Upload
rinaldo-j-a-brandao
View
99
Download
4
Embed Size (px)
Citation preview
ARGAN, Giulio. História da Arte Italiana. Vol 1: Da Antigüidade a
Duccio. São Paulo: Cosac & Naify, 2003
CHILVERS, Ian. Dicionário Oxford de Arte. São Paulo: Martins
Fontes. 2001.
STRONG, Donald E., Antigüidade Clássica. O mundo da Arte.
Livraria José Olympio Editora/ Editora Expressão e Cultura. Rio de
Janeiro. 1966.
Gombrich E. H. A História da Arte. Livros Técnicos e Científicos
Editora S. A. - LTC. Rio de Janeiro. 1999.
Antigüidade Clássica: ROMABIBLIOGRAFIA
Editora S. A. - LTC. Rio de Janeiro. 1999.
HAUSER, Arnold. História Social da Literatura e da Arte. São Paulo,
Mestre Jou, 1982.
RUSSEL, Bertrand. História do Pensamento Ocidental: A Aventura
das Idéias dos Pré-Socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro,
Ediouro, 2001.
Imperador Vespasiano
(Muso Archeologico Nazionale, Nápoles 70 d.C.). Mármore, 135cm.
A Itália antiga não tinha unidade étnica nem
cultural: era um mosaico de povos diversos pela
origem, pelas tradições, pelos costumes e pela
língua. Ao norte do Pó, já era a terra dos
"bárbaros", gauleses e germanos; o sul era um
pedaço da Grécia.
A única cultura autóctone, ainda que também
fortemente influenciada pela arte grega, era a
etrusca, nas regiões centrais. Mesmo a cultura
romana, que acabará por dominar toda a
Antigüidade Clássica: ROMAA ARTE NA ANTIGA ITÁLIA
romana, que acabará por dominar toda a
península, tem suas raízes na grega, mas a
combina, em seu desenvolvimento histórico,
com a tradição etrusca e a renova, acolhendo
grandemente as infiltrações bárbaras.
As únicas regiões italianas que conheceram o grande período
clássico são aquelas do sul e da Sicília. Todas as antigas cidades
calabresas (Taranto, Locri, Síbaris, Crotona, Reggio etc.) e sículas
(Siracusa, Agrigento, Segesta, Gela etc.) são produto da
colonização grega, iniciada no século VIII a.C.: a arte que ali
floresce é a grega, os complexos monumentais de Pesto,
Selinunte, Agrigento são os mais importantes entre os tantos que
ali permanecem do mundo grego.
Antigüidade Clássica: ROMAA MAGNA GRÉCIA
Templo de Netuno (Pesto, 450 d.C.)
Antigüidade Clássica: ROMAA MAGNA GRÉCIA
Quase nenhuma importância têm, na cultura
artística da Magna Grécia, as frágeis
sobrevivências proto-históricas em alguns
aspectos do culto e do ritual ou as tênues
inflexões ditadas pelo gosto local.
Os únicos caracteres distintivos são:
1. uma certa irregularidade na repetição das
proporções originais e uma certa mistura de
Trono Ludovisi,
Arte Jônica da Magna Grécia, 460 a. C.(Museo Archeologico Nazionale Romano, 104x284 cm)
motivos, devidos também ao fato de que os
arquitetos e os escultores gregos que
trabalhavam na Magna Grécia provinham de
regiões e de tradições figurativas diversas;
2. uma certa exuberância nos aparatos
decorativos, quase sempre de terracota
colorida;
3. uma suavidade no modelado arquitetônico e
escultórico, devida essencialmente ao
emprego de um calcário tenro, poroso,
dourado.
Antigüidade Clássica: ROMAA ARTE ETRUSCA
É incerta a proveniência do povo etrusco, que desde o princípio
se instalou ao longo da costa e no interior tirreno, entre o curso
do Amo e do Tibre; e pouco se sabe, apesar da abundância dos
documentos e do progresso dos estudos, sobre sua língua,
religião e costumes.
Os etruscos eram emigrantes da Ásia e teriam entrado na Itália
por volta de 950 a.C.
Retrato da Velia. Fins do séc. IV a.C. Afresco.
Necrópole etrusca de Tarquínia. Esta cabeça de Velia, mulher de Arnth Velcha, veio da Tumba do Orco em Tarquínia.
Ela ostenta sua coroa de louros e jóias preciosas. A cabeça, inspirada na arte grega do séc. IV a.C., tem um perfil bem desenhado e evidencia-se o emprego sutil das tonalidades de cor na modelagem do rosto.
Antigüidade Clássica: ROMAA ARTE ETRUSCA
Os etruscos possuíam uma arte ditada pela
religião e, apesar da existência de mármore
no solo italiano, preferiam modelar o
bronze. Uma das obras mais célebres é a
Loba Capitolina. As figuras de Rômulo e
Remo foram acrescentadas no
Renascimento.
Os romanos explicavam a origem de sua
cidade através do mito de Rômulo e Remo.
Segundo a mitologia romana, os gêmeos
foram jogados no rio Tibre, na Itália.
Resgatados por uma loba, que os
amamentou, foram criados posteriormente
por um casal de pastores. Adultos, retornam
a cidade natal de Alba Longa e ganham
terras para fundar uma nova cidade que
seria Roma.Loba Capitolina
(Museu Capitolino, Roma, 470 a.C.) Bronze e pedestal de mármore; 114 x 75 cm.
As primeiras manifestações culturais remontam ao fim
do século IX e ao início do VIII a.C.; no século II a.C., o
ciclo da civilização etrusca se fecha depois de ter
englobado a planície do Pó (com a cidade de Spina,
perto de Ferrara) ao norte e a costa tirrena até a
Campânia, ao sul. A própria Roma, até o século I a.C.,
está sob a influência direta da cultura etrusca.
O etrusco era um povo industrioso, que sabia desfrutar
Antigüidade Clássica: ROMAA ARTE ETRUSCA
das ricas jazidas metalíferas, da fertilidade do solo, da
posição geográfica propícia ao tráficos marítimos com
todos os países mediterrâneos. Sua civilização era
essencialmente urbana: as cidades, geralmente
protegidas por fortes muralhas, sucediam-se a breves
distâncias ao longo da extensão dos vales do Tibre e do
Amo: Arezzo, Cortona, Chiusi, Perugia e, separadas, as
duas mais ricas e poderosas, Cerveteri e Tarqüínia. Tumba dos Touros: detalhe da cilada de Aquiles em Troilo
(Museo Archeologico Nazionale, Tarquínia, séc. VI a.C.). Decoração parietal.
A sociedade era fechada e conservadora, zelosa das
próprias tradições e hábitos. Tinha um profundo e obscuro
sentimento do sagrado; por muito tempo conservou cultos
arcaicos da proto-história itálica. A composição do seu
Olimpo é até agora imprecisamente conhecida: o que faz
supor, escreve M. Pallottino, "a crença originária de uma
certa entidade divina, dominante no mundo através de
manifestações ocasionais e múltiplas que se concretizam
em divindades, grupos de divindades, espíritos".
Antigüidade Clássica: ROMAA ARTE ETRUSCA
em divindades, grupos de divindades, espíritos".
Reinava sobre o mundo uma espécie de Fortuna, força
misteriosa, que era evocada ou esconjurada com práticas
divinatórias (ars aruspicina).
Mesmo o sentido concreto, positivo, prático da vida torna
mais misteriosa e amedrontadora a dimensão da morte. A
visão do além era iminente e aterrorizante, um aglomerado
de gênios infernais: era preciso, pois, contrastar, anular os
efeitos da morte, conservar além dela as aparências, os
modos, a substância própria da vida.
Tumba dos Relevos:
câmara funerária decorada com terra-cotas e estuques
(Necrópole da Banditaccia, Cerveteri, séc. IV e III a.C.). 7,43x6,20m.
Antigüidade Clássica: ROMAA ARTE ETRUSCA
Toda a arte etrusca é destinada à tumba, mas
partindo da idéia que também nesta se deve
conservar algo da vida real, física.
Se, da sepultura, se passa da inumação à
incineração, é ainda para impedir a
decomposição total: as cinzas são, de todo
modo, algo de real, que não pode mais
corromper-se e se conserva para sempre. corromper-se e se conserva para sempre.
Quanto à tumba, ao receptáculo do morto,
pode ser casa ou imagem da casa ou mesmo do
próprio corpo humano: o importante é que, por
meio da tumba ou da urna, a pessoa possa, de
algum modo, reintegrar-se à realidade,
continuar a viver.
Tumba de Corneto
(salas 4,90mx4,90m; h: 2,90m / 4,15m x4,75m; h: 1,75m)
Antigüidade Clássica: ROMAA ARTE ETRUSCA
A influência da cultura figurativa grega se faz sentir ao longo de quase
toda a parábola da cultura etrusca. Mas é uma influência do exterior,
formalista: uma arte como a grega, expressão absoluta e total da vida,
não podia agir profundamente sobre uma arte obcecada, como a
etrusca, pelo pensamento e pelo temor da morte.
Nem tal arte, inteiramente voltada a esconjurar a morte ou a extorquir
sua presa, podia ter um desenvolvimento consciente e orientado,
profundamente ligado à vida histórica, aos grandes valores religiosos
ou civis. ou civis.
Uma arte que queira ser, antes de tudo, proteção e esconjuro contra a
morte não é tão religiosa quanto supersticiosa; e, pois que a
superstição é crença inculta e popular, a arte etrusca jamais se despoja
completamente de um certo caráter popularesco.
Vulca: Apolo de Veios (acrotério do templo de Veios
(Museu Villa Giulia, Roma, 500 a.C.) terracota; 175 cm.
Antigüidade Clássica: ROMAA ARQUITETURA ETRUSCA
Na civilização etrusca, o templo não tem uma grande
importância: esse povo de construtores, que erigiu muros e
fortificações capazes de resistir aos séculos, fazia os seus templos
de madeira e argila, de modo que apenas resta reconstruir sua
imagem pelo tratado de Vitrúvio e pelas urnas de terracota em
forma de templo.
Nos muros e nas portas urbanas revela-se o gênio construtivo dos
etruscos, mestres no entalhar e no compor em encaixes a pedra
macia local: sob o princípio do encaixe e da recíproca sustentação
dos blocos funda-se o sistema da cobertura em arco e a abóbada
Arco Etrusco: VolterraA arquivolta foi reconstruída em
época romana
dos blocos funda-se o sistema da cobertura em arco e a abóbada
que constitui na ordem da técnica construtiva, o caráter notável
da arquitetura etrusca e tornar-se-á, também na ordem estética,
o tema base da arquitetura romana.
Entre as portas urbanas e os muros etruscos, destacam-se os de
Perugia e de Volterra.
Antigüidade Clássica: ROMAA MONARQUIA ROMANA (753 a 509 a.C.)
A fundação de Roma resulta da mistura de três
povos que foram habitar a região da península
itálica: gregos, etruscos e italiotas.
Desenvolveram na região uma economia baseada
na agricultura e nas atividades pastoris.
A sociedade, nesta época, era formada por
patrícios (nobres proprietários de terras ) e
plebeus (comerciantes, artesãos e pequenos
proprietários). O sistema político era a
monarquia, já que a cidade era governada por
um rei de origem patrícia.
A religião era politeísta, adotando deuses
semelhantes aos dos gregos, porém com nomes
diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de
afrescos, murais decorativos e esculturas com
influências gregas.
Nos séculos III e II a.C., Roma empenhou-se em
conquistar os seus inimigos e em expandir o império,
quer localmente, quer em regiões longínquas. No
tempo da república, foi governada por uma
oligarquia de patrícios que dominavam o Senado e a
Assembléia.
Este período terminou com as Guerras Civis e a
ascensão ao poder do imperador Augusto, em 27 a.C.
No período da república romana, surgiu um novo
tipo de arquitetura inspirada nas tradições etrusco-
italianas, adotando-se estilos gregos clássicos e de
Antigüidade Clássica: ROMAA REPÚBLICA ROMANA (509 a 27 a.C.)
italianas, adotando-se estilos gregos clássicos e de
métodos de construção romanos.
São muito poucos os edifícios deste período que
sobreviveram até aos nossos dias, mas o que existe
permite-nos compreender que se verificou uma
procura inovadora de novos materiais de construção,
de tipos de edifícios e de expressões decorativas.
Durante o período republicano, o senado Romano ganhou
grande poder político. Os senadores, de origem patrícia,
cuidavam das finanças públicas, da administração e da
política externa. As atividades executivas eram exercidas
pelos cônsules e pelos tribunos da plebe.
A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos
plebeus por uma maior participação política e melhores
condições de vida. Uma das conquistas destas lutas foi a
Lei das Doze Tábuas que, entre outras conquistas, acabou
Antigüidade Clássica: ROMAA REPÚBLICA ROMANA (509 a 27 a.C.)
Lei das Doze Tábuas que, entre outras conquistas, acabou
com a escravidão por dívidas.
O orador. (séc. I ou II a.C.). Bronze; 1,80 m de altura. Museu Arqueológico, Florença.
Esta famosa estátua foi encontrada em Sanguineto, perto do lago Trasimen. Uma inscrição informa que o nome da figura é Aule Metele, versão etrusca do nome romano Aulus Metellus, que está representado como um orador fazendo um gesto pomposo com o braço direito para enfatizar um ponto.
Antigüidade Clássica: ROMAA REPÚBLICA ROMANA (509 a 27 a.C.)
Mas o argumento era reversível. Se a arte é coisa de outros
povos, e esses foram subjugados, as obras de arte levadas a Roma
como butim de guerra tornam-se troféus de vitória. Expostas no
fórum, são claros testemunhos do valor romano, documentos da
história pátria. Cícero defende essa tese mais civil. Delineia-se,
assim, uma nova estética: a arte como história por imagens,
acessível também aos incultos, educativa.
A arte do vizinho povo etrusco prestava-se a manter essa tese:
uma pintura capaz de representar os fatos da vida podia
representar, igualmente bem, os faustos dos exércitos romanos;
uma escultura capaz de reproduzir o aspecto e o caráter das
pessoas podia transmitir a memória dos homens ilustres, dos
cidadãos exemplares.
Teseu triunfante (séc. I d.C.) Afresco; 92 cm. Museu Nacional de
Nápoles.
Neste quadro, mural de uma casa em Pompéia, Teseu, tendo matado o Minotauro, é saudado pelas crianças atenienses cujas vidas acaba de salvar.
A direita há um grupo de espectadores. Uma série de versões deste tema foram encontradas em Pompéia, provavelmente inspiradas por uma famosa pintura grega. O original data provàvelmente do séc IV ou V a.C.
Formação e Expansão do Império Romano
Após dominar toda a península itálica, os romanos
partiram para as conquistas de outros territórios.
Com um exército bem preparado e muitos
recursos, venceram os cartagineses nas Guerras
Púnicas (século III a.C).
Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.)
supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os
romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de
Mare Nostrum.
Após dominar Cartago, Roma ampliou suas
conquistas, dominando a Grécia e o Egito, a
Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e
a Palestina.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.)
No campo das formas construtivas, a contribuição
romana é vasta e profundamente inovadora. Se, no
momento do máximo desenvolvimento, a
arquitetura romana alcança largamente a
experiência helenística, com a sua espacialidade
aberta e articulada, ela também elabora e
desenvolve uma concepção própria, profundamente
original do espaço e da forma construtiva.
As reservas ético-políticas das classes conservadoras
romanas com relação à arte aplicavam-se apenas em
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) - ARQUITETURA
romanas com relação à arte aplicavam-se apenas em
parte à atividade arquitetônica, por muitos aspectos
ligada aos interesses práticos e ideológicos da
república. São estes que favorecem o progresso
precoce das técnicas construtivas, empenhando-as
na solução dos problemas concretos: aquedutos,
cloacas, muros de sustentação, equipamentos
bélicos, acampamentos.
No momento em que, na época republicana tardia, à
questão do útil começa a associar-se a da decoração
urbana ou da arquitetura, Roma possui já uma
técnica construtiva que permite enfrentar problemas
estáticos e formais extremamente complicados.
Arco de Augusto, 27 a.C.Travertino (h: 9,92m)
Por muito tempo Roma foi apenas um agrupamento de
pagi (povoados) disseminados pelas colinas. Mas já no
tempo de Sila sente-se a necessidade de dar uma
acomodação e uma feição à cidade: constroem-se grandes
edifícios públicos (por exemplo, o Tabularium, grandioso
arquivo das leis e dos tratados), organiza-se o bairro nobre
de Campo de Marte no centro da área urbana. César
concebe um verdadeiro e próprio plano regulador ao qual
dá força com a lei de urbe augenda, também para remediar
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) - ARQUITETURA
dá força com a lei de urbe augenda, também para remediar
a superlotação e as péssimas condições higiênicas dos
bairros pobres. O plano foi executado somente mais tarde
e, em parte, por Augusto e Agripa.
Planta do Tabularium, 78 a.C.Roma (60x75m)
Desde então, quase todos os imperadores quiseram deixar
no perfil da cidade a marca visível do respectivo governo,
fosse saneando bairros insalubres e indignos, fosse erigindo
edifícios majestosos e monumentais, valorizando-os com a
abertura de praças, ruas e jardins. As duas grandes
diretrizes de desenvolvimento são a utilidade e a decoração
urbana; e, uma vez provida a utilidade, de acordo com a
urgência, e o ornamento dependendo da mudança de
gosto, Roma não teve um desenvolvimento orgânico.
Cresceu como uma cidade monumental, representativa:
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) - ARQUITETURA
Cresceu como uma cidade monumental, representativa:
capital de um imenso império, habitada por uma população
heterogênea pelo contínuo afluxo de gente atraída pela sua
opulência - à sua função política e de prestígio jamais
correspondeu uma função econômica ou produtiva.
Tratava-se da solene imagem da autoridade do Estado,
como, depois, foi a da Igreja.
Fórum de Augusto, séc I a.C.Roma
Vista sul da robusta muralha dos fundos do fórum e a base e a 3 colunas do templo de Marte, que era o edifício principal.
A série de foros imperiais foi construída pelos Imperadores a fim de expandir o centro administrativo da capital.
Não existia, na civilização romana, uma idéia
ou concepção do espaço que precedesse ou
condicionasse a construção arquitetônica: o
valor, o significado do espaço estava
inteiramente expresso na visão, no espetáculo
das obras arquitetônicas.
Os dois grandes temas eram a técnica ou a
praxe construtiva e a beleza exterior, a
decoração: a primeira permitia o
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) - ARQUITETURA
desenvolvimento articulado de grandes massas
murais e de vazios; a segunda qualificava-as
visualmente por meio de elementos plásticos e
cromáticos.
Exemplo do primeiro estilo pictórico, séc II a I a.C.Roma
Detalhe da decoração parietal da Casa dos Grifos no Palatino.
Na base do sistema técnico construtivo não havia,
como na Grécia, o duro e cristalino bloco de
mármore esquadrinhado, mas uma matéria pobre,
tenra, sem esplendor como o tufo, e depois a
mistura informe do conglomerado de betume e
pedras de cantaria diversamente talhada (opus
caementicium).
É, sobretudo, o mais adaptado a um
desenvolvimento formal para linhas e superfícies
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) - ARQUITETURA
desenvolvimento formal para linhas e superfícies
curvas: de fato, na arquitetura romana,
diferentemente da grega, inteiramente colocada
sobre linhas retas, a curva é o princípio formal de
toda a construção, até da composição urbanística.
Pont du Gard, aqueduto em Nîmes (Provance,
Opus Quadratum.
A parede era revestida com freqüência por uma
camada de pedras talhadas irregularmente
(opus incertum).
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) - ARQUITETURA
Porta Herculano, Torrione
Opus Incertum.
ou também dispostas em losango (opus reticulatum)
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) - ARQUITETURA
Villa dei Volusi, Lucus Feroniae, Villa dei Volusi, Lucus Feroniae,
Opus reticulatum.
Ostia antiga,
Opus rmixtum.
O muramento que daí resulta não tem,
certamente, a nitidez do mármore, mas é leve,
elástico, flexível: pode atingir grandes alturas,
suportar grandes cargas, cingir amplos espaços
vazios.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) - ARQUITETURA
Muro norte da Vila de Adriano, em Tívoli
Opus testaceum.
A forma-base da arquitetura romana é, pois, o arco:
estrutura curvilínea que recolhe e individualiza os pesos e
os empuxos nos dois pontos do assentamento onde se liga
às pilastras de sustentação.
O arco é uma estrutura de superfície, um semicírculo:
imaginando mais arcos sucessivos da mesma amplitude,
tem-se uma abóbada de berço, que tem a forma de meio
cilindro.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) - ARQUITETURA
Teatro de MarceloRoma, 11 a.C. (Cávea: 125m)
Do Teatro de Marcelo só restam dois pisos. em cujos arcos se
sobrepõem as ordens jônica e dórica. Não se sabe se existia
um terceiro piso coríntio ou apenas um ático. O Dórico
romano tinha sempre uma base.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) - ARQUITETURATeatro de Marcelo
Roma, 11 a.C. (Cávea: 125m)
Duas abóbadas de berço que se cruzam ortogonalmente formam
uma abóbada de aresta, que resulta, assim, na formação de seis
arcos, quatro laterais e dois transversais. É um forte sistema de
forças combinadas que permite cobrir grandes vazios e, sobretudo,
estabelecer uma clara distinção entre o espaço externo, em que
está situado o edifício, e o interno, contido no edifício.
A conclusão lógica de uma estrutura arquitetônica feita de linhas e
de superfícies curvas é a cúpula, calota, o mais das vezes
hemisférica, feita de materiais leves: no exterior, sua convexidade
resume e conclui as massas murais; no interior, sua concavidade
domina e coordena os vazios.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) - ARQUITETURA
domina e coordena os vazios.
Basílica de Maxêncio
Roma, 312 d.C. (80,80x25,35, h:36,60m)
A conclusão lógica de uma estrutura
arquitetônica feita de linhas e de superfícies
curvas é a cúpula, calota, o mais das vezes
hemisférica, feita de materiais leves: no exterior,
sua convexidade resume e conclui as massas
murais; no interior, sua concavidade domina e
coordena os vazios.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: O Panteão
O PanteãoRoma, 118-128 d.C.
O Panteão foi construído por Adriano, cerca de
118-28 d.C., no local de um antigo templo erigido
pelo cônsul Marco Agripa.
Era um templo dedicado ostensivamente a todos
os deuses, mas o motivo que levou Adriano a
ordenar a sua construção e a estranha inclusão
de uma inscrição do templo de Agripa no pórtico
continuam a ser um enigma.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: O Panteão
O Panteão foi construído por Adriano, cerca de 118-28 d.C., no local de um antigo templo erigido pelo cônsul Marco Agripa. Era um templo dedicado ostensivamente a todos os deuses, mas o motivo que levou Adriano a ordenar a sua construção e a estranha inclusão de uma inscrição do templo de Agripa no pórtico continuam a ser um enigma.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: O Panteão
É um dos grandes edifícios da Antigüidade que chegaram até nós, em parte devido ao fato de estar completo, visto que o papa Bonifácio velou pela sua conservação e converteu-o numa igreja em 609 d. C. Contudo, a sua sobrevivência não é suficiente para explicar a forte influência que exerceu na história da arquitetura.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: O Panteão
Os motivos residem na sua planta tecnicamente inovadora, na sua vasta escala e no seu interior imponente e inspirador.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: O Panteão
O templo consiste num tambor dividido em 3 níveis coroados
por uma cúpula oca, e embutido num pórtico de oito coluna de
largura e 3 de profundidade.
Inicialmente, o templo talvez fosse revestido de estuque, mas
hoje o revestimento dos trijolos é de cimento.
Reconstruindo o Panteão, iniciado por
Agripa na época de Augusto e depois
devastado por um incêndio, Adriano
propôs-se, claramente, fixar a forma
ideal do templo redondo.
É um grande vão perfeitamente
circular, coberto por uma cúpula em
calota, ornada por lacunários que se
estreitam perspecticamente até o
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – O PANTEÃO
buraco redondo do impluvium. Por aí
entra a luz, que, propagando-se ao
longo das arestas dos lacunários,
difunde-se de modo uniforme em todo
o vão cilíndrico, cuja forma resulta,
pois, de uma graduação contínua do
claro-escuro.
No exterior, o átrio retilíneo enquadra
perspecticamente o volume cilíndrico
do edifício.
O PanteãoRoma, 118-128 d.C.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: O Panteão
O Panteão reflete uma ênfase nova e caracteristicamente romana
no espaço e na decoração interior. Isto deve-se à maior liberdade
do projetista, graças ao uso de betão decorado, que permite uma
maior variedade em termos de planta e de escala.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: O Panteão
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: O Panteão
À era de Augusto (30 a.C. a 14 d.C.) remonta o tratado em dez livros
De re aedificatoria, que pode considerar-se, e o foi, de fato, no
Renascimento e na época neoclássica, o corpus iuris da arquitetura
romana. Dependente, pelo menos em parte, de fontes gregas,
demonstra, como se quisesse traduzir, a grande lição clássica em
uma série de regras quase gramaticais, aplicáveis a todo tipo de
discurso construtivo e a todas as exigências ditadas pelo sentido
prático, pela commoditas romana.
Vitrúvio enquadra a arquitetura em toda uma problemática técnica
e urbanística, que vai da escolha e da elaboração dos materiais aos
procedimentos construtivos, à escolha do lugar, à adaptação do
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: As Ordens
procedimentos construtivos, à escolha do lugar, à adaptação do
edifício ao terreno, à paisagem e à decoração.
Ordena em categorias as formas da arquitetura
clássica, precisando, numericamente, as suas
proporções; distingue os tipos dos edifícios com
relação às suas funções práticas e representativas;
descreve até mesmo a figura moral e profissional do
arquiteto, cuja função é considerada essencial à
estrutura do Estado.
Demasiado romano para desaprovar a tradição
pátria, reduz à "ordem" também a arquitetura
etrusca, toscana, confirmando, assim, sua
intenção de inserir a experiência estética grega
na praxe construtiva etrusca e romana.
Como o gramático ou o filólogo, Vitrúvio deduz da
viva linguagem da arquitetura grega uma
morfologia e uma sintaxe, mas, exatamente
porque as formas gregas se tornam uma espécie
de léxico, podem adaptar-se a uma arquitetura
que deseja ser sobretudo discurso,
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: As Ordens
que deseja ser sobretudo discurso,
desenvolvimento articulado de elementos
representativos e funcionais no contexto de uma
cidade.
De fato, a arquitetura romana limita-se a
sobrepor os elementos clássicos a uma estrutura
original.
A ordem toscana
As origens da ordem toscana remontam aos Etruscos e encontram-se nos
seus túmulos. Embora os Romanos a reconhecessem como italiana, a ordem
toscana presente nos monumentos romanos está de fato mais próxima da
ordem dórica grega do que qualquer exemplar etrusco.
Ao contrário da ordem dórica, a ordem toscana caracteriza-se por um friso
simples e não tem mútulos na cornija. De um modo geral, tem um
entrecolúnio mais largo e era considerada mais imperfeita do que as outras
ordens.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: As Ordens
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: As Ordens
A ordem compósita
Os Romanos inventaram a ordem compósita, associando ao capitel jônico, possivelmente logo no reinado de Augusto.
O controle das atividades construtivas por parte dos
poderes públicos e a necessidade de corresponder a
exigências práticas muito diferenciadas determinam
a formação de uma complexa tipologia edilícia.
Diversamente do cânon grego, que consiste em um
sistema de relações ou proporções ideais, o tipo é
um esquema de distribuição de espaços e de partes
em relação à função prática ou representativa do
edifício.
O tipo, mesmo conservando o esquema, permite as
mais amplas possibilidades de variantes na
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA
mais amplas possibilidades de variantes na
determinação formal e na decoração.
Tem-se, assim, também por causa do emprego de
materiais pobres nas grandes estruturas murais,
uma distinção clara entre a construção propriamente
dita e a decoração: o valor plástico do edifício é, por
assim dizer, esboçado nas massas de muramento e
finalizado na decoração, que aperfeiçoa e define até
os mínimos detalhes a relação entre as formas
arquitetônicas e os espaços externo e interno.
Exemplo do terceiro estilo pictórico, séc I a.C. a I d.C.Roma
Detalhe da decoração parietal da Casa de Lívia no Palatino.
Sua qualidade de técnico e a importância de suas
contribuições asseguram ao arquiteto, na sociedade
romana, uma posição privilegiada em relação à dos
escultores e dos pintores, cuja atividade era
considerada servil: de sessenta arquitetos cujo nome
se conhece, 25 eram cidadãos romanos, 23 libertos e
apenas dez eram escravos.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: O Templo
O tipo do templo romano deriva do etrusco e, depois, do grego; mas sua forma corresponde a uma
função diversa. Uma vez que o rito religioso é também cerimônia pública, da qual participam as
autoridades do Estado e a população, ele se realiza na parte exterior: diante do templo existe para esse
fim um vasto espaço livre; a construção surge sobre um alto pedestal (pódio); acentua-se a imponência
arquitetônica da fachada, que se eleva sobre o fundo do céu como uma grandiosa cenografia.
Templo da Fortuna Viril, séc I a.C.Roma
9,25x24,20m.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE
O Fórum Boarium em Roma. (séc. I a.C.). Roma.
Templo da Fortuna Virilis.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE
O Fórum Boarium em Roma. (séc. I a.C.). Roma.
No centro, o templo de Vesta, à direita o templo da Fortuna Virilis.
A história do desenvolvimento monumental de Roma começa com as
grandes iniciativas de edificação do tempo de Sila e de César. O Tabularium
(arquivo das leis e dos tratados) silano, com suas duas ordens de galerias,
formava sobre o Capitólio a paisagem cenográfica de fundo do fórum.
Do tempo de César permanecem o templo de Vesta e o chamado templo da
Fortuna Viril.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE
O Fórum Boarium em Roma. (séc. I a.C.). Roma.
No centro, o templo de Vesta.
O ninfeu de Licínio, conhecido como o templo da
Minerva Médica, é um típico exemplo, ainda que
em dimensões limitadas, da complexidade
estrutural dessa arquitetura: complexidade essa
que, porém, existe agora apenas em função de um
movimento sempre mais vivaz e pitoresco das
massas murais.
O corpo central do ninfeu é um decágono, mas cada
lado se dilata numa cavidade, de modo que a planta
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE
tem a forma de uma margarida: todos esses
volumes, externamente convexos e escavados no
interior, coordenam-se na cúpula.
Ninfeu de Licínio – Templo de Minerva Médica.
Diâmetro interno:24,40m (séc. III d.C.). Roma.
Fora de Roma, a arquitetura da república entre os
séculos III e I a.C. revelou as mesmas tendências da
capital, quer nos tipos de construção quer nos
materiais. Os Romanos não dispunham das grandes
jazidas de mármore dos Gregos, e por isso exploraram
os recursos locais de tufo calcário, travertino e
peperino. Nesta época, desenvolveram e
padronizaram a produção de tijolos cozidos no forno.
O desenvolvimento do concreto extremamente
durável influenciou a construção de antigos e novos
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: O Templo
Maison Carrée. (séc. I d.C.). Nimes.
Um dos templos mais conhecido e em melhor estado de conservação do Império Romano. Como a maioria dos templos romanos, este se ergue de um pódio com um lance de degraus que dá acesso à câmara central.
As colunas não formam um peristilo ao longo da nave, mas são continuadas por meias colunas embutidas nas paredes da câmara, esquema chamado pseudo-díptero. O templo foi construído durante o reinado do imperador Augusto.
durável influenciou a construção de antigos e novos
tipos de edifícios. O concreto nunca ficava exposto;
era sempre revestido por uma camada exterior de
tijolos ou de estuque pintado.
Neste período, os templos fora de Roma aliaram as
tradições etrusco-italianas às ordens clássicas
helenísticas.
O teatro romano baseia-se também no teatro
grego, mas em vez de aproveitar o declive natural
de uma colina é, geralmente, construído no plano:
apresenta-se, assim, como um grande anel mural,
de sustentação e de acesso às arquibancadas. Pois
que o espetáculo se realizava inteiramente no
palco, o espaço da orquestra (no teatro grego
destinado aos movimentos do coro) se atrofia até
tornar-se, na época imperial, uma espécie de palco
de honra.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: O Teatro
de honra.
Adquire também grande importância o muro de
fundo (cena), que se torna uma verdadeira e
autêntica estrutura arquitetônica, muitas vezes,
com efeitos ilusórios de profundidade. Dada a
paixão dos romanos pelos jogos de gladiadores, é
freqüente o duplo teatro, circular ou elíptico
(anfiteatro).
Teatro RomanoPompéia
Quando Augusto chegou ao poder, em 27 a. C., após uma
guerra civil, inaugurou um período de paz e de
prosperidade chamado pax romana, que durou dois
séculos. Empenhou-se em reconstruir as infra-estruturas
de Roma e do império, construindo estradas, pontes e
aquedutos e estimulando os ricos a beneficiarem a
cidade com os seus edifícios. Infelizmente, poucas foram
as construções seculares que sobreviveram. Augusto
seguiu claramente o exemplo do seu pai adotivo,Júlio
César, em muitos aspectos. Reconstruiu o fórum e
concluiu o Teatro de Marcelo, o exemplo mais antigo e
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: O Teatro
concluiu o Teatro de Marcelo, o exemplo mais antigo e
mais visível em Roma da combinação do arco e da ordem
aplicada.
Registraram-se progressos na utilização do cimento: a
pozzolanza, uma areia vulcânica, vulgarizou-se e foi
inventado um processo de secagem mais lento para o
cimento. No entanto, o período augustiniano foi
conservador em termos de gosto.Orquestra e Fachada do Teatro Romano (Mérida, II d.C.)
Teatro em Orange (Provence, 70 d.C.).
Um dos teatros em melhor estado de conservação do
Império Romano.
A parede ao fundo da cena tem projeções torreadas e
foi originalmente decorada com mármore trabalhado.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: O Teatro
Fundamental para a vida pública romana é a basílica, grande
construção retangular com a cobertura de teto sustentada por
fileiras de colunas: era um centro de negócios (um pouco como
a atual Bolsa), mas também sede de tribunais e de escritórios
administrativos.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: A Basílica
Basílica de Maxêncio
Roma, 312 d.C. (80,80x25,35, h:36,60m)
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: A Basílica
Basílica de Constantino (Roma, 306 – 325 d.C.).
A basílica é um dos exemplos mais significativos da
arquitetura romana do último período. Está na via Sacra,
em Roma, e tomou como modelo as grandes salas das
termas romanas.
Foi destinada a ser um tribunal, mas foi depois usada para
conter a figura gigantesca de uma estátua de Constantino
sentado, de que restam alguns fragmentos.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Habitação
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Habitação
DOMUS
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Habitação
DOMUS
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Habitação
DOMUS AUGUSTANA
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Habitação
DOMUS AUREA
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Habitação
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Habitação
DOMUS FLÁVIA
PERISTILO
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Habitação
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Habitação
INSULAE
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Habitação
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Habitação
Insula Romana a Piazza dell'Ara Coeli (Piazza Venezia)
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Habitação
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Habitação
Na sociedade romana, muito mais que na
grega, tem importância, também do ponto
de vista arquitetônico, a habitação
particular com os seus vários tipos,
graduados segundo o prestígio social e as
possibilidades econômicas dos cidadãos:
vai do palácio imperial (enorme,
complexo, dotado de grandes jardins,
como a Domus Aurea de Nero), à casa
urbana senhorial, e o casario de
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Habitação
urbana senhorial, e o casario de
apartamentos de aluguel, de vários
andares (muitos deles conservados em
Óstia).
Dada a origem essencialmente agrícola da
civilização romana, tem notável
desenvolvimento a villa, entendida
primeiro como propriedade agrícola
produtiva e depois como lugar de repouso
e de lazer.
Vila (Tivoli, 118 – 134 d.C.)
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Habitação
Alguns são exemplares romanos dos mais antigos que se conhecem, como as basílicas e os balneários. O sul de Itália foi fortemente influenciado pelos primeiros colonos gregos.
Pompéia não é exceção e revela igualmente uma predileção pelo estilo grego nas residências dos ricos.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Habitação
Casa (Pompéia, séc. II a.C.)
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Comércio
Thermopolium of Vetutius Placidus (Pompéia, séc. II a.C.)
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA: Comércio
Mesa de medidas (Pompéia, séc. II a.C.)
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) - ARQUITETURA
Teatro de MarceloRoma, 11 a.C. (Cávea: 125m)
Do Teatro de Marcelo só restam dois pisos. em cujos arcos se
sobrepõem as ordens jônica e dórica. Não se sabe se existia
um terceiro piso coríntio ou apenas um ático. O Dórico
romano tinha sempre uma base.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE
A tipologia edilícia romana tem seu pleno desenvolvimento e encontra sua mais
precisa justificativa na configuração urbana, isto é, na concreta determinação do
espaço da cidade.
Organismos abertos como os fóruns (mercados) podem ser considerados como
verdadeiros e autênticos organismos arquitetônicos ou tipos de edifícios: quase
sempre a função dominante dos edifícios que delimitam sua área é a de abrigar
atividades complementares às do fórum e definir sua forma arquitetônica.
Fórum Imperial (Roma, 27 a.C. - 14 d.C.)
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE
Fórum Imperial (Roma, 27 a.C. - 14 d.C.)
Analogamente, adquirem valor
especificamente arquitetônico,
especialmente na época imperial, as
grandes ruas da cidade.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE
Pompéia
A planta das ruas, as habitações e os monumentos públicos estavam intactos, e entre estes figuravam muitos edifícios do período da república.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE: Pompéia
Pompéia, uma cidade situada ao sul de Nápoles e que data do século III a. C., ficou muito danificada na seqüência de vários sismos em 63 d.C.
Mais tarde, uma erupção do Vesúvio ocorrida em 79 d.C. preservou o que restava com uma espessa camada de cinza.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE: Pompéia
Templo de Apolo (Pompéia, séc II d.C.)
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE: Pompéia
Elemento típico do complexo urbano romano são os arcos
autônomos, que quase sempre têm caráter monumental e
celebrativo (arcos triunfais) e que traduzem em termos de
mera decoração a antiga função das portas da cidade.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE
Arco Triunfal de Tibério
(Orange / França, 14 – 37 d.C.)
A ascensão de Roma (século II A.C)
A partir do século II A.C, com a derrota de Cartago na segunda Guerra
Púnica, Roma, que já dominava a península Itálica, se aproxima dos
reinos helenísticos.
Na arquitetura, destaca-se a presença do arco, que lança novas
possibilidades estruturais que repercutem na concepção do espaço
arquitetônico.
A temática arquitetônica se amplia, em função da maior complexidade
dos programas (aquedutos, edifícios públicos, pontes, etc.)
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE
Arco de Tito. (80 - 85 d.C.). Roma.
Edificado pelo imperador Domiciano na colina da Rua Santa de Roma.
O fórum de Júlio era uma construção retangular, de pórticos, à
margem do centro dos negócios: ali se administrava a justiça
por parte de tribunos e centúnviros, ali se dava consultoria
legal.
Edifício ao mesmo tempo representativo e funcional do ius
romano, tinha quase cem metros de comprimento, as colunas,
em três fileiras de cada lado, formavam em torno de todo o
amplo vão central duas galerias de pórticos.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE
amplo vão central duas galerias de pórticos.
Dada a diversidade de comprimento entre os lados, não se
apresentava como um volume fechado e unitário, mas como
uma composição de superfícies articuladas pela sucessão
contínua das arcadas sustentadas por colunas encostadas em
pilastras.
Trata-se, portanto, pelo menos no plano térreo, de um espaço
transitável, do prolongamento coberto do espaço aberto do
fórum.
Fórum Romano (Roma, séc. II a.C.).
Vista da área central do Fórum, olhando para o templo de Antonino e Faustina, que voi transformado em templo cristão na idade média.
As três colunas à direita pertencem ao templo de Castor e Pólux. A basílica de Constantino e o Coliseu podem ser vistos ao fundo.
De Augusto, diz Suetônio que encontrou uma Roma feita de tijolos
e deixou outra de mármore: exagero retórico à parte, a
transformação corresponde à passagem da austeridade
republicana ao "decoro" oficial do Império. A arquitetura da era de
Augusto, programaticamente clássica, é aberta à influência
helenística, mas, como o tratado vitruviano confirma, não renega a
tradição etrusca, ao contrário, compreende-a no ideal do antigo.
Quando Augusto manda erigir o próprio mausoléu, funde o tema
oriental da tumba monumental com o etrusco, do túmulo: sobre o
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE
oriental da tumba monumental com o etrusco, do túmulo: sobre o
grande embasamento cilíndrico elevava-se um cone de terra
densamente plantado com ciprestes.
O esquema cilíndrico também foi empregado na tumba de Cecília
Metella, na via Ápia, enquanto a de Caio Céstio, em forma de
pirâmide, adota o exemplo egípcio.
Pirâmide de Caio Céstio (Roma, 12 a.C.).
No interior encontra-se uma pequena câmara mortuária.
Outro tipo da arquitetura da era de Augusto é o arco
triunfal (há exemplares remanescentes em
Rimini,Aosta e Susa), que descende do arco etrusco,
integrando-o com uma transferência de formas
clássicas: as colunas aos lados da abóbada, o tímpano.
O isolamento do arco, como depois o da coluna com
finalidade celebrativa e exornativa, é claro indício da
tendência romana a atribuir às formas arquitetônicas,
assumidas como símbolos de estabilidade e de
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE
duração, a função de representar os grandes valores
ideológicos sobre os quais se funda o Estado.
O mesmo conceito de monumento, essencial para
toda a arquitetura romana, está ligado à vontade de
estabelecer uma relação concreta entre o passado
histórico, o presente e o futuro, manifestando em
formas sensíveis e imperecíveis (o monumentum aere
perennius de Horácio) a perenidade daqueles valores
ideológicos.
Arco de Augusto, 27 a.C.Travertino (h: 9,92m)
O fórum de Augusto abre a série dos fóruns imperiais. Era
uma vasta praça retangular e de pórticos que
compreendia, em uma extremidade, o templo de Marte
Vingador, dedicado em 42 a.C., logo depois da batalha de
Filipes. O recinto de pórticos formava, em
correspondência com o templo, duas amplas êxedras. O
tema da êxedra - assim como seu análogo, a abside do
templo - é de origem oriental; na arquitetura romana,
porém, vale como definição do espaço por meio de uma
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE
grande superfície curva, em cuja cavidade a massa
atmosférica é coloridamente qualificada pelas
incrustações marmóreas de que é revestida.
Fórum de Augusto (Roma, séc. II a.C.).
Vista sul da robusta muralha dos fundos do fórum e a base e a 3 colunas do templo de Marte, que era o edifício principal.
A série de foros imperiais foi construída pelos Imperadores a fim de expandir o centro administrativo da capital.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) - ARQUITETURA
No vale entre o Esquilino, o Palatino e o Célio surgiu o
anfiteatro Flávio, inaugurado por Tito em 80 d.C. Por
suas dimensões e pelas muitas memórias históricas a
ele ligadas, assumiu bem depressa e conservou por
séculos o valor de símbolo: não há ali, no Medievo e no
Renascimento, vista realista ou simbólica de Roma em
que não domine o grande anel mural do Coliseu.
Para explicar como adquiriu esse significado ideológico
não basta a paixão dos romanos pelos jogos do circo. Os
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – O COLISEU
gladiadores, os lutadores, as feras que eram exibidos na
arena provinham de todas as partes do mundo
conquistado por Roma: o espetáculo do circo era, pois,
uma espécie de grande parada, de “triunfo"
continuamente celebrado e renovado sob os olhos dos
governantes e do povo de Roma.Coliseu (Roma, 72 - 82 d.C.)
A construção do Coliseu, ou Anfiteatro Flaviano, ordenada por
Vespasiano, teve início em 70 d.C., e foi um presente oferecido
à cidade de Roma. Foi inaugurado por seu filho, Tito, em 80 d.
C. e concluído no reinado de Domiciano.
Foi erigido no sítio do lago artificial dos jardins que envolviam a
Domus Áurea de Nero. O subsolo argiloso era a base ideal para
o enorme peso do edifício.
O colosso que se erguia nas imediações, uma grande estátua
de Nero, pode ter estado na origem do nome do anfiteatro.
Em contraste com a extravagância egoísta de Nero, Vespasiano
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – O COLISEU
Em contraste com a extravagância egoísta de Nero, Vespasiano
teve a astúcia de doar o anfiteatro aos Romanos para estes
assistirem a espetáculos de gladiadores, e ao fazê-lo criou o
primeiro anfiteatro permanente da cidade.
A planta e a decoração eram fundamentalmente
conservadoras, mas sua escala (188 x 156 metros) e a logística
da construção tornam-no único.
Coliseu (Roma, 72 - 82 d.C.)
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) - ARQUITETURA
Coliseu (Roma, 72 - 82 d.C.)
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) - ARQUITETURA
Teatro de MarceloRoma, 11 a.C. (Cávea: 125m)
Do Teatro de Marcelo só restam dois pisos. em cujos arcos se
sobrepõem as ordens jônica e dórica. Não se sabe se existia
um terceiro piso coríntio ou apenas um ático. O Dórico
romano tinha sempre uma base.
Coliseu (Roma, 72 - 82 d.C.)
O imenso reservatório humano respondia, antes de
tudo, às exigências de uma complexa funcionalidade
interna: rápido afluxo e defluxo dos 45 mil
espectadores, depósitos de materiais e equipamentos
para os espetáculos.
Sob a cávea ou arquibancada para o público corriam
grandes galerias anulares, que davam para o exterior
com três ordens de arcadas, às quais se sobrepunha
um último anel de murada contínua.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – O COLISEU
um último anel de murada contínua.
Nas três primeiras ordens, a estrutura é de travertino
nas partes portantes e de blocos de tufo nos
enchimentos.
Os materiais foram selecionados deliberadamente
para suportar o peso e a escala do edifício. As
fundações são de concreto, as escadas radiais de tufo
calcário elevam-se até ao cimo do edifício, que é de
concreto revestido de tijolo, e o exterior é de
travertino.
Coliseu (Roma, 72 - 82 d.C.)
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – O COLISEU
Coliseu (Roma, 72 - 82 d.C.)
Infra-estrutura em arco
Foi utilizada uma infra-estrutura arqueada de três pisos para sustentar as
bancadas. Escadas radiantes encaminhavam as pessoas para os seus lugares
cuneiformes, que se chamavam cuneus.
O anel exterior de corredores, além de facilitar o movimento da multidão,
suportava as pressões exteriores do edifício.
Com mais de 50 metros de altura e mais de 188
metros de diâmetro, a grande massa elíptica
dominava e caracterizava a paisagem urbana: em
eixo com o fórum, concluía a sua perspectiva
monumental, conjugando-a aos grandes
complexos edilícios do Palatino, do Célio e do
Opio. Sua forma arredondada era o fulcro do
sistema de massas e de vazios, isto é, de edifícios,
de ruas e de praças que constituía o tecido do
centro da cidade: pela primeira vez, um edifício
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – O COLISEU
centro da cidade: pela primeira vez, um edifício
era concebido em escala urbanística, ou seja, em
relação com toda a zona monumental e
representativa da cidade.
Coliseu (Roma, 72 - 82 d.C.)
Essa relação exprime-se além da dimensão, na forma elíptica
do edifício, desenvolvendo uma curvatura cuja amplitude
muda com o ponto de vista; e na relação entre o espaço
urbano circunstante e o grande espaço cavado no interior.
Essa curvatura é realizada mediante galerias internas que,
enquanto asseguram a perfeita praticidade do anfiteatro,
definem a profundidade ou a espacialidade interna da massa,
que se vai afinando para o alto até concluir-se na superfície
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – O COLISEU
que se vai afinando para o alto até concluir-se na superfície
plana inteiramente desfraldada na luz e na atmosfera, da
última ordem.
A repetição do grupo arco-pilastra-semicoluna ao longo de
toda a superfície da elipse determina, para a contínua
mudança da curvatura, uma gradual variação do claro-escuro.
Coliseu (Roma, 72 - 82 d.C.)
As termas Antoninas ou de Caracala são um típico exemplo do
gosto pelo gigantesco, mais do que pelo monumental, que
domina a arquitetura da romanidade tardia.
Além da funcionalidade específica e das várias funções
conexas (terapêuticas, recreativas, esportivas etc.), o imenso
complexo de edifícios tinha uma finalidade social mais vasta e
indefinida, como lugar de encontro de uma sociedade agora
infinitamente distante da austeridade espartana dos
primeiros tempos - dona do mundo, persuadida de poder
viver das riquezas que afluíam das províncias, do trabalho dos
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – TERMAS DE CARACALA
viver das riquezas que afluíam das províncias, do trabalho dos
povos submetidos - e que já configurava, ao contrário, o início
de uma crise profunda, não somente econômica e política,
mas das consciências.
Nem mais somente curiosa pelas formas artísticas e pelos
modos de vida dos países longínquos, acolhe e experimenta
os seus cultos: prova-o no próprio recinto das termas de
Caracala, a presença de um mitreo, isto é, de um santuário
dedicado (como vários outros em Roma) a um culto oriental
de Mitra.
Termas de Caracala. (211 - 217 d.C.). Roma.
A arcada da esquerda conduz ao grande vestíbulo que era o compartimento
principal do edifício balneário e era coberto por uma série de 3 abóbadas
de concreto cruzadas e sustentadas por possantes pilares. Robustas
colunas de granito escoram os pilares.
As termas continuaram em funcionamento até o séc. VI d.C., quando os
aquedutos romanos foram finalmente derrubados.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – TERMAS DE CARACALA
Dentro do imenso recinto retangular havia ginásios,
pórticos, jardins e até lojas e escritórios; o estabelecimento
termal em si era dotado de complexos implementos
técnicos para a conservação e a distribuição da água
quente e fria; as grandes salas termais (tepidarium,
calidarium,jrigidarium etc.) eram cobertas na maior parte
por abóbada ou cúpula, sustentadas por colunas, revestidas
de mármores coloridos.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – DECORAÇÃO PARIETAL
Vimos que na arquitetura romana a parede tem a função de determinar o espaço: concebida
como limite ou fundo, qualifica o espaço atmosférico anterior do mesmo modo que uma
piscina determina, por transparência, a cor do espelho d'água. A qualidade plástica da parede
não é definida apenas pelos elementos estruturais arquitetônicos, mas também pela
decoração plástica e, nos interiores, pictórica.
Uma vez que a parede não é sentida como uma superfície sólida mas como uma
espacialidade ou uma profundidade imaginária, não surpreende que nela sejam
representados, plástica ou pictoricamente, aspectos da natureza ou eventos históricos e
mitológicos. O espaço da parede permanece, contudo, imaginário ou hipotético, um plano de
projeção: as imagens - arquitetônicas ou naturalistas - ressentem-se ora da condição imposta
pelo plano, ora da liberdade concedida pela fantasia do artista pelo fato de que aquele
espaço é, precisamente, um espaço imaginário.
Cerimônia Religiosa. (séc. I a.C.). Detalhe da casa de Domício Aeronarbo.Museu doLouvre, Paris, mármore.
Um caso típico é a Ara Pacis Augustae, que se apresenta
como um quadrilátero de planos modelados: sobre
alguns há uma fileira de figuras em baixo-relevo, sobre
outros existem largas volutas de hastes de acanto.
O baixo-relevo participa, com suas partes mais
salientes, do espaço natural atmosférico e luminoso;
com os planos intermediários e mais profundos, sugere
a dissolução daquele espaço físico na profundidade
ilusória e necessariamente abreviada da laje. As hastes
de acanto, por sua vez, estão, porém, em relevo, mas
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – DECORAÇÃO PARIETAL
de acanto, por sua vez, estão, porém, em relevo, mas
desenvolvidas em volutas rítmicas, isto é, reconduzidas
ao plano da parede.
Este é, pois, concebido como um termo médio ou de
junção entre espaço natural e espaço figurado ou
imaginário.
Procissão com o ImperadorDetalhe da Ara Pacis, Museu do Louvre, Paris
A decoração plástica se utiliza também da técnica do
estuque, especialmente para os efeitos mais sutis,
pictóricos e de claro-escuros. É uma técnica muito antiga, já
conhecida pelos artistas egípcios e cretenses: consiste em
uma mistura de cal e pó de mármore, praticamente a
mesma que era usada na Grécia como último revestimento
da arquitetura e da escultura e como preparação para a
colocação das cores.
O emprego encorpado, ou seja, com notáveis espessuras,
presta-se para a moldagem de imagens em relevo: estas
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – DECORAÇÃO PARIETAL
presta-se para a moldagem de imagens em relevo: estas
são plasmadas diretamente sobre a parede na mistura
mole. Secando e endurecendo, a superfície adquire uma
luminescência sérica sensível às mínimas variações
luminosas; e aparece como uma pintura monocromática.
À pintura, efetivamente, mais do que ao relevo, pode
aproximar-se o estuque plástico: seja pela técnica rápida,
em pequenos toques de espátula, seja pela suavidade e
delicadeza das passagens de claro-escuro. Em lugar da
pintura, ele é efetivamente empregado onde, pela umidade
ou escassa visibilidade, não se podem executar pinturas
murais: exemplo típico, de raro requinte, é a decoração da
basílica subterrânea de Porta Maior, em Roma.
Transporte do butim de JerusalámBaixo-relevo do arco de Tito, 81 d.C.Mármore, altura da placa 200 cm, Roma.
Não há dúvida de que a pintura parietal romana
depende de modelos helenísticos: estes, com
efeito, estão quase totalmente perdidos,
enquanto nos edifícios de Pompéia e de
Herculano, sepultados pelas cinzas do Vesúvio
em 79 d.C., muitos ambientes conservam
intacta a decoração pictórica.
Distinguem-se, para simplificar, quatro estilos. O
primeiro, seguramente de origem oriental,
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – DECORAÇÃO PARIETAL
primeiro, seguramente de origem oriental,
consta de simples quadriláteros coloridos com
imitação do mármore, do qual são um
substituto econômico. Tingindo ligeiramente as
paredes se dá uma tonalidade colorida ao
ambiente.
Exemplo do primeiro estilo pictórico, séc II a I a.C.Roma
Detalhe da decoração parietal da Casa dos Grifos no Palatino.
O segundo estilo é mais complexo: acima
e, figurativamente, além de um
embasamento, pinta-se uma perspectiva
arquitetônica na qual são inscritos
"quadros" com figurações na maioria
mitológicas sobre vastos fundos
arquitetônicos ou paisagísticos.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – DECORAÇÃO PARIETAL
Exemplo do terceiro estilo pictórico, séc I a.C. a I d.C.Roma
Detalhe da decoração parietal da Casa de Lívia no Palatino.
O terceiro estilo, chamado "da parede real", tem complicadas
estruturas arquitetônicas em perspectiva, mas os edifícios
desenhados são inteiramente fantásticos e, na maior parte,
traçados com linhas sutis e cores tênues. Nesses traçados, que
não têm nenhuma pretensão ilusionista, há quadriláteros, muitas
vezes de um negro reluzente, sobre os quais o pintor traça com
toques rápidos, breves e vivazes pequenas figuras suspensas,
como que voando.
A função da quadratura perspéctica é substancialmente,
suspender o painel figurado em uma profundidade imaginária,
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – DECORAÇÃO PARIETAL
suspender o painel figurado em uma profundidade imaginária,
impedindo-o de identificar-se com o plano mural.
Detalhe da decoração parietal da Vila de Fannio Sinistrore. (séc. I a.C.). Bpscoreale.
O quarto estilo, que aparece somente nos
últimos anos da existência de Herculano e de
Pompéia, retoma o tema arquitetônico
perspéctico do segundo, desenvolvendo-o,
porém, com um colorido mais intenso e com
cenografia mais complexa, algumas vezes
empregando referências mais explícitas à cena
arquitetônica do teatro.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – DECORAÇÃO PARIETAL
Mural da casa de Vettii (Pompéia, 70 d.C.).
A parede foi decorada combinando áreas vazias da
parede , em que são pintados painéis com imitações e
perspectivas de arquitetura à distância.
Este esquema pertence aos últimos anos de Pompéia,
pouco antes da destruição, em 79 d.C .
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – DECORAÇÃO PARIETAL
Mural (Pompéia, 70 d.C.).
Embora haja conhecimento de que em
Roma se praticava a pintura em tela, as
únicas pinturas romanas que conhecemos
são as figurações inseridas nas decorações
parietais e pertencem, em grande parte, às
duas cidades da Campânia - Pompéia e
Herculano.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – DECORAÇÃO PARIETAL
Perseu salvando Andrômeda (séc. I d.C.) Afresco; 1,22 m. Museu Nacional de Nápoles.
Existem várias versões deste tema entre os murais de Pompéia e acredita-se que a inspiração venha de um quadro famoso do séc. IV a.C. ou do .período helenístico. Esta pintura evidencia considerável domínio da modelagem em cor e do emprego de luz e sombra.
o pintor conhece a forma de cada árvore ou arbusto em particular e a
descreve com segurança; mas o que se torna preciso com rápidos traços
de cor não são as coisas que o artista vê, e sim as noções que delas tem.
Portanto, não o espetáculo da natureza, mas as imagens da mente
tomam forma e se fazem evidentes na arte; e a técnica rápida e
resumida por sinais não é criada para exprimir, imediatamente, as
emoções visuais, mas para traduzir visualmente essas imagens.
Também no retrato parte-se de "tipos", que são, depois, especificados
de maneira a evocar as feições. Nas tabuinhas que, entre os séculos I e
V d.C., se colocavam, no Egito, sobre as múmias nos sarcófagos
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – PINTURA
V d.C., se colocavam, no Egito, sobre as múmias nos sarcófagos
(chamados retratos do Paium), a pessoa é representada geralmente de
frente, com grandes olhos arregalados para dar a idéia da vida; mas só a
acentuação de algum traço fisionômico lembra a figura real do defunto.
É, como se vê, um procedimento que não parte do "verdadeiro", mas,
movendo-se da idéia ou do tipo, tende a aproximar-se dele, ou seja, um
processo que vai do geral ao particular, mas sem implicar uma
apropriação direta a partir do real.
Retrato de Mulher (séc. III d.C.) Encáustica sobre madeira. Museu do Louvre, Paris.
Proveniente da região egípcia do Faium,
A coluna de Trajano, dedicada em 113 d.C. e instalada no
fórum de Trajano, é um longo e preciso memorial dos
empreendimentos militares do imperador. Em uma faixa
em baixo-relevo, enrolada em espiral na haste da grande
coluna celebrativa, são contados, momento por
momento, os acontecimentos das duas campanhas pela
conquista da Dácia.
A fita desenrolada tem mais de duzentos metros de
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – DECORAÇÃO PARIETAL
comprimento, contém mais de 2.500 figuras. O único
corte na narração contínua, entre os fatos da primeira e
segunda guerras, é uma figura da Vitória alada, que faz
uma incisão sobre um escudo do nome do vencedor.
Conquista da Dácia (113 d.C.) mármore.
Detalhe da coluna de trajano, Roma.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – DECORAÇÃO PARIETAL
É o mesmo tema da Vitória de Brescia, um pouco
anterior. A Nike grega era um gênio volante que
trazia do céu o favor dos deuses; a Vitória romana é
uma figura que medita e escreve, é a História que
anota o evento e transmite a sua memória.
O escultor estende a narração figurada sem dividi-Ia
em episódios, sem elevar o tom da voz nos
momentos culminantes.
Talvez não tenha um projeto preciso, deixa-se guiar Talvez não tenha um projeto preciso, deixa-se guiar
pela sucessão dos fatos que, sobre a alta massa
cilíndrica da coluna, símbolo da estabilidade e da
grandeza do império, suscitam um animado mas
suave movimento de luz e de sombra: os eventos
frisam apenas a superfície de uma realidade histórica
dada por eterna.
Coluna de Antonino Pio (161 a.C.) mármore.
Cortille della Pigna, Roma.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ESCULTURA
Não é diversa a retratística oficial da era de Augusto, a
começar por um de seus protótipos, a estátua de Prima
Porta, cuidadosamente estudada para a "razão de
estado".
É manifesto o recurso ao cânon grego, mas o ideal do
decoro se entrelaça evidentemente ao do belo. A figura
que tem os atributos do líder militar e os do orador está
em atitude de calmo e seguro domínio; no rosto, a
expressão fisionômica é, ao mesmo tempo, precisa e expressão fisionômica é, ao mesmo tempo, precisa e
generalizada, quase que a indicar que mesmo aquela
pessoa particular assume, pela grandeza histórica de seus
gestos, valor universal.
Augusto (14 a 29 a.C.) mármore.
Estátua de Prima Porta. Museu do Vaticano, Roma.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ESCULTURA
A ideologia que diviniza o imperador e o Estado reduz o significado da
pessoa ao peso que tem na hierarquia estatal, forma terrena da
ordem divina; é somente a insígnia de uma posição, e se a posição se
reconhece pela roupa, a roupa interessa mais do que o corpo ou o
rosto.
Mais precisamente, também o corpo e o rosto valem apenas na
medida em que revelam a dignidade ou a posição, por meio daqueles
caracteres, traços ou atributos considerados tipicamente expressivos,
ou, antes, declaradores da dignidade ou da posição.
Nas estátuas colossais, como o Colosso de Barletta ou o Constâncio lI, Nas estátuas colossais, como o Colosso de Barletta ou o Constâncio lI,
do qual resta a cabeça (palácio dos Conservadores em Roma), a
dimensão é muito maior do que o real, o corpo e a face são reduzidos
aos traços que se consideram distintivos de uma dignidade mais do
que humana: não se quer dizer que o imperador é assim, mas que
assim aparece aos olhos e à fantasia do súdito.
Será o cristianismo que demonstrará serem os súditos e as vítimas,
mais do que os poderosos e os dominadores, os verdadeiros
protagonistas de uma história que tem por finalidade última a
salvação espiritual do gênero humano.
Constâncio II (330 a 340 d.C.) bronze, h: 185 cm.
Palazzo dei Conservatori. Roma.
Aqueduto de Segóvia (Espanha, séc I d.C.). Comprimento 728 m; altura: 28,9 m.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – OBRAS PÚBLICAS: Pontes e Aquedutos
Ponte de Alcântara (Espanha, séc I d.C.). Largura 194 m; altura: 50 m; arq. Caio Júlio Lacer.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – OBRAS PÚBLICAS: Pontes e Aquedutos
Construção de uma ponte
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – OBRAS PÚBLICAS: Pontes e Aquedutos
Apoio da arquitrave
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – OBRAS PÚBLICAS: Pontes e Aquedutos
Apoio da arquitrave
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE: Roma
Forum Imoerial
Clrcus Maximus (século IV)
Os circos destinavam-se a corridas de cavalos
e a lutas de gladiadores.
O Circus Maximus, em Roma, é do princípio
do século IV, mas sofreu alterações.
Construído em terreno plano, tem 600
metros de comprimento, lugares sentados
em toda a volta, exceto no extremo em linha
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE: Roma
em toda a volta, exceto no extremo em linha
reta onde havia um conjunto de taratares
(portas da meta).
Um muro, o spina, com meta, ou postes de
mudança de direção em cada extremo,
delimitava a zona de circulação.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE: Roma
Circus Maximus (Roma - século IV)
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE: Roma
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE: Roma
Palácio de Diocleciano (Split, 300
d.C.).
O edifício é protegido por muralhas
torreadas e parece um campo militar.
A entrada é formada por 4 colunas de
granito com uma arquitrave que se
expande num arco sobre duas colunas
centrais. Acima fica um frontão.
O pátio fica no final da principal
galeria de colunas
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE: Roma
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE: Roma
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE: Roma
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE: Roma
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE: Roma
Coluna de Trajano (Roma, 114 d.C.)
Piazza Navona (Roma, 1653) Bernini.
Estátua eqüestre de Marco Aurélio (Roma, 161 - 180 d.C.). Bronze, 5,08 m.
Esta estátua se ergue sobre a Piazza dei Campidoglio, em Roma, colocada por Michelangelo em 1538.
Antigüidade Clássica: ROMAO IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 300 d.C.) – ARQUITETURA DA CIDADE: Roma