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Rev. Bras. Sade Matern. Infant., Recife, 13 (1): 39-49 jan. / mar., 2013 39
ARTIGOS ORIGINAIS / ORIGINAL ARTICLES
Avaliao da implantao do Sistema deInformaes sobre Nascidos Vivos (Sinasc)em Pernambuco
Evaluation of the Live Birth InformationSystem (SINASC) in the Brazilian State ofPernambuco
Cndida Correia de Barros Pereira 1
Suely Arruda Vidal 2
Patrcia Ismael de Carvalho 3
Paulo Germano de Frias 4
1 Gerncia de Monitoramento e Vigilncia de Eventos Vitais.Secretaria de Sade do Estado de Pernambuco. Recife, PE, Brasil.2,4 Grupo de Estudos de Avaliao em Sade. Instituto de MedicinaIntegral de Pernambuco Prof. Fernando Figueira. Recife, PE, Brasil.E-mail: [email protected] Diretoria Geral de Informaes e Aes Estratgicas em Vigilnciaepidemiolgica. Secretaria de Sade do Estado de Pernambuco.Recife, PE, Brasil.
Abstract
Objectives: to evaluate the implantation stage ofthe Live Birth Information System (Sinasc) in theBrazilian State of Pernambuco.
Methods: an implantation analysis type evalua-tive study was carried out relating the degree ofimplantation with the results. The degree of implanta-tion was measured by way of normative assessment,using the approach developed by Donabedian (1980).The study was divided into two stages: 1) a logicalmodel was built up, revealing the components of thesystem, after consultation of documents and the devel-opment of a matrix of indicators and judgments; 2)individual interviews and direct observations werecarried out using the matrix of indicators at State andregional level, along with analysis of documents andthe SINASC database.
Results: the results show the SINASC to beimplanted (80.8%) at central State level, while atregional level the degree of implantation varies frompartial advanced implantation (69.3%) to partialinitial implantation (43.3%).
Conclusions: this study revealed organizationaland operational details of the Sinasc that need to beimplemented in order to maintain ideal coverage andexcellence in the provision of information.Key words Health evaluation, Information systems,Live birth
Resumo
Objetivos: avaliar o estgio de implantao doSistema de Informaes sobre Nascidos Vivos(Sinasc) em Pernambuco.
Mtodos: trata-se de uma pesquisa avaliativa dotipo anlise de implantao, que relaciona o grau deimplantao aos resultados. Para aferio do grau deimplantao foi realizada uma avaliao normativa,segundo a abordagem de Donabedian (1980). Oestudo foi desenvolvido em duas etapas: 1) Foiconstrudo o modelo lgico expondo os componentesdo sistema, aps consulta aos documentos, e elabo-rada a matriz de indicadores e de julgamento; 2)Foram realizadas: entrevistas individuais e obser-vao direta, de acordo com a matriz de indicadoresno mbito estadual e regional; anlise dos docu-mentos e do banco de dados do Sinasc.
Resultados: os resultados mostraram o Sinasccomo implantado (80,8%) no nvel centralestadual, enquanto no mbito regional o grau deimplantao variou entre parcialmente implantadoavanado (69,3%) e parcialmente implantadoincipiente (43,3%).
Concluses: este estudo revelou aspectos organi-zacionais e operacionais do Sinasc que precisam serimplementados para manter o padro de coberturaideal e excelente qualidade das informaes.Palavras-chave Avaliao em sade, Sistemas deinformao, Nascimento vivo
Rev. Bras. Sade Matern. Infant., Recife, 13 (1): 39-49 jan. / mar., 201340
Introduo
O Sistema de Informaes sobre Nascidos Vivos(Sinasc), concebido em 1989 pelo Ministrio daSade (MS), foi implantado paulatinamente noBrasil a partir de 1990, chegando a Pernambuco emmeados de 1992, estando descentralizado para todasas 11 regionais de sade e em seus municpios deabrangncia.1 Anteriormente, desde a dcada de1970, as informaes sobre os nascimentos eramregistradas nos Cartrios de Registro Civil e divul-gadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia eEstatstica (IBGE).2,3
O Sinasc surgiu em decorrncia da existncia desub-registro de nascimentos e da necessidade deobter informaes sobre a sade do recm-nascido ede caractersticas maternas, ausentes no registrocivil. Seus dados so provenientes da Declarao deNascido Vivo (DN), instrumento padronizado emtodo o territrio nacional. A DN contm campos parapreenchimento da identificao da me e do recm-nascido variveis scio-demogrficas, essenciaispara a emisso do Registro Civil de Nascimento, eoutras relativas ao pr-natal, parto e nascimento. Apartir desses dados possvel construir o perfilepidemiolgico dos nascidos vivos e outros indi-cadores de sade teis ao planejamento e imple-mentao de polticas materno-infantil, para identi-ficar situaes de risco e fornecer subsdios vigilncia e ao monitoramento dos recm-nascidos.2,4,5
Para que essas informaes sejam precisas eoportunas necessrio que as vrias etapas dosistema funcionem de forma articulada, desde adistribuio e controle dos formulrios da DN,seguindo toda a cadeia operacional, coleta, processa-mento, consolidao, avaliao e divulgao.4,6Essas etapas e as atribuies de cada instncia degesto do sistema so definidas pelo MS por meio deinstrumentos normativos e outros documentos elabo-rados no mbito estadual e municipal adaptados realidade local.
Os estudos avaliativos sobre o Sinasc, geral-mente, abordam a cobertura, a completitude dopreenchimento da DN e a confiabilidade dos dados emuito pouco acerca da validade, clarezametodolgica, consistncia e oportunidade da infor-mao como demonstrado em artigo de reviso.7Entretanto, no se identificaram estudos nas basesde dados indexadas que considerem toda a cadeia dosistema para gerao da informao. Diante destalacuna do conhecimento, o presente artigo tem comoobjetivo realizar uma anlise de implantao doSinasc no mbito estadual, contemplando todas as
etapas de seu funcionamento no Estado dePernambuco, visando promover a agilidade e o apri-moramento da qualidade das informaes.Mtodos
Pesquisa avaliativa tipo anlise de implantao docomponente 2,8 a qual relaciona o grau de implan-tao aos resultados. Para aferio do grau deimplantao (GI) realizou-se uma avaliao norma-tiva, baseada no modelo sistmico, proposta porDonabedian,9 utilizando-se as dimenses de estru-tura e processo.
A unidade de anlise foi o Sinasc no mbitoestadual em conjunto com dez das 11 Regionais deSade de Pernambuco. Foi excluda uma regionalpor destruio de sua sede e de todos os seus equipa-mentos, decorrente de desastre natural dois anosconsecutivos (2009 e 2010). Os dados foram cole-tados entre os meses de abril a maio de 2011.
Para consecuo da anlise de implantao foinecessrio, construir o modelo lgico do Sinasc nombito estadual, a partir de consultas aos docu-mentos ministeriais que o normatiza, entre outros, asPortarias de n 475, 20, 116, publicadas em 2000,2003 e 2009, respectivamente; Manuais deProcedimentos e de Preenchimento da DN e oplanejamento anual das aes desenvolvidas peloEstado.6,10,11
O modelo lgico uma representaoesquemtica que expe como os componentes searticulam por meio de atividades desenvolvidas erecursos disponveis para alcanar os resultadosesperados.12,13 Foram definidos como componentes:gesto, distribuio e controle, emisso e preenchi-mento, coleta, processamento das DN, anlise edivulgao da informao do Sinasc (Figura 1).
Em seguida foi elaborada a matriz de indicadorespor componente do modelo, constituda de indi-cadores quantitativos e qualitativos relacionados estrutura, processo e resultado (Tabela 1). Para cadaindicador foi criado o parmetro e a pontuaofundamentado na normatizao e em um estudo deavaliabilidade do Sistema de Informao sobreMortalidade.14 Os indicadores no normatizados eminstrumentos legais foram definidos em consonnciacom a rotina do servio.
Com o modelo e a matriz de indicadores fina-lizados, passou-se coleta de dados primrios esecundrios no nvel central estadual e nas regionais.Para obteno dos dados primrios foram utilizadastcnicas de observao direta e entrevistas indivi-duais com os responsveis pelo sistema no mbitoestadual e com suas regionais, mediante a aplicao
Pereira CCB et al.
CID 10 - Classificao
Estatstica Internacional de Doen
as e Problemas Relacionad
os Sa
de (10 rev
iso
)
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Avaliao da implantao do Sinasc em Pernambuco
Sistema de Informes sobre Nascidos Vivos (Sinasc)
Componen
tes
Gesto
Distribuio
e Controle
Emisso e Preen
chim
ento
Coleta
Processam
ento
Anlise e Divulgao
Insumos
Software
Computador
Recursos human
os
Recursos finan
ceiros
Man
uais e docu
men
tos
Form
ulrios da Declarao de
Nascido Vivo (DN)
Ncleo
s de Ep
idem
iologia
Hospitalar (NEH
)
Livros CID 10
Tabwin ( Sistema de tabulao do
DATA
SUS) e outros tabuladores
Paco
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Boletins
Atividad
es
Disponibiliza
o e/ou instalao
da ve
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Aquisio
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idem
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, cadastram
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celadas
Articulao com o Conselho Reg
ional de
Medicina e de Enferm
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ARPEN,
Correg
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Em
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m va-
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ara resgate e
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aes
Institucionalizao
da busca ativa
Retroalim
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atualizao
tab
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estabelecim
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Backu
p interno e externo
Cruza
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dad
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Em
isso e envio de relatrios co
m dupli-
cidad
es, inco
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a DN p
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En
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sfern
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Sinasc funcionan
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mpleta, atualizad
a e co
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Resultad
os Curto/M
dio Prazo
Eficaz
controle da distribuio
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ao
da DN Melhor qualidad
e da inform
ao
Aumen
to da co
bertura do Sinasc
Dad
os co
dificad
os processad
os co
m quali-
dad
eFluxo
do sistema co
m oportunidad
e e
regularidad
e
Maior alcance das inform
aes sobre
natalidad
e
Sistema de Informes sobre Nascidos Vivos (Sinasc) oportuno, confivel e universal
Figura 1
Modelo lgico do Siste
ma de Info
rma
es so
bre
Nascidos Vivos no mbito estadual.
ARPE
N A
ssociao
dos Reg
istrad
ores de Pe
rnam
buco
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Pereira CCB et al.
Tabela 1
Matriz de indicadores e julgamento por componentes, parmetros e pontuao.
Compo Dimen- Indicadores Parmetros Pontuao
nentes ses
continua
Emisso e Preen
chim
ento D
istribuio
e Controle G
esto
Resultad
o Processo Estrutura Resultad
o Processo Estrutura Resultad
o Processo Estrutura
Sala e equipamentos configurao mnimaCarga horria semanal da equipe de tcni-cos do Sinasc
Instrumentos de normatizao no local (Procedimento; Preenchimento; Informao
do Sinasc/SIM para ESF e Portaria n 116)Tcnico em informtica p/ suporte tcnicoCapacitaes e sensibilizaes programadasProfissionais de sade (todos os servios), parteiras, secretarias de sade e cartrios com curso de atualizao/ capacitao
Gestores/Tcnicos cadastrados e acessando a base local
Gestores/Tcnicos cadastrados e acessando a base federal (Sistema Web)
Gestores/Tcnicos municipais cadastrados e acessando base federal (Sistema Web)
Planejamento das aes construdo com participao de tcnicos dos sistemas, representantes de fontes notificadoras e usurios com elaborao de relatrio
Cursos de atualizao/capacitao programados e realizados anualmente
Superviso/visitas de apoio tcnico para melhoria do Sinasc realizadas anual-mente
Indicadores pactuados na Programao de Aes de Vigilncia em Sade (PAVS) e PACTO monitorados
Armazenamento das Declaraes de Nascidos Vivos (DN) em local seguro
Distribuio de DN de acordo com a estimativa de necessidade
Controle da DN no mdulo do Sinasc Registro das DN distribudasAcompanha cancelamento da DN anual
Razo entre DN distribudas cadastradas no Sinasc
Existncia de manual de normas de preenchimento da DN
Realizou capacitao/sensibilizao sobre o preenchimento da DN
Resgate de variveis pelo Ncleo deEpidemiologia dos hospitais estaduaisConhece o procedimento para emisso de 2 via
% de completitude das variveis da DN relacionadas a me; relacionadas a gestao e parto; e as relacionadas a criana
Completitude da DN monitorada com envio de relatrio
SIMNo mnimo 100 horas
No mnimo os trs (3) manuais e aPort.116
No mnimo um tcnico SIM
100% da clientela
100% dos gestores e tcnicos doSinasc cadastrados e com acesso
100% dos municpios
Pelo menos 1 reunio anual com aParticipao de Todos (PT) os envolvi-
dos com elaborao de relatrio
100% da programao cumprida
2 supervises anuais com aplicao doinstrumento de superviso
100% indicadores PAVS e PACTOmonitorados semestralmente
Armrio/sala com circulao restrita etranca
100% dos estimados* + 20%
SIM
100% das DN distribudas cadastradas
SIM
Excelente (>95%); Bom (90 a 95%);Regular (
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Avaliao da implantao do Sinasc em Pernambuco
Tabela 1 concluso
Matriz de indicadores e julgamento por componentes, parmetros e pontuao.
Compo Dimen Indicadores Parmetros Pontuao
nentes so
*Estimados = nmero de nascidos vivos do ltimo ano;** Nmero de nascidos vivos estimados = Populao menor de um ano/ 1 - (0,5x CMI*** )20***CMI= Coeficiente de Mortalidade Infantil.Sisnet = sistema de informao de transferncia dos dados por meio da Internet; ESF = Equipe de Sade da Famlia; DATASUS =Departamento de Informtica do Sistema nico de Sade do Ministrio da Sade.
Anlise e Divulgao
Processam
ento Coleta
Resultad
o Processo Estrutura Resultad
o Processo Estrutura Resultad
o Processo
Estrutura
Conhece a normatizao do Fluxo da DN
Coleta da DN dos municpios nas fontes notificadoras semanalmente
Busca ativa de rotina pelos municpios
Razo de Nascidos Vivos (NV) estimados e captados
Cobertura do Sinasc monitorada com envio de relatrio
Existncia de computadores com configurao mnima recomendada pelo Datasus com Sinasc/Sisnet
Presena da CID-10 estado e regional
Monitoramento de codificao das ano-malias congnitas
Retroalimentao semanalAtualizao mensal da tabela de esta-belecimentos de sade
Backup interno/ externo no mximo sema-nal
Relacionamento de rotina das bases de dados entre os nveis de gesto
Verificao de duplicidadesAnlise de inconsistncia das variveis
% municpios com arquivos de transfern-cias enviados por ms no ano (excludo
os municpios com 2 meses ou mais conse-cutivos sem envio)
% DN digitadas/enviadas at 60 dias aps o encerramento do ms de ocorrncia
Acompanhamento mensal da regulari-dade de envio
Controle de recebimento/envio dos arquivos de transferncias
Internet funcionandoMateriais de divulgao
Conhecimento/uso tabuladores e progra-mas estatsticos para anlise
Realiza anlise epidemiolgicaDivulga informao e anlise epidemio-lgica
Retroalimentao de informaes aos integrantes dos sistemas
Boletins Epidemiolgicos do Sinasc elabo-rados/ ano
% boletim epidemiolgico do Sinasc divul-gado/ano
SIM
90%
SIM
Computadores com configuraorecomendada + Sinasc e Sisnet
funcionando
SIM
SIM
100%
80% de DN enviadas no prazo
SIM
SIM
100%
SIM = 1 N=0
Todos municpios = 1; Parcial = 0,50 Nenhum = 0
NV estimados** NV captados x 100
trimestral = 1; 4-6 meses = 0,75; anual=0,5;Irregular=0,25; No = 0,0
S=1 N=0
S=1 N=0
Trimestral = 1; 4-6 meses= 0,75; anual =0,50;Irregular= 0,25; No realiza = 0
Municpios com arquivos de transferncias enviados/ano (com excluso) total de
municpios 100
DN digitadas/enviadas at 60 dias DN enviadas 100
S=1 N=0
S=1 N=0
S=1 N=0
Trimestral=1;4-6 mese=0,75;anual=0,50;Irregular = 0,25; No realiza = 0
N divulgados/ano total de elaborados 100
Rev. Bras. Sade Matern. Infant., Recife, 13 (1): 39-49 jan. / mar., 201344
Pereira CCB et al.
de um formulrio estruturado contendo questesreferentes estrutura e s atividades, de acordo coma matriz de indicadores. Os dados secundrios foramcaptados do banco do Sinasc estadual e regional2009 e dos documentos utilizados para a construodos indicadores.
Para a classificao do GI adotaram-se oscritrios: Implantado, quando a pontuao obtidana realidade emprica, em comparao aosparmetros definidos para cada questo, alcanoupercentuais que variaram de 80,0% a 100,0%;Parcialmente Implantado Avanado (60,0% a79,9%); Parcialmente Implantado Incipiente(40,0% a 59,9%) e No Implantado (abaixo de40,0%). Posteriormente classificao do GI doSinasc por componente e no seu conjunto (dimensounitria), imbricou-se o GI com os indicadores deresultados descritos na matriz de anlise e julga-mento, confrontando-os com o modelo elaborado emum processo reflexivo dedutivo baseado na lgica doSinasc.
Este projeto foi aprovado pelo Comit de tica ePesquisa do Instituto de Medicina Integral Prof.Fernando Figueira IMIP (N 2157/2011) eSecretaria Estadual de Sade por meio de carta deanuncia. Os entrevistados aps os esclarecimentosassinaram o Termo de Consentimento Livre eEsclarecido, concordando em participar da pesquisa.Resultados
Na Tabela 2 observa-se que o Sinasc foi classificadoimplantado apenas no mbito estadual, com GI de80,8%, variando entre 69,3% parcialmente implan-tado avanado e 43,3% parcialmente implantadoincipiente no regional. Dos seis componentesexpostos, destaca-se a Coleta por se apresentarimplantada em todas as unidades de anlise,atingindo 83,3% e a Gesto e o Processamento quese encontram implantados apenas no mbitoestadual, com 81,2% e 80,0% respectivamente. Ocomponente Distribuio e Controle da DN se apre-senta parcialmente implantada avanada comescore de 60,0% e a Anlise e Divulgao consid-erada implantada, alcanou a maior pontuao,92,9%, no mbito estadual. No mbito regional,evidencia-se que a Emisso e Preenchimento da DN,foi um dos componentes que atingiu o menor graude implantao. Verifica-se que das dez regionais desade avaliadas, em quatro no havia nenhumcomponente no implantado, porm, em umaregional, dos seis componentes do sistema, quatro seapresentavam no implantados(IX).
A Tabela 3 mostra os indicadores de resultados
dos componentes. No Controle e Distribuio dosformulrios da DN, a razo entre as DN distribudase cadastradas no Sistema resultou em 76,9%, nombito estadual. Evidencia-se, que na Emisso ePreenchimento, a completitude dos blocos da DNrelacionados me, gestao e parto e recm-nascido variou entre 99,4% a 39,7%, entre asregionais. Destes, o bloco relacionado me obteveos menores percentuais. E no Processamento, aproporo de nascidos vivos recebidos no nvelfederal at 60 dias aps o encerramento do ms deocorrncia do nascimento apresentou-se entre 94,4%a 45,8%, no mbito regional.
Ao se relacionar o GI com os indicadores deresultados, dispostos na Tabela 4, verifica-se que hcoerncia em todos os componentes, exceto naEmisso e Preenchimento e Anlise e Divulgao,que apresentaram menor percentual que o esperadoem pelo menos um indicador (50,0%). Na Coleta eProcessamento destaca-se, no mbito estadual, arazo de nascidos vivos estimados e captados (acimade 90,0%) e o controle de recebimento e envio dosarquivos de transferncia e sua regularidade acom-panhada mensalmente (100,0%), apesar do indicadorProporo de municpios com arquivos de transfe-rncia enviados por ms no ano ter sido 76,1%.Discusso
O Sinasc de Pernambuco, analisado na sua dimensounitria encontra-se implantado, contudo, apresentoudiferena de amplitude quanto adeso s normasao se verificar os componentes no mbitoestadual/regionais. Estudos sobre a desigualdadescio-espacial quanto adequao das informaesde nascimentos e bitos no Brasil15,16 apontam dife-renas que podem se relacionar diversidade denveis de implantao dos sistemas de informaosobre eventos vitais.
possvel que a variao da situao de implan-tao, evidenciada atravs dos critrios/indicadoresselecionados, esteja relacionada estrutura insufi-ciente das regionais e ao pouco conhecimento eclareza quanto s normas vigentes por parte dosoperadores do sistema. Tal afirmativa traduzida noscomponentes Gesto e Processamento que apresen-taram processos de trabalho diferenciados, sina-lizando para a importncia de se definir as atividadescom especificidade para cada nvel de gestoestadual do Sistema.17
A impreciso quanto s atribuies dos nveisregionais no Estado aliada tradio de sistemas deinformao concebidos para atender necessidadescentrais do pas pode estar contribuindo para
Rev. Bras. Sade Matern. Infant., Recife, 13 (1): 39-49 jan. / mar., 2013 45
Avaliao da implantao do Sinasc em Pernambuco
Tabela 2
Snte
se do G
rau de Implanta
o (GI) do Sinasc estadual, nos nveis central e regional se
gundo seus co
mponente
s. Pern
ambuco
, 2011.
Nvel Regionais de Sade
central
Componentes
estadual
I II IV V VI VII VIII IX X XI
GI#
GI G
I G
I G
I GI
GI
GI
GI
GI
GI
%%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
GI = gra
u de implanta
o; * Implanta
do (80 a 100%
); ** Parcialm
ente
Implanta
do A
vana
do (60 a 79,9%
); *** Parcialm
ente
Implanta
do Incipiente
(40 a 59,9%
); # N
o implanta
do
(abaixo de 40,0%
).
Gesto
Distribuio
e Controle
Emisso e Preen
chim
ento
Coleta
Processam
ento
Anlise e Divulgao
Total
(Sinasc)
81,2*
60,0**
87,5*
83,3*
80,0*
92,9*
80,8*
45,8**
*
40,0**
*
62,5**
83,3*
45,0**
*
50,0**
*
54,4**
*
47,9**
*
60,0**
50,0**
*
83,3*
45,0**
*
85,7*
62,0**
62,5**
40,0**
*
87,5*
83,3*
45,7**
*
82,1*
66,8**
35,4
#
80,0*
37,5
#
83,3*
40,0**
*
57,1**
*
55,5**
*
56,2**
*
60,0**
62,5**
83,3*
37,5
#
71,4**
61,8**
64,6**
80,0*
62,5**
83,3*
32,5
#
50,0**
*
62,1**
70,8**
60,0**
81,2*
83,3*
60,0**
60,7**
69,3**
39,6
#
20,0
#
50,0**
*
83,3*
35,0
#
32,1
#
43,3**
*
58,3**
*
60,0*
25,0
#
83,3*
62,5**
32,1
#
53,5**
*
56,2**
*
20,0
#
0,0#
83,3*
60,0**
71,4**
48,5**
*
Rev. Bras. Sade Matern. Infant., Recife, 13 (1): 39-49 jan. / mar., 201346
Pereira CCB et al.
Tabela 3
Indicadores de resultados segundo componentes do Sinasc no nvel central estadual e por Regional de Sade. Pernambuco, 2009.
Nvel Regionais de Sade
Compo- Indicadores central
nentes Resultados estadual I II IV V VI VII VIII IX X XI
continua
Gesto
Distribuio e
Controle
Emisso e
Preenchimento
Coleta
Processamento
100,0
76,9
88,1
98,9
96,7
50,0
94,3
100,0
76,1
85,8
0,0
0,0
95,5
98,7
99,0
0,0
99,5
25,0
68,4
87,9
Proporo de indicadores
pactuados na PAVS e
PACTO monitorados 6meses
Razo entre DN distribudas
(constam em planilhas ) e
cadastradas no Sinasc
Proporo de completitude
das variveis da DN rela-
cionadas a me
Proporo de completitude
das variveis da DN rela-
cionadas a gestao e parto
Proporo de completitude
das variveis da DN rela-
cionadas a criana
Completitude da DN moni-
torada com envio de
relatrio
Razo entre nascidos vivos
estimados e captados
Cobertura do Sinasc moni-
torada com envio de
relatrio
Proporo de municpios
com arquivos de transfern-
cias enviados por ms no
ano (exceto se 2 mesesconsecutivos sem envio)
Proporo de nascimentos
vivos recebidos no nvel fed-
eral at 60 dias aps o
encerramento do ms de
ocorrncia do nascimento
100,0
87,6
91,3
99,0
93,5
100,0
90,8
100,0
70,6
89,8
50,0
0,0
90,0
99,3
98,8
0,0
90,4
75,0
74,4
94,4
0,0
89,5
79,2
98,7
92,9
0,0
90,9
50,0
71,4
80,4
0,0
100,0
85,8
99,0
94,7
25,0
91,1
25,0
76,9
90,9
50,0
100,0
88,4
99,0
97,7
75,0
97,4
100,0
85,7
94,4
50,0
84,1
84,9
98,5
86,3
0,0
97,5
75,0
100,0
82,9
0,0
0,0
45,7
99,3
93,8
25,0
91,4
25,0
72,7
55,3
100,0
117,2
39,7
99,0
95,0
100,0
91,8
100,0
33,3
62,0
100,0
0,0
84,2
99,4
98,7
0,0
90,8
100,0
90,0
45,8
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Avaliao da implantao do Sinasc em Pernambuco
Tabela 3 concluso
Indicadores de resultados segundo componentes do Sinasc no nvel central estadual e por Regional de Sade. Pernambuco, 2009.
Nvel Regionais de Sade
Compo- Indicadores central
nentes Resultados estadual I II IV V VI VII VIII IX X XI
Fonte: Sinasc mbito estadual central e regional.
Processamento
Anlise e
Divulgao
Total
(Sinasc)
100,0
100,0
50,0
0,0
100,0
0,0
Regularidade de envio
acompanhada mensalmente
Controle de recebimento e
envio dos arquivos de trans-
ferncias ao nvel
hierrquico superior
Proporo de boletim epi-
demiolgico divulgado no
ano com dados do Sinasc
100,0
100,0
100,0
0,0
100,0
50,0
0,0
100,0
50,0
0,0
100,0
50,0
100,0
100,0
0,0
0,0
100,0
0,0
0,0
100,0
0,0
100,0
100,0
0,0
100,0
100,0
0,0
Tabela 4
Grau de Implantao por componente do Sistema de Informaes Sobre Nascidos Vivos estadual, no nvel central e indicadores de
resultados, Pernambuco, 2009*
Componentes Grau de Implantao Indicadores de resultado Proporo
Fonte: Sinasc Secretaria de Sade do Estado de Pernambuco.
Legenda: Implantado (80 a 100%)Parcialmente Implantado Avanado (60 a 79,0%) Parcialmente Implantado Incipiente (40 a 59,0%) No implantado (abaixo de 40,0%)
Gesto
Distribuio e Controle
Emisso e
Preenchimento
Coleta
Processamento
Anlise e Divulgao
Proporo de indicadores pactuados na PAVS e PACTO monitorados 6 meses
Razo entre DN distribudas cadastradas no Sinasc
Proporo de completitude das variveis da DN relacionadas me
Proporo de completitude das variveis da DN relacionadas ges-
tao e parto
Proporo de completitude das variveis da DN relacionadas criana
Completitude da DN monitorada com envio de relatrio
Razo entre nascidos vivos estimados e captados
Cobertura do Sinasc monitorada com envio de relatrio
Proporo de nascimentos vivos ocorridos, recebidos at 60 dias aps o
encerramento do ms de ocorrncia
Proporo de municpios com arquivos de transferncias enviados por
ms no ano (exceto se 2 meses consecutivos sem envio)Proporo de nascimentos vivos recebidos no nvel federal at 60 dias
aps o encerramento do ms de ocorrncia do nascimento
Regularidade de envio acompanhada mensalmente
Controle de recebimento e envio dos arquivos de transferncias ao
nvel hierrquico superior
Proporo de boletim epidemiolgico divulgado no ano com dados do
Sinasc
100,0
76,9
88,1
98,9
96,7
50,0
94,3
100,0
85,8
76,1
85,8
100,0
100,0
50,0
Implantado
Parcialmente Implantado Avanado
Implantado
Implantado
Implantado
Implantado
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Pereira CCB et al.
dificultar a cooperao tcnica entre os nveis degesto, no obstante a facilidade de descentralizaodo Sinasc. Moraes,18 antes da existncia do Sinascna dcada de 1980, j fazia referncia concepocentralizadora dos Sistemas de Informaes comoum problema que afeta a qualidade e fidedignidadedas informaes.
As evidncias da realidade emprica observadademonstram a coerncia entre o grau de implantaoe os resultados no mbito central estadual e umaaparente incoerncia em algumas regionais, decor-rente da complementao ou desenvolvimento dasaes pelo nvel hierrquico superior. Esse compor-tamento contribui para colocar em segundo plano asatividades inerentes ao gestor estadual que deixa decumprir seu papel, fato similar ao relatado na rea devigilncia epidemiolgica.17 Da a relevncia desistemas de informao efetivamente descentra-lizados.
A questo da descentralizao no deve ser vistacomo uma desconcentrao de atividades, mas comouma redistribuio de poder tcnico e administrativopara as regionais e municpios, com a instituciona-lizao de processos de trabalho condizentes comcada mbito do sistema.19 Este um desafio que temsido apontado como o caminho mais adequado parao fortalecimento dos sistemas de informao.20 Oaperfeioamento deste procedimento com a intro-duo de novas rotinas facilita a operacionalizaodo sistema nos diferentes nveis de gesto,21,22 mini-mizando a omisso, sobreposio ou execuoparcial das atividades.
A anlise do resultado decomposta por compo-nente permitiu identificar falhas em diversos proce-dimentos. Observou-se o uso de instrumentos paracadastro no recomendados pelo MS, o que podeocasionar extravio da DN, utilizao ilegal, desco-nhecimento do quantitativo distribudo utilizado,rasurado e cancelado, alm da quebra do fluxo. A fimde corrigir estes problemas h necessidade de (re)definio de atividades gerenciais21 visando garantira utilizao do aplicativo informatizado do Sinascem cada esfera de gesto, e ainda favoreceria aadequao da cobertura do Sinasc.
Os achados relativos Emisso e Preenchimentomostram a necessidade de melhoria na completitudedas informaes referentes me, importante fontede dados para o registro civil de nascimento, aexemplo de estudo anterior.23 De forma similar, osresultados dos indicadores de Anlise e Divulgao
expem a insuficiente disseminao dos dados efalha na elaborao e publicao dos boletinsepidemiolgicos no mbito estadual. A pouca divul-gao da informao quebra a continuidade e agili-dade no retorno dos dados aos diferentes nveis,apesar dos tcnicos realizarem anlises epidemiol-gicas regulares. Isso denota a necessidade da formu-lao de estratgias para divulgao de informaesgeis e oportunas sobre natalidade com amplo acessoaos usurios.24
Dentre as estratgias para superar a viso parcialdo sistema tem sido sugerida a incorporao desupervises sistemticas7 e educao permanentedos funcionrios com o objetivo de melhorar osistema de coleta, processamento, consolidao edisponibilizao da informao.7,25
A abordagem metodolgica utilizada constituiuma inovao, pela escassez de estudos quanto rotina de procedimentos do Sinasc,8,24 e capacidadede avaliar de forma integral seus diversos compo-nentes, distinguindo os que exercem influncia satis-fatria ou no no alcance da cobertura ideal, comple-tude e confiabilidade dos dados. Esse tipo de ava-liao desempenha um papel formativo na melhoriado processo de gerao da informao, por ofereceraos gestores e tcnicos a possibilidade de atuar deacordo com as necessidades.9
Entretanto, devido interface de atividades entreestado e o municpio, o modelo lgico e a matriz deindicadores construdos no devem ser consideradosdefinitivos,26 visto que a realidade dinmica,requerendo atualizao permanente dos objetivos eseu modo de operar, adaptados ao contexto organiza-cional. Ademais, os parmetros e critrios/indi-cadores adotados em alguns componentes, Emissoe Preenchimento, Coleta e Processamento expressamatribuies que so transversais aos diversos nveisde gesto do Sinasc, enquanto outro, em que hnecessidade de estimao do nmero de nascidosvivos para pequenos contingentes populacionaispermanece com poucos estudos16,27 gerando outradificuldade.
Refora-se a necessidade de estudos adicionaispara os diversos nveis do sistema, testando modelosexistentes e utilizando tcnicas de consenso paramelhor adequao do modelo lgico, dos critrios eindicadores. Enfatiza-se a necessidade de incorporara prtica da avaliao integral na rotina do Sinasc emtodas as esferas de gesto, como uma atividade tilao planejamento e tomada de deciso.
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Avaliao da implantao do Sinasc em Pernambuco
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Recebido em 9 de novembro de 2012Verso final apresentada em 7 de janeiro de 2013Aprovado em 5 de fevereiro de 2013