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APOSTILA DE FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA Depto. de Engenharia Mecânica Universidade de Taubaté – UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

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  • APOSTILA DE FUNDAMENTOS DA

    TERMODINMICA

    Depto. de Engenharia Mecnica

    Universidade de Taubat UNITAU

    Prof. Dr. Fernando Porto

  • Pouco, porm bem feito. Carl Friedrich Gauss

    Deus est com aqueles que perseveram. Alcoro captulo VIII

    Memento mori Tertuliano (Quintus Septimius Florens Tertullianus) Apologeticus, captulo 33

    O soldado que no acredita na vitria no capaz de lutar por ela.

    IMPORTANTE

    Esta apostila abrange a totalidade do contedo da disciplina Fundamentos da Termodinmica, tal como

    ministrada nos cursos de engenharia ligados ao Departamento de Engenharia Mecnica da Universidade de

    Taubat, UNITAU.

    A apostila baseada em notas de aula, as quais apresentam resumidamente o contedo do livro texto

    indicado ao aluno para o acompanhamento da disciplina, Fundamentos da Termodinmica, de Richard E.

    Sonntag, Claus Borgnakke e Gordon J. Van Wylen, Editora Edgard Blcher Ltda.

    Em momento algum o aluno deve supor que a apostila se sobrepe ou transforma em desnecessrio

    o uso do livro texto. Ao contrrio, a funo desta somente facilitar ao aluno o uso do referido livro,

    continuando seu emprego imprescindvel a uma compreenso equilibrada e abrangente da disciplina.

    Prof. Dr. Fernando Porto

    Depto. Engenharia Mecnica UNITAU

    Janeiro de 2007

  • Captulo 1 Introduo

    Termodinmica Prof. Fernando Porto Depto. Mecnica - UNITAU

    1-1

    Fundamentos da

    TERMODINMICA

    Captulo 1 - INTRODUO

    1.1 Definio

    A Termodinmica a parte da Termologia (Fsica) que estuda os fenmenos relacionados com

    trabalho, energia, calor e entropia, e as leis que governam os processos de converso de energia.

    Apesar de todos ns termos um sentimento do que energia, muito difcil elaborar uma

    definio precisa para ela. Na verdade a Fsica aceita a energia como conceito primitivo, sem

    definio, ou seja, apenas caracterizando-a.

    bastante conhecido o fato de que uma substncia constituda de um conjunto de partculas

    denominadas de molculas. As propriedades de uma substncia dependem, naturalmente, do

    comportamento destas partculas.

    A partir de uma viso macroscpica para o estudo do sistema, que no requer o conhecimento do

    comportamento individual destas partculas, desenvolveu-se a chamada termodinmica clssica.

    Ela permite abordar de uma maneira fcil e direta a soluo de problemas.

    Extrado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Termodinmica (disponvel em Janeiro de 2007)

    1.2 Por que Estudar Termodinmica?

    Na engenharia, a Termodinmica utilizada para a anlise de diversos processos que ocorrem

    em equipamentos industriais de grande importncia, tais como centrais termoeltricas,

    refrigeradores por compresso de vapor, motores a reao (motores a jato e foguetes),

    equipamentos de decomposio de ar, e muitos outros.

    Desta forma, o domnio da termodinmica essencial para que o engenheiro possa projetar estes

    equipamentos e sistemas com o objetivo de constru-los dentro do menor custo razovel e obter

    destes, em operao, a maior eficincia energtica possvel.

  • Captulo 2 Conceitos e Definies

    Termodinmica Prof. Fernando Porto Depto. Mecnica - UNITAU

    2-1

    Captulo 2 - CONCEITOS E DEFINIES

    2.1 O Sistema Termodinmico e o Volume de Controle

    Sistema termodinmico: (sistema fechado) uma quantidade de matria, com massa e

    identidade fixas, sobre a qual nossa ateno dirigida para o estudo. Tudo o que externo ao

    sistema denominado meio ou vizinhana. O sistema separado da vizinhana pelas

    fronteiras do sistema e essas fronteiras podem ser mveis ou fixas. Calor e trabalho podem

    cruzar a fronteira.

    Ex.: Considere o gs contido no cilindro mostrado na figura abaixo como sistema. Se o conjunto

    aquecido, a temperatura do gs aumentar e o mbolo se elevar. Quando o mbolo se eleva, a

    fronteira do sistema move. O calor e trabalho cruzam a fronteira do sistema durante esse

    processo, mas no a matria que compe o sistema.

    Sistema isolado: aquele que no influenciado, de forma alguma, pela vizinhana (ou seja,

    calor e trabalho no cruzam a fronteira do sistema).

    Volume de controle: (sistema aberto) um volume que permite um fluxo de massa atravs de

    uma fronteira, assim como o calor e o trabalho.

  • Captulo 2 Conceitos e Definies

    Termodinmica Prof. Fernando Porto Depto. Mecnica - UNITAU

    2-2

    Assim, um sistema definido quando se trata de uma quantidade fixa de massa e um volume de

    controle especificado quando a anlise envolve fluxos de massa.

    2.2 Pontos de Vista Macroscpico e Microscpico

    Meio contnuo: Sob o ponto de vista macroscpico, ns sempre consideraremos volumes muito

    maiores que os moleculares e, desta forma, trataremos com sistemas que contm uma

    enormidade de molculas. Uma vez que no estamos interessados nos comportamentos

    individuais das molculas, desconsideraremos a ao de cada molcula e trataremos a

    substncia como contnua.

    2.3 Estado e Propriedades de uma Substncia

    Fase: definida como uma quantidade de matria totalmente homognea (fase lquida, slida ou

    gasosa). Quando mais de uma fase coexistem, estas se separam, entre si, por meio das

    fronteiras das fases.

    Estado: Em cada fase a substncia pode existir a vrias presses e temperaturas. O estado de

    uma fase pode ser identificado ou descrito por certas propriedades macroscpicas observveis;

    algumas das mais familiares so: temperatura, presso e massa especfica.

    Propriedades: Cada uma das propriedades (temperatura, presso, massa) de uma substncia,

    num dado estado, apresenta somente um determinado valor e essas propriedades tem sempre o

    mesmo valor para um dado estado, independente da forma pela qual a substncia chegou a ele,

    isto , independente do caminho (histria) pelo qual o sistema chegou condio (estado)

    considerada. As propriedades termodinmicas podem ser divididas em duas classes gerais, as

    intensivas e as extensivas.

    Propriedade intensiva: independente da massa. Ex.: temperatura, presso.

    Propriedade extensiva: seu valor varia diretamente com a massa. Ex.: massa, volume.

    Assim, se uma quantidade de matria, num dado estado, dividida em duas partes iguais, cada

    parte apresentar o mesmo valor das propriedades intensivas e a metade do valor das

    propriedades extensivas da massa original.

  • Captulo 2 Conceitos e Definies

    Termodinmica Prof. Fernando Porto Depto. Mecnica - UNITAU

    2-3

    Quando um sistema est em equilbrio em relao a todas as possveis mudanas de estado,

    dizemos que o sistema est em equilbrio termodinmico.

    2.4 Processos e Ciclos

    Processo: Quando o valor de pelo menos uma propriedade de um sistema alterado, dizemos

    que ocorreu uma mudana de estado. O caminho definido pela sucesso de estados atravs dos

    quais o sistema percorre chamado de processo.

    Processo de quase-equilbrio: Consideremos o equilbrio do sistema mostrado abaixo quando

    ocorre uma mudana de estado. No instante em que o peso removido, o equilbrio mecnico

    deixa de existir, resultando no movimento do pisto para cima, at que o equilbrio mecnico seja

    restabelecido.

    Uma vez que as propriedades descrevem o estado de um sistema apenas quando ele est em

    equilbrio, como poderemos descrever os estados de um sistema durante um processo, se o

    processo real s ocorre quando no existe equilbrio?

    Um passo para respondermos a essa pergunta consiste na definio de um processo ideal,

    chamado de processo de quase-equilbrio. Um processo de quase-equilbrio aquele em que o

    desvio do equilbrio termodinmico infinitesimal e todos os estados pelos quais o sistema passa

    durante o processo podem ser considerados como estados de equilbrio.

    Muitos dos processos reais podem ser modelados, com boa preciso, como processos de quase-

    equilbrio. Se os pesos sobre o pisto so pequenos, e forem retirados um a um, o processo pode

    ser considerado como de quase-equilbrio.

  • Captulo 2 Conceitos e Definies

    Termodinmica Prof. Fernando Porto Depto. Mecnica - UNITAU

    2-4

    Processo de no-equilbrio: Quando o sistema no se encontra em equilbrio em nenhum

    instante durante a mudana de estado. Assim o sistema s pode ser descrito antes de ocorrer o

    processo e aps, quando o equilbrio restabelecido.

    Prefixo ISO: usado para caracterizar um processo que ocorre mantendo uma propriedade

    constante:

    processo isotrmico: processo a temperatura constante;

    processo isobrico: processo a presso constante;

    processo isomtrico: processo a volume constante.

    Ciclo termodinmico: quando um sistema, num dado estado inicial, passa por vrios

    processos e retorna ao estado inicial.

    Dessa forma, no final de um ciclo, todas as propriedades apresentam os mesmos valores iniciais.

    A gua que circula numa instalao termoeltrica a vapor executa um ciclo.

    ATENO:

    Ciclo mecnico: um motor de combusto interna de quatro tempos executa um ciclo mecnico a

    cada duas rotaes. Entretanto, o fluido de trabalho no percorre um ciclo termodinmico no

    motor, uma vez que o ar e o combustvel reagem e, transformados em produtos de combusto,

    so descarregados na atmosfera.

    Neste curso, o termo ciclo se referir a um ciclo trmico (termodinmico) a menos que se designe

    o contrrio.

    2.5 Unidades de Massa, Comprimento, Tempo e Fora

    Fora: O conceito de fora resulta da segunda lei de Newton, que estabelece que a fora que

    atua sobre um corpo proporcional ao produto da massa do corpo pela acelerao na direo da

    fora. No SI, a unidade de fora definida a partir da segunda lei de Newton, no sendo portanto

    um conceito independente:

    amF =

    A unidade de fora o newton (N), que, por definio, a fora necessria para acelerar uma

  • Captulo 2 Conceitos e Definies

    Termodinmica Prof. Fernando Porto Depto. Mecnica - UNITAU

    2-5

    massa de 1 quilograma razo de 1 metro por segundo, por segundo, ou seja, 1N = 1 kg.m/s2.

    Deve-se observar que as unidades SI, que derivam de nomes prprios so representadas por

    letras maisculas; as outras so representadas por letras minsculas.

    Tempo: A unidade bsica de tempo o segundo (s). O segundo era definido como 1/86.400 do

    dia solar mdio. Em 1967, a Conferncia Geral de Pesos e Medidas (CGPM) definiu o segundo

    como o tempo necessrio para a ocorrncia de 9.192.631.770 ciclos do ressonador de feixe de

    tomos de csio-133.

    Comprimento: A unidade bsica de comprimento o metro (m), e por muitos anos (1889 a 1960)

    o padro adotado foi o "Prottipo Internacional do Metro" que a distncia, sob certas condies

    preestabelecidas, entre duas marcas usinadas numa barra de platina-irdio, guardada no

    Escritrio Internacional de Pesos e Medidas, em Sevres, Frana, equivalentes a 1/10.000.000 da

    distncia entre o equador e o plo norte, no meridiano de Paris. Em 1983, a CGPM adotou uma

    definio mais precisa do metro: o metro seria o comprimento da trajetria percorrida pela luz no

    vcuo em 1/299.792.458 do segundo.

    Massa: A unidade SI de massa o quilograma (kg). A CGPM de 1889, ratificado em 1901, o

    definiu o quilograma como corresponde massa de um determinado cilindro de platina-irdio, de

    39 mm de altura e dimetro, mantido sob condies preestabelecidas no Escritrio Internacional

    de Pesos e Medidas.

    Mol: O mol a quantidade de matria de um sistema que contm tantas entidades elementares

    quanto so os tomos contidos em 12 g de carbono-12. Logo, 1 mol a quantidade de matria

    que existe em 6,02 1023 entidades. Ao utilizar o termo mol, deve-se especificar quais so as

    entidades elementares em questo (tomos, molculas, ons, etc). O conceito de mol est

    intimamente ligado Constante de Avogadro (valor aproximado de 6,022 1023). Assim, 1 mol de

    molculas de qualquer gs possui 6,022 1023 molculas deste gs, 1 mol de ons equivale a

    6,022 1023 ons e 1 mol de gros de areia equivale a 6,022 1023 gros de areia. Um mol de

    tomos de qualquer elemento tem a massa de x gramas, onde x a massa molar da substncia,

    sendo que a massa molar e a massa atmica do elemento so numericamente iguais. A massa

    atmica do cloro 35,453 u, e a massa molar do cloro, de 35,453 g/mol. Ns utilizaremos o

    quilomol (kmol), que corresponde quantidade da substncia, em quilogramas, numericamente

    igual ao peso molecular.

    ATENO: O termo "peso" freqentemente associado a um corpo e , s vezes, confundido

  • Captulo 2 Conceitos e Definies

    Termodinmica Prof. Fernando Porto Depto. Mecnica - UNITAU

    2-6

    com massa. A palavra peso usada corretamente apenas quando est associada a fora.

    Quando dizemos que um corpo pesa um certo valor, isto significa que esta a fora com que o

    corpo atrado pela Terra (ou por algum outro corpo), ou seja, o peso igual ao produto da

    massa do corpo pela acelerao local da gravidade. A massa de uma substncia permanece

    constante variando-se a sua altitude porm o seu peso varia com a altitude.

    2.6 Energia

    Um dos conceitos muito importantes na termodinmica o de energia. Este um conceito

    fundamental, como o da massa e da fora, e tambm apresenta dificuldade para ser definido com

    preciso. Energia tem sido definida como a capacidade de produzir um efeito.

    2.7 Volume Especfico e Massa Especfica

    O volume especfico de uma substncia definido como o volume ocupado pela unidade de

    massa e designado pelo smbolo v. A massa especfica de uma substncia definida como a

    massa associada unidade de volume. Desta forma, a massa especfica igual ao inverso do

    volume especfico. A massa especfica designada pelo smbolo r . Observe que estas duas

    propriedades so intensivas. Um trao sobre o smbolo (letra minscula) ser usado para

    designar a propriedade na base molar. Assim

    v designar o volume especfico molar e r a massa especfica molar.

    2.8 Presso

    A unidade de presso no Sistema Internacional o pascal (Pa) e corresponde fora de 1

    newton agindo numa rea de 1 metro quadrado. Isto , 1 Pa = 1 N/m2. J a atmosfera padro

    definida por 1 atm = 101300 Pa e ligeiramente maior que o bar (1 bar = 100000 Pa = 0,1 MPa).

    Considere o gs contido em um sistema. A presso exercida pelo gs em todas as fronteiras do

    sistema a mesma desde que o gs esteja num estado de equilbrio.

    A presso absoluta utilizada na maioria das anlises termodinmicas. Entretanto, a maioria dos

    manmetros de presso e de vcuo indica a diferena entre a presso absoluta e a atmosfrica,

    diferena esta chamada de presso manomtrica ou efetiva. As presses, abaixo da

    atmosfrica e ligeiramente acima, e as diferenas de presso (por exemplo, atravs de um orifcio

    em um tubo) so medidas freqentemente com um manmetro que utiliza gua, mercrio, lcool

  • Captulo 2 Conceitos e Definies

    Termodinmica Prof. Fernando Porto Depto. Mecnica - UNITAU

    2-7

    ou leo como fluido manomtrico.

    Considere a coluna de fluido com altura L, medida acima do ponto B, mostrada na figura a seguir.

    A presso manomtrica do fluido contido no reservatrio dada por

    gLppp atm ..r=-=D

    2.9 Igualdade de temperatura

    Consideremos dois blocos de cobre, um quente e outro frio, cada um em contato com um

    termmetro de mercrio. Se esses dois blocos de cobre so colocados em contato trmico,

  • Captulo 2 Conceitos e Definies

    Termodinmica Prof. Fernando Porto Depto. Mecnica - UNITAU

    2-8

    observamos que a resistncia eltrica do bloco quente decresce com o tempo e que a do bloco

    frio cresce com o tempo. Aps um certo perodo, nenhuma mudana na resistncia observada.

    De forma semelhante, o comprimento de um dos lados do bloco quente decresce com o tempo,

    enquanto que o do bloco frio cresce com o tempo. Aps certo perodo, nenhuma mudana nos

    comprimentos dos blocos observada. A coluna de mercrio do termmetro no corpo quente cai

    e no corpo frio se eleva, mas aps certo tempo nenhuma mudana nas alturas das colunas de

    mercrio observada. Podemos dizer, portanto, que dois corpos possuem igualdade de

    temperatura se no apresentarem alteraes, em qualquer propriedade mensurvel, quando

    colocados em contato trmico.

    2.10 Lei Zero da Termodinmica

    A lei zero da termodinmica estabelece que, quando dois corpos tm igualdade de temperatura

    com um terceiro corpo, eles tero igualdade de temperatura entre si. Isso parece bastante bvio

    para ns porque estamos familiarizados com essa experincia. Entretanto, essa afirmao no

    dedutvel de outras leis e precede as formalizaes da primeira e da segunda lei da

    termodinmica.

    Estes so os motivos para a necessidade do estabelecimento da "lei zero da termodinmica".

    Esta lei constitui a base para a medio da temperatura, porque podemos colocar nmeros no

    termmetro de mercrio e sempre que um corpo tiver igualdade de temperatura com o

    termmetro poderemos dizer que o corpo apresenta a temperatura lida no termmetro. O

    problema permanece, entretanto, em relacionar as temperaturas lidas em diferentes termmetros

    de mercrio ou as obtidas atravs de diferentes aparelhos de medida de temperatura, tais como

    pares termoeltricos e termmetros de resistncia. Isso sugere a necessidade de uma escala

    padro para as medidas de temperatura.

  • Captulo 3 Propriedades de uma Substncia Pura

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    3-1

    Captulo 3 - PROPRIEDADES DE UMA SUBSTNCIA PURA

    Ns consideramos, no captulo anterior, trs propriedades familiares de uma substncia: volume

    especfico, presso e temperatura. Agora voltaremos nossa ateno para as substncias puras e

    consideraremos algumas das fases em que uma substncia pura pode existir, o nmero de

    propriedades independentes que pode ter e os mtodos utilizados na apresentao das

    propriedades termodinmicas.

    3.1 Substncia Pura

    Uma substncia pura aquela que tem composio qumica invarivel e homognea. Pode existir

    em mais de uma fase, mas a composio qumica a mesma em todas as fases. Assim, gua

    lquida, uma mistura de gua lquida e vapor d'gua ou uma mistura de gelo e gua lquida so

    todas substncias puras, pois cada fase apresenta a mesma composio qumica. Por outro lado,

    uma mistura de ar lquido e gasoso no uma substncia pura porque a composio da fase

    lquida diferente daquela da fase gasosa. s vezes, uma mistura de gases, tal como o ar,

    considerada como uma substncia pura desde que no haja mudana de fase.

    3.2 Equilbrio de Fases Vapor - Lquida - Slida numa Substncia Pura

    Consideremos como sistema a gua contida no conjunto mbolo - cilindro abaixo:

    Figura 3.1: Mudana da fase lquida para vapor de uma substncia pura a presso constante

    Suponhamos que a massa de gua seja igual a 1 kg, que o mbolo e o peso imponham a presso

    de 0,1 MPa no sistema e que a temperatura inicial seja igual a 20oC. A medida que transferido

    calor gua, a temperatura aumenta consideravelmente, o volume especfico aumenta

  • Captulo 3 Propriedades de uma Substncia Pura

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    3-2

    ligeiramente e a presso permanece constante. Quando a temperatura atinge 99,6 C, uma

    transferncia adicional de calor implica numa mudana de fase, como indica o item b da figura.

    Isto , uma parte do lquido se transforma em vapor e, durante este processo, a presso e a

    temperatura permanecem constantes mas o volume especfico aumenta consideravelmente.

    Quando a ltima gota de lquido tiver vaporizado, uma transferncia adicional de calor resulta num

    aumento da temperatura e do volume especfico do vapor, como mostra o item b e a Figura 3.3.

    Temperatura de saturao: a temperatura na qual ocorre a vaporizao de um lquido a uma

    dada presso, e esta presso chamada de presso de saturao para a dada temperatura.

    Se uma substncia existe como lquido na temperatura e presso de saturao, ela chamada de

    lquido saturado. Se a temperatura do lquido mais baixa do que a temperatura de saturao

    para a presso existente, a substncia chamada de lquido comprimido (significando que a

    presso maior do que quela de saturao para a dada temperatura).

    Figura 3.3: Diagrama temperatura por volume especfico

    Ttulo: Quando uma substncia composta por uma parcela na fase lquida e outra na fase

    vapor, na temperatura de saturao, seu ttulo definido como a razo entre a massa de vapor

  • Captulo 3 Propriedades de uma Substncia Pura

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    3-3

    e a massa total. Assim, na Fig. 3.1, se a massa do vapor for 0,2 kg , a massa do lquido ser

    igual a 0,8 kg e o ttulo ser 0,2 ou 20%. O ttulo pode ser considerado como uma propriedade

    intensiva e seu smbolo x.

    Se uma substncia existe como vapor na temperatura de saturao, ela chamada de vapor

    saturado (ttulo 100%). Quando o vapor est a uma temperatura maior que a temperatura de

    saturao, chamado de vapor superaquecido.

    Ponto crtico: um ponto de inflexo com inclinao nula onde os estados lquido saturado e

    vapor saturado so idnticos. A temperatura, presso e volume especfico do ponto crtico so

    chamados temperatura crtica, presso crtica e volume crtico. Para a gua, a temperatura crtica

    de 374,14oC, a presso crtica, 22,09 MPa e o volume especfico crtico, 0,003155 m3/kg.

    3.3 Propriedades Independentes de uma Substncia Pura

    Um motivo importante para a introduo do conceito de substncia pura que o estado de uma

    substncia pura simples compressvel (isto , uma substncia pura na ausncia de movimento,

    ao da gravidade e efeitos de superfcie, magnticos ou eltricos) sempre definido por duas

    propriedades independentes. Isso significa que, se por exemplo, o volume especfico e a

    temperatura do vapor superaquecido forem especificados, o estado do vapor estar determinado.

    Um processo a presso constante, numa presso maior do que a crtica, representado pela

    linha PQ (figura 3.3). Se a gua a 40 MPa e 20 C for aquecida num processo a presso

    constante, dentro de um cilindro como o da Fig. 3.1, nunca haver duas fases presentes. Haver

    uma variao contnua da massa especfica e haver sempre uma s fase presente. A questo

    que surge : quando teremos lquido e quando teremos vapor? A resposta que essa no uma

    questo vlida para presses super-crticas. Usaremos, nesse caso, simplesmente a designao

    de fluido.

    3.4 Tabelas de propriedades termodinmicas

    No caso da gua, estas tabelas normalmente so conhecidas como tabelas de vapor.

    Tabelas de vapor saturado: So duas, uma relacionando as propriedades do vapor saturado em

    funo da temperatura de saturao, e outra relacionando-as com a presso de saturao.

    Ambas as tabelas fornecem o volume especfico do lquido saturado (vl) e o volume especfico do

  • Captulo 3 Propriedades de uma Substncia Pura

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    3-4

    vapor saturado (vv). A diferena entre vl e vv representa o acrscimo de volume especfico quando

    a substncia passa de liquido saturado para vapor saturado. O volume especfico da regio de

    saturao (volume especfico mdio, v) determinado atravs do ttulo:

    ( ) vl vxvxv ..1 +-=

    Para facilitar os clculos, foi criada a varivel vlv representando a diferena entre vv e vl :

    lvl vxvv .+=

    Relao das tabelas do Apndice B mais usadas no curso:

    Tabela B.1 Propriedades termodinmicas da gua

    B.1.1 gua saturada, em funo da temperatura

    B.1.2 gua saturada, em funo da presso

    B.1.3 Vapor dgua superaquecido, em funo da temperatura

    B.1.4 gua lquida comprimida, em funo da temperatura

    Tabela B.2 Propriedades termodinmicas da amnia

    B.2.1 amnia saturada, em funo da temperatura

    B.2.2 amnia saturada, em funo da presso

    Tabela B.3 Propriedades termodinmicas do refrigerante R-12

    B.3.1 R-12 saturado, em funo da temperatura

    B.3.2 R-12 saturado, em funo da presso

    Tabela B.4 Propriedades termodinmicas do refrigerante R-22

    B.4.1 R-22 saturado, em funo da temperatura

    B.4.2 R-22 saturado, em funo da presso

    Tabela B.5 Propriedades termodinmicas do refrigerante R-134a

    B.5.1 R-134a saturado, em funo da temperatura

    B.5.2 R-134a saturado, em funo da presso

    Tabela B.6 Propriedades termodinmicas do nitrognio

    B.6.1 nitrognio saturado, em funo da temperatura

    B.6.2 nitrognio saturado, em funo da presso

    Tabela B.7 Propriedades termodinmicas do metano

    B.7.1 metano saturado, em funo da temperatura

    B.7.2 metano saturado, em funo da presso

  • Captulo 3 Propriedades de uma Substncia Pura

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    3-5

    Exemplo 1. Vapor dgua saturado a 260oC e ttulo de 70%. Calcular o volume especfico mdio.

    Da tabela B.1.1:

    T Ps vl vv

    260 4,688 0,001276 0,04221

    ( ) vl vxvxv ..1 +-= ( ) kgmv /002993,004221,070,0001276,07,01 3=+-= _____________________________________________________________________________

    Exemplo 2. Vapor dgua saturado a 0,5 MPa e ttulo de 70%. Calcular o volume especfico

    mdio.

    Da tabela B.1.2:

    P Ts vl vv

    0,5 151,86 0,001093 0,3749

    ( ) vl vxvxv ..1 +-= ( ) kgmv /2676,03749,070,0001093,07,01 3=+-= _____________________________________________________________________________

    Exemplo 3. Refrigerante R-12 saturado a 23oC e ttulo de 85%. Calcular o volume especfico

    mdio.

    Da tabela B.3.1:

    T Ps vl vv

    20 0,56729 0,000752 0,030780

    25 0,65162 0,000763 0,026854

    interpolando:

    T Ps vl vv

    23 0,61789 0,000759 0,028424

    ( ) vl vxvxv ..1 +-= ( ) kgmv /0,024274028424,085,0000759,085,01 3=+-= _____________________________________________________________________________

    Exemplo 4. Refrigerante R-12 saturado a 0,7 MPa e ttulo de 85%. Calcular o volume especfico

    mdio.

    Da tabela B.3.1:

    T Ps vl vv

    25 0,65162 0,000763 0,026854

    30 0,74490 0,000774 0,023508

  • Captulo 3 Propriedades de uma Substncia Pura

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    3-6

    interpolando:

    T Ps vl vv

    0,7 0,000769 0,025118

    ( ) vl vxvxv ..1 +-= ( ) kgmv /0,021466025118,085,0000769,085,01 3=+-= _____________________________________________________________________________

    As tabelas de vapor saturado tambm podem ser usadas para determinar o estado

    termodinmico de uma substncia pura.

    _____________________________________________________________________________

    Exemplo 5. Seja gua a 60oC e a 25kPa. Determine o estado.

    Da tabela de vapor saturado (B.1.1), temos para 60oC a presso Ps de 19,940kPa. Como sPP >

    para a temperatura, ento o estado de lquido comprimida.

    _____________________________________________________________________________

    Exemplo 6. Seja gua a 80oC e a 47,39kPa. Determine o estado.

    Da tabela de vapor saturado (B.1.1), temos para 80oC a presso Ps de 47,39kPa. Como sPP =

    para a temperatura, ento o estado saturado.

    _____________________________________________________________________________

    Exemplo 7. Seja gua a 50oC e a 5kPa. Determine o estado.

    Da tabela de vapor saturado (B.1.1), temos para 50oC a presso Ps de 12,349kPa. Como sPP <

    para a temperatura, ento o estado superaquecido.

    _____________________________________________________________________________

    Exemplo 8. gua a 250oC e presso de 0,5 MPa. Calcular o volume especfico mdio.

    Da tabela B.1.1, para 250oC tem-se Ps = 3,973 MPa. Como sPP < , o estado de vapor

    superaquecido. Da tabela de vapor superaquecido, v = 0,4744 m3/kg.

    _____________________________________________________________________________

    Exemplo 9. gua a 320oC e presso de 2,5 MPa. Calcular o volume especfico mdio.

    Da tabela B.1.1, para 320oC tem-se Ps = 11,274 MPa. Como sPP < , o estado de vapor

    superaquecido. Da tabela de vapor superaquecido, para a presso de 2,5 MPa:

    T v

    300 0,0989

    350 0,10976

  • Captulo 3 Propriedades de uma Substncia Pura

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    3-7

    Interpolando:

    T v

    320 0,10324

    _____________________________________________________________________________

    Exemplo 10. gua a 400oC e presso de 2,7 MPa. Calcular o volume especfico mdio.

    Da tabela B.1.1, verifica-se que a temperatura mxima para estado saturado de 374,14oC.

    Como sTT < , o estado de vapor superaquecido. Interpolando na tabela de vapor superaquecido

    (B.1.3), para a presso de 2,7 MPa tem-se v = 0,111804 m3/kg.

    _____________________________________________________________________________

    O procedimento o mesmo empregado para o vapor superaquecido. Entretanto, as tabelas no

    so comuns, ento, assume-se o valor das propriedades do lquido comprimido como sendo igual

    ao do lquido saturado na mesma temperatura.

    _____________________________________________________________________________

    Exemplo 11. gua a 100oC e presso de 5 MPa. Calcular o volume especfico mdio.

    Da tabela B.1.1, para 100oC tem-se Ps = 0,101 MPa. Como sPP > , o estado de lquido

    comprimido. Da tabela de lquido comprimido (B.1.4), para a presso de 5 MPa tem-se v =

    0,001041 m3/kg.

    _____________________________________________________________________________

    Exemplo 12. Refrigerante R-12 a 10oC e presso de 0,6 MPa. Calcular o volume especfico

    mdio.

    Da tabela B.3.1, para 10oC tem-se Ps = 0,42330 MPa. Como sPP > , o estado de lquido

    comprimido. Como no h tabela de lquido comprimido, utiliza-se a de vapor saturado (B.3.1):

    Para 10oC, v = vl = 0,000733 m3/kg.

    _____________________________________________________________________________

    3.6 Comportamento P - V - T dos Gases na Regio onde as Massas Especficas so

    Pequenas ou Moderadas

    Uma das formas de acumulao de energia a nvel molecular a energia potencial intermolecular.

    Esta forma de acumulao est relacionada com as foras que atuam entre as molculas.

    Quando a massa especfica baixa, e portanto a distncia mdia entre as molculas grande,

    considera-se que a energia potencial intermolecular pode ser desprezada. Nesta condio, o

    fluido denominado gs perfeito. A partir de observaes experimentais estabeleceu-se que o

  • Captulo 3 Propriedades de uma Substncia Pura

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    3-8

    comportamento P- V- T dos gases a baixa massa especfica dado, com boa preciso, pela

    seguinte equao de estado:

    TRnVP ... = TRnvP ... = onde kmolkg

    kg

    M

    mn

    /==

    n o nmero de kmois de gs, M a massa molecular, m a massa em questo, e R a constante

    universal dos gases. O valor de R

    KkmolkJ

    KkmolmkN

    KkmolmN

    R.

    3145,8.

    .3145,8

    ..

    5,8314 ===

    A escala de temperatura que deve ser utilizada a absoluta (escala de gs perfeito). Combinando

    as equaes e reordenando, obtemos

    TRmVP ... = TRvP .. = onde MR

    R =

    sendo R a constante para um gs particular. A tabela A.5 do Apndice fornece o valor de R para

    algumas substncias

    Exemplo 13. Determine a massa de ar contida numa sala de mmm 4106 quando a presso e

    a temperatura forem iguais a 100 kPa e 25C. Admita que o ar se comporta como um gs perfeito.

    Da Tabela A.5, tem-se R = 0,287 kNm/kgK . Deste modo,

    kgKkgKkNm

    mmkN

    TR

    VPm 5,280

    2,298/287,0240/100

    .. 32 =

    ==

    _____________________________________________________________________________

    Exemplo 14. Um tanque com capacidade de 0,5m3 contm 10 kg de um gs perfeito que

    apresenta peso molecular igual a 24. A temperatura no gs 25C. Qual a presso no gs?

    Primeiramente determina-se a constante do gs:

    kgKkNmkmolkg

    kmolKkNmMRR /34644,0

    /24/3145,8 ===

    O valor de P pode ento ser calculado:

    kPam

    KkgKkNmkg

    V

    TRmP 2066

    5,02,298/34644,010..

    3===

  • Captulo 4 Trabalho e Calor

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    4-1

    Captulo 4 - TRABALHO E CALOR

    4.1 Definio de Trabalho

    Em fsica, trabalho (aqui normalmente representado por W, do ingls work) uma medida da

    energia transferida pela aplicao de uma fora ao longo de um deslocamento. O trabalho de uma

    fora F pode calcular-se de forma geral atravs da seguinte integral de linha:

    =2

    1

    .dxFW

    onde F o vetor fora e x o vetor posio ou deslocamento.

    O trabalho um nmero real, que pode ser positivo ou negativo. Quando a fora atua na direo

    do deslocamento, o trabalho positivo, isto, existe energia sendo acrescentada ao corpo ou

    sistema. O contrrio tambm verdadeiro. Uma fora na direo oposta ao deslocamento retira

    energia do corpo ou sistema. Qual tipo de energia, se energia cintica ou energia potencial,

    depende do sistema em considerao.

    Como mostra a equao acima, a existncia de uma fora no sinnima de realizao de

    trabalho. Para que tal acontea, necessrio que haja deslocamento do ponto de aplicao da

    fora e que haja uma componente no nula da fora na direo do deslocamento. por esta

    razo que aparece um produto interno entre F e x.

    Esta definio vlida para qualquer tipo de fora independentemente da sua origem. Assim,

    pode tratar-se de uma fora de atrito, gravtica (gravitacional), eltrica, magntica, etc.

    Exemplo ilustrativo

    + -

    Motor eltrico

    Bateria

    Ps

    Fronteira do sistema

    (a)

    + -

    Motor eltrico

    Bateria

    Fronteira do sistema Peso

    Roldana

    (b)

    + -

    Motor eltrico

    Bateria

    Ps

    Fronteira do sistema

    (c)

  • Captulo 4 Trabalho e Calor

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    4-2

    Existe trabalho sendo desenvolvido em (a)? Se existe, o trabalho cruza a fronteira? Substituindo

    as ps por um sistema de roldana e peso (b), ao ser acionado o motor, o peso (se instalado

    convenientemente) ser elevado. Com isto, pode-se afirmar, baseando-se na definio de

    trabalho, que existe trabalho e que este est atravessando a fronteira do sistema.

    E em (c), com a mudana da fronteira do sistema, existe trabalho cruzando a fronteira? Em outras

    palavras, o fluxo de energia eltrica uma forma de trabalho? Se trabalho uma forma de

    energia, ento a resposta sim, em (c) o sistema tambm realiza trabalho.

    ATENO: No confundir trabalho com potncia

    4.2 Unidades de Trabalho

    A definio de trabalho envolve o levantamento (ou seja, deslocamento) de um peso. O trabalho

    de 1 joule (1 J) equivalente ao trabalho despendido para elevar de 1 m uma massa de 1 kg sob

    a ao de gravidade padro g de 9,80665 m/s2.

    mNJ .11 =

    Se o trabalho de 1 joule for realizado em 1 segundo, consumir a potncia de 1 watt.

    1WsJ

    1=

    4.3 Trabalho Realizado Devido ao Movimento de Fronteira de um Sistema Compressvel

    Simples Devido ao Movimento de Fronteira

    Processo

    quase

    esttico

    dL

    Presso

    APF .=

    Trabalho:

    dLAPW ..=d

    Considerando

    = WWd

    =2

    1

    .. dLAPW

  • Captulo 4 Trabalho e Calor

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    4-3

    Como dVdLA =. dVPW .=d

    ==-2

    1

    2

    1

    21 .dVPWW d

    1

    2

    a b V

    P

    Conforme o caminho ser o

    trabalho desenvolvido.

    Formas de Realizao de Trabalho em Sistemas

    a) Presso Constante

    Ex.: Cilindro + pisto mvel

    =-2

    1

    21 .dVPW

    =-2

    1

    21 dVPW

    ( )1221 VVPW -=- ___________________________________________________________________________

    b) Produto P.V constante

    Ex.: Bales

    =-2

    1

    21 .dVPW

    cteVP =. Vcte

    P =

    =-2

    1

    21 .1

    dVV

    cteW

    =-

    1

    221 ln. V

    VcteW

    11.VPcte = ou 11.VPcte =

    =-

    1

    21121 ln.. V

    VVPW

  • Captulo 4 Trabalho e Calor

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    4-4

    c) cteVP n =.

    cteVP n =. nn

    n VVP

    Vcte

    P 11.==

    ===-2

    1

    11

    2

    1

    112

    1

    21 .1

    ...

    . dVV

    VPdVVVP

    dVPW nn

    n

    n

    -- =2

    1

    1121 .. dVVVPWnn

    ( )

    ( )

    2

    1

    1

    1121 1..

    +-

    =+-

    - nV

    VPWn

    n

    ( )

    ( )( )

    ( )

    +-

    -+-

    =+-+-

    - 11..

    1

    1

    1

    21121 n

    Vn

    VVPWnn

    n

    ( )( ) ( )( )nn

    n

    VVn

    VPW --- --

    = 111

    211

    21 .1.

    ( )

    ( )( )

    ( )

    -

    -

    -

    =--

    - nVVP

    nVVP

    Wnnnn

    1..

    1.. 1111

    1211

    21

    como nn VPVP 2211 .. =

    ( )

    ( )( )

    ( )

    -

    -

    -

    =--

    - nVVP

    nVVP

    Wnnnn

    1..

    1.. 1111

    1222

    21

    ( )nVPVP

    W--=- 1

    .. 112221

    4.4 Sistemas que Envolvem Trabalho Devido ao Movimento de Fronteira

    Barra, fio ou mola esticada

    F F

    L DL

    A fora que realiza o trabalho vem de fora da barra (alm da fronteira do sistema), portanto o

    sistema recebe trabalho (sinal negativo) :

    dLFW .-=d

    -=-2

    1

    21 .dLFW

  • Captulo 4 Trabalho e Calor

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    4-5

    =

    =

    es

    s

    E

    AF

    AF

    E =e. e..EAF =

    -=-2

    1

    21 .... ee dLEAW

    -=-2

    1

    21 .... ee dLEAW

    2...

    2

    21

    eLEAW -=-

    s

    e

    q

    Etg =q (mdulo de elasticidade)

    LLD=e

    LdL

    d =e edLdL .=

  • Captulo 5 - 1a lei da termodinmica

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    5-1

    Captulo 5 - 1a LEI DA TERMODINMICA: LEI DA CONSERVAO DA ENERGIA

    5.1 Primeira Lei da Termodinmica para um Sistema Percorrendo um Ciclo

    Em qualquer ciclo percorrido pelo sistema:

    = WQ integral cclica do calor = integral cclica do trabalho

    5.2 Primeira Lei da Termodinmica para uma Mudana de Estado em um Sistema

    1

    2

    P

    V

    A B

    C

    Em um ciclo, estado 1 estado 2 estado 1

    Ciclo A / B +=+B

    B

    A

    A

    B

    B

    A

    A

    QQWW1

    2

    2

    1

    1

    2

    2

    1

    Ciclo A / C +=+C

    C

    A

    A

    C

    C

    A

    A

    QQWW1

    2

    2

    1

    1

    2

    2

    1

    Ciclo A / B Ciclo A / C -=-C

    C

    B

    B

    C

    C

    B

    B

    QQWW1

    2

    2

    1

    1

    2

    2

    1

  • Captulo 5 - 1a lei da termodinmica

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    5-2

    ( ) ( ) -=-C

    C

    B

    B

    QWQW1

    2

    1

    2

    A quantidade ( QW - ) igual para qualquer caminho, depende somente dos estado

    inicial e do final.

    No funo de linha, funo de ponto.

    Quando a diferencial de uma funo independe do caminho percorrido, dizemos por definio que

    uma diferencial de uma propriedade do sistema.

    EWQ =-

    onde E energia do sistema

    WEQ +=

    211221 -- +-= WEEQ

    calor transferido para o sistema = diferena entre valor inicial e final da energia do sistema + trabalho realizado pelo sistema.

    Onde

    UEPECE ++=

    dUdEPdECdE ++=

    EC e EP dependem das coordenadas, enquanto U representa as demais formas de energia do

    sistema.

    Energia cintica: ( )212212 .21 VV -=-= mECECdEC ateno: neste caso, V velocidade

    Energia potencial: ( )1212 .. ZZgmEPEPdEP -=-=

    5.3 Energia Interna

    U energia interna total [J]

    u energia interna especfica [J/kg]

    A energia interna uma propriedade independente da substncia pura; portanto presso e u

    definem o estado da substncia.

  • Captulo 5 - 1a lei da termodinmica

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    5-3

    A energia interna associada com a agitao (movimento) das molculas e outras formas de

    energia e molecular ou atmica (emisso de ftons, reaes qumicas, etc). No caso de

    substncias puras isoladas, associada principalmente com a agitao das molculas, e

    tabelada:

    vvll umumum ... +=

    mum

    mum

    u vvll.. +=

    ( ) vl uxuxu ..1 +-= ou lvl uxuu .+=

    5.5 Entalpia

    A entalpia uma relao conveniente entre presso, volume especfico e energia interna de uma

    substncia em uma determinada condio ou estado. Assim como o volume especfico e energia

    interna, tambm a entalpia tabelada em funo da temperatura e presso.

    vPuh .+= [J/kg]

    ( ) vl hxhxh ..1 +-= ou lvl hxhh .+=

    Observaes sobre Entalpia:

    Basicamente, a entalpia uma propriedade extensiva (...) conveniente criada para facilitar

    o equacionamento e racionalizao de problemas termodinmicos. Trata-se portanto de

    uma referncia indicativa do estado do sistema.

    Embora o raciocnio para comprovar a validade do conceito da entalpia se utilize de um

    processo a presso constante, a entalpia (assim como as propriedades que a formam)

    uma propriedade termodinmica e portanto uma funo de ponto. Em outras palavras, seu

    valor independe do processo, e sim do estado do sistema no instante considerado.

    5.6 Calor Especfico a Volume Constante e a Presso Constante

    vv T

    uC

    PP T

    hC

    Calor especfico: calor necessrio para elevar a temperatura de uma substncia em 1 grau

    centgrado ou Kelvin.

  • Captulo 5 - 1a lei da termodinmica

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    5-4

    12

    12

    TThh

    CP --= [cal/kgC]

    5.7 Energia Interna, Entalpia e Calor Especfico de Gases

    a)

    TRmVP ... = ou TRvP .. =

    vPuh .+=

    TRuh .+=

    dTRdudh .+=

    sabendo que dTCdh P .= dTCdu v.=

    dTRdTCdTC vP ... +=

    RCC vP =- ou seja, constante.

    b)

    PP T

    hC

    TCh P = . =-2

    1

    12 dTChh P

    onde 332

    210 ... qqq CCCCCP +++= 1000K=q

    tabela 6 em kJ/kg.K

    5.8 Equao da Primeira Lei em Termos de Fluxo

    WEPECUQ +D+D+D=

    Dividindo pelo tempo t t

    Wt

    EPt

    ECtU

    tQ

    +

    D+

    D+

    D=

    t

    Wt

    EPt

    ECtU

    tQ

    +

    D+

    D+

    D=

    Fluxo instantneo de calor Potncia

    variao instantneo de energia

  • Captulo 6 - 1a lei da termodinmica em volumes de controle

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    6-1

    Captulo 6 - 1a LEI DA TERMODINMICA EM VOLUMES DE CONTROLE

    Sero vistas equaes adequadas para a descrio de fenmenos com a utilizao de volume de

    controle, uma abordagem adequada para os casos onde existem escoamentos na fronteira do

    volume de controle.

    6.1 CONSERVAO DA MASSA E O VOLUME DE CONTROLE.

    O volume de controle um volume no espao que nos interessa para a anlise de um processo.

    A superfcie envolvente uma superfcie fechada denominada de superfcie de controle. Massa,

    calor e trabalho podem atravessar a superfcie de controle, e as propriedades da massa contida

    podem variar com o tempo.

    Fig 6.1: Diagrama esquemtico de um volume de controle mostrando

    transferncias e acumulaes de massa e energia

    Fig 6.2: Diagrama esquemtico de um volume de controle para a

    anlise da equao da continuidade

  • Captulo 6 - 1a lei da termodinmica em volumes de controle

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    6-2

    A taxa de variao da massa no volume de controle pode ser diferente de zero se a vazo de

    entrada em massa for diferente da vazo de sada:

    Taxa de variao = vazo entrada vazo sada

    ou

    -= secv mmdtdm

    &&..

    equao da continuidade

    Caso 1: Escoamento normal superfcie de controle com superfcie estacionria.

    O escoamento atravs de uma superfcie de controle pode ser representado por um escoamento

    que apresenta uma velocidade mdia ou por um escoamento que apresenta uma distribuio de

    velocidades na seo transversal de escoamento.

    Fig. 6.3: esquerda, velocidade mdia do escoamento, a direita, perfil de velocidade.

    Vazo em volume: == dAAV localVV.&

    Vazo em massa:

    ==== dAAVVm local

    mdiomdiomdio nnn

    rVV.

    .&

    &&

    Exemplo 1: Ar escoa no interior de um tubo de 0,2 m de dimetro, com velocidade uniforme de

    0,1 m/s, na temperatura de 25C e presso de 150 kPa. Determine a vazo em massa de ar.

    mdio

    Am

    n.V=&

    5705,0150000

    2,298287. ===p

    TRn m3/kg 03142,0

    42,0

    4

    22

    === pp dA m2

    0055,05705,0

    03142,01,0 ==m& kg/s

  • Captulo 6 - 1a lei da termodinmica em volumes de controle

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    6-3

    6.2 A PRIMEIRA LEI DA TERMODINMICA PARA UM VOLUME DE CONTROLE.

    211221 -- +-= WEEQ 212112 -- -=- WQEE

    WQdt

    dEsistema && -=

    Observe que na figura 6.4, calor, trabalho e fluxos de massa atravessam a superfcie de controle.

    A variao de energia no sistema causada pelas taxas de transferncia de energia nesta

    superfcie.

    Fig. 6.4: Diagrama de volume de controle para estudo da 1a lei da termodinmica.

    O fluido que atravessa a superfcie de controle transporta uma energia por unidade de massa

    (energia especfica):

    Zgue .21 2 ++= V

    ou Zghpe .21

    . 2 ++=+ Vn ao lembrar que n.phu -=

    Trabalho associado ao escoamento: mpVpdApFW &&& ...... n==== VV

    Exemplo 2: gua lquida (600 kPa e 10C) escoa numa tubulao de grande porte. Qual o

    trabalho para injetar 1 kg de gua na tubulao?

    Para injetar a gua na tubulao, necessrio sustentar uma presso de injeo ao menos igual

    da tubulao (600 kPa). Assim

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    6-4

    6001001,0600000.... ===== mpVpdVpW n J

    Expandindo o conceito da equao WQdt

    dEsistema && -= temos

    escoamentosseecvcvcv WememWQ

    dtdE &&&&& +-+-= ........

    ( )ssseeesseecvcvcv pmpmememWQdtdE

    nn ............ &&&&&& -+-+-=

    ( ) ( )sssseeeecvcvcv pempemWQdtdE

    nn .......... +-++-= &&&&

    ++-

    +++-= sssseeeecvcvcv ZghmZghmWQ

    dtdE .

    21..

    21. 22...... VV &&&&

    ++-

    +++-= sssseeeecvcvcv ZghmZghmWQ

    dtdE .

    21..

    21. 22...... VV &&&&

    Definindo o conceito de entalpia total como Zghhtotal .21 2 ++= V temos

    -+-= stotsetotecvcvcv hmhmWQdtdE

    ,,...... .. &&&&

    6.3 O PROCESSO EM REGIME PERMANENTE

    Para a utilizao da 1a lei da termodinmica no desenvolvimento de um modelo analtico

    adequado para a anlise da operao, em regime permanente (ou seja, desprezando as fases

    transitrias) de equipamentos como turbinas, compressores, bocais, caldeiras e condensadores,

    necessrio que sejam levantadas algumas hipteses simplificadoras:

    O estado da massa, as taxas de calor, trabalho e massa que atravessam a superfcie de

    controle no varia com o tempo.

    O sistema de coordenadas de referncia se movimenta quando o volume de controle se

    move.

    Assim:

    = se mm && e 0.. =dtdE cv

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    6-5

    portanto

    +++=

    +++ sssscveeeecv ZghmWZghmQ .2

    1..21. 2..

    2.. VV &&&&

    e no caso de somente um fluxo de entrada e um de sada do volume de controle:

    ssseee ZghwZghq .21

    .21 22 +++=+++ VV

    para m

    Qq cv

    &

    &..= e

    mW

    w cv&

    &..=

    6.4 EXEMPLOS DE PROCESSOS EM REGIME PERMANENTE

    TROCADOR DE CALOR

    Exemplo 6.3: Considere um condensador resfriado gua de um sistema de refrigerao de

    grande porte que utiliza R-134a como fluido refrigerante. O refrigerante entra no condensador a

    60C e 1 MPa e o deixa como lquido a 0,95 MPa a 35C. A gua de resfriamento entra no

    condensador a 10C e sai a 20C. Sabendo-se que a vazo de refrigerante igual a 0,2 kg/s,

    determine a vazo de gua de resfriamento neste condensador.

    Dois escoamentos cruzam as fronteiras, um de gua, outro de R-134a. Desprezam-se aqui as

    diferenas de energia potencial e cintica, e admite-se que o trabalho nulo e que a transferncia

    de calor unicamente atravs dos fluidos:

    +++=

    +++ sssscveeeecv ZghmWZghmQ .2

    1..21. 2..

    2.. VV &&&&

    = ssee hmhm .. && ( ) ( ) ( ) ( )

    asarsraearerhmhmhmhm .... &&&& +=+

    localizando os valores das entalpias nas tabelas, tem-se

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    6-6

    ( )( )

    ( )( ) 919,000,4295,83

    10,24989,4412,0 =

    --=

    --=

    ase

    rsera

    hh

    hhmm && kg/s

    BOCAIS

    Exemplo 6.4: Vapor dgua a 0,6 MPa e 200C entra num bocal isolado termicamente com

    velocidade de 50 m/s e sai com velocidade de 600 m/s, a presso de 0,15 MPa. Determine, no

    estado final, a temperatura do vapor.

    +++=

    +++ sssscveeeecv ZghmWZghmQ .2

    1..21. 2..

    2.. VV &&&&

    22

    21

    21

    ssee hh VV +=+

    232 5021

    101,285060021 +=+eh

    4,2671=eh kJ/kg

    Sabendo-se a presso e a entalpia, tem-se a temperatura do fluido, 111,37C.

    RESTRIES

    Exemplo 6.5: Consideremos o processo de estrangulamento em uma vlvula de expanso, ou

    atravs do tubo capilar, num ciclo de refrigerao por compresso de vapor. Neste processo, a

    presso do refrigerante cai da alta presso no condensador para a baixa presso no evaporador

    e, durante este processo, uma parte do lquido vaporiza. Suponha que o refrigerante seja amnia,

    entrando na vlvula de expanso com 1,5 MPa a 35C e que a presso de sada seja de 291 kPa.

    Considerando que o processo seja adiabtico, estime o ttulo do refrigerante ao entrar no

    evaporador.

    Estrangulamentos bruscos no introduzem mudanas grandes de velocidade (ao contrrio de

    estrangulamentos suaves, como bocais) e portanto a mudana de energia cintica desprezvel.

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    6-7

    22

    21

    21

    ssee hh VV +=+ se hh =

    Da tabela da amnia, he = 346,8 kJ/kg. Verificando a entalpia da amnia a 291 kPa, encontra-se

    que

    ( ) vslse hxhxh .1 +-= ( ) 8,1430.41,134.18,346 xx +-= %38,161638,0 ==x

    TURBINAS

    Exemplo 6.6: A vazo em massa de vapor de gua na seo de alimentao de uma turbina

    1,5 kg/s e o calor transferido na turbina, 8,5 kW. So conhecidos os seguintes dados:

    Entrada Sada Presso 2 MPa 0,1 MPa Temperatura 350C - Ttulo - 100% Velocidade 50 m/s 100 m/s Cota de referncia 6 m 3 m

    +++=

    +++ sssscveeeecv ZghmWZghmQ .2

    1..21. 2..

    2.. VV &&&& sendo 5,8.. -=cvQ& kW

    Das tabelas de vapor, he = 3137,0 kJ/kg e hs = 2675,5 kJ/kg

    kgkJZg

    kgkJ

    e

    e

    /059,0680665,9.

    /25,12501

    21 22

    ==

    ==V

    kgkJZg

    kgkJ

    s

    s

    /029,0380665,9.

    /0,521001

    21 22

    ==

    ==V

    ( ) ( ) ..029,00,55,26755,1059,025,131375,15,8 cvW&+++=+++- kWW cv 2,678.. =&

    Observaes:

    As variaes de energia potencial so normalmente desprezveis.

    Para velocidades menores que 20 m/s, a energia cintica tambm normalmente desprezvel.

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    6-8

    COMPRESSORES ROTATIVOS

    Exemplo 6.7: O compressor utilizado em uma indstria qumica alimentado com dixido de

    carbono a 100kPa a 280 K. A velocidade do escoamento na seo de alimentao baixa. A

    presso e a temperatura na seo de descarga do compressor so iguais a 1100 kPa e 500 K. O

    dixido de carbono deixa o compressor a 25 m/s e escoa para um ps-resfriador (aftercooler) que

    um trocador de calor. O dixido de carbono deixa o trocador de calor a 1100 kPa e 350 K.

    Sabendo-se que a potncia utilizada no acionamento do compressor 50 kW, determine a taxa

    de transferncia de calor no ps-resfriador.

    Pontos 1-2: Desprezando a variao de energia potencial, admitindo a velocidade no ponto 1

    como aproximadamente zero, e que o processo seja adiabtico,

    22221

    211 .2

    1.

    21

    ZghwZghq +++=+++ VV 2221 21 V++= hwh

    Empregando as tabelas, temos que

    22521

    52,401198 ++= w 8,203-=w kJ/kg

    mW

    w&

    = m&50

    8,203-=- 245,0=m& kJ/kg

    Pontos 2-3: Desprezando as variaes de energia cintica e potencial, tem-se:

    23 hhq -=

    Consultando as tabelas, 6,1435,4019,257 -=-=q kJ/kg

    2,356,143245,0. -=-== qmQ toresfriamen && kW

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    6-9

    CENTRAIS DE POTNCIA

    Exemplo 6.9: Considere a central de potncia mostrada a seguir. O fluido de trabalho utilizado no

    ciclo gua e so conhecidos os dados abaixo relacionados:

    Localizao Presso Temperatura ou ttulo

    Sada do gerador de vapor 2,0 MPa 300C Entrada da turbina 1,9 MPa 290C Sada da turbina, entrada do condensador 15,0 MPa 90% Sada do condensador, entrada da bomba 14,0 MPa 45C Trabalho da bomba = 4 kJ/kg

    Das tabelas:

    5,30231 =h kJ/kg 5,30022 =h kJ/kg 8,23613 =h kJ/kg

    5,1884 =h kJ/kg onde ( ) lv hxxhh -+= 13

    Determine:

    Calor transferido na linha de vapor entre o gerador de vapor e a turbina.

    Trabalho da turbina.

    Calor transferido no condensador.

    Calor transferido no gerador de vapor.

    Resolvendo:

    Calor transferido na linha de vapor entre o gerador de vapor e a turbina: Volume de controle

    envolvendo a tubulao entre o gerador de vapor e turbina.

    2222211

    21121 .2

    1.

    21

    ZghwZghq +++=+++ -- VV

    1221 hhq -=- 5,30235,300221 -=-q 0,2121 -=-q kJ/kg

    Trabalho da turbina: Volume de controle envolvendo a turbina.

    3233322

    22232 .2

    1.

    21

    ZghwZghq +++=+++ -- VV

    3322 hwh += - 8,23615,300232 -=-w 7,64032 =-w kJ/kg

    Calor transferido no condensador: Volume de controle envolvendo o condensador.

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    6-10

    4244433

    23343 .2

    1.

    21

    ZghwZghq +++=+++ -- VV

    4343 hhq =+- 8,23615,18843 -=-q 3,217343 -=-q kJ/kg

    Calor transferido no gerador de vapor: Volume de controle envolvendo o gerador de vapor.

    12

    1115525515 .2

    1.

    21

    ZghwZghq +++=+++ -- VV

    1515 hhq =+- 515 5,3023 hq -=-

    O valor da entalpia no ponto 5 determinado criando um volume de controle envolvendo a

    bomba.

    5454 --= whh ( ) 5,1920,45,1885 =--=h kJ/kg Com isto,

    28315,1925,302315 =-=-q kJ/kg

    SISTEMAS DE REFRIGERAO

    Exemplo 6.10: Considere o sistema de refrigerao mostrado a seguir.

    Este sistema emprega o refrigerante R-134a como fluido de trabalho. A vazo em massa do

    refrigerante no ciclo de 0,1 kg/s e a potncia consumida no compressor igual a 5,0 kW. As

    caractersticas operacionais do ciclo so:

    1001 =P kPa; 201 -=T oC; 8002 =P kPa; 502 =T

    oC; 303 =T oC; 0,03 =x %; 254 -=T

    oC

    Determine:

    O ttulo do refrigerante na seo de descarga do evaporador.

    A taxa de transferncia de calor no evaporador.

  • Captulo 6 - 1a lei da termodinmica em volumes de controle

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    6-11

    A taxa de transferncia de calor no compressor.

    Observao: Em anlises de sistemas de refrigerao, normalmente so desprezadas as

    variaes de energia cintica e potencial.

    Ttulo do refrigerante na seo de descarga do evaporador: Volume de controle envolvendo a

    vlvula de expanso.

    8,24134 == hh kJ/kg

    Sabendo-se que ( ) lv hxxhh -+= 1 , e com o auxlio dos dados da tabela, pode-se determinar o ttulo:

    345,0=x ou %5,34

    Taxa de transferncia de calor no evaporador: Volume de controle envolvendo o evaporador.

    ( ) ( ) 54,148,2412,3871,0. 41 =-=-= hhmQevaporador && kW

    Taxa de transferncia de calor no compressor: Volume de controle envolvendo o compressor.

    ( ) ( ) 21,00,52,3871,4351,0. 12 -=--=+-= compressorcompressor WhhmQ &&& kW

    6.5 PROCESSO EM REGIME UNIFORME

    So processos que envolvem escoamento varivel com o tempo, tais como o enchimento de

    tanques como lquido ou gs e esvaziamento dos mesmos.

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    6-12

  • Captulo 7 - Segunda lei da termodinmica

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    7-1

    Captulo 7 - SEGUNDA LEI DA TERMODINMICA

    A primeira lei da termodinmica estabelece que, para um sistema que efetua um ciclo, a integral

    cclica do calor igual integral cclica do trabalho. Entretanto, baseado em nossas experincias,

    sabemos que se um dado ciclo no viola a 1a lei, no est assegurado que este ciclo possa

    realmente ocorrer. Um ciclo somente ocorrer se tanto a 1a lei como a 2a forem satisfeitas.

    A diferena primordial entre a 1a e a 2a lei da termodinmica reside nas restries quanto s

    direes de fluxo de calor e trabalho. Em um sentido amplo, a 2a lei indica que todos os processos

    conhecidos ocorrem num certo sentido e no no oposto. Consome-se gasolina quando um carro

    sobe uma colina, mas o nvel de combustvel no ser restabelecido ao descer dela.

    7.1 Motores Trmicos e Refrigeradores.

    Observe a figura abaixo. Com a liberao do peso, as aletas giram e o gs se agita, elevando a

    temperatura; em pouco tempo o calor gerado transferido para o meio ambiente. Em outras

    palavras, realizou-se trabalho sobre o sistema e foi gerado calor do sistema para o meio

    circundante. Entretanto, sabemos que este ciclo no pode ser invertido; se aquecermos o gs, o

    peso no subir. A 1a lei no violada, e mesmo assim o ciclo no se completa.

    Gs

    W

    Gs

    Q

    Figura 7.1 Sistema percorrendo um ciclo que envolve calor e trabalho.

    Motor Trmico: um dispositivo que, operando segundo um ciclo termodinmico, ou seja,

    realizando um trabalho lquido positivo (o sistema realiza trabalho; se ele recebe-se trabalho, seria

    negativo) e trocando calor lquido positivo (o sistema recebe calor). A palavra lquido est neste

    caso no sentido de valor final, ou seja, somando todos os valores positivos e negativos ao longo

    do ciclo.

  • Captulo 7 - Segunda lei da termodinmica

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    7-2

    Nova Notao para Calor:

    HQ calor transferido para um sistema em um ponto de alta temperatura (ex.: chama de

    alimentao da caldeira).

    LQ calor transferido para um sistema em um ponto de baixa temperatura (ex.: calor

    retirado no condensador / trocador de calor em um sistema de gerao de potncia por

    vapor).

    QH

    QL

    W Bomba

    Caldeira

    Turbina

    Condensador

    Figura 7.4 Motor trmico constitudo por processos em regime permanente.

    Eficincia Trmica ou Rendimento Trmico: Em geral, eficincia definida como uma razo

    entre a energia pretendida de se obter (ou energia produzida, ou trabalho gerado) e o que a

    energia consumida pelo sistema para se manter em ciclo (calor transferido da fonte de alta

    temperatura):

    H

    LH

    Htermico Q

    QQQW -==h

    Normalmente sistemas de gerao de potncia de grande porte tem eficincia trmica entre 35 a

    50%, motores a gasolina, entre 30 a 35%, diesel, 35 a 40%, e motores de pequeno porte, 20%.

    Refrigeradores ou Bombas de Calor: O ciclo de refrigerao, mostrado abaixo, utiliza um fluido

    refrigerante (R-22 ou amnia por exemplo) o qual percorre um ciclo termodinmico. Transfere-se

    calor para o refrigerante no evaporador, onde presso e temperatura so baixas. O refrigerante

    recebe trabalho no compressor e transfere calor no condensador e transfere calor no

  • Captulo 7 - Segunda lei da termodinmica

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    7-3

    condensador, onde presso e temperatura so altas. A queda de presso ocorre quando o fluido

    escoa pela vlvula de expanso (estrangulamento brusco).

    QH

    QL

    Condensador

    Evaporador

    Compressor Vlvula de

    expanso ou tubo capilar

    W

    Figura 7.6 Ciclo de refrigerao elementar

    Eficincia de Refrigerador: Definida como a razo entre a energia pretendida de se obter (neste

    caso, energia absorvida pelo sistema) e o que a energia consumida pelo sistema para se manter

    em ciclo (neste caso, trabalho consumido):

    LH

    L

    QQQ-

    =b

    7.2 Segunda Lei da Termodinmica.

    Existem 2 enunciados clssicos para a 2a lei da termodinmica, conhecidos como enunciado de

    Kelvin-Planck (relacionado com motores trmicos) e enunciado de Clausius (relacionado com

    refrigeradores).

    Enunciado de Kelvin-Planck: impossvel construir um dispositivo que opere segundo

    um ciclo termodinmico e que no produza outros efeitos alm do levantamento de um

    peso e troca de calor com um nico reservatrio trmico.

    Enunciado de Clausius: impossvel construir um dispositivo que opere segundo um

    ciclo termodinmico e que no produza outros efeitos alm da passagem de calor de um

    corpo frio para um corpo quente.

  • Captulo 7 - Segunda lei da termodinmica

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    7-4

    Reservatrio Trmico: um corpo que nunca apresenta variao de temperatura mesmo

    estando sujeito a transferncias de calor. Exemplo: Oceano, atmosfera.

    Enunciado de Kelvin-Planck - Conseqncias

    Este enunciado estabelece que impossvel construir um motor trmico que opere

    segundo um ciclo que receba uma determinada quantidade de calor de um corpo em alta

    temperatura e produza uma igual quantidade de trabalho.

    Um ciclo somente pode produzir trabalho se estiverem envolvidos dois nveis de

    temperatura e o calor for transferido do corpo a alta temperatura para o motor trmico e

    tambm do motor trmico para o corpo de baixa temperatura.

    Isto significa que impossvel construir um motor trmico que apresente eficincia trmica

    de 100%.

    Enunciado de Clausius - Conseqncias

    Este enunciado est envolvido com o refrigerador ou bomba de calor, e estabelece que

    impossvel construir um refrigerador que opera sem receber trabalho.

    Isso tambm significa que o coeficiente de desempenho sempre menor do que infinito.

    7.3 O Processo Reversvel

    Processo Irreversvel: Seja o sistema da figura 7.12. Considere o gs como sistema.

    Inicialmente, a presso no gs alta e o pisto est imobilizado com um pino. Quando o pino

    removido, o pisto sobe e se choca com os esbarros. Algum trabalho realizado pelo sistema,

    pois o pisto foi levantado. Admitindo-se ento restabelecer o estado inicial. Exerce-se uma

    presso sobre o mbolo at que o pino possa ser colocado de volta. A presso deve,

    naturalmente, ser maior que a interna, para que o mbolo retorne. Deste modo, o trabalho

    realizado sobre o mbolo ser maior que o realizado pelo mbolo! Assim, uma certa quantidade

    de calor deve ser perdida para o ambiente para que o gs retorne condio inicial de energia

    interna, o que muda o meio circundante. Este processo portanto irreversvel pois ele no pode

    ser invertido sem provocar uma mudana no meio.

  • Captulo 7 - Segunda lei da termodinmica

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    7-5

    Gs

    Processo inicial Processo inverso

    Trabalho

    -Q

    Figura 7.12 Exemplo de processo irreversvel

    Processo Reversvel: definido como aquele que, tendo ocorrido, pode ser invertido e depois

    de realizada a inverso, no se notar vestgio no sistema ou no meio.

    Seja o sistema apresentado na figura 7.13. Deslizando-se os pesos um a um da plataforma do

    mbolo para a plataforma lateral, o gs expande e eleva o mbolo, realizando trabalho. Para

    inverter o processo, os pesos so deslizados da plataforma lateral para a plataforma do mbolo. A

    medida que a quantidade de pesos for aumentada e cada peso individual diminudo, menos

    trabalho ser consumido para desloca-los e portanto o processo se aproximar de um processo

    reversvel.

    Figura 7.13 Exemplo de um processo que se aproxima do reversvel.

    7.4 Fatores que Tornam Irreversvel um Processo

    Atrito

    Expanso no resistida

    Transferncia de calor

    Histerese

    etc.

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    7-6

    7.5 O Ciclo de Carnot

    Se no possvel obter um motor com 100% de eficincia, qual a mxima eficincia que pode

    ser alcanada?

    Seja um motor trmico reversvel que recebe calor de um reservatrio trmico a alta

    temperatura e rejeita calor para um de baixa temperatura (figura a seguir), utilizando uma

    substncia termodinamicamente pura tal como a gua.

    O ciclo de Carnot, independentemente da substncia de trabalho, tem sempre 4 processos

    bsicos:

    Um processo isotrmico reversvel, no qual calor transferido do reservatrio de alta

    temperatura para o sistema (ou para o contrrio, isto , como o processo reversvel,

    poderia estar sendo transferido calor do sistema para o reservatrio de alta temperatura)

    Um processo adiabtico reversvel, no qual a temperatura de fluido de trabalho diminui

    desde a do reservatrio em alta temperatura at a do outro reservatrio.

    Um processo isotrmico reversvel, no qual calor transferido para o reservatrio de baixa

    temperatura (ou transferido do reservatrio de baixa temperatura).

    Um processo adiabtico reversvel, no qual a temperatura do fluido de trabalho aumenta

    desde a do reservatrio de baixa temperatura at o de alta.

    QH

    QL

    W Bomba

    Caldeira

    Turbina

    Condensador

    Reservatrio a alta temperatura

    Reservatrio a baixa temperatura

    Figura 7.18 Exemplo de um motor que opera segundo um ciclo de Carnot

  • Captulo 7 - Segunda lei da termodinmica

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    7-7

    7.7 A Escala Termodinmica de Temperatura

    Equao de Kelvin

    L

    H

    L

    H

    TT

    QQ =

    Rendimento trmico de um ciclo de Carnot

    H

    L

    H

    Ltermico T

    TQQ -=-= 11h

  • Captulo 8 - Entropia

    Termodinmica Prof. Fernando Porto Depto. Mecnica - UNITAU

    8-1

    Captulo 8 - ENTROPIA

    Uma vez estabelecida a 1a lei da termodinmica para ciclos, foi ento definida uma propriedade, a

    energia interna, que possibilita usar quantitativamente a 1a lei em processos. Analogamente, foi

    estabelecida uma 2a lei para um ciclo, e neste captulo ser verificado que a 2a lei leva a uma

    outra propriedade, a entropia, a qual possibilita aplicar quantitativamente a 2a lei em processos.

    Energia e entropia so conceitos abstratos que foram idealizados para auxiliar a descrio de

    determinadas observaes experimentais.

    8.1 Desigualdade de Clausius

    Esta desigualdade vlida para processos reversveis e irreversveis:

    0TQd

    = meiosist SSTT dd

    Para 00 +> meiosist SSTT dd Nunca menor que zero!

    Quando um sistema isolado, como 0+ meiosist SS dd mas 0=meioSd ento 0sistSd

    8.10 Variao da Entropia em um Gs Perfeito

    Primeiro recorda-se que

    dTcdu v .0=

    dTcdh p .0=

    TRvp .. = vR

    Tp =

    pR

    Tv =

    dvpdudsT .. +=

    dvTp

    Tdu

    ds .+=

    dvvR

    dTTc

    ds v ..0 +=

    +=-2

    1

    2

    1

    012 .. dvv

    RdT

    Tc

    ss v

    dpvdhdsT .. -=

    dpTv

    Tdh

    ds .-=

    dppR

    dTT

    cds p ..0 -=

    -=-2

    1

    2

    1

    012 .. dpp

    RdT

    T

    css p

    -

    =-

    +

    =-

    1

    2

    1

    2012

    1

    2

    1

    2012

    ln.ln.

    ln.ln.

    ppR

    TTcss

    vv

    RTT

    css

    p

    v

    No caso da variao de entropia for nula, 012 =- ss

  • Captulo 8 - Entropia

    Termodinmica Prof. Fernando Porto Depto. Mecnica - UNITAU

    8-6

    0ln.ln.1

    2

    1

    20 =

    -

    pp

    RTT

    cp

    =

    1

    2

    1

    20 ln.ln. p

    pR

    TT

    cp

    s que 0

    0

    v

    p

    c

    ck = onde k a razo entre calores especficos

    assim

    k

    vv

    pp

    =

    2

    1

    1

    2 e k

    k

    pp

    TT

    1

    1

    2

    1

    2

    -

    =

    o que leva a

    ctevp k =. para processos isoentrpicos

    Esta equao vlida para processos adiabticos (sem troca de calor com o meio) e reversveis

    que envolvam gases perfeitos com calor especfico constante.

    8.11 PROCESSO POLITRPICO REVERSVEL PARA UM GS PERFEITO

    Quando um gs realiza um processo reversvel no qual h transferncia de calor, o processo

    freqentemente ocorre de modo que a curva Vp loglog uma linha reta. Isto est mostrado na

    figura a seguir e para tal processo, cteVp n =. .

    Figura 8.17: Exemplo de processo politrpico

    Este processo chamado de politrpico, e um exemplo a expanso dos gases de combusto

    no cilindro de uma mquina alternativa refrigerada a gua.

  • Captulo 8 - Entropia

    Termodinmica Prof. Fernando Porto Depto. Mecnica - UNITAU

    8-7

    nnn VpVpcteVp 2211 ... ===

    ( )

    =

    =

    =

    --

    1

    2

    1

    1

    1

    2

    1

    2

    2

    1

    1

    2

    nn

    n

    n

    VV

    pp

    TT

    VV

    pp

    como =-1

    2

    21 .dVpW e cteVpn =.

    =-1

    2

    21 .1

    . dVV

    cteW n

    ( )12112221 1.

    1TT

    nRm

    nVpVp

    W --

    =--=- vlido para todo n 1

    Seja a figura a seguir, a respeito de vrios processos politrpicos. Os valores de n so:

    processo isobrico n = 0 p = constante

    processo isotrmico n = 1 T = constante

    processo isoentrpico n = k s = constante

    processo isocrico n = v = constante

    Figura 8.18: Processos politrpicos nos diagramas p v e T s.

  • Captulo 11 Ciclos Motores e de Refrigerao

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    11-1

    Captulo 11 CICLOS MOTORES E DE REFRIGERAO

    11.2 Ciclo Rankine

    Ciclo vapor ideal

    Rendimento:

    H

    BT

    H

    G

    QWW

    QW -==h

    turbina

    condensador

    gerador de

    vapor

    WT

    -WB

    QH

    gua de resfriamento

    fria

    aquecida

    Exemplo 11.1: Qual o rendimento para um sistema vapor como o ilustrado acima, que trabalhe

    com 2 MPa na regio de alta presso e 10 kPa na regio de baixa presso? Qual a potncia

    realmente gerada? Considere a ocorrncia de vapor saturado na sada da caldeira com fluxo de

    massa m& .

    1a Etapa Bomba: Entrada: lquido saturado, presso de 10 kPa.

    Sada: gua na presso de 2 MPa.

    Em um processo ideal, em equipamentos com entrada ou sada de trabalho, a entropia

    constante (2a lei da termodinmica): 21 ss =

    na entrada:

    = kPaPsaturadoliq

    10

    .

    1

    1

    1

    s

    v

    h

    na sada:

    ==

    MPaP

    ss

    212 { 2h

    12 hhwB -= BB wmW .&=

    ou, lembrando que quando s constante e admitindo o lquido incompressvel, = dPvw . ( )121. PPvwB -= BB wmW .&=

  • Captulo 11 Ciclos Motores e de Refrigerao

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    11-2

    2a Etapa Caldeira: Entrada: entalpia e presso conhecidas estado determinado.

    Sada: estado determinado (dado do problema).

    na entrada:

    = MPaPh

    22

    na sada:

    = MPaPsaturadovapor

    2

    .

    3

    3

    h

    s

    23 hhqH -= HH qmQ .&=

    3a Etapa Turbina: Entrada: estado determinado (dado do problema).

    Sada: presso conhecida

    Em um processo ideal, em equipamentos com entrada ou sada de trabalho, a entropia

    constante (2a lei da termodinmica): 43 ss =

    na entrada:

    = MPaPs

    h

    23

    3

    na sada:

    ==

    MPaP

    ss

    234 { 4h

    34 hhwT -= TT wmW .&=

    Como o fluido (vapor) no incompressvel, no podemos usar = dPvw . nesta etapa.

    4a Etapa Rendimento e potncia gerada:

    Rendimento: H

    BT

    H

    BT

    H

    G

    qww

    QWW

    QW -=-==h

    Potncia gerada: ( )BTBTG wwmWWW -=-= .&

    Neste exemplo, o rendimento recai em 30,3%.

  • Captulo 11 Ciclos Motores e de Refrigerao

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    11-3

    11.3 Efeitos da Variao de Presso e Temperatura no Ciclo Rankine

    Para aumentar o rendimento:

    Sada da turbina deve ser com a menor presso possvel de se obter.

    Aumento de presso na sada da caldeira.

    Superaquecimento do vapor na caldeira.

    Exemplo 11.2: Num ciclo de Rankine similar ao do exemplo 11.1, o vapor de gua deixa a

    caldeira a 4 MPa e 400C. A presso no condensador de 10 kPa. Determine o rendimento do

    ciclo.

    A resoluo deste exemplo obedece a mesma seqncia do exemplo anterior. Entretanto,

    observa-se que a presso na regio de alta presso, neste caso, o dobro da especificada

    anteriormente e a temperatura bem maior (vapor superaquecido). Assim, o rendimento h sobe de

    30,3% para cerca de 35,3%

    11.4 Ciclo Rankine com Reaquecimento

    Exemplo 11.4: Os seguintes dados so referentes instalao motora a vapor mostrada abaixo.

    turbina

    condensador

    gerador de

    vapor

    Aquecedor por gua de

    alimentao

    WT

    -WB1

    QS

    gua de resfriamento

    22C

    27C

    -WB2

    lquido

    vapor

    P [Pa] T [C] 1 0,4 MPa 2 3 4 5 4 MPa 400 6 10 kPa 7 8

    Fluxo de massa no ponto 5: m& kg/s

    O rendimento do sistema sobe para 37,5%.

  • Captulo 11 Ciclos Motores e de Refrigerao

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    11-4

    Exemplo 5: Os seguintes dados so referentes instalao motora a vapor mostrada abaixo.

    turbina

    condensador

    gerador de

    vapor

    aquecedor

    WT

    -WB1

    QS

    gua de resfriamento

    22C

    27C

    -WB2

    P [Pa] T [C]

    1 1,1 MPa 2 3 4 10 MPa 520 5 10 MPa 500 6 7,3837 kPa 7 8

    Fluxo de massa no ponto 5: 10 kg/s

    Estime: a) Potncia produzida pela turbina, b) vazo de gua de resfriamento,

    c) taxa de transferncia de calor no gerador de vapor, d) rendimento do sistema.

    Resoluo:

    Pontos de mesma presso:

    ========

    kPaPP

    MPaPPP

    MPaPPP

    3837,7

    1,1

    10

    76

    821

    543

    Pontos de mesma entropia:

    ==

    ==

    32

    17

    685

    ss

    ss

    sss

    Pontos no estado lquido saturado: A gua de resfriamento (entrada e sada), ponto 7 e ponto 2 (em toda entrada de bomba o fluido est SEMPRE na condio de lquido saturado). Ponto 5:

    Vapor superaquecido

    ==

    ==

    g6,5965kJ/k

    g3373,6kJ/k

    10

    500

    5

    5

    5

    5

    s

    h

    MPaP

    CT o leitura direta na tabela s5 = s6 = s8

    Ponto 6: Saturado

    ==

    ===

    784,0

    kJ/kg3,0542

    g6,5965kJ/k

    3837,7 6

    56

    6

    x

    h

    ss

    kPaP interpolao dados tabela B.1.1

  • Captulo 11 Ciclos Motores e de Refrigerao

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    11-5

    ( )( )slsv

    slsx

    --= hvxhlxh .).1( +-=

    Ponto 8: Vp superaq { g2800,8kJ/kg6,5965kJ/k

    1,18

    58

    8 =

    ===

    hss

    MPaP interpolao dados tabela B.1.3

    Entropia Entalpia 1,0 MPa 1,1 MPa 1,2 MPa 1,0 MPa 1,1 MPa 1,2 MPa 6,5864 k1 6,5233 2778,1 k3 2784,8 6,5965 h8 6,6939 k2 6,5898 2827,9 k4 2815,9

    ( )

    ( )2

    6939,65898,62

    25864,65233,6

    1

    +=

    +=

    k

    k

    ( )

    ( )2

    9,28279,28154

    21,27788,2784

    3

    +=

    +=

    k

    k

    Entropia Entalpia

    k1 k3 6,5965 h8

    k2 k4

    ( )( ) ( ) 44321

    25965,68 kkk

    kk

    kh +-

    --=

    Ponto 7: Liq saturado }

    =

    ==

    =

    C

    s

    h

    PaPo40T

    kJ/kg5724,0

    7,54kJ/kg61

    k3837,7

    7

    7

    7

    7 leitura direta na tabela s7 = s1

    Ponto 1: Liq comprim

    =

    =

    ===

    CT

    kgkJh

    kgkJss

    MPaPo03,40

    /63,168

    /5724,0

    1,1

    1

    1

    71

    1 dados fornecidos.

    Ponto 2: Liq saturado }

    =

    ==

    =

    C

    s

    h

    MPaPo09,184T

    kJ/kg1791,2

    kJ/kg32,781

    1,1

    2

    2

    2

    2 leitura direta na tabela s2 = s3

    Ponto 3: Liq comprim

    =

    =

    ===

    CT

    kgkJh

    kgkJss

    MPaPo43,185

    /39,791

    /1791,2

    10

    1

    3

    23

    3 interpolao tabela B.1.2.

    Ponto 4: Vp superaq

    ==

    ==

    g6,6603kJ/k

    kg3424,39kJ/

    10

    520

    4

    4

    4

    4

    s

    h

    MPaP

    CT o interpolao tabela B.1.3.

    Fluxo de massa:

    ===

    +=+=

    skgm

    skgm

    skgm

    mhmhmh

    mmm

    /33,2

    /67,7

    /10

    8

    1

    2

    118822

    182

  • Captulo 11 Ciclos Motores e de Refrigerao

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    11-6

    Potncia na turbina: ( )565 hhmWT -= (aproximada)

    Potncia na bomba 1: ( )7111 hhmWB -=

    Potncia na bomba 2: ( )2322 hhmWB -=

    Calor no gerador: ( )342 hhmQH -=

    Rendimento: ( )( )

    H

    BBT

    QWWW 21 +-=h

    Fluxo gua refrigerao: ( )

    ( )liqsatliqsatR hhhhm

    m2227

    671

    --=

    Obs: a potncia da turbina est estimada de modo aproximado. Seria mais correto estimar por

    ( ) ( ) skJhhmhhmWT /11456866585 =-+-= P [Pa] T [C] h [kJ/kg] s [kJ/kg.K] 1 1,1 MPa 40,03 168,63 0,5724 2 1,1 MPa 184,09 781,32 2,1791 3 10 MPa 185,43 791,39 2,1791 4 10 MPa 520 3424,39 6,6603 5 10 MPa 500 3373,6 6,5965 6 7,3837 kPa 40 2054,3 6,5965 7 7,3837 kPa 40 167,54 0,5724 8 1,1 MPa 191,67 2800,8 6,5965 a) Potncia produzida pela turbina 11456 kW

    b) Vazo de gua de resfriamento 692 kg/s

    c) Taxa de transferncia de calor no gerador de vapor 26331 kW

    d) Rendimento do sistema 43,1 %

  • Captulo 11 Ciclos Motores e de Refrigerao

    Termodinmica Depto Mecnica UNITAU Prof. Dr. Fernando Porto

    11-7

    Aquecedor de gua de Alimentao do Tipo Superfcie

    Figura 11.11: Arranjo esquemtico de um aquecedor de gua de

    alimentao do tipo superfcie.

    --=

    +=+

    =======

    a

    a

    ca

    C

    hhhh

    x

    hmxhmhmxhm

    mmmxm

    mmm

    TTT

    66

    23

    62326222

    6626

    234

    463 ......

    .

    &&&&

    &&&&

    &&&

    Vantagens:

    Menor custo

    Melhor transferncia de calor

    Figura 11.12: Diagrama de uma instalao real.

  • Tabelas de converso de unidades A1-1

    TABELAS DE CONVERSO DE UNIDADES A1.1 TABELAS DE FATORES DE CONVERSO DE UNIDADES Tabela A1-1: Converso de unidades inglesas de comprimento, para unidades SI correspondentes. Para converter de

    para multiplique por

    jardas (yd) metro (m) 0, 914 4 ps (ft) metro (m) 0, 304 8 polegada (in) metro (m) 0, 025 4 milha terrestre quilmetro (km) 1, 610 milha nutica quilmetro (km) 1, 853 Tabela A1-2: Converso de unidades inglesas ou usuais de rea, para unidades SI correspondentes. Para converter de

    para multiplique por

    acre quilmetro quadrado (km2) 0, 004 047 hectare quilmetro quadrado (km2) 0, 01 jarda quadrada (yd2) metro quadrado (m2) 0, 836 13 polegada quadrada (in2) metro quadrado (m2) 0, 000 645 2 p quadrado (ft2) metro quadrado (m2) 0, 092 9 milha quadrada quilmetro quadrado (km2) 2, 59 Tabela A1-3: Converso de unidades inglesas de volume e de capacidade, para unidades SI correspondentes.* Para converter de

    para multiplique por

    Barril (EUA) litros (l) 115, 63 Barril (Inglaterra) litros (l) 163, 66 Barril de Petrleo (EUA) litros (l) 158, 98 galo (EUA) metro3 (m3) 0, 003 785 galo (EUA) litros (l) 3, 785 galo (Inglaterra) metro3 (m3) 0, 004 545 9 galo (Inglaterra) litros (l) 4, 545 9 gill litros (l) 0, 142 06 ps3 metro3 (m3) 0, 028 32 ps3 litros (l) 28, 32 pint (EUA) litros (l) 0, 473 164 pint (Inglaterra) litros (l) 0, 568 245 pol3 metro3 (m3) 0, 000 016 39 pol3 litros (l) 0, 016 39

    * Obs.: Na tabela A1-3, o litro (l) empregado como um nome especial para o decmetro cbico, dm3. Entretanto, o seu uso para medidas tcnicas de preciso no recomendvel.

  • Tabelas de converso de unidades A1-2

    Tabela A1-4: Converso de unidades inglesas de massa , para unidades SI correspondentes. * Para converter de

    para multiplique por

    libra-massa avoirdupois (lbm) quilograma (kg) 0, 454 libra-massa troy quilograma (kg) 0, 373 241 ona avoirdupois (oz) quilograma (kg) 0, 028 35 ona troy quilograma (kg) 0, 031 103 5 slug quilograma (kg) 14, 6 Tabela A1-5: Converso de unidades inglesas ou usuais de fora , para unidades SI correspondentes. Para converter de

    para multiplique por

    dina newton (N) 0, 000 01 kilograma-fora (kgf) newton (N) 9, 807 libra-fora (lbf) newton (N) 4, 45 poundal newton (N) 0, 138 3 Tabela A1-6: Converso de unidades inglesas ou usuais de presso, para unidades SI correspondentes. Para converter de

    para multiplique por

    atmosfera (atm) pascal (Pa) 101 300, 0 bar pascal (Pa) 100 000, 0 dina/cm2 pascal (Pa) 0, 1 libra-fora/p2 pascal (Pa) 47, 88 libra-fora/pol2 (psi) pascal (Pa) 6 895, 0 milmetros Hg (mm Hg) pascal (Pa) 133, 3 polegada H2O (pol H2O) pascal (Pa) 249, 0 polegada Hg (pol Hg) pascal (Pa) 5, 248 quilograma-fora/cm2 (kgf/cm2) pascal (Pa) 98 066, 5 torr pascal (Pa) 133, 3 Tabela A1-7: Converso de unidades inglesas de trabalho, energia , calor , para unidades SI correspondentes. Para converter de

    para multiplique por

    caloria (cal) joule (J) 4, 186 unidade trmica inglesa (BTU) joule (J) 1055, 0 Watt-hora (Wh) joule (J) 3600, 0 cavalo vapor-hora (CVh) kilojoule (kJ) 2 684, 525 horse power-hora (HPh) kilojoule (kJ) 2 647, 796 p . libra-fora (ft.lbf) joule (J) 1, 356 kilograma-fora . metro (kgf.m) joule (J) 9, 80665 * Todas as unidades derivadas inglesas so do sistema USCS; isto indica o uso da libra massa avoirdupois e no o slug. O quilograma no uma unidade de fora, mas muitas vezes usado como tal. Um quilograma-fora significa que a massa de um quilograma sofre a fora de 9,807 newtons sob a ao da gravidade padro (g = 9,807 m/s). O poundal a denominao especial da libra massa p/segundo2 (lbm.p/s2) O pascal a denominao especial do newton/metro2 (N/m2).

  • Tabelas de converso de unidades A1-3

    Tabela A1-8: Converso de unidades inglesas de potncia , para unidades SI correspondentes. Para converter de

    para multiplique por

    BTU/s kilowatt (kW) 1, 054 8 cavalo vapor (CV) kilowatt (kW) 0, 735 497 horsepower (HP) kilowatt (kW) 0, 746 kcal/s kilowatt (kW) 4, 185 p . libra-fora/segundo watt (W) 1, 35 Tabela A1-9: Converso de unidades inglesas de velocidade , para unidades SI correspondentes. Para converter de

    para multiplique por

    quilmetros horrios (km/h) metro/segundo (m/s) 0, 277 8 milhas horrias (mile/h) metro/segundo (m/s) 0, 447 ns (USA)* metro/segundo (m/s) 0, 514 4 ps/segundo (ft/s) metro/segundo (m/s) 0, 304 8 A1.2 FRMULAS DE CONVERSO DE UNIDADES DE TEMPERATURA

    5

    2739

    3245

    -=-== KFRCoo