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WWW.PAROQUIASANTATERESINHA.COM.BR Ano X - Número 120 - Janeiro de 2017

Ano X - Número 120 - Janeiro de 2017 WWW ... · Que venha 2017 e com ele nossas lembranças e nosso futuro. Jéssica Guimarães EXPEDIENTE Santa Teresinha Em Ação Publicação

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EDITORIAL

E não são poucas, afinal são dez anos de vida de um jornal paroquial. E é de vida mesmo, pois como todo ser vivo faz ao longo de dez anos, o nosso Santa Teresi-nha em Ação nasceu, cresceu e amadureceu, e por isso é que afirmamos que ele

não é um jornal apenas impresso, é um meio de comunicação vivo e dinâmico. Aliás, é mais que um meio de comunicação, é um meio de evangelização e catequese, um meio de trazer aos leitores e paroquianos toda a vida que pulsa em nossa sociedade e em nossa Igreja. Perceba como isso é verdade, olhando para a história de nosso jor-nal; nasceu como um Informativo Paroquial, mudou para um jornal, cresceu em nú-mero de páginas, tornou-se colorido, e de tempos em tempos muda a linha editorial, o visual, a paginação e traz novos colunistas que permitem um olhar diferente sobre tudo aquilo que cada um deles escreve. E para contar um pouco dessa história de vida do Santa Teresinha em Ação, é que alguns colunistas foram convidados a se debruçar sobre as edições passadas e nos relembrar o que de importante cada ano, desses últi-mos dez, trouxe para nós. A partir da página 4 e até a página 13, você acompanha cada ano das publicações, salientando matérias ou personagens que se tornaram notícia e propuseram-nos reflexões que nos conduziram também a um crescimento espiritual e de visão crítica sobre nossa vida. E na página 14 você fica sabendo como ele é pro-duzido. E mostrando que está mais vivo do que nunca, o Santa Teresinha em Ação, nesta edição comemorativa de seus dez anos, traz também algumas mudanças; um novo “logo” mais moderno e sugestivo, que nos remete à figura jovem e simpática de nossa padroeira, uma nova diagramação e formatação para favorecer a leitura com um visual mais limpo e agradável aos olhos, e uma mudança que não poderia ser melhor para um jornal paroquial de uma paróquia salesiana; a partir desta edição, este espaço do Editorial passa a ser de responsabilidade de Jéssica Guimarães, que faz sua estreia aí ao lado. Essa mudança vem cheia de significado para um jornal que atingiu a idade de 10 anos; primeiro, ela traz uma profissionalização necessária a um jornal que atingiu este modelo, pois Jéssica é uma jornalista formada, que tem já um trabalho publicado e excelente senso crítico em suas observações nas revisões que já vinha fazendo há al-gum tempo; segundo, porque é jovem, e protagonista, pois já foi catequista de Crisma, Ministra Extraordinária da Sagrada Comunhão e hoje coordena o grupo de jovens En-treTantos. Jovem e protagonista era tudo que Dom Bosco mais amava em seus oratórios e por quem ele se dedicou a vida inteira, por isso essa é a melhor mudança para um jornal paroquial salesiano. Desejamos à Jéssica muito sucesso nesta sua nova missão e de nossa parte, agradecemos primeiro a Deus, pela oportunidade de ter acompanhado o crescimento deste veículo, em segundo aos párocos que confiaram incondicional-mente em nosso trabalho e por último, mas não menos importante, a você leitor, que é o motivo pelo qual nos esforçamos continuamente pela melhoria deste nosso jornal. Somos realmente muito gratos a todos vocês que, com sua leitura atenta, nos dirigiram suas críticas construtivas pois perceberam que este jornal é seu. Um feliz e santo Natal e que, em 2017, estejamos onde estivermos, caminhemos todos com os olhos fixos em Jesus. Muito obrigado!

SC Carlos R. Minozzi

Relembrar é sim uma forma de viver. Por mais que esta ideia reforce o senso comum - que precisa ser sempre questionado -, para esta edição, a mensagem deve ficar. Afinal, a lembrança faz parte de todo processo

de aprendizagem, à medida que acumulamos conhecimento e não os substitu-ímos. Entretanto, a memória não tem apenas uma finalidade intelectual, mas, sobretudo emocional.

Esta edição comemorativa nos faz olhar para trás para entendermos que é importante revermos erros e acertos, que muitas vezes ficam esquecidos em algum canto, e acabam cobertos pela poeira da estrada da vida. Ainda mais com as rápidas mudanças da modernidade, em que frequentemente deixamos de lado uma palavra ou um acontecimento importante.

Durante o processo de recordar temos a oportunidade de nos aproximar-mos daquele “eu” que tanto se modificou. Ao encarar este ser, compreendemos melhor o caminho traçado, fazendo com o próximo passo seja acompanhado de mais segurança e experiência.

Experiência, esta é outra palavra que deve ser mantida por perto, afinal, a lembrança só existe a partir de uma experiência. Todavia, esta palavra também nos remete aquele ser que domina algum ofício, que caminha com firmeza e maestria por estradas conhecidas. Desta forma, devemos guardar e utilizar os dois conceitos aqui apresentados.

É justamente a união destas “experiências” que concretizaram a nova trans-formação em nosso jornal. Ao olhar a bela história já escrita, fez-se oportuno um novo desafio. Afinal, o que faríamos com nossas lembranças e experiências se não as utilizássemos para construir um futuro?

A missão de dar continuidade a um trabalho feito com aquela maestria, companheira da experiência, é enorme, porém são nestes momentos em que achamos que a cruz está pesada demais que lembramos que não estamos so-zinhos. Temos sempre a presença de Deus, que nos dá força e sabedoria perso-nificadas em colegas. Neste caso, toda a equipe que faz o jornal, em especial ao Minozzi, que carrega todas as definições da já citada experiência.

Ao ler as edições do jornal e participar das atividades de nossa paróquia, é possível notar a presença de alguns experientes que estão transbordando de conhecimento e prontos para passá-lo adiante. Estas pessoas ouviram a men-sagem de Deus e estão visando à perpetuação dos ensinamentos que precisam ser repassados para não acumularem o pó da estrada, ao cair no esquecimento.

A gratidão por aqueles que deram início a um caminho deve ser mantida, junto a isso vem à vontade em aprender e a ouvir tudo o que eles têm a dizer. Ao somar as boas lembranças, com a experiência do viver e a experiência do saber teremos como resultado, no mínimo, mais dez anos de sucesso. É com este es-pírito que encaramos esta nova jornada e este novo ano. Que venha 2017 e com ele nossas lembranças e nosso futuro.

Jéssica Guimarães

EXPEDIENTESanta Teresinha Em AçãoPublicação da Paróquia Santa Teresinha – Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal SantanaDistribuição interna, sem fins lucrativos.

Paróquia: Praça Domingos Correia da Cruz, 140,Santa Terezinha - Cep.: 02405-060 - São Paulo - SPTel.: (11) 2979-8161Site: www.paroquiasantateresinha.com.brDiretor: Pe. Camilo Profiro da Silva, SDBJornalista responsável: Daya Lima - MTb 48.108Egom Editora e Comunicação (11) 3263-1124

Capa: montagem com fotos de Thinkstockphotos

O jornal Santa Teresinha Em Ação reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

Arte e diagramação: Toy Box IdeasPesquisa: PASCOMRevisão: PASCOMFotos: PASCOM e Banco de ImagensImpressão: Gráfica Atlântica - Tel. (11) 4615-4680Tiragem: 3.000 exemplaresE-mail: [email protected]

Horários das MissasSegundas-feiras, às 16h30 e 19h30De terça a sexta, às 8h e 19h30Aos sábados, às 8h e às 16hAos domingos, às 7h30, 9h30, 11h, 18h e 19h30

adoraçãoTodas as quintas, 8h e 19h30 e, nas primeiras sextas do mês, às 7h30

Horário da secretariaDe segunda à sexta, das 8h às 12h e das 13h às 19h30Aos sábados, das 8h às 12h e das 13h às 18hTel. (11) 2979-8161 - [email protected]

Senta que lá vem história! Lembranças para o futuro

2 • Santa Teresinha em Ação

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A VOZ DO PASTOR

PALAVRA DO PÁROCO

2017: Paz, prosperidade e bênção

Ter os olhos fixos em Jesus

Abriu-se o ano de 2017 e foram muitos os votos de paz, prosperidade e

bênçãos que recebemos e dese-jamos às pessoas de nosso con-vívio. Fizemos nossos o canto e a mensagem do anjo do Senhor aos pastores na noite de Natal, nos arredores de Belém: ‘Glória a Deus nas alturas, e paz na ter-ra aos homens que Ele ama’ (Lc 2,14).

O início do ano é, realmen-te, o momento apropriado para se desejar a paz às pessoas. Mas

a paz não pode permanecer so-mente um desejo ou voto, ela precisa ser construída, durante todo o ano, por cada um de nós, a partir do recanto mais íntimo de nossa vida, a família.

O Papa Francisco, na men-sagem para o dia mundial da Paz, assim se expressou: “Se a origem donde brota a violên-cia é o coração humano, então é fundamental começar por percorrer a senda da não-vio-lência dentro da família. É uma componente daquela alegria do

amor que apresentei na Exorta-ção Apostólica Amoris laetitia. Esta constitui o cadinho indis-pensável no qual, cônjuges, pais e filhos, irmãos e irmãs aprendem a comunicar e a cui-dar uns dos outros desinteres-sadamente e onde os atritos, ou mesmo os conflitos, devem ser superados, não pela força, mas com o diálogo, o respeito, a busca do bem do outro, a mise-ricórdia e o perdão”.

No início do ano desejamos também prosperidade. Quando

pensamos em prosperidade, em geral, pensamos na prospe-ridade econômica e social e de-sejamos que as pessoas tenham melhores condições de vida. É justo pensar assim e desejar um tempo melhor e de menos aperto financeiro. Quando fala-mos de prosperidade devemos ir além, como bem recorda o Papa Emérito Bento XVI: ‘há ri-quezas preciosas na nossa vida que podemos perder e que não são materiais’.

No entanto, devemos pensar em tantas pessoas que diante de graves perdas ou conflitos, ou por influência de ideologias, ou por afastamento da Comu-nidade decaíram de uma situ-ação de grande prosperidade, a alta dignidade cristã, perde-ram a orientação segura e firme

da vida, se afastaram de Deus, perderam uma grande riqueza. Desejar prosperidade é desejar um novo encontro com Jesus, o Cristo, o Filho de Deus (cf Mc 1, 1), que pode voltar a recuperar a alta dignidade e ensinar-lhes a estrada.

Desejamos a bênção, aben-çoamos e somos abençoados. A Igreja nos abençoa e devemos abrir o nosso coração ao fluxo sempre novo desta bênção. Ela traz em si uma força criadora, regeneradora, capaz de aliviar qualquer forma de cansaço e de garantir um vigor perene em nossa missão.

Que Ele derrame sobre nós suas bênçãos e nos guarde sãos e salvos todos os dias deste ano.

Dom Sérgio de Deus Borges

Ter os olhos fixos em Jesus: eis o programa de santa Teresinha e também o programa que deve

acompanhar a nossa comunidade ao longo do novo ano. Ter os olhos fixos Nele, porque Ele é nossa única esperan-ça, a única fonte da nossa alegria. Ter os olhos fixos Nele, porque viver com Ele, experimentar o seu amor e ter a sua paz é nosso único objetivo.

Alcançando esta meta, tudo o mais fica em segundo plano. A única alegria de quem ama, é ter o Amado perto de si. Isto escreve a nossa santinha à sua irmã (a quem apelidou de cordeiro), às vésperas da sua profissão religiosa: “O cordeiro se engana pensando que o brinquedo de Jesus não está nas trevas; está mergulhado nelas. Talvez, - e o cor-deirinho há de convir – estas trevas são

luminosas, mas apesar de tudo, são tre-vas... Sua única consolação é uma força e uma paz muito grande, e depois espera ser como Jesus quer. Eis sua alegria, pois do contrário, tudo é tristeza...” E depois acrescenta: “Creio que o trabalho de Je-sus durante este retiro foi o de desape-gar-me de tudo o que não é ele...” Assina a carta assim: “Teresa do Menino Jesus, brinquedinho de Jesus!”

Ser o brinquedo de Jesus, do qual Ele dispõe como quer, como Lhe agrada, para alcançar com Ele a alegria eterna: “Oh! A Pátria.... A Pátria.... Como tenho sede do Céu, lá onde amaremos Jesus sem reservas! Mas é necessário sofrer e chorar para chegar aí... Pois bem! Quero sofrer tudo aquilo que a Jesus aprouver, deixá-lo fazer de sua bolinha tudo o que ele quiser”.

Ter os olhos fixos em Jesus! Por quê? Porque “a vida não é senão um sonho; logo despertaremos, e que alegria... Quanto maiores nossos sofrimentos, mais nossa glória será infinita. Oh! Não percamos a provação que Jesus nos envia, é uma mina de ouro a explorar. Perderemos a oportunidade? O grão de areia quer por mãos à obra, sem alegria, sem coragem, sem força, e são todos es-

ses títulos que lhe hão de facilitar a em-presa; ele quer trabalhar por Amor”.

Trabalhemos nós também por amor, com os olhos fixos no Salvador, para me-recermos com santa Teresinha a recom-pensa eterna.

Um abraço carinhoso a todos e um feliz ano.

Pe. Camilo P. da Silva

O início do ano é o momento apropriado para se desejar a paz às pessoas. Mas a paz não pode

permanecer somente um desejo ou voto, ela precisa ser construída

Ter os olhos fixos em Jesus, experimentar o seu amor e ter a sua

paz é nosso único objetivo Santa Teresinha em Ação • 3

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ANO UM

Além da imaginação

Era o ano de 2006 e a Paróquia Santa Tere-sinha lançava então o

Informativo Paroquial Santa Teresinha, uma publicação bi-mestral, em formato de revis-ta, com oito páginas, mas que dura somente três edições, pois com a chegada do novo pároco, Pe. Mauro Bombo, este interrompe esse formato para lançar o formato tabló-ide como um jornal mensal de 12 páginas, forma essa que perdura até hoje, sendo que posteriormente se aumentou o número de páginas para 16 afim de contemplar novos as-suntos de interesse de seus leitores.

Também modifica o nome

da publicação para Santa Te-resinha em Ação e entrega a produção do mesmo à jor-nalista Elvira Freitas, que se torna responsável única pelo jornal, já que a Pascom (Pas-toral da Comunicação), ainda relativamente jovem na paró-quia, não dispunha de “mão de obra” suficiente para se encarregar além do site (veja entrevista na página 16).

Aqui vale salientar uma curiosidade: ao modificar todo o formato, a capa do primeiro Santa Teresinha em Ação trouxe como número 1 essa publicação. Percebido o equívoco, posto que o infor-mativo anterior já havia sido publicado por três edições,

no mês seguinte, o Santa Te-resinha em Ação traz na capa o número 5, fazendo com que então, na história de nosso jornal, tenhamos dois núme-ros 1 e nenhum número 4.

No novo formato, o jornal já traz a ideia de ter seus pró-prios colunistas, para que não fosse necessário somente à jornalista redigir ou republi-car artigos de interesse da co-munidade e então, surge a fi-gura de um colunista da maior importância, que é o único dessa época que ainda perdu-ra: Paulo Henriques, o conhe-cido Paulinho. No número se-guinte também, por incentivo do pároco, se agregam ao time de colunistas fixos, o vicentino Enio Elias, escrevendo sobre o trabalho de promoção huma-na da Conferência Vicentina, e o Salesiano Cooperador Carlos Roberto Minozzi, escrevendo sobre a Família Salesiana.

Também a convite do páro-co, nosso pastor de então, Dom Joaquim Justino Carreira passa a ter seu próprio espaço para se dirigir ao povo de Deus.

E assim começa a cami-nhada do Santa Teresinha em Ação, trazendo gradativa-mente notícias de realizações pastorais de nossa paróquia, tornando conhecidos seus pa-roquianos na pequena coluna “A paróquia em nossa vida”, e inaugurando em sua última página, um espaço para divul-gação das atividades da cre-che Santa Teresinha, existente na época.

Mas não se fixava somen-te nestes assuntos. Já desde então, tratava de questões de sustentabilidade (“Evitar o acúmulo de lixo é possível” – Edição 5), ou de saúde (“Obe-sidade e saúde”, artigo de Pe. Júlio Munaro, publicado na edição 6)

Trazia também pergun-tas de paroquianos acerca de questões religiosas que eram respondidas pelo pároco e uma coluna relatando a vida do “Santo do mês”, e ainda ma-térias da Igreja “fora dos mu-ros” paroquiais, como a visita do Papa Bento XVI ao Brasil (Edição 7), sinalizando des-de então a vocação de se tor-nar uma publicação capaz de promover a evangelização e a catequese mais do que apenas um noticiário local paroquial.

Olhando para esse início, vemos que uma semente de boa qualidade foi plantada há 10 anos atrás, e que a ca-minhada que trouxe a forma e a importância que o Santa Teresinha em Ação tem hoje, naquela época ainda era algo além de nossa imaginação.

por Carlos Roberto Minozzi

4 • Santa Teresinha em Ação

Uma semente foi plantada há dez anos atrás e onde

iríamos chegar ainda era algo além da imaginação

Em 2006, era lançado um informativo paroquial bimestral que durou apenas três edições

O primeiro número já do jornal Santa Teresinha em Ação

O primeiro exemplar do Informativo Paroquial Santa Teresinha

Pe. Mauro Bombo foi responsável por lançar o Santa no formato que tem até hoje

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ANO DOIS

Um ano de mudanças

O ano de 2008 foi um ano de grandes mudanças na comunidade de San-

ta Teresinha. Logo no começo do ano houve a súbita troca do pároco. Pe. Mauro Bombo, uma lufada de frescor que passou pela paróquia, trazendo um benfazejo ar de mudança para uma comu-nidade sedenta em participar mais ativamente nas coisas de Deus. Na sua curta permanên-cia como nosso pastor conquis-tou nosso respeito e admiração, sendo frequentemente lembra-do por suas atitudes em favor da comunidade, dentre elas a dina-mização e profissionalização do Santa Teresinha em Ação. Foi ele quem contratou uma jornalista profissional e experiente, Elvira Freitas, para produzir um instru-mento de evangelização que não se limitasse a um apanhado de acontecimentos paroquiais.

Em fevereiro, assume Pe. Ademar. Com seu jeito tímido e humilde, mas firme na doutrina e, sobretudo, na fé, inaugura uma nova fase da Paróquia, de muita espiritualidade e abertura à Igre-ja no mundo. Pe. Ademar tem uma compreensão profunda da importância da unidade da Igreja

e sempre prestigiou as atividades extra paroquiais no planejamen-to e nas ações das diversas pas-torais e movimentos. No jornal, assume o editorial e a coluna “Dúvidas do Leitor” já a partir da edição de fevereiro/março.

Pe. Maurício Miranda deixa a diretoria do Colégio Salesiano e da comunidade. Em seu lugar, chega Pe. Aramis, corintiano roxo que logo nos cativou com sua alegria, informalidade e espí-rito salesiano. Assume uma nova coluna do jornal, “Salesianida-de”, hoje continuada pela coluna “Estreia”, em que são analisados e explicados a espiritualidade e o jeito salesiano de ser.

Por fim, em agosto, a jorna-lista responsável, Elvira Freitas, deixa a editoria, pois foi convi-dada a assumir posição no jornal arquidiocesano O São Paulo. Em seu lugar, entra Daya Lima, jo-vem e competente jornalista que está conosco até hoje. Essa troca favoreceu o fortalecimento do conselho editorial do STA e mar-ca o início de uma mudança na linha editorial, gradativamente passando de um noticiário prio-ritariamente voltado a aconteci-mentos para um conteúdo que

prioriza a formação espiritual e doutrinária cristã, católica e sa-lesiana.

Escolhe, pois, a vida. Este foi o lema da Campanha da Frater-nidade naquele ano. Assunto ainda atual, a exigir hoje uma conscientização dos católicos que, contrariamente à doutrina, admitem alguma flexibilização

na defesa da vida. A família foi destaque na mensagem do Papa Bento XVI para a Jornada Mun-dial da Paz e D. Joaquim Justino Carreira, nosso saudoso bispo, trabalhava incessantemente pela implantação da Pastoral Familiar na Região Santana, como mostra reportagem na edição de julho. O mesmo D. Joaquim recebeu, em março, o título de Cidadão Pau-listano.

A Sociedade São Vicente de Paula foi indicada, naquele ano, para o Nobel da Paz. A Arquidio-cese comemorou seu centenário em cerimônia popular no Está-dio do Pacaembu, em 8 de julho. A Paróquia Santa Teresinha se fez presente em meio aos mais de 30 mil fiéis que acorreram à

cerimônia. Na mesma, São Paulo foi entronizado como Patrono da Arquidiocese. Luís Martin e Zélia Guerin, pais de Santa Teresinha, foram beatificados em 19 de ou-tubro.

A política foi destaque de uma página em todas as edições até a eleição de outubro de 2008. É o jornal cumprindo seu papel cidadão.

Com este mosaico, recorda-mos o que foi o ano de 2008. É motivo de satisfação, alegria e orgulho ter a graça de participar efetivamente desta obra de evan-gelização, o Santa Teresinha em Ação. Trilhamos com perseve-rança e humildade essa missão a nós confiada por Deus, a quem, para sempre, rendemos glória.

É motivo de satisfação, alegria e orgulho ter a graça de

participar efetivamente desta obra de evangelização, o Santa

Teresinha em Ação

por Luiz Fernando Garcia

Santa Teresinha em Ação • 5

Em 02/2008, novo pároco: Pe. Ademar

Em junho, a Arquidiocese de São Paulo abre o Ano Paulino

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ANO TRÊS

Catequese, Juventude e Família

Caminhamos por dois milênios de história, sempre iluminados

pelo Espírito Santo encami-nhando as ações da Igreja. O 10º Plano de Pastoral da Arqui-diocese (2009 – 2012) é lançado e nos convoca a sermos discí-pulos-missionários na cidade de São Paulo. Por isto mesmo, a Região Santana, sob a orien-tação de Dom Joaquim, lança como prioridade pastoral para este primeiro ano (2009) A CA-TEQUESE, A JUVENTUDE E A FAMÍLIA.

Padre Ademar, sempre aten-to às diretrizes propostas pela Igreja e com forte sentimento de pertença, abraça estas prio-ridades para a paróquia, con-vidando cada um para que “se sinta membro ativo e integrante de uma tarefa e obra de Deus e sirva com alegria, com genero-sa e despretensiosa dedicação e em comunhão de ação com todos os irmãos e irmãs”.

O jornal Santa Teresinha em Ação segue esta orientação e no curso do ano vai mudando seu estilo de ser apenas um noticio-so, para um jornal também de cunho formativo. Em maio, ga-nha novo visual com a chegada de Érika Campos, diagramado-ra que soma juventude ao estilo gráfico do jornal.

A Campanha da Fraterni-dade de 2009 tem como tema, ainda atual, FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA - A PAZ É FRUTO DA JUSTIÇA. Este tema, dá o tom e embasa as ações pastorais daquele ano.

Em 19 junho de 2009, é aberto

o Ano Sacerdotal: sim, é preciso lembrar de nossos pastores, rezar por eles, ajudar na promoção da obra vocacional e zelar por sua formação, para que seja cada vez mais profunda e completa para as necessidades de seu povo, sem nunca deixar de ter como base a fé a espiritualidade.

Mas como caminhou nossa paróquia na perspectiva do jor-nal e dentro das prioridades Ca-tequese, Juventude e Família?

CatequeseFelizmente, Santa Teresi-

nha tem uma catequese forte, preocupada com a formação e preparação de seus paroquia-nos. Desde o início do ano foi divulgada a Catequese Familiar, assim como a Catequese para Adultos, Crisma e Preparação de Noivos. Naquele ano, teve início e foi amplamente divulgada a

Escola de Ministérios, promovi-da pela Cúria Regional. O jornal STA, com a coluna de formação e suas páginas centrais, traba-lhou neste sentido, além das co-lunas de Salesianidade e sobre Leitura Orante (Lectio Divina).

JuventudeO STA caminhou com a ju-

ventude em todo ano de 2009. Foram enviados representantes a Campos do Jordão para for-mação de assessores da Pastoral Juvenil Salesiana. A coluna “Tá Ligado?” foi conduzida pela jo-vem Melissa Sliominas com uma abordagem sempre provocativa. Tiveram cobertura a participação dos coroinhas e suas formações, a participação no Dia Mundial da Juventude e duas celebrações do Crisma na paróquia: em maio, com Dom Joaquim e a presença de muitos jovens que participam

ativamente da paróquia até hoje, como a Carol Gomes, e em no-vembro, com Dom Hilário Moser.

A coluna “Eu e a Paróquia” foi protagonizada, na maioria das edições, por testemunho de jovens, com destaque a Augus-to Zago, então com 16 anos e já tendo a paróquia como segun-da casa. Também contou com incentivo dos Jovens Sarados, grupo ligado à Canção Nova.

Como ponto alto, recebe-mos a visita, em 3 de dezembro, da relíquia de Dom Bosco, no caminho das comemorações aos 150 anos do nascimento do Pai e Mestre da Juventude, como aclamado por São João Paulo II. Para a festa da vinda da Relíquia, Padre Aramis es-creveu e fomentou em nós este amor pela juventude, sempre de maneira objetiva e alegre lembrando o que Dom Bosco dizia: Que os jovens não sejam apenas amados, mas que se sin-tam amados.

FamíliaAtendendo ao forte apelo de

Dom Joaquim – Família, torna--te o que és -, para as famílias

assumirem sua missão na Igreja e na sociedade, Padre Ademar convoca a paróquia para a im-plantação da Pastoral Familiar. Durante dois meses, o casal co-ordenador da Região Santana, Silvio e Ester, reuniu-se sema-nalmente com membros da co-munidade neste trabalho de ini-ciação. A equipe de Preparação de Noivos foi a primeira convo-cada, assim como membros de outras pastorais, já que em todas a família está presente. No dia 30 de setembro, a equipe é enviada ao trabalho por Dom Joaquim. Entendendo os desafios que so-fre a família no mundo de hoje, a partir de novembro a Pastoral Familiar passa a manter uma co-luna no jornal.

Mesmo antes da implanta-ção, Padre Ademar promoveu a Semana Nacional da Família em agosto. Durante as Missas daquela semana, famílias paro-quianas deram seu testemunho. Houve, ainda, um mural com fotos de famílias da paróquia, evento alinhado com o tema proposto pela CNBB naquele ano, Família, igreja doméstica, caminho do discipulado.

Uma edição atualO convite feito por padre

Ademar na edição de julho de 2009 se faz atual e reforçado pelo conselho editorial do STA para 2017:

“Jesus deseja ser recebido e fazer comunhão, com todos, partilhando sua presença, seu ser, sua vida, paz e amor. No esforço de implantar a Pasto-ral Familiar e organizar o setor juventude em nossa paróquia precisamos nos tornar comuni-dade missionária e ir ao Encon-tro das Famílias e Jovens que Jesus procura. Precisamos mes-mo é de uma conversão e atitu-de pastoral. E há um lugar para você e todos nós nesta Missão! ”

A Região Santana, sob a orientação do saudoso Dom Joaquim, lança como prioridade pastoral

para este ano de 2009: A CATEQUESE, A JUVENTUDE E A FAMÍLIA

por Ana Filomena Garcia

6 • Santa Teresinha em Ação

O ponto alto do ano foi a visita da urna com a relíquia de Dom Bosco

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ANO QUATRO

A voz do povo é a voz de Deus

O Santa Teresinha em Ação sempre se pro-pôs a ser um jornal dos

paroquianos e por isso, sempre deu a eles vez e voz em suas pá-ginas. Desta forma, queremos então lembrar o ano de 2010 com as palavras dos próprios paroquianos:

Edição 36 - JaneiroMárcia de Carvalho - ‘Uma vida na Paróquia’

“Venho a missa esperando me alimentar de palavras, de emoções, de sentimentos que eu levo para minha família e para o dia a dia. Cristo, para mim, é uma luz que conserva-mos em nosso interior.”

Edição 37 - FevereiroGeovana Sagrado Ferreira - ‘Se afastar para vir com mais força’

“No tempo da primeira co-munhão, frequentei a Igreja, mas no período da adolescência fiquei um pouco afastada. Acre-dito que cada um tem seu tempo de voltar, às vezes nos afastamos para depois voltar com mais força e fé! É muito bom estar aqui para pensar no que fizemos, no que estamos fazendo, no que vamos fazer, no que queremos pedir e principalmente para agradecer!”

Edição 38 - MarçoCaio Marcellus do Carmos Fer-reira - ‘Para minha Proteção’

“Faz muito tempo que não vou à Igreja, mas sempre peço proteção, falo muito com Deus principalmente quando estou sozinho, quando acontece ou vai acontecer alguma coisa. Te-nho uma banda e faço muitos shows. Geralmente, dias antes dos shows, quando fico muito vulnerável, peço ajuda para dar

um “push” (impulso). Então subo no palco, faço tudo legal e as coisas dão certo.”

Edição 39 - AbrilErika Dias da Silva - ‘Primeira Vez’

“Deus é tão importante, pre-cisamos Dele para muita coisa. Temos que orar sempre, agrade-cer a Ele os dias bons e os dias ruins. É a primeira vez que eu ve-nho nesta missa, gostei bastante.”

Edição 40 - MaioCasal Erika Dias da Silva e Mi-chel Forster Moreira - ‘Juntos em todos os momentos’

“Gostamos de buscar a Igreja para encontrar boas coisas, aqui é um lugar que traz algo de bom para nós. Rezamos em casa, mas é bom vir na casa d’Ele, nos sen-timos melhor, mais próximos.”

Edição 41 - JunhoRodrigo Mesquita

“Me sinto bem na Igreja e na missa, é uma coisa forte que toca aqui dentro, sinto a pre-sença de Deus. Sempre, 24 ho-ras, é uma força para viver.”

Edição 42 - JulhoJéssica Leme

“Vou à Missa sempre que possível. Me sinto muito bem frequentando a Igreja, sinto que estou perto de Jesus. Sou batizada, mas, ainda não fiz a Crisma. Vim aqui hoje porque é o aniversário de uma amiga da Crisma, estou acompanhando ela na Igreja. Já vim aqui várias

vezes e em Mairiporã, minha ci-dade, vou na Igreja Matriz. Sin-to muito a presença de Deus, rezo todos os dias em casa. Sou muito religiosa.”

Edição 43 - AgostoAndré Luís

“Deus já estava dentro de mim. Quando mudei para San-tana, vim um dia na Paróquia e ouvi o anúncio sobre o Grupo de Crisma e entrei por vontade própria. Todo domingo de ma-nhã estamos aqui para ajudar a comunidade. Procurei o Gru-po de Crisma porque senti que com Deus, na minha vida, iria ser bem mais forte. A presença Dele aqui na Paróquia e dentro de mim, quando estou comun-gando, é muito forte. Rezo bas-tante todos os dias.”

Edição 44 - SetembroNatália Garcia

“Me sinto muito bem, gosto de vir aqui na paróquia porque é perto de casa e encontro pes-soas que eu conheço. Todo do-mingo venho à missa e também faço orações para as pessoas.

No colégio, pela manhã, sem-pre rezo, é uma prática do Co-légio Salesiano, onde estudo.”

Edição 45 - OutubroEverton Barbosa dos Santos

“Venho sempre à Igreja San-ta Teresinha. Todo domingo, eu e minha família - meu pai, minha mãe, meus irmãos – participa-mos da missa. Desde pequeno sou bem religioso. Fui batizado aqui, nasci praticamente nesta Igreja. Fiz catequese, fui crisma-do e tenho muitos amigos aqui. Durante a semana, rezo todas as noites, faço minhas orações, agradeço o dia, desenvolvo a prática do bom cristão. Me sinto bem assim. Deus sempre este-ve presente na minha vida. Um tempo atrás tive um problema de saúde, fui desenganado pelos médicos e, graças a Deus, pela minha fé fui salvo e agora tenho saúde completa. Por toda a mi-nha vida vou agradecer por isso.”

Edição 46 - NovembroVivian Aparecida Lemos Mos-cardini

“Frequento a Igreja Santa

Teresinha desde pequena com minha mãe. Fiz a catequese, primeira comunhão, a Crisma, participo, por vezes, do grupo de jovens na pastoral do Sale-siano. O momento no qual me conectei mais com Deus foi quando engravidei. Tive muita dificuldade no período inteiro da gravidez. Quando fui ter meu filho pedi tanto a Deus que, na-quela hora, minha fé prostrou mais. Quando quero agradecer, venho aqui, sempre invocando Santa Teresinha. Sou devota dela, aprendi com minha famí-lia e vou sempre segui-la, le-vando junto meu filho.”

Edição 47 - DezembroEstela Maris de Souza é filha de um dos mais antigos paroquia-nos da Igreja Santa Teresinha. Com seu pai e seu filho partici-pa da missa todo domingo.

“Não tem como não viver uma rotina com Deus porque hoje tenho filho adolescente. Se não nos apegarmos em Deus, o mundo ocupa o tempo deles. Tenho que dar um bom exem-plo, vir sempre na missa, pro-

curar ter um comportamento cristão para dar o exemplo para um adolescente. Se eu não for participativa e esti-ver conectada com Deus, não conseguiria levar isto para dentro de casa.”

“Me sinto bem na Igreja e na missa, é uma coisa forte que toca aqui dentro, sinto a presença de

Deus. Sempre, 24 horas, é uma força para viver”(Rodrigo Mesquita)

por Vera Avedisian

Santa Teresinha em Ação • 7

Agentes de Pastorais tambêm dão voz à I Assembleia Paroquial

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ANO CINCO

Não se inflamava nosso coração?A reminiscência é uma

imagem lembrada do pas-sado e pode também ser ou uma lembrança vaga ou in-completa. Ela pode ser de um período de algo ocorrido há muito tempo ou de um tem-po relativamente curto. Esta edição especial do Jornal que completa 120 edições quer nos fazer lembrar daquilo que julgamos mais importante ou que tenha despertado nosso interesse nas diversas colunas pelas quais cada qual tem sido responsável pelos temas e as-suntos tratados.

Todos os paroquianos e outras pessoas que acompa-nham as edições do Jornal têm suas lembranças sobre itens que tenham lhe chamado a atenção de forma especial.

Pessoalmente, nossa visão se prende mais as diversas en-trevistas feitas com paroquia-nos, sacerdotes ligados dire-tamente com a comunidade e

mesmo fora dela, com os bis-pos regionais ou diocesanos sempre despertaram interesse porque representam a vida da Igreja em suas particularida-des. Para alguém que desde as primeiras edições tem procu-rado colaborar com o jornal, essas entrevistas, sempre mui-to bem articuladas e orienta-das com sabedoria, represen-tam momentos especiais de ensino.

Sempre houve uma pre-ocupação por parte dos res-ponsáveis do Jornal em trazer os assuntos relacionados com as Campanhas ou comemo-rações litúrgicas de forma atualizada. Cada um desses momentos tem sido divulgado de forma a chamar a atenção dos paroquianos sobre sua importância. É quase impos-sível destacar o que mais des-pertou a atenção durante os anos, pois todos os temas são relevantes e devidamente es-

tudados. Esta dificuldade em des-

tacar momentos especiais se estende a todos os assuntos tratados no Jornal que dizem respeito diretamente a vida das pessoas na comunidade e na sociedade como: aspec-tos jurídicos, atenção para os animais domésticos, culiná-ria, saúde, idosos, juventude e outros que são tratados.

Com relação à coluna a que temos nos dedicado, gos-taríamos de chamar a atenção para alguns aspectos

Inspirado no trecho do Evangelho sobre os discípulos de Emaús, em janeiro de 2014, houve uma nova proposta por parte do Conselho Editorial do “Jornal Santa Teresinha em Ação” sobre a página de Formação, tendo como obje-tivo continuarmos a tratar do assunto em uma linha mais voltada para o trabalho de dis-cipulado e de meditar sobre a presença de Jesus em nosso meio.

Desde a proposta, temos buscado apresentar os artigos com essa linha e mesmo com a liberdade que se tem para escrever procurou-se manter fidelidade ao propósito inicial.

Ao julgarmos nossas pró-prias ações sempre corremos o risco da vaidade ou, pelo contrário, de julgamento de que nada importante foi feito. Se o resultado for o de vaidade é porque deixamos de obser-var que nada é feito sem que Deus tenha participação ativa.

Se for o de que nada houve de importante é porque talvez o que esperávamos seria uma reação de aplauso ou demons-tração de respeito.

Quando a proposta é a de manter o espírito de fé daque-les que forem ler os artigos es-critos, não existe momento ou tema que possa ser escolhido como mais ou menos impor-tante. Alguns dos temas tra-tados receberam comentário positivo por parte daqueles que se dispuseram a ler e me-ditar sobre eles. Posso mesmo entender que alguns deles po-deriam dar resposta aos cora-ções ansiosos por ouvir algo que lhes desse alento. Cada tema é tratado como parte de missão catequética e evangeli-zadora e desta forma torna-se difícil entender ou comemo-rar seu efeito na consciência de alguém, O que temos pre-tendido sempre é o de colabo-rar para que esta mesma cons-ciência seja despertada para o fato da presença de Cristo na Palavra e na Comunidade. Dou graças a Deus por sua Luz e pelo instrumento que é o jornal que nos tem permi-tido levar uma mensagem de fé e esperança, mesmo que às vezes a mensagem seja dura e inquietante.

Corro então, o risco da vai-dade ou de uma falsa humil-dade, entendendo como qual-quer um dos colaboradores nas diversas edições do Jornal “Santa Teresinha em Ação”. Foi feito sim algo de importante

durante estes últimos anos e talvez o maior deles tenha sido não só a divulgação das atividades paroquiais, mas principalmente ter colabora-do de forma decisiva para a manutenção de um espírito de unidade. Unidade que é so-nhada e proclamada por toda a Igreja desde que ela tomou conhecimento e consciência de que a Igreja é o Corpo Mís-tico de Cristo.

A vontade se servir e dar cumprimento a uma missão incumbida leva aquele que a isto se propõe se voltar exclu-sivamente à oração e à ins-piração e, por fim, confiar de que o Espírito realize aquilo que não está ao nosso alcance de motivar os corações.

A diversidade de temas que se tem apresentado não foge dos objetivos porque todo tra-balho da Igreja em cada uma das suas ações, sejam através de pastorais, vida comunitá-ria, encontros de formação, oração, recepção dos sacra-mentos, tempo litúrgico é uma continuidade da Missão de Jesus porque a Igreja em seu mistério é Jesus agindo entre os homens.

A fé de que Jesus está vivo e caminha conosco se sustenta na Eucaristia que é a presen-ça do Ressuscitado em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Esta é a fé de que Jesus está presente com Seu Espírito em todos os lugares. É preciso en-contrá-Lo e conversar com Ele aumentando nossa Fé.

Inspirado nos discípulos de Emaús, nossa página de formação passou a ter

um objetivo de meditar sobre a presença de Jesus em nosso meio

por Paulo Henriques

8 • Santa Teresinha em Ação

Foi em 2011 que atingimos a edição 50

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ANO SEIS

Quanta coisa em 2012!

Começamos a 60º edição do nosso Jornal, sau-dando 2012, sob a pro-

teção de Santo Antão Abade, santo do mês.

Nosso Pároco Pe. Ademar nos exortava a AMAR a fim de sermos felizes no ano que se iniciava.

Dom Joaquim nos incentiva-va a alegrar-nos no Senhor cele-brando a Ação De Graças!

Celebrou-se D. Bosco mode-lo humano de santidade.

Iniciava-se a coluna Estreia, de Pe. Marcos Sérgio, alinhando os preparativos do Bicentenário do nascimento de D. Bosco em 2015, sob o tema ”Conhecendo e imitando D. Bosco ,façamos dos jovens a missão da nossa vida”.

A Novena Litúrgica amorosa-mente preparada teve por tema: ”A Paróquia acolhe o Deus que vem”. E na Missa de Natal linda-mente composta por paroquia-nos e jovens, o motivo de uma Casa Salesiana, tiveram dois mil corações aquecendo Jesus, com o tema: ”Jesus quero que meu coração seja sua manjedoura”!

Pe. Ademar emocionado anunciava a vinda do novo Páro-co, Pe. Camilo.

Em Fevereiro, após o brinde do “saúde pra dar e vender”, le-mos sobre a Campanha da Fra-ternidade que teve por proposta

“Saúde Pública” por meio da proteção de Nossa Senhora de Lourdes, padroeira dos enfer-mos.

E nesta edição recebemos a saudação de nosso novo Pároco Pe. Camilo, com a proposta de “engajar o jovem e animar a co-munidade numa casa salesiana”, harmonizando-se com a despe-dida de nosso querido Pe. Ade-mar, presenteado com uma rosa de prata, devido a um sonho que teve, em que ele recebia de Santa Teresinha uma rosa de ouro.

Em Março de 2012, sob a proteção de Nossa Senhora da Anunciação, tivemos como tema central a Quaresma, e as refle-xões sobre esse momento impor-tante da Igreja, tempo que tem por finalidade a preparação dos cristãos para a acolhida do Cristo Vivo, Ressucitado!

A luta pela NÃO legalização do aborto, continuou firme e lú-cida pela Pastoral Familiar.

A Novena Mensal de Santa Teresinha foi proposta pelo re-cém-empossado Pe. Camilo.

E a proposta “Vamos aos po-bres” feita pelos Vicentinos, nos tocou o coração.

Dom Júlio Endi Akamine foi ordenado Bispo da Região Lapa.

JMJ 2013 ganhava mais cor-po.

Em Abril, sob a proteção de Nossa Senhora do Bom Conse-lho celebramos a Festa mais im-portante da Igreja, a Páscoa! Ele vive!

E as redes sociais configura-ram-se aliadas na Evangelização!

Alertas sobre mudanças no Código do Consumidor na co-luna Direito trouxeram informa-ções importantes.

Madre Yvone Reúngoat,, 9º sucessora de madre Mazzarello veio ao Brasil comemorar os 120 anos de fundação do Instituto, concedendo ao Jornal uma en-trevista, incentivando-nos a Ale-

gria no trabalho salesiano!Em maio, sob a proteção de

Nossa Senhora de Fátima, fala-mos o sacramento do Matrimô-nio.

Em Junho sob as bênçãos do Imaculado Coração de Maria, contamos com o depoimento na coluna “Eu Sou Igreja” do “casal fantástico”, Jorge e Rosa, nossa amiga que hoje encontra-se no céu ao lado do Pai. ..”... A vida é um desafio diário, e só podemos vencer buscando a vivência da Igreja, e nos exemplos de família e amigos...”

Aborto e JMJ 2013 foram dis-cutidos na 50º Assembléia Geral da CNBB.

E ainda contamos com a lin-da Festa de Nossa Senhora Auxi-liadora!

Neste mês também o Baile dos Anos 60 da Pastoral Familiar reuniu famílias na alegria!

Em Julho, sob a proteção de Nossa Senhora do Carmo a re-gião Santana contava com Dom Sérgio de Deus como novo Bispo.

A chamada para acolhermos famílias que viriam ao Brasil e a SP para a JMJ2013, foi dada.

Contamos também com uma bela reflexão sobre perdoar 70x7 por Melissa.

No espaço Pet refletimos a importância do cão guia.

Em Agosto, por meio da pro-teção de Nossa Senhora das Ne-ves comemoramos Dom Bosco!

No” Destaque”, Catedral da Sé, brilhou como parte dos 5 maiores templos de construção gótica do mundo.

A Semana Nacional da Fa-mília foi celebrada com encerra-mento na Romaria Salesiana à Aparecida do Norte com muita alegria!

Nossa Paróquia recebeu a Cruz da JMJ, amorosamente aco-lhida e introduzida pela juventu-de da Crisma!

Em Setembro, sob a proteção

de Nossa Senhora da Salete abri-mos esta edição com as “santas teresinhas” na capa e rosas pelo jornal, em homenagem a Novena de Santa Teresinha!

E a Pastoral Familiar comple-tava 03 anos!

Mas cheia de rosas mesmo foi a edição de Outubro! Em que sob a benção de Nossa Senhora do Rosário demos viva a Santa Teresinha!!

Mês das Missões, Dom Sérgio nos exortava a divulgarmos tudo o que o Senhor fez por nós!

A UNISAL propõe a Pastoral Universitária, valorizando espa-ços de integração e religião com os universitários.

E Ruth Beatriz coroinha na época, contava sua estória de amor com Santa Teresinha!

Em Novembro, Nossa Senho-

ra das Graças, abençoava o Síno-do dos Bispos com “Evangeliza-ção” como tema central.

A Pastoral da Saúde, essen-cial para a questão de saúde na vida da Igreja, nos falava das ações de Jesus para com os doen-tes inspirando a Igreja no exercí-cio da caridade fraterna.

Partia para o céu junto ao pai, nosso querido Pe. Mário.

E Nossa Senhora de Guada-lupe, santa do mês, nos acompa-nhava na preparação de nossas casas para recebermos o Cristo em Dezembro!

E mais um ano a deliciosa Macarronada Vicentina, nos en-cantou!

E como presente de Natal, o diácono Silvio Roberto foi orde-nado Sacerdote!

É Natal!!! Viva Jesus!!

Na edição de fevereiro recebemos a saudação de nosso

novo Pároco Pe. Camilo, com a proposta de “engajar o jovem e animar a comunidade

numa casa salesiana”

por Rose Meire de Oliveira

Santa Teresinha em Ação • 9

Durante todo esse ano, Pe. Sílvio Roberto da Silva foi nosso díácono

Em 2012 recebemos a cruz da Jornada Mundial da Juventude

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ANO SETE

O ano em que “hablamos espanhol”

A edição de janeiro de 2013 trouxe algo im-portante para toda

nossa Igreja: o 11º Plano Pas-toral da Arquidiocese de São Paulo com orientações de ação pastoral e a página da Juventude Salesiana já nos anunciava o grande momento do ano: a Jornada Mundial da Juventude!

E Juventude foi a palavra do ano, pois até a Campanha da Fraternidade trazia o tema “Fraternidade e Juventude”, nos propondo uma discussão sobre o papel do jovem na Igreja, e como os jovens vivem antena-dos e conectados. Nada mais óbvio que a coluna Direito tra-tar da segurança na Internet.

De repente, uma surpresa toma o mundo todo e é capa da edição de março/2013: “ O Trono de Pedro está vazio”, tratando da renúncia do Santo Padre Bento XVI e que faz com

que a edição de abril traga uma outra constatação: “Um Papa sem Pompa” foi a man-chete de capa tratando da elei-ção do Papa Francisco como dirigente máximo da Igreja, o qual em suas manifestações iniciais mostrou seu desejo de ver a Igreja mais voltada para o pobre, tendo como maior desafio a evangelização. Mais uma vez, a página da Juventu-de trazia o evento agora mais próximo: a JMJ que ocorreria em agosto no Rio de Janeiro.

Mas antes disso, ainda aconteceria a 51ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil e que foi tema de capa da edi-ção de Maio de 2013. Como maio é mês Mariano, Dom Sergio Borges fez uma reflexão sobre a fé que suportou Maria e como esta fé pode nos ajudar em nossos desafios. Também Pe. Camilo falou da mãe de Je-sus em sua coluna.

Em junho e julho, diversos assuntos tomaram as páginas do jornal, mas a ansiedade pelo grande evento já se ma-nifestava em diversas colunas que tratavam dos preparativos finais para a grande afluên-cia dos jovens e dos olhos do mundo para nosso país, com a aproximação dos dias da Jor-nada Mundial da Juventude.

E eis que chega a edição de agosto de 2013, totalmente de-dicada a JMJ, trazendo várias entrevistas com paroquianos que participaram deste evento que em seu último dia reuniu mais de 3 milhões de pessoas na praia de Copacabana. Tam-bém nos foi contada a vinda de jovens e missionários es-panhóis que ficaram hospe-dados em nossa paróquia por uma semana em preparação à JMJ, com um depoimento de página inteira de uma jovem jornalista madrilena, Marta Alcalde, sobre sua experiência de vir ao Rio de Janeiro parti-cipar de uma das maiores JMJ, com a presença do novo Papa Francisco.

Foi uma edição especial que demandou um trabalho de maior empenho e contou inclusive com toda uma co-bertura também no site pa-roquial, cobertura esta bilín-gue (português e espanhol), envolvendo várias pessoas da comunidade, como por exem-plo, o auxílio inestimável de nossa professora de espanhol de plantão, a Vicentina Regina Célia Martins.

Em Setembro, mês da Bí-blia, naturalmente o tema de capa foi “Ler e Viver a Bíblia

uma Forma de Oração” e Dom Sérgio, em sua coluna, exorta a todos a buscar a Palavra de Deus para ouvir, aprender e viver Seus ensinamentos.

Em Outubro de 2013, como não poderia deixar de ser o tema de capa foi nossa queri-da padroeira, Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face (seu nome religioso com-pleto), doutora da Igreja com alma de criança.

Chega novembro e uma in-quietante pergunta nos é feita: Temos Vida em Abundância? E discute-se vários aspectos da vida cristã, inclusive que não deve haver dicotomia en-tre ser um bom cristão e ser um honesto cidadão, como

nos lembra a coluna Família Salesiana, sobre as palavras de Dom Bosco. Mas outubro não é só aniversário de nossa padroeira; é também de nos-sa Constituição Federal, e as páginas centrais e a coluna Direito vêm tratar dela, seus avanços e as preocupações da Igreja com o cumprimento da mesma.

Ao final do ano, na edição de dezembro, quase como uma retrospectiva, o tema foi “O Ano que Fortaleceu a Fé”, sendo apresentado um resu-mo dos principais momentos de avivamento de fé ocorridos durante o ano, tais como JMJ, Corpus Christi, Festa de Santa Teresinha.

Papa Francisco é eleito e mostra seu desejo de ver a Igreja mais voltada para o pobre, tendo como maior desafio a evangelização

por Aloísio Oliveira

10 • Santa Teresinha em Ação

Uma grande surpresa: a renúncia do Papa Bento XVI

Jovens madrilenhos agitam os dias pré-JMJ em nossa paróquia

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ANO OITO

Uma experiência renovadora

Recordar os textos pu-blicados no ano de 2014 foi uma alegria.

Primeiro, porque foi o ano de minha estreia no jornal. Tudo começou com uma conversa informal com o Enio, que era o colunista há sete anos. Eu mesma não acreditava na mi-nha capacidade em escrever. Mas, graças ao incentivo de meu namorado – hoje, esposo – encarei o desafio.

Além disso, foi uma expe-riência renovadora. O contato com realidades tão diversas

da minha permitiu que ficas-sem gravados em minha me-mória de uma maneira muito viva.

Na edição de janeiro, foi relatado um balanço do ano de 2013. Foram distribuídas 3 toneladas de alimentos, foram realizadas 120 visitas às casas das famílias assisti-das, entre outras ações, por exemplo, doação de enxoval de bebê, tratamento dentário e as macarronadas. O traba-lho vicentino é bem-sucedido graças à ajuda da comuni-

dade. Mesmo não podendo auxiliar com muito, é nesse momento que a Providência Divina se manifesta, pois Ele multiplica tudo aquilo que é feito com amor.

Quem teve oportunidade de acompanhar as edições de 2014, pôde ler muitas histórias de superação, em que pudemos crescer, nos alegrar, e refletir enquanto cidadãos e cristãos.

Apresentei a Vanessa, que se formou 3º Sargento Espe-cialista da Aeronáutica, na es-pecialidade de Controladora de Voo em 2010, e mudou-se para Brasília. E o Lucas, que também batalhou para seguir os mesmos passos.

Mostrei as dificuldades que a doença e a senescência podem afetar a qualidade de vida. O primeiro caso foi de um diabético. Ele tinha muitas limitações, por causa da doen-ça em estágio avançado. Hoje, ele e o pai estão no céu inter-

cedendo por nós. O segundo foi de um idoso que após per-der tudo, começou a traba-lhar como motorista. A ajuda vicentina era voltada tanto à direção espiritual e ao acolhi-mento, como ao pagamento de contas atrasadas, doação de alimentos e medicamentos.

Tivemos um caso de uma família que “dispensou” nos-sa ajuda, por estarem se sus-tentando com os próprios recursos: a mãe vendendo ba-lões no parque, os filhos mais velhos trabalhando, uma das filhas no Programa Jovem Aprendiz.

Em junho, o jornal foi dedicado ao aniversário do padre Ladislau. Ele atendia confissões, por isso, relacio-namos o Sacramento da Re-conciliação com a caridade. Quando nos reconhecemos pecadores nosso olhar se tor-na mais misericordioso, as-sim como o Pai é.

Refletimos sobre as ver-dadeiras necessidades das pessoas segundo São Vicente de Paulo. Será que o que mais precisam é o alimento ou a moradia? E quem são real-mente as pessoas pobres?

Conhecemos Gil, o então presidente da Conferência Santa Margarida Maria Ala-coque. Pelo testemunho de seu pai, se envolveu com os vicentinos desde criança.

Convidamos a comunida-de para participar na tradi-cional Macarronada Vicen-tina e nos alegramos juntos com o sucesso dela.

Que em 2017 o trabalho vi-centino seja frutuoso e que o Senhor abençoe cada pessoa que contribuiu, contribui e contribuirá de alguma forma para a promoção das famílias assistidas.

Louvado seja nosso Se-nhor Jesus Cristo. Para sem-pre seja louvado!

Em junho, o jornal foi dedicado ao aniversário do padre

Ladislau. Ele atendia confissões, por isso, relacionamos o

Sacramento da Reconciliação com a caridade. Quando nos

reconhecemos pecadores nosso olhar se torna mais

misericordioso,assim como o Pai é

por Renata Habiro

Santa Teresinha em Ação • 11

Alegria! Em maio/2014, a família de Eliete não precisava mais de nossa ajuda

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ANO NOVE

Chegamos à edição 100

Em janeiro, o tema de capa nos traz um exame de consciência sobre cor-

rupção, palavra que não sai do noticiário, e nos leva a refletir sobre as armadilhas em que podemos cair, engrossando o time. A boa notícia está na con-clusão que todos nós sabemos: é possível ser honesto em todas as situações.

Na edição seguinte, o des-taque vai para os 50 anos da Gaudium et Spes, uma senho-ra bem atual: dentre as diretri-zes do documento, o papel dos leigos na Igreja foi estabelecido e valorizado. Na seção sobre a família, dicas para ser uma boa sogra, com conselhos para ajudar a melhorar uma das re-lações mais complicadas que existem. A máxima delas: não complique as coisas e dialogue sempre.

No mês da mulher, a ma-

téria “Igreja é um substantivo feminino” mostrou todo o pro-tagonismo das guerreiras que dão vida e movimento à nos-sa comunidade: coordenam a formação para Sacramentos, o Grupo de Oração, os grupos de celebração das missas, se-cretaria, lojinha, assistem famí-lias em vulnerabilidade, enfim evangelizam com suas vidas.

Ufa! E chegamos à edição de número 100. Na esteira do “eu vim para servir”, lembramos que o STA é um jornal para ser-vir à evangelização. A matéria central nos mostrou como é produzir um jornal e como cada colaborador é fundamental neste processo. Na seção sobre os dez mandamentos, dons de Deus para nossa fraqueza, Dom Hilário Moser nos explica que o segundo mandamento, na prá-tica, deriva do primeiro, pois o amor a Deus também exige que

respeitemos seu santo Nome. Para relembrar os dez con-

selhos de Dom Bosco aos pais, dê uma olhadinha na edição 101, no artigo em que Luiz Fer-nando detalha essas dicas: va-lorizar, amar, respeitar, elogiar, compreender, alegrar-se, apro-ximar-se, ser coerente e rezar com seu filho, além de prevenir e não castigar.

Em sua coluna de julho, a psicóloga Rose Meire, falando sobre adoção nos ensina que gerar acolhe conceitos como criar, conceber, formar, dar vida, nascer. Palavras que se aplicam perfeitamente à fecun-dação e gestação de um novo ser. Para adotar também é pre-ciso gerar dentro de si mesmo vontade de alargar o seu amor para além dos vínculos de san-gue. São José, esposo de Maria e pai adotivo de Jesus, é o exem-plo que Deus escolheu para transmitir às outras famílias a importância deste laço familiar em uma sociedade.

E celebramos juntos os 200 anos do nascimento de Dom Bosco de quem aprendemos to-dos os dias. Para explicar o quão atual Dom Bosco se mostra, Rosana Nichio, coordenadora dos SSCC de Santa Teresinha, exemplifica que a resiliência é um dom que ele tinha e não sabia, porque o conceito é novo mas há quase dois séculos ele o aplicava para impedir, diminuir ou superar os efeitos nocivos da adversidade.

Pe. Camilo nos fala que nin-guém nasce Santo, nem Dom Bosco! A cada um corresponde a tarefa de abrir-se à graça de Deus, no processo do próprio aperfeiçoamento e nos lembra que agora é a nossa vez.

Com mais de cinco mil anos, a Bíblia é o aplicativo mais an-tigo de tablets e smartphones! Nesta versão é lida por jovens

de 15 a 19 anos, pois para eles é a forma de acesso em um encontro na Igreja ou quando querem um conforto, uma res-posta, uma ajuda.

No mês dedicado às voca-ções, o SC Evanio Santinon nos faz um convite para vivermos a “amorevolezza” na prática em nossas vidas: ter atitudes de ca-rinho, afeto, pensar com uma razão que escuta o coração, ou-vir, dedicar tempo, dividir e as-sim transformar nossa vida e a vida dos que nos rodeiam.

Em novembro, já nos pre-parando para a Campanha da Fraternidade de 2016, o cuida-do com a casa comum, a casa de todos, uma entrevista com Carlos Henrique Aranha, que conhece o tema meio ambiente em profundidade e complexi-dade, sintetiza que levar uma

vida mais simples, salva o pla-neta. #fica a dica.

E dezembro vem nos lem-brar que todos devemos estar atentos ao verdadeiro espíri-to de Natal, e que se for para praticar o consumo que seja o de Amor, Paz, Alegria, União, Família, Perdão, Compaixão, Respeito e Solidariedade com o próximo.

Na coluna Que Delícia, ti-vemos de tudo um pouco: a receita da festa da edição 100 ficou por conta da chef Maria-na Durães, com um cheesecake gelado com calda de framboe-sas e cara de festa. Mostramos também que banana com aveia não se come só amassada, mas em um bolo maravilhoso da Heloísa. Lembramos sabores e com eles pessoas importantes em nossas vidas.

Ufa! E chegamos à edição de número 100. Na esteira do “eu

vim para servir”, lembramos que o STA é um jornal para

servir à evangelização

por Rosângela Melatto

12 • Santa Teresinha em Ação

Na edição 103, o aniversário de Dom Bosco

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ANO DEZ

Uma retrospectiva só de coisas boas

Como em todo encerra-mento de ano, a mídia sempre faz uma retros-

pectiva do ano que passou. Po-rém, na maioria das vezes, este olhar para trás é carregado de notícias negativas. Desta forma, o jornal da paróquia sai do con-vencional para fazer um levan-tamento (não apenas de 2016, mas de seus 10 anos) mostran-do que temos também muitas coisas positivas para lembrar.

A primeira publicação do ano tratava da abertura da Por-ta Santa e, com ela, o início do Jubileu Extraordinário da Mise-ricórdia, palavra que se tornou vital em 2016, não apenas para a Igreja. É preciso ter misericór-dia, é preciso viver uma busca

eterna pelo “ser misericordio-so”.

Diante desta carência mun-dial do olhar para o outro, aqui no Brasil, a Campanha da Fra-ternidade seguiu o caminho do “todos juntos” e lançou uma campanha ecumênica, com o tema “Casa Comum”, detalhada na edição de fevereiro.

Mas a Campanha da Frater-nidade abre espaço para outra questão, a alegria da Via Sacra. Sim, este tema também pode ser encarado com alegria, e foi isso que nosso jornal apresen-tou em março; a alegria da sal-vação, que é sempre relembra-da por esta celebração.

Foi em nome deste estado de espírito sempre alegre e li-

vre que nosso jornal abordou, em abril, a vontade de viver de um católico, e de fazer com que o próximo também viva de maneira justa e plena. Mas para garantir o direito de todos é ne-cessária participação coletiva, desta forma, em maio, falamos sobre a importância do leigo para a perpetuação da Igreja. Porém, um ser misericordioso o é também fora da igreja, en-tão, a edição de junho voltou-se para as obras de misericórdia.

O ser católico então se mos-tra como um grande desafio que deve ser encarado desde a infância, com o apoio familiar. Assim, em julho, foi dado desta-que para uma das figuras mais determinantes neste aprendi-zado de “pegar a sua cruz”, os avós. Depois de falar de avós, o mês de agosto vem nos presen-tear com seu olhar para a famí-lia, tema central da edição.

Já em setembro, este jornal pegou a onda das Olimpíadas para falar do esporte como fer-

ramenta de saúde, disciplina e honestidade, como afirmava Dom Bosco. Com este pequeno “refresco” de setembro, o mês de outubro chegou para nos apresentar a Doutrina Social da Igreja, que mostra que enquan-to gozarmos de nossos privi-légios, sem olhar para o outro, nos afastaremos de Deus e de Sua proposta. Então, é preciso estar sempre atento para o de-signo Dele, até o momento de

nossa entrada na vida eterna, e foi isso que novembro nos apre-sentou. Até que em dezembro (será que você lembra o tema de nossa última edição?) fala-mos de como passar a vida na terra glorificando a Deus. Po-rém, como este tema sintetiza toda a espera pela vida eterna, você terá a oportunidade de re-fletir sobre ele durante todo o ano de 2017, com os olhos fixos em Jesus.

O ser católico então se mostra como um grande desafio que deve ser encarado desde a infância,

com o apoio familiar

por Jéssica Guimarães

Em janeiro/2016 (ed. 108) o Papa Francisco abre a Porta Santa da Misericórdia

Na edição 113, a CF 2016 e a sustentabilidade

Olimpíadas: na edição 116, os esportes promovendo a vida

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PRODUÇÃO

Não é fácil não, mas dá um prazer danado!

É sempre do mesmo jeito. Dias depois do jornal chegar à paróquia (salvo raríssimas exceções), fazemos nossa reunião de pauta. Momento este

em que se vê a qualidade gráfica e editorial do jornal. Erika Campos, editora de arte do Santa, faz suas con-

siderações. Luiz Fernando, que também entende da área, fala sobre cores e o que poderia melhorar para a próxima edição. O restante dos presentes, na maioria das vezes Daya Lima, Carlos Minozzi, Pe. Camilo, Ana Filomena, Eliana Minozzi e Jéssica Guimarães, falam muito sobre o conteúdo. O que deveria ter sido levado em conta na produção de uma matéria, quais fotos poderiam ter en-trado, etc. Também falamos das nossas impressões e nos orgulhamos do trabalho. O Santa nos dá muito orgulho!

Para a edição seguinte, a conversa gira sempre em cima de um tema base. Aquela que permeará o jornal. Normalmente, é algum assunto que a Igreja vai tratar, como a Campanha da Fraternidade, Dia Mundial das Comunicações, Jornada Mundial da Juventude.

Também pode ser um tema mais local, de interesse e cuidado da paróquia, como a festa de Santa Teresi-nha, o tríduo de Dom Bosco, a festa de Nossa Senhora Auxiliadora. E, depois da escolha deste tema, falamos sobre as matérias e como vamos seguir para chegarmos ao produto final.

Enquanto debatemos os assuntos, vamos dese-nhando, mentalmente, o jornal. Com quem vamos falar? Será que a gente consegue essa tal pessoa para entrevista? Qual tema poderíamos abordar para falar

de sustentabilidade? To-dos vão sugerindo e algu-mas ideias são acolhidas. Depois de se “fechar” a pauta, é tempo de pro-dução.

O Santa Teresinha em Ação tem 13 colunis-tas, ou seja, pessoas que escrevem artigos para o jornal. Vários assuntos são abordados, desde os 10 Mandamentos até as pastorais existentes da paróquia (Amar É...). As matérias de capa, como chamamos, vêm sem-pre nas páginas centrais (8 e 9) e fica a cargo de Daya, a jornalista res-ponsável. Há também o editorial, escrito por

Minozzi (que já anunciou mudanças na página 2), e também a página da Juventude, cuidada pelos jovens de paróquia, dentre outras.

Com quase três semanas para produção e revisão do jornal, chega a hora de ir para a gráfica. Carinho-samente apelidada por Eliana Minozzi, a “Semana do Jornal” é o período, normalmente de 3 a 4 dias, em que se fecha o jornal. As últimas matérias são enviadas, há revisões diárias, troca de textos e fotos, tudo para que o jornal vá para a gráfica “perfeito”. Para Minozzi, é a semana mais estressante de sua vida (um exagero! ri-sos). Já para Eliana, a semana que ela nem fala com o marido para não atrapalhar. (mais risos!).

Em quase todas as 120 edições, o jornal nunca atrasou. É entregue, rigorosamente, sempre no pri-meiro sábado de cada mês. Na verdade, só uma vez foi no segundo sábado, por um motivo que ninguém lembra mais.

Apesar de ser um jornal de paróquia e parecer ter mais flexibilidade, o Santa é tratado com o rigor de qualquer periódico de grande circulação. E, segundo os elogiadores, este é um dos motivos que o faz ser o me-lhor jornal de paróquia do Brasil.

Quer participar? Dê sugestões de matérias, de as-suntos para serem abordados. O Santa Teresinha em Ação é da paróquia e deve ter a sua cara.

A produção do Santa Teresinha em Ação é rigorosa. Quase um mês antes dele chegar “às bancas” começamos a desenvolvê-lo. E isso vem sendo assim há pelo menos oito anos

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São dois revisores (Jéssica e Minozzi) que não perdoam nem o pároco

Erika utiliza tecnologia para o Santa ficar bonito

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ACONTECE

HOMENAGEM

Um encontro inesquecível

Era o dia 18 de agosto de 2005, finalmente havia conseguido uma audi-

ência com Dom Paulo Evaristo Arns, cardeal e arcebispo emé-rito da arquidiocese de São Paulo. O encontro estava pre-visto para ocorrer na capela de São Francisco de Assis, no largo de mesmo nome, no centro de São Paulo.

O tempo de espera conco-mitante a minha ansiedade me levou a comprar duas pequenas caixas de bombons caseiros na rua São Bento: uma para Dom Paulo e outra para sua atencio-sa secretária cujo nome me fa-lha no momento.

Carregava eu uma apreen-são e uma ansiedade enorme dentro de mim, e em uma das mãos, uma de suas biografias: “Dom Paulo Evaristo Arns, um homem amado e perseguido”.

Chegado era o momento quando sua secretária me convi-dou para adentrar em uma sala ao fundo da sacristia, e lá estava ele. O mínimo que pude fazer no momento foi pedir sua benção e de imediato Dom Paulo se apo-dera de meu livro e o abre por diversas vezes de forma aleató-ria. Pronto, ali estava a pauta de nossa conversa: as fotos aleato-riamente encontradas e poste-riormente comentadas por ele. – não que eu estivesse com uma pauta pronta, uma vez que havia me apresentado como acadêmi-co, pesquisador, muito embora meu curso de mestrado fosse em Economia Política (risos), mas acho que o método infor-mal de condução de Dom Paulo salvou nosso encontro.

Recordo-me que em uma dessas fotos e passagens sur-giu a figura do pastor presbi-

teriano Jaime Wright que deu início a uma aula única sobre ecumenismo e a luta de ambos no combate à ditadura militar. Dom Paulo menciona que ha-via concedido um espaço em sua sala na arquidiocese de São Paulo para que o reverendo protestante pudesse despachar e cuidar de suas coisas – lem-brando que Wright havia con-tatado Arns em busca de seu irmão, militante político sumi-do, e não como representante da igreja presbiteriana de fato – , esse era um ato que apenas Dom Paulo seria capaz.

Já havia passado cerca de 15 minutos quando sua secre-tária adentrou à sala como um sinal claro de que havia findado meus momentos com “aquele profeta e homem”.

Ao término lhe entreguei a pequena caixa de bombons –

previamente consultei sua se-cretaria a fim de saber se aquele bonachão senhor de 84 anos poderia comer doces– e ouço por parte de Dom Paulo: “olha, tanta gente vem aqui falar co-migo e quase nunca ganho pre-sentes, obrigado”

Ainda que falte o registro fo-tográfico do encontro, fica aqui a lembrança de seu autógrafo em meu livro – influenciado pelas suas trêmulas mãos em razão do já avançado Mal de Parkison -, mas o que mais me importou e ficou foram as ima-gens e conversas naqueles eter-nos minutos.

Dom Paulo foi único na luta pelos pobres, no combate à di-tadura militar e principalmente em uma vida mais digna à po-pulação onde serviu, notada-mente a cidade de São Paulo. Dom Paulo era conhecido por sua esperança, mas esperan-ça do verbo esperançar (lutar, batalhar, não desistir, buscar) e não esperança do verbo esperar (aguardar, apenas esperar).

Dom Paulo Evaristo Arns não morreu !!!!

Dom Paulo Evaristo Arns não morrerá !!!!

Dom Paulo Evaristo Arns é eterno !!!

por Marcio Augusto Falcão Lopes

A vida da padroeira representada em nossa igreja emocionou a todos que assistiram. Leia mais em bit.ly/sta10ap15a

A ordenação de nosso diácono movimentou toda a cidade de Araranguá. Leia mais em bit.ly/sta10ap15b

Sucessor de Dom Bosco comemora seu aniversário em nossa paróquia. Leia mais em bit.ly/sta10ap15c

Simples e significativa como Deus, foi a missa de Vigília de Natal. Leia mais em bit.ly/sta10ap15d

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ENTREVISTA

“A menina dos meus olhos”“Não sou do jornalismo”. Ele também acha que nada

sabe sobre a arte. Mas na verdade, quem conhece Car-los Roberto Minozzi, coordenador da Pascom (Pastoral da Comunicação) da paróquia Santa Teresinha há quase 15 anos, e a pessoa responsável não só pelo jornal, mas também pelo site da paróquia, não acredita nesta afir-mação. Ele sempre faz questão de frisar que “não sou profissional da área”, mas deixa muitos por aí no chinelo. Para comemorar os 10 anos de Santa Teresinha em Ação, trouxemos este “que nada sabe sobre jornalismo”.

Santa Teresinha em Ação – Fala a verdade, você sempre gostou de jornalismo, não é?Carlos Minozzi – Nunca! Na verdade nem de comunica-ção eu queria saber. Não é minha área. Sou administra-dor, técnico em eletrônica e nunca dei asas para jorna-lismo. Hoje, pensando que se eu tivesse feito um teste vocacional, poderia ser que surgisse isso. Eu sempre gostei muito de ler e, eventualmente, escrevia alguma coisa para familiares e amigos. Mas nada além disso.

STA – Mas como você foi parar na Pascom da paróquia?CM – Puro acaso. A paróquia não tinha Pascom e, em 2002, surgiu um curso sobre comunicação de Igreja. O pároco da época chamou a Eliana e a Adair para ir fazer e eu, quando vi o folheto, me interessei porque teria algo sobre sites. Paguei minha inscrição e fui. Gostei muito. Pe. Cido ministrou o curso e eu sai de lá com uma ideia para comemorar os 75 anos de construção da paróquia. Sugeri um site para celebrar a data e o pároco aceitou. Foi assim que começou minha história na Pascom.

STA – Então foi você que lançou a Pascom da paróquia?CM – Foi algo natural. Não houve nada para marcar isso. Eu fui alimentando o site e ele virou “um mural” da paróquia, com notícias e etc. Mas era o time do “eu so-zinho”. Luiz Fernando, é bom que fique registrado, sem-pre esteve me ajudando na Pascom, não só colocando a mão na massa, mas me aconselhando, dando dicas, etc. Mesmo assim, ele prefere dizer que não é da Pascom. Eu respeito. Mas ele é sim da Pascom! A minha esposa Eliana também me ajudava, quando possível, e outros paroquianos também, mas a rigor, eu cuidava e fui to-mando gosto. Mas com zero pretensão. Achava impor-tante uma comunicação de igreja e fui aprendendo não só com o site em si, mas fui fazer cursos e entender mais como a comunicação poderia ser útil. Pe. Ailton foi um grande professor nisso. Se eu sei alguma coisinha, foi com ele que aprendi.

STA – E como nasceu o jornal?CM – Não fui eu que o criei. A paróquia já tinha um informativo paroquial que eu também não tomava conhecimento. Era feito por outros paroquianos. Mas

quando o Pe. Mauro Bombo veio da Lapa trouxe, com ele, uma jornalista que já fazia o jornal de lá. E surgiu o nosso. Diferente do que é hoje, apenas com o forma-to parecido. Meu único papel no jornal era escrever um artigo para ele, mas não me metia na produção, na elaboração da pauta, em nada. Só escrevia. Escrevi 50 artigos para o Santa Teresinha em Ação sobre Família Salesiana.

STA – E como foi que você entrou de cabeça nele?CM – Quando chegou Pe. Ademar, a jornalista que fa-zia o Santa não pôde mais cuidar dele e sugeriu outra para o lugar dele, no caso, você, Daya! Senti então que poderíamos “tomar conta” do jornal para ele ficar com a cara da nossa paróquia. Servir mais a nós. E foi assim que eu o “assumi”, com total ajuda de Luiz Fernando, até hoje. Começamos a fazer reuniões de pautas e eu fui me inteirando cada vez mais. Virou a “menina dos meus olhos. ”

STA – Quando a Pascom, finalmente, assumiu o jornal, qual foi a ideia? O que quiseram mudar de cara?CM – Para nós, o jornal não tinha de ser “social”, só com notícias de coisas que aconteceram pelas paróquias e tal, ele precisava trazer mais informação, ser um forma-dor de opinião mesmo. Ser um instrumento de evan-gelização, catequético. E fomos trabalhando para isso. Trouxemos articulistas e também fomos deixando o projeto editorial mais moderno, com a cara de Dom Bosco. Foi dando certo. Vale dizer aqui que eu sempre tive total apoio de todos os párocos. O que sugeríamos sempre foi aprovado e eles sempre “bancaram” a nossa posição, mesmo que às vezes dura para alguns.

STA – E você atribui a isso o sucesso dele?CM – Muito! O Santa é, sem parecer arrogante, o melhor jornal de paróquia que eu conheço no Brasil. Conheço vários porque também faço parte do Boletim Salesiano e tenho contatos com outros. Ele é o melhor. E também é o melhor para os outros que mandam e-mails para o pároco elogiando, enviam mensagens para nós só di-zendo coisas boas. Nós prezamos muito pela qualida-de. Gostamos muito do que fazemos. Não é um “jornal-zinho”, o Santa é um senhor jornal de paróquia. Tratado com todo rigor que um jornal de grande circulação é tratado. Além de nós, a jornalista responsável e a edi-tora de arte são profissionais da área, com pró-labore, ou seja, o negócio é profissional mesmo. Temos prazo a cumprir, revisão, cuidado com toda edição. Além do mais, não existem tabus no Santa. Todo assunto é trata-do no jornal sob a ótica da Igreja. Somos comprometi-dos com a verdade, doa a quem doer.

STA – E o que você espera para esses próximos 10 anos do Santa?CM – Vamos seguindo com este comprometimento e nos atualizando como pede a Igreja. Para falar de mim, eu es-tou saindo da linha de frente. Quem assume o editorial agora será a Jéssica Guimaraes, além de ser paroquiana é jornalista, ou seja, tudo em boas mãos. E eu continuo na retaguarda, participando de tudo, só não escrevendo. Tenho certeza que o Santa vai continuar brilhando. To-dos os envolvidos com ele, mesmo a parte profissional, gostam do que faz. Terá vida longa, com certeza.

STA – Então, deixe uma mensagem para seus colegas, paroquianos também.CM – O jornal não é meu, nem do padre Camilo, o Santa Teresinha em Ação é da paróquia e seu! Cuidem dele. Ele leva o nome da nossa paróquia para fora do Brasil. Queiram participar. Mandem mensagens com suges-tões, critiquem. Leiam o jornal. Ele foi pensado para ser a cara da paróquia. Nada melhor que participar para que isso nunca se perca.

O jornal não é meu, nem do padre Camilo, é da paróquia e seu! Nada melhor que

participar para que isso nunca se perca

por Daya Lima

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