Artigo Conjunto Urbano Rua Da Bahia

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  • 7/26/2019 Artigo Conjunto Urbano Rua Da Bahia

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    rojeto Corredor Cultural Rua da Bahia: Educao atrimonial e

    Memria Urbana

    Bernadete Bittencourt Rodrigues *

    ApresentaoO Projeto Corredor Cultural Rua da Bahia: Educao Patrimonial e Memria Urbanavisa romover a!es de Educao Patrimonial" usando como rimeira re#er$ncia oesao a%ui de#inido como Ei&o'Cultural da Rua da Bahia" esao emblem(tico daevoluo urban)stica e cultural de Belo *ori+onte, -nstitucionalmente . um rojeto#inanciado ela /ei Municial de -ncentivo 0 Cultura" em arceria com a Escola1uerior de 2urismo da PUC'Minas e o 34cleo Cidade e Meio 5mbiente da1ecretaria Municial de Educao de Belo *ori+onte, 6uando se #ala em esao4blico" %uase semre se es%uece da imort7ncia da observao e reconhecimentodos asectos ar%uitet8nicos ara o e&erc)cio da aroriao do mesmo, Para esta

    observao" recisamos de h(bito e e&erc)cio de sensibilidade,

    Con#orme o lanejamento de 5aro Reis" arovado em 9;constru!es urban)sticas resentes em toda Belo *ori+onte"ossuindo tamb.m mais de ?@ esaos de uso cultural locali+ados nela ou em seuentorno, 2amb.m #oi o rimeiro esao de vida urbana na cidade" chegando asuerar o centro linear rojetado or 5aro Reis" a 5venida 5#onso Pena, 5l.m daligao entre a Estao e o Aoverno" o local costurava os rinciais esaosculturais dos rimeiros anos da caital" tais como o Bar do Ponto" Cine Metrole"com.rcio de lu&o" dentre outros,

    5 imort7ncia art)stico'cultural da ao aresentada neste rojeto consistee#etivamente na roosta de interretao do atrim8nio histrico'cultural atrav.s dareali+ao de visitas guiadas, Com intuito de criar esaos onde os jovens ossam

    rearar'se ara uma observao cr)tica e construtiva do atrim8nio comum" emesecial ao %ue se re#ere a seu atrim8nio cultural material" imaterial e ambiental"aresenta'se como oortunidade ara destacar elementos da identidadesociocultural dos belo'hori+ontinos,

    5ssim" o rojeto busca mostrar como a observao . imortante no reconhecimentodo atrim8nio material e imaterial e como este . um asso imortante e signi#icativono e&erc)cio da cidadania, 3um a)s %ue alica oucos recursos em a!esatrimoniais" este rojeto ro!e'se a contribuir ara %ue mais essoas ossaminiciar =ou amliar" em alguns casos> a conceo do %ue seja a histria" rocessocont)nuo %ue tem ligao conosco no momento resente" a artir das erce!es do

    %ue nos aconteceu no assado e %ue #icou marcado em ns =individualmente ecoletivamente> se rojetando no #uturo,

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    P1: Os te&tos a%ui transcritos so de inteira resonsabilidade de seus autores,Cias so autori+adas desde %ue citadas as #ontes,

    DDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD

    *Ps'Araduanda em Elaborao" Aesto e 5valiao de Projetos 1ociais em reas Urbanas elaUFMA" Bacharel em 2urismo ela PUC Minas" Aestora Cultural" Emreendedora e resons(vel elorojeto Corredor Cultural Rua da Bahia: Educao Patrimonial e Memria Urbana,

    Cidade: Lugar de trnsito da Memria

    Gen)sia Martins BorbaH

    =,,,> Cidades vo sendo descritas atrav.s da memria" dosdesejos" dos s)mbolos" das trocas" dos nomes,,, num jogo de

    substitui!es in#initas, Ge in)cio" or objetos I r.dios" ruas"

    c4ulas" muralhas" torres,,," ' e or lendas" conversas" #alas,,,

    %ue vo #ormando uma es.cie de cat(logo de coisas vistas ou

    ouvidas: um cat(logo de emblemas,

    5tualmente" estamos vivendo o aogeu da globali+ao, 5s #acilidades no camo dain#orm(tica cada ve+ mais aro&imam os mais diversos a)ses" l)nguas e culturas,

    Com a oulari+ao da Rede Mundial de Comutadores odemos visitar museus"

    monumentos" e&osi!es e at. cidades sem nunca termos de #ato estado nesses

    lugares, 2odavia em muitas dessas viagens virtuais elo mundo" %ue vem

    consolidando uma uni#icao global odemos estar nos distanciando a cada dia da

    nossa identidade, O #ato de ertencermos a um mundo globali+ado talve+ seja um

    dos motivos %ue nos levam a erceber" cada ve+ mais" a necessidade de nos autoa#irmarmos" valori+armos nossos esaos" nossas ra)+es" nossas tradi!es" nossa

    cultura" nos aroriando de nossa cidade, 1o nas nossas r(ticas cotidianas" na

    viv$ncia dos esaos da nossa cidade %ue conseguimos assegurar essa incluso,

    1egundo /ui+ Roberto do 3ascimento e 1ilva" no #undo todos vivemos nas cidades,

    3ingu.m vive no Estado, 3ingu.m vive na Federao, J na cidade %ue

    encontramos #ortemente o sentimento de #amiliaridade e de ertencimento, 5s

    diversas #ormas de viver a cidade or seus habitantes . %ue nos #a+ construirmos os

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    ambientes" as ruas" as raas" as igrejas" as casas" os s)mbolos, 1entir'se arte da

    cidade . reconhecer nela uma identidade" necessidade histrica do homem,

    5s cidades nunca so iguais" suas di#erenas so estabelecidas elas rela!es

    esec)#icas de cada uma com a histria e a cultura com %uais #oram #ormadas e

    consolidadas, O caminhar elas ruas" os lugares de encontro" de trabalho" as #estas"

    vo sendo escritas elos habitantes ao longo do temo, Mas a cidade" como re%uer

    Renato Cordeiro Aomes" nunca ode ser con#undida com o discurso %ue a

    descreve" ois" toda a leitura %ue se #a+ dela tamb.m . histrica e assim est( sujeita

    a v(rias interreta!es, 5 cidade . um camo #.rtil ara o desenvolvimento das

    di#erenas, Cada um de ns guarda #ragmentos da vida na cidade a artir de

    erce!es e sentimentos di#erentes, 5s diversas ossibilidades de leitura . %ue

    constroem a nossa memria, Ge acordo com K, /e Ao##" 5 memria nasce" onde

    cresce a histria" %ue or sua ve+ a alimenta" rocura salvar o assado ara servir o

    resente e o #uturo, =/E AOFF"9;?>

    A memria e o tempo

    Mas a cidade no conta o seu assado" ela o cont.m como as linhas damo" escrito nos 7ngulos das ruas" nas grades das janelas,,, =Ltalo Calvino

    , 9?>,

    Recuerar o assado signi#ica: construir o sentido e o resente,=, Bolle>,

    5o reali+ar um trabalho de =re> descobrir" a Rua da Bahia" nos vemos diante de uma

    tare#a delicada: #a+er uma leitura baseada em uma das v(rias reresenta!es da

    memria constru)das e vivenciadas or literatos" es%uisadores" artistas e seus

    moradores nos seus esaos, O desa#io est( em como ligar" o novo e o antigo"entendendo o rocesso de continuidade histrica,

    2rabalhar com a memria . areender a cidade ara al.m de suas edi#ica!es"

    raas" ruas" becos" viadutos" en#im" erceber a%uilo %ue est( contido na memria

    de cada um de seus usu(rios, Muitas ve+es os comromissos da vida cotidiana nos

    #a+em assar elas ruas" entrar e sair de edi#)cios sem erceber seu signi#icado" o

    %ue ode estar contido em cada arede" aimort7ncia de cada c.lula %ue com!e acidade, 5 memria da Rua da Bahia no est( reresentada unicamente em seus

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    marcos #)sicos e sim no signi#icado %ue ns habitantes atribu)mos a eles, Con#orme

    acrescenta , Bolle" a arma da resist$ncia das cidades est( no #io do temo %ue liga

    assado e resente est( na memria a#etiva" nas sensa!es vividas e ecoadas ela

    memria oral" escrita e edi#icada,

    5 artir da memria dos sentidos e da tradio" e no aenas da memria da histria"

    oder'se'ia retomar a legitimidade desse rocesso" no coiando ou re#a+endo os

    objetos do assado" mas continuando a invent('los, =C5MPE//O"9;;?>

    6uando olhamos ara nossa cidade odemos observar edi#ica!es %ue so

    testemunhas de s.culos de histria e a memria no . um simles relembrar do

    assado, Niajar elo temo na histria da cidade estabelecendo os v)nculos entre oassado e o resente . oss)vel se no nos es%uecermos do #io condutor %ue nos

    ermite caminhar nos labirintos da memria, O trabalho com a cidade e a memria

    tem sido alvo de v(rias comara!es, Uma delas . a met(#ora da ar%ueologia em

    %ue" alter Benjamin associa a cidade e a memria com o trabalho ar%ueolgico:

    =,,,> a memria no . o instrumento ara a esoliao do assado" mas" antes" o meio" o

    alco" onde se deu a viv$ncia" assim como o solo . o meio no %ual as antigas cidades

    esto soterradas, 5gindo como um homem %ue escava" a%uele %ue recorda aro&ima'sedo assado" no s ara elaborar o invent(rio dos achados" mas" sobretudo ara

    assinalar no terreno de hoje o lugar no %ual . conservado o velho, =AOME1"9;;?>

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    Esse trabalho da memria" de estabelecer v)nculos entre o assado e o resente .

    %ue ossibilita o belori+ontino sentir'se arte da cidade em esecial da Rua da

    Bahia, Reconhecer'se nas ruas" nas edi#ica!es" nos objetos" documentos" jornais"

    maas" trilhos" e todas as celebra!es %ue #a+em arte de nossa histria . %ue nos

    ermite viver a cidade estabelecendo laos de a#etividade com ela, 1o essas

    rela!es %ue #ormam a nossa identidade e tornam oss)vel a ligao entre o seu

    assado e o seu resente,

    1e o assado se congela" se torna um ramo seco" sem ossibilidade de

    germinao" est( destinado ao es%uecimento =,,,>Niajar" ortanto" no

    assado" na tradio" . trans#orm('lo" salvando'o do es%uecimento"

    tornando'o rodutivo: ramos viosos, =Aomes"9;;?>

    Preservao do Patrimnio Cultural__________________________________________________________________________________________

    1e a cidade vive ela rememorao" . tamb.m verdade o seu

    contr(rio" a cidade morre elo es%uecimento, =AOME1"9;;?>

    5s id.ias em torno da reservao do atrim8nio cultural estiveram durante muitotemo relacionadas com a idade cronolgica" ou antigidade das edi#ica!es" de seu

    valor en%uanto obra ar%uitet8nica e art)stica ou de #atos considerados imortantes

    ela histria o#icial, 5inda odemos ouvir a utili+ao do termo cidades histricasem

    cidades como Ouro Preto" Giamantina" 1o Koo Gel Rei" 1erro" 1abar(" Mariana"

    dentre outras, E . claro %ue" sem d4vida elas so cidades histricas como so

    tamb.m Belo *ori+onte" /agoa 1anta" Betim, 2oda cidade tem memria e identidade

    e" ortanto t$m histria" logo so histricas, Cada ve+ mais a id.ia de reservaoest( ligada a outros valores como de memria" identidade" cidadania" celebra!es"

    #ormas de e&resso" o#)cios ou modos de #a+er, O %ue deve ser lembrado ou

    es%uecido" reservado ou no" j( no . mais estabelecido or determinantes da

    histria o#icial a artir de acontecimentos e essoas consideradas not(veis, Como

    esclarece Maria Beatri+ 1ilva"

    tanto o e&erc)cio da memria" %uanto 0 #ormao da identidade so" ao n)vel individual"

    caacidades humanas" como andar" comer" dormir or.m" %uando tomadas

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    coletivamente" assam 0 categoria de direitos a con%uistar" aos %uais o maior obst(culo

    arece ser o interesse individual ou cororativo, =1-/N5"9;;Q>

    5ssim" o atrim8nio %ue deve ser reservado" a memria %ue deve ser lembrada ou

    es%uecida" no ode estar aenas relacionada com as #achadas de seus edi#)cios e

    seus asectos #ormais" mas com o rocesso or %ue assaram como imagens de

    uma cidade vivida %uotidianamente e nesse sentido a erda eou destruio de

    marcos imortantes de nossas cidades signi#ica aagar #ortes traos de nossa

    histria,

    O trabalho de identi#icar" documentar" roteger e romover o atrim8nio cultural de

    uma cidade deve acomanhar o conte4do das viv$ncias e e&eri$ncias da

    oulao e lig('las 0 %ualidade de vida e a cidadania" criando v)nculos de

    aro&imao no aenas #)sicos" mas tamb.m com as oss)veis #un!es sociais %ue

    os bens culturais odem ad%uirir,

    5 Rua da Bahia veio assando or altera!es na sua aisagem urbana" algumas

    delas certamente necess(rias outras nem tanto, Elas nos mostram %ue a cidade .

    um ser vivo em constante trans#ormao e %ue segue a din7mica de seu temo de

    sua gente, Mas no odemos nos es%uecer %ue e&atamente or no ser est(tica"

    arada no temo" a cidade com casas" ruas e raas t$m aura rria,

    Muitas ve+es as trans#orma!es elas %uais as cidade assam so dirigidas or um

    entendimento e%uivocado da alavra progresso, Muitas edi#ica!es so demolidas"

    raas so alteradas" ruas so alargadas" linhas #.rreas so desativadas" rios so

    olu)dos" sem se levar em conta 0s liga!es a#etivas da memria desses lugarescom a oulao das cidades" ou seja" sua identidade, Os conceitos de destruir o

    antigo ara construir o moderno ode tra+er conse%$ncias irrear(veis ara o

    organismo vivo da cidade" a oulao local,

    =,,,> demolir . )ndice do aagamento do assado" da memria" da cidade comartilhada"

    da cartogra#ia a#etiva, 5%ui" construir o ovo . aagar o velho" no dei&ar marcas: tudo

    vai sendo sucessivamente substitu)do, =AOME1"9;;?>

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    O direito 0 cidade" 0 %ualidade de vida" no ode estar aenas ligado 0s

    necessidades estruturais" mas tamb.m 0s necessidades culturais da coletividade,

    5ssim" a reservao do atrim8nio cultural no est( envolvida em um saudosismo"

    muito menos tem a inteno de imedir o desenvolvimento da cidade" ao contr(rio"

    esta ao vai ao sentido de garantir %ue a oulao or meio de seus s)mbolos

    ossa continuar ligando seu assado a seu resente e&ercendo seu direito 0

    memria" 0 identidade" 0 cidadania,

    Poltica de Preservao do Patrimnio Cultural de BHDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD

    5 vida . descer a Rua da Bahia %ue tinha dois ou tr$s %uarteir!es de

    cidade grande" de ra+er Paulo Mendes Camos

    O Munic)io de Belo *ori+onte anteciou 0 rria romulgao da Constituio

    Federal de 9;" %uando criou em 9;? o Conselho Geliberativo do Patrim8nio do

    Munic)io or meio da /ei 3, S,@T,

    Em 9;; o Gecreto Q??9 dis!e %ue o Conselho seria comosto or reresentantes

    do oder 4blico Municial e&ecutivo e legislativo oder 4blico" e&ecutivo estaduale #ederal" da Universidade Federal de Minas Aerais" da Ponti#)cia Universidade

    Catlica de Minas Aerais" do -nstituto dos 5r%uitetos do Brasil =Geartamento de

    Minas Aerais>" da 5ssociao 3acional dos Pro#essores Universit(rios de *istria

    =34cleo Regional de Minas Aerais>" da Coordenadoria de Ge#esa do Meio 5mbiente"

    Patrim8nio *istrico" 5rt)stico" Cultural" Est.tico e Paisag)stico da Procuradoria

    Aeral de Kustia do estado de Minas Aerais" or tr$s membros escolhidos elo

    Pre#eito dentre ro#issionais de notrio conhecimento da mat.ria" nas (reas deantroologia ou ar%ueologia ou ar%uitetura e urbanismo ou artes l(sticas ou direito

    ou histria,, Em T9 de de+embro deste mesmo ano #oram designados os membros

    do conselho" %ue ento assou a #uncionar,

    O grande objetivo do CGPCM'B* . assegurar a reservao do atrim8nio histrico

    e cultural da cidade de Belo *ori+onte" ara %ue as gera!es #uturas desenvolvam o

    sentimento de ertencimento a uma histria %ue tamb.m . sua" o lugar onde se

    constri a identidade comum, Mesmo %ue as cidades tenham dei&ado de se

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    constituir como esao de reali+ao de um rojeto de vida coletiva ara serem" ao

    contr(rio" o loteamento onde colidem as es#eras do interesse rivadoV de destino

    4blico, =Brando"sd>

    2odos %ueremos viver em uma cidade onde o esao" a histria e temos vividos

    comunguem entre si sem entregar desmedidamente ao #uturo a sua histria,

    6ueremos sentir ligados a uma origem comum, E no %ueremos a rivati+ao do

    esao 4blico junto com a rivati+ao suer valori+ando o valor de troca" de

    comra e venda" =,,,> em detrimento do seu valor de uso, =Brando"sd>

    5credita'se %ue o sucesso da reservao do atrim8nio cultural das cidades s

    ser( oss)vel via"

    uma demanda social" da demanda de usu(rios" moradores e das comunidades locais,

    1 essa demanda tornar( e#etiva e oss)vel 0 alicao da di#)cil medida de limitao do

    direito de roriet(rios articulares diante do interesse coletivo" necess(rio 0

    reservao de esaos urbanos,=MO225"sd>

    Nivemos em um momento em %ue a roriedade rivada atinge W@X da (reaurbana,

    O contraonto ara as terras de uso articular e controlado so as terras de uso 4blico

    onde todos ossam estar e circular sem ermisso esecial, 1o os esaos e

    logradouros 4blicos" rincialmente as ruas %ue servem de circulao de edestres e

    ve)culos e ara muitas coisas mais, =1532O1"9;;>

    O temo decorrido entre a criao do Conselho" or /ei Municial" e seu e#etivo#uncionamento mostra a di#iculdade ara se e#etivar no munic)io uma entidade

    deliberativa com reresentao do oder 4blico e da sociedade civil ara

    estabelecer a ol)tica de reservao do atrim8nio, Em 9;; a comosio do

    Conselho so#reu novo acr.scimo assando a incluir um reresentante da 1ecretaria

    Municial de 5tividades Urbanas e um do 1indicato da -nd4stria da Construo Civil

    do Estado de Minas Aerais,

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    Gurante uma d.cada o Conselho #uncionou assessorado elo 1ervio de Bens

    Culturais da 1ecretaria de Cultura, 5 trans#ormao deste 1ervio em

    Geartamento" dando'lhe maior oder e autonomia" s aconteceu em 9;;;,

    Comete ao conselho Geliberativo alicar e deliberar sobre o instituto do

    tombamento e seus er)metros de roteo" estimular o seu uso combinado a outros

    mecanismos de ordem urban)stica e tribut(ria" sugerir e articiar da ol)tica cultural"

    roor #ormas de incentivo 0 conservao de bens rotegidos" conceder autori+ao

    r.via" estiulando as condi!es" ara interven!es em bens tombados e em sua

    vi+inhana e e&ercer vigil7ncia ermanente sobre os bens tombados,

    5 din7mica de atuao do CGPCM'B* comreende reuni!es mensais onde so

    discutidos e deliberados os temas re#erentes a roostas de interven!es em

    er)metros rotegidos or tombamento eou (reas em estudo" %ue geralmente so

    remetidos ara r.via an(lise or um relator designado elo Presidente,

    5 Aer$ncia do Patrim8nio *istrico e Urbano AEP* e o Conselho Geliberativo do

    Patrim8nio Cultural do Munic)io de Belo *ori+onte CGPCM'B* da 1ecretaria

    Municial de Regulao Urbana 1MRU tem como #uno rincial: identi#icar"

    documentar" roteger e romover a memria social e o atrim8nio cultural de Belo

    *ori+onte" em termos materiais e simblicos,

    Comete 0 Aer$ncia do Patrim8nio *istrico e ao Conselho Geliberativo do

    Patrim8nio Cultural do Munic)io de Belo *ori+onte:

    Identificar: reconhecer" descobrir um bem cultural de interesse coletivo or

    seu valor ar%uitet8nico ou relev7ncia ara a memria social da cidade de Belo*ori+onte

    Documentar: buscar dados sobre o bem de interesse cultural elaborar um

    dossi$" %ue . constitu)do de s)ntese histrica" an(lise scio'cultural" descrio

    ar%uitet8nica e urban)stica" #otos" bem como outros documentos relativos ao

    bem em %uesto

    Proteger: abrigar" resguardar" no dei&ar %ue o bem cultural seja demolido,

    Promover: trabalhar a #avor da reservao do bem tombado buscando oreconhecimento da oulao" or meio de a!es de educao atrimonial,

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    5 ol)tica de roteo da memria e do atrim8nio cultural busca estabelecer uma

    sintonia com o lanejamento urbano e a %ualidade de vida buscando a reservao

    do assado com a construo do resente e do #uturo, 5 memria e o atrim8nio

    cultural incororam:

    Edi#ica!es de valor histrico

    N(rias dimens!es =bens imateriais> %ue constroem a identidade e a cultura de

    uma cidade e seus habitantes,

    Instrumentos de PreservaoDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD

    ! " #om$amento

    Gentre os instrumentos utili+ados" o tombamento . um dos %ue ossibilita a adoo

    de medidas restritivas %ue visam 0 roteo de bens culturais isolados ou em

    conjunto, O tombamento municial . regulamentado ela /ei S@T? e elo Gecreto

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    #om$amento integral % inclui os lanos e&ternos e o interior da edi#icao"

    geralmente %uando ossuidores de elementos ou solu!es valiosas ou

    indissoci(veis do imvel,

    &ememorando Histrias da &ua da Ba'iaDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD

    Eu conheci a Rua da Bahia 6uanto era #eli+, Era #eli+ e tinha um ar de imort7ncia %ue irritava asoutras ruas da Cidade, Carlos Grumond de 5ndrade

    O Conjunto Urbano Rua da Bahia" de#ine o Corredor Cultural Rua da Bahia"comreendendo um er)metro" %ue . o resultado de um rocesso histrico deconstru!es" destrui!es e reconstru!es, Conse%$ncia de contribui!es

    sucessivas" no somente de um momento, Esse corredor conta v(rias histriassobre o desenvolvimento de Belo *ori+onte, Conta um ouco da histria daar%uitetura" da evoluo urbana" da ocuao da cidade" do com.rcio" das essoas"mas rincialmente da cultura de nossa cidade,

    1egundo os crit.rios da Comisso Construtora da 3ova Caital" a Rua da Bahiaseria o ei&o de ligao ente o setor administrativo" locali+ado na Praa da /iberdadee o centro comercial" %ue se desenvolveu aos arredores da Praa da Estao"avenida do Com.rcio" atual 1antos Gumont" onde havia o com.rcio do tioatacadista" #ormado ela ro&imidade com a Estao Central" or onde chegavatodos os surimentos ara a Caital" e avenida 5#onso Pena,

    O Conjunto Urbano Rua da Bahia #a+ justaosio com v(rios outros conjuntos aologo de seu ei&o: Conjunto Urbano Praa Rui Barbosa =Praa da Estao>: aEstao #oi rojetada or Kos. de Magalhes" %ue teve como au&iliar o ar%uiteto"Edgard 3ascentes Coelho e o desenhista Kos. Nerdussem" em 9;T@ #oi substitu)doelo r.dio hoje e&istente rojetado or /ui+ Olivieri, O r.dio h( muito . conhecidocomo Estao Central e . re#er$ncia cultural elas roor!es e linhas elegantes doestilo neocl(ssico" consagrado na Caital do in)cio do s.culo YY,

    Esse Conjunto Urbano ." em sua maior arte" intercetado or outros Conjuntos

    Urbanos ' Rua dos Caet.s" 5venida 5#onso Pena" Praa 5#onso 5rinos e Praa da/iberdade'5venida Koo Pinheiro era um Conjunto Urbano raticamenteconsolidado" com oucos terrenos va+ios, Go onto de vista histrico observa'sesua diversidade e ri%ue+a, 5 de#inio do er)metro de roteo do re#erido ConjuntoUrbano busca dar notoriedade ara o ei&o da Rua da Bahia" devido 0 imort7nciadessa rua na histria de Belo *ori+onte, Observa'se %ue a Rua da Bahia" aesar desua imort7ncia como ei&o cultural" ela sua histria de ocuao e de aroriao"ela tamb.m . um ei&o olari+ador de re#er$ncia" um marco urbano imortante nacidade" e as diretri+es de roteo so imortantes de#inidoras desse marco,

    6uem atravessava Bahia na altura de Aoi(s ia dar direto na es%uina de

    Aoitaca+es onde #icava a Casa 3arciso, =,,,> Por cima do t.rreo de 1eu3arciso #icava a resid$ncia da #am)lia Rocha Melo, =,,,> 1eguiam'se osr.dios de um andar onde #icavam no ;SQ a Paelaria e 2iogra#ia Brasil do

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    1ilva Neloso" no ;T a Farm(cia 5mericana, =,,,> 5inda descendo era aCasa Gecat, =,,,> Em cima dessa loja morava o Comendador 5velinoFernandes" C8nsul de Portugal" nosso amigo, =,,,> Geois era o segundoParc RoZal =,,,>, Encostado era a Charutaria Flor de Minas e nos seus altosvivia a #am)lia de outro comendador" o 1eu Fonseca, =,,,> 1eguia'se o r.dio#abuloso cujo andar t.rreo era o Cinema Odeon %ue tinha a glria de ser

    sobreujado elo iso do Clube Belo *ori+onte, =Pedro 3ava I Beira'Mar 99'9T>

    Os ca#.s #oram os rinciais testemunhos da e#ervesc$ncia cultural de Belo*ori+onte" desde sua inaugurao, Ca#. #oi um termo muito di#undido em Belo*ori+onte" ara designar bares mais so#isticados" na verdade o %ue eles menosserviam eram ca#.s" suas esecialidades era um bom choe gelado ou uma cervejade %ualidade,

    O Caf( Paris" talve+ tenha sido o rimeiro onto de encontro entre os oetas deBelo *ori+onte" ainda or volta de 9;@, 3esse er)odo l( j( era oss)vel se

    encontrar cerveja" oesia e m4sica americana tocada ao iano, Era um localessencialmente masculino, 5 Rua da Bahia era o seu endereo,

    O Caf( )strela" locali+ado na es%uina de Bahia com Aoitaca+es" #oi um dos marcosda Rua da Bahia" na d.cada de 9;T@, 1erviu como onto de encontro ente osintelectuais ligados ao movimento modernista mineiro" como Carlos Grumond de5ndrade" Em)lio Moura" 5bgard Renault" Milton Camos" Pedra 3ava entre outros, 5sede desse ca#. era na Rua da Bahia ente Aoitaca+es e 5ugusto de /ima" umouco abai&o de onde recentemente #uncionou o Bahia 1hoing, Esseestabelecimento era mais %ue um simles ca#. chegou a ser classi#icado or seus#re%entadores como uma con#raria,

    3ossa roda no Ca#. Estrela" da Rua da Bahia" era to liter(ria %uantool)tica" e reunia estudantes destacados na Faculdade" a gente %uevagamente estudava ou simlesmente vadiava" como o cronista, Mas sealguns comentavam a realidade nacional" outros %ueriam trans#orm('lo,Aabriel Passos era um desses 4ltimos(DIAS, 1971).

    5 Rua Bahia aresenta marcos da ar%uitetura de di#erentes .ocas e estilos .re#er$ncia obrigatria na literatura modernista com desta%ue esecial na obra domemorialista Pedro 3ava" bem como do oeta Carlos Grumond de 5ndrade,

    Ge todas as ruas da cidade . a da Bahia %ue assume a #uno de elo com ocosmoolitismo, /( era oss)vel encontrar um com.rcio de %ualidade" o cinema" aaglomerao humana e o melhor barca#. da cidade" o do Ponto, Foi lanejadacomo uma art.ria e era nela %ue transitava os habitantes mais elegantes" osautomveis e o bonde, Em alguns momentos chegou a ser comarada a uma vitrinehumana" onde todos %ue seguiam Bahia acima ou Bahia abai&o estavam emevid$ncia,Era a rua da Bahia %ue servia de alco ara as a%ueras" os namoros eos encontros de bo$mios e intelectuais" con#orme observa!es de 5b)lio Barreto:

    5 mim ergunto de novo" esicaado elo desejo latente" irresist)vel" deandar, Onde vou agora[V Outras ruas me attrahem" mas h( semre uma%ue mais se im!e" %ue me chama" %ue me arrasta, 1igo" ento" ara ella"

    rocurando,,, o %ue[ 3o sei...=N-25" 9;9?>

    12

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    5 Rua da Bahia era considerada or todos como art.ria sangu)nea da caitalmineira, 2odas as atividades culturais aconteciam em casas dessa Rua, Era umaRua com oucas resid$ncias o %ue consentia aos transeuntes um sentimento deliberdade" %ue embebiam do ambiente lural %ue lhes era roorcionado, Os bares eos ca#.s #oram sendo ocuados como onto de encontro" onde se era oss)vel 0

    troca de in#orma!es" a leitura do jornal e discuss!es acerca da literatura atual" asituao ol)tica" os #ilmes em carta+" e a vida cotidiana da caital,

    Pensando em Rua da Bahia" no odemos dei&ar de ressaltar algumas edi#ica!es%ue con#eriram eou ainda con#erem desta%ue esecial na aisagem urbana daCaital,

    " Caf(e Bar do Ponto" lugar de encontro dos bo$mios da Caital, 1ituava'se naes%uina de 5#onso Pena" entre Rua da Bahia e 2uis" onde hoje se encontra o hotelOthon Palace, Esse nome #oi devido 0 sua locali+ao" ois logo 0 sua #rente" nocentro da 5venida 5#onso Pena #icava o abrigo de bondes" era o onto #inal e inicial

    da%ueles %ue se dirigiam 0s regi!es sul e leste de Belo *ori+onte, Esseestabelecimento comercial" marco re#erencial de Belo *ori+onte #oi #undado orFelie /ongo" em 9;@Q" a edi#icao %ue abrigava esse estabelecimento era umsobrado %ue se estendia or todo o cru+amento,

    O Bar do Ponto" tudo sabia e in#ormava, Era um jornal vivo, =,,,> Gali os #atoseram irradiados =,,,>, 5o recolher'se a casa" 0 noite" cada belo'hori+ontinoconhecia tudo o %ue ocorrera no dia" or%ue ouvira no Bar do Ponto, =,,,> Eno Bar do Ponto unha'se i\ets nos #atos =,,,> Cada habitante l( chegava"arava" #icava in#ormado do %ue ignorava e in#ormava o %ue sabia=53GR5GE" 9;T>,

    O Bar do Pontono era to lu&uoso como o Caf( )strela" contudo serviu no scomo o mais #amoso onto et)lico das rimeiras d.cadas da Caital" mas tamb.m delocal ara e&osi!es de intores em in)cio de carreira" como Renato de /ima, 5t.ara homenagens a #iguras ilustres do cen(rio mineiro" o Bar do Ponto era localideal, 3o segundo avimento do edi#)cio encontra'se o Pal(cio *otel" %ue tinhaentrada ela Rua 2uis,

    Marco re#erencial da cidade or trinta e %uatro anos" o Bar do onto ajudou aconstruir a histria de Belo *ori+onte" assou or v(rios roriet(rios" masconservando'se semre" acima de tudo" uma instituio essencialmente oular"

    %uase roriedade do 4blico(CHACHAN, 1994).

    O encerramento das atividades do Bar do Ponto #oi motivo de comoo oularreercutindo em toda a imrensa da Caital" %ue e&ressa o sentimento demelancolia, Raros estabelecimentos de reunio 4blica desemenharam toimortante e insistente ael na histria de uma cidade" como o Bar do Ponto" nacr8nica de Belo *ori+onte=5 C-G5GE" 9;?@>,

    O Bar do Ponto#oi #echado em 9;?@ e demolido em 9;

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    5 Casa i+comocomunha o cen(rio da Rua da Bahia" a casa lot.rica da .oca" 0sua #rente os engra&ates trabalhavam embele+ando os .s dos homens ilustres dacaital mineira,

    Continuando subindo logo deois da Casa Ai(como se encontrava a Koalheria

    P(dua" %ue vendia jias de #abricao diamantinense" ao lado a Charutaria Flor deMinas, 3o segundo avimento #uncionava o Kornal Folha de Minas" imortanteve)culo de in#ormao da .oca #undado or 5#onso 5rinos" na d.cada de 9;S@"ara o %ual Grumond e 3ava contribu)ram com suas alavras encantadas,

    Em #rente a essa edi#icao e&istiu uma loja de tecidos =com durao e#$mera> edeois #oi ocuada ela loja de discos /ucerna de roriedade de aldomiro /obo"%ue mais tarde tornou'se deutado e desistiu do negcio,

    5 Bom$oni,re -ussa" servia os melhores doces e con#eitos da cidade e no odeser es%uecida no cen(rio da Rua da Bahia" considerando" %ue era l( %ue a

    tradicional #am)lia mineira levava suas #ilhas ara assear,

    5 .ivraria Itatiaia#uncionava no r.dio nomeado Parc RoZal e era #re%entada elaalta intelig$ncia mineira" de roriedade dos irmos Nivaldi" Pedro Paulo e Edison"toda Moreira, 5o T] andar s tinha acesso os amigos )ntimos" ois era a resid$nciade Edison Moreira, Era l( %ue se discutia literatura e ensavam sobre as sucess!esda 5cademia Mineira de /etras,

    Outras livrarias tamb.m j( comuseram arte imortante desse corredor culturalchamado de Rua da Bahia" tais como a Francisco 5lves" #re%entada elos jovensrevolucion(rios da d.cada de 9;T@ a /ivraria Morais" %ue #uncionou na es%uina deBahia com Aoitaca+es" onde osteriormente cedeu lugar 0 /ivraria Civili+aoBrasileira" mais acima se encontrava a /ivraria 5lem" %ue #ora destru)da ao #inal da1egunda Auerra Mundial,

    O#rianon#e+ arte dos mais c.lebres ca#.s da Caital" no rinc)io do s.culo YY,Era de roriedade de Otaviano 1oares, 3a edi#icao de dois avimentosencontrava'se a seguinte disosio: no andar in#erior do bar #icavam as mesas ecadeiras" local onde eram servidos doces" sorvetes e outras guloseimas no andarsuerior as bebidas alcolicas eram servidas no balco" onde se odia saborear amelhor emada da cidade, Era #re%entado ela boemia mais re#inada de Belo

    *ori+onte,

    *avia a hora cheia do aeritivo da manh tomado em . =,,,>,Geois morria o movimento e todo o dia era de #reguesia#amiliar escassa =,,,>, ^s %uatro da tarde =,,,> comeava omovimento mais #irme dos aeritivos e da cerveja =,,,> Outrahora oca" corresondendo 0 da janta da Fam)lia Mineira, 3ovaenchente 0 noite=35N5" 9;

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    centrali+ar a vida social da cidade" era o onto de encontro das moas" as amatin$ no Cine Metrole, Com o assar do temo a Con#eitaria Elite tamb.m serendeu aos aelos bo$mios da juventude e assou a servir cerveja,

    3a es%uina de Bahia e 5ugusto de /ima encontrava'se o rande Hotel" o melhor de

    Belo *ori+onte" or longos anos, Contava com servio de bar nos andares t.rreo esacada do T], Era o local rivilegiado ara se discutir ol)tica, Em 9;9 #oi ad%uiridoelo italiano 5rc7ngelo Maletta" %ue romoveu amla re#orma imediatamente" logodeois construiu o S] avimento, Era o mais moderno edi#)cio destinado ao ramohoteleiro" hosedou #iguras ilustres como 1antos Gumont" Rui Barbosa e Aet4lioNargas" antes desse tornar'se Presidente da Re4blica, Kuscelino _ubitsche\ #oi umdos grandes #re%entadores do bar do Arande *otel,

    Em 9;

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    Os bondes so arte integrante da memria de todos os autores %ue escrevemsobre a Rua da Bahia, Eles iam e vinham or esta Rua levando assageiros aoBairro 1erra" 0 atual Praa Giogo Nasconcelos" na 1avassi" onde outrora e&istia oabrigo Pernambuco e mais tarde aos bairros Carmo e 1ion, 2odos os moradores daCaital usavam o bonde como sistema de transorte" todas as classes sociais se

    serviam dele, Era considerado or todos como um esao democr(tico" di#erente dotransorte coletivo e&istente atualmente" em %ue aenas as classes menosabastadas se utili+am dele,

    Fa+em justaosio com o Conjunto Urbano Rua da Bahia os seguintes Conjuntos:5 Praa 5#onso 5rinos #oi nomeada ela Comisso Construtora como Praa daRe4blica, 3o decorrer desses 9@; anos #oi bastante alterada, 1eu traado originalcriava uma ersectiva ara a antiga 5venida /iberdade" atual Koo Pinheiro, Em9;;Q" o CGPCM'B*" arovou o tombamento de (rvores na malha urbana" comdesta%ue ara o Ke%uitib( e o Pau'Brasil lantados nessa raa,

    5 Avenida 2oo Pin'eiro #oi originalmente bati+ada de 5venida /iberdade,Projetada como rama de acesso 0 eslanada arti#icial terralenada ela CC3C, Ostrabalhos de arbori+ao da Caital #oram iniciados nessa avenida" Ga ocuaooriginal" destinada 0s resid$ncias de altos #uncion(rios 4blicos restaram aenasalguns alacetes" hoje ocuados elo Museu Mineiro" 5r%uivo P4blico Mineiro e elaEscola Estadual 5#onso Pena" rotegidos or tombamento municial e estadual,

    5 Praa da )stao #oi rojetado ela CC3C" imlantada em 9;< e recebeu onome de Praa Cristiano Otoni, 5 artir de 9;T?" assou a ser denominada PraaRui Barbosa" er)odo em %ue teve o seu aisagismo re#ormulado, J esaoconsagrado de mani#esta!es coletivas" ol)ticas e culturais, Esse Conjunto Urbano. atrim8nio cultural rotegido elo munic)io e elo Estado" com elementos %ue seligam a diversos er)odos da evoluo urbana de B*,

    O Conjunto Urbano 5venida 5#onso Pena" o rincial ei&o rojetado ela CC3C" nosentido norte'sul" a artir da 1erra do Curral at. o Ribeiro 5rrudas, 5o longo de seuercurso" destacam'se imortantes re#er$ncias culturais" ar%uitet8nicas eurban)sticas" como a Praa 1ete de 1etembro e o Pirulito I Monumento aoCenten(rio da -ndeend$ncia '" o edi#)cio 1ulaca 1ulam.rica" o Mercado dasFlores e o e&tinto Bar do Ponto #a+em arte da memria desse cru+amento,

    O Par3ue 0unicipal Am(rico &en( iannetti4 no ode erder o lugar dedesta%ue desse Conjunto, Foi inicialmente o %uartel general da ComissoConstrutora da 3ova Caital, 1erviu tamb.m como o local de cultivo de sementesara todo aisagismo e&ecutado na .oca da construo da cidade, 5s ainaugurao #oi estruturado ara servir de Par%ue" hoje" o grande resiradouro dohier'centro de Belo *ori+onte, 1egundo a Comisso Construtora da 3ova Caital ICC3C '" o Par%ue Municial cumriria a seguinte #uno: 1er( o ar%ue maisimortante e grandioso de %uantos h( na 5m.rica" e or si s" merecer( a visita denacionais e estrangeiros e levar( a nova Cidade acima de %uantos ora atraem noBrasil, =CC3C I 9;?>

    3o rinc)io do s.culo ele incentivou e cultivou o h(bito do asseio 4blico" o localonde as essoas se reuniam longe do tr7nsito das ruas, 2odavia" assim como nas

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    outras vias 4blicas em esecial a Rua da Bahia" servir como lugar de encontro dosenamorados" dos amigos" ara conversas r(idas ou aenas areciao daaisagem, O aisagista Paul Nillon" rodu+iu na%uela localidade um verdadeiromuseu da nature+a" conseguindo criar a sensao de aro&imao entre oambiente buclico de Ouro Preto e o modernismo de Belo *ori+onte,

    /ogo as a trans#er$ncia da caital mineira" de Ouro Preto s)mbolo do sistemacolonial" ara Belo *ori+onte o marco da re4blica" do modernismo e do #uturo" aRua da Bahia" o Par%ue Municial e os cinemas assumem o ael de civilidade,

    Praa da .i$erdadeI Encontra'se imlantada no alto da Boa Nista do Curral GelRei" #oi rojetada ela CC3C" seus jardins originais em estilo ingl$s #ormaremodelados em 9;T@" sob insirao #rancesa, O coreto #oi rojetado or Edgard3ascentes Coelho com denominao de Pavilho da M4sica, Em 9;;T" #oi conclu)doo rojeto de restaurao da Praa de autoria da 5r%uiteta K8 Nasconcelos, 3oer)odo da ocuao da caital" a Praa da /iberdade no era um local de grande

    circulao" a imrensa da .oca atribu)a tal #ato 0 concorr$ncia da Rua da Bahia edos cinemas:

    Mais uma noite triste ara a raa da /iberdade #oi a do 4ltimo domingo, 5#alta de m4sica" concorr$ncia dos collegas da Rua da Bahia =oscinematograhos>" os circos" ' tudo consira contra ella" %ue se viudesovoada do encanto seductor e m(gico das senhoritas #ormosas %uecostumam #lorir de graa e de alegria=O B-3CU/O" 9;@>,

    5 Praa da /iberdade #oi rimeiramente reconhecida como oder 4blico e nocomo esao 4blico" %ue encontrava na Rua da Bahia seu lcus re#erencial, 5

    maioria da oulao a ercebia como uma ilha do oder" bastante distanciada davida cotidiana da caital,

    DDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD

    ` O 2eatro Municial era um dos mais belos e&emlares %ue remetia a belle .o%ue" %ue #oi inuagurado ela Cia,3ina 1an+i e continuou sendo laco de brilhantes aresenta!es de conjunto e artistas nacionais einternacionais,

    Patrimnio Cultural de 5ature1a Imaterial 6 0anifesta7es CulturaisDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD

    Em temos %ue o atrim8nio soma a seus asectos histricos bem como ossaberes" #a+eres" #ormas de e&resso e celebra!es de um ovo" como

    mani#esta!es art)sticas e culturais reresentadas" elas #estas religiosas" roduo

    artesanal tamb.m so ass)veis de ateno" roteo e motivao de interesse

    tur)stico,

    5 Rua da Bahia . considerada tanto ela oulao local como or visitantes o mais

    imortante ei&o cultural da caital, Menos glamorosa" mas no menos intensa . arogramao desse corredor cultural com e&osi!es" eset(culos teatrais e

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    musicais" roda de samba" v)deos e #ilmes" toda essa e#ervesc$ncia ode ser

    con#erida nos bares" teatros" cinemas e clubes,

    5 Rua da Bahia resenciou e registrou o nascimento" aogeu e decad$ncia do

    carnaval em nossa cidade, Entre as d.cadas de 9;S@ e 9;?@" a Rua da Bahia" em

    #rente ao bar 2rianon" onde s entrava homens e a Con#eitaria Elite" onde as

    mulheres tamb.m odiam entrar" servia de onto de concentrao ara os #oli!es,

    5nos mais tarde o encerramento das atividades dos dois estabelecimentos

    comerciais coincidiram com a decad$ncia do carnaval na Rua da Bahia, 5 Aruta

    Metrole serviu de onto de encontro" or um curto er)odo, 1alles #ala com

    melancolia da situao resente desse marco da Rua da Bahia: Ges#a+ia'se" ouco

    a ouco" toda a estrutura humana de sustentao da%uela tradicional casa, =,,,>"

    imiedosamente lanchoneti+ada elo mau gosto dos homens" e l( ermaneceu" sem

    %u$ nem ra %u$, Era o #im, =15//E1"T@@

    "s $enefcios da preservao do patrimnio

    Incentivos 8 preservao dos imveis

    9, -seno de -mosto Predial 2erritorial Urbano -P2U" ara os imveis em bom

    estado de conservao

    2. 2rans#er$ncia do Gireito de Construir Potencial construtivo do lote %ue ode

    ser vendido a (reas onde . ermitido o adensamento

    3. /ei de incentivo 0 Cultura /-M-C verba ara reali+ar restaura!es

    ?, 5teli$ de 5comanhamento do AEP*1MRU #a+ rojetos de restaurao dos

    bens tombados e au&ilia os roriet(rios emreendedores,

    A &edistri$uio do IC0-

    5 /ei Estadual 9T,@?@;

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    - ' a e&ist$ncia de lanejamento e ol)tica de roteo do atrim8nio cultural: a>

    ossuir legislao municial %ue disonha sobre a ol)tica cultural do munic)io" em

    esecial sobre roteo e a conservao de seus bens culturais tombados ou de

    interesse de reservao b> disor" em sua estrutura administrativa" de e%uie

    t.cnica eseci#icamente designada ara resonsabili+ar'se ela ol)tica de

    reservao do munic)io" com atuao e#etiva comrovada

    -- I aresentao =ara cada bem tombado de a> lanta em escala contendo o

    er)metro de tombamento" ara o caso de cidade ou n4cleo histrico e de conjuntos

    urbanos" ar%uitet8nicos e aisag)sticos b> n4mero de domic)lios englobados elo

    er)metro de tombamento" ara o caso de cidades ou n4cleo histrico c> (rea e

    n4mero de unidades envolvidas elo er)metro de tombamento" ara o caso de

    conjuntos urbanos" ar%uitet8nicos e aisag)sticos d> endereo comleto do bem

    imvel tombado isoladamente e de bens mveis e> elementos art)sticos integrados

    e in#orme histrico #> descrio geral das caracter)sticas do bem" justi#icando seu

    valor cultural ara o munic)io g> resonsabilidade t.cnica elas in#orma!es h>

    nature+a jur)dica do ato de tombamento i> data do tombamento

    --- I /ei de criao de Conselho Municial de Cultura ou a#im" com seus resectivos

    instrumentos de regulamentao contemlando as seguintes caracter)sticas e

    atribui!es: a> atribuio em car(ter re#erencialmente deliberativo" de roceder ao

    tombamento ou outras #ormas de roteo de bens de interesse cultural do

    munic)io b> atribuio de controle e #iscali+ao elo munic)io sobre interven!es

    em bens tombados ou de interesse cultural c> reresentao e%uilibrada do oder

    4blico e de entidades e institui!es reresentativas da sociedade civil d> #ormas de

    convocao" deliberao e eriodicidade das reuni!es e> comrovao do#uncionamento regular do Conselho atrav.s de cias de atas arovadas e

    assinadas elos conselheiros

    -N I 5resentao de: a> invent(rio de bens culturais b> dossi$ de tombamento c>

    inscrio nos /ivros de 2ombo d> laudos t.cnicos %ue comrovem o bom estado de

    conservao do bem cultural tombado e> investimentos em bens culturais reali+ados

    diretamente elo munic)io ou atrav.s de arcerias e conv$nios,

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    &efer9ncias Bi$liogr+ficas

    53GR5GE" Carlos Grumond de, Cricas 19!"#19!4, Belo *ori+onte: 1ecretaria de

    Estado da Cultura de Minas Aerais e BFMA" 9;W,

    B5RRE2O" 5b)lio, $e%o Hori&ote' eria histrica e descritia # histria atiga ehistria *dia, Belo *ori+onte" Fundao Koo Pinheiro, Centro de Estudos*istricos e Culturais" Belo *ori+onte, 9;;W,

    BORB5" Gen)sia Martins e 1-/N5" Maria Cristina Cairo, Co+to ar-itetico cotipo%ogia de i%/cia da Coiss0o Costrtora da Noa Capita%, Belo*ori+onte: Pre#eitura Municial 1ecretaria Municial de Cultura, Mimeo, 9;;;,

    BR53GO" Carlos 5nt8nio /eite. Da etio%ogia ao setido de patriio. Mimeo.

    C5MPE//O" Alauco, atriio e cidade, cidade e patriio, -n,: &evista doPatrimnio Histrico e Artstico 5acional % Cidade! Rio de Kaneiro: -P*53"9;;?, 3, ] TS,

    C*5C*53" Nera,A eria dos %gares e tepo de deo%i23es.Gissertaode mestrado, Belo *ori+onte: F5F-C* UFMA, Mimeo, 9;;?,

    BE/O *OR-O32E, Gicion(rio Biogr(#ico de Construtores e 5rtistas de Belo*ori+onte ' 9;?9;?@ ' -nstituto Estadual do Patrim8nio *istrico e Cultural deMinas Aerais ' Belo *ori+onte" -EP*5MA I 9;;W,

    GU2R5" Eliana de Freitas =ORA,>, $H. Hori&otes Histricos, Belo *ori+onte:C5R2E" 9;;Q,

    AOME1" /eonardo Kos. Magalhes ' Memrias de as5 Dicio6rio opo8ico daCidade de $e%o Hori&ote, 1MC Museu 5b)lio Barreto, Belo *ori+onte" 9;;T,

    AOME1" Renato Cordeiro, odas as cidades, a cidade, Rio de Kaneiro: Rocco"9;;?,

    /535" Ricardo 1amuel de, Co+to r:a8stico da ra2a da ;i:erdade e Aeida

  • 7/26/2019 Artigo Conjunto Urbano Rua Da Bahia

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    BE/O *OR-O32E, Panorama de Belo *ori+onte: 5tlas histrico ' Belo *ori+onteFundao Koo Pinheiro" Centro de Estudos *istricos e Culturais, Belo*ori+onte" 9;;W,

    PE3*5" Ot(vio, 3otas Cronolgicas de Belo *ori+onte =9W99'9;S@>, Belo

    *ori+onte: 9;

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    subsidiar a reservao ou interveno #)sica nas edi#ica!es, 3o entanto" araossibilitar a correta identi#icao das edi#ica!es surimidas" o estudo ota or umlevantamento de todas as edi#ica!es" identi#icando lote a lote a evoluo do esaoe variao de uso e estrutura constru)da, Com base neste invent(rio detalhado e nasdiretri+es do rojeto roosto" #oram destacadas as edi#ica!es com maior

    relev7ncia ara o atrim8nio histrico ar%uitet8nico e urbano" a #im de se aro#undarem sua caracteri+ao,

    1obre a an(lise dos dados e de#inio de crit.rios de seleo de edi#ica!esnot(veis" o trabalho ota or riori+ar a relao %ue os edi#)cios estabelecem com oesao urbano e histria da cidade" o#erecendo dados ara o maeamento"identi#icao e caracteri+ao da relao das edi#ica!es relevantes do onto devista ar%uitet8nico" construtivo e re#erencial com a cidade, 3este sentido" o conceitode atrim8nio adotado . o %ue trabalha com a associao de valores ao objeto=C*O5f" T@@9>" buscando identi#icar valores ara a histria" histria da arte"singularidade art)stica ou de uso" atual ou assado,

    1obre a delimitao da (rea de estudo" #oi adotado o ei&o #ormado ela rua da Bahiaem toda sua e&tenso" com alargamento em trechos de maior concentrao deedi#ica!es" estruturas ou atividade urbanas relevantes,

    1obre a aresentao dos dados o estudo de#ine uma lista de edi#ica!es relevantesara" em seguida elaborar um e%ueno ar(gra#o introdutrio sobre a caracteri+aodo edi#)cio" histria de seu rojeto" ocuao e modi#icao de uso" descrio daimort7ncia ara a ar%uitetura" ara a histria e ara a cidade e" #inalmente" #oto ou#igura dison)vel em acervo, 1obre o 4ltimo asecto" o estudo ota or no rodu+irlevantamento #otogr(#ico esec)#ico ara cada edi#icao caracteri+ada, 5 oo sejusti#ica ela e&ist$ncia de amlo material gr(#ico relativamente atuali+ado do local eela ouca relev7ncia de #otogra#ias atuali+adas no roduto #inal do rojeto" %ue damaior eso 0 identi#icao da edi#icao do %ue o diagnstico de sua situao atual,Caso a coordenao do rojeto ote or roduo de registro #otogr(#ico evinculao deste em roduto #inal =cartilha" alestras" etc> recomenda'se elaboraode crit.rios com o resons(vel ela diagramao #inal do material,

    Ar3uitetura e ur$anismo na &ua da Ba'ia

    5 Rua da Bahia" do onto de vista histrico'ar%uitet8nico" . a rua mais imortante de

    Belo *ori+onte, Essa imort7ncia se deve ao ac4mulo de edi#ica!es consideradasatrim8nio histrico %ue vinculam valores de identidade local" re#er$ncia histrica"inovao est.tica ou tecnolgica" s)mbolos da vida urbana" dentre outros, Por outrolado" associada 0 imort7ncia histrica dos edi#)cios" tem'se" desde as rimeirasd.cadas" um rocesso cont)nuo de demolio e substituio de edi#ica!es"relacionado 0 ao do mercado imobili(rio e 0 reinveno cont)nua do modeloar%uitet8nico e urbano do *iercentro de Belo *ori+onte,

    5 imort7ncia da rua ode ser reconhecida j( nos rimeiros anos da caital"momento em %ue no trecho r&imo 0 es%uina da Rua da Bahia com 5#onso Penase consolida a rimeira centralidade de com.rcio e servios da cidade lanejada,

    Essa centralidade desbanca o rrio rojeto original de 5aro Reis e sua intenode criao de um grande centro linear ao longo da 5#onso Pena, 3os rimeiros

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    anos" a Rua da Bahia reresentava a elite reublicana %ue encontrava em seusca#.s" tabacarias e lojas de lu&o a urbanidade r&ima 0 das metroles euro.ias"sobretudo a Paris das interven!es de *aussmann , Geste 4ltimo 5aro Reis herdagrande arte do vocabul(rio esacial %ue combina com a oo malha regular"geom.trica e #echada,

    3este momento" a ar%uitetura neocl(ssica de insirao euro.ia combina regras decomosio e t.cnicas construtivas com a utili+ao de s)mbolos reublicanos, Oartido ar%uitet8nico e a relao com cidade t$m como objetivo a conte&tuali+ao ere#oro dos ei&os e ersectivas visuais do rojeto urbano" e#eito obtido eloalinhamento do edi#)cio com o asseio e adoo de gabarito de altura,

    3os anos S@ o modelo urbano adotado at. ento so#re as rimeiras cr)ticas e umnovo vocabul(rio #ormal assa a nortear as interven!es no tecido e&istente, Belo*ori+onte na .oca ossu)a diversos va+ios na (rea central" o %ue ossibilitou areinveno do esao de acordo com as novas re#er$ncias, Gata dessa .oca o

    viaduto 1anta 2ere+a" maior vo de concreto da 5m.rica /atina e as rimeirasedi#ica!es em estilo art'deco" os dois rinciais s)mbolos dessa nova est.ticaurbana,

    3a d.cada de ?@ o rocesso de substituio de edi#ica!es na (rea central seconsolida" atingindo mesmo edi#ica!es de grande orte e re#er$ncia" como o antigoedi#)cio sede dos correios, 3o lugar" #oi constru)do o conjunto do edi#)cio 1ulaca1udameris" ainda hoje o melhor e&emlo de insero urbana de ar%uitetura verticalno *iercentro" devido 0 aroriao e valori+ao do ei&o criado elo viaduto 1anta2ere+a, 3o entanto" na d.cada de W@ essa estrat.gia de imlantao .comletamente subvertida ela construo de ane&o sobre o vo central,

    3a d.cada de

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    de#inir grande arte dos atuais modelos e crit.rios de interveno no atrim8niohistrico de (reas centrais,

    5tualmente o esao constru)do da rua da Bahia convive com graves roblemas detr(#ego de ve)culos e oluio sonora e visual, O uso dos esaos" aesar disso"

    ainda sugere otencialidades ara aroriao do ei&o e resgate da imort7ncia darua ara a memria e vida social da caital, 5 maior arte das edi#ica!es relevantesara o rojeto esto bem conservadas" com oucas descaracteri+a!es" sendo omaior reju)+o a demolio de maior arte do acervo ao longo dos anos,

    Invent+rio Completo de )difica7es

    ***Maior Relev7ncia **M.dia relev7ncia *Pouca relev7ncia

    )ntre Contorno e uaicurus

    ***Compan'ia Industrial de Belo Hori1onte I Edi#)cio 9@? tecidos ' Fourteen-naugurado em 9;@" o edi#)cio #oi constru)do ara sediar a #(brica de tecidos daComanhia -ndustrial de Belo *ori+onte" rimeira grade ind4stria de tecidos a seestabelecer na 3ova Caital de Minas, O rojeto original da edi#icao #oi elaborado"em 9;@Q" elo ar%uiteto Edgar 3ascente Coelho, 5 artir do #inal da d.cada de ?@ oedi#)cio assa a abrigar a Unio Brasileira de 2ecidos" oularmente conhecidocomo 9@? 2ecidos, 5tualmente" arte do galo . ocuada ela #(brica da #ourteen,O r.dio so#reu" ao longo dos anos" in4meras interven!es %ue" al.m dedescaracteri+arem seu interior" contribu)ram ara o desaarecimento %uasecomleto das linhas ar%uitet8nicas originais de suas #achadas,

    ***Pr(dio da )scola de )ngen'aria 'Constru)do em estilo modernista em 9;Q

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    ***Bi$lioteca da )scola de )ngen'aria' Edi#icao do conjunto neocl(ssicor&imo 0 Praa da Estao,

    ***-egundo Batal'o da Brigada Policial % )scola .ivre de )ngen'ariaI CentroCultural da

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    *Posto de asolina

    ***Pr(dio 5eocl+ssico A1ulI ? avimentos

    *Pr(dio > andares novo ?@' Paulisto dos Retalhos" constru)do em 9;S or

    fo\io 1ato Eng, Civil,

    *=rigorficoI T avimentos

    *Pr(dio > andares ' novo =?W>

    **)difcio -at(lite=n] ?W> ' moderno ' Constru)do em 9;

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    *)difcio Du3ue de CaGias 'Constru)do em 9;

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    Em 9;Q; a edi#icao ou conjunto de edi#ica!es #oi demolido ara construo doOthon Palace *otel

    ***#eatro -oucasauG % #eatro 0unicipal % Cine 0etrpole '

    Francisco 1oucasau& construiu seu teatro adatando o galo de madeira e +incoe&istente no local desde os rimeiros anos da caital, -naugurado em T@ dede+embro de 9;;" o teatro #icava no #undo do jardim onde havia um coreto esubstituiu o 2eatro Provis(rio, 5 edi#icao #oi demolida no dia TQ de abril de 9;@Qara construo do teatro municial" inaugurado em T9 de outubro de 9;@;, Or.dio" de re%uintada ar%uitetura ecl.tica" com a redomin7ncia do estiloneocl(ssico" so#reu altera!es ao longo dos anos e chegou a ser chamado deardieiro na d.cada de S@, 3a d.cada de ?@" assou or re#orma de #achada araabrigar o cine metrole, O cinema" s)mbolo da cultura da caital" #oi vendido em9;S e demolido ara construo do edi#)cio %ue atualmente abriga o BancoBradesco,

    ***Cine "deon % Clu$e BH % Ita' -naugurado em #evereiro de 9;9T o cine Odeon#icou na rua da Bahia at. o #inal dos anos T@, -nstalado lu&uosamente no sobrado deMendes Pimentel" cujo andar suerior servir( de sede ara o #amoso Clube Belo*ori+onte" entre 9;9S e 9;9

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    ***&egio onde 'avia a lo:a de Alfredo Coscarelli4 a ruta 0etrpole ' Gesde9;?Q e&iste no local um edi#)cio de 9< avimentos de autoria de Ra##aello Berti,

    **)d! 0inas "este' de 9;QQ" rojeto de lvaro Ben)cio de Paiva,

    **)difcio =+tima' constru)do em 9;

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    **)difcio -an &emo ' constru)do em 9;

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    **Pr(dio a$andonado ' ou'Sandares

    ***Consultrio e &esid9ncia de )duardo Borges &i$eiro da Costa ' 5cademiaMineira de /etras

    **Casa antiga J andaresn] 9?;9

    ***AneGo da Academia 0ineira de .etrasEntre o velho e o novo" outro marco do in)cio dos anos ;@ #oi a concluso do ane&oda 5cademia Mineira de /etras, 3o rojeto" Austavo Penna ro!e um di(logo entresua ar%uitetura contemor7nea e as linhas neocl(ssicas do antigo alacete dosBorges da Costa" sede da academia,

    **Casa antiga J andares' CC55 n] 9?;;

    **Col(gio Imaculada

    )ntre Aimor(s e Bernardo uimares

    *Construo nova de J pavimentos

    ***Igre:a de .ourdes ' Em S de junho de 9;@@ #oi lanada a edra #undamental, Foiinaugurada em ? de maio de 9;@T,1eu adro ar%uitet8nico" a rinc)io gtico uro"so#reu adata!es durante as obras" mantendo semre a redomin7ncia do estilo,

    **Ar3uidiocese Igre:a de .ourdes

    **Pr(dio novo' ou'9@andares

    ***" Departamento de -ade' #uncionou or d.cadas onde . hoje o BGMA, Or.dio atual . de 9;QT,

    ***Pr(dio antigo J andares em restaurao es3uina Bernardo uimares' Em9; acontece a -nstalao da Faculdade /ivre de Gireito" a rimeira da Caital,Funcionava inicialmente na es%uina das ruas da Bahia e Bernardo Auimares" ondeest( atualmente o Col.gio Ordem e Progresso,

    )ntre Bernardo uimares e onalves Dias

    *Posto de asolina &ua da Ba'ia

    *)difcio residence -t! &ap'ael' ou'9Q andares entrada Bernardo Auimares

    *Construo andar' cl)nica escola -+abela *endri&

    *Col(gio Imaculada 2ardim A1ul' T andares

    *ICB)< 6

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    *)difcio &mulo Paes' novo ou' 9? andares n] 9W

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    **Pr(dio MouFNandares CAAD) 0

    **)difcio Dona Clara

    ***0inas #9nis Clu$e ' O terreno na lanta original era destinado ao Kardim

    oolgico e s na d.cada de S@ ser( ocuado elo Minas 2$nis Clube,3os anos S@acontece a inaugurao da raa de esortes do clube, 5s obras comearam em9;SQ" logo as a entrega do rojeto" #eito ela construtora Romeo di Paoli,

    ***Casa antiga9 andar

    ***Casa antigaT andares onde #oi Casa Cor

    *)difcio Itapuou' 99 andares

    )ntre Antnio de Al$u3uer3ue e =eranades #ourin'o

    **Pr(dio' ou' ? andares

    **Pr(dio MouFandares ' Banco do Brasil 2.rreo

    **Bar

    **Casa antiga J andares

    **Bar

    **)difcio 0aria Helena' ? andares

    **Casa antiga andar moderna

    **Casa J andares

    *)stacionamento

    **Pr(dio > andares

    **)difcio porto seguro novo MouFKandares

    **J constru7es de andar

    **construo de J andares

    )ntre Antnio de Al$u3uer3ue e Contorno

    **Casa J andares

    **Casa andar )ddieOs Burger

    **Casa andar

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    **Casa antiga andar

    **Pr(dio K andares

    **Casa andar

    **Pr(dio novo MouFN andares

    **Casa J andares

    **Pr(dio ur$el MouF andares

    **Casa andar

    **Pr(dio J andares

    **Pr(dio J andares

    DDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD

    ` Mestre em ar%uitetura e esecialista em revitali+ao urbana e ar%uitet8nica ambos ela UFMA" bacharel em5r%uitetura e Urbanismo ela PUC Minas, Consultor na (rea ambinetal inclusive com rojetos de atrim8niohistrico e edi#icado,

    Aeorges'Eugne *aussmann =9@;'9;9> nasceu e morreu em Paris" advogado" #uncion(rio 4blico" ol)tico"administrador #ranc$s" nomeado re#eito or 3aoleo ---, Cuidou do lanejamento da caital #rancesa durante9W anos,

    &efer9ncias Bi$liogr+ficas

    BE/O *OR-O32E, Pre#eitura Municial, Projeto Rua da Bahia, Belo *ori+onte:PB*"9;;S

    C*O5f" Franoise,5legoria do Patrim8nio, 1o Paulo: Estao /iberdade: Ed,U3E1PE"T@@9

    E125GO GE M-351, B* 9@@ anos nossa histria, Belo *ori+onte: Estado de Minas"9;;W, 9 CG ROM

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    ne"os

    Gen)sia Martins Borba

    Con:unto

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    N>N ' Projeto de modi#icao ' roriet(rio: Faculdade de com.rcio de MinasAerais ' construtor: Francisco Kos. PintoNN>' /icena ara re#orma

    &estaura7es

    NN>' /icena ara re#orma restauao da #achada do r.dio" somente no segundoavimento ' roriet(rio: Col.gio Minas Aerais

    Caractersticas Ar3uitetnicasEdi#icao constru)da na rimeira d.cada do s.culo YY" de tiologia de uso misto"com imlantao de es%uina" reresenta o ecletismo de insirao neocl(ssica"gosto ar%uitet8nico redominante em Belo *ori+onte neste er)odo, 5 #achada dees%uina destaca'se das demais" %ue so sim.tricas, O telhado . dissimulado orrica latibanda con#ormada or balaustrada" #ronto e acrot.rios, Os ornamentos doavimento suerior aresentam'se em motivos #lorais" sobretudo na altura dassobrevergas em arco abatido das janelas %ue marcam a es%uina e %ue" or isso"

    receberam tratamento di#erenciado das demais, 5inda na #achada de es%uina"observa'se #ronto decorado com guirlandas e outros elementos neo'barrocos"ostentando as iniciais P,K, %ue" rovavelmente" re#erem'se 0s letras do nome doantigo roriet(rio,

    Con:unto

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    or #risos = no 9 ] avimento> e cimalha = no T ] avimento>" %ue arrematam tamb.ma latibanda, 5s #achadas so marcadas elo ritmo sim.trico dos vos" em grandesjanelas de madeira e vidro, 5 entrada rincial . marcada or grande orta demadeira e vidro, 5 entrada rincial . marcada or grande orta de madeira" no 9]avimento" e balco com grande orta e guarda coro em gradil de #erro #undido

    trabalhado, 1obre o balco" a cimalha . arrematada em arco leno" con#erindotratamento di#erenciado da entrada rincial, O mesmo ocorre na es%uina" %uetamb.m recebe tratamento di#erenciado" marcando a imlantao do edi#)cio, 5latibanda" nesses locais" eleva'se em arco abatido" arrematada or comoteira aocentro, 2odos os vos so guarnecidos com ornamentos em motivos #lorais emolduras em bai&o relevo, Os vos da entrada e da es%uina so ladeados orcolunas colossais cor)ntias" de . direito dulo" %ue con#erem imort7ncia aosmesmos, 5 #achada osterior aresenta'se mais simli#icada em ornamentos"mantendo os vos em verga reta e es%uadrias de madeira e vidro,

    Con:unto

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    Caractersticas Ar3uitetnicasEdi#icao de tr$s avimentos" de tiologia institucional" aresenta caracter)sticasestil)sticas ecl.ticas seguindo adr!es da Comisso Construtora da 3ova Caital,Ge comosio ar%uitet8nica ritmada ela distribuio de seus vos semre em

    vergas retas =com e&ceo dos rticos de entrada" em arco leno>" con#erindo aoedi#)cio car(ter sim.trico" aresenta ornamentos em massa em relevo de#inindo ascimalhas" os #alsos ilares" as aduelas e o eitoril das janelas, 5 latibanda %uedissimula o telhado" intercalada na sua #achada da rua da Bahia or #rontoneocl(ssico" aresenta recortes em #orma de ameias, Os #risos em relevocaracteri+am um #also rusticado no revestimento do edi#)cio" con#erindo'lhe te&turaregular e ritmada, Constitui rico conjunto ar%uitet8nico com a edi#icao vi+inha ' oCentro Cultural da UFMA ' ossuindo o mesmo estilo" a mesma volumetria eseguindo" ortanto" a mesma linguagem l(stica,

    Con:unto

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    Caractersticas Ar3uitetnicasEdi#icao aresenta tiologia de uso misto" constitui conjunto ar%uitet8nico com aedi#icao vi+inha" ertencente 0 5cademia Brasileira de letras" uma ve+ %uetamb.m reresenta o ecletismo de insirao neocl(ssica" gosto ar%uitet8nico

    redominante em Belo *ori+onte neste er)odo, O telhado . dissimulado or ricalatibanda con#ormada or balaustrada e #ronto arrematado em sua arte sueriorcentral" or destacada rocalha, Os ornamentos do avimento suerior aresentam'se" sobretudo" entre a arte suerior dos vos e a cimalha de transio 0latibanda, 2ais ornamentos" de caracter)stica bastante re%uintada e de insiraoneobarroca" reresentam delicados motivos #lorais e guirlandas, O acesso 0#achada lateral direita aresenta'se marcado or e%ueno #ronto e mar%uiseornamentados com elementos de insirao art'nouveau

    Con:unto

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    Em 9;;?" toda a edi#icao #oi restaurada" e&terna e internamente" assando a sersede do Centro de Cultura Belo *ori+onte" vinculado 0 Pre#eitura de Belo *ori+onte,2al interveno veio a destac('la ainda mais em nosso conte&to urbano, O rojetode restaurao esteve sob a coordenao do escritrio ece ro+etos eCos%toriasI tendo como resons(vel t.cnico o ar%uiteto Fl(vio /emos Carsalade,

    Caractersticas Ar3uitetnicasGe ar%uitetura e imlantao singulares na cidade" esse edi#)cio aresentacaracter)sticas estil)sticas ecl.ticas de insirao neo'gtica" o %ue o torna similar"em termos l(sticos" a um temlo religioso, O desta%ue se d( or sua torreroorcionalmente alta" de seo variada e desenvolvendo'se a artir de lantase&tavada, Elementos tais como vos das janelas e ortas em arco ogival" comtrigli#os" t)manos e es%uadrias de madeira conciliadas com vitral colorido acentuama insirao gtica, Um #also rusticado roorciona certa te&turi+ao 0s #achadas,5 #achada da Rua da Bahia aresenta" na altura do segundo avimento" um e&tensobalco com guarda'coro rendilhado, 3o terceiro avimento ode'se observar

    latibanda em ameias" arrematadas or torre!es e in(culos,

    Con:unto "reresenta o estilo ecl.tico emregado com bastante ro#uso na .oca daconstruo da cidade, Ge #achada rincial movimentada or ornamentosharmonicamente trabalhados" odemos observar" na arte t.rrea" cinco ortas deacesso 0s lojas" corresondendo simetricamente aos cinco vos do avimentosuerior, 5s ortas so todas em verga reta" as tr$s centrais do acesso a uma sloja" e encontram'se searadas entre si or ilares #risados e ornados" na altura das

    bandeiras" com #alsos cait.is com aluso 0 ordem cor)ntia, 5s ortas dase&tremidades acessam 0s duas outras lojas" e encontram'se ornadas or delicado

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    #riso em alto relevo" %ue circundam todo o vo, 5 transio entre os dois avimentos. #eita or cornijas e ornamentos em massa" em alto relevo" com motivos #lorais egamelas, O segundo avimento . mais decorado" aresentando" no seu ei&o central"balco com base ornada em #orma de semi'bacia" guarda'coro em #errodelicadamente trabalhado e cobertura met(lica #i&ada sobre a bandeira do vo

    corresondente, 5s janelas de ambas as e&tremidades aresentam verga em arcoleno e esto ladeadas or motivos decorativos em massa em alto relevo, Comocoroamento" observa'se latibanda tamb.m bastante decorada" embasada orcimalhas com aduelas e #risos e comosta or tr$s #ront!es" o central aresentaornamentos" delicadamente trabalhado em motivos #lorais e guirlandas,

    Con:unto e *otel1ul 5mericano =9;T> ' todas rotegidas elo tombamento municial, 5l.m disso" #oium dos #undadores da Escola de 5r%uitetura da Universidade de Minas Aerais, 5o

    longo dos anos" o bem so#reu algumas altera!es" melhor ade%uando'o aos novosusos %ue veio a ter, 2ais interven!es" or terem sido em sua maioria intervens!esinternas" no chegaram a comrometer seu estilo original, *oje . ocuada ela ?kComanhia do 9] Batalho da Pol)cia Militar,

    Interven7esN@>' 5umento do 9]" T] e S] avimentoAr3uiteto: Rahael *ardZ FilhoConstrutor: adZ 1imoN@@' 5datao do oro ara auditrio de roje!esAr3uiteto: Rahael *ardZ Filho

    Construtor: adZ 1imoN@Q' Construo da entrada ara o bu##et

    41

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    Ar3uiteto: Marc)lio C,NQJ' Modi#icao e acr.scimoNQ' Modi#ica!es internasAr3uiteto: Pedro Paulo Brant Grummond

    Caractersticas Ar3uitetnicasEdi#)cio no estilo art'd.co" mani#estao cubista na ar%uitetura" retratando oracionalismo retendido nos esaos construidos a artir de ento, Ge tiologia deservio" e constru)do em um er)odo em %ue o anorama e&terno assa a sermarcado ela verticali+ao" o edi#)cio se desenvolve em %uatro avimentos maissto %ue #a+ destacar a es%uina onde encontra'se imlantado, 2radu+indo a buscade #ormas elementares em sua comosio l(stica" tais como linhas em #risosdestacados e suer#)cies reentrantes e salientes" aresenta #achada elegantementecurva, Os ilares em relevo e com #risos escalonados nas suas e&tremidadesressaltam um acentuado movimento vertical, 5 latibanda de coroamento" bastanterecortada" eleva'se na oro da es%uina" devido ao sto" contribuindo dessa

    #orma ara en#ati+ar a verticalidade,

    Con:unto

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    1eu rojeto . de autoria de 5nt8nio da costa Christino" ar%uiteto" construtor edesenhista ortugu$s" %ue teve sua matr)cula registrada como desenhista nadiretoria de obras 4blicas da re#eitura de Belo *ori+onte em 9;9T, 5 artir desseer)odo" #oi resons(vel or v(rios rojetos na cidade" dentre os %uais odemoscitar: sacristia da -greja da Boa Niagem =9;9Q9W> condom)nio lvaro Kos. dos

    1antos" mais conhecido como Castelinho =es%uina de avenida 5#onso Pena eEs)rito 1anto ' 9;T@> I ambos bens tombados elo munic)io, 5esar daedi#icao ter assado or algumas modi#ica!es em 9;TQ ' seguindo rojeto doar%uiteto /ui+ 1ignorelli '" as caracter)sticas de seu estilo original no #oramcomrometidas, 1eu uso rimeiro" no entanto" #oi alterado" sendo hoje sede da5cademia Mineira de /etras '" uso este bastante ertinente ao esao urbano ao%ual se insere" uma ve+ %ue a rua da Bahia . hoje considerada o ei&o cultural deBelo *ori+onte,

    Caractersticas Ar3uitetnicas5 edi#icao aresenta caracter)sticas ecl.ticas" de tiologia residencial" desenvolve'

    se em T avimentos, -mlantado com a#astamentos #rontal" laterais e de #undo"aresenta um jogo imonente de volumes e elementos de insirao cl(ssica, 5escadaria de acesso alcana um alendre cuja laje de #orro" sustentada or colunascom cait.is" constitui um terrao em #ormato geom.trico na altura do T] avimento,3o alendre" observa'se ainda guarda'coro em balaustrada" %ue se estende sobamla janela em madeira e vidro, Gestacam'se tamb.m #risos hori+ontais e cornijascom dent)culos e #alsa cachorrada" %ue embasam latibanda sugerindo um (tico"assim como o guarda'coro do terrao" em #erro #undido bem trabalhado" al.m decomridos vitrais coloridos" suortados or es%uadria de #erro,

    DDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD

    Con:unto

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    caela, 5 edra #undamental do novo temlo #oi lanada em S de maio de 9;9Q"sendo celebrado com grande #esta, 3o natal de 9;T@" a obra #oi entregue ao 4blicoara a reali+ao de cultos" or.m a sua inaugurao o#icial s aconteceu em 9? deoutubro de 9;TS, Nale a%ui salientar %ue o seu rojeto #oi elaborado ara aconstruo de um temlo na cidade de Crboda" mas acabou sendo e&ecutado

    elos clarentinos de Belo *ori+onte, Gesde ento a Bas)lica de /ourdes . umre#erencial ara os belori+ontinos, 1eu valor cultural" ortanto" revalece" uma ve+%ue o bem cultural #a+ arte da memria histrica e ar%uitet8nica de nossa cidade,

    &estaura7es9;;@9;;T ' restaurao geral da edi#icao,

    Caractersticas Ar3uitetnicasFoi rojetado con#orme caracter)sticas neogticas" em %ue se destaca averticalidade, Observa'se o redom)nio de linhas e elementos delicados e verticais"trabalhados em relevo" assim como os vos e vergas em arco ogival" vitrais

    coloridos intercalados or #inas colunas e t)manos rendilhados" in(culos e nichosabrigam as imagens sacras, 2rata'se de imortante re#erencial na cidade e nosconjuntos urbanos nos %uais encontra'se inserido" constituindo'se em um marcourbano or e&cel$ncia,

    Con:unto

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    em vergas retas" aresenta ornamentos em massa em tanto em bai&o %uanto emalto relevo" de#inindo as cimalhas" os #alsos ilares" as aduelas e o eitoril dasjanelas, 5 latibanda %ue dissimula o telhado" intercalada na sua #achada da rua daBahia or #ronto neocl(ssico" aresenta recortes em #orma de ameias, Os #risos embai&o relevo caracteri+am um #also rusticado no revestimento do edi#)cio" con#erindo'

    lhe te&tura regular e ritmada, Constitui rico conjunto ar%uitet8nico com a edi#icaovi+inha como o Centro Cultural da UFMA %ue" ossui o mesmo estilo" a mesmavolumetria e seguindo" ortanto" a mesma linguagem l(stica,

    Con:unto

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    Interven7esN>@' rojeto de acr.scimo 0 deend$ncia e acr.scimo de < mT ao r.dio" arainst, sanit(rias,N>K' rojeto de remodelao da #achada" elo ar%uiteto Caetano de Franco"revendo a colocao de mar%uise e rojeto de acr.scimo de SWmT no 9] e T]

    avimentos,N@' rojeto de modi#icao nas lantas do T] e S] avimentos=ar%uiteto Koo Porto de M,>,N@N' rojeto de acr.scimo ara o r.dio=ar%uiteto Koo Porto de M,>,NQ' rojeto de acr.scimo ara o r.dio =ar%uiteto Francisco Farinelli>NNE6NNN' reali+ou'se obras de restaurao de toda a arte e&terna do edi#)cio,

    Caractersticas Ar3uitetnicasEdi#icao de tr$s avimentos" de tiologia institucional" aresenta caracter)sticasestil)sticas vinculadas ao ecl.tismo seguindo adr!es da Comisso Construtora da

    3ova Caital, Possui comosio ar%uitet8nica ritmada ela distribuio de seusvos" semre em vergas retas e arrematados or bandeiras #i&as com vitralcolorido" searadas dos vos na altura do rimeiro e do segundo avimento orvigotas em alvenaria, 5resenta ainda ornamentos em massa em relevo %uede#inem as cimalhas" os #alsos ilares =arrematados sob a latibanda or bras!es emarcados or #risos tamb.m em relevo %ue lhe con#erem tratamento te&turi+ado em#also rusticado>, 5resenta latibanda e #ronto e ornamentos geom.tricos emmassa em relevo, O #ronto tra+ o nome da edi#icao,

    Con:unto

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    cidade, O bem cultural em %uesto teve seu rojeto elaborado elo ar%uiteto italianoKos. Fornaciari" arovado em 9;, 1ua construo #icou sob a resonsabilidade dororiet(rio, Construtor" rojetista e industrial" Carlos 5ntonini ' o#icial do e&.rcitoitaliano e com o t)tulo de comendador ' %ue tran#eriu'se ara a caital mineira na.oca de sua construo" %uando e&ecutou os servios de terralanagem da raa

    da /iberdade" trabalhando tamb.m na construo do Pal(cio e das 1ecretarias, 2aledi#icao aresentava" originalmente" uso misto" uma ve+ %ue o rimeiro avimentoabrigava o escritrio do construtor e o segundo" a resid$ncia do mesmo, Este uso"or.m" #oi alterado %uando a Auarda Civil do Estado assou a ocuar a casa aolado, 3esta ocasio o r.dio assou a ser 1ede da Cooerativa da Pol)cia Militar,Em 9;Q@ o uso da edi#icao #oi novamente alterado" assando a ser ocuado elaEscola Ordem e Progresso" escola administrada ela Pol)cia Militar de Minas Aerais,Este uso . mantido at. os dias atuais, 2antas mudanas de uso" no entanto"acabaram romovendo uma s.rie de interven!es na edi#icao" o %ue no chegoua comrometer o seu estilo ar%uitet8nico original,

    Caractersticas Ar3uitetnicasEdi#icao no alinhamento da rua" desenvolvendo'se em T avimentos,Reresentativa do estilo ecl.tico" esse sobrado ossui coroamento em latibandaornamentada or cornija saliente" in(culos" #ront!es com alusivos 0 re4blica emotivos #lorais, Em sua #achada voltada ara a rua Bernardo Auimares" maisornamentada" ercebe'se vergas em arco leno marcadas or #olhas de acanto nosvos do avimento t.rreo" e vergas retas com #risos hori+ontais nos vos doavimento suerior, 3a #achada voltada ara a rua da Bahia" observa'se" noavimento t.rreo" uma intercalao de vos com vergas retas e em arco leno,

    O edi#)cio ane&o" aresenta #achada rincial voltada ara a rua da Bahia" seguindoo mesmo estilo ecl.tico" or.m em avimento 4nico com oro alteado, 5latibanda . ornamentada or in(culos e alusivos 0 re4blica, Observa'se aindaornamentos em argamassa em alto relevo" com motivos geom.tricos

    Con:unto

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    1eu rojeto original no chegou a ser inteiramente conclu)do, Gos seis andaresroostos" aenas tr$s #oram constru)dos" no havendo tamb.m a e#etivao dosrojetos ara salas de teatro" cinema e e&osi!es, Nale ainda salientar %uetrabalharam em sua edi#icao =rocesso este %ue durou or volta de sete anos>residi(rios da enitenci(ria de 3eves, Gesde sua inaugurao" em 9;Q9" at. os

    dias de hoje" a Biblioteca . imortante re#erencial ara estudantes e es%uisadores"devido a seu grande e variado acervo" al.m de se destacar como mais um marcoda ar%uitetura moderna de Oscar 3iemeZer na caital mineira,

    Caractersticas Ar3uitetnicas5 edi#icao aresenta tiologia institucional" de caracter)sticas da vanguardamodernista, O seu artido coincide com a #orma do terreno" o %ue con#eremovimentao 0 edi#icao de volumes geom.tricos, E&lorando ao m(&imo ootencial l(stico do concreto armado" o edi#)cio desenvolve'se em tr$s avimentos,J oss)vel observar a resena dos brises hori+ontais em argamassa armadaacomanhando toda a e&tenso do volume cil)ndrico, O volume %ue abriga a

    circulao vertical . vedado or cobogs" o mais alongado tradu+ a inteno daar%uitetura moderna de reresentar clare+a or meio da resena de grandesanos de vidro" mostrando a resoluo estrutural e o uso do edi#)cio, 3o ano cegoda #achada na es%uina da Rua da Bahia com 5venida Bias Fortes" observa'seainel art)stico de caracter)sticas cubistas" assinados or 5m)lcar de Castro, 5variao no tratamento das #achadas de cada volume aresenta di#erentes te&turas%ue marcam cada bloco" valori+ando assim a ure+a geom.trica retendida elosar%uitetos vinculados ao movimento modernista,

    5 volumetria do imvel no corresonde 0%uela revista no rojeto de O, 3iemeZer"%ue rojetou um edi#)cio de W avimentos,

    Entende'se como #achada #rontal da edi#icao" a%uela voltada ara a Praa da/iberdade 5v, Bias Fortes,

    C"52

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    -nstituto Estadual de Patrim8nio *istrico e 5rt)stico de Minas Aerais= -EP*5MA>"valendo salientar %ue tal edi#icao mutilou boa arte dos jardins do Pal(cio, 1uainaugurao aconteceu em outubro de 9;W

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    Caractersticas Ar3uitetnicasO edi#)cio constru)do em dois avimentos" com imlantao de es%uina, 3estev.rtice" ambos os isos aresentam varanda movimentada or recortes" sendo %ue

    no 9] avimento" esto as varandas %ue do acesso ao imvel, Estas varandas sosustentadas or colunas ecl.ticas" de insirao drica no 9] avimento ecomsita no T] avimento" sendo #echadas or guarda ' coro em balaustradaem massa, 5 #achada da avenida Cristvo Colombo aresenta um volume %ue sedestaca ligeiramente do restante, Este volume . marcado ela resena de um#ronto em arco abatido" na altura da latibanda decorada" %ue acomanha o beiralem cimalha com #alsa cachorrada, 3este mesmo onto" sobre a latibanda" eleva'se uma c4ula #acetada" sobre base ortogonal em cai&ote adornado com #risos"consoles e guirlandas, 5 #achada . ritmada elos vos das janelas" em verga reta"em arco leno" em arco abatido, Esse ritmo . %uebrado" 0s ve+es" or balc!es nasjanelas" tendo como #echamento guarda'coro em balaustrada" ornamentado com

    volutas, 5 #achada como um todo . ornamentada com #risos" #ai&as" cartelas"escudos" guirlandas" cornijas" colunas ecl.ticas e sobre'vergas em #orma de mini#ront!es,

    Con:unto " do edi#)cio Camos El)seos =9;Q" do ane&o da 1ecretaria da Fa+enda=9;WT'9;WS> e do Pal(cio dos Gesachos =9;W, O bem cultural em %uesto"

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    edi#)cio sede do -P1EMA" #oi constru)do" ortanto" nesse rocesso de renovaoda Praa da /iberdade, Nale salientar %ue " antes de sua construo" a es%uina entea rua Aonalves Gias e a avenida Koo Pinheiro era ocuada ela resid$ncia do 1r,-rineu Ribeiro" Projetada em 9; elo ar%uiteto Edgard 3ascentes Coelho, 5 atualedi#icao #oi rojetada" no in)cio da d.cada de 9;Q@" elo ar%uiteto Rahael *ardZ

    Filho, 1eu estilo aresenta linguagem ar%uitetura ar%uitet8nica vinculada aomodernismo" inaugurada na caital mineira" durante a d.cada de 9;?@" %uando #oiinaugurado o conjunto ar%uitet8nico da Pamulha, 1eu uso institucional ermaneceat. os nossos dias" e no ter so#rido grandes altera!es =em sua maioria internas>ao longo dos anos,

    Caractersticas Ar3uitetnicasEdi#icao de tiologia institucional" com caracter)sticas modernistas" ossuiimlantao recuada e desenvolve'se em tr$s blocos de artido retangular" dealturas di#erentes" rovocando uma movimentao volum.trica do conjunto, Ge

    #achadas transarentes elo uso de grandes anos de vidro com cai&ilhariamet(lica" ossui marcao dos avimentos atrav.s de mar%uises em concretoarmado" em e&tenso 0s lajes de iso, 3o bloco mais elevado observa'se mar%uiseva+ada or c)rculos, 2rata'se de edi#)cio %ue marca" or sua ar%uitetura" o er)odoem %ue #oi constru)do" no conte&to da Praa da /iberdade" assim como o Ed,3iemeZer" o Ed, Yod e a Biblioteca P4blica Estadual

    Con:unto

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    Caractersticas Ar3uitetnicas5 edi#icao se desenvolve em T avimentos" com a arte t.rrea recuada emrelao ao alinhamento com a via 4blica, O avimento suerior avana em relaoao t.rreo" aoiando'se nas aredes laterais e nas colunas de sesso circular,

    O esao interno e&ressa a inteno modernista de amlido e de integrao deambientes, Para isso" recorreu'se a sistemas estruturais %ue ossibilitam a criaode grandes vos livres =o concreto armado>, 5 #achada #rontal . caracteri+ada elaresena de grandes aberturas c vedao em anos de vidro e cai&ilhos met(licosem modulao regular,

    Con:unto

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    Gevido a sua bele+a e imon$ncia" tal edi#icao #oi escolhida" em 9;;,

    Caractersticas Ar3uitetnicasEdi#icao do ano de 9;W" constru)da ela Comisso Construtora da 3ova Caital"em estilo ecl.tico ara sediar a resid$ncia do secret(rio de #inanas, Gesenvolve'seelevada do solo sobre oro habit(vel" com recuos laterais" #rontais e de #undoaresentando jardim jardim #rontal, 5 #achada rincial ossui ornamentaoseguindo os rinc)ios do ecletismo, Os vos so em arco leno" emoldurados or#risos e decorao com motivos #lorais" e se desenvolvem simetricamente emrelao ao vo maior" central" ladeado or colunas cor)ntias adossadas na arede,5l.m disso" esse vo aresenta varanda com guarda'coro em balaustrada"arrematado nas duas e&tremidades or ilaretes adornados com comoteiras, Jcoroado com #ronto cl(ssico" %ue recebe arremate em cimalha e ornamentaocentral bem delicada e ricamente trabalhada, Essas comoteiras se reetem noacabamento da cimalha, Os vos das #achadas laterais so em verga reta" lisa"assim como os vos do oro" na #achada rincial, O revestimento das #achadas .#eito em argamassa com acabamento rusticado, Outro elemento imortante . avaranda lateral no T] avimento" %ue aresenta estrutura da cobertura em #erro earremate em lambre%uim trabalhado tamb.m em #erro, O #echamento do lote se #a+em gradil de #erro intercalado or ilares de alvenaria" %ue recebeu o mesmotratamento das #achadas,

    Con:unto

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    Dados Histricos5 edi#icao encontra'se inserida em uma das mais nobres (reas da cidade 'con#orme o lanejamento de 5aro Reis ' e locali+ada na antiga avenida da/iberdade ' monumental ei&o de acesso ao centro c)vico da nova caital mineira,1eu rojeto mostra um imortante e&emlar da ar%uitetura moderna" #oi assinado

    elo ar%uiteto Kos. Ferreira Pinto" no #inal da d.cada de 9;

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    Dados Histricos5 edi#icao em %uesto #oi constru)da em 9;W" ara servir de resid$ncia do1ecret(rio de -nterior, 1ua intura e ornamentao original #icaram a cargo do intore estucador alemo Frederico 1tec\el,

    Em 9;@Q no r.dio teve seu uso alterado sendo ali instalado o rimeiro gruoescolar da cidade" %ue assou a se chamar" a artir de 9;9?" Baro do Rio Branco"%uando este #oi trans#erido ara outra sede,5 casa assa ento a ser ocuada elo segundo gruo escolar da caital" com adenominao de 5#onso Pena,

    Em 9;TQ" a edi#icao da es%uina" era de roriedade da #am)lia do Conselheiro5#onso Pena, Essa edi#icao #oi utili+ada ara amliao do gruo" %ue j( noatendia 0 demanda de estudantes, Com as obras de adata!es e melhoramentosento e&ecutadas" a escola ad%uiriu a estrutura mantida at. hoje,

    5 construo . do #inal do s.culo Y-Y" #a+endo arte dos edi#)cios erguidos elaComisso Construtora da 3ova Caital, Foi rojetada inicialmente como tiologiaresidencial uni#amiliar" mas teve seu uso logo alterado ara abrigar uma escola, Or.dio ocua dois grandes blocos imlantados aralelamente e ligados entre si orum ane&o, Originalmente" esses blocos constitu)am'se em duas resid$nciasdistintas" destinadas a altos #uncion(rios do Aoverno,

    Constru)do em linguagem ar%uitet8nica vinculada ao ecl.tico" aresentaa#astamentos #rontais e laterais, Gesenvolve'se em oro elevado do solo com maisum avimento sobre este, O edi#)cio do lado direito ossui vo em verga reta" comsobreverga em arco leno saliente e escalonado" ornado com motivos #itomr#os ecomoteira ao centro, Os vos so emoldurados or #alsas colunas arrematadasor volutas em massa e base com balaustradas adossadas" de acabamento em#also rusticado, K( o edi#)cio da es%uerda" ossui vos em arco abatido"emoldurados com cercadura trabalhada em massa" em delicada ornamentao emmotivos #itomr#os, 5resenta ainda revestimento em argamassa com acabamentorusticado no oro e intura lisa no 9] avimento, 5mbos os edi#)cios ossuemlargo beiral em cachorrada met(lica decorada, O bloco da direita ossui aindavaranda lateral em estrutura met(lica,

    As interven7es eGecutadasNQ: altera!es internas ara acomodao do rimeiro gruo escolar da cidadeNN: construo de um ane&o na edi#icao da es%uinaNJQ: juno das duas edi#ica!esNE: o r.dio #oi inclu)do na camanha de recuerao dos r.dios escolares"romovida ela 1ecretaria de Estado da Educao,

    5s esse er)odo o r.dio assou or v(rias obras no sentido de garantir suaintegridade e o bom estado de conservao,

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    no segundo avimento ' resons(vel: Kos. Maciel de Paiva=engenheiro ' construtor>,

    &estaura7esN@E: intura e restaurao dos sal!esNEFNE>: e&ecuo de estacas'rai+ r.'consolidao do terreno re#oro da

    estrutura de #undao=resons(vel Fondedile ' #irma italiana> recuerao dacobertura =resons(vel: Emresa Coscarelli>,

    Caractersticas Ar3uitetnicas2ratando'se do rincial elemento do conjunto ar%uitet8nico da Praa" esse edi#)cioaresenta tiologia institucional" com trao ar%uitet8nico ecl.tico" de insiraoneocl(ssica, 5 #achada rincial . marcada or um escalonamento de lanos emlanta" con#erindo 0 edi#icao um car(ter bastante monumental, Gessa maneira" olano central encontra'se mais saliente em relao aos demais" e 0 medida %ue sea#asta do ei&o central do edi#)cio" os lanos" trabalhados semre de #orma sim.trica"tornam'se mais a#astados do alinhamento #rontal do terreno, Gesenvolvendo'se em

    dois avimentos mais sto com .'direito habit(vel e cobertura sobre estrutura em#erro" com acesso ara um terrao" aresenta volume bem movimentado e deroor!es harm8nicas, 3as duas e&tremidades #rontais" observa'se dois coros delanta circular" %ue se constituem em torre!es %ue abrigam varandas de vosar%ueados, 5li(s" a maior arte dos vos da #achada #rontal ossuem verga em arcoleno somente as duas janelas" locali+adas no segundo avimento" ladeando ocoro central do edi#)cio" aresentam verga reta com e%ueno #ronto ornado emmotivos reublicanos, Um #ronto maior ode ser observado no ei&o central dor.dio" na altura do seu coroamento, Esse #ronto abriga um busto %ue reresenta aRe4blica,

    Con:unto

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    cidade" em 9T de de+embro de 9;W, Nale a%ui salientar %ue o rimeiro de seus tr$savimentos originais abrigou" or um curto er)odo" a Pre#eitura Municial de Belo*ori+onte, Com o assar dos anos a edi#icao so#reu v(rias interven!es" inclusiveo acr.scimo do %uarto avimento, 3o entanto" tais modi#ica!es nocomrometeram o rojeto original do imvel, O r.dio #oi considerado" no in)cio do

    s.culo YY" o mais belo da rec.m'inaugurada caital mineira, 1eu uso originaltamb.m se mant.m" sendo sede da 1ecretaria de Estado de Niao e ObrasP4blicas e do -nstituto Estadual do Patrim8nio *istrico e 5rt)stico de MinasAerais=-EP*5'MA>,

    Interven7esN>' Construo de muros" gradil e rearos em geral,NJ@' 5cr.scimos em geralNJQ' Rearos em geralNJK' -nstalao el.trica

    Caractersticas Ar3uitetnicasEdi#)cio de insirao neocl(ssica" desenvolve'se em %uatro avimentos sobreoro alteado, Ge tiologia institucional" aresenta imlantao no alinhamento coma via 4blica, Possui lanta de#inida or dois blocos ortogonais, 5 #achada rincialaresenta ano central recuado" ladeado or dois outros ressaltados, 2odos osavimentos" aresenta revestimento em argamassa te&turi+ada" observa'semarcao or cornijas, 5 cornija locali+ada entre o T] e S] avimentos . conjugadacom #ront!es interromidos or volutas, Os vos do T] avimento ossuemombreiras em colunas de caitel cor)ntio" aoiados sobre o guarda'coro embalaustrada, 1obre esses vos" observa'se bandeiras #i&as biartidas" ladeadas orvolutas em argamassa, 3o avimento t.rreo" os vos aresentam vergas em arcoleno com bandeira #i&a, 5 escadaria em #ormato iramidal" assim como a sacadacurva no segundo avimento" marcam o acesso 0 entrada rincial, O coroamentose d( or latibanda lisa" embasada or cornija saliente aoiada em #alsacachorrada,

    Con:unto

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    Dados HistricosEm Belo *ori+onte" O ar%uiteto" Kos. de Magalhes #oi diretor da seo dear%uitetura da Comisso Construtora da 3ova Caital" sendo resons(vel elosrinciais r.dios 4blicos constru)dos na rimeira #ase de ocuao da cidade"

    tendo oortunidade" ortanto" de e&ercer toda a in#lu$ncia %ue teve do Ecletismo#ranc$s, 5s edras #undamentais do Pal(cio Presidencial e das 1ecretarias deEstado de Finanas" -nterior e 5gricultura #oram lanadas em