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Prof. Pasquetti UnB Planaltina LEDOC

Astecas Incas e Maias e Indios Brasileiros

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  • Prof. PasquettiUnB PlanaltinaLEDOC

  • Este modo de produo, o modo de produo asitico, comeou a ser estudado apenas ao fim da primeira metade do Sculo XX, quando entre 1939 e 1941 o Instituto Marx-Lnin de Moscou trouxe luz manuscritos inditos de Karl Marx.Engels, em sua clssica obra, analisando os diversos nveis de desenvolvimento das civilizaes humanas, havia situado os Inca no estgio mdio da barbrie: "os ndios dos chamados pueblos do Novo Mxico, os centro-americanos e os peruanos da poca da Conquista se encontravam no estado mdio da barbrie; viviam em casas de adobe e pedra em forma de fortaleza; cultivavam o milho e outras plantas alimentcias, variveis segundo a orientao e o clima, em locais com irrigao artificial que lhes forneciam sua principal fonte de alimentao; at haviam domesticado alguns animais: os mexicanos, o pavo e outras aves; os peruanos, as llamas. Alm disto, sabiam trabalhar metais, exceto o ferro: por isto, continuavam na impossibilidade de prescindir de suas armas e instrumentos de pedra. A conquista espanhola cortou drasticamente todo desenvolvimento autnomo posterior.

  • O modo de produo asitico uma formao social especfica e bem diferenciada do comunismo primitivo, da escravido e do feudalismo, Caractersticas Bsicas:Combinao da atividade produtiva agrcola e artesanal de bens de consumo das comunidades aldes Interveno econmica de uma autoridade estatal que as explora e dirige ao mesmo tempo.A produo no est orientada para um mercado,O uso da moeda limitadoA economia continua sendo, portanto, 'natural'. A unidade destas comunidades pode estar representada por uma assemblia de chefes de famlia ou por um chefe supremoA autoridade social toma formas mais ou menos democrticas ou despticas. A existncia de um excedente torna possvel uma diferenciao social mais avanada e o aparecimento de uma minoria de indivduos que se apropria de uma parte deste excedente e explora, assim, os outros membros da comunidade.

  • A organizao da sociedade em comunidades aldes que conservam atravs dos tempos uma grande coeso;Predomnio da propriedade coletiva do solo;Unio ntima entre agricultura e o artesanato;Produo quase exclusiva de valores de uso, tornando desnecessria a existncia de moeda (ou valor de troca);Poder central desptico que retm o excedente da produo social em seu prprio benefcio (elite dirigente), redistribuindo parte deste excedente atravs de suas prticas de mando e poder;Regulamentao, pelo poder central desptico, das grandes obras agrcolas, principalmente as de irrigao nas zonas ridas.

  • INCAS, MAIAS, ASTECAS, NDIOS BRASILEIROS

  • Antes da conquista europia, a Amrica conheceu o desenvolvimento de importantes civilizaes, que formaram-se ao longo de milhares de anos e que possuam complexa organizao social, econmica e poltica, que realizaram grandes obras pblicas: sistema de irrigao, assim como palcios e templos, tanto na mesoamrica, onde encontravam-se Maias e Astecas, como no Altiplano Andino, onde desenvolveu-se o Imprio Inca.Essas trs civilizaes tinham como base as caractersticas gerais do Modo de Produo Asitico, possuindo portanto semelhanas com civilizaes mais antigas do Oriente Prximo, mas tambm diferenas significativas entre si.A economia era essencialmente agrria, sendo a terra considerada como propriedade do Estado e trabalhada pelas comunidades camponesas, existindo atividades complementares como a criao de animais, o comrcio e a minerao, esta ltima especialmente entre ao Astecas no Mxico e os Incas no Altiplano Andino.

  • 20.000 - 100 a .C H cerca de 20.000 anos atrs, tribos de caadores que tinham atravessado o estreito de Bering dirigiam-se para o sul e acabaram por atingir a terra que ns atualmente chamamos de Amrica do Sul. Por volta do ano 5.000 a.C., habitantes das regies montanhosas comearam a cultivar alimentos e comearam a viver em povoados permanentes. Cerca do ano 2.000 a.C., os pescadores que habitavam a costa comearam igualmente a construir habitaes permanentes. Mais ou menos no ano 1.200 a.C., os habitantes da zona costeira j cultivavam o milho, teciam roupas de boa qualidade e faziam cermica. Ao mesmo tempo surgiu na zona montanhosa a primeira civilizao importante denominada Chavin. Por volta do ano 100 a.C., a costa nordeste era um reino cuja a capital era Moche, e no Sul existia outro reino com capital em Nazca. 100 a.C. - 1.100 d.C. A primeira civilizao que floreceu na regio montanhosa tinha sua capital em Tiahuanaku . Cerca de 800 d.C. os habitantes de tiahuanaku j tinham conquistado a costa meridional. No ano 1000 d.C., o Peru era um conjunto de tribos guerreiras sem chefes poderosos. Foi a poca do imprio dos Chimus.

  • 1100 - 1430 d.C. O Inca Manco Capac tinha se estabelecido em Cuzco. Construram grandes cidades, segundo um plano retangular, dotadas de grandes muros de pedra. Em Cuzco, os Incas tornaram-se mais poderosos. O filho de Manco, Sinchi Roca, tal como seu pai, governava metade de Cuzco. Encorajou a extrao de minerais e a tecelagem e foi um grande patrono da agricultura. Mas seu filho Capac Yuapanki: expandiu o territrio Inca a Cuzco inteira. O Inca Roca foi o primeiro a ser denominado Sapa Inca (o Inca Supremo). Grande parte do seu reinado passou-se em disputas constantes com as tribos Chancas. O Inca Roca sucedeu Yahuar Huacac que foi ameaado por uma aliana das tribos montanhosas. Seu filho, Wiracocha, tambm sofreu ataques, mas conseguiu repelir os invasores.No entanto acabou por fugir de Cuzco quando as tribos Chancas puseram em perigo seu reino.

  • 1438 - 1493 d.C. O filho de Wiracocha, Inca Yuapanki, sucedeu-lhe no trono. Venceu as tribos Chancas, matou seu rei, e para fortalecer sua posio na zona montanhosa, props paz s outras tribos e ofereceu mulheres incas aos seus lideres. Reconstruiu Cuzco, tornando-a capital, e organizou um sistema governativo com funcionrios incas, que chefiavam cada tribo como um grupo de cidados equiparados dentro do imprio. Quando seu filho, Topa Inca Yuapanki, atingiu os 15 anos o enviou para o territrio do norte para aumentar suas terras. A seguir anexou seu imprio ao Chimu aps algumas batalhas psicolgicas, e o tornou mas uma parte do Imprio Inca. Quando Inca Yuapanki se retirou, seu herdeiro ocupou o trono. Topa Inca conquistou as tribos que habitavam as florestas amaznicas, venceu tribos rebeldes em Torno do Lago Titicaca e levou seu imprio para o Sul at o Chile. 1493 - 1572 d.C. Huayna Capac subiu ao trono ainda muito jovem. No havia problema quanto ao seu sucessor. Casara-se com uma princesa de Quito e ela lhe dera um filho, Atahuallpa. Mas os se tornar Sapa Inca casou-se com sua irm e tiveram um filho, Huscar. Ao sul , uma tribo invasora atacou a fronteira do Peru com o Chile. Entre eles encontravam-se alguns espanhis, que espalharam uma epidemia de varola. A epidemia devastou aquela regio acabando por matar Huayna Capac, em 1525. O Inca Huscar subiu ao trono, mas Huayna Capac declarou que quito deveria ser herdada por Atahuallpa. Em 1532, iniciou-se uma guerra civil entre os dois meio-irmos. Atahuallpa acabou por aprisionar o pais inteiro e aprisionou Huscar. No mesmo ano Francisco Pizarro atingiu o peru com seu pequeno exrcito espanhol. Durante os primeiros meses foram gradualmente conquistando a zona litornea, acabando por se defrontar com todo o exrcito Inca e, por meio de uma armadilha, conseguiram capturar Atahuallpa. Dois anos depois os espanhis haviam conquistado todo o tawantsuyo.

  • Os edifcios incas se caracterizam pela monumentalidade e sobriedade. Suas cidades eram verdadeiras fortalezas, construdas com grandes muralhas de pedra. Os incas eram mestres em cortar e unir grandes blocos de pedra; a cidade-fortaleza de Machu Picchu o exemplo mais espetacular dessa arte. Machu- Picchu foi descoberta em 1911, no topo de uma montanha de 2.400 m de altura, numa regio inacessvel da cordilheira dos Andes. Outras construes incas importantes ficam em Cuzco e Pisac. Cuzco, a capital do Imprio, tem uma rgida planificao urbana em forma quadriculada. Formas de vida A organizao social inca era muito hierarquizada. No topo estava o Inca (filho do Sol), que era o imperador; depois a alta aristocracia, qual pertenciam os sacerdotes, burocratas e os curacas (cobradores de impostos, chefes locais, juzes e comandantes militares); camadas mdias, artesos e demais militares; e finalmente camponeses e escravos. Os camponeses eram recrutados para lutar no exrcito, realizar as tarefas da colheita ou trabalhar na construo das cidades, segundo a vontade do Inca. A famlia patriarcal era a base da sociedade, mas at os casamentos dependiam da autoridade mxima. O sistema penal era rgido e o sistema poltico extremamente desptico.

  • A terra era propriedade do Inca (imperador) e repartida entre seus sditos. As terras reservadas ao Inca e aos sacerdotes eram cultivadas pelos camponeses, que recebiam tambm terras suficientes para subsistir. A agricultura era a base da economia inca; a ela se dedicavam os habitantes plebeus das aldeias. Baseava-se no cultivo de um cereal, o milho, e um tubrculo, a batata. As tcnicas agrcolas eram rudimentares, j que desconheciam o arado. Para semear utilizava um basto pontiagudo. Os campos eram irrigados por meio de um sistema formado por diques, canais e aquedutos.Utilizava-se como adubo o guano, esterco produzido pelas aves marinhas. Possuam rebanhos imensos de lhamas e vicunhas, que lhes forneciam l.

  • Cultura e religio O idioma quchua serviu. de instrumento unificador do imprio inca Como no tinham escrita, a cultura era transmitida oralmente. Com um conjunto de ns e barbantes coloridos, chamados quipos, os incas desenvolveram um engenhoso sistema de contabilidade. Na matemtica, utilizavam o sistema numrico decimal. Os artesos eram peritos no trabalho com o ouro. Mesmo sem conhecer o torno, alcanaram um bom domnio da cermica. Seus vasos tinham complicadas formas geomtricas e de animais, ou uma combinao de ambas. A religio inca era uma mistura de culto natureza (sol, terra, lua, mar e montanhas) e crenas mgicas. Os maiores templos eram dedicados ao Sol (Inti). Realizavam sacrifcios tanto de animais como de humanos.

  • Povo guerreiro, os astecas habitaram a regio do atual Mxico entre os sculos XIV e XVI. Fundaram no sculo XIV a importante cidade de Tenochtitln (atual Cidade do Mxico), numa regio de pntanos, prxima do lago Texcoco.A sociedade:Era hierarquizada e comandada por um imperador, chefe do exrcito. A nobreza era tambm formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da populao. Estavam na camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsrio para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras pblicas (canais de irrigao, estradas, templos, pirmides).

  • Durante o governo do imperador Montezuma II (incio do sculo XVI), o imprio asteca chegou a ser formado por aproximadamente 500 cidades, que pagavam altos impostos para o imperador. O imprio comeou a ser destrudo em 1519 com as invases espanholas. Os espanhis dominaram os astecas e tomaram grande parte dos objetos de ouro desta civilizao. No satisfeitos, ainda escravizaram os astecas, forando-os a trabalharem nas minas de ouro e prata da regio. Os astecas desenvolveram muito as tcnicas agrcolas, construindo obras de drenagem e as chinampas (ilhas de cultivo), onde plantavam e colhiam milho, pimenta, tomate, cacau etc. As sementes de cacau, por exemplo, eram usadas como moedas por este povo.

  • O artesanato a era riqussimo, destacando-se a confeco de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas. A religio era politesta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovo, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente Emplumada. A escrita era representada por desenhos e smbolos. O calendrio maia foi utilizado com modificaes pelos astecas.Desenvolveram diversos conceitos matemticos e de astronomia.Na arquitetura, construram enormes pirmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifcios humanos. Estes, eram realizados em datas especficas em homenagem aos deuses. Acreditavam, que com os sacrifcios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.

  • Os Astecas desenvolveram um sistema de plantio baseado nos "jardins flutuantes", em regio pantanosa que passou ento a produzir.As comunidades camponesas conservavam pequena parcela de terra para uso familiar, mas a maior parte das terras pertencia sacerdotes e elites locais (lderes dos cls) no caso de Maias a Astecas.

    OBS: Comparao entre INCAS, ASTECAS e MAIAS:No caso dos Incas a terra era divida em: Terra do Estado, Terra dos sacerdotes e Terra comunitria, onde cada famlia possua um lote para cultivo prprio, onde produziria aps trabalhar as terras do imperador e dos sacerdotes. A explorao do trabalho dos camponeses pelo Estado ainda era realizada atravs da mita , ou seja, toda comunidade estava obrigada a fornecer homens para as obras pblicas ou para o trabalho nas minas.Apenas os Incas desenvolveram de fato um Imprio centralizado e teocrtico, onde o Imperador, chamado Sapa Inca era considerado um deus, descendente direto do sol, supremo legislador e comandante do exrcito, suplantando a antiga unidade social, o Ayllu, (cl).Na Pennsula do Iucat, os Maias desenvolveram um tipo de organizao, onde cada centro urbano possua autonomia e comandava as comunidades camponesas ao seu redor. ( caso da GRCIA Cidades Estado).

  • Construram uma grande cidade, capital do Imprio TENOCHTITLAN (Cidade do MXICO) - onde havia palcios, templos, mercados e canais de irrigao, demonstrando grande desenvolvimento. Apesar de considerado um Imprio, em parte por suas conquistas e o domnio sobre vrios povos, o imperador possua representao religiosa e militar, mas no necessariamente poltica, na medida em que havia anteriormente um grupo de uma camada de militares e sacerdotes originrios dos lderes das aldeiasNa medida em que lderes locais e sacerdotes se fortaleceram, essas sociedades viram a formao de classes sociais, rigidamente estratificada, consideradas portanto como estamental. Entre esses trs povos havia uma elite de sacerdotes, militares e artfices do Estado e uma grande massa de camponeses responsvel pela produo de excedentes, que concentravam-se nas mos da elite.

  • Os povos da Mesoamrica realizaram obras arquitetnicas colossais, representadas por templos e palcios em terraos com forma piramidal, assim como produziram objetos com carter decorativo, obras de ourivesaria de prata, ouro e pedras preciosas dos astecas, utilizadas para decorar palcios e templos.No Altiplano Andino, os testemunhos mais importantes dessa cultura encontram-se na arquitetura monoltica e despojada de ornamentos, na qual demonstraram tanto uma tcnica impecvel quanto uma grande frieza expressiva. Atriburam tambm grande importncia indstria metalrgica, principalmente na fabricao de armas, ao artesanato txtil e cermica.Nessa ltima, dedicaram-se s peas pequenas e s estatuetas antropomrficas. (Antropomorfismo a forma de pensamento que atribui caractersticas e/ou aspectos humanos a Deus, deuses, elementos da natureza )

  • Os MAIAS (1.000 a.C. a 317 d.C.)

  • Indgenas da Amrica Central que habitam o Mxico, a Guatemala, Honduras e So Salvador. Foram uma das civilizaes mais cultas de toda a Histria, com grande destaque para a Arquitetura, Escultura, Cermica e Astronomia. Povo de origem incerta, os maias, vindos talvez do norte estabeleceram-se no sul do Mxico por volta do ano 1.000 a.C.A histria dos maias compreende trs perodos: Pr-clssico (1.000 a.C. a 317 d.C.) -neste perodo j existia uma estrutura religiosa e social e conhecimentos de matemtica e astronomia, sendo que talvez tenha sido nessa poca, a criao do calendrio maia: Antigo Imprio (at 889 d.C.) - esse perodo marca o incio da idade clssica; Novo Imprio (at 1697) - perodo tambm conhecido por "renascimento maia", assinalando o trmino da ltima resistncia organizada contra os espanhis.

  • Os maias se dedicavam agricultura cultivando feijo, milho, algodo, cacau, pimenta, mamo e abacate. Criavam abelhas para extrair mel e ceraCriavam os ces e pssaros dentre os animais domsticos.Atualmente existem tribos de lngua maia com cerca de 2 milhes de indivduos estabelecidos na Guatemala, em Honduras e em alguns Estados do Mxico Meridional.Conservam sua lngua e costumes, alm das caractersticas fsicas, sendo pessoas de baixa estatura, braos compridos, mos e ps pequenos e cabelos negros e lisos.

  • A organizao social dos maias ainda , em grande parte, desconhecida. Entretanto, atravs do estudo da Arte maia, sobretudo de sua Pintura, pode-se caracterizar essa civilizao como uma sociedade de classes. Uma elite (militares e sacerdotes) constitua a classe dominante, de carter hereditrio, que habitam as numerosas centros cerimoniais, circundados pelas aldeias onde vivia a numerosa mo-de-obra composta por camponeses submetidos ao regime da servido coletiva.

  • Os centros maias no eram apenas o lugar da administrao e do culto, mas tambm exerciam funes comercias: trocas de produtos cultivados e de artigos do artesanato, objetos de ouro e cobre, tecidos de algodo, cermica), sendo muito importante o ofcio de mercador. Havia ainda os escravos, cujas figuras apareciam em numerosos monumentos do Antigo Imprio Maia. "Estas figuras de cativos certamente so uma representao dos prisioneiros de guerra reduzidos escravido, ainda que possam representar tambm as pessoas de todo um povoado ou aldeia, coletivamente, melhor do que a um indivduo em especial, as vezes, os rostos dos prisioneiros so diferentes dos das principais figuras, diferena que possivelmente indica que os senhores pertenciam a uma classe hereditria especial."

  • Politicamente, acredita-se que o governo maia fosse uma teocracia, de carter hereditrio, incumbido da poltica interna e externa,e do recolhimento do imposto coletivo das aldeias. Uma espcie de Conselho assessorava esse governante. As chefias das aldeias eram exercidas pelos Batab, com jurisdio local e submetido ao supremo governante, como, alis, todos os habitantes das aldeias e os funcionrios reais.Estas chefias locais poderiam ser constitudas pelas antigas aristocracias tribais, cooptadas pelo Estado para melhor afirmar sua autoridade sobre as aldeias. Havia ainda os Nacom, chefes militares eleitos por um perodo de trs anos, que intervinham nos assuntos da guerra, organizando o exrcito; e funcionrios menos categorizados, os Tupiles, que zelavam pela ordem pblica.

  • A preocupao religiosa tambm estava presente nas realizaes das maias no campo do registro do tempo. Uma das grandes realizaes devidas aos sacerdotes foi o calendrio da Amrica Central. Todas as religies se interessam pela determinao do tempo. Elas ligam o ciclo vital da indivduo aos atos rituais que revivem periodicamente na sociedade e sincronizam este tempo social com a marcha do tempo.O calendrio cclico, que abrangia um perodo de 52 anos, era um sistema complexo de contagem do tempo, agrupando trs ciclos, com nmero diferente de dias e com mltiplas combinaes. Esse calendrio orientava as atividades humanas e pressagiavam as vontades dos deuses. Os maias fizeram notveis progressos na Astronomia. (eclipses solares, movimento dos planetas).

  • Tambm adquiriram, avanadas noes de Matemtica como um smbolo para o zero e o principio do valor relativo.Embora no esteja ainda de todo decifrada, j se sabe que a escrita maia, considerada sagrada, no se baseava em um alfabeto: havia sinais pictogrficos e smbolos apresentando slabas, ou combinaes de sons.No que restou da produo literria, sobressai o Popol Vuh, livro sagrado dos maias, que contm numerosas lendas e considerado um dos mais valiosos exemplos de Literatura indgena.Por volta do ano 900, o Antigo Imprio Maia sofreu um declnio de populao, e teria iniciado um processo erroneamente confundido com decadncia. Alguns estudiosos atribuem o abandono dos centros maias guerra, insurreio, revolta social, invases brbaras etc. De fato, os grandes centros foram abandonados, porm no de sbito. As hipteses mais provveis apontam para uma explorao intensiva de meios de subsistncia inadequados, provocando a exausto do solo e a deficincia alimentar.A cultura maia posterior, fundindo-se com a dos Toltecas, prolongou-se no Novo Imprio Maia at a conquista definitiva pelos espanhis.

  • Os maias na verdade, nunca chegaram a constituir um Imprio: cada cidade com suas respectivas aldeias, formava um Estado independente: Palenque, Copn, Tical e outras.Do ponto de vista religioso, os maias acreditavam que o destino do homem era controlado pelos deuses, e, assim, toda sua produo cultural foi nitidamente influenciada pela religio. A arquitetura era sobretudo religiosa. Utilizando principalmente pedra e terra como materiais, e trabalho forado da numerosa mo-de-obra camponesa, construram-se templos, de forma retangular, sobre pirmides truncadas, com escadarias, e estendendo-se ao redor de praas.

  • Tambm se edificaram palcios, provavelmente para residncia dos sacerdotes, em que os interiores , geralmente longos e estreitos, eram cobertos por uma falsa abbada, caracterstica desse tipo de edificao. Todas as dependncias revestiam-se de elaborada decorao - esculturas, pinturas murais, geralmente representando cenas guerreiras ou cerimoniais (altos dignitrios sendo homenageados ou servidos por sditos). A escultura em terracota foi outro exemplo notvel da Arte maia, enquanto a Pintura, utilizando cores vivas e intensas, atingiu alto grau de perfeio.(A terracota um material constitudo por argila cozida no forno, sem ser vidrada, e utilizada em cermica e construo)

  • NDIOS do BRASIL

  • Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus Amrica havia aproximadamente 100 milhes de ndios no continente. S em territrio brasileiro, esse nmero chegava 5 milhes de nativos, aproximadamente. Estes ndios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco lingstico ao qual pertenciam: Tupi-guaranis (regio do litoral), Macro-j ou tapuias (regio do Planalto Central), Aruaques (Amaznia) e Carabas (Amaznia ).

  • Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil ndios ocupam o territrio brasileiro, principalmente em reservas indgenas demarcadas e protegidas pelo governo. So cerca de 200 etnias indgenas e 170 lnguas. O contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.

  • O primeiro contato entre ndios e portugueses em 1500 foi de muita estranheza para ambas as partes. As duas culturas eram muito diferentes e pertenciam a mundos completamente distintos. Sabemos pouco sobre os ndios que viviam naquela poca, a Carta de Pero Vaz de Caminha (escrivo da expedio de Pedro lvares Cabral ) e tambm aos documentos deixados pelos padres jesutas so fontes usadas.Viviam da caa, da pesca e da agricultura de milho, amendoim, feijo, abbora, bata-doce e principalmente mandioca. A agricultura era praticada de forma bem rudimentar, utilizavam a tcnica da coivara, queimada do solo.Os ndios domesticavam animais de pequeno porte como, por exemplo, porco do mato e capivara. No conheciam o cavalo, o boi e a galinha. As tribos indgenas possuam uma relao baseada em regras sociais, polticas e religiosas. O contato entre as tribos acontecia em momentos de guerras, casamentos, cerimnias de enterro e tambm no momento de estabelecer alianas contra um inimigo comum.

  • Os ndios faziam objetos utilizando as matrias-primas da natureza. Vale lembrar que ndio respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessrio para a sua sobrevivncia. Desta madeira, construam canoas, arcos e flechas e suas habitaes (oca). A palha era utilizada para fazer cestos, esteiras, redes e outros objetos. A cermica tambm era muito utilizada para fazer potes, panelas e utenslios domsticos em geral. Penas e peles de animais serviam para fazer roupas ou enfeites para as cerimnias das tribos. O urucum era muito usado para fazer pinturas no corpo.

  • A organizao social dos ndios Todos tm os mesmo direitos e recebem o mesmo tratamento. A terra, por exemplo, pertence a todos e quando um ndio caa, costuma dividir com os habitantes de sua tribo. Apenas os instrumentos de trabalho (machado, arcos, flechas, arpes) so de propriedade individual. O trabalho na tribo realizado por todos, porm possui uma diviso por sexo e idade. As mulheres so responsveis pela comida, crianas, colheita e plantio. J os homens da tribo ficam encarregados do trabalho mais pesado: caa, pesca, guerra e derrubada das rvores.

  • Duas figuras importantes na organizao das tribos so o paj e o cacique. O paj o sacerdote da tribo, pois conhece todos os rituais e recebe as mensagens dos deuses. Ele tambm o curandeiro, pois conhece todos os chs e ervas para curar doenas. Realiza o ritual da pajelana, onde evoca os deuses da floresta e dos ancestrais para ajudar na cura. O cacique, tambm importante na vida tribal, faz o papel de chefe, pois organiza e orienta os ndios.

  • A educao indgena: Os pequenos ndios, conhecidos como curumins, aprender desde pequenos e de forma prtica. Costumam observar o que os adultos fazem e vo treinando desde cedo. Quando o pai vai caar, costuma levar o indiozinho junto para que este aprender. Portanto a educao indgena ocorre pela prtica e vinculada a realidade da vida da tribo indgena. Quando atinge os 13 os 14 anos, o jovem passa por um teste e uma cerimnia para ingressar na vida adulta.

  • Quando os portugueses comeam a explorar o pau-brasil das matas, comeam a escravizar muitos indgenas ou a utilizar o escambo. Davam espelhos, apitos, colares e chocalhos para os indgenas em troca de seu trabalho.Interessados nas terras, os portugueses usaram a violncia contra os ndios. Para tomar as terras, chegavam a matar os nativos ou at mesmo transmitir doenas a eles para dizimar tribos e tomar as terras. Esse comportamento violento seguiu-se por sculos, resultando no pequenos nmero de ndios que temos hoje.A viso que o europeu tinha a respeito dos ndios era eurocntrica. Os portugueses achavam-se superiores aos indgenas e, portanto, deveriam domin-los e coloc-los ao seu servio. A cultura indgena era considera pelo europeu como sendo inferior e grosseira.Dentro desta viso, acreditavam que sua funo era convert-los ao cristianismo e fazer os ndios seguirem a cultura europia. Foi assim, que aos poucos, os ndios foram perdendo sua cultura e tambm sua identidade.

  • Algumas tribos eram canibais como, por exemplo, os tupinambs que habitavam o litoral da regio sudeste do Brasil. A antropofagia era praticada, pois acreditavam que ao comerem carne humana do inimigo estariam incorporando a sabedoria, valentia e conhecimentos. Desta forma, no se alimentavam da carne de pessoas fracas ou covardes. A prtica do canibalismo era feira em rituais simblicos.

  • Cada nao indgena possua crenas e rituais religiosos diferenciados. Porm, todas as tribos acreditavam nas foras da natureza e nos espritos dos antepassados. Para estes deuses e espritos, faziam rituais, cerimnias e festas. O paj era o responsvel por transmitir estes conhecimentos aos habitantes da tribo. Algumas tribos chegavam a enterrar o corpo dos ndios em grandes vasos de cermica, onde alm do cadver ficavam os objetos pessoais. Isto mostra que estas tribos acreditavam numa vida aps a morte.

  • Ticuna (35.000), Guarani (30.000), Caiagangue (25.000), Macuxi (20.000), Terena (16.000), Guajajara (14.000), Xavante (12.000), Ianommi (12.000), Patax (9.700), Potiguara (7.700). Fonte: Funai (Fundao Nacional do ndio).

  • Podemos dizer que a alimentao indgena natural, pois eles consomem alimentos retirados diretamente da natureza. Desta forma, conseguem obter alimentos isentos de agrotxicos ou de outros produtos qumicos. A alimentao indgena saudvel e rica em vitaminas, sais minerais e outros nutrientes. Somada a uma intensa atividade fsica, a alimentao indgena proporciona aos integrantes da tribo uma vida saudvel. Logo, podemos observar nas aldeias isoladas (sem contatos com o homem branco), indivduos fortes, saudveis. Numa aldeia indgena, o preparo dos alimentos de responsabilidade das mulheres. Aos homens, cabe a funo de caar e pescar.

  • : - Frutas - Verduras - Legumes - Razes - Carne de animais caados na floresta (capivara, porco-do-mato, macaco, etc). - Peixes - Cereais - Castanhas Pratos tpicos da culinria indgena: - Tapioca (espcie de po fino feito com fcula de mandioca) - Piro (caldo grosso feito de farinha de mandioca e caldo de peixe). - Pipoca - Beiju (espcie de bolo de formato enrolado feito com massa de farinha de mandioca fina)

  • - Homem adulto: so responsveis pela caa de animais selvagens. Devem garantir a proteo da aldeia e, se necessrio, atuarem nas guerras. So os homens que tambm devem fabricar as ferramentas, instrumentos de caa e pesca e a casa (oca). - Mulheres adultas: cabe s mulheres cuidarem dos filhos, fornecendo-lhes alimentao e os cuidados necessrios. As mulheres tambm atuam na agricultura da aldeia, plantando e colhendo (mandioca, milho, feijo, arroz, etc). As mulheres tambm devem fabricar objetos de cermica (vasos, potes, pratos) e preparar os alimentos para o consumo. Devem ainda coletar os frutos, fabricar a farinha e tecer redes (artesanato). - Crianas: os curumins da aldeia (meninos e meninas) tambm possuem determinadas funes. Suas brincadeiras so destinadas ao aprendizado prtico das tarefas que devero assumir quando adultos. Um menino, por exemplo, brinca de fabricar arco e flecha e caar pequenos animais. J as meninas brincam de fazer comida e cuidar de crianas, usando bonecas. - Cacique: o chefe poltico e administrativo da aldeia. Experiente, ele deve manter o bom funcionamento e a estrutura da aldeia. - Paj: possui grande conhecimento sobre a cultura e religio da tribo. Conhece muito bem o poder das ervas medicinas e atua como uma espcie de mdico e curandeiro da aldeia. Mantm as tradies e repassa aos mais novos atravs da oralidade. Os rituais religiosos tambm so organizados pelo paj

  • Definio Tribo indgena uma forma de organizao social e cultural. Os ndios brasileiros se organizam em tribos, sendo que cada ndio possui uma funo dentro desta organizao. Homens so responsveis pela caa e guerra, Mulheres pela comida e agricultura e As crianas brincam e aprendem. Cada tribo possui um cacique (espcie de chefe) e um paj (espcie de sacerdote conhecedor de ervas, rituais e aspectos culturais da tribo).

  • Oca uma habitao tpica dos povos indgenas. A palavra tem sua origem na famlia lingustica tupi-guarani. As ocas so construdas coletivamente, ou seja, com a participao de vrios integrantes da tribo. So grandes, podendo chegar at 40 metros de comprimento. Seu tamanho justificado, pois vrias famlias de ndios habitam uma mesma oca. Internamente este tipo de habitao no possui divises. So instaladas na parte interna da oca diversas redes, que os ndios usam para dormir. A estrutura das ocas so bastante resistente, pois elas so construdas com a utilizao de taquaras e troncos de rvores. A cobertura feita de folhas de palmeiras ou palha. Uma oca pode durar mais de 20 anos. As ocas no possuem janelas, porm, a ventilao ocorre atravs portas e dos frizos entre as taquaras da parede. Costumam apresentar de uma a trs portas apenas. Uma oca de tamanho grande pode levar de 10 a 15 dias para ser construda, com o trabalho de 20 a 30 ndios.

  • Povos Indgenas Hispano-Americanoshttp://www.youtube.com/watch?v=NJuzRbKSImk&feature=relatedOS ASTECAShttp://www.youtube.com/watch?v=mbsk3uBQrO0OS MAIAShttp://www.youtube.com/watch?v=Hzv4c17j2agOS INCAShttp://www.youtube.com/watch?v=Albw5IEU8AQ&feature=related----------------------------------INDIOS DO BRASILhttp://www.youtube.com/watch?v=w_Kd1tUeL9g&feature=relatedIndios Brasileiroshttp://www.youtube.com/watch?v=FSjGAH4akDA