Upload
votram
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de arte teve o enfoque na expressividade, espontaneidade e criatividade;
pensado inicialmente para as crianças e gradativamente foi incorporado para o ensino de
outras faixas etárias. A valorização da arte encontrou espaço na pedagogia da Escola Nova,
fundamentada na livre expressão de formas, na genialidade individual, inspiração e
sensibilidade, desfocando o conhecimento em arte e procurando romper com a
transposição mecanicista de padrões estéticos da Escola Tradicional.
Em todos os períodos históricos, a arte foi ensinada em diversos espaços sociais.
De acordo com a classe social, desenvolviam-se formas de ensino como a corporação de
músicos e a corporação de artesãos.
No Paraná observa-se reflexos desses vários processos pelos quais passou o ensino
de arte até tornar-se disciplina obrigatória. Esses processos acentuam-se a partir do final
do século XIX com o movimento imigratório.
Guido Viaro revelava influências de correntes teóricas vindas da Europa e dos
Estados Unidos, que apresentavam a liberdade de expressão no ensino de Arte como a
base pedagógica central. Apreciava as ideias de teóricos como Herbert Read e Lowenfeld,
que acreditavam no desenvolvimento do potencial criador e na humanidade pela arte.
Guido Viaro teve como parceria na educação pela arte, a educadora Eny Caldeira, que no
curso com Maria Montessori foi sensibilizada pelas questões relacionadas à arte.
(CALDEIRA, 1981).
Surgem nessa fase, movimentos para valorização da educação partindo das
influências da Pedagogia Histórico-Crítica (SAVIANI, 1980); as experiências de educação
popular realizadas por ONGs e movimentos sociais fundamentados no pensamento de
Paulo Freire, com a proposta de oferecer aos educandos acesso aos conhecimentos da
cultura para uma prática social e transformadora.
De um processo iniciado em 1988 na prefeitura de Curitiba, é elaborado em 1999,
o Currículo Básico para a Escola Pública no ensino 1º e 2º graus. Esse documento teve na
Pedagogia Histórico-Crítica o seu princípio norteador e intencionava fazer da escola um
instrumento que contribuísse para a transformação social. O ensino de Arte retoma o seu
caráter artístico e estético visando à formação do aluno pela humanização dos sentidos,
pelo estético e pelo trabalho artístico.
A nova LDB 9.394/96 mantém a obrigatoriedade do ensino de Arte nas escolas de
Educação Básica. Nesse período também houve mudanças nos cursos de graduação em
Educação Artística que passaram a ser licenciatura plena em uma habilitação específica.
Durante o período de 2003 a 2006 são realizadas ações por parte do Governo do
Estado do Paraná que valorizam o ensino de Arte, dentre as quais, destacam-se o
estabelecimento de uma carga horária mínima de duas aulas semanais de Educação
Artística durante todas as séries do Ensino Médio; a instituição do quadro de professores
licenciados em Arte por concurso público; a aquisição de livros de música, teatro, artes
visuais e dança para a biblioteca do professor de cada estabelecimento de ensino; a
elaboração de material didático e a criação de projetos integrados com o FERA – Festival
de Arte da Rede Estudantil. Em 2005 a SEED lançou um Cadastro Temático de história e
Cultura Afro-brasileira e Africana, distribuído para todas as escolas da rede pública
estadual promovendo uma ampla reflexão a respeito do papel da Disciplina de Arte em
relação à implantação da Lei 10.639/03.
No processo histórico recente e na busca de efetivar uma transformação no ensino
de Arte, essa disciplina ainda exige reflexões que contemplam a arte como área de
conhecimento.
Por que Arte-Educação? Porque sem ela a maior parte das crianças não vai ter
acesso à Arte e ao desenvolvimento de habilidades que ela possibilita. Podemos aleijar
nossas crianças de seu legado cultural ou podemos torná-las participantes do nosso
processo artístico e cultural. Que cultura e que crianças queremos? (BARBOSA, 1991,
p.128).
Torna-se necessário estar em constantes discussões sobre o papel dos educadores
na atualidade, visto que marcos teóricos e curriculares vêm reorientando a prática de
toda a comunidade escolar, chegando também à área da Arte, ajudando-nos a
compreender que técnicas e temas não devem ocupar o lugar dos conteúdos, métodos e
objetivos e, tampouco, mover-se no espaço psicológico.
A prática que se manifesta hoje, no ensino da Arte, requer que levemos em
consideração que tanto os modos como os alunos constroem conhecimento, quanto à
importância de pontuarmos objetos de estudos da nossa área garantem a contribuição
específica da Arte na formação do sujeito cultural.
Para isso, uma metodologia que privilegia o acesso aos processos e produtos
artísticos do patrimônio cultural da humanidade deve, como parâmetro, ser ponto de
partida para nossas ações educativas em Arte.
A Arte como conhecimento passa a ser incorporada ao currículo escolar, com
conteúdo próprio, objetivos e metodologias específicas, asseguradas pela presença de um
professor que se coloca na posição de aprendiz e mediador do processo de ensino/
aprendizagem, ampliando, trаnsformando, expandindo limites e incorporando conceitos
em sua prática. Nesse contexto, a educação por meio da Arte passa a ser apropriada por
todos os educadores e estudantes indiscriminadamente.
Sabemos que a Arte não se esgota em uma única função ou sentido, mas devemos
saber quais deles pontuarão a nossa prática pedagógica.
Por meio das intenções educativas, o professor sita seu grupo de alunos no papel
de espectаdores ou de participantes que se relacionam com os objetos, fatos e Artefatos,
reagindo a eles, influenciando-os e sendo influenciados por eles, formando e
transformando conceitos, codificаndo, decodificando e produzindo sínteses particulares e
sensíveis ao meio.
Sabemos que é nas interações sucessivas com o objeto que se dá o conhecimento.
Sendo assim, quanto mais oportunidade tiver o aluno de entrar em contato com o objeto
de estudo, levantando hipóteses e tentando prová-las, experimentando recursos diversos,
interagindo com os fatos do cotidiano e procurando ampliar as redes de significado, tanto
mais estará abrindo um leque de possibilidades para aumentar seu repertório cultural,
estabelecendo relações cada vez mais profundas com o mundo.
O que se coloca hoje é uma escolha entre uma Arte isolada na escola e uma Arte
que busque integrar e articular seus próprios conhecimentos (fazer, apreciar e
contextualizar) povos e culturas, produzidos ao longo da história e na contemporaneidade.
Considerando que a metodologia de trabalho com as crianças, principalmente com
as dos anos finais do Ensino Fundamental compreende o concreto, cabe reforçar a relação
entre o lúdico e o conhecimento, admitindo que a emoção, o movimento, a imitação, a
percepção e a interação com os objetos e os outros sujeitos não estão isentos dos
processos de aprendizagem.
Nesse sentido, o ensino de Arte deverá organizar-se de modo que, ao longo do
Ensino Fundamental e Ensino Médio seja possível responder aos seguintes objetivos:
- Interpretar e interagir com a linguagem artística reconhecendo materiais e
instrumentos de modo a dar aos mesmos o valor estético e utilitário a eles inerente,
analisando a Arte, como forma de conhecimento, trabalho e expressão;
- Possibilitar ao educando perceber-se como um sujeito lúdico, valorizando os
brinquedos e brincadeiras na perspectiva da memória popular e da aprendizagem;
- Desenvolver os aspectos biopsicossociais do educando, adentrando nos aspectos
afetivos e emocionais que norteiam a vivência dos educandos no contato com o meio do
qual fazem parte, ajudando-os a construírem uma relação de autoconfiança com a
produção pessoal e conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos
colegas, sabendo receber e elaborar críticas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
- Elementos formais;
- Composição;
- Movimentos e Períodos.
Estes conteúdos constituem uma identidade para a disciplina de Arte e
possibilitam uma prática pedagógica que articula as quatro áreas: Artes Visuais, Teatro,
Música e Dança.
CONTEÚDOS BÁSICOS 6º ANO ARTES VISUAIS: ELEMENTOS FORMAIS:
- Ponto;
- Linha
- Forma;
- Superfície;
- Textura;
- Cor primária e secundária;
- Cor: pigmento e luz;
- Cor: quente, fria;
- Gravura.
COMPOSIÇÃO
- Proporção;
- Tridimensional;
- Figura e fundo;
- Abstrata;
- Perspectiva;
- Técnicas: Pintura, escultura modelagem, gravura...
- Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Arte Greco-Romana;
- Arte Africana;
- Arte Oriental;
- Arte Pré-Histórica.
MÚSICA:
ELEMENTOS FORMAIS:
- Duração; - Densidade;
- Altura;
- Timbre;
- Intensidade.
COMPOSIÇÃO:
- Ritmo;
- Melodia;
- Escalas;
- Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico;
- Técnicas: vocal, instrumental, mista;
- Improvisação.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Artistas Paranaenses contemporâneos;
- Greco-Romana;
- Oriental;
- Ocidental;
- Africana.
TEATRO:
ELEMENTOS FORMAIS:
- Personagem: expressões corporais;
- Vocais;
- Gestuais e faciais.
COMPOSIÇÃO:
- Enredo, roteiro;
- Espaço Cênico;
- Adereços;
- Técnicas: jogos teatrais;
- Teatro indireto e direto;
- Improvisação;
- Manipulação;
- Máscara;
- Gênero: Tragédia,
- Comédia, Circo.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Greco- Romana;
- Teatro Oriental;
- Teatro Medieval;
- Renascimento.
DANÇA:
ELEMENTOS FORMAIS:
- Movimento Corporal;
- Espaço;
- Tempo.
COMPOSIÇÃO
- Kinesfera;
- Eixo;
- Ponto de Apoio;
- Movimentos articulares;
- Fluxo (livre, interrompido);
- Rápido e lento;
- Formação;
- Níveis (alto, médio e baixo);
- Deslocamento (direto e indireto);
- Dimensões (pequeno e grande);
- Técnica: Improvisação;
- Gênero: Circular.
MOVIMENTO E PERÍODOS:
- Pré-História;
- Greco-Romana;
- Renascimento;
- Dança Clássica.
7ºANO
ARTES VISUAIS:
ELEMENTOS FORMAIS:
- Ponto;
- Linha;
- Forma;
- Textura;
- Superfície;
- Volume;
- Cor;
- Luz.
COMPOSIÇÃO:
- Proporção;
- Tridimensional;
- Figura e fundo;
- Abstrata;
- Perspectiva;
- Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...
- Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Arte indígena;
- Arte Popular Brasileira e Paranaense;
- Renascimento;
- Barroco.
MÚSICA:
ELEMENTOS FORMAIS:
- Densidade sonora;
- Estilos musicais;
- Banda escolar;
- Indústria sonora.
COMPOSIÇÃO:
- Música instrumental;
- Vocal e capella;
- Formas musicais;
- Concerto, sonata, rock, ciranda, rap, marcha;
- Hinos nacionais.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Cubismo: Pablo Picasso;
- Modernismo Brasileiro;
- Folclore Brasileiro.
DANÇA:
ELEMENTOS FORMAIS:
- Movimento corporal;
- Tempo;
- Espaço.
COMPOSIÇÃO:
- Ponto de Apoio;
- Rotação;
- Coreografia;
- Salto e queda;
- Peso (leve, pesado);
- Fluxo (livre, interrompido e conduzido);
- Lento, rápido e moderado;
- Níveis (alto, médio e baixo);
- Formação;
- Direção;
- Gênero: Folclórica popular, étnica.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Popular Brasileira;
- Paranaense;
- Africana;
- Indígena.
TEATRO:
ELEMENTOS FORMAIS:
- Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;
- Espaço;
- Ação.
COMPOSIÇÃO:
- Representação;
- Leitura dramática;
- Cenografia;
- Técnicas: jogos teatrais;
- Mímica;
- Improvisação;
- Formas animadas...
- Gêneros: Rua, arena, caracterização.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Comédia Dell’arte;
- Teatro Brasileiro;
- Paranaense;
- Teatro Africano.
8º ANO
ARTES VISUAIS:
ELEMENTOS FORMAIS:
- Linha;
- Forma;
- Textura;
- Superfície;
- Volume;
- Cor;
- Luz.
COMPOSIÇÃO:
- Semelhanças;
- Contrastes;
- Ritmo Visual;
- Estilização;
- Deformação;
-Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual, mista...
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Indústria Cultural;
-Arte no Séc. XX;
-Arte Contemporânea.
MÚSICA:
ELEMENTOS FORMAIS:
- Altura;
- Duração;
- Timbre;
- Intensidade;
- Densidade.
COMPOSIÇÃO:
- Ritmo;
- Melodia;
- Harmonia;
- Tonal, modal e fusão de ambos;
-Técnicas: vocal, instrumental e mista.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Industrial Cultural;
- Eletrônica;
- Minimalista;
- Rap, Rock, Tecno...
TEATRO: ELEMENTOS FORMAIS:
- Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;
- Ação;
- Espaço cênico;
COMPOSIÇÃO:
- Representação no Cinema e Mídias;
- Texto dramático;
- Maquiagem;
- Sonoplastia;
- Roteiro;
- Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Indústria Cultural;
- Realismo;
- Expressionismo;
- Cinema Novo.
DANÇA:
ELEMENTOS FORMAIS:
- Movimento Corporal;
- Espaço;
- Tempo.
COMPOSIÇÃO:
- Giro;
- Rolamento;
- Saltos;
- Aceleração;
- Desaceleração;
- Direções (frente, lado, atrás, direita e esquerda);
- Improvisação;
- Sonoplastia;
- Gênero: Indústria Cultural e espetáculo.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Hip Hop;
- Musicais;
- Expressionismo;
- Indústria Cultural;
- Dança Moderna.
9º ANO
ARTES VISUAIS:
ELEMENTOS FORMAIS:
- Linha;
- Forma;
- Textura;
- Superfície;
- Volume;
- Cor;
- Luz.
COMPOSIÇÃO:
- Bidimensional;
- Tridimensional;
- Figura-fundo;
- Ritmo Visual;
- Técnica: Pintura, grafitte, performace...
- Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Realismo;
- Vanguardas;
- Muralismo e Arte Latino-americana;
- Hip Hop.
MÚSICA:
ELEMENTOS FORMAIS:
- Timbre;
- Altura;
- Duração;
- Intensidade;
- Densidade.
COMPOSIÇÃO:
- Ritmo;
- Melodia;
- Harmonia;
- Técnicas: instrumental, mista;
- Gêneros Popular, folclórico, étnico.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Música Engajada;
- Música Popular Brasileira;
- Música contemporânea.
DANÇA:
ELEMENTOS FORMAIS:
- Movimento Corporal;
- Tempo;
- Espaço.
COMPOSIÇÃO:
- Kinesfera;
- Ponto de Apoio;
- Peso;
- Fluxo;
- Quedas;
- Saltos;
- Giros;
- Rolamentos;
- Extensão (perto e longe);
- Coreografia;
- Deslocamento;
-Gênero: Performance moderna.
MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Dança Moderna;
- Vanguardas;
- Dança Contemporânea.
TEATRO:
ELEMENTOS FORMAIS:
- Personagem: expressões corporais, gestuais e faciais;
- Ação;
- Espaço.
COMPOSIÇÃO:
- Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum...;
- Dramaturgia;
- Cenografia;
- Sonoplastia;
- Iluminação;
- Figurino.
MOVIMENTO E PERÍODOS:
- Teatro Engajado;
- Teatro do Oprimido;
- Teatro Pobre;
- Teatro do absurdo;
- Vanguardas
ENSINO MÉDIO
ARTE ELEMENTOS FORMAIS: Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
COMPOSIÇÃO Bidimensional / Tridimensional Figura / fundo Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças / Contrastes Ritmo Visual Simetria Deformação / Estilização Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos... Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...
MOVIMENTOS E PERÍODOS Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Contemporânea Arte LatinoAmericana Mitologia...
MÚSICA Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Escalas Modal Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop... Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista. Improvisação
Música Popular Brasileira Paranaense Popular, Indústria Cultural Engajada Ocidental Africana Latino-Americana
TEATRO
Personagem: Expressões, corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio Teatro-Fórum Roteiro Encenação e leitura dramática Gêneros: Tragédia, Comédia,
Teatro GrecoRomano - Teatro Medieval - Teatro Brasileiro -Teatro Paranaense - Teatro Popular - Indústria Cultural - Teatro Engajado - Teatro Dialético - Teatro Essencial -Teatro do Oprimido - Teatro Pobre -
Drama e Épico, Dramaturgia. Representação nas mídias Caracterização Cenografia, sonoplastia, figurino e iluminação. Direção Produção
Teatro de Vanguarda -Teatro Renascentista - Teatro LatinoAmericano - Teatro Realista - Teatro Simbolista
DANÇA Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Fluxo Peso Eixo Salto e Queda Giro Rolamento Movimentos articulares Lento, rápido e moderado. Aceleração e desaceleração Níveis Deslocamento Direções Planos Improvisação Coreografia Gêneros: Espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão
Pré-história Greco-Romana Medieval Renascimento Dança Clássica Dança Popular Brasileira Paranaens Africana Indígena Hip Hop Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea
Também ampliando o foco do currículo escolar, no ensino da arte será
contemplado o que prescreve a Lei nº 11.645/08, enfocando a história e cultura afro-
brasileira, africana e indígena, através do estudo dos elementos e rituais das culturas de
matriz africana nas manifestações populares brasileiras: puxada de rede, maculelê,
capoeira, congada, maracatu, tambor de crioulo de roda, umbigada, carimbo, coco etc...
Danças de natureza: religiosa, candomblé; lúdica: brincadeira de roda; funerária:
axexê; guerreira: congada; dramática: maracatu e profana: jongo.
A contribuição artística da cultura africana na formação da música Popular
Brasileira: origem do batuque, do lundu e do samba, entre outros. A política musical
envolvendo a temática do negro.
A cultura africana e afro-brasileira e as artes plásticas: máscaras, esculturas (argila,
madeira, metal); ornamentos; tapeçaria; tecelagem; pintura corporal; estamparia.
A presença e influência de arte africana nas obras de artistas plásticos
contemporâneos como mestre Didi (Bahia – Brasil).
Proposta interdisciplinar: explorar os conteúdos sobre a estrutura de Fractais
(física e matemática) presentes na аrte africana (penteado, arquitetura, música,
estamparia, objetos decorativos etc.).
ARTE E OS RECURSOS DIDÁTICOS
A escola é o espaço privilegiado de formação humana e construção da cidadania.
Para exercer a cidadania plena é necessário ter acesso à informação e à tecnologia. Isso,
não significa só ter um equipamento e saber operá-lo, mas sim tomar posse da tecnologia e
usá-la a seu favor, transformando a informação em conhecimento.
O desafio que fica aos educadores do Ensino Fundamental e Médio é utilizar os
recursos tecnológicos como a TV, DVD, vídeo, data show, pendrive, retro projetor e
computadores no laboratório, de modo a provocar impactos positivos na escola e, por
conseguinte, nos resultados do processo de ensino e aprendizagem dos seus educandos,
sempre enriquecendo os conteúdos trabalhados através do uso dos materiais didáticos,
pedagógicos e tecnológicos disponíveis.
ARTE E OS CONTEÚDOS OBRIGATÓRIOS – INSTRUÇÃO Nº 009/2011 SUED/SEED
Durante as aulas de arte serão desenvolvidas atividades que contemplem os
conteúdos obrigatórios:
o Educação Ambiental – contemplar o que prescreve a Lei 9795/99 com o
desenvolvimento de atividades referentes à Educação Ambiental, visando a
preservação do meio ambiente como prioridade para a qualidade de vida e
abordando temas que favoreçam a compreensão das relações entre o homem e o
meio biofísico;
o Educação Fiscal – visando despertar a consciência dos estudantes sobre direitos e
deveres em relação ao valor social dos tributos e do controle social do estado
democrático; Enfrentamento à Violência – deve-se propiciar atividades que
levem à compreensão e formação de uma consciência crítica sobre a violência e,
assim, transformar a escola em um espaço onde o conhecimento tome o lugar da
força;
o História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena – Promover o
reconhecimento da identidade, da história e da cultura da população negra e
indígena, assegurando a igualdade e a valorização das raízes africanas ao lado das
indígenas, européias e asiáticas;
o Prevenção ao uso indevido de drogas – proporcionar atividades que levem os
educandos à reflexão das consequências do uso de drogas lícitas e ilícitas à saúde e
à sociedade, abordando questões referentes à: drogadição, vulnerabilidade,
preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência,
influência da mídia, entre outros;
o Sexualidade – precisa ser discutida e estudada no ambiente escolar, local
privilegiado para o tratamento pedagógico desse desafio educacional
contemporâneo. Deve-se propor atividades considerando os referenciais de
gênero, diversidade sexual, classe e raça/etnia.
METODOLOGIA
No Ensino Fundamental e Médio o enfoque cultural norteia as discussões em Arte,
assim o professor deve desenvolver o seu trabalho, de forma a garantir a presença e a
profundidade de formas artísticas nos projetos educacionais sem esquecer da valorização
da identidade cultural do educando, posto que a criança e o adolescente são seres que
possuem conhecimentos e vivências decorrentes de sua própria história de vida, e que
devem ser reconhecidos, respeitados e valorizados como tal (Direitos das Crianças e dos
Adolescentes - Lei nº 11525/07). Para tanto, entende-se que as práticas com arte, tanto
no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, devem acontecer a partir dos conteúdos
e metodologias adequadas à cada faixa etária, num processo coletivo de planejamento que
leve em conta o conhecimento e as necessidades dos alunos, os eventos e a cultura própria
da comunidade, os materiais e tecnologias disponíveis, tendo em vista trabalhar conteúdos
com significado histórico, humano e social.
Sendo assim, a cultura deverá ser abordada como resultante que abrange as
práticas sociais, historicamente constituídas pelos sujeitos, considerando que nos
conceitos sobre cultura esteja presente o fator constante “ transformação”.
A arte não é uma produção fragmentada ou fruto de modelos aleatórios ou
apartados do contexto social nem tampouco mera contemplação; é sim, uma área de
conhecimento que interage nas diferentes instâncias intelectuais, culturais, políticas e
econômicas, pois os sujeitos são construções históricas que influem e são influenciados
pelo pensar, fazer e fruir arte.
Partindo desses pressupostos, a metodologia adotada para o tratamento dos
conteúdos deverá considerar:
o As várias manifestações artísticas da comunidade da região, entendendo
toda manifestação artística como cultural;
o As especificidades culturais de cada aluno como ponto de partida para a
ampliação dos saberes em arte;
o As situações de aprendizagem que permitem ao aluno a compreensão dos
processos de criação e execução das linguagens artísticas;
o A experimentação como meio fundamental para a ressignificação desse
componente curricular;
o O ensino da História do Paraná (Lei nº 13381/01) através de
abordagens e atividades que promovam a incorporação dos elementos
formadores da cultura paranaense, partindo do estudo das características e
especificidades inerentes às comunidades, municípios e microrregiões do
Estado;
o O estudo da Música (Lei nº 11.769/08) oportunizado em diferentes
situações em sala de aula objetivando incentivar o desenvolvimento da
criatividade, da criticidade, da sensibilidade, da contextualização do
momento vivido, bem como a integração entre os alunos no ambiente
escolar As atividades objetivarão desenvolver um olhar crítico da música
veiculada atualmente pela mídia (rádio e televisão); sensibilizando
musicalmente os alunos através da apreciação de diversos estilos musicais
existentes, levando-os a conhecer os diversos estilos e períodos ao longo da
história, contextualizando o conteúdo através de pesquisa, vivência e
manipulação dos sons.
AVALIAÇÃO
O objetivo da arte no Ensino Fundamental e Médio é propiciar ao aluno o acesso
aos conhecimentos presentes nos bens culturais, por meio de um conjunto de saberes em
arte que lhe permitam utilizar-se desses conhecimentos na compreensão da realidade ,
ampliando o seu modo de vê-la.
De acordo com a LDB (nº 9.394/96, art. 24, inciso V) e com a Deliberação 07/99 do
Conselho Estadual de Educação (capítulo I, art.8º), a avaliação em Arte deverá levar em
conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em arte e a sua
realidade, evidenciadas tanto no processo, quanto na produção individual e coletiva
desenvolvida a partir desses saberes.
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a
intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e
interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o
processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes
valor. Sendo assim, será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta
pedagógica e compreenderá os seguintes princípios:
investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias
para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e
possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;
sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando
instrumentos diversos para o registro do processo;
abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do
educando;
permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo
educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da escola.
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como
ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará, necessariamente,
as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo,
tanto anterior ao ingresso na educação formal, como durante o atual processo de
escolarização.
A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como:
provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas,
participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares
propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e
avaliar os conteúdos desenvolvidos.
O resultado das atividades avaliativas será analisado pelo educando e pelo
professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e necessidades, e as
consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.
Na avaliação em Arte, é necessário referir-se ao conhecimento específico das
linguagens artísticas, tanto no aspecto das experiências (práticos) quanto nos aspectos
conceituais (teóricos), pois a avaliação fundamentada permite ao aluno posicionar-se em
relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.
Ao avaliar, o professor precisa considerar a história do processo pessoal de cada
aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na escola, observando os trabalhos e
seus registros. O professor deve guiar-se pelos resultados obtidos e planejar modos
criativos de avaliação dos quais, o aluno pode participar e compreender os conteúdos
atribuindo sentidos aos mesmos e construindo assim subjetividades.
Neste aspecto, é fundamental o reconhecimento do aluno como um sujeito social,
historicamente situado, com interesses e necessidades relativos à sua faixa etária, com
direitos e deveres, dentre os quais o acesso à educação. Sendo assim, serão priorizadas
ações pedagógicas e avaliativas que contemplem as necessidades específicas dos
educandos e que proporcionem o melhor aproveitamento possível no processo de ensino
e aprendizagem. Para tanto, através de modificações no planejamento e nas formas de
avaliação visando a participação e o aproveitamento de todos os alunos, considerando
seus conhecimentos prévios, suas necessidades linguísticas diferenciadas e o contexto
social do qual fazem parte, é que procurar-se- á realizar um trabalho de inclusão,
oferecendo oportunidades adequadas e diferenciadas de aprendizagem a todos.
Sendo assim, a avaliação acontecerá de acordo com o que está contido no
Regimento escolar e no Projeto Político Pedagógico do Colégio, sendo diagnóstica,
contínua e somativa. A recuperação de conteúdos acontecerá paralelamente ao trabalho
realizado. Enfim, a avaliação da aprendizagem no Ensino Fundamental e Médio será parte
integrante do processo de ensino, efetuada a cada bimestre e obtendo o resultado final no
término do período letivo. O professor manterá o registro dos conteúdos, a frequência e as
atividades realizadas com as referidas notas atribuídas no Livro de Registro de Classe. Na
sistemática de avaliação do desempenho do aluno prevalecerá o aspecto qualitativo sobre
os quantitativos, tendo um caráter de diagnóstico das dificuldades e de assessoramento
para a superação das mesmas.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala
de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). A avaliação tem caráter somatório e deverá ser
realizada em, no mínimo três etapas, sendo que 7,0 (sete) pontos destinados à avaliação
formal e 3,0 (três) pontos para atividades avaliativas complementares.
REFERÊNCIAS
Ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Lei nº 10.639/03. Brasília. 2003.
COLI, Jorge. O que é Arte? 15ª ed. Brasiliense.
DOS SANTOS, José Luiz. O que é Cultura. 14ª ed.
FERRAZ, M., FUSARI, M. R. Metodologia do Ensino de Arte. 2. ed., São Paulo: Cortez, 1993.
FISCHER, Ernest. A Necessidade da Arte. Rio de Janeiro: Zahar. 1997.
FILHO, Battistoni Dúlio. Pequena História da Arte. 6ª ed. Papirus, 1995.
GOMBRICH, E. H. A História da arte. 15ª ed. São Paulo: M. Fontes, 1986.
JANSON, H.W. E JANSON Anthony. Iniciação à História da Arte. 1ª ed. Brasiliense São Paulo,
1988.
KOSIK, K. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
LACOSTE, Michel. Arte de Poucos ou direito à beleza. São Paulo: ed. Cidade Nova, 1996.
MEDEIROS, João. A Arte de Pintar. 4ª ed. Rio de Janeiro, 1978.
MAFRA, de Souza Alcídio. Artes Plásticas na Escola. 6ª ed. Rio de Janeiro: RJ Bloch 1997 88
OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino. Departamento
de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Arte. Curitiba: SEED,
2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Ensino Fundamental de Nove Anos:
Orientações Pedagógicas para os Anos Iniciais, Curitiba: 2010.
PARANÁ. Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.
PEDROSA, Israel. Da Cor à Inexistente.
READ, Herbert. Os Significados da Arte. Ed. Ulisseia. www.diaadiaeducacao.pr.gov.br