos, menores e controlveis - os "mais pesados que o ar". Durante muito tempo eles foram descartados como impossveis, mas agora as pr-condies haviam mudado. A tecnologia da aerodinmica, da engenharia de estruturas, do desenho de motores e da qumica de combustveis havia chegado a um estgio de evoluo indito. Combinadas, permitiam projetar mquinas inimaginadas. Simultaneamente, por caminhos paralelos, a fotografia dera um salto com a inveno dos filmes flexveis, em 1889. Surgiram cmeras modernas, mais sensveis luz, mais velozes e fceis de manejar. Em consequncia, proliferaram os fotgrafos profissionais e amadores. Eles no s registraram cada passo da infncia da aviao como tambm popularizaram-na. Transportados pelos jornais, os feitos dos pioneiros estimularam a vocao de muitos jovens candidatos a aviador. A mdia glamourizou a ousadia de voar. ......................................................................................... Inventar avies era um ofcio diletante e nada rendoso - ainda. Exigia recursos financeiros para construir aparelhos, contratar mecnicos, oficinas e hangares. Dinheiro nunca faltou ao brasileiro Alberto Santos-Dumont, filho de um rico fazendeiro mineiro, ou ao engenheiro e nobre francs marqus d'Ecquevilley-Montjustin. Voar era um ideal delirante e dndi. Uma glria para homens extraordinrios. (SUPERINTERESSANTE, junho/99, p.36) 35. Se alterarmos a estrutura do ltimo perodo do primeiro pargrafo para "Todo dia algum biruta anunciava um plano que desafiava a gravidade e a prudncia", obteremos um perodo em que h 01) duas oraes, uma principal e uma subordinada. 02) um pronome relativo com funo de sujeito. 04) uma orao de valor adjetivo. 08) coordenao de oraes. 16) uma orao de valor substantivo. TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Vunesp) To inteiramente conhecia Cristo a Judas, como a Pedro, e aos demais; mas notou o Evangelista com especialidade a cincia do Senhor, em respeito de Judas, porque em Judas mais que em nenhum dos outros campeou a fineza do seu amor. Ora vede: Definindo S. Bernardo o amor fino, diz assim: Amor non quaerit causam, nec fructum: "O amor fino no busca causa nem fruto". Se amo, porque me amam, tem o amor causa; se amo, para que amem, tem fruto: e amor fino no h de ter por qu, nem para qu. Se amo porque me amam, obrigao, fao o que devo; se amo para que me amem, negociao, busco o que desejo. Pois como h de amar o amor para ser fino? Amo, quia amo, amo, ut amem: amo, porque amo, e amo para amar. Quem ama porque o amam, agradecido; quem ama, para que o amem, interesseiro; quem ama, no porque o amam, nem para que o amem, esse s fino. E tal foi a fineza de Cristo, em respeito de Judas, fundada na cincia que tinha dele e dos demais discpulos. (in Vieira, SERMES, 4 ed., Rio de Janeiro, Agir 1966, p. 64.) 36. Em sua argumentao insistente, repetitiva, Vieira sintetiza a sua teoria do amor com a frase "O amor fino no busca causa nem fruto". Lendo atentamente a sequncia do texto em pauta, percebemos que os vocbulos causa e fruto dessa frase apresentam relao contextual, respectivamente, com os conectivos porque e para que e com oraes como por exemplo "porque me amam" e "para que me amem". Partindo deste comentrio: a) explique a relao contextual mencionada; b) justifique-a em funo da teoria do amor proposta por Vieira. TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Unitau) "A teoria da argumentao a parte da semiologia comprometida com a explicao das evocaes ideolgicas das mensagens. Os novos retricos aproximam-se, assim, da proposta de Eliseo Vern, que, preocupado com as condies ideolgicas dos processos de transmisso e consumo das significaes no seio da comunicao social, chama de semiologia os estudos preocupados com essa problemtica, deixando como objeto da teoria lingustica as questes tradicionais sobre o conceito, o referente e os componentes estruturais dos signos. Essa demarcao determina que a semiologia deve ser analisada como uma teoria hermenutica das formas como se manipulam contextualmente os discursos". (ROCHA & CITTADINO, "O Direito e sua Linguagem", p.17, Srgio Antonio Fabris Editor, Porto Alegre, 1984)

  • 37. "Esta demarcao determina que a semiologia deve ser analisada como uma teoria hermenutica das formas como se manipulam contextualmente os discursos". Nessa frase tem-se a) uma orao subordinada substantiva objetiva direta, em voz passiva analtica. b) uma orao subordinada adjetiva restritiva. c) uma orao subordinada adverbial proporcional. d) uma orao subordinada adverbial condicional; e) uma orao coordenada explicativa. TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Cesgranrio) 1 A fisionomia da sociedade brasileira neste final de sculo est irreconhecvel. A violncia e a crueldade viraram fenmenos de massa. Antes, e at h no muito tempo, elas apareciam como sintoma de patologias individuais. Os "monstros" - um estuprador e assassino de crianas, uma mulher que esquartejou o amante - eram motivo de pasmo e horror para uma comunidade onde a violncia ficava confinada a um escaninho de modestas propores. Hoje, uma guerrilha e faz parte do nosso cotidiano. 2 Em pouco tempo a imagem do Brasil, para uso externo e sobretudo para si mesmo, ficou marcada pela reiterao rotineira da crueldade. A onda no o simples homicdio, o massacre. E, para no ficarmos no saudosismo dos anos dourados, ressurge uma forma de massacre que tem razes histricas profundas: o genocdio, essa mancha na formao de uma nacionalidade argamassada pelo sangue de ndios e negros. 3 Os episdios brutais esto a. (...) 4 A violncia costuma ser associada urbanizao macia, que gera misria, desordem e conflitos. 5 No vamos procurar desculpa invocando smiles de outros pases - no Peru, na Bsnia ou onde quer que seja. Estamos dizendo "adeus" ao mito da cordialidade brasileira, da "ndole pacfica do nosso povo". Estamos transformados - irreconhecveis. Convertida em face do monstro, desfigurou-se a nossa fisionomia de povo folgazo, inzoneiro, que tem como smbolos o carnaval, o samba e o futebol. (...) 6 A misria e a fome do povo so um caldo de cultura a favorecer a disseminao da violncia, que se torna balco de comrcio nas mos de empresrios inescrupulosos. (Moacir Werneck de Castro. Jornal do Brasil, 28/08/93, p. 11.) 38. Assinale o item em que NO h correspondncia de sentido no desenvolvimento da orao reduzida em: "Convertida em face do monstro, desfigurou-se..." (5 pargrafo) a) Porque foi convertida... b) Conquanto foi convertida... c) J que foi convertida... d) Porquanto foi convertida... e) Como foi convertida... TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Unb) O SCULO E vs, arcas do futuro, Crislidas do porvir, Quando vosso brao ousado Legislaes construir Levantai um templo novo, Porm no que esmague o povo, Mas lhe seja pedestal. Que ao menino d escola, Ao veterano - uma esmola... A todos - luz e fanal. Basta!... Eu sei que a mocidade o Moiss no Sinai; Das mos do Eterno recebe As tbuas da lei! marchai! Quem cai na luta com glria, Tomba nos braos da Histria, No corao do Brasil! Moos, do topo dos Andes, Pirmides vastas, grandes, Vos contemplam sculos mil! (Castro Alves. "O sculo". agosto de 1865) Na(s) questo(es) a seguir assinale os itens corretos e os itens errados. 39. Analisando o texto quanto ao emprego dos sinais de pontuao, julgue os itens a seguir. (0) A pontuao do texto denota o predomnio da funo emotiva da linguagem. (1) O uso reiterado de pontos de exclamao contribui para reforar o tom hiperblico, exagerado, da poesia condoreira, caracterstica pela qual ficou conhecido Castro Alves. (2) O emprego das reticncias, no incio da segunda estrofe, em lugar de outro sinal de pontuao, indica a interrupo do pensamento do poeta. (3) O uso do travesso, nos dois ltimos versos da primeira estrofe, justifica-se apenas como recurso estilstico, pois contraria as regras gramaticais.

  • TEXTO PARA AS PRXIMAS 2 QUESTES. (Ufrs) Pais e adultos em geral so incompetentes para entender o que vai pela cabea das crianas; estas, por sua vez, so incapazes de detectar o que se esconde sob os gestos e as frases dos mais velhos. Na zona cinzenta que rene essas duas conhecidas limitaes, reside o objeto de "Quarto de Menina", estria literria da psicanalista carioca Livia Garcia Roza. Luciana, oito anos, filha nica de pais separados, inteligente, sapeca, sem papas na lngua e mora com o pai, intelectual, pacato, calado, professor de filosofia. ela a narradora do livro. Ao longo de 180 pginas, relata o seu cotidiano, que se limita, aqui, ao prprio quarto, biblioteca do pai, sala e casa da me. [...] Apesar disso, no se trata de uma obra para crianas. A construo hbrida da narrativa descarta episdios mais banais ou preocupaes que seriam em tese mais comuns s crianas, dando destaque para os dilogos, seja entre Luciana e os pais, seja entre a garota e suas bonecas. No primeiro caso, Luciana frequentemente no entende certas insinuaes dos pais, enquanto estes ficam perplexos diante de reaes ou perguntas da filha. J nas "conversas" com seus amigos de quarto, a narradora expe seu estranhamento, desabafa, chora, faz planos e, ao mesmo tempo, revela indireta e inconscientemente a dificuldade de captar o significado dos eventos que ela mesma narra, significado que ns, leitores presumivelmente maduros, enxergamos logo de cara. Nessa capacidade de explicar ao mesmo tempo uma histria e a no-compreenso dessa mesma histria pelo seu prprio narrador, a est um dos pontos mais interessantes de "Quarto de Menina". [...] (Ajzenberg B. A ABISSAL NORMALIDADE DO COTIDIANO, Folha de So Paulo, 15.10.95, p. 5-11) 40. As expresses a seguir poderiam substituir a expresso 'Apesar disso' (no incio do terceiro pargrafo) sem causar alterao essencial no significado da frase, exceo de: a) Contudo b) No entanto c) Todavia d) Portanto e) Entretanto 41. Considere as seguintes propostas de substituies de expresses do texto. I - Substituir a palavra 'o' (ref. 4) por 'aquilo'. II - Substituir a expresso 'o que' (ref. 5) por 'o qual'. III - Substituir a palavra 'que' (ref. 6) por 'o qual'. Quais delas poderiam ser realizadas sem acarretar erro? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e III e) I, II e III TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Ufsc) "Aqui estou de novo. Feliz por este momento. Eu estava muito nervoso no final do jogo. Foi aqui que eu apareci pela primeira vez, para ganhar o meu primeiro torneio em 97. Foi aqui que meus sonhos comearam a se tornar realidade. No achei que pudesse voltar aqui e vencer," disse Guga com o microfone na mo. "Tambm gostaria de parabenizar o Norman. Ns dois merecamos estar aqui hoje." KUERTEN, Gustavo, no discurso aps a vitria de Roland Garros, Paris, Frana, 11/06/2000. 42. Assinale a(s) proposio(es) VERDADEIRA(S): 01. Em - "A gente S conhece bem as coisas ... e TAMBM gostaria de parabenizar o Norman" as palavras destacadas classificam-se, morfologicamente, como conjuno. 02. A forma verbal "Conhecerei", possui sujeito elptico de primeira pessoa do singular. 04. Com a expresso "Feliz por este momento", o tenista catarinense est se referindo felicidade de retornar ao Brasil. 08. Quanto ao processo de formao, as palavras MICROFONE, SONHOS, TORNEIO e NERVOSO so primitivas. 16. H alguns verbos que possuem duas ou mais formas de Particpio, como GANHAR (ganhado, ganho), PRENDER (prendido, preso), EXPRIMIR (exprimido, expresso). 32. Na expresso "- Por favor... cativa-me!", o pronome tono est procltico. 64. Em ambas as frases: "O campo de tnis IMENSO" e "O campo de tnis IMENSO est lotado", o adjetivo IMENSO um termo acessrio. TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Fei) "A frase 'Leve-me para cima, Scotty' pode ter ajudado a fixar a srie 'Jornada nas Estrelas' na cabea de toda uma gerao, mas o teletransporte do qual o seriado serviu como arauto nunca foi levado a srio. Aquilo que era uma brincadeira, porm, j deixou de ser simples fantasia. Seis fsicos descobriram como teletransportar matria velocidade da luz. Num trabalho que ser publicado no peridico 'Physical Review Letters', intitulado 'Teletransportando um estado quntico desconhecido por canais dual clssico e de Einstein-Podolsky-Rosen', Charles Bennett, da IBM em Nova York, e seus colegas descrevem um mtodo de teletransporte de partculas de um lugar para outro. Bennett afirma que a teoria vlida, que parte dos equipamentos para realizar o teletransporte j existe e provvel que o resto possa ser desenvolvido. O grande problema do teletransporte sempre foi o princpio da incerteza de Heisenberg, que afirma ser impossvel medir exatamente todas as propriedades de uma partcula subatmica. Por isso sempre pareceu impossvel recriar uma cpia exata de uma partcula em outro lugar."

  • (William Bown, OESP, 23.05.93) 43. A seguinte orao em maisculo, retirada do fragmento de texto anterior, " provvel QUE O RESTO POSSA SER DESENVOLVIDO", tem a mesma classificao da orao entre aspas, apresentada em uma das seguintes alternativas: a) Augusto acha "que vale muito" porque rico. b) O seu estranho modo de agir era sinal de "que alguma coisa estava errada". c) Est decidido "que vai haver eleies neste ano". d) Infeliz o homem "que no age honestamente". e) O fato foi "que o preo dos alimentos aumentou absurdamente". 44. (Fuvest) "... porta do Ateneu..." no primeiro pargrafo adjunto adverbial. Indique no texto a seguir os termos ou locues que tambm so adjuntos adverbiais. "Bastante experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das iluses de criana educada exoticamente na estufa de carinho que o regime do amor domstico...". TEXTO PARA AS PRXIMAS 3 QUESTES. (Fuvest) O ATHENEU I "Vaes encontrar o mundo, disse-me meu pae, porta do Atheneu. Coragem para a lucta." Bastante experimentei depois a verdade d'este aviso, que me despia, num gesto, das illuses de criana educada exoticamente na estufa de carinho que o regimen do amor domestico, differente do que se encontra fra, to differente, que parece o poema dos cuidados maternos um artificio sentimental, com a vantagem nica de fazer mais sensvel a creatura impresso rude do primeiro ensinamento, tempera brusca da vitalidade na influencia de um novo clima rigoroso. Lembramo-nos, entretanto, com saudade hypocrita, dos felizes tempos; como se a mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, no nos houvesse perseguido outr'ora e no viesse de longe a enfiada das decepes que nos ultrajam. Euphemismo, os felizes tempos, euphemismo apenas, igual aos outros que nos alimentam a saudade dos dias que correram como melhores. Bem considerando, a actualidade a mesma em todas as datas. Feita a compensao dos desejos que veriam, das aspiraes que se transformam, alentadas perpetuamente do mesmo ardor, sobre a mesma base phantastica de esperanas, a actualidade uma. Sob a colorao cambiante das horas, um pouco de ouro mais pela manh, um pouco mais de purpura ao crepsculo - a paysagem a mesma de cada lado beirando a estrada da vida. Eu tinha onze annos. 45. No segundo pargrafo existe uma orao subordinada adverbial consecutiva. a) Identifique-a pelo verbo. b) Qual o sujeito desse verbo? 46. "Bem considerando, a atualidade (...)". "Feita a compensao dos desejos que..." Desdobre as duas oraes reduzidas, sem alterar o significado. TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Unb) A GAROTA-PROPAGANDA, COITADINHA! 1 J passava das oito horas da manh e a garota-propaganda dormia gostosamente sobre o seu colcho Vulcaspuma, macio e confortvel, que no enruga nem encolhe, facilmente removvel e lavvel. Foi quando o relgio despertador comeou a tilintar irritantemente. (Voc nunca dar corda num Mido). 2 A pobrezinha, que tivera de aguentar a cantada de um patrocinador de programa (Agncia Galo de Ouro - quem no anuncia se esconde) que prometera um cach melhor, caso ela ficasse efetiva na programao, levantou-se meio tonta. Fora dormir inda agorinha. Estremunhada, entrou no banheiro, colocou pasta de dentes na escova e ps-se a escovar com fora. Ah... que agradvel sensao de bem-estar! 3 Depois do banho, abriu a cortina do boxe, que parece linho mas linholene, e foi at a cozinha tomar um copo de leite. Tinha de estar pronta em seguida, para decorar pginas e pginas de texto que apanhara na vspera, no departamento comercial da televiso. Abriu a geladeira de 7 ps, toda impermevel, com muito mais espao interior e que voc pode adquirir dando a sua velha de entrada (a sua velha geladeira, naturalmente). Dentro no havia leite: - No faz mal - pensou. (Tudo que se faz com leite, com Pulvolaque se faz.) 4 O diabo que tambm no tinha Pulvolaque. Procurou no armrio uma lata daquele outro que se dissolve sem bater, mas tambm no achou. Tomou ento um cafezinho mesmo e correu ao quarto para se vestir e arrumar o cmodo o mais depressa possvel. Iria cidade apanhar os textos de uma outra agncia que precisavam ser decorados at as trs; alm disso, tinha de almoar com um diretor de TV, a quem fingia aceitar a corte para poder ser escalada nos programas. 5 Arrumou as coisas assim na base do mais ou menos. Fechou o sof-cama, um lindo mvel que ocupa muito menos espao em sua residncia, e procurou o vestido verde que comprara no Credifcil, onde voc adquire agora e s comea a pagar muito depois. O vestido no estava no armrio. Lembrou-se ento que o deixara na vspera dentro da pia, embebido na gua com Rinso e o diabo que o vestido, como ficou dito, era verde. Se fosse branco, depois ficaria explicado porque a roupa dela muito mais branca do que a minha. 6 Eram onze e meia quando chegou cidade, graas carona que pegara. Saltou da camioneta com trao dianteira e muito mais resistente, fez todas as coisas que precisava fazer em uma velocidade espantosa e entregou-se ao suplcio de almoar com o diretor de TV. 7 Ali esto os dois escolhendo o menu. Ele pediu massa e perguntou se ela tambm queria (Aimor voc conhece - pensou ela), mas preferiu outra coisa. Garota-propaganda no pode engordar. Comeu rapidamente e aceitou o copo de leite que o garom sugeriu. Afinal, no o tomara pela manh. Foi botar na boca e ver logo que era leite em p, em p, em p ... 8 s trs horas o programa das donas-de-casa. s quatro, o teleteste que distribui brindes para voc. De 5 s 8, decorar outros textos, de 8 e meia s 10, tome de sorriso na frente da cmara, a jurar que a liquidao anunciada era uma ma-ra-vi-lha. Aceite o meu conselho e v verificar pessoalmente. Mas note bem. s at o dia 30. 9 Quase meia-noite e ela tendo de danar com "seu" Pereira, do "Espetculo Biscoiteste". Um velho chato, mas muito bonzinho. O diabo era aquele perfume que saa do cangote do seu par. Um perfume inebriante, que deixa saudade.

  • 10 J eram quase trs da matina, quando ela voltou para o seu apartamento com sala, quarto, banheiro, boxe, copa, quitinete e rea interna, tudo conjugado, que comprara dando apenas trinta por cento na entrada e comeando a pagar as prestaes na entrega das chaves. Finalmente, vai poder dormir um pouquinho. 11 E, aos ps do sof-cama, faz a orao da noite: "Padre Nosso, que estais nos Cu, muito obrigada pela ateno dispensada e at amanh, quando voltaremos com novas atraes. Boa Noite." (Stanislaw Ponte Preta. In: "Primo Altamirando e elas". Rio de Janeiro: 1962 (com adaptaes)) 47. Quanto correo gramatical do texto, julgue os itens a seguir. (1) O vocbulo "meio" (ref.1) um dos raros advrbios que admitem forma feminina (MEIA), usada indiferentemente em qualquer situao e tipo de texto. (2) O emprego do pronome "voc" (ref.2) a marca lingustica de que o autor est-se dirigindo ao leitor, nessa passagem. (3) A passagem "mas preferiu outra coisa" (par.7) pode ser reescrita, desfazendo-se a elipse e preservando-se o sentido original, da seguinte forma: MAS ELA PREFERIU OUTRA COISA QUELA MASSA. (4) Para a constituio dos vocbulos que do nomes aos produtos, o autor do texto empregou, reiteradamente, prefixos gregos e latinos. TEXTO PARA AS PRXIMAS 2 QUESTES. (Unirio) TERRA 1 Tudo to pobre. Tudo to longe do conforto e da civilizao, da boa cidade com as suas pompas e as suas obras. Aqui, a gente tem apenas o mnimo e at esse mnimo chorado. 2 Nem paisagem tem, no sentido tradicional de paisagem. Agora, por exemplo, fins d'guas e comeos de agosto, o mato j est todo zarolho. E o que no zarolho porque j secou. Folha que resta vermelha, caram as ltimas flores das catingueiras e dos paus-d'arco, e no haveria mais flor nenhuma no fossem as campnulas das salsas, roxas e rasteiras. 3 No horizonte largo tudo vai ficando entre spia e cinza, salvo as manchas verdes, aqui e alm, dos velhos juazeiros ou das novatas algarobas. E os serrotes de pedra do Quixad tambm trazem a sua nota colorida; at mesmo quando o sol bate neles de chapa, tira fasca de arco-ris. 4 E a gua, a prpria gua, no d impresso de fresca: nos pratos-d'gua espelhantes ela tem reflexos de ao, que di nos olhos. 5 A casa fica num alto lavado de ventos. Casa to rstica, austera como um convento pobre, as paredes caiadas, os ladrilhos vermelhos, o soalho areado. As instalaes rudimentares, a lenha a queimar no fogo, a gua de beber a refrescar nos potes. O encanamento novo um anacronismo, a geladeira entre os mveis primitivos de camaru parece sentir-se mal. 6 No tem jardim: as znias e os manjerices que levantavam um muro colorido ao p dos estacotes, esto ressequidos como ramos bentos guardados num ba. Tambm no tem pomar, fora os coqueiros e as bananeiras do baixio. 7 No tem nada dos encantos tradicionais do campo, como os conhecemos pelo mundo alm. Nem sebes floridas, nem regatos arrulhantes, nem sombrios frescos de bosque - s se a gente der para chamar a caatinga de bosque. 8 No, aqui no h por onde tentar a velha comparao, a clssica comparao dos encantos do campo aos encantos da cidade. Aqui no h encantos. Pode-se afirmar com segurana que isto por aqui no chega sequer a ser campo. apenas serto e caatinga as lombadas, o horizonte redondo e desnudo, o vento nordeste varrendo os ariscos. 9 Comparo este mistrio do Nordeste ao mistrio de Israel. Aquela terra rida, aquelas guas mornas, aqueles pedregulhos, aqueles cardos, aquelas oliveiras de parca folhagem empoeirada - por que tanta luta por ela, milnios de amor, de guerra e saudade? 10 Por que tanto suor e carinho no cultivo daquele cho que aparentemente s d pedra, espinho e garrancho? 11 No sei. Mistrio assim: est a e ningum sabe. Talvez a gente se sinta mais puros, mais nus, mais lavados. E depois a gente sonha. Naquele cabeo limpo vou plantar uma rvore enorme. Naquelas duas ombreiras a cavaleiro da grota d para fazer um audinho. No p da parede cabero uns coqueiros e no choro da revncia, quem sabe, h de dar umas leiras de melancia. Terei melancia em novembro. ........................................................................................... 12 Aqui tudo diferente. Voc v falar em ovelhas - e evoca prados relvosos, os brancos carneirinhos redondos de l. Mas as nossas ovelhas se confundem com as cabras e tm plo vermelho e curto de cachorro-do-mato; verdade que os cordeirinhos so lindos. 13 Sim, s comparo o Nordeste Terra Santa. Homens magros, tostados, ascticos. A carne de bode, o queijo duro, a fruta de lavra seca, o gro cozido n'gua e sal. Um poo uma lagoa como um sol lquido, em torno do qual gravitam as plantas, os homens e os bichos. Pequenas ilhas d'gua cercadas de terra por todos os lados e em redor dessas ilhas a vida se concentra. 14 O mais paz, o sol, o mormao. (Raquel de Queirs) 48. Assinale a opo em que as palavras em maisculo tm as mesma categoria gramatical. a) "...caram as LTIMAS flores das catingueiras e dos paus-d'arco," (par.2) / "Naquelas DUAS ombreiras a cavaleiro da grota..." (par.11) b) "Pode-se afirmar com segurana QUE isto por aqui..." (par.8) / "...daquele cho QUE aparentemente s d pedra, espinho e garrancho?" (par.10) c) "O MAIS paz, o sol, o mormao." (par14) / "Casa TO rstica, austera como um convento pobre," (par.5) d) "E O que no zarolho..." (par.2) / "E a gua, a PRPRIA gua," (par.4) e) "Aqui, a gente tem APENAS o mnimo..." (par.1) / "...SALVO as manchas verdes, aqui e alm," (par.3) 49. O emprego dos dois pontos em "E a gua, a prpria gua, no d impresso de fresca: nos pratos-d'gua espelhantes..." (par.4) se justifica pelo fato de o segmento seguinte expressar uma: a) enumerao. b) explicao. c) retificao. d) distribuio. e) concluso.

  • TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Ufpe) Na(s) questo(es) a seguir escreva nos parnteses a letra (V) se a afirmativa for verdadeira ou (F) se for falsa. 50. Esta questo versa sobre a classificao sinttica da orao em destaque. ( ) "Encostei-me a ti, sabendo bem QUE ERAS SOMENTE ONDA." (Ceclia Meireles) - Subordinada Substantiva Objetiva Direta ( ) "Os meus olhos... Viveram o milagre de luz QUE EXPLODIA NO CU." (Vincius de Morais) - Subordinada Substantiva Subjetiva ( ) "Vem QUE TE QUERO TOLO." - Subordinada Adverbial Temporal ( ) "Acontece QUE MEU CORAO FICOU FRIO." (Cartola) - Subordinada Adjetiva Explicativa ( ) "Nem todas as coisas QUE SE PENSAM passam a existir da em diante." (Clarice Lispector) - Subordinada Adjetiva Restritiva TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO (Pucsp) Leia os trechos a seguir da obra de Guimares Rosa, A HORA E VEZ DE AUGUSTO MATRAGA, e responda s questes: "E o camarada Quim sabia disso, tanto que foi se encostando de medo que ele entrou. Tinha poeira at na boca. Tossiu. - Levanta e veste a roupa, meu patro Nh Augusto, que eu tenho uma novidade meia ruim, p'ra lhe contar. E tremeu mais, porque Nh Augusto se erguia de um pulo e num timo se vestia. S depois de meter na cintura o revlver, foi que interpelou. dente em dente. - Fala tudo! Quim Recadeiro gaguejou suas palavras poucas, e ainda pde acrescentar: - ...Eu podia ter arresistido, mas era negcio de honra, com sangue s p'ra o dono, e pensei que o senhor podia no gostar... - Fez na regra, e feito! Chama os meus homens! Dali a pouco, porm, tornava o Quim, com nova desolao: os bate-ps no vinham... No queriam ficar mais com Nh Augusto... O Major Consilva tinha ajustado, um e mais um, os quatro, para seus capangas, pagando bem. (...) O cavalo de Nh Augusto obedeceu para diante; as ferraduras tiniram e deram fogo no lajedo; e o cavaleiro, em p nos estribos, trouxe a taca no ar, querendo a figura do velho. Mas o Major piscou, apenas, e encolheu a cabea, porque mais no era preciso, e os capangas pulavam de cada beirada, e eram s pernas e braos. - Frecha, povo! Desmancha!" 51. Alm do coloquialismo, comum ao dilogo, a linguagem de Quim e de Nh Augusto caracteriza tambm os habitantes da regio onde transcorre a histria, conferindo-lhe veracidade. Suponha que a situao do Recadeiro seja outra: ele vive na cidade e um homem letrado. Aponte a alternativa caracterizadora da modalidade de lngua que seria utilizada pela personagem nas condies acima propostas. a) Levanta e veste a roupa, meu patro senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meia ruim, para lhe contar. b) Levante e veste a roupa, meu patro senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meia ruim, para lhe contar. c) Levante e vista a roupa, meu patro senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meia ruim, para lhe contar. d) Levante e vista a roupa, meu patro senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meio ruim, para lhe contar. e) Levanta e veste a roupa, meu patro senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meio ruim, para lhe contar. TEXTO PARA AS PRXIMAS 3 QUESTES. (Ufsm) TEXTO I APRENDENDO COM O PRIMATA Atual e instigante a reportagem "A outra face do macaco" (nmero 10, ano 12). O comportamento animal contribui para a compreenso do problema da violncia premeditada entre os humanos. E pode tambm indicar possveis solues. (dison Miguel - Goinia, GO) TEXTO II O MACACO NO EST CERTO Fiquei muito impressionada com a violncia e a rivalidade que existe entre as tribos de macacos. Sempre tive outra imagem dos primatas. Para mim eles eram animais pacficos e inteligentes, mas agora percebo que se parecem mesmo com os humanos. (Elaine Gomes - Santa Maria, RS) TEXTO III O HOMEM BEM PIOR Comparar o instinto violento do chimpanz com o do homem algo cmico. Os humanos j nascem com a mente voltada para as guerras e so infinitamente mais ferozes. (Jos Reinaldo Coniutti - Cuiab, MT) DEZEMBRO, 1998 - SUPER

  • 52. Em "O comportamento animal contribui PARA a compreenso do problema da violncia premeditada entre os humanos", a preposio destacada estabelece um relao de sentido semelhante apresentada na seguinte frase:; a) A reportagem serviu PARA analisar a violncia. b) J nascem com a mente voltada PARA a guerra. c) Estava muito impressionada PARA preocupar-se com banalidades. d) Estamos agora indo PARA o mundo real. e) PARA mim eles eram animais pacficos e inteligentes. 53. No perodo a seguir, encontram-se cinco palavras destacadas. Uma delas, se usada em outro contexto, poder assumir a forma de um verbo, tornando-se homnima perfeita com outro significado. Identifique-a, assinalando a letra correspondente. " Os HUMANOS(a) j nascem com a MENTE(b) voltada para as GUERRAS(c) e so INFINITAMENTE(d) mais FEROZES(e)." 54. Classifique a orao introduzida pela palavra destacada em "Fiquei muito impressionada com a violncia e a rivalidade QUE existe entre as tribos de macacos". Identifique o perodo em que a palavra sublinhada introduz uma orao de mesma classificao. a) Vi QUE a violncia e a rivalidade existem entre as tribos de macacos. b) Impressionou-me a informao QUE recebi sobre a violncia e a rivalidade entre as tribos de macacos. c) A violncia e a rivalidade so to grandes entre as tribos de macacos QUE me impressionei. d) A verdade QUE a violncia e a rivalidade existem entre as tribos de macacos. e) impressionante QUE existam violncia e rivalidade entre as tribos de macacos. TEXTO PARA AS PRXIMAS 2 QUESTES. (G1) "Dois amigos e a liberdade" Zezinho achou um passarinho com uma asa quebrada. Ele parecia estar chorando de do