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AOC - OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVO Autor: JOÃO STRESSER CARDOSO Disciplina: GEOGRAFIA Conteúdo estruturante: DIMENSÃO CULTURAL-DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO Tema: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana: Contribuições para o trabalho em Geografia Geografia 1. Problematização do Conteúdo ÁFRICA, UM CONTINENTE MARAVILHOSO E ENIGMÁTICO, PORÉM, AINDA DISTANTE DAS NOSSAS SALAS DE AULA Durante muito tempo as culturas Africana e Afro-Brasileira ficaram ocultas das nossas discussões em sala de aula, colocando de forma secundária as contribuições dadas por esses grupos étnicos para a formação cultural do nosso país. Como forma de reparar este grave erro histórico, a lei federal número 10.639 prevê a adição obrigatória dessa temática nos conteúdos curriculares. Nas salas de aula esta questão não é muito discutida pelo fato de existir uma resistência a este tema, pois mexer neste assunto é muito difícil para alguns educadores. Durante este tempo as citações sempre foram negativistas, repousando na questão exclusivamente da escravidão. Portanto se faz necessário o trabalho de forma positiva e que ultrapasse a fase da escravatura mostrando as grandes contribuições positivas, como, por exemplo, os processos culturais. Existe em nosso país a possibilidade de colocar em prática a "igualdade racial", ou seja, um lugar no mundo onde não fossem encontrados conflitos como os existentes nos EUA ou na África do Sul. Aqui seria um lugar onde os negros teriam total liberdade, mas isso naufraga quando nos deparamos com as estatísticas que relatam proporcionalmente a distribuição de renda e participação em cursos superiores comparando brancos e negros, onde vemos uma participação muito menor deles. O que fazer então: nesse ponto a resposta não é tão fácil quanto parece, pois carece de mudanças em nossas atitudes. Com certeza! E claro pela nossa, educadores em primeiro lugar. A postura de enfrentamento desta questão é justamente o que motivou para realizar esse trabalho. A África é um continente imenso, com uma multiplicidade enorme de culturas, muitas delas exportadas para o nosso país. Sendo assim, devemos levantar e debater esta questão em nossas classes. Desta forma tenho a certeza que temos a ganhar não só em conhecimento, mas principalmente em justiça social para com esses povos discriminados. Então, este trabalho deve ser feito, e nós da geografia, somos fundamentais para a reversão deste processo de exclusão. 2. Investigação Disciplinar Geografia afro-brasileira é possível?

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AOC - OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVO

Autor: JOÃO STRESSER CARDOSO

Disciplina: GEOGRAFIA

Conteúdo estruturante: DIMENSÃO CULTURAL-DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Tema: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana: Contribuições para o trabalho em GeografiaGeografia1. Problematização do Conteúdo

ÁFRICA, UM CONTINENTE MARAVILHOSO E ENIGMÁTICO, PORÉM, AINDA DISTANTE DAS NOSSAS SALAS DE AULA

Durante muito tempo as culturas Africana e Afro-Brasileira ficaram ocultas das nossas discussões em sala de aula, colocando de forma secundária as contribuições dadas por esses grupos étnicos para a formação cultural do nosso país. Como forma de reparar este grave erro histórico, a lei federal número 10.639 prevê a adição obrigatória dessa temática nos conteúdos curriculares.Nas salas de aula esta questão não é muito discutida pelo fato de existir uma resistência a este tema, pois mexer neste assunto é muito difícil para alguns educadores. Durante este tempo as citações sempre foram negativistas, repousando na questão exclusivamente da escravidão. Portanto se faz necessário o trabalho de forma positiva e que ultrapasse a fase da escravatura mostrando as grandes contribuições positivas, como, por exemplo, os processos culturais.Existe em nosso país a possibilidade de colocar em prática a "igualdade racial", ou seja, um lugar no mundo onde não fossem encontrados conflitos como os existentes nos EUA ou na África do Sul.Aqui seria um lugar onde os negros teriam total liberdade, mas isso naufraga quando nos deparamos com as estatísticas que relatam proporcionalmente a distribuição de renda e participação em cursos superiores comparando brancos e negros, onde vemos uma participação muito menor deles.O que fazer então: nesse ponto a resposta não é tão fácil quanto parece, pois carece de mudanças em nossas atitudes. Com certeza! E claro pela nossa, educadores em primeiro lugar. A postura de enfrentamento desta questão é justamente o que motivou para realizar esse trabalho. A África é um continente imenso, com uma multiplicidade enorme de culturas, muitas delas exportadas para o nosso país. Sendo assim, devemos levantar e debater esta questão em nossas classes. Desta forma tenho a certeza que temos a ganhar não só em conhecimento, mas principalmente em justiça social para com esses povos discriminados. Então, este trabalho deve ser feito, e nós da geografia, somos fundamentais para a reversão deste processo de exclusão.

2. Investigação Disciplinar

Geografia afro-brasileira é possível?

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Existe uma realidade nas nossas salas de aula que precisa ser alterada. Que é a absoluta falta de conhecimento da importância de se analisar a temática africana e afrobrasileira. Temos que resgatar esta importante temática, e a nossa disciplina tem muito a contribuir. Um interessante trabalho está sendo realizado pelo professor Rafael Sanzio Araújo dosSantos (2006, p. 53), que aponta a geografia como de fundamental importância no entendimento destas questões:"A geografia é a ciência do território e este componente fundamental, a terra, ou o terreiro num sentido mais amplo, continua sendo o melhor instrumento de observação do que aconteceu (...) O território é na sua essência um ato físico, político, social, categorizável, possível de dimensionamento, onde geralmente o Estado está presente, e onde estão gravadas as referências culturais e simbólicas da população (...)São várias as questões estruturais relacionadas à cultura africana que continuam merecendo investigação, conhecimento e intervenção. Um dos pontos básicos está relacionado à desmistificação do continente africano, sobretudo nos seus aspectos geográficos e suas relações com a formação do território brasileiro, que assume uma posição de destaque na conjuntura atual, quando demandas significativas da sociedade, principalmente educacionais e empresariais, solicitam esse conhecimento."É importante destacar que no DCE relacionado a disciplina de geografia temos que território esse importante conceito de geografia "é ligado à ideia de espaço e poder. (...)onde ocorre a normalização das ações, tanto globais quanto locais"(PARANÁ, 2006, p.28)Então não é só possível como também desejável e necessário.

Referências bibliográficas:

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Centro de Educação à distância. Educação Africanidades Brasil.Brasília: Ed. UNB, 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares deGeografia Para a Educação Básica. Curitiba, 2006.

3. Perspectiva Interdisciplinar

Cultura Afro tarefa de todos

Desde a sua proposta, pela Lei federal nº 10.639, essa temática é para todos e todas as disciplinas da escola. Essa Lei nasceu como resposta a uma necessidade de que a História e a Cultura africana e afro-brasileira devem perpassar as disciplinas, o que corresponde a uma realidade como um todo. Então a própria Secretaria do Estado da Educação procurou criar os chamados cadernos temáticos, onde encontramos diversas sugestões para as mais diversas áreas do conhecimento. Nestes cadernos encontramos muitos subsídios para a prática educativa na disciplina geografia, como uma ciência-ponte entre o social e humano. Nas próprias palavras da Professora Yvelise Freitas de Souza Arco-verde - superintendente da Educação do Paraná: "Comprometidos com a luta pela transformação social, os profissionais da educação buscam continuamente estratégias que ressaltem o cotidiano dos

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alunos para, a partir da realidade constatada, construir os saberes escolares necessários à formação do homem, do cidadão e do trabalhador. Neste sentido temos apontado nosso trabalho, valorizando o professor, dando-lhe a formação continuada para, de fato, efetivarmos uma prática educacional transformadora.Este caderno temático ruma para a conquista desse objetivo, traz a necessária fundamentação aos profissionais da educação e comunidade em geral, para que estes possam ter instrumentos adequados ao enfrentamento das diversidades, e para que consigam ser agentes de transformação da hipocrisia e do preconceito na construção de uma sociedade mais justa"(PARANÁ, 2005, p. 09).Não é possível imaginar outra forma de trabalhar a interdisciplinaridade senão por projetos, onde os professores envolvidos com o tema trabalhem juntos, contribuindo cada qual com as suas áreas de conhecimento, para que o objetivo proposto seja alcançado, que é criar uma sociedade menos hipócrita no que diz respeito as suas relações raciais, para o enfrentamento das suas diversidades. Neste momento chamamos e somos chamados ao trabalho junto com disciplinas como história, artes, português, matemática, enfim todo o quadro de disciplinas que compõe.

Referência bibliográfica:

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: inserção dos conteúdos de história afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba, 2005.

4. Contextualização

Ficar por dentro da Cultura Afro

Em 2007 assistindo a palestra do professor Rafael dos Anjos, o qual trabalha muito com a questão afro, ele comentou algo que por mais incrível que pareça nunca me passou pela mente, o fato de que um afrodescendente não conseguir fazer a sua própria genealogia, como, por exemplo, um descendente de outra etnia consegue. Neste momento despertei para a realidade cruel. Estudamos em nossas escolas somente assuntos negativos da África e dos africanos, tais como escravidão, baixo IDH dos países africanos, guerras naquele continente.Está na hora de mudar essa visão negativa da África, pois na maioria das nossas salas de aula temos afrodescendentes, e mesmo que não tenhamos, vivemos em um país onde essa realidade de um grande contingente negro é muito presente.Portanto, existem muitos aspectos positivos, tais como impérios fabulosos, culturas diversas e majestosas, histórias de lutas e vitórias, e outros tantos, para serem estudados dentro desta temática.Trata-se não somente de obedecer a uma lei, mas também de assumir um compromisso social com os nossos alunos na sala de aula. É importante incluir as pessoas que se sentem menor por sua origem, e que pela ignorância não conhecem as riquezas desse continente e de suas etnias. Assim sendo, cabe a nós educadores a tarefa de desmistificarmos os preconceitos a partir do conhecimento da realidade da história e seu contexto.

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5. Sites

Adoro cinemaDisponível em (endereço web): http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/filmesAcessado em (mês.ano): Outubro/2007Comentários:Excelente para quem está selecionando filmes com sinopses muito instrutivas para seus alunos.

UnipalmaresDisponível em (endereço web): http://www.unipalmares.edu.brAcessado em (mês.ano): Junho/2007Comentários:Site oficial da entidade que possui inclusive um programa na rede Mercosul de televisão onde aos domingos às 21 horas veicula Negros em foco, excelente programa que discute variados temas relacionados com a afrodescendência. Ainda nesse site poderemos encontrar links que poderão nos ajudar a elaboramos nossas aulas de África e cultura afro-brasileira.

Refugiados africanosDisponível em (endereço web):http://www.arab.hpg.ig.com.br/Sociedade/9/index_hpg.htmlAcessado em (mês.ano): Março/2007Comentários:A Associação Pró-Refugiados Africanos no Brasil é uma sociedade civil, cultural e beneficente, sem fins lucrativos, sem qualquer tipo de distinção, fundada em 10 de maio de 2000, sob proteção do Art. 15 da Convenção da Organização das Nações Unidas de 1951, designada no seu Estatuto por ARAB, com personalidade jurídica própria, que congrega no seu seio refugiados no Brasil e cidadãos brasileiros ou não. Nela encontramos muitos comentários sobre refugiados africanos que vivem no nosso país, suas histórias, suas perspectivas.

PululuDisponível em (endereço web): http://pululu.blogspot.comAcessado em (mês.ano): Setembro/2007Comentários:Blog da Angola com a melhor colocação no ranking do Technorati (ferramenta de busca especializada em listar blogs), "onde a cultura, a política, a opinião, têm um lugar de acolhimento". É a realidade vivida in loco, sabermos como nossos irmãos angolanos vivem e pensam.

Mundo NegroDisponível em (endereço web): http://www.mundonegro.com.brAcessado em (mês.ano): Novembro/2007Comentários:Neste ambiente encontramos muitos informações úteis para discutirmos em sala, com notícias relacionadas a questão afro.Encontramos referências das suas lutas históricas e atuais, links para uma infinidade de sites que poderão aprofundar o assunto afro em nossas salas de aula.

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Diário de um sociólogoDisponível em (endereço web): http://oficinadesociologia.blogspot.comAcessado em (mês.ano): Setembro/2007Comentários:Carlos Serra, do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane, é uma referência da blogsfera de Moçambique.

Afro-ÁsiaDisponível em (endereço web): http://www.afroasia.ufba.brAcessado em (mês.ano): Outubro/2007Comentários:A Universidade federal da Bahia, disponibiliza neste site as suas publicações da Revista Afro-Ásia, com uma gama enorme de temas relacionado a área de nosso interesse no que concerne ao afro-brasileiro, com muitos artigos científicos, que aprofundam de uma maneira muito densa essa temática.

Centro de Cartografia Aplicada e Informação GeográficaDisponível em (endereço web): http://www.unb.br/ih/cigaAcessado em (mês.ano): Dezembro/2007Comentários:Na realidade eu indico esse site que é o lugar onde trabalha o professor Rafael Sanzio Araújo dos Anjos, que está muito envolvido com a questão afro-brasileira. Neste site encontramos á venda mapas, livros e as mais recentes descobertas dentro da temática afro-brasileira. Indico os dois e-mails, por onde você pode conversar com ele, e pedir um catálogo com as suas publicações, inclusive mapas. Vale a pena conferir. Então aqui está: [email protected] e [email protected]. Ainda cito otelefone: (61) 3307-2393.

História da capoeiraDisponível em (endereço web): http://www.abrasoffa.org.br/capoeira/htmlAcessado em (mês.ano): Julho/2004Comentários:Em termos de cultura afro, a capoeira, essa dança-luta, é muito significativa, representando a resistência dos povos escravizados.

The fishbowlDisponível em (endereço web): http://www.jontyfisher.blogspot.comAcessado em (mês.ano): Setembro/2007Comentários:Especialista em marketing político. Jonty Fisher é dono de uma agência de marketing e escreve sobre a política da África do Sul. É interessante lermos sobre algo escrito por alguém que vive a situação, em uma forma totalmente real. É saber sobre a África do Sul por alguém que está lá.

This is ZimbabweDisponível em (endereço web): http://www.sokwanele.com/thisiszimbabweAcessado em (mês.ano): Setembro/2007Comentários:O grupo de ativistas pró-democracia Sokwanele bloga sobre a situação atual do Zimbabwe. Com esse site poderemos saber sobre esse país africano, por

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alguém que mora nele, portanto escrevendo sobre a realidade vivida in loco.

The Sudanese ThinkerDisponível em (endereço web): http://www.sudanesethinker.comAcessado em (mês.ano): Setembro/2007Comentários:Analisa a cena política do Sudão e é um bom local para acompanhar o conflito étnico na região de Darfur.

6. Vídeos

Kiricu e a feiticeiraDireção: Michel OcelotProdutora: Gebeka FilmesDuração: 01:30Comentário: Contribuição do meu amigo Eugenio Pistun, que faz o seguinte comentário: "Esse filme foi passado em um simpósio em Faxinal do Céu, com ele pode ser retratado o aspecto social, político, econômico e cultural da sociedade africana."

A negação do BrasilDireção: Joe Zito AraújoDuração: 01:30Ano: 2000Comentário: Contribuição da nossa colega Marilda Aparecida Nascimento, E ela mesmo comenta: "Mostra o papel dos atores negros apresentados pelas telenovelas no Brasil, que sempre representam personagens mais estereotipados e negativos, o diretor aponta as influências das telenovelas nos processos de identidade étnica dos Afro-brasileiros e faz manifesto pela incorporação positiva do negro nas imagens televisivas do país." Acredito que quando estamos analisando a formação da população brasileira na disciplina de geografia, a questão do racismo velado nas relações sociais, sempre nos atinge, neste ponto esse vídeo pode sim muito nos ajudar. Muito bom vamos conferir!

Vista a minha peleDireção: Joel Zito AraújoDuração: 00:15Local da Publicação: BrasilComentário:É uma divertida paródia da realidade brasileira, para servir de material básico para discussão sobre racismo e preconceito em sala de aula. Como se trata de um curta, todo o vídeo é interessante para tratarmos a temática. Vale realmente a pena analisá-lo com os alunos no sentido de um se colocar na situação do outro, trabalhando a tolerância e as diferenças.

Atlântico NegroDireção: Renato BarbieriDuração: 00:15Local da Publicação: BrasilAno: 1998Comentário: Mais uma contribuição da Marilda Aparecida Nascimento, e nas

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palavras dela: O "documentário é uma viagem no espaço e no tempo em busca das origens africanas da cultura brasileira. Historiadores, antropólogos e sacerdotes africanos e brasileiros relatam fatos históricos e dados surpreendentes sobre as inúmeras afinidades culturais que unem os dois lados do Atlântico. Visão atual do Benin, berço da cultura iorubá. Foi filmado no Benin, no Maranhão e na Bahia”.Não é um documentário muito longo, mas excelente para estudamos a formação cultural do povo brasileiro, mostrando de modo científico e também do senso comum, a importância da matriz negra, suas relações com a África de hoje.

Duro aprendizadoDireção: John SingletonDuração: 01:30Ano: 1994Comentário: Sugestão de filme da nossa colega Rosângela Santana Pedroso, que assim nos indica ". Retrato de um grupo de calouros numa universidade americana. Suas personalidades e como reagem à situação vigente de preconceito e tensão racial".

Duelo de titãsDireção: Boaz YakinDuração: 01:53Local da Publicação: EUAAno: 2000Comentário: Denzel Washington, vive o papel de Herman Boone, um técnico de futebol americano negro que foi contratado para liderar um grupo de jovens de um time universitário dividido pelo racismo, onde aos poucos ele vai atingindo o sucesso.Na nossa sociedade existem várias graduações de racismo, alguns mais outros menos, no filme vemos isto acontecendo, e como na sociedade em si, quando o grupo realmente aceita as suas diferenças é que se unem mais.

QuilomboDireção: Cacá DieguesDuração: 01:59Local da Publicação: BrasilAno: 1984Comentário: A história se passa em 1650, Pernambuco, onde um grupo de escravos se rebela e ruma para Palmares. História interessante para trabalhar a figura de Zumbi. Existem muitos trechos que podem ser trabalhados em nossas salas de aula, mas seria interessante trabalhar esse vídeo de modo interdisciplinar, próximo do dia 20 de novembro, dia em que morreu Zumbi, quando celebramos o dia da Consciência Negra, pois Zumbi é a figura central deste vídeo.

Mississipi em chamasDireção: Alan ParkerDuração: 02:02Local da Publicação: EUAAno: 1988Comentário: Filme forte e denso que trabalha o racismo nos EUA, analisando a terrível Klu Klux Klan.

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Hotel RuandaDireção: Terry GeorgeDuração: 02:01Local da Publicação: EUAAno: 2004Comentário:Baseada em fatos reais, a história se passa em Kigali, capital da Ruanda, em 1994 e relata um momento crítico de tensão da guerra civil entre Tutsis e Hutus (etnias locais que disputavam o controle político do país). O presidente de Ruanda se prepara para assinar um tratado de paz na Tanzânia. Porém, o avião em ele está é abatido e os Hutus tomam o poder, creditando o atentado aos rebeldes Tutsis, dando início a um dos maiores genocídios de que se tem notícia na história: em menos de 4 meses foram mortas cerca de 1 milhão de pessoas.Nesse contexto trágico e desolador, Paul Rusesabagina (Don Cheadle), gerente de um dos maiores e mais luxuosos hotéis de Ruanda, homem culto e bem-relacionado, faz do Milles Collines, quando estoura o conflito, um campo de refugiados, defendendo, com a própria vida, sua família e a família de outras centenas de pessoas que lhe pedem socorro e abrigo para fugir da morte.

AmistadDireção: Steven SpielbergDuração: 02:34Ano: 1997Comentário:Tudo começa quando os prisioneiros de um navio negreiro denominado "La Amistad" se rebelam e trucidam boa parte da tripulação. Desconhecendo os caminhos marítimos de volta pra casa, bem como não tendo noções de como guiar um navio, os líderes da rebelião mantêm alguns tripulantes como reféns, para que estes os levem de volta à África. Porém, são traídos e aportam na América do Norte, onde são aprisionados e levados a julgamento. Desse momento em diante serão muitos os percalços pelos quais terão de passar. Mas lutam com garra e desafiam as leis, impingindo um recomeço para a história republicana norte-americana, com o auxílio do ex-presidente John Quincy Addans,interpretado por Anthony Hopkins. Baseado em uma história verídica.

7. SonsNvula Ieza kia humbiumbiIntérprete: Djavan e Gilberto GilTítulo do CD: SeduzirNome da Gravadora: Emi-odeonComentário: Trata-se de uma música na língua Quimbundo, falada por muitos povos da região de Angola na África, excelente para trabalhar a sonoridade dos povos africanos.Texto:Nga sakidila ngana- a chuva já chegouNzambie- obrigado meu deusNvula yeza kia mbeji- A chuva já chegouIenii- este mêsKima nga kunu ikula- as coisas que plantei

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Kia- já nasceramMukonda dya nvula- por causa da chuvaIkula Kya- já cresceramHUMBIHUMBI-(..)

8. Proposta de Atividades

A formação da população brasileira

Trata-se apenas de um exemplo de trabalho em sala, pois a temática afro abre espaço para o uso de um número enorme de situações. Geralmente na 6ªsérie trabalhamos com o espaço brasileiro de maneira mais intensa, e um dos conteúdos é a análise da população da população do nosso país, baseada nas três matrizes étnicas: o Branco europeu, o Indígena e o Negro africano. Considero um excelente momento pela a realização de uma atividade que procure provocar nos alunos essa curiosidade para a África e a cultura Afro-brasileira. Realizei este trabalho usando uma técnica de ensino conhecida como o Ciclo de aprendizagem, que se desenvolve em cinco estágios, a saber:

1ª aula: fase do envolvimento· Conteúdo: as três matrizes da nossa população;· Objetivo: Reconhecer as três matrizes formadoras da nossa população;· Metodologia: iniciaria a aula usando um poema de Cassiano Ricardo chamado de Brasil poético(RICARDO, Cassiano. História para crianças. In: O MUNDO da criança. Rio de Janeiro: Delta, 1975.), onde ele descreve as três matrizes em um processo histórico, logo após eu iria instigá-los com alguns questionamentos relacionados ao poema, como o que o autor quis dizer em tal estrofe? O que significa tal expressão usada? Como o autor fala de cada uma das matrizes? E é claro o que você acha disso? Sua opinião?· Avaliação diagnóstica: com esses mesmos questionamentos eu já teria uma situação tal em que poderia averiguar o grau de conhecimento do assunto e a posição dos alunos sobre a temática.

1 e 2ª aula: fase da exploração· Conteúdo: Relação entre o poema e a realidade dos alunos;· Objetivo: reconhecer através de um relatório feito pelos alunos em um pequeno grupo se eles conseguem correlacionar partir de sua realidade aspectos que contrariem ou se opõem às idéias apresentadas no poema;· Metodologia: com uso de jornais e revistas locais e regionais e em pequenos grupos os alunos discutirão como comparar a sua realidade com a do poema, apresentando um relatório posterior;· Avaliação processual: através dos relatórios dos grupos, identificar essas correlações entre o poema e a sua realidade.

3ª aula: fase da explicação· Conteúdo: as três matrizes e suas contribuições;· Objetivo: introduzir conceitos relacionados à temática;· Metodologia: através de uma aula expositiva dialogada, usar de um texto que retrate as três matrizes e suas contribuições.· Avaliação: elaboração de um quadro ou um pôster com as três culturas.

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4ª aula: fase da elaboração· Conteúdo: contradições e desigualdades na nossa sociedade;· Objetivo: identificar injustiças e racismos na nossa sociedade;· Metodologia: Através de apresentação de estatísticas que revelem as desigualdades sociais relacionadas com as matrizes culturais, abrir uma discussão sobre esse tema e possíveis soluções tais como o sistema de cotas nas universidades.· Avaliação: Relatório pessoal ou em grupo dependendo do nível das discussões.

Fase da Avaliação: ocorreu ao longo de todo o ciclo ANEXO:

Brasil Poético Então o Brasil meninoRabiscou no seu cadernoDe figuras esta históriaDo seu destino -;

(a lápis vermelho)primeiro a manhã indígenasaiu da montanha espessatrazendo um cocar vermelhosobre a cabeça;

(a giz branco)depois do dia marítimodas velhas naus portuguesassaltou de dentro das ondasqual pássaro brancoruflando a asa enormedas velas retesas;

(a carvão)e a noite africana por últimoque chegou amarrada no porão do naviocom seus orixás,com seus amuletose veio pra terratrazida nos ombrosdos pretos...

Cassiano Ricardo

9. Imagens

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Comentários:Brasil e África nossas referências.

10. Sugestão de Leitura

Categoria: LivroSobrenome: SOUZANome: Marina de Mello eTítulo do Livro: África e Brasil africanoEditora: ÁticaAno da Publicação: 2006Comentários:Sugestão da nossa colega Sônia Mara Zamboni Griz. Ela assim nos indica "Muito interessante, pois retrata o que tem de africano no Brasil, vale a pena conferir". Vamos lá então. É justamente conteúdo que necessitamos em nossas salas para salientarmos a importância da temática afro.

Categoria: LivroSobrenome: FRIZANCONome: OrlandoSobrenome Autor: THONNome Autor: Carlos JoãoTítulo do Livro: Aspectos históricos da escravidão no norte do ParanáEditora: Edição do autorAno da Publicação: 2005Comentários:Quem disse que o Paraná não precisa estudar a questão afro, pois aqui a escravidão foi incipiente? Ora este livro está aí para nos mostrar o contrário. Vale a pena conferir.

Categoria: LivroSobrenome: BENTONome: Maria Aparecida SilvaTítulo do Livro: Cidadania em preto e branco: Discutindo relações sociaisEdição: 3ªLocal da Publicação: São PauloEditora: ÁticaAno da Publicação: 2005Comentários:Contribuição do nosso colega Cleudir Coitinho Tomazzini, neste livro vamos encontrar apoio para trabalhar com os nossos alunos esta difícil tarefa, que são as relações em sala. Por vezes temos na temática afro que trabalhar a autoestima de nossos alunos afrodescendentes, que por séculos foram inculcados em um sentimento de inferioridade, muitos conflitos ocorrem nesse ambiente, e uma diretriz nesse ponto é muito importante, portanto boa leitura.

Categoria: Revista Científica

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Sobrenome: VáriosNome: VáriosTítulo do artigo: VáriosTítulo da revista: Ciência hoje das criançasVolume ou tomo: 168Disponível em (endereço WEB): http://www.ciencia.org.brData de Publicação (mês.ano): Maio/2006Comentários:Sugestão de leitura da nossa colega Sônia Mara Zamboni Griz, que assim comenta: "Um exemplar sobre a África, onde nos traz textos, receitas que influenciaram a culinária brasileira, poemas, curiosidades, dicas para o professor, etc.". Ótima ferramenta nas nossas salas.

Categoria: LivroSobrenome: ANJOSNome: Rafael S.Título do Livro: Geografia, território étnico e quilombos. In: GOMES, N.L. (org). Tempos de lutas: as ações afirmativasLocal da Publicação: BrasíliaEditora: MEC _ SecadAno da Publicação: 2006Comentários:Qual o papel da geografia quando procuramos entender os quilombos. Neste capítulo o professor Rafael traz essa discussão.

Categoria: LivroSobrenome: KI-ZERBONome: J.Título do Livro: História Geral da África I: metodologia e pré-história da ÁfricaLocal da Publicação: São PauloEditora: Ática/UnescoAno da Publicação: 1972Comentários:Ki-Zerbo já se tornou um clássico quando se trata da história da África, leitura obrigatória para qualquer professor que deseja trabalhar a temática afro. Com ele com certeza teremos uma maior bagagem quando formos tratar da temática afro nas aulas de geografia, pois é referência que a todo o historiador da África utiliza, nada como beber direto na fonte.

Categoria: PeriódicoNome do Periódico: O TranscendenteNúmero: 4Disponível em (endereço WEB): http://www.otranscendente.com.brData de Publicação (mês.ano): Agosto/2007Comentários:Sugestão da nossa colega Ivonete Merlini Filipim, e ela comenta que “Tais textos contam a história da África, suas agonias e suas riquezas, ressalta a importância cultural para o mundo dos povos africanos, juntamente com economia, política e religião, o jornal é voltado para a disciplina de ensino religioso, porém os textos podem ser direcionados ou servir de subsídios para se trabalhar a questão afro, sem ficar relembrando aspectos " tristes" deste povos e sim valorizar tudo o que de bom eles contribuíram e ainda contribuem

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para nossa sociedade, acredito que tratá-los igual sem oferecer de mais ou de menos é a melhor maneira de integração.". É isso aí.

Categoria: LivroSobrenome: CAVALHEIRONome: ElianeTítulo do Livro: Racismo e anti-racismo na educação: Repensando nossa escolaLocal da Publicação: São PauloEditora: SummusAno da Publicação: 2001Comentários:Contribuição do nosso colega Cleudir Coitinho Tomazzini, o livro como o próprio título sugere nos dá algumas idéias para trabalharmos a questão das relações inter-étnicas em sala. Ele nos mostra como cada ação, mesmo ingênua de nossa parte gera toda uma situação muito constrangedora. Muito bom.

Categoria: LivroSobrenome: ANJOSNome: Rafael S.Título do Livro: Territórios das comunidades quilombolas do Brasil: segunda configuração espacial.Local da Publicação: BrasíliaEditora: Mapas Editora & ConsultoriaAno da Publicação: 2005Comentários:Discussão muito interessante sobre os territórios das comunidades remanescentes de quilombos. Que todos sabemos como são importantes para os povos remanescentes dos negros africanos, que precisam, através de muita luta conquistar o direito sobre terras que desde há muito habitam.

Categoria: OutrosSobrenome: MECTítulo: Educação Africanidades BrasilComentários:Trata-se do material criado para um curso à distância, organizado pelo MEC, com muitos textos de professores renomados e envolvidos pela temática Afro, inclusive com dois capítulos do Professor Rafael dos Anjos, professor doutor em geografia, que possui uma ampla experiência na área de África e Afro-brasileiros. Então é fundamental para nós lermos esse material.

Categoria: OutrosSobrenome: SEEDTítulo: Educando para as relações étnico-raciaisComentários:Caderno temático feito pela Secretaria de Estado do Paraná, com muitos textos e sugestões de mídias, para trabalhar o tema em sala. É fundamental para o trabalho de qualquer professor interessado em desenvolver a temática afro, pois ele apresenta as leis, deliberações, que são importantes para o desenvolvimento do nosso trabalho.

Categoria: OutrosSobrenome: SEED

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Título: História e Cultura Afro-Brasileira e AfricanaComentários:Trata-se do material que deu o início dos trabalhos oficiais sobre o tema afro no Paraná, contém sugestões de filmes, livros, textos, enfim muitas coisas importantes, além das leis federal e estadual, que normatizam o assunto. É leitura obrigatória para todos nós.

Categoria: LivroSobrenome: Torres (org)Nome: Patrícia LupionSobrenome Autor: OliveiraNome Autor: Paulo Eduardo deTítulo do Livro: Valor da Igualdade e da Individualidade: pensando uma ética global. In:Programa Agrinho: Alguns FioLocal da Publicação: CuritibaEditora: SENAR- PRAno da Publicação: 2007Comentários:Contribuição da nossa colega Silmara Aparecida Rosseto Lima, ela indica que este material foi distribuído em todas as escolas do estado do Paraná. Vale a pena ler. Ele representa uma importante ferramenta para trabalhar as questões relacionadas aos conflitos de origem étnicas que possam aparecer em nossas salas de aula.

Categoria: LivroSobrenome: MOURANome: ClóvisTítulo do Livro: Quilombos e rebelião negraLocal da Publicação: São PauloEditora: BrasilienseAno da Publicação: 1987Comentários:Livro que analisa os quilombos como uma nova espacialidade possível, e desmistifica a visão de democracia racial em nosso país.

Categoria: LivroSobrenome: LEITENome: Ilka BoaventuraTítulo do Livro: Negros no sul do Brasil: Invisibilidade e territorialidadeLocal da Publicação: FlorianópolisEditora: Letras ContemporâneasDisponível em (endereço WEB):Ano da Publicação: 1996Comentários:Trabalho muito bom, que procura discutir a distribuição e a ação geopolítica dos negros no Sul do Brasil.

Categoria: LivroSobrenome: CARRASCONome: WalcirTítulo do Livro: Irmão NegroEdição: 12

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Local da Publicação: São PauloEditora: ModernaAno da Publicação: 1995Comentários:Contribuição do Cleudir Coitinho Tomazzini, este livro pertence a Coleção Veredas da Editora Moderna, nesta coleção encontramos vários assuntos tratados de maneira bem didática. Neste livro, em especial, o assunto está relacionado a nossa temática, tratando de uma forma mais literária um tema relacionado a afrodescendentes. Vale a pena conferir.

Categoria: Revista CientíficaSobrenome: HERNANDEZNome: Leila LeiteTítulo do artigo: A invenção da ÁfricaTítulo da revista: História Viva. Temas BrasileirosFascículo: 3Página inicial: 06 Página final: 11Comentários:Mais uma contribuição da Tânia Cristina Roncada, que assim comenta sobre esse artigo: "Trabalha a natureza o preconceito racial e a discriminação”. Então vamos conferir.

Categoria: LivroSobrenome: RICARDONome: CassianoTítulo do Livro: História para crianças. In: O Mundo da CriançaLocal da Publicação: Rio de JaneiroEditora: DeltaAno da Publicação: 1975Comentários:Existe um poema escrito por Cassiano que é justamente o que eu sugeri nas atividades. Ele apresenta de uma maneira diferente a formação da população no nosso país, abrindo um leque para discussões e uma série de trabalhos que podem ser desenvolvidos em sala.

Categoria: LivroSobrenome: JESSENNome: M.Sobrenome Autor: ARAÚJONome Autor: M.Título do Livro: Geografia física da África - Pequena monografiaLocal da Publicação: MaputoEditora: Livraria UniversitáriaAno da Publicação: 1998Comentários:Geralmente é muito difícil encontrar material de boa qualidade quando se trata da temática afro, neste procurei indicar algo de geografia física do continente africano, feito por autores do lugar. Vale a pena conferir.

Categoria: LivroSobrenome: PINGUILLYNome: Yves

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Título do Livro: Contos e Lendas da ÁfricaLocal da Publicação: São PauloEditora: Companhia das LetrasAno da Publicação: 2005Comentários:Quem nunca ouviu uma fábula, como a da lebre e da tartaruga, estórias infantis com fundo moral, Esopo era muito bom nisso. Mas as tribos africanas também nos legaram fábulas maravilhosas, este belo livro traz muitas delas e de várias regiões da África, excelente para realizarmos trabalhos e teatros em sala.

Categoria: LivroSobrenome: SANTOSNome: MiltonTítulo do Livro: A natureza do EspaçoLocal da Publicação: São PauloEditora: HucitecAno da Publicação: 1996Comentários:Os estudos dos espaços físicos e dos espaços humanos que a partir dele vão-se construindo requerem que se tenha como referência trabalhos de Milton Santos, pois este autor estuda a Geografia do ponto de vista dos empobrecidos e marginalizados e, no caso do Brasil, a maioria dos descendentes de africanos se encontram entre eles.

Categoria: LivroSobrenome: COMITININome: CarlosTítulo do Livro: África Arde - Luta dos povos africanos pela liberdadeLocal da Publicação: Rio de JaneiroEditora: CodecriAno da Publicação: 1980Comentários:Contribuição de Cleudir Coitinho Tomazzini, livro muito interessante, ele mostra que o povo africano teve que lutar muito, interessante para mostrar que a liberdade é realmente uma conquista e não uma doação feita pelas potências imperialistas.

Categoria: LivroSobrenome: FREYRENome: GilbertoTítulo do Livro: Casa-grande & senzala; formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcalEdição: 10Local da Publicação: Rio de JaneiroEditora: José OlympioAno da Publicação: 1961Comentários:Leitura obrigatória para todos. Gilberto Freyre é clássico no assunto, nem que seja para discordar da sua lusofania. Trata-se de uma ampla obra, onde o autor aprofunda enormemente as relações que se estabeleceram ao longo do nosso Brasil-Colônia, na sociedade da agroindústria da cana-de-açúcar. Nele faremos

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descobertas das nossas raízes culturais e étnicas.

Categoria: InternetSobrenome: CostaNome: Ricardo daTítulo: A Expansão árabe na África e os impérios negros de Gana, Mali e SongaiDisponível em (endereço WEB): http://www.ricardocosta.com/pub/imperiosnegros2.htmAcesso em (mês.ano): Outubro/2007Comentários:O professor Dr. Ricardo da Costa trabalha na UFES, e mantem um site muito interessante. Trata-se de um importante documento para alguém que esteja preocupado em conhecer um pouco mais sobre essa importante região da África, de onde muitos povos vieram para o nosso país.

Categoria: PeriódicoSobrenome: LemosNome: AriNome do Periódico: Educação dia-a-dia melhorLocal da publicação: CuritibaNúmero: 50Data de Publicação (mês.ano): Julho/2007Comentários:É importante salientar que se trata do jornal editado pela SEED, e que todos os professores recebem em sua casa. Nas páginas 5 e 6, um artigo muito interessante sobre as comunidades quilombolas no estado do Paraná.

Categoria: LivroSobrenome: ANJOSNome: Rafael S.Título do Livro: A geografia, a África e os negros Brasileiros. In: MANUNGA, K. (org). Superando o racismo na escola.Local da Publicação: BrasíliaEditora: MEC - Secretaria de Educação FundamentalAno da Publicação: 2005Comentários:Capítulo escrito pelo professor Anjos que relaciona a nossa disciplina à temática afro. De resto todo o livro é muito interessante vale a pena conferir.

Categoria: PeriódicoSobrenome: ZIEGLERNome: JeanNome do Periódico: Jornal Brasil de FatoNúmero: 137Data de Publicação (mês.ano): Outubro/2005Comentários:Elementos de uma sociologia política da África negra e de sua diáspora nas Américas.

Categoria: LivroSobrenome: IBAZEBONome: Isimeme

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Título do Livro: Explorando a ÁfricaEdição: 1Local da Publicação: São PauloEditora: ÁticaAno da Publicação: 2003Comentários:Trata-se de um título de uma coleção, que contém também a Índia, América latina, Regiões Polares, China, Japão, Austrália e América do Norte. Mas esse paradidático em particular eu acho excelente para nós da geografia, trazendo um resumo da história da África e atualidades, vale a pena conferir.

Categoria: LivroSobrenome: ANJOSNome: Rafael Sanzio Araújo dosTítulo do Livro: A África, a Educação Brasileira e a Geografia. In: Educação anti-racista: Caminhos abertos pela Lei.Local da Publicação: BrasíliaEditora: MEC/SECADAno da Publicação: 2005Comentários:Contribuição da nossa colega Tânia Cristina Roncada, que comenta: "Este texto trabalha sobre os aspectos da Geografia Africana e seu rebatimento na formação do território e do povo brasileiro”. Realmente os trabalhos desse autor são leitura obrigatória para nós da geografia africana.

Categoria: LivroSobrenome: LIMANome: Heloisa PiresTítulo do Livro: Orgulho das raçasLocal da Publicação: Rio de JaneiroEditora: Memórias FuturasAno da Publicação: 1995Comentários:Também sugestão do Cleudir Coitinho Tomazzini. Dentro das nossas preocupações sobre, aumentar a auto-estima dos nossos alunos o conceito raça sempre nos foi um desafio. Neste livro podemos encontrar algumas respostas.

Categoria: LivroSobrenome: SILVANome: Alberto da Costa eTítulo do Livro: A Manilha e o LibamboLocal da Publicação: Rio de JaneiroEditora: Nova FronteiraAno da Publicação: 2002Comentários:Trata-se de um livro excelente para entendermos melhor o período da chamada pré-colonização africana, tem uma leitura fácil e ao mesmo tempo profunda. vale a pena confiram.

Categoria: LivroSobrenome: DEL PRIORE

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Nome: MarySobrenome Autor: VENÂNCIONome Autor: Renato PintoTítulo do Livro: Ancestrais: Uma Introdução à História da África AtlânticaLocal da Publicação: Rio de JaneiroEditora: ElsevierAno da Publicação: 2004Comentários:Contribuição da nossa colega Tânia Cristina Roncada, e nas palavras dela: "Esse texto apresenta ao leitor uma história dos antepassados negros: o berço africano".

Categoria: LivroSobrenome: BASTIDENome: RogerTítulo do Livro: As Américas negras: civilizações africanas no novo mundoLocal da Publicação: São PauloEditora: DifelAno da Publicação: 1974Comentários:Outro clássico muito estudado e discutido que trabalha a inserção do negro no novo mundo.

Categoria: LivroSobrenome: ANJOSNome: Rafael S.Título do Livro: A utilização dos recursos da cartografia conduzida para uma África desmistificada. In: Revista HumanLocal da Publicação: BrasíliaEditora: UNBAno da Publicação: 1989Comentários:O Professor Rafael trabalha de que modo a cartografia ou o uso de mapas temáticos pode nos auxiliar em sala quando o assunto for África.

Categoria: Revista CientíficaSobrenome: FariasNome: JacksonTítulo do artigo: O Apartheid visto do BrasilTítulo da revista: Carta na EscolaFascículo: 18Página inicial: 36 Página final: 39Disponível em (endereço WEB): http://www.cartanaescola.com.brData de Publicação (mês.ano): Setembro/2007Comentários:Sugestão de uma colega minha, Elisabete Aparecida Rosseto, que comenta que na matéria "O racismo é a atribuição de lugares sociais pelo critério de raça. Mas traz um paradoxo: a humanidade tem uma única raça, a humana". Vamos conferir.

Categoria: LivroSobrenome: RODNEY

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Nome: WalterTítulo do Livro: Como o europeu subdesenvolveu a ÁfricaLocal da Publicação: LisboaEditora: Seara NovaAno da Publicação: 1975Comentários:Este importante livro procura fazer uma revisão histórica, mostrando que o projeto salvacionista europeu foi uma total fraude, e a principal responsável pela destruição da estrutura social e econômica dos povos africanos.

11. Notícias

Categoria: JornalSobrenome: SteinbruchNome: Benjamim*Título da Notícia/Artigo: Bukina Fasso, Benim, Mali, Chade, Brasil e o Algodão*Nome do Jornal: Folha de S. Paulo*Data de Publicação: 04/05/2004*Página: b14Comentários:O jornalista faz uma interessante análise do mercado mundial do algodão e suas relações com a fome e miséria africana, e o nosso papel nesse contexto. Segue-se o texto na íntegra:

"Bukina Fasso, Benim, Mali, Chade, Brasil e o algodão

Bukina Fasso, capital Uagadugu, 13,2 milhões de habitantes, é um país africano onde a mortalidade infantil, é um país africano onde a mortalidade infantil vitima cem em cada mil bebês nascidos vivos. Benim, capital Porto Novo, 7 milhões de habitantes, tem um PIB de US$ 8 bilhões e um índice de analfabetismo de 60%. Mali, capital Bamaco, tem um índice de mortalidade infantil de 119 para cada mil nascidos vivos e 64% da população de 11,6 milhões de pessoas está abaixo da linha da pobreza. Chade, capital Ndjamena, 9,2 milhões de habitantes, tem 80% da população na pobreza absoluta e exporta apenas US$ 197 milhões por ano.O que esses quatro países têm em comum? Todos são africanos, pobres e foram colônias francesas que obtiveram sua autonomia no mesmo ano, 1960. Todos têm economia fortemente concentrada na agricultura, que emprega mais de 80% da população. Todos são produtores de algodão e dependem das receitas desse produto para a sua subsistência.Na semana passada, quando a OMC (Organização Mundial do Comércio) tomou a inédita decisão de determinar aos Estados Unidos a retirada dos subsídios às exportações de algodão, esses quatro países praticamente não foram lembrados. O vencedor, segundo a imprensa econômica – do Valor, em São Paulo, ao Wall Street Journal, em Nova York, e ao Financial Times, em Londres -, foi o Brasil. Mas grandes ganhadores são também países muito mais pobres do que o Brasil, como esses africanos, que também perderam milhões de dólares em exportações nos últimos anos por causa dos subsídios americanos, mas que não tem voto nem voz nos fóruns internacionais.Quando sobrevoei pela primeira vez os Estados Unidos, muitos aos atrás, fiquei impressionado com a paisagem agrícola. Visto do alto, de leste a oeste, tirando regiões montanhosas e desérticas, o país é literalmente quadriculado.

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Praticamente não há matas, como costumamos ver do alto no Brasil. Todo o espaço no campo é aproveitado por alguma cultura, numa incrível demonstração de riqueza.Os 25 mil produtores de algodão são riquíssimos. Ocorre que pelo menos metade de suas riquezas advém de subsídios do governo. E 1999 a 2002, eles receberam subsídios de US$ 12,5 bilhões, segundo a OMC. Nesse período, o valor do algodão vendido alcançou US$ 13,8 bilhões, ou seja, receberam do governo quase tanto quanto obtiveram com o produto da venda de suas lavouras.Esses subsídios promoveram uma competição desleal no mercado internacional, porque reduziram as cotações do algodão para até US$ 0,29 por libra-peso. Com isso, os produtores dos EUA ganharam uma grande fatia do mercado mundial de algodão: tinham 17% em 1999 e passaram a 42% em 2003. Estima-se que o Brasil tenha perdido US$ 450 milhões em exportações nesse período. Não se sabe quantos milhões perderam os africanos e outros países produtores.A decisão da OMC é histórica não só pelo algodão, mas também porque abre caminho para a contestação geral do gigantesco esquema de proteção desleal á produção agrícola posto em prática pelos Estados Unidos e pela Europa. Até agora, antes de dar ganho de causa à queixa brasileira sobre o algodão, nunca a organização havia se manifestado a respeito de subsídios domésticos à agricultura.Está longe ainda o dia em que a vitória na OMC produzirá resultados práticos para as receitas de exportação de algodão de brasileiros e africanos. Os americanos, como antecipou o representante comercial do EUA, Robert Zoellick, vão recorrer da decisão ”até o fim”. Assim, tentarão protelar punição aos EUA e evitar prejuízos eleitorais ao presidente George W. Bush, fortemente apoiado pelo setor agrícola, na próxima campanha presidencial.De qualquer forma, a decisão da OMC abre caminho, pela primeira vez, para um processo em que se tentará abolir um perverso sistema de subsídios que, na contramão do bom senso, contribuiu para aumentar a riqueza e a ineficiência dos ricos, em detrimento dos produtores mais pobres e reconhecidamente mais eficientes.

STEINBRUCH, Benjamin. Folha de São Paulo. São Paulo, 4 maio 2004, p.B14."

Categoria: Jornal*Título da Notícia/Artigo: Epidemia de Aids e pobreza derrubam o IDH de 20 países na década de 1990*Nome do Jornal: Folha de S. Paulo*Data de Publicação: 15/07/2004*Página: A11Comentários:Traz uma série de dados estatísticos que podem ser de utilidade em sala. Além de muitos comentários. Segue-se o texto na íntegra:

Epidemia da Aids e pobreza derrubam o IDH de 20 países na década de 1990O IDH (índice de Desenvolvimento Humano) recuou em 20 países, 13 deles da África subsaariana, durante a década de 1990. Pela primeira vez, essa situação é registrada em tantos países: na década de 1980 apenas três entre 113 países com dados disponíveis viram o índice cair.A epidemia de Aids e o aumento da pobreza provocado pela estagnação econômica são as principais causas apontadas pelo Relatório do Desenvolvimento Humano 2004, do Pnud (Programa das Nações Unidas para o

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Desenvolvimento). “Nas décadas anteriores, praticamente nenhum país experimentou um declínio no IDH. O índice subia constantemente, embora normalmente devagar, porque três das suas componentes fundamentais – alfabetização, escolarização e esperança de vida – demoram a mudar. Portanto, quando o IDH cai, isso indica crise”, afirma o relatório.O retrocesso na África se deve em grande parte, segundo o relatório, à aids, que atinge mais pessoas em idade produtiva.A doença reduziu a expectativa de vida dessas populações, chegando a baixar para 40 anos, ou menos, em sete casos (Angola, República Centro-Africana, Lesoto, Moçambique, Serra Leoa, Suazilândia e Zimbábue).EconomiaEm países como Rússia, Ucrânia e Tadjiquistão, foi a questão econômica que contribuiu para a queda do índice nos anos 1990. Esse quadro, aliado à estagnação de desenvolvimento em outras localidades, levou o Pnud a considerar 54 países como prioridade máxima ou alta – o que significa que têm necessidade de mais atenção, verbas e compromisso internacional ou apresentam progresso insuficiente para atingir as Metas de Desenvolvimento do Milênio. Dos 54, 24 apresentaram queda dos rendimentos durante a década de 1990.Assinado em 2000 por países-membros da ONU, o documento do milênio reúne metas a serem cumpridas até 2015. Entre as metas acordadas, estão reduzir à metade a parcela da população mundial com rendimento menor que US$ 1 por dia, assegurar que as crianças tenham acesso ao ensino primário e diminuir em dois terços a taxa de mortes dos menores de cinco anos.“Sem mudanças significativas, os países que experimentam reversões ou estagnação têmpoucas probabilidades de atingir os seus objetivos”, diz o relatório.O texto registra ainda que, nos 27 países enquadrados a prioridade máxima, o desenvolvimento pode fracassar em todos os aspectos. Estão nesse grupo 21 países da África subsaariana, três árabes, um da Ásia oriental, outro do sul da Ásia e um do Caribe.Aids e conflitosO Relatório de Desenvolvimento Humano alerta que, em 22 países da África subsaariana considerados prioritários, mais de 5% da população é infectada com o HIV, vírus causador da Aids. Em outros nove, houve conflitos violentos na década de 1990.O coordenador interino da Unaids (órgão das Nações Unidas), no Brasil, Pedro Chequer, disse que a Aids hoje não deve ser tratada só como problema de saúde pública, mas também econômico e até de segurança.“O impacto (das mortes) é grande do ponto de vista demográfico. Traz ainda reflexoseconômicos porque pessoas em idade produtiva morrem, e a reposição se dá em ritmo lento”, diz.O relatório de desenvolvimento mostra também que a maioria dos países subsaarianos é pequena (só quatro têm mais de 40 milhões de habitantes), está longe dos mercados mundiais e tem dificuldade de diversificar as exportações de produtos primários.Segundo o relatório, há 46 países onde as pessoas são mais pobres do que nos anos 1990 e, em 25, há mais moradores com fome do que na década passada.

FOLHA DE S. PAULO, São Paulo, 15 jul. 2004, A11.

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Categoria: Jornal*Título da Notícia/Artigo: Genocídio em Ruanda*Nome do Jornal: Folha de S. Paulo*Data de Publicação: 08/04/2004*Página: A15Comentários:Traz um cronograma com todos os principais eventos que ocasionaram o genocídio de 1 milhão de ruandeses nesta terrível guerra civil. Segue-se o texto na íntegra:

Para Ruanda, mundo se omitiu no genocídioAo lembrar ontem o décimo aniversário do genocídio em Ruanda, o presidente Paul kagame disse que os próprios ruandenses foram responsáveis pela morte de cerca de 800 mil pessoas em 1994, mas criticou severamente a comunidade internacional por não ter impedido o massacre.Ainda que simbolicamente, pois seu país é um dos mais pobres do mundo, Kagame disse que, se ocorrer um outro genocídio no mundo, Ruanda será a primeira nação a enviar tropas. (...)Quando o massacre teve início, em 7 de abril de 1994, a ONU possuía 2519 soldados emRuanda. O maior contingente, com 450 soldados, era da Bélgica, ex-metrópole de Ruanda, mas o batalhão saiu após dez de seus integrantes terem sido mortos naquela data.(...)“Todos devemos reconhecer nossa responsabilidade por não termos feito mais para prevenir ou interromper o genocídio”, afirmou o secretário-geral da ONU.(...)Dez anos após Ruanda, Annan defendeu a necessidade de a ONU desenvolver uma estratégia para impedir crimes em massa.Em 21 de abril de 1994, com o genocídio já em andamento, o Conselho de Segurança (CS) da ONU aprovou uma resolução que reduziu as forças da ONU em Ruanda de 2500 para apenas 270 soldados. Em 16 de maio, o CS decidiu enviar 5500 soldados ao país, mas eles só chegaram quando o massacre já havia terminado.“Todas essas poderosas nações agiram como se 1 milhão de vidas não tivessem valor”, disse Kagame. ”Mas, se a morte de 1 milhão de pessoas não as preocupou, então o que as preocupa?”Ao se referir a 1 milhão de mortos, Kagame incluiu todas as mortes ocorridas no país entre 1990 e 1994, quando as etnias hutu (majoritária) e tutsi (tradicionalmente mais poderosa) se enfrentaram.O genocídio em Ruanda começou horas depois da derrubada, em 6 de abril, de um avião que transportava o então presidente Juvenal Habyarimana, um hutu moderado que negociava a paz com rebeldes tutsis.Em 7 de abril, extremistas hutus assumiram o controle do Exército e do governo e culparam os tutsis pela queda do avião. Imediatamente, teve início o massacre, no qual cerca de 800 mil tutsis e hutus moderados foram mortos.O genocídio foi cometido por milicianos hutus, setores do Exército e pela própria população, estimulada pela incitação ao ódio. As vítimas foram mortas a machadadas, facadas e tiros.A matança só terminou cem dias depois, quando o líder rebelde tutsi Paul Kagame tomou a capital, Kigali. Dois milhões de hutus, incluindo as milícias, fugiram para o Zaire (atual República Democrática do Congo).

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Kagame se tornou presidente e, em 2003, elegeu-se para um novo mandato.Durante seu discurso ontem, kagame acusou a França de ter “conscientemente treinado earmado” milícias e soldados que participaram do massacre, mesmo “sabendo que eles iriam perpetrar um genocídio”.A França reagiu ordenando que seu enviado à cerimônia eu Kigali retornasse a Paris. (...)Antes de 1994, a França ajudou a treinar o Exército ruandês, que, após cair sob controle de extremistas, participou ativamente do genocídio. O país também é acusado de ter laços com extremistas hutus que dominaram o governo no início de abril daquele ano.Os franceses já admitiram responsabilidade por não terem feito mais para impedir o genocídio, mas rejeitaram a acusação de terem auxiliado os responsáveis.(...)

FOLHA DE S. PAULO, São Paulo, 8 abr. 2004. p. A15

Categoria: JornalSobrenome: BaldratiNome: Breno*Título da Notícia/Artigo: 50 Blogs para entender o mundo*Nome do Jornal: Gazeta do Povo*Data de Publicação: 16/09/2007*Página: Mundo 02Comentários:Este jornalista conseguiu reunir os 50 blogs mais importantes em todo o mundo, e é lógico do continente africano, países como Sudão, Zimbabwe, Angola, África do Sul e Moçambique. Isso é legal, pois você pode através destas páginas pessoais saber notícias que falam da vida política e cultural de cada país. Eu coloquei esses blogs na sessão de sitios deste OAC. É só conferir! Segue-se o texto na íntegra:

50 blogs para entender o mundoA era da informação na Internet é uma revolução em andamento em que ninguém sabe qual mídia irá prevalecer e qual deixará de existir. Até agora, há muitas conjecturas e poucas certezas. Uma dessas é a democratização do acesso à comunicação. Na rede mundial de computadores, todos podem produzir e publicar conteúdo. Da mesma forma, cada vez mais pessoas podem discutir e ter acesso a opiniões diferentes. Em boa parte, a ferramenta que possibilitou tudo isso foram os blogs.Do Egito ao Equador e da Angola a Armênia, o movimento blogueiro está se consolidando e ganhando respeito. Não porque individualmente cada blogueiro seja espetacular (alguns, de fato, são), mas porque juntos eles conseguiram criar um ambiente favorável para o debate e a troca de informações que se tornou relevante e a cada dia recebe novos adeptos.Nos EUA, onde a blogosfera está no seu estágio mais avançado, a participação dos blogueiros na política e na mídia é enorme – tanto como complementadores da notícia quanto no levantamento de informações que acabam por destronar políticos e jornalistas. O caso mais famoso é o chamado “Rathergate”, em que o veterano jornalista Dan Rather, da CBS, apresentou documentos falsos numa acusação contra o presidente George W. Bush e foi descoberto graças ao empenho da blogosfera.Questionado à época sobre o fato, Jonathan Klein, ex-vice-presidente da rede

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CBS, desdenhou do potencial jornalístico de um “cara sentado de pijamas na sala de sua casa escrevendo”. A frase deu origem ao termo pajamahadeen (a mescla de pijama e mujahideem – guerreiro santo), como se auto-intitulam muitos dos blogueiros nos Estados Unidos.A força desse movimento vai significar a morte da velha mídia? Foi o que se questionou oblogueiro (e jornalista) Andrew Sullivan – um dos primeiros nos EUA a largar as redações dos grandes jornais para “vestir o pijama” -, num artigo para a revista Time, logo após a queda de Rather. Ele mesmo respondeu: “de jeito nenhum. Os blogs dependem dos recursos jornalísticos dos grandes meios de comunicação para fazer o grosso da reportagem e da análise. O que os blogs fazem é oferecer a melhor investigação possível dos grandes meios de comunicação – melhorando o padrão dos profissionais, acrescentando novas opiniões, novos pontos de vista e novos fatos a cada minuto. (...) Em uma época de debate radicalizado, nunca antes a verdade esteve tão disponível. Agradeça aos camaradas de pijama. E os leia.”A reportagem selecionou 50 blogs que servem como referência para a vida política e cultural de mais de 30 países. Todos são escritos em português, inglês ou espanhol.

BALDRATI, Breno, Gazeta do Povo, Curitiba, 16 set. 2007, Caderno Mundo p. 02.

Optei por indicar os blogs relacionados a África no item sítios. É só conferir.

Categoria: Revista de circulação*Título da Notícia/Artigo: Mandela, ideal e luta*Nome da revista: Discutindo a GeografiaLocal da Publicação São Paulo*Página inicial: 63 *Página final: 63Comentários:Pequeno comentário sobre esse importante líder sul-africano. Trata-se de um ícone da luta contra as injustiças sociais.Primeira publicação desta revista."Principal líder sul-africano, Nelson Mandela lutou acirradamente durante toda a vida contra o regime do apartheid. Suas convicções levaram-no a ser preso e condenado à prisão perpétua, em um julgamento histórico em meados da década de 1960, no qual ele próprio conduziu sua defesa. Símbolo da luta contra o governo de minoria branca no país, Mandela finalmente foi libertado em 1990. quatro anos depois elegeu-se o primeiro presidente negro da África do Sul. Também já recebeu o importante Prêmio Nobel da Paz por sua extraordinária biografia.Recentemente declarou o encerramento de suas atividades políticas com a seguinte frase: 'Não me telefonem, deixem que eu telefone para vocês'.".

REVISTA DISCUTINDO A GEOGRAFIA. São Paulo: Escala Educacional,ano 1, n. 1.p.63.

12. Destaques

Os africanos nas Américas antes de Colombo

Quando estava lendo os meus textos de repente me deparei com um assunto muito interessante onde a professora Elisa L. Nascimento, comenta a sua leitura de um livro escrito por Van Sertima, onde ele descreve várias evidências de que os africanos estiveram nas Américas antes de Colombo, e por mais de uma vez.

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"Van Sertima identifica dois possíveis períodos de contato entre a África antiga e as Américas. O primeiro teria lugar na época em que a Núbia reinava como principal poder marítimo mundial, quando aparecem em território olmeca as gigantescas cabeças esculpidas em pedra que retratam, com impressionante competência e fidelidade a detalhes rostos de marinheiros núbios com suas indumentárias típicas. Nesta época aparecem, sem vestígio de evolução anterior no México, pirâmides no estilo núbio e conjuntos de elementos culturais cuja identidade com os africanos está longe dos limites da coincidência. Ademais, a cerâmica pré-colombiana retrata rostos africanos em abundância, com a mesma minuciosa perfeição realizada nos monumentos de basalto dos olmecas.O segundo contato seria na época do príncipe Abu-bakari, imperador de Mali cuja história é contada por historiadores muçulmanos, seus contemporâneos. Soberano confinado a um império sem litoral, fascinou-se pelo mar, mandou construir frotas e lançou expedições ao Atlântico. Em uma delas, o próprio Abu-Bakari embarcou pelos 'rios dentro do mar' -correntezas que levam diretamente ao continente americano - e nunca mais foi visto. Nos registros do Popul-Vuh, livro de tradição dos maias, foi exatamente nesse tempo (1311 d.C.) que lhes apareceu um 'príncipe trajando branco vindo de onde nasce o sol'. O mito maia de Quetzalcoatl, a serpente emplumada, e os costumes, ritos, símbolos, e vocábulos a ele associados, constituem outro conjunto cultural de coincidência demasiadamente ampla e perfeita com a africana para ser atribuída à sorte."(MEC, 2006 p.44)Realmente isso é muito interessante não concordam!

Fonte: Nascimento, Elisa Larkin. Introdução à História da África In: Educação Africanidades Brasil, MEC

13. Paraná

GT Clóvis Moura

O Grupo de Trabalho Clóvis Moura tem realizado um excelente trabalho em termos de levantamento de remanescentes de comunidades afrodescendentes no Paraná.Existe uma luta para que esses Quilombos sejam reconhecidos e tenham a real posse dos seus territórios, esse conflito surge desde o período de implantação do regime de escravidão como elemento constitutivo do Antigo sistema Colonial, baseado em latifúndios. para auxiliar neste trabalho de demarcação de terras quilombolas, o GT Clóvis Moura, ligado a Secretaria de Estado de Cultura do Paraná, tem feito este levantamento em todo o estado, desde Paranaguá até Foz do Iguaçu e Guaíra, e tem constatado muitos casos de grilagem de terras que os quilombos tem sofrido, logo o trabalho é urgente e muito necessário, com o risco de perdermos muitas destas comunidades em nosso estado.Esse GT se concentra no último andar do prédio da Secretaria de Cultura na Rua Ébano Pereira, 240. Fone: 3321-4700 do Centro de Curitiba