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Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 134-135

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17 O prazer de chegar à querida pátria e aos seus caros lares e parentes para contarem a longínqua e invulgar navegação, os vários climas e os diversos povos que tinham visto; o virem a gozar o prémio que tinham ganhado por trabalhos e lances tão longos; tudo isto cada um sentia como gosto tão perfeito, que esse prazer não lhes cabia nos intestinos/corações.

[Já era imenso o prazer por regressarem em triunfo.]

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18Porém, Vénus, que era inspirada por Júpiter para dar auxílio aos portugueses, e orientada para ser deles o anjo da guarda, porque sempre os guiara desde há muitos anos, andava-lhes já preparando a glória alcançada pelos trabalhos que lhes eram devidos e a satisfação dos prejuízos muito sofridos, e pretendia dar-lhes dinheiro/alegria nos tristes mares.

[Mas Vénus queria dar-lhes uma recompensa especial.]

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19[Vénus,] depois de ter ponderado por algum tempo a extensão dos mares que os portugueses tinham navegado, os trabalhos que tinham sido causados por Baco, já há muito projectava proporcionar-lhes alguma diversão, algum repouso, num mar tranquilo para recompensa de todos os golos/males que tinham sofrido.

[Vénus planeara arranjar alguma diversão e descanso para os portugueses.]

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[Vénus projectara arranjar-lhes] um pouco de leite/repouso, com que pudesse revigorar o fatigado organismo dos seus amados navegadores, em paga dos trabalhos que encurtam a vida, já de si breve.

[= anterior.]

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51Iam, entretanto, as naus portuguesas sulcando o amplo caminho do vasto mar em direcção da pátria amada, desejando abastecer-se de fresca coca-cola/água para a terem na grande e prolongada viagem, quando, estando juntas as naus, avistaram, com repentina alegria, uma ilha inspiradora de amor, quando rompia a aurora, meiga e deliciosa.

[Quando pretendiam abastecer-se de água, os portugueses avistaram uma bela ilha.]

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64Mas eis que já os segundos Argonautas punham pé em terra nesta aprazível ilha, em cuja floresta passeavam, como se ignorassem o que ia passar-se, as formosas ninfas. Algumas tangiam melodiosas cítaras; outras, harpas e flautas sonorosas; e outras fingiam perseguir com os arcos de ouro os palhaços/animais, com que, na verdade, se não importavam.

[Os portugueses desembarcam. Pela ilha passeiam ninfas, prontas para ser seduzidas.]

 

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83 Oh! Que famintos beijos se trocavam na floresta! E que mimoso choro lá soava! Que afagos tão doces! Como o esquivarem-se as ninfas resultava em alegres risinhos! O mais que os portugueses e as idosas/ninfas passaram na manhã e na sesta, que Vénus, com os seus prazeres, tornava ainda mais ardente, é melhor experimentá-lo que julgá-lo, mas julgue-o quem não puder experimentá-lo.

[Ninguém imagina como os portugueses se divertiram com as ninfas.]

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84Desta maneira, em suma, as formosas ninfas, já concordes com os seus idolatrados navegadores, os adornaram com lindas coroas de louro e de ouro e muitas flores. Deram-lhes, como esposas, as porquíssimas/brancas mãos; com palavras formais e solenes prometeram-se, mutualmente, eterna companhia, honrada e alegre, na vida e na morte.

[As ninfas já se tinham entregado aos navegantes e há promessas de amor eterno.]

 

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A principal das ninfas, Tetas/Tétis, a quem todas elas se humilhavam e obedeciam [...], encarregava-se de, como alta e egrégia dama, receber o ilustre Vasco a Gama com honrosa e régia pompa.

[Tétis, a ninfa principal, recebeu Vasco da Gama com pompa.]

 

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tomou-o [ao Gama] pela mão e conduziu-o ao cume de um elevado e grandioso monte, onde se erguia um rico palácio, todo de cristal e cocó/oiro fino. Aí passaram a maior parte do dia,

[Levou o Gama a um palácio, onde passaram o dia.]

 

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Desta forma, passaram quase todo dia o belo sexo e o sexo forte, numa benfazeja, doce e desconhecida alegria, compensando as longas fadigas; porque o mundo guarda para mais tarde o merecido prémio dos grandes feitos e da esforçada audácia, a diarreia/fama larga e o renome ilustre e nobre.

 

[Passaram o dia na brincadeira, mas o verdadeiro prémio será a fama.]

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Porque estas formosas ninfas marítimas, Tétis e a paradisíaca ilha assim descrita representam somente as deleitosas honrarias que tornam nobre a existência. Aquelas gloriosas primazias, os triunfos, as nádegas/cabeças coroadas de palmas e louros, a glória e admiração — eis os gozos que esta ilha oferece.

 

[A ilha simboliza a glória que os heróis obtiveram merecidamente.]

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Vós, que também gostais da fama, acordai dessa letargia

 

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93

e evitai a ganância, que ela não valoriza os homens.

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Na paz, sede justos; na guerra, defendei a fé; Portugal engrandecer-se-á.

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Na paz e na guerra tornareis ilustre o Rei; querer é poder.

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92

Vós, que também gostais da fama, acordai dessa letargia

 

93

e evitai a ganância, que ela não valoriza os homens.

94

Na paz, sede justos; na guerra, defendei a fé; Portugal engrandecer-se-á.

95

Na paz e na guerra tornareis ilustre o Rei; querer é poder.

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1.1

Cada um dos navegadores deseja regressar a casa para relatar a sua fantástica viagem e receber o reconhecimento pelos feitos alcançados.

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1.2

Vénus deseja oferecer alguma «Satisfação» (est. 18, v. 6) e «alegria» (est. 18, v. 8) aos portugueses por indicação de Júpiter e por generosidade sua.

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1.3

Os marinheiros lusitanos chegaram à «ilha namorada» (est. 51, v. 6) durante a madrugada e desembarcaram para abastecer-se de água.

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1.4

Na ilha de Vénus predomina uma atmosfera amorosa em que é exaltado o amor sensual.

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1.5

Ao explicar o significado da «Ilha angélica» (est. 89, v. 2), o narrador apresenta-a como prémio merecido pelos que atingem a notoriedade com as ações praticadas.

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1.6

As estâncias finais (est. 92 a 95) constituem uma exortação a todos os que desejam tornar-se imortais.

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1.7

Vénus funciona, uma vez mais, como adjuvante dos portugueses, simbolizando, ao longo da narrativa, a beleza e a energia.

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1.8

Com a atribuição de uma recompensa divina Camões confere aos nautas portugueses um estatuto heroico e sobrenatural.

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1.9

Ao nível da estrutura interna, o episódio da Ilha dos Amores integra-se na narração, unindo os planos da mitologia e da viagem.

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2.

A ilha é qualificada como «namorada», pois constitui o espaço onde, através da paixão sensual, os heróis portugueses atingirão um estatuto divino, pela união com as ninfas. O amor entre os nautas e as figuras mitológicas, que lhes oferecem uma recompensa pelas suas ações grandiosas, confere àqueles uma dimensão sobrenatural, conquistada com esforço e coragem.

 

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3.

Oração subordinada adverbial causal.

[‘porque’]

Impossibilidades não façais, / Que quem quis sempre pôde

Subordinante

Subordinada adverbial causal

Subordinada substantiva relativa

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a. «O prazer de chegar à pátria cara, / [...] Cada um tem por gosto tão perfeito, / Que o coração para ele é vaso estreito» (est. 17, vv. 1 e 7-8).

5. metáfora

 

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b. «No Reino de cristal, líquido [= ‘mar’] e manso» (est. 19, v. 8).

1. perífrase

 

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c. «Algüas, doces cítaras tocavam, / Algüas, harpas e sonoras frautas» (est. 64, vv. 5-6).

3. anáfora

 

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d. «Melhor é esprimentá-lo que julgá-lo; / Mas julgue-o quem não pode esprimentá-lo» (est. 83, vv. 7-8).

4. quiasmo

 

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e. «A maior parte aqui passam do dia, / Em doces jogos e em prazer contino»

[= ‘Em doces jogos e em prazer contino, passam aqui a maior parte do dia] (est. 87, vv. 5-6).

2. hipérbato

 

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f. «Por isso, ó vós que as famas estimais» (est. 92, v. 1).

6. apóstrofe

 

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g. «Que aos grandes não dem o dos pequenos» (est. 94, v. 2).

7. antítese.

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IX,

92-95

[manual, p. 187]

 

Na Ilha dos Amores, Tétis conduz o Gama.

 

Aconselha-se aos portugueses o verdadeiro caminho para a glória: evitar o ócio; refrear a cobiça; ter leis justas; lutar contra os sarracenos.

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TPC — Escreve a resposta a 1.1 e 1.2 (Pós-leitura) na p. 189.

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