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RESERVADO
RESERVADO
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE ENSINO DA AERONÁUTICA
CENTRO DE INSTRUÇÃO E ADAPTAÇÃO DA AERONÁUTICA
ARMAMENTO, MUNIÇÃO E TIRO - AMT
CFOE, EAOF, EAOT, EIAC, CAMAR CADAR, CAFAR E EAOEAR
RESERVADO
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RESERVADO
PREFÁCIO
A presente apostila foi elaborada pelo Maj. Esp. Arm. Marcos Juarez Lopes dos Santos e
pelo Ten. Esp. Arm. Alex Luis de Araújo, instrutores da disciplina Armamento, Munição e Tiro –
AMT, ministrada nos diversos Cursos e Estágios do Centro de Instrução e Adaptação da
Aeronáutica e possui classificação RESERVADA.
Tem como finalidade oferecer aos instruendos noções básicas de armamento e teoria de tiro
para condicioná-los aos exercícios práticos de tiro, bem como apresentar as principais armas e
munições empregadas nas atividades de serviço da Força Aérea Brasileira. Os assuntos são
desenvolvidos de maneira simples e objetiva, o que permite uma rápida assimilação. Os capítulos,
breves e estanques, facilitam a compreensão do todo, uma vez que proporcionam claro
entendimento aos instruendos.
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Índice
Capítulo I - Introdução ------------------------------------------------------------------------------------ 03
Capítulo II – Regras de Segurança----------------------------------------------------------------------- 03
Capítulo III – Conceituações------------------------------------------------------------------------------ 04
Capítulo IV - Generalidades ------------------------------------------------------------------------------ 09
Capítulo V – Formas de indenização para Armas e/ou Munições avariadas, extraviadas
ou inutilizadas (Portaria R-288/GM3, de 4 de setembro de 1981) ---------------------------------- 16
Capítulo VI - Pistola Taurus PT-92 9 mm -------------------------------------------------------------- 19
Capítulo VII - Pistola Imbel M973 9 mm --------------------------------------------------------------- 28
Capítulo VIII - Fuzil Automático HK-33 5,56 mm --------------------------------------------------- 36
Capítulo IX – Espingarda Gáugio 12 -------------------------------------------------------------------- 51
Capítulo X – Programas de Instrução ------------------------------------------------------------------- 54
Capítulo XI - Instrução Geral e Preparatória para o Tiro (IGT / IPT)------------------------------- 55
Capítulo XII – Armamento de uso particular e de uso restrito no âmbito do Comando da
Aeronáutica (NSCA 136-1) ------------------------------------------------------------------------------- 68
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I - Introdução
Arma. Qualquer instrumento ou objeto, criado pelo homem, com a finalidade específica de ataque
ou defesa (para ferir, matar ou causar dano).
Exemplos: armas convencionais de choque
de corte
de fogo
Qualquer outro instrumento ou objeto utilizado para a prática de um delito, que origine os
efeitos de morte, ferimento ou outro dano, será considerado “utilizado como arma” e não como uma
arma propriamente dita, pois sua utilidade original não está ligada à utilidade de uma arma. Sob esta
ótica, uma faca de cozinha, por exemplo, não seria uma arma, pois a finalidade de sua construção
não seria a de matar, apesar de poder ser, eventualmente, utilizada como arma em um delito.
Arma de Fogo. É um instrumento que emprega a força expansiva dos gases gerados pela
combustão da pólvora de um cartucho, para lançar projéteis por meio de um cano.
Pistola Imbel M973 9 mm.
Exemplos - Pistola Taurus PT-92 9 mm.
Fuzil HK-33 5,56 mm.
II - Regras Básicas de Segurança com Armas de Fogo
Todo aquele que porta ou manuseia uma arma, ou que se dirige a um Estande de Tiro, tem a
obrigação de conhecer as Regras de Segurança, que são de observância indispensável:
Jamais aponte sua arma para alguém se não pretender atirar.
Esteja carregada ou não, imagine que a qualquer momento um tiro poderá sair do cano.
Até que você mesmo faça a inspeção, considere toda arma como carregada.
Jamais pergunte a alguém se uma arma está carregada ou descarregada, verifique você
mesmo.
Sempre inspecione a arma antes do manuseio ou transporte.
Jamais inspecione uma arma pela boca do cano.
Inspecione, pela parte posterior, o cano da arma e procure eventuais obstruções.
Conheça o funcionamento da arma que for manusear.
Mantenha a arma em perfeitas condições de uso.
Evitar quedas da arma.
Mantenha a arma fora do alcance de crianças e de pessoas não habilitadas.
Jamais deixe uma arma carregada ao alcance de alguém.
Jamais utilize uma arma ou munição descaracterizadas, use apenas a munição adequada
para cada arma.
Ao entregar uma arma para alguém, execute a verificação de segurança, mantenha a arma
aberta e gire-a de forma que o cano fique voltado para si, no ato da entrega.
Enquanto permanecer no Estande de Tiro, quando não estiver atirando, mantenha o revólver
com tambor aberto, a pistola com o ferrolho aberto e sem o carregador, o fuzil com a culatra
aberta e sem o carregador.
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Mantenha a arma perfeitamente limpa. Verifique, antes de executar o tiro, se o cano está
desobstruído, seco e sem resíduos de óleo.
Atire em alvos apropriados e nunca em objetos que possam causar ricochete.
Quando for praticar “tiro em seco” não se esqueça de inspecionar a arma e obedecer às
demais regras de segurança.
Quando um grupo de atiradores estiver executando tiro real, deve haver alguém (instrutor de
tiro), encarregado do controle dos mesmos, por mais experientes que eles sejam.
No posto de tiro, mantenha sempre o cano da arma, voltada para o plano de tiro (direção
dos alvos).
III – Conceituações
1) CANO
É um tubo inteiriço de aço especial que tem a finalidade de conter o cartucho, resistir à
deflagração e as pressões da carga propulsora, dirigir convenientemente o projétil da câmara até a
boca do cano da arma e orientar o projétil em seu movimento de rotação (nos canos raiados),
proporcionando uma maior estabilidade na trajetória até atingir o alvo.
2) BOCA DO CANO
É a parte anterior do cano.
3) ALMA
Parte interna da arma (câmara + cano), podendo ser lisa ou raiada (a câmara é sempre lisa).
4) CANOS
LISOS - Os canos lisos não têm raiamento e geralmente são utilizados em armas de caça.
RAIADOS - Canos raiados são aqueles que utilizam em seu interior um conjunto de ranhuras, nas
quais os projéteis se encaixam e deslizam. A esse conjunto de ranhuras dá-se o nome de raiamento.
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5) RAIAS
São sulcos helicoidais que se desenvolvem para a direita (destrógiras) ou para a esquerda
(sinistrógiras) guardando uma inclinação constante com a geratriz do cano. Possuem a finalidade de
imprimir ao projétil um movimento giratório, proporcionando um maior poder de penetração e uma
maior estabilidade durante sua trajetória.
6) CHEIOS
São os espaços compreendidos entre duas raias.
8) GÁUGIO OU ADARME
É o número de esferas de chumbo, de diâmetro igual ao diâmetro do cano e que perfazem o
peso de uma libra (453,6 g). Considerando-se a arma de Gáugio 12, isto significa que, se tomarmos
12 esferas de chumbo de diâmetro igual ao diâmetro do cano dessa arma, elas pesarão, em conjunto,
uma libra.
7) CALIBRE
É o diâmetro do cano tomado entre dois cheios opostos.
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9) FORÇAMENTO
É a diferença entre o diâmetro do projétil e o calibre da arma.
10) MUNIÇÃO
É todo item bélico, cuja utilização implica no seu consumo. Para armas de fogo,
normalmente apresenta-se sob a forma de cartucho, com as dimensões variando de acordo com o
calibre ou gáugio.
Tipos: convencionais, químicas, biológicas e radiológicas.
MUNIÇÕES CONVENCIONAIS
10.1 - CARTUCHO REAL - é o conjunto de componentes necessários para completar a cadeia do
fenômeno do tiro, reunidos em uma única unidade. É a unidade de contagem da munição integral.
Divide-se, basicamente, em quatro partes distintas: projétil, estojo, cápsula ou espoleta e
carga propulsora.
a) Projétil ou projetil: é a parte do cartucho que, no tiro, é impulsionada em direção ao alvo. É
chamado desta forma quando possui o núcleo inerte; quando explosivo, químico ou biológico,
denomina-se obus ou granada. O projétil é constituído de um núcleo com um revestimento de
metal amarelo (camisa de forçamento ou jaqueta). São classificados como: inertes, explosivos,
químicos e biológicos.
b) Estojo: é um recipiente de latão especial com formato próprio, onde os demais componentes do
cartucho se reúnem. Oferece proteção estanque à carga propulsora, e, quando deflagrado, dilata-se
na câmara, fazendo a obturação da culatra, isto é, impedindo o retorno de gases.
Culote: é a parte inferior do estojo, onde são impressas as iniciais do fabricante, ou ano de
fabricação. Possui, também, a seguinte subdivisão:
Alojamento da cápsula - é o orifício central do culote.
Gola - rebaixo que contorna o culote por onde as garras extratoras se fixam, para retirar o
cartucho ou estojo da câmara.
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Eventos - são orifícios existentes no alojamento da cápsula, por onde as chamas do misto
fulminante provocam a inflamação da carga propulsora.
Bigorna - é o ressalto metálico coniforme, existente no alojamento da cápsula, sobre o qual
o percussor vai provocar o atrito necessário à explosão da cápsula.
c) Cápsula ou Espoleta: é o ignitor da carga propulsora. Aloja-se no culote, no alojamento da
cápsula e compõe-se de um recipiente de metal e um misto fulminante.
d) Carga propulsora: é a porção de pólvora sem fumaça, misturada com grafite e outros
componentes. Fica dentro do estojo, sem enchê-lo completamente; pode ser granulada ou em
blocos, em geral há dois tipos de carga propulsora para munição de armas de porte e portáteis. A de
base simples (nitrocelulose) e a de base dupla (nitrocelulose e nitroglicerina).
CARTUCHO DE FOGO CENTRAL
CARTUCHO DE CAÇA
CARTUCHO DE FOGO CIRCULAR
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10.2 - CARTUCHO DE FESTIM – é o cartucho utilizado para simulação do tiro real. Contém
todos os elementos do cartucho real, exceto o projétil.
10.3 - CARTUCHO LANÇA GRANADA - é o cartucho utilizado para lançamento de granadas
através de fuzil. Contém todos os elementos do cartucho real, exceto o projétil.
10.4 - CARTUCHO DE MANEJO – é o cartucho utilizado para treinamento de manuseio
(municiamento, carregamento, extração e ejeção). Contém todos os elementos do cartucho real,
exceto a carga propulsora e a cápsula ou espoleta.
11) FENÔMENO DO TIRO
Quando o cartucho é percutido, dá-se em fração de segundos o seguinte processo:
a) O percussor se choca contra a espoleta;
b) A espoleta é prensada contra a bigorna;
c) A espoleta detona produzindo uma chama que passa através dos eventos;
d) A chama vai de encontro à pólvora/carga propulsora, iniciando a sua deflagração;
e) Os gases produzidos pela combustão da pólvora/carga propulsora atuam em todas as direções no
interior do cartucho, gerando pressões;
f) As pressões evoluem até o valor conhecido como Pressão de Forçamento – P0, atuando na base
do projétil, forçando-o a iniciar seu movimento;
g) O projétil se engraza nas ranhuras do raiamento e inicia seu movimento de rotação no interior do
cano em direção a boca do cano.
12) CADÊNCIA DE TIRO
É o número de disparos dados por uma arma automática em um minuto de tempo.
13) VELOCIDADE DE TIRO
É o número de disparos dados por uma arma semi-automática, de repetição, de tiro simples
ou mecânico em um minuto de tempo, incluindo o tempo gasto em colocar e retirar o carregador,
caso seja necessário, e carregar.
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14) QUOTA É o número total de cartuchos destinados ao exercício de cada atirador.
15) DOSAGEM
É o número de séries para tiro de rajada feito pelo atirador, dentro de sua quota.
16) CICLO DE TIRO
É o conjunto de todos os fenômenos que ocorrem entre dois tiros consecutivos executados
por uma arma, incluindo os mesmos. Todas as armas são capazes de executar ciclos de tiro.
17) INCIDENTE DE TIRO
É qualquer ocorrência indesejável sem vítima (dano pessoal) ou dano material no
armamento, com comprometimento do seu funcionamento; porém, sem ser necessária uma
manutenção que ocasione a troca de peças (pane).
18) ACIDENTE DE TIRO
É qualquer ocorrência existente durante uma execução prática de tiro, da qual derive algum
dano pessoal (ferimento ou morte) ou material.
19) OLHO DIRETOR
É o olho que possui maior acuidade visual.
20) VERIFICAÇÃO DE SEGURANÇA
É o conjunto de ações desenvolvidas para assegurar a condição de segurança de uma arma
de fogo ou do Estande de Tiro.
IV – Generalidades
OPERAÇÕES ESSENCIAIS PARA UTILIZAÇÃO DO ARMAMENTO
1) MUNICIAR
Ato de introduzir os cartuchos em seu depósito (carregador fixo, carregador móvel, tambor,
câmara, pente, etc.). É importante frisar que não é a arma que é municiada, e sim o seu depósito de
cartuchos específico.
2) ALIMENTAR
Ato de introduzir o depósito específico de cartuchos, devidamente municiado, na arma.
Nesta situação, um cartucho fica em condições de ser levado à câmara pelo movimento de avanço
do ferrolho, da culatra móvel ou similar.
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3) CARREGAR
Ato de introduzir um cartucho na câmara, condicionando a arma a efetuar um disparo.
PS - É importante observar que, em determinadas armas, os atos citados nos itens 1, 2 e 3
podem ocorrer combinados em um único manejo na arma.
Exemplo 1 = No revólver, ao se colocar um cartucho no tambor aberto, está se processando
combinadamente: o municiamento do tambor, a alimentação da arma e a 1ª fase do carregamento;
quando se fecha o tambor, está se processando a 2ª fase do carregamento da mesma.
Exemplo 2 = Nas armas de carregador fixo, quando se introduz um cartucho no mesmo, está
se processando combinadamente: o municiamento do carregador e a alimentação da arma. O
carregamento só ocorrerá quando for dado o “golpe” na arma (ato de recuar e avançar o ferrolho ou
a culatra da arma).
4) TRAVAR
Ato de impedir o funcionamento normal do mecanismo de disparo de uma arma, pela ação
de dispositivos próprios (registro de segurança ou trava).
FASES DO CICLO DE FUNCIONAMENTO DO ARMAMENTO
Extrair – Ato de retirar o estojo (ou cartucho) da câmara.
Ejetar – Ato de retirar o estojo (ou cartucho) da arma.
Armar – Ato de recuar o cão.
Desarmar – Ato de avançar o cão.
FUNDAMENTOS DO TIRO
Consideram-se fundamentos do tiro os conjuntos de fatores de responsabilidade do atirador
que têm influência decisiva na precisão dos disparos efetuados. Cabe ressaltar que o tiro de precisão
é a base para a instrução do tiro militar.
Principais fundamentos do tiro de precisão:
a) POSIÇÃO DE TIRO: situação adotada pelo o corpo do atirador para a realização do disparo;
b) EMPUNHADURA: maneira de sustentar a arma para o disparo;
c) VISADA: alinhamento entre o olho do atirador, o aparelho de pontaria e o alvo;
d) RESPIRAÇÃO: forma de efetuar os movimentos de ventilação durante a execução do disparo;
e) ACIONAMENTO DO GATILHO: ação do dedo indicador sobre a tecla do gatilho.
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ESTUDO DO MOVIMENTO E IMPACTO DOS PROJÉTEIS
1) TRAJETÓRIA
É a curva descrita pelo centro de gravidade do projétil durante o seu percurso.
2) ALCANCE MÁXIMO
É a maior distância que determinado projétil pode alcançar. É influenciado pelas
características do cartucho, pelo comprimento do cano da arma utilizada e pelo ângulo de disparo.
3) ALCANCE ÚTIL
É a distância na qual o projétil atinge com precisão um alvo de dimensões predeterminadas.
4) ALVO
Todo e qualquer ser ou objeto, animado ou inanimado, para o qual se aponta uma arma de
fogo e que se pretenda acertar.
5) ALÇA DE MIRA
Dispositivo situado na parte superior e intermediária ou posterior de uma arma. Destina-se,
quando corretamente alinhada à massa de mira, a fornecer ao disparo a direção desejada.
6) MASSA DE MIRA
Dispositivo situado na parte superior e anterior de uma arma. Destina-se, quando
corretamente alinhada com a alça de mira, a fornecer ao disparo a direção desejada.
7) LINHA DE MIRA
Linha imaginária que vai da alça de mira até a massa de mira da arma.
8) LINHA DE VISADA
Linha imaginária que vai da massa de mira da arma até o plano vertical do alvo.
9) FOTOGRAFIA, VISADA OU PONTARIA
É a imagem formada e vista pelo atirador, resultado do enquadramento correto da alça,
massa e alvo.
10) MIRAS
São dispositivos instalados em armas de fogo, que permitem a visada ou pontaria a um alvo
pré-determinado. Destinam-se a dar à arma a direção conveniente ao tiro. Podem ser mecânicas,
ópticas ou eletrônicas.
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11) GRUPAMENTO DE TIRO
É o conjunto de impactos válidos verificados sobre um alvo.
12) RETÂNGULO DE DISPERSÃO
É o retângulo que engloba, no mínimo, 80% dos impactos de um Grupamento de Tiro
válido. Caso o atirador erre mais de 20% dos tiros realizados, o grupamento de tiro não será válido.
13) PONTO MÉDIO (PM)
É o centro do Retângulo de Dispersão. É determinado pelo cruzamento de dois eixos
diagonais que dividem o Retângulo em quatro partes.
14) PONTO DE VISADA (PV)
É o ponto do alvo sobre o qual foi executada a pontaria.
15) PRECISÃO
É medida pelas dimensões do Retângulo de Dispersão. O tiro é tanto mais preciso quanto
mais reduzidas são essas dimensões.
16) REGULAGEM
Um tiro está regulado quando o ponto médio do Retângulo de Dispersão (PM) coincide com
o ponto de visada (PV).
17) JUSTEZA
Denominação dada ao tiro que é ao mesmo tempo preciso e regulado.
PS - As denominações de precisão, regulagem e justeza são expressas pela relação entre o
número de tiros dados e os que atingiram o alvo.
18) LINHA DE TIRO / LINHA DE PRONTO
Linha de Tiro é a linha demarcada no solo (vermelha) que limita a posição mais avançada do
atirador, durante a execução do tiro. Linha de Pronto (amarela) é a linha onde o atirador se prepara
para avançar até a Linha de Tiro.
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PRINCIPAIS TIPOS DE ARMAS DE FOGO
1) REVÓLVER
Arma curta, de porte, de cano com alma raiada. Possui baixa autonomia de fogo, acomoda o
cartucho em um tambor giratório, instalado atrás do cano e que serve de carregador, o qual contém
perfurações paralelas e equidistantes do seu eixo e que recebem a munição, servindo, também, de
câmara.
2) PISTOLA
Arma curta, de porte, de cano com alma raiada. Possui grande autonomia de fogo e
classifica-se quanto ao funcionamento como semi-automático, podendo, também, em alguns casos,
ser classificada como automático. Acomoda os cartuchos em carregador móvel.
3) ESPINGARDA
Arma longa, portátil, de cano com alma lisa. Classifica-se quanto ao funcionamento, como
de tiro simples (acomoda os cartuchos diretamente na câmara), repetição, semi-automático ou
automático. Acomoda os cartuchos em carregador móvel ou fixo.
4) CARABINA
Arma longa, portátil, de cano com alma raiada. Classifica-se quanto ao funcionamento,
como de repetição, semi-automático ou automático. Acomoda os cartuchos em carregador móvel ou
fixo.
5) FUZIL
Arma longa, portátil, de cano com alma raiada. Classifica-se quanto ao funcionamento,
como de repetição, semi-automático ou automático. Acomoda os cartuchos em carregador móvel ou
fixo.
6) RIFLE
Arma longa, portátil, de cano raiado. Classifica-se quanto ao funcionamento, como de
repetição, semi-automático ou automático. Acomoda os cartuchos em carregador móvel ou fixo.
7) METRALHADORA
Define-se como arma longa, automática, não portátil, de cano com alma raiada, de calibre
inferior a 20 mm, para uso exclusivo militar. Acomoda os cartuchos em fita, que podem ser
acondicionados em caixas especiais (cofres).
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8) SUBMETRALHADORA
Define-se como arma longa, automática, portátil, de cano com alma raiada, de calibre
inferior a 20 mm. Acomoda os cartuchos em carregador móvel.
9) CANHÃO
Define-se como arma longa, não portátil, de calibre igual ou superior a 20 mm, de
funcionamento: tiro simples, repetição, mecânico, semi-automático ou automático e com diversos
tipos de alimentação.
CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS DE FOGO
- Quanto ao funcionamento
- Quanto ao emprego
- Quanto à alimentação
Principais Classificações: - Quanto ao tipo
- Quanto ao princípio de funcionamento
- Quanto ao tipo de tiro
1) QUANTO AO FUNCIONAMENTO
1.1 TIRO SIMPLES - Arma que precisa ser aberta para carregamento e fechada para o disparo. O
atirador manuseia os cartuchos para o carregamento, e, na abertura de alguns modelos, ocorre a
ejeção dos estojos. Exemplos: Garrucha 0,22”, Espingarda de caça Gáugio 36 CBC.
1.2 REPETIÇÃO - São armas em que o atirador, após a realização de cada disparo, necessita
empregar sua força física sobre um componente do mecanismo (punho de manejo, telha ou
ferrolho) para deixá-la pronta para o disparo seguinte. Exemplo: Espingardas Gáugio 12 CBC e
BOITO.
1.3 MECÂNICO - Enquadram-se, nesta categoria, os revólveres, cujo acionamento do gatilho, para
cada disparo, recua o cão e alinha o tambor giratório com câmaras paralelas e equidistantes do seu
eixo central, posicionado atrás do cano, e que, por alojar a munição, serve de carregador. Exemplos:
Revólver 0,32” e Revólver 0,38”.
1.4 SEMI-AUTOMÁTICO - Arma que realiza todas as operações de funcionamento de forma
automática, com exceção do disparo, o qual requer o acionamento do gatilho. É a arma que dispara
e carrega a cada acionamento do gatilho. Exemplos: Pistola Taurus 9 mm, Pistola Imbel 9 mm.
1.5 AUTOMÁTICO - Arma em que o carregamento, disparo e todas as operações de
funcionamento ocorrem continuamente enquanto o gatilho estiver sendo acionado. É a arma que
carrega e dispara continuamente tiros com um único acionamento de gatilho.
Exemplos: metralhadoras (Browning 0,50”) , submetralhadoras (Taurus MT-12) e fuzis ( FZ HK
33).
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2) QUANTO AO EMPREGO
2.1 INDIVIDUAL - Arma cujo transporte e manuseio são realizados por um só indivíduo. O efeito
esperado de sua utilização é em proveito da defesa de um indivíduo. Exemplo: pistolas e rifles.
2.2 COLETIVA - Arma cujo transporte e manuseio são realizados por dois ou mais indivíduos. O
efeito esperado de sua utilização é em proveito da defesa de um grupo de indivíduos.
Exemplo: metralhadoras.
3) QUANTO À ALIMENTAÇÃO
3.1 ANTECARGA - Arma que se carrega pela boca do cano.
3.2 RETROCARGA - Arma que se carrega pela parte final posterior do cano.
4) QUANTO AO TIPO
4.1 DE PORTE - Arma de dimensões e peso reduzidos que pode ser portada por um indivíduo em
um coldre e disparada, comodamente e com eficácia, somente com uma das mãos.
Exemplos: revólveres, pistolas e garruchas.
4.2 PORTÁTIL - Arma de dimensões e peso não reduzidos que pode ser transportada por um só
indivíduo com o auxílio de bandoleira e disparada, comodamente e com eficácia, com duas mãos.
Exemplos: fuzis, carabinas, espingardas e submetralhadoras.
4.3 NÃO PORTÁTIL - Arma que, devido às suas grandes dimensões ou ao seu peso elevado, não
pode ser operada ou transportada por um só indivíduo, ou seja, necessita de mais de uma pessoa
para a operação de tiro e transporte. Exemplos: canhões e metralhadoras.
5) QUANTO AO PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
5.1 AÇÃO DOS GASES PROVENIENTES DO DISPARO – Para efeito de estudo divide-se em:
5.1.1 Curto Recuo do Cano - Arma cujo funcionamento tem por princípio o curto recuo do
cano, decorrente da ação direta dos gases provenientes da deflagração do cartucho, para ocasionar o
seu destrancamento e abertura. Exemplos: Pistola Taurus PT-92 e Pistola IMBEL M973.
5.1.2 Curto Recuo da Culatra - Arma cujo funcionamento tem por princípio o curto recuo
da culatra, decorrente da ação direta dos gases provenientes da deflagração do cartucho, para
ocasionar o seu destrancamento e abertura. Exemplo: Fuzil HK-33.
5.1.3 Ação dos Gases sobre Pistão - Arma cujo funcionamento tem por princípio o
aproveitamento parcial dos gases oriundos da deflagração da carga principal do cartucho, tomados
por orifício localizado no cano, para o acionamento de um pistão que age sobre o ferrolho/culatra.
Exemplo: Fuzil SIG SG 550/551.
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5.2 AÇÃO MECÂNICA - Arma cujo sistema de funcionamento permite o trancamento ou o
destrancamento exclusivamente por ação muscular do atirador, seja por meio de um punho de
manejo, seja pela rotação do tambor provocada pelo acionamento da tecla do gatilho.
Exemplos: Fuzis de precisão e revólveres em geral.
6) QUANTO AO TIPO DE TIRO
6.1 TIRO TENSO OU RETO - Arma que, após o disparo, o seu projétil atinge o alcance letal sem
curvatura considerável na sua trajetória. Ex.: pistolas, fuzis, revólveres, carabinas,
submetralhadoras, espingardas e metralhadoras.
6.2 TIRO CURVO - Arma que, após o disparo, o seu projétil apresenta curvatura na sua trajetória,
porém sem formar ângulo. Ex.: lança-retinidas e granadas de bocal.
V - Formas de Indenização para Armas e/ou Munições Avariadas,
Extraviadas ou Inutilizadas.
PORTARIA R-288/GM3, DE 4 DE SETEMBRO DE 1981
1) CAUSAS - As causas do extravio, dano ou inutilização de arma e/ou munição pertencente(s)
ao acervo do Comando da Aeronáutica e fornecida para uso individual em objeto de serviço,
deverão ser apuradas através de sindicância.
1.1 - Se, durante a realização da sindicância ou na sua conclusão, forem encontrados indícios de que
houve crime na inutilização, dano ou extravio da arma e/ou munição, deverá ser aberto um
Inquérito Policial Militar (IPM).
1.2 - Se, na constatação da ocorrência, forem identificados indícios de furto, roubo ou outro tipo de
crime, deverá ser instaurado diretamente um IPM.
2) SOLUÇÃO - A solução da sindicância ou do IPM deverá ser publicada em Boletim da OM
detentora do material, que dará conhecimento à Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico
(DIRMAB) para fins de controle de estoque e reposição, se for o caso.
2.1 - Na solução da sindicância ou do IPM deverá constar se o extravio, dano ou inutilização foi
culposo, doloso, ou em circunstâncias que eximam o indivíduo de responsabilidade. Uma
sindicância que conclua um caráter doloso, obrigatoriamente deverá originar um IPM, a conclusão
sendo de caráter culposo, poderá originar ou não um IPM.
3) INDENIZAÇÃO - As seguintes formas de indenização serão aplicadas, obrigatoriamente, nos
casos de extravio, dano ou inutilização:
3.1 – Culposo - Pelo triplo do valor atual da arma e/ou munição, sem prejuízo da punição
disciplinar ( caráter culposo concluído em sindicância ) ou ação penal (caráter culposo concluído
em IPM) aplicável ao caso.
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3.2 – Doloso - Pelo quíntuplo do valor atual da arma e/ou munição, sem prejuízo da ação penal
(caráter doloso concluído em IPM) que o caso comportar. Quando uma sindicância for concluída
com caráter doloso, obrigatoriamente originará um IPM.
3.2 - As quantias indenizadas pelos infratores serão recolhidas à DIRMAB sob o título “Reposição
de Estoque - DIRMAB”.
4) REGISTRO - A DIRMAB organizará o controle e registro das armas extraviadas para possíveis
consultas, em caso de apreensão por autoridade competente, ou livre devolução, caso este em que
será deduzida a quantia necessária aos reparos e, em seguida, realizará a devolução do saldo
remanescente. Será mantida a punição disciplinar ou ação penal aplicável ao caso.
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OCORRÊNCIAS COM ARMAMENTO E MUNIÇÃO
IPM
CONCLUSÃO COM
CARÁTER CULPOSO
OCORRÊNCIAS COM
INDÍCIOS DE CRIME
CONCLUSÃO COM
ISENÇÃO DE CULPA
CONCLUSÃO COM
CARÁTER DOLOSO
SEM INDENIZAÇÃO / SEM AÇÃO PENAL
INDENIZAÇÃO COM O QUÍNTUPLO DO
VALOR + AÇÃO PENAL
INDENIZAÇÃO COM O TRIPLO DO
VALOR + AÇÃO PENAL
OCORRÊNCIAS COM EXTRAVIO /
DANOS / INUTILIZAÇÃO
SINDICÂNCIA
CONCLUSÃO COM
CARÁTER DOLOSO
CONCLUSÃO COM
CARÁTER CULPOSO
CONCLUSÃO COM
ISENÇÃO DE CULPA
INDÍCIO DE CRIME (DURANTE A
APURAÇÃO)
INDENIZAÇÃO COM O TRIPLO DO
VALOR + PUNIÇÃO DISCIPLINAR
SEM INDENIZAÇÃO / SEM
PUNIÇÃO DISCIPLINAR
IPM
IPM
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RESERVADO
VI - Pistola TAURUS PT-92 9 mm
1) APRESENTAÇÃO.
A Pistola Taurus PT-92 9 mm é uma arma de tiro semi-automático, com trancamento
realizado por um bloco oscilante na vertical e com o destrancamento realizado pelo recuo do cano.
Este sistema reduz a velocidade do retrocesso da massa recuante, com a consequente diminuição do
recuo da arma durante o disparo.
Não obstante seu peso limitado (0,950 Kg), a Pistola TAURUS PT-92 foi projetada para
utilizar aços e ligas especiais e os mesmos cartuchos empregados pela Submetralhadora TAURUS
9mm MT-12AD.
Em condições normais de ação, a velocidade inicial e a correspondente energia cinética do
projétil proporcionam um alto poder de impacto até uma distância de 220 metros.
Ressalta-se, ainda, que adotando o sistema de dupla ação, pelo simples acionamento do dedo
no gatilho, possibilita-se uma maior rapidez no manuseio, mesmo com o cão desarmado.
Um carregador de tipo bifilar, com capacidade para 15 cartuchos, proporciona uma dupla
autonomia de fogo em relação aos carregadores comuns de mesmo comprimento.
RESERVADO
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RESERVADO
2) CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS E GERAIS
- Comprimento 217 mm.
- Altura Máxima 137 mm.
- Espessura 37 mm.
- Peso com o carregador vazio 0,950 Kg.
- Comprimento do cano 125 mm.
- Cartucho 9 mm. x 19 mm. “parabellum”.
- Raiamento 6 raias, com sentido à direita.
- Tipo do Carregador bifilar, alojado no punho.
- Capacidade do carregador 15 cartuchos.
- Massa de mira tipo lâmina, integrada no ferrolho.
- Alça de mira incrustada no ferrolho.
- Comprimento da linha de mira 155 mm.
- Acabamento - partes em aço: oxidadas.
- partes em liga: anodizadas.
- Cabos - em resina termoplástica polianimide, na
cor preta.
- Sistema de disparo - cão externo com possibilidade de
manobra manual.
- disparo simples ou a dupla-ação.
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RESERVADO
3) PRINCIPAIS GRUPOS DE MONTAGEM
3.1 – CANO E BLOCO DE TRANCAMENTO - O cano (1) da Pistola Taurus PT-92 tem 9 mm
de calibre e possui 6 raias, com sentido à direita. O referido componente apresenta na sua parte
inferior, duas saliências: a primeira contém um rebaixamento cilíndrico onde se articula o bloco de
trancamento (2) e a segunda contém o alojamento do mergulhador do bloco de trancamento (3) que
movimenta e aprisiona o bloco de trancamento, por sua vez, retido pelo pino do mergulhador do
bloco de trancamento (4).
3.2- FERROLHO - O Ferrolho (5) da Pistola Taurus PT 92 é obtido da usinagem de uma única
peça forjada de aço-cromo-níquel e submetido a determinados tratamentos térmicos.
O referido componente apresenta na sua parte interior, as guias de deslocamento e o
alojamento das asas laterais do bloco de trancamento (2).
3.2.1 - Ao ferrolho são conjugadas as seguintes partes:
- Percussor (12) e mola do percussor (13).
- Bloco com entalhe de mira (11).
- Extrator (8), com pino do extrator (9) e mola do extrator (10).
PS. A mola recuperadora (6) e sua haste guia (7), apesar de não estarem conjugadas ao
ferrolho, fazem parte do referido grupo.
3.3 – ARMAÇÃO - A armação (14) da Pistola Taurus PT-92 é uma só peça de liga especial leve,
estampada, servindo de base ao grupo ferrolho e cano, constituindo-se também como empunhadura.
3.3.1 - À armação, na fase de montagem da arma, serão conjugadas as seguintes partes:
- Gatilho (20), eixo do gatilho (21) e mola do gatilho (22).
- Tirante do gatilho (23) e mola do tirante do gatilho (24).
- Armadilha (40), mola da armadilha (39) e eixo da armadilha (38).
- Cão (32), bucha do cão (31), eixo do registro de segurança (33), guia da mola do cão (34), mola do
cão (35) apoio da mola do cão (36) e pino de apoio da mola do cão (37).
- Registro de segurança (25), pino do registro de segurança (26), mergulhador do registro de
segurança (27) e mola do mergulhador do registro de segurança (28).
- Retém do ferrolho (18) e mola do retém do ferrolho (19).
- Ejetor (29) e pinos (dois) do ejetor (30).
- Alavanca de desmontagem (15), retém da alavanca de desmontagem (16) e mola do retém da
alavanca de desmontagem (17).
- Retém do carregador (41), mola do retém do carregador (42), bucha do retém do carregador (43) e
pino do retém do carregador (44).
- Placas do punho esquerda (47) e direita (48) que estão fixadas à armação com buchas (quatro) das
placas do punho (45) e parafusos (quatro) das placas do punho (46).
3.4 CARREGADOR - O corpo do carregador (49) da Pistola Taurus PT-92, de tipo bifilar, é
obtido de chapa de aço soldada e tratada termicamente, contendo o transportador (50), a mola do
RESERVADO
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RESERVADO
carregador (51), a chapa da mola do carregador (52), sendo completa com o fundo do carregador
(53).
Obs.: Os números em algarismos registrados entre parêntesis no presente capítulo
correspondem aos componentes da arma cuja identificação poderá ser feita na figura abaixo.
4 - DESMONTAGEM E MONTAGEM
a - Desmontagem
Para realizar a desmontagem da arma, recomendamos o seguinte procedimento:
- Retirar o carregador, premendo o respectivo botão (fig. 4 e 5).
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4 ) DESMONTAGE E MONTAGEM
4.1 DESMONTAGEM
Para realizar a desmontagem da arma, recomenda-se o seguinte procedimento:
- empunhar a pistola com a mão forte;
- premer o retém do carregador (botão localizado no punho da arma) e retirar o carregador,
- com a mão fraca, puxar o ferrolho a retaguarda e verificar visualmente se existe algum
cartucho na câmara (se positivo retirá-lo).
- com o indicador da mão fraca premer o botão do retém da alavanca de desmontagem e
ao mesmo tempo, com o dedo polegar, girar a alavanca, no sentido horário, em 90º.
- deslizar o grupo “ferrolho/cano/bloco de trancamento/mola recuperadora” para frente, até
libertá-lo da armação.
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- comprimir levemente a haste guia da mola recuperadora com a respectiva mola,
levantando-as e deixando-as distender vagarosamente.
- comprimir o mergulhador do bloco de trancamento.
- retirar o grupo cano-bloco de trancamento do ferrolho.
4.2 MONTAGEM
Para montar a arma recomendamos o procedimento inverso, ou seja:
- recolocar o cano no ferrolho, verificar que as abas do bloco de trancamento entrem nas
suas sedes no ferrolho;
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RESERVADO
- introduzir a mola recuperadora e a haste guia no seu alojamento, na parte anterior do ferrolho;
empurrando a base da haste da mola recuperadora para frente e encaixando-a no bloco de
trancamento. Desta maneira o grupo cano-ferrolho estará montado.
- empunhar a pistola com a mão forte, encaixar as guias do ferrolho nas guias da empunhadura, até
o limite;
- girar a alavanca de desmontagem no sentido anti-horário, até o limite.
- puxar o ferrolho a retaguarda e soltá-lo, deixando-o ir à frente por ação da mola recuperadora,
verificando se o ferrolho está deslizando normalmente sobre a armação;
- realizar um disparo em seco; e
- introduzir o carregador na pistola.
5) MANUTENÇÃO E LIMPEZA
5.1) MANUTENÇÃO
Antes de realizar a manutenção e/ou limpeza da Pistola, observar o cumprimento
OBRIGATÓRIO das regras de segurança:
- Realizar o procedimento de segurança.
- Inspecionar o interior do cano.
- Verificar o funcionamento dos diversos dispositivos.
- Verificar se o carregador não apresenta deformações e se o transportador e a mola do carregador
estão funcionando livremente.
- Depois de disparar em seco, proceder à desmontagem parcial, a limpeza e a lubrificação.
5.2) LIMPEZA
Para proceder à limpeza rotineira da arma é suficiente tirar o cano, o ferrolho, a mola
recuperadora e respectiva guia e remover as sujidades com água quente e óleo específico de
armamento.
Por outro lado, é importante lembrar que, depois de efetuar disparos com a pistola, o cano
deve ser sempre limpo e, em seguida, enxuto e lubrificado com óleo leve específico de armamento.
6 - FUNCIONAMENTO
a - Generalidades.
Empunhe a arma com a mão forte e com a mão fraca introduza o carregador municiado,
empurrando-o até que seja agarrado pelo retém do mesmo.
RESERVADO
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Com a mão fraca segure o ferrolho, pela parte serrilhada, puxando-o vigorosamente para
trás e largando-o bruscamente (dar o golpe). A pistola está carregada e pronta para o tiro.
Premendo-se o gatilho, este, através do tirante, faz girar a armadilha. O cão, que com
seu dente estava preso à armadilha, está agora livre e empurrado pelo guia da mola comprimida,
avança chocando-se violentamente sobre o percussor, determinando o disparo do cartucho.
Caso a arma já tenha um cartucho na câmara (carregada) e o cão esteja desarmado, graças à
dupla ação, será suficiente o acionamento do gatilho para que o tirante, agindo diretamente
sobre o cão, provoque o seu recuo, o destravamento simultâneo da armadilha e o consequente
impacto no percussor, projetando-o de encontro à espoleta do cartucho, dando início ao fenômeno
do tiro. Tal sistema permite também a imediata repetição da percussão do mesmo cartucho,
admitindo-se uma eventual falha de percussão.
Também nesse modelo de arma, o cão é dotado de dois dentes. O primeiro, denominado
dente de segurança, trava o cão, no caso de este ser largado antes de completamente armado,
impedindo a percussão. O segundo é chamado dente de disparo. Depois do disparo, a pressão
exercida pelos gases, agindo sobre o fundo do cartucho, faz com que este e também o grupo
ferrolho-cano retrocedam. Isto ocorre porque o cano está preso ao ferrolho através do bloco de
trancamento.
Ao recuar cerca de 7 mm, o mergulhador do bloco de trancamento, alojado na parte
posterior do cano, bate no plano trabalhado na armação e com a sua parte anterior age no bloco
oscilante de trancamento, obrigando este último a abaixar, livrando as asas que estavam alojadas no
ferrolho. A partir deste ponto, o cano interrompe o seu movimento ao mesmo tempo em que o
ferrolho prossegue o seu curso de recuo, extraindo e ejetando o estojo (ou cartucho).
O tempo do movimento efetuado pelo conjunto cano-ferrolho, quando rigidamente unidos, é
suficiente para permitir a saída do projétil e dos gases pela boca da arma, antes mesmo do
desligamento do referido conjunto. Isso possibilita um menor solavanco da arma durante a ação.
Durante todo o recuo do ferrolho realiza-se a compressão da mola recuperadora e, ao
mesmo tempo, o cão é obrigado a girar para trás e a agarrar-se, com o próprio dente de
disparo, à armadilha, permanecendo armado. Terminado o movimento de recuo, a ação da mola
recuperadora faz retornar o ferrolho à frente, o qual retira um novo cartucho do carregador,
introduzindo-o na câmara.
O cano, por sua vez, também é transportado à frente pelo ferrolho, retornando à sua posição
inicial, ao mesmo tempo em que o bloco oscilante de trancamento, pela ação de um plano inclinado,
é obrigado a subir recolocando as suas asas no alojamento do ferrolho.
Por outro lado, durante o retrocesso do ferrolho, o tirante do gatilho é obrigado por aquele a
abaixar-se fazendo com que a armadilha volte à sua posição normal. Permanece abaixado
impedindo o disparo contínuo (rajada), ainda que o atirador permaneça pressionando o gatilho.
Imediatamente após relaxado o gatilho, o tirante, levantando-se, entra em contato com a
armadilha deixando a arma pronta para o disparo subsequente.
Renovando-se sucessivamente a pressão sobre o gatilho, repetem-se todas as operações e
movimentos acima mencionados até o término dos cartuchos contidos no carregador.
b - Aviso de Carregador Vazio.
Disparado o último cartucho e extraído e ejetado seu estojo, o transportador do
carregador levanta o retém do ferrolho bloqueando este último na sua posição de recuo máximo.
A arma permanece na posição “aberta”, alertando o atirador do término da disponibilidade
de tiros.
Para recarregar a arma é suficiente retirar o carregador vazio, substituindo-o por outro
municiado e acionar o retém do ferrolho para baixo, liberando o ferrolho que volta à posição
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RESERVADO
“fechada”, ao mesmo tempo em que um cartucho é retirado do carregador e é levado à câmara.
Assim, a arma encontra-se novamente alimentada e carregada e em condições de disparar.
c - Aviso de Cartucho na Câmara.
Quando o cartucho encontra-se alojado na câmara, a extremidade do extrator fica saliente,
revelando uma marca vermelha; tal sinal do extrator é perceptível também com o tato, o que
permite este tipo de controle também às escuras. Não é considerado um dispositivo de segurança
e sim um aviso.
d - Dispositivos ou Sistemas de Segurança.
- Registro de Segurança: O principal dispositivo de segurança foi estudado para funcionar
tanto com o cão armado como desarmado, pois trava o cão e armadilha, simultaneamente, pelo
simples acionamento do registro de segurança para cima. Tal dispositivo foi ainda projetado para
possibilitar uma rápida passagem da posição de segurança para a posição de disparo.
- Dente de Segurança do Cão: A arma apresenta, ainda, outro recurso de modo a não
permitir um disparo imprevisto. Referimo-nos ao dente de segurança do cão, que age no momento
em que este é puxado acidentalmente, não alcançando a posição de disparo, bloqueando o cão num
estágio intermediário, evitando assim, a percussão do cartucho.
- Retém do Percussor: Os modelos de Pistolas Taurus PT-92 AF, AFD e AFDO possuem
um terceiro dispositivo de segurança chamado retém do percussor, o qual impede o avanço do
percussor sem o acionamento do gatilho. O referido dispositivo impede o tiro acidental no caso de
queda da arma.
Os modelos de Pistolas Taurus PT-92 AFD e AFDO possuem um dispositivo para o
desarme do cão, que funciona do seguinte modo: estando o cão armado, acionando-se a tecla do
registro de segurança para baixo, o cão é desarmado, ficando preso pelo dente de segurança do cão
(não é considerado um dispositivo de segurança).
RESERVADO
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RESERVADO
VII - Pistola IMBEL M973 9 mm.
1- Introdução.
A Pistola Imbel M973 9 mm - é derivada da famosa Pistola .45” M911/M911A1, fabricada
e aperfeiçoada, ao longo de 79 anos, pela Colt.
Pela sensatez do seu desenho, segurança e robustez os peritos militares a consideram a
melhor arma de defesa próxima já construída. Por esse motivo, sobreviveu as duas grandes guerras
mundiais, continuando a prestar excelentes serviços até hoje. A sua confiabilidade para o combate e
precisão de tiro permanecem inalterados.
A partir do projeto de John Browning, é transformada para calibre 9 mm pela Imbel -
Unidade de Itajubá.
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A Imbel, depois de fabricar a Colt 45 por muitos anos, estudou e projetou a fabricação ou
transformação da referida arma para calibre 9 mm Parabellum. Seu carregador passou a ter
capacidade para 8 cartuchos, com rápida troca de carregador, se necessário, mantendo o equilíbrio
da arma sem lhe alterar a empunhadura anatômica.
A Pistola Imbel M973 9 mm possui 4 ou 6 raias com o sentido à direita, ação simples,
funcionamento semi-automático e princípio de funcionamento por curto recuo do cano por
ação dos gases. Possui ainda, três grupos de montagem: ferrolho, armação ou empunhadura e
carregador.
No Brasil, mais de 50 mil unidades já foram produzidas e mundialmente mais de 5 milhões
de pistolas deste modelo foram fabricadas e especificadas por diversos Exércitos, tornando
praticamente universais as suas fontes de suprimento e manutenção.
2 – Sequência de desmontagem da Pistola Imbel 9 mm.
a) Retirada do carregador e exame da câmara:
- pressione o retém e retire o carregador; e
- leve o ferrolho à retaguarda e olhe dentro da câmara, certificando-se de que não há
nenhum cartucho em seu interior.
b) Descompressão da mola recuperadora:
- pressione o dedal guia da mola recuperadora com o polegar;
- gire a manga guia do cano para a esquerda;
- deixe o conjunto dedal guia e mola recuperadora vir à frente com cuidado;
- retire o dedal guia e a mola recuperadora; e
- gire a manga guia do cano para direita e retire-a.
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c) Retirada da chaveta de fixação do cano:
- puxe o ferrolho à retaguarda, até que o menor entalhe do lado esquerdo coincida com o
ressalto situado na retaguarda do retém do mesmo; e
- pelo lado direito do ferrolho, pressione o eixo do seu retém e retire a chaveta pelo lado
esquerdo.
d) Retirada do ferrolho e seus componentes:
- empurre o ferrolho para frente em suas guias e o remova. Com ele, virão o cano e o tubo
guia da mola recuperadora;
- retire o tubo guia pela parte de trás; e
- deite o elo de fixação do cano para frente e remova o cano pela frente do ferrolho.
3 - Seqüência de montagem da Pistola Imbel 9 mm.
A seqüência de montagem da Pistola IMBEL M973 será a seguinte:
a) colocação do cano no ferrolho;
b) colocação do tubo guia no ferrolho;
c) colocação do ferrolho e seus componentes na armação;
d) colocação da chaveta de fixação do cano;
e) colocação da luva guia do cano;
f) colocação da mola recuperadora com o dedal guia; e
g) exame da câmara e colocação do carregador.
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4 – Operações essenciais para a utilização da arma.
a) Alimentar.
Introduzir o carregador municiado pela parte inferior do punho, forçando-o para dentro, até
que fique preso pelo seu retém e se ouça o estalo característico.
b) Retirar o carregador.
Comprimir o retém do carregador, situado na face esquerda da armação, e retirar o mesmo
pela parte inferior do punho.
c) Carregar.
Após alimentar a pistola, puxar o ferrolho para trás e soltá-lo, deixando-o avançar em
seguida; com essa operação, o primeiro cartucho do carregador será levado à câmara pelo ferrolho.
d) Extrair / Ejetar.
Estando a arma carregada, para extrair e ejetar é necessário puxar o ferrolho para trás. O
cartucho que se encontra na câmara será extraído pelo extrator e, a seguir, ejetado pelo ejetor,
situado no lado esquerdo da armação ou empunhadura.
e) Armar.
- Primeiro processo:
Puxar o cão para trás, até que fique preso.
- Segundo processo:
Puxar o ferrolho para trás e soltá-lo; o cão será levado para trás pelo ferrolho, ficando preso.
f) Travar.
Levar o registro de segurança do cão para sua posição levantada. Este dispositivo só
funcionará quando o cão estiver armado.
g) Destravar.
Colocar o registro de segurança do cão na sua posição baixa.
h) Disparar.
Estando a pistola carregada, com o cão armado e destravada, para disparar é necessário
comprimir o dispositivo de segurança da tecla do punho, o que é feito, quando a arma é empunhada
naturalmente, e, ao mesmo tempo, acionar a tecla do gatilho.
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i) Último disparo.
Após o último disparo, o estojo é extraído e ejetado e o ferrolho fica preso atrás, deixando a
câmara aberta. O ferrolho é preso pelo dente da chaveta de fixação do cano, a qual é levantada pelo
transportador do carregador, isso porque, após o carregamento do último cartucho, a mola do
carregador está completamente distendida e a lâmina transportadora na sua posição mais alta,
forçando para cima o dente da chaveta de fixação do cano. Feito o disparo, o ferrolho recua e,
quando seu entalhe trapezoidal se alinhar com o dente da chaveta, esta se introduz naquele,
prendendo o ferrolho na posição recuada. Esse fato alerta o atirador de que o último disparo foi
realizado. Comprimindo o retém do carregador, o carregador vazio cairá, permanecendo, porém, o
ferrolho na posição recuada.
Introduzindo-se um carregador municiado, em nada se alterará a posição do ferrolho;
entretanto, se a chaveta de fixação do cano é forçada para baixo, o ferrolho avança, dando-se
imediatamente um novo carregamento.
Outra maneira de fazer avançar o ferrolho será puxá-lo ligeiramente para trás, soltando-o em
seguida.
É importante não conservar o dedo na tecla do gatilho quando se avança o ferrolho, a
fim de evitar disparo prematuro, que poderá causar um acidente.
5 - Funcionamento.
a) Princípio de funcionamento: Curto recuo do cano por ação dos gases.
b) Carregamento: Quando o ferrolho avança, encontra o primeiro cartucho no carregador e
empurra-o para a câmara.
c) Funcionamento propriamente dito:
- Disparo.
Acionando-se a tecla do gatilho, esta deixará o cão livre que irá para frente até se chocar
com o percursor. Este último fere a cápsula do cartucho.
- Curto recuo do cano.
Os gases resultantes da deflagração impulsionam o projétil para frente e, atuando no interior
do estojo, obrigam o ferrolho a recuar juntamente com o cano.
- Destrancamento.
No início do seu recuo, o cano tem sua parte posterior (traseira) forçada para baixo, devido a
ação do elo-de-ligação que gira em torno do seu eixo existente na chaveta. Em consequência os
ressaltos de trancamento abandonam seus alojamentos no ferrolho.
- Abertura da janela de ejeção.
O cano, retido pelo elo-de-ligação, pára, e o ferrolho, continuando a recuar, opera a abertura
da janela de ejeção.
- Extração.
O extrator (que é fixado internamente no lado direito do ferrolho) retira o estojo da câmara.
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RESERVADO
- Ejeção.
Continuando o ferrolho a recuar, o estojo choca-se com o ejetor (que é fixado no lado
esquerdo da empunhadura), sendo projetado através da janela de ejeção.
- Recuo do cão (armação).
Durante todo o recuo do ferrolho, o cão é obrigado a girar para trás, até ser armado.
- Compressão da mola recuperadora.
A mola recuperadora, fazendo ponto fixo em seu tubo-guia, é comprimida no interior do
dedal durante todo o recuo do ferrolho.
- Avanço do ferrolho.
O ferrolho, ao atingir o limite máximo de recuo, avança por distensão da mola recuperadora.
- Princípio de carregamento.
O ferrolho, ao avançar, encontra em seu caminho um cartucho (no carregador), o
encaminhado à câmara.
- Princípio do trancamento.
O ferrolho, ao avançar, retoma contato com a parte posterior (traseira) do cano,
impulsionando-o para frente.
- Fim do carregamento.
O cartucho, forçado pelo ferrolho, é totalmente introduzido na câmara.
- Fechamento da janela de ejeção.
Com a total introdução do cartucho na câmara ocorre o fechamento da janela de ejeção.
- Fim do Trancamento.
O ferrolho, continuando a avançar, força o cano para frente. O elo-de-ligação, ao girar em
torno do seu eixo na chaveta, levanta a parte posterior do cano, de maneira que os ressaltos de
trancamento entram novamente em seus alojamentos, formando o sistema “cano-ferrolho”.
- Ação do dente da chaveta ( retém do ferrolho ).
Uma vez terminada a munição do carregador, a lingueta do transportador, sofrendo a ação
da mola, força para cima o dente da chaveta, que se introduz no entalhe correspondente do ferrolho,
retendo-o e impedindo o seu avanço. O atirador tem deste modo, uma indicação segura quanto ao
término da munição.
- A Pistola Imbel 9 mm possui 3 (três) dispositivos ou sistemas de segurança:
a) Registro de segurança - Atua no cão e somente pode ser acionado quando o mesmo
estiver totalmente recuado.
b) Dente de segurança do cão - Atua no cão e serve para impedir um disparo acidental no
acionamento manual do mesmo.
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c) Segurança da tecla do punho - Atua no gatilho e impede o funcionamento do mesmo,
caso não esteja comprimida.
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RESERVADO
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RESERVADO
VIII – Fuzil HK-33 cal. 5,56 mm.
1 - Introdução. No final da década de 1960, após longos estudos e testes com o Fuzil automático HK-33
5,56 mm, produzido pela fábrica alemã Hecker & Koch, foi decidida a sua aquisição, visando a
substituição do Fuzil Mosquetão 7 mm.
2 - Desenvolvimento. O Fuzil Automático HK-33, calibre 5,56 mm X 45 (.223”) permite, com a culatra fechada,
disparar tiro a tiro ou rajada, qualquer que seja a posição do atirador. O fuzil HK-33 é uma arma
carregada pelo avanço da culatra móvel de roletes.
3 - Modelos do Fuzil
a - Arma com a coronha fixa, para uso eventual com baioneta (Fig.1).
RESERVADO
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RESERVADO
b - Arma com a coronha retrátil (Fig. 2).
c - Arma com bipé (Fig. 3)
d - Arma para tiros de precisão, com mira telescópica (Fig .4)
RESERVADO
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4 – Grupos de Montagem
a) caixa de mecanismo com cano, mecanismo carregador e dispositivo de pontaria;
b) culatra;
c) empunhadura com mecanismo de disparo;
d) coronha;
e) guarda-mão;
f) carregador;
g) bandoleira;
h) sabre e bainha;
i) reforçador para tiro de festim; e
j) mira telescópica.
RESERVADO
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5 - Dados Técnicos do Fuzil HK-33.
a - Calibre 5,56 X 45 (.223”)
b - Comprimento do fuzil com coronha fixa 920 mm
c - Comprimento do fuzil com coronha retrátil 750 mm
d - Comprimento da linha de mira 480 mm
e - Comprimento do cano 390 mm
f - Peso do fuzil com coronha fixa s/carregador 3,350 Kg.
g - Peso do fuzil com coronha retrátil s/carregador 4,000 Kg.
h - Peso do sabre 0,250 Kg.
i - Peso do carregador de metal, vazio, para 20
cartuchos
0,115 Kg.
j - Peso do carregador de metal, vazio, para 40
cartuchos.
0,160 Kg.
l - Peso do cartucho completo. 0,011 Kg.
m - Cadência de tiro Aprox. 750 tiros/min
n - Velocidade Inicial = 0V Aprox. 980m/seg
o - Energia de disparo na boca do cano = E 0 Aprox. 170 mkp
p - Graduação da alça 100, 200, 300 e 400m
q - Números de raias 6 (seis) raias à direita (da
esquerda para direita).
6 - Descrição dos grupos de montagem:
GRUPO 1 - Caixa de mecanismo com cano, mecanismo carregador e dispositivo de
pontaria.
A caixa de mecanismo une o cano com o mecanismo carregador e o dispositivo de pontaria
e abriga todos os demais grupos de montagem. O cano é embutido sob pressão na peça de
travamento e é fixado com um pino. O quebra-chama rosqueado na boca do cano serve ao mesmo
tempo de guia para granada de fuzil. O mecanismo carregador (punho de manejo encontra-se em
cima do cano. Ele serve para carregar a arma e para afixar a culatra na sua posição mais recuada. O
dispositivo de pontaria consiste em massa de mira e alça de mira. A alça de mira consta de três
orifícios e de um entalhe aberto. O dispositivo de pontaria pode ser ajustado para uma distância de
100, 200, 300 e 400 metros. A alça de mira é ajustável tanto em altura como lateralmente.
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GRUPO 2 - Culatra.
a - A culatra consiste das seguintes peças:
- suporte da culatra com tubo da mola recuperadora e tranca;
- vareta com mola recuperadora;
- cabeça da culatra com roletes, extrator e mola do extrator;
- peça de trancamento da culatra;
- mola do percursor; e
- percursor.
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RESERVADO
b - A culatra, que é conduzida por dentro da caixa de mecanismos, serve, juntamente com a mola recuperadora,
para percutir o cartucho, extrair e ejetar o estojo, depois de dado o tiro, e para armar o cão.
GRUPO 3 - Empunhadura com mecanismo de disparo.
A empunhadura é rebatível e pode ser desmontada da caixa de mecanismo. Ela abriga o
alojamento do gatilho com as peças de disparo e do mecanismo de segurança. A Empunhadura está
unida ao alojamento do gatilho pelo pino de registro de segurança.
OBS: O conjunto do mecanismo de disparo não deve ser desmontado, a não ser por escalão
superior de manutenção.
Figura 14
Percurtor
Figura 12
Peça de trancamento da culatra
Figura 13
Mola do Percurtor
Rolete de trancamento da culatra
Figura 11
Cabeça da culatra, completa
Extrator com mola
Figura 10
Vareta com mola recuperadora Figura 9
Suporte da Culatra
Tranca
Figura 8
Culatra
Figura 15
Empunhadura com mecanismo de
disparo
Figura 16
Alojamento do gatilho e peças do mecanismo de
segurança
Pino do registro
Asa do registro
RESERVADO
42
RESERVADO
GRUPO 4 - Coronha Fixa e Coronha Retrátil.
a - A coronha fixa fecha a caixa de mecanismos por trás. Ela está unida à caixa por
intermédio de um pino de fixação. O suporte da bandoleira está fixado na coronha, por meio de
rebites tubulares, onde se guardam os pinos de fixação, enquanto se desmonta o fuzil.
b - Em caso de necessidade, a coronha fixa pode ser substituída pela coronha retrátil. Os
tubos de guia, montados dos 2 (dois) lados, correm ao longo da caixa de mecanismos. Eles são
fixados com uma alavanca, tanto em estado estirado como encaixado. A caixa de fixação apresenta
uma alça para fixar a bandoleira.
GRUPO 5 - Guarda-mão.
O guarda-mão desmontável envolve o cano por baixo. Ele está unido à arma por meio de um
pino de fixação. Uma alça no guarda-mão serve para enganchar a bandoleira.
Figura 17
Cronha Fixa
Pino de Fixação
Caixa de fixação
Figura 18
Coronha retrátil
Alavanca Pino de fixação
Tubos de guia
Pino de Fixação
Figura 19
Guardamão
RESERVADO
43
RESERVADO
GRUPO 6 - Carregador.
Pode-se usar, à escolha, um carregador com 20 cartuchos ou um com 40. O carregador
consiste nas seguintes peças:
- caixa do carregador;
- tampa do carregador;
- transportador com mola e chapa de segurança;
GRUPO 7 - Bandoleira R-2 Universal.
A bandoleira serve para transportar o fuzil e o atirador estará sempre pronto para atirar,
qualquer que seja a posição que assuma.
Figura 20
Caixa do Carregador
Figura 21
Tampa do carregador
Figura 22
Transportador com mola e
chapa de segurança Figura 23
Figura 24
Bandoleira
RESERVADO
44
RESERVADO
GRUPO 8 - Sabre e Bainha.
O sabre é utilizado para combate corpo a corpo. A bainha serve de proteção para o sabre,
quando o mesmo está na arma ou para o seu porte no cinto do atirador.
GRUPO 9 - Reforçador para tiro de Festim.
O reforçador permite atirar com cartucho de festim. Ele é aparafusado na boca do cano em
lugar do quebra-chama. A passagem dos gases pode ser ajustada, girando-se o pino regulador.
GRUPO 10 - Mira Telescópica.
A mira telescópica é montada no suporte da mira por meio de dois parafusos. A caixa de
mecanismo é concebida de tal maneira que permite montar a mira telescópica em qualquer fuzil,
sem necessidade de preparação.
7 - Características do registro de segurança.
A asa do registro de segurança encontra-se do lado esquerdo da empunhadura. Ela pode ser
ajustada em três posições: S - travado; E - tiro a tiro; F - rajada. As letras S, E e F também
Figura 1a
Pino regulador
Figura 25
Reforçador para tiro de festim
Suporte da mira telescópica
Figura 26
Mira Telescópica
RESERVADO
45
RESERVADO
encontram-se no lado direito da empunhadura, permitindo reconhecer imediatamente o estado em
que a arma se encontra. Um traço marcador no pino do registro indica a posição da asa.
(1) TRAVAR - Coloque a asa do registro de segurança na posição S. Não é possível acionar
o gatilho. A arma pode ser carregada em estado travado.
(2) ATIRAR - Tiro a tiro - coloque a asa na posição E.
(3) ATIRAR - Rajada - coloque a asa na posição F.
8 - Colocar e tirar o carregador.
a - Trave o fuzil. Coloque o carregador na abertura em frente o guarda-mato. O porta-
carregador deve encaixar audivelmente. Para tirar o carregador, aperte o pino do porta-carregador.
Travado Tiro a Tiro
Figura 28
Rajada
Travado Tiro a Tiro
Figura 29
Rajada
Figura 30
Colocar o carregador
Figura 31
Tirar o carregador
RESERVADO
46
RESERVADO
9 - Carregar o fuzil.
Trave o fuzil, puxe o punho de manejo para trás com a mão esquerda e engate-o no rebaixo
do tubo. Coloque o carregador cheio na abertura de tal maneira que o suporte encaixe audivelmente.
Deixe o punho de manejo saltar para frente da sua posição mais recuada. O fuzil agora está
carregado e travado.
10 - Tiro com granadas de fuzil:
a) - trave o fuzil;
b) - tire o carregador;
c) - puxe o punho de manejo e engate-o no rebaixo do tubo;
d) - coloque o cartucho propulsor com a mão;
e) - deixe saltar o punho de manejo da posição mais recuada para frente;
f) - coloque a granada e alça de mira correspondente; e
g) - execute o tiro.
11 – Desmontagem do Fuzil
a) - trave o fuzil;
b) - tire o carregador;
c) - descarregue a arma, puxe o punho de manejo, certifique-se de que a câmara do cartucho
está vazia, depois deixe saltar a culatra para frente;
d) - tire o sabre e a bainha;
e) - desenganche a bandoleira;
Figura 37
Cartucho propulsor
Alça para granada de fuzil
Punho de manejo
Figura 38
Como se coloca o
cartucho propulsor
Figura 39
Granada de fuzil colocada
RESERVADO
47
RESERVADO
f) - tire a coronha;
g) - abaixe ou tire a empunhadura;
h) - puxe a culatra com a mola recuperadora por meio do punho de manejo e tire-a da caixa
de mecanismo; e
i) - tire o guarda-mão.
12 - Montagem do fuzil:
a) - monte o guarda-mão;
b) - coloque a culatra montada com a mola recuperadora na caixa de mecanismo;
c) - monte ou fixe a empunhadura. (coloque a asa de registro na empunhadura em S);
d) - monte a coronha fixa ou retrátil na caixa de mecanismo e aperte o pino de fixação;
e) - enganche a bandoleira;
f) - enganche o sabre e recoloque a bainha;
g) - verifique a montagem correta do fuzil, acionando várias vezes o punho de manejo; e
h) - recoloque o carregador.
13 - Manuseio:
a) ao receber a arma, verifique de imediato se a alavanca de segurança está em sua posição
“S”;
b) constatada a posição da alavanca em “S”, segure a arma com a mão forte, pela
empunhadura e com o cano voltado para cima, nunca para os lados, ou para baixo;
Figura 40
Como se tira a coronha
Figura 41
Como se tira a culatra
RESERVADO
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RESERVADO
c) a seguir, sempre com o dedo fora do gatilho (guarda mato), com o cano apontado para em
local seguro (que em caso de um disparo acidental não ocorra um acidente ou um ricochete), retire o
carregador com a mão fraca.
d) puxe o punho de manejo com a mão fraca encaixando-o no rebaixo da caixa de
mecanismo, permanecendo com a mão forte na empunhadura;
e) verifique visualmente se há cartucho na câmara;
f) constatada a inexistência de cartucho na câmara, a arma deve ser fechada, liberando o
punho de manejo;
g) ao ser solto, o punho de manejo irá saltar para a posição máxima à frente, fechando a
arma;
h) coloque a alavanca de segurança na posição “E”, aponte o fuzil para um local que em
caso de um disparo acidental não ocorra um acidente ou um ricochete e acione a tecla do gatilho
para que seja desarmado o cão tiro em seco);
i) volte agora à alavanca de segurança para a sua posição “S”, quando então a arma estará
travada;
j) a seguir, coloque o carregador e verifique se ele permanece fixo em sua posição; e
k) realizadas estas operações, coloque a arma na posição em bandoleira, pois é esta uma
posição própria para serviço com a arma e para o seu transporte.
14 - Emprego:
a) municiar é colocar os cartuchos no carregador;
b) alimentar é introduzir o carregador com os cartuchos no alojamento do carregador;
c) carregar é o manejo necessário para a colocação de um cartucho na câmara de disparo da
arma;
d) travar é colocar a alavanca de segurança em “S”;
e) descarregar é o manejo necessário para retirar o cartucho que estiver contido na câmara de
disparo;
f) quando a arma é retirada para instrução ou formatura, obrigatoriamente estará com o
carregador desmuniciado e descarregada;
g) quando retirada para o serviço, a arma estará, em situações normais, travada e alimentada,
porém jamais carregada;
h) sendo necessário o emprego da arma, proceda conforme orientação anterior: segure a
empunhadura com a mão forte e, com a mão fraca, puxe o punho de manejo até sua
posição mais recuada, solte-o deixando-o saltar para frente;
i) a arma estará, então, alimentada, carregada e travada;
j) selecione o tipo de disparo desejado, usando a alavanca de segurança. Posicionando em
“E” (tiro intermitente) é o mais indicado e dar-se-á tiro a atiro, cada vez que se pressionar
e soltar a tecla do gatilho. Posicionando em “F” (tiro automático ou de rajada) só em
situação especial e quando previamente determinado;
l) após o último disparo realizado com o fuzil HK 33 5,56mm, em tiro intermitente, têm-se
a arma pronta para um tiro em seco.
m) caso não seja necessário o emprego da arma, estando ela alimentada, carregada e travada,
proceda da seguinte maneira:
(1) destrave o retém do carregador, retire o carregador com a mão fraca e guarde-o no
bolso;
(2) descarregue a arma; puxe o punho de manejo, com a mão fraca, para efetuar a
extração e a ejeção do cartucho que está na câmara, verifique visualmente a câmara
RESERVADO
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RESERVADO
(câmara vazia), peque o cartucho (que foi extraído e ejetado) e recoloque-o no
carregador;
(3) aponte o fuzil para um local que, em caso de um disparo acidental não ocorra um
acidente ou um ricochete, posicione a alavanca de segurança na a posição “E” e
pressione o gatilho (tiro em seco);
(5) coloque novamente a alavanca de segurança na posição “S” e recoloque o carregador
municiado no fuzil;
(6) após este procedimento o fuzil encontra-se alimentado e travado;
n) - para passar a arma a um companheiro ou para restituí-la ao material bélico, faça-o
sempre com o carregador em separado, arma aberta e descarregada seguindo com rigor as normas
de segurança; e
o) - todo manejo com a arma, sempre o faça com o dedo fora do gatilho (guarda mato),
aponte sempre o fuzil para um local que em caso de um disparo acidental não ocorra um acidente ou
um ricochete ou para uma caixa de areia.
15 – Funcionamento:
O fuzil está carregado e destravado. Puxando-se o gatilho, o cão é liberado e bate sobre o
percussor. O cartucho é percutido. Os gases gerados pela queima da carga propelente impelem o
projétil para frente. Ao mesmo tempo, os gases exercem uma pressão sobre o estojo. As forças que,
assim, agem sobre a base da cabeça da culatra, são transmitidas através dos roletes em parte à caixa
de mecanismos e em parte, por intermédio da peça de trancamento da culatra, ao suporte da culatra;
enquanto as configurações angulares da peça de trancamento da culatra e da peça de travamento do
cano causam um movimento de recuo retardado da cabeça da culatra. Isso garante que a culatra
feche o cano até que o projétil tenha deixado a boca deste.
Depois que os roletes tenham entrado completamente na cabeça da culatra, a culatra
poderá deslizar mais para trás. Ao mesmo tempo o estojo é extraído, ejetado e o cão é armado e a
mola recuperadora é comprimida.
RESERVADO
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RESERVADO
A mola recuperadora se distende, levando a culatra a frente. Com isso, o cartucho
seguinte é retirado do carregador e introduzido na câmara. O extrator engata no culote do cartucho.
Os roletes de trancamento da culatra são apertados sobre as faces de apoio da peça de travamento
do cano, por intermédio das faces oblíquas da peça de trancamento da culatra. O fuzil está pronto
para o tiro seguinte.
RESERVADO
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RESERVADO
IX - Espingarda Gáugio 12
1 - CLASSIFICAÇÃO:
a) Quanto ao Tipo: PORTÁTIL;
b) Quanto ao Emprego: INDIVIDUAL;
c) Quanto ao Funcionamento: DE REPETIÇÃO;
d) Quanto ao Princípio de funcionamento: por AÇÃO MECÂNICA;
e) Quanto ao Municiamento / alimentação: por CARREGADOR FIXO.
2 - CARACTERÍSTICAS:
CARREGADOR: Metálico fixo, tipo cilindro, para 07 cartuchos.
SEGURANÇA: Trava de segurança.
ACESSÓRIOS: Cartucheira e Prolongador do depósito.
ESPECIFICIDADE: Uso de munição não-letal.
COMPRIMENTO:
Coronha fixa: – 1,030 m (BOITO) / 1,130m (CBC)
Cano: – 24” e 20” (BOITO) / 24” E 19” (CBC)
RESERVADO
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RESERVADO
PESO: coronha fixa 3,100 kg (BOITO) / 3,750Kg (CBC)
VELOCIDADE INICIAL DOS CHUMBOS: 365 m/s
ALCANCE MÁXIMO: 600 m
ALCANCE ÚTIL: 60 m
3 – CARTUCHOS:
Divisão do cartucho de caça:
1 - Base Metálica
2 – Corpo Plástico
3 – Carga de Pólvora
4 – Bucha
5 – Chumbo
6 – Fechamento
7 - Espoleta
RESERVADO
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RESERVADO
Cartuchos SG: equivalem em energia a 09 disparos calibre 0,38”
Cartuchos 3T: equivalem em diâmetro a 32 disparos do calibre 0,22”
4 - GRUPOS DE MONTAGEM
CORONHA
CAIXA DA CULATRA COM CILINDRO PORTA CARTUCHO, TELHA E MECANISMO DE DISPARO
CANO
5 – DISPOSITIVO DE SEGURANÇA
Trava de Segurança: possui uma marcação em seu corpo, na cor vermelha.
- Para travar o gatilho: basta pressionar a trava de segurança pressionando-a da esquerda para a direita. A marcação vermelha não aparece.
- Para destravar o gatilho: basta pressionar a trava de segurança pressionando-a da direita para a esquerda. A marcação vermelha fica aparente, indicando que a arma está destravada.
RESERVADO
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RESERVADO
Cadeado de segurança
Quando a espingarda não estiver sendo utilizada, recue a telha e coloque um cadeado de
segurança, através da janela de ejeção, evitando desta maneira um manuseio acidental da arma
por pessoas não habilitadas ou crianças.
X - PROGRAMAS DE INSTRUÇÃO
CONSTITUIÇÃO
O programa de instrução a que se refere o MANUAL DE INSTRUÇÃO DE TIRO COM
ARMAMENTO TERRESTRE NO ÂMBITO DO COMANDO DA AERONÁUTICA (MCA 50-1)
está estruturado em módulos para cada arma e visa atingir a um ou mais objetivos específicos. Os
módulos, por sua vez, poderão ou não estar divididos em níveis de dificuldade, com finalidade de
estabelecer uma progressão didática ao instruendo.
MÓDULOS DE INSTRUÇÃO:
a) Instrução Geral de Tiro (IGT);
b) Instrução Preparatória para o Tiro (IPT);
c) Tiro Militar Básico (TMB); e
d) Tiro Militar Avançado (TMA).
INSTRUÇÃO GERAL DE TIRO (IGT)
Ensinar ao instruendo os fundamentos do tiro e os conhecimentos técnicos de armas de fogo e
munições.
INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA O TIRO (IPT)
Habilitar tecnicamente o atirador na desmontagem, montagem, limpeza, manutenção orgânica,
manejo da arma, tomada de posições de tiro em realização da pontaria para cada uma das armas
empregadas pelo Comando da Aeronáutica. Enfatizar todos os procedimentos adotados no estande
de tiro e, principalmente, as normas de segurança, dando-lhe as necessárias condições para iniciar,
de forma segura, os exercícios de tiro real programados.
RESERVADO
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RESERVADO
TIRO MILITAR BÁSICO (TMB)
Aplicar as técnicas adquiridas na IPT, executando o tiro com habilidade, desenvolvendo a
confiança na utilização da arma de fogo e os conceitos de emprego do armamento nos serviços
diários, de campanha e demais atividades de rotina das OM da Aeronáutica.
TIRO MILITAR AVANÇADO (TMA)
Desenvolver a eficácia do tiro individual, simulando situações que se aproximem ao máximo,
das condições de emprego nas atividades inerentes ao militar, preparando-o para uma pronta
resposta, em situações de grande pressão psicológica, respeitando-se sempre as normas de
segurança.
HABILITAÇÃO
Estará habilitado a executar o TMA, o militar que atingiu o padrão mínimo de desempenho
na instrução anterior, no TMB, e não ter permanecido por mais de 02 anos sem realizar instrução de
tiro.
XI - Instrução Geral e Preparatória para o Tiro ( IGT / IPT )
- Você pode ser um bom atirador, se ler e seguir estas instruções.
- O grau de perícia alcançado por você dependerá em muito do seu entusiasmo e de sua
dedicação.
1) IGT / IPT com o fuzil HK-33 cal. 5,56 mm.
Ato integrado de atirar.
O ato integrado de atirar é uma aplicação correta e oportuna dos dois principais fundamentos
do tiro:
- Pontaria e
RESERVADO
56
RESERVADO
- Empunhadura.
a) Pontaria
Você quando aponta a sua arma para um alvo, vê-se às voltas com uma dúvida cruel, isto é,
saber se, com a arma naquela posição, acertará o alvo. Para obter um resultado positivo você precisa
ter visor (alça de mira), massa de mira e alvo, numa relatividade de posição conhecida como
“fotografia”.
A “fotografia” estará correta quando, tomada a linha de visada, a parte superior da massa
apareça sob a base do ponto de pontaria (mira de base) ou sob o centro do ponto de pontaria (mira
de centro).
A obtenção da “fotografia” implica em dois atos distintos:
- Tomar a linha de mira e
- Tomar a linha de visada.
Tomar a linha de mira
Consiste em alinhar corretamente visor (alça de mira) e massa de mira. Você deve,
observando pelo visor, fazer com que a parte superior da massa de mira, ocupe o centro deste visor.
Para isto deve imaginar duas linhas, um horizontal e outra vertical, passando ambas pelo centro do
visor. A parte superior da massa parecerá tocar a linha horizontal e parecerá dividida pela linha
vertical.
Tomar a linha de visada
Consiste em prolongar a linha de mira até o alvo, de modo que ele apareça exatamente sobre
a massa de mira e dividido ao meio pela linha vertical imaginária que passa pelo centro do visor.
RESERVADO
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RESERVADO
b) Empunhadura.
Empunhar uma arma é segurá-la com firmeza, de modo a diminuir os efeitos causados por
um movimento indesejável, realizando ao mesmo tempo a pontaria correta e o disparo.
Sete fatores afetam a firmeza da empunhadura:
- Colocação da mão e braço esquerdo.
- Chapa da solteira no cavado do ombro.
- Empunhadura pela mão direita.
- Posição do cotovelo direito.
- Respiração.
- Descontração.
- Controle do gatilho.
Colocação da mão e braço esquerdo (ou direito).
A arma deve ser apoiada pelo “U” formado pelo polegar e demais dedos da mão esquerda
(ou direita), repousando sobre a palma da mão. Não pode haver tensão muscular. O apoio será
fornecido à altura do guarda-mão. O pulso deve ser mantido tão reto quanto possível. O apoio deve
ser ósseo e não muscular e, para tanto, é imprescindível que o cotovelo fique embaixo da arma.
RESERVADO
58
RESERVADO
Chapa da soleira no cavado do ombro.
A chapa da soleira deve ser colocada no cavado do ombro direito (ou esquerdo). A
colocação correta da arma no ombro diminui o efeito do recuo e auxilia a firmar o fuzil.
Empunhadura pela mão direita (ou esquerda).
A mão direita (ou esquerda) segura a arma pelo punho, firme, mas sem rigidez, exercendo
pressão para a retaguarda, a fim de manter a chapa da soleira no cavado do ombro. O dedo
indicador é colocado sobre o gatilho, sem que haja contato com o lado da tecla ou com o guarda-
mato. O dedo indicador deve tocar a parte ântero-inferior da tecla com a primeira articulação.
RESERVADO
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RESERVADO
Posição do cotovelo direito (ou esquerdo).
A situação do cotovelo direito (ou esquerdo) fornece equilíbrio à posição de tiro. Sua
colocação exata varia nas posições de tiro e será explicada em detalhes quando falarmos sobre elas.
Respiração.
Se você respira por ocasião do tiro, acaba movimentando a arma. É necessário que suspenda a
respiração pelos poucos segundos requeridos para apontar e disparar, assim que a arma estiver
estabilizada em uma linha de visada. A respiração é suspensa, todavia nunca por um tempo menor
que 3 segundos ou superior a 7 segundos, o que acarretaria uma turvação em sua vista e contração
muscular do pescoço.
Descontração.
Você deve, dentro de cada posição de tiro, procurar a maneira mais cômoda para realizar o
mesmo, isto é, deve deixar relaxados aqueles músculos que não participarão diretamente na
obtenção de sua pontaria. Chegando à conclusão de que determinados detalhes de uma posição
causam tensão muscular excessiva, deve modificar ligeiramente. Essa adaptação não pode,
entretanto violar quaisquer dos outros fatores que contribuem para a firmeza da empunhadura.
Controle do gatilho.
O gatilho deve ser pressionado diretamente para a retaguarda, com o aumento gradativo da
pressão até haver o disparo da arma. O disparo deve ocorrer normalmente em consequência desse
aumento gradativo de pressão sobre a tecla do gatilho e nunca em virtude da compressão rápida do
mesmo.
Falhando o controle do gatilho, estarão destruídos todos os outros fatores que determinam a
firmeza da empunhadura.
O atirador não deve prever ou antecipar o movimento do disparo, pois dessa maneira
acabará fatalmente caindo no erro da gatilhada (compressão inadequada e abrupta da tecla do
gatilho). O disparo deve ser uma consequência normal e natural do recuo lento e progressivo do
gatilho. Mantenha o gatilho comprimido mesmo após o disparo. Libere-o vagarosamente.
RESERVADO
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RESERVADO
TRIÂNGULO DE PONTARIA PARA FUZIL
MATERIAL NECESSÁRIO
a) um fuzil sem carregador.
b) um lápis.
c) uma folha de papel branco, do tipo A4.
d) um saco de areia.
e) fita adesiva.
PESSOAL
Dois instruendos.
DESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO
Posiciona-se a arma, apoiada no saco de areia, e fixa-se a folha de papel, a uma distância
de 10 metros da boca do cano da arma. O instruendo verifica o alinhamento da visada com o papel.
A seguir, toma posição deitado, cotovelo no solo, aproxima o rosto da arma para adquirir a visada
(Stock Weld), sem mover a arma (esta é a etapa considerada mais importante).
O outro instruendo se posiciona próximo à folha de papel e pergunta onde está a linha de
visada. O instruendo que está junto à arma dará as instruções para que seja feita a marcação com o
lápis, no papel.
Após a marcação o instruendo que está junto da arma afasta o rosto poucos centímetros da
arma e volta novamente a fazer nova visada, e procede-se da mesma forma como na primeira
visada. Esses atos deverão ser repetidos até se fazer a marcação de três pontos no papel. O
instruendo que estará junto à folha de papel, não dará qualquer informação ao outro instruendo que
está junto da arma, durante a marcação dos três pontos.
Os três pontos marcados deverão estar contidos num círculo com dois centímetros de
diâmetro.
Este exercício poderá também ser adaptado para as demais posições, nestes casos, o IT
deverá preparar o apoio necessário para a arma de maneira que a altura da arma seja compatível
com a posição adotada.
2) IGT / IPT com a pistola cal. 9mm.
a) Generalidades
A Instrução Geral e Preparatória para o Tiro (IGT / IPT) é o meio mais rápido que se
conhece de capacitar o atirador a executar um tiro eficaz, logo nas primeiras séries dos tiros de
instrução. Dar-nos-á a certeza de que todos os procedimentos durante a execução do tiro são
conscientes, apesar de reflexos, e não executados por susto ou qualquer outro motivo.
RESERVADO
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RESERVADO
b) Empunhadura
- Coloque a arma no cavado da mão forte com o auxílio da mão fraca.
- Procure manter a curvatura da mão o mais alto possível, sem, no entanto, tocar o cão.
- O dedo polegar deverá ficar alto e levemente encostado na arma, sem, contudo fazer
pressão.
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RESERVADO
c) Posições
Deitado: O atirador toma essa posição facilmente e tem estabilidade para fazer o tiro de
mais de 25m. Propicia silhueta baixa, mas reduz a visibilidade.
Deite-se com uma pequena inclinação em relação à linha perpendicular à linha de alvos,
com as pernas abertas e os pés colados ao solo. Os braços devem estar o mais esticado possível.
Empunhe a arma com as duas mãos. Mantenha a cabeça reta e sempre na mesma posição.
Ajoelhado: Posição utilizada para o tiro rápido a longa distância. Para tomar a posição, o atirador
se posta de frente para o alvo e gira para a direita (ou esquerda) até 45º. Ajoelha-se apontando o pé
esquerdo (ou direito) para o alvo, fazendo a coxa esquerda (ou direita) um ângulo de 45º com a
direita (ou esquerda). A perna esquerda (ou direita) fica na vertical para receber a parte chata do
braço esquerdo (ou direito) sobre a rótula do joelho.
RESERVADO
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De pé: É a posição mais rápida de ser tomada apesar de ser a que mais expõe o atirador.
Inicialmente de frente para o alvo, o atirador tomará uma posição de 45º com a linha de visada. A
ponta do pé correspondente ao braço que está livre deverá ser direcionada para o alvo. O braço
deverá estar distendido, sem nenhuma flexão à altura do cotovelo e apontando para o alvo. A outra
mão auxiliará a posição, puxando a arma para trás; fazendo pressão sobre o guarda mato. A mão
que está empunhando a arma fará pressão para frente empurrando a coronha da arma. A abertura
das pernas não deverá exceder a largura dos ombros. Esta posição é conhecida como “Weaver”.
TÉCNICA DO LÁPIS - PARA PISTOLA
MATERIAL NECESSÁRIO:
a) uma pistola sem carregador;
b) um lápis que possua borracha na extremidade contrária da ponta do grafite;
c) uma folha de papel branco, do tipo A4; e
d) fita adesiva.
PESSOAL
Dois instruendos.
DESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO
Um dos instruendos irá empunhar a arma e o lápis enquanto o outro, a folha de papel. O
instruendo que está com a folha de papel deverá fixá-la na parede, com auxílio de fitas adesivas, a
RESERVADO
64
RESERVADO
uma altura compatível com a linha de visada do atirador, na posição de pé. O instruendo que está
com a arma, antes do exercício deverá executar os procedimentos de segurança. Em seguida, com a
arma trancada, puxa o cão para a posição armado (ação simples) e introduz o lápis, pela boca do
cano, com a borracha à frente, até tocar na face anterior da culatra. Aproxima a ponta do lápis ao
papel, com o auxílio do outro instruendo que fará sinais a fim de evitar que a ponta do lápis toque
no papel e que fique a uma distância de aproximadamente 2 cm. Na sequência, o atirador faz o
disparo para marcar o papel. Esse procedimento deverá ser feito três vezes, sem mudança de
posição. Ao final, o instruendo que está com a folha de papel, retirará o lápis do cano da pistola e
fará a comparação entre o diâmetro do lápis e as três marcações no papel. As três marcações
deverão estar dentro do diâmetro do lápis. Caso isso não ocorra, o instruendo que está com a pistola
deverá exercitar até conseguir agrupar as marcações com o lápis, naquele diâmetro requerido.
DIAGNÓSTICO DO TIRO
ANÁLISE, DIAGNÓSTICO E CORREÇÃO DO TIRO
Após uma série de tiros efetuada, é necessário que se faça uma análise dos resultados obtidos e
dos procedimentos usados, a fim de que sejam feitas as necessárias correções. Pela posição dos
impactos no alvo, pode-se deduzir quais foram os erros cometidos pelo atirador e orientá-lo para as
próximas séries.
Antes de se fazer qualquer análise dos impactos no alvo, o IT deverá observar se o atirador é
destro ou canhoto, para então proceder à análise do alvo. O IT, dependendo da situação dos
impactos, deverá perguntar ao atirador em qual parte do alvo foi a linha de visada.
Durante a execução de uma série de tiros, o IT deverá estar atento a todos os atiradores para
que a segurança seja observada e que se possa identificar os alunos com maior dificuldade de
aprendizado, para se começar, de imediato, as orientações.
ERROS MAIS COMUNS
Este item refere-se aos erros mais comuns cometidos pelos atiradores e as providências
necessárias para suas correções. Todos os diagnósticos abaixo consideram que o atirador é destro,
caso seja canhoto, o IT deverá tomar o cuidado de inverter o sentido da análise e a conseqüente
correção.
ERROS MAIS COMUNS / CAUSA PROVÁVEL / CORREÇÃO
Os erros comuns gerais são aqueles que se apresentam tanto na utilização de armas curtas como
de armas longas.
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Impactos Agrupados Fora do Centro
a) Grupamento nas Extremidades Alta ou Baixa do Alvo:
causa provável - erro constante no alinhamento vertical das alça e massa de mira ou
uma empunhadura sem a firmeza necessária.
b) Grupamento nas Extremidades Direita ou Esquerda do Alvo:
causa provável - erro constante no alinhamento horizontal das alça e massa de mira.
c) Grupamento Próximo ao Centro para Cima ou para Baixo:
causa provável - erro vertical de enquadramento e alinhamento do alvo com a alça e massa
de mira.
d) Grupamento Próximo ao Centro para Direita ou para Esquerda:
causa provável - erro horizontal de enquadramento e alinhamento do alvo com a alça e
massa de mira; e
correção - deverão ser tomadas as seguintes providências para a correção dos erros
acima mencionados: fazer a correta empunhadura, puxada do gatilho e enquadramento
do alvo durante o disparo.
Impactos Totalmente Dispersos
a) causa provável - o excesso de nervosismo do atirador, podendo inclusive, estar fechando
ambos os olhos no momento do disparo; e
b) correção- executar disparos em seco para que o atirador adquira confiança nos seus
procedimentos ou usar a técnica do lápis, para as armas curtas, e triângulo da pontaria,
para as armas longas.
Torção de Pulso
Dispersão do tiro após uma série efetuada e grupada na parte baixa do alvo.
a) causa provável – tendência que tem o atirador em compensar os acertos grupados na parte
baixa do alvo através da torção do pulso p/ cima durante o disparo; e
b) correção - manter corretos a empunhadura, puxada do gatilho e enquadramento do alvo
durante o disparo.
Sobressalto
Um sobressalto é uma tendência nervosa de antecipação, que ocorre quando se puxa o gatilho,
e o corpo não está ainda preparado para isso.
a) causa provável - excesso de nervosismo do atirador; e
b) correção - executar uma série de tiros em seco para o atirador criar confiança.
Esquiva
É a reação antecipada ao recuo da arma, procurando furtar o corpo à sua ação. É denunciada
pelo movimento brusco da cabeça e dos ombros para a retaguarda, pelo fechar de olhos, contração
do braço contrário ao que está empunhando a arma, ou uma combinação de todos ou alguns desses
movimentos.
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a) causa provável - receio de sofrer a reação imposta pela arma após o disparo; e
b) correção - preparar o atirador com aulas de aconselhamento, para evitar a esquiva da
arma pelo atirador, durante o tiro.
Antecipação
É a tentativa de amortecer os efeitos do recuo, retesando os músculos do peito e dos ombros e
movendo-os para frente.
a) causa provável - preparação antecipada do corpo para os efeitos de recuo da arma; e
b) correção - poderá ser utilizada a mesma metodologia do item anterior.
Erros Comuns com Armas Curtas
Espalmar a Arma
É diagnosticado quando há a concentração de impactos na parte superior direita do alvo.
a) causa provável - o atirador empunha a arma com demasiada força, antes ou durante o
momento em que aperta o gatilho. Ele tende a apertar a empunhadura da arma para dentro
da palma da mão, provocando a elevação da massa de mira e um consequente desvio da
visada; e
b) correção - manter constante a pressão ao se empunhar a arma durante a sequência de
disparo. Não se pode modificar a pressão da empunhadura enquanto aguarda o disparo.
Inclinação da Arma
Esse erro é verificado quando há a concentração de impactos na lateral inferior do alvo.
a) causa provável - ao se fazer a mira, a arma é inclinada para a direita ou esquerda. Isso
geralmente é causado pela pressão do polegar sobre o lado da empunhadura da arma.
Quando ocorre o disparo, essa pressão fará com que haja o desvio do cano da arma para a
direita ou esquerda; e
b) correção - a única parte da sua mão que deverá se mover durante o disparo é o dedo do
gatilho. Qualquer outro movimento provocará imprecisão no tiro.
Gatilhada
É a tentativa de fazer com que a arma dispare num instante determinado, aplicando uma
pressão abrupta à tecla do gatilho.
a) causa provável - pode ocorrer no momento em que o atirador julgar ter uma boa visada,
ou, estando à respiração suspensa por muito tempo, quando o atirador resolve disparar
antes de retomá-la; e
b) correção - para obter progresso, o atirador terá que desenvolver por longo tempo uma
técnica especial para acionar o gatilho. Inicialmente, há uma tendência de um mau
comandamento do gatilho, ocasionando a "gatilhada".
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Após tomar a posição e a linha de visada, o atirador aumenta gradativamente a pressão sobre
o gatilho, até que a arma dispare. Quando isto é realizado com perfeição, ele é surpreendido pelo
tiro. O atirador principiante não deve puxar o gatilho diretamente do descanso até o seu desarme. É
necessário intercalar pressões com a finalidade de não haver movimentos bruscos, que possam ser
transmitidos à arma estabilizada.
ERROS COMUNS COM ARMAS LONGAS
Na execução de tiro com as armas longas, pelo comprimento de seu cano, tem uma tendência
de serem mais precisos do que com armas curtas. Além dos erros comuns que se comete no tiro que
também são válidos para estas armas, existem alguns outros que são peculiares às armas longas tais
como:
Grande Dispersão Vertical
Não existe concentração de impactos, ficando dispersos verticalmente, no alvo
a) causa provável - pode ser a respiração inadequada; e
b) correção – treinar o atirador com tiro em seco, o exercício da respiração durante o tiro.
Grupamento Fora do Centro do Alvo Abaixo e à Esquerda
Os impactos estão grupados abaixo e à esquerda do centro do alvo.
a) causa provável - cotovelo do lado da mão fraca mal posicionado, ou seja, sem estar o
máximo possível debaixo da arma; e
b) correção – mostrar ao atirador a posição correta do cotovelo do lado da mão fraca com
relação à arma.
Condições de utilização de uma arma:
Em formaturas ou Instruções de IGT / IPT – descarregada, com o carregador desmuniciado e
travada (se possível);
Em serviço de guarda ou missão de segurança: descarregada, alimentada e travada (se
possível);
Em Instrução Prática de TMB e TMA: conforme os comandos do Instrutor de Tiro; e
Em situação real de emprego (guerra): conforme a necessidade específica do atirador.
A sequência correta para receber uma arma de fogo, no material bélico, para utilizar no
serviço de guarda é a seguinte:
a) receber a arma aberta e verificar se está descarregada;
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b) fechar a arma e executar um “tiro em seco” na caixa de areia;
c) travar a arma (se possível) e colocá-la no coldre;
d) municiar o carregador;
d) com a arma no coldre, colocar o carregador municiado na arma.
A sequência correta para entregar uma arma de fogo, no material bélico, utilizada no serviço
de guarda é a seguinte:
a) travar a arma, se possível;
b) retirar o carregador da arma;
c) desmuniciar o carregador;
d) devolver o carregador vazio e a munição;
e) abrir a arma e verificar se está descarregada;
f) devolver a arma aberta com o cano voltado para você.
XII - EXTRATO DA NSCA 136-1
ARMAMENTO DE USO PARTICULAR NO ÂMBITO DO COMANDO DA AERONÁUTICA
A NSCA 136-1 regulamenta os procedimentos para aquisição, transferência, utilização e
porte de arma de fogo e munição de uso particular, por militares da ativa, da reserva e reformado,
no âmbito do Comando da Aeronáutica.
Sistema Nacional de Armas (SINARM)
Instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, com circunscrição em todo
o território nacional, tendo por competência: cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e
vendidas no País; cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela
Polícia Federal, bem como as apreensões de armas de fogo; cadastrar os armeiros em atividade no
País, entre outros, não alcançando as armas dos integrantes das Forças Armadas.
Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (SIGMA)
O SIGMA instituído no Ministério da Defesa, no âmbito do Comando do Exército, com
circunscrição em todo o território nacional, tem por finalidade manter cadastro geral, permanente e
integrado das armas de fogo importadas, produzidas e vendidas no país, de competência do
SIGMA, e das armas de fogo que constem de registros próprios.
Sistema de Gerenciamento Militar de Armas da Aeronáutica (SIGMAER)
Instituído no âmbito do COMAER tem por finalidade manter o cadastro geral, permanente e
integrado com o SIGMA, das armas de fogo de uso particular dos militares da Aeronáutica,
constantes de registros próprios das OM, bem como das armas institucionais de porte e portáteis,
pertencentes ao acervo da Força. O Sistema possui como órgão central a DIRMAB e como elos
subordinados os COMAR, através das Seções de Investigação e Justiça (SIJ) e dos SERMAB.
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Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB)
É a OM do COMAER responsável pela fiscalização e pelo controle das armas de fogo de
uso particular dos militares da Aeronáutica, e das armas de fogo institucionais, de porte e portáteis,
do acervo do COMAER.
Registro de Arma de Fogo
Ato de consignar a aquisição e a propriedade da arma de fogo em ato oficial, se
caracterizando pela publicação em Boletim Interno Reservado da OM de origem ou de vinculação
do adquirente.
Cadastro
Inserção no SIGMAER dos dados pessoais do proprietário e técnicos da arma de fogo de sua
propriedade, contidos na Ficha de Controle de Armas (FCA), devidamente registrados em Boletim
Reservado da OM de origem ou de vinculação do proprietário.
Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF)
Documento válido em todo território nacional, que comprova a propriedade da arma de fogo
e que permite ao seu proprietário mantê-la, exclusivamente, no interior de sua residência ou
estabelecimento comercial de que seja o titular ou responsável legal. O proprietário da referida arma
só poderá portá-la, caso esteja expressamente grafado no CRAF a autorização para o Porte de
Arma, nos termos da Lei.
Porte de Arma de Fogo (PAF)
É o documento de caráter obrigatório que dá o direito ao proprietário da arma de fogo de
transportá-la, de forma discreta e em locais permitidos por Lei, sendo específico para cada arma e
intrínseco ao CRAF.
Arma Brasonada
Arma de uso restrito que possui o Símbolo das Armas Nacionais gravado na armação.
Posse Temporária
Situação caracterizada por militar da Aeronáutica possuidor de arma brasonada de calibres 9
mm ou .45”. Só deve ser autorizada a transferência da posse dessa arma para outro oficial de
carreira da Força Aérea Brasileira.
PRODUTOS CONTROLADOS DE USO RESTRITO E PERMITIDO
As armas, munições, acessórios e equipamentos são classificados, quanto ao uso, em:
a) uso restrito; e
b) uso permitido.
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SÃO DE USO RESTRITO
a) armas, munições, acessórios e equipamentos iguais ou que possuam alguma característica no que
diz respeito aos empregos tático, estratégico e técnico do material bélico usado pelas Forças
Armadas Nacionais;
b) armas, munições, acessórios e equipamentos que, não sendo iguais ou similares ao material
bélico utilizado pelas Forças Armadas Nacionais, possuam características que só as tornem aptas
para o emprego militar ou policial;
c) armas de fogo curtas, cuja munição comum tenha na saída do cano energia superior a trezentas
libras/pé ou quatrocentos e sete Joules e suas munições, como, por exemplo, os calibres 0,357”
Magnum, 9mm Luger, 0,38” Super Auto, 0,40” S&W, 0,44” SPL, 0,44” Magnum, 0,45” Colt e
0,45” Auto;
d) armas de fogo longas, raiadas, cuja munição comum tenha na saída do cano energia superior a
mil libras/pé ou mil trezentos e cinqüenta e cinco Joules e suas munições, como, por exemplo,
0,22”- 250, 0,223” Remington, 0,243” Winchester, 0,270” Winchester, 7mm Mauser, 0,30”- 06,
0,308” Winchester, 7,62mm, 0,357” Magnum, 0,357” Winchester e 0,44” Magnum;
e) armas de fogo automáticas de qualquer calibre;
f) armas de fogo de alma lisa de gáugio doze ou superior, com comprimento de cano menor que
vinte e quatro polegadas ou seiscentos e dez milímetros e suas munições;
g) armas de pressão, por ação de gás comprimido, ou por ação de mola, com calibre superior a seis
milímetros, que disparem projéteis de qualquer natureza;
h) armas de fogo dissimuladas, conceituadas como tais os dispositivos com aparência de objetos
inofensivos, mas que escondem uma arma, tais como bengalas-pistola, canetas-revólver e
semelhantes;
i) arma de ar comprimido, simulacro do Fuzil 7,62mm, M964, FAL e Fuzil 5,56mm, M-33 e HK-
33;
j) armas e dispositivos que lancem agentes de guerra química ou gás agressivo e suas munições;
l) dispositivos que constituam acessórios de armas e que tenham por objetivo dificultar a
localização da arma, como, por exemplo, os silenciadores de tiro, os quebra-chamas e outros,
servindo para amortecer o estampido ou a chama do tiro e também os que modificam as condições
de emprego, tais como os bocais lança-granadas e outros;
m) munições ou dispositivos com efeitos pirotécnicos, ou dispositivos similares capazes de
provocar incêndios ou explosões;
n) munições com projéteis que contenham elementos químicos agressivos, cujos efeitos sobre a
pessoa atingida sejam de aumentar consideravelmente os danos, tais como projéteis explosivos ou
venenosos;
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o) espadas e espadins utilizados pelas Forças Armadas e Forças Auxiliares;
p) equipamentos de visão noturna, tais como óculos, periscópios, lunetas etc.;
q) dispositivos ópticos de pontaria com aumento igual ou maior que seis vezes o diâmetro do objeto
e igual ou maior que trinta e seis milímetros;
r) veículos blindados de emprego civil ou militar; e
s) carabinas de calibres 0,30”M1 e 0,40” S&W, pistola FIVE SEVEN calibre 5,7x28mm.
SÃO DE USO PERMITIDO
a) as armas de fogo curtas, raiadas, de repetição ou semi-automáticas, cuja munição comum tenha
na saída do cano energia de até trezentas libras/pé ou quatrocentos e sete Joules e suas munições,
como, por exemplo, os calibres 0,22” LR, 0,25” Auto, 0,32” Auto, 0,32” S&W, 0,38” SPL e 0,380”
Auto;
b) armas de fogo longas, raiadas, de repetição ou semi-automática, cuja munição comum tenha na
saída do cano energia de até mil libras/pé ou mil trezentos e cinqüenta e cinco Joules e suas
munições, como, por exemplo, os calibres 0,22” LR, 0,32-20”, 0,38-40” e 0,44-40”;
c) armas de fogo de alma lisa, de repetição ou semi-automáticas, gáugio doze ou inferior, com
comprimento de cano igual ou maior do que vinte e quatro polegadas ou seiscentos e dez
milímetros, as de menor gáugio com qualquer comprimento de cano e suas munições de uso
permitido;
d) armas de pressão por ação de gás comprimido ou por ação de mola, com calibre igual ou inferior
a seis milímetros e suas munições;
e) armas que tenham por finalidade dar partida em competições desportivas e que utilizem
cartuchos contendo exclusivamente pólvora;
f) armas para uso industrial ou que utilizem projéteis anestésicos para uso veterinário;
g) dispositivos ópticos de pontaria com aumento menor que seis vezes e diâmetro da objetiva menor
que trinta e seis milímetros;
h) cartuchos vazios, semicarregados e carregados a chumbo granulados, conhecidos como
cartuchos de caça”, destinados a armas de fogo de alma lisa de gáugio permitido;
i) blindagens balísticas para munições de uso permitido;
j) equipamentos de proteção balística contra armas de fogo portáteis ou de porte de uso permitido,
tais como coletes, escudos, capacetes etc.; e
k) veículo de passeio blindado.
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RESERVADO
AQUISIÇÃO DE ARMAS, MUNIÇÕES OU ACESSÓRIOS DE USO PERMITIDO E
RESTRITO
PROPRIEDADE DE ARMAS DE FOGO
Cada militar, salvo aqueles enquadrados nas categorias de colecionadores, atiradores e
caçadores que tenham os seus limites regulados por legislação específica do Comando do Exército,
pode ser proprietário de, no máximo, seis armas de fogo de uso permitido, sendo:
a) duas armas de porte, curtas ou para defesa pessoal (revólver ou pistola);
b) duas armas de caça de alma raiada para caça ou esporte (carabina ou fuzil); e
c) duas armas de caça de alma lisa (espingarda ou toda arma congênere de alma lisa de qualquer
modelo, gáugio e sistema).
Nos limites estabelecidos acima, não estão incluídas dentre estas as duas armas de uso
restrito, por oficial de carreira e uma por suboficial e sargento estabilizado: uma de calibre 0,357”
Magnum, uma de calibre 9 mm, uma de calibre 0,40” e uma de calibre 0,45” que tenham sido
autorizados a possuírem como proprietário, estabelecidas em normas reguladoras da DFPC do
Comando do Exército.
PRAZO E QUANTIDADE
Armas de Fogo
Desde que não extrapole o quantitativo máximo previsto nesta Norma e que sejam
preenchidos os requisitos estabelecidos em Portaria emitida pelo COMAER, o militar da
Aeronáutica pode adquirir, a cada dois anos, até três armas de fogo diferentes, sendo cada uma
delas de um dos seguintes tipos:
a) uma arma de porte, curta ou para defesa pessoal (revólver ou pistola);
b) uma arma de caça de alma raiada (carabina ou fuzil); e
c) uma arma de caça de alma lisa (espingarda ou toda arma congênere de alma lisa de qualquer
modelo, gáugio e sistema).
Para que seja autorizada pela DIRMAB a aquisição da arma pretendida, deve ser levada
também em consideração à quantidade existente de posse do militar requerente, para que não
exceda o quantitativo estabelecido no item acima
Munições
A quantidade anual máxima de cartuchos de munição de uso permitido ou restrito que cada
militar pode adquirir respectivamente no comércio especializado e na industria, para manter em seu
poder e estoque, com autorização do seu Comandante, Chefe, Diretor ou Secretário, para as armas
de porte, de caça de alma raiada ou de caça de alma lisa, registradas no SIGMAER, em um mesmo
calibre, é de 50 (cinquenta) cartuchos.