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8º ENCONTRO DA ABCP
01 A 04 DE AGOSTO DE 2012
GRAMADO - RS
AT 03 – ELEIÇÕES E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA
4ª Sessão-Sessão B
Dimensões da Representação e Participação Política
ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS VOTOS DAS
PARLAMENTARES PARAENSES
NAS ELEIÇÕES DE 2010
http://www.abcp2010.sinteseeventos.com.br/
MARIA LUZIA MIRANDA ÁLVARES Instituto de Filosofia e Ciências Humanas – UFPA
ROBERTO RIBEIRO CORRÊA Instituto de Filosofia e Ciências Humanas – UFPA
FRANCIÉLCIO BELUCIO Instituto de Ciências Jurídicas – UFPA
1
ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS VOTOS DAS PARLAMEN-
TARES PARAENSES NAS ELEIÇÕES DE 20101
Maria Luzia Miranda Álvares 2 Roberto Ribeiro Corrêa3
Franciélcio Belucio4 RESUMO
O desempenho das mulheres brasileiras no cenário eleitoral tem se apresentado pouco receptivo no
âmbito majoritário e proporcional, embora incentivado pela Lei de Cotas (1997) que em 2009, na mi-
nireforma política (Lei 12.034/2009), mudou o termo “deverá reservar” por “preencherá”, enfatizando o
caráter obrigatório da distribuição de vagas de candidaturas partidárias de cada sexo (30% e 70%).
Embora intermitente, a eleição de mulheres parlamentares tem aumentado em número. O presente
estudo pretende analisar a distribuição geográfica do número de votos recebidos pelas parlamentares
paraenses nas eleições de 2010, identificando em quais municípios e mesorregiões elas concentram
votos e distinguindo a incidência de candidatas que acumulam mais votos do que homens e mesmo
assim não conseguem se eleger.
Palavras-chave: geografia do voto, competição eleitoral de gênero.
ANALYSIS OF THE SPATIAL DISTRIBUTION OF THE VOTES FOR WOMEN PARLIAMENTARI-
ANS IN THE STATE OF PARÁ IN THE ELECTIONS OF 2010
ABSTRACT
The performance of Brazilian women in the majoritarian and proportional electoral scene has been
revealed low, although encouraged by the Law of Quotas (1997) that in 2009, by a small political re-
form (Law 12.034/2009), changed the term "reserve" to "fill", emphasizing that the distribution of party
positions of candidates of each sex (30% and 70%) is mandatory. Although discontinuous, the number
of elected women parliamentarians has increased. This study aims to analyze the geographical distri-
bution of the number of votes received by the parliamentary women from Para state in the 2010 elec-
tions, identifying in which municipalities districts and regions they concentrate votes and pointing the
incidence of women candidates that, although had accumulated more votes than men were not elect-
ed.
Keywords: geography of the vote, electoral gender competition.
1 Este artigo é resultado parcial das atividades no projeto de pesquisa “Eleições 2010: Desempenho, cenas e cenário da política paraen-se”, aprovado em 2010 Edital/Chamada: Edital MCT/CNPq 14/2010 - Universal – Nº: 474470/2010-5
2 Doutora em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, Professora Associada 3 da
Universidade Federal do Pará, Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas Eneida de Moraes sobre Mulher e Gênero-GEPEM/UFPA.
3 Doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro, Professor Associado 1 da
Universidade Federal do Pará.
4 Aluno de graduação do Curso de Direito da UFPA.
2
INTRODUÇÃO
A dinâmica eleitoral que aqui será estudada refere-se ao desempenho eleitoral femi-
nino nas eleições de 2010 para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados,
no Pará, tendo por eixo metodológico a combinação da escolha racional em adjun-
ção com o novo institucionalíssimo, recursos teóricos aplicados mediante uso de um
importante instrumento de análise temática, a geografia do voto, há muito tratado por
geógrafo francês André Siegfried (1913)5. É significativo o reconhecimento público
de Michel Foucault, ao declarar, em 1976, em colóquio com geógrafos: “... a geogra-
fia deve estar bem no centro das coisas que me ocupo (...). Um mapa dos votos ex-
pressos ou das opções eleitorais é um instrumento de análise” 6. Com essa atitude,
o filósofo francês passava a reconhecer a importância da geografia para os estudos
políticos em curso na academia. Tratava do que hoje é conhecido por geografia do
voto, modelo investigativo que se aperfeiçoa com os avanços da tecnologia da in-
formação (e.g. ArcGIIS).
Sobre estes estudos do Brasil, diz TOLEDO Jr (2007): “No âmbito da geogra-
fia brasileira, a discussão é levantada por Wanderley Messias da Costa, em seu livro
“Geografia Política e Geopolítica”, publicado no ano de 1992, e, uma década depois,
Maria Adélia de Souza (SOUZA et al, 2002) coordena uma pesquisa pioneira sobre
a expressão territorial do voto no Ceará. Assim, as análises “geográficas” do com-
portamento eleitoral brasileiro permanecem majoritariamente restritas àquelas con-
duzidas pela Ciência Política”. No Pará, Carlos Augusto Silva Souza defendeu tese
nesse tema, intitulada “Geografia eleitoral e padrões de competição política no esta-
do do Pará” (2006) e teve repercussão significativa mostrando onde se acham os
votos em concentração e/ ou dispersos dos parlamentares paraenses. Considera a
5 Que nesse ano publica o Tableau politique de la France de l´ouest sous la Ve Republique. Diz Rubens de Toledo Junior (2007: 171) que “apesar de abandonado pela geografia francesa, Siegfried acaba por ser considerado o pai da ciência política francesa”. E acrescenta: “A cartografia eleitoral era a principal ferramenta utilizada por Siegfried, e também um dos poucos instrumentos de trabalho dos sociólogos até o ano de 1945, quando sur-gem as pesquisas de opinião. Mas seu uso entra em decadência na década de 1960” (BUSSI; BADORIOTTI, 2004). 6 Citado por Fernando Sá (Professor da PUC-Rio) em texto de apresentação ao livro “A geografia d o voto nas
eleições presidenciais do Brasil: 1989-2006”, de Cesar Romero Jacob [et al] – Rio de Janeiro. PUC-Rio;
Petrópolis: Ed. Vozes, 2010.
3
distribuição dos votos vinculada a um todo circunstancial, presente em cada unidade
geográfica7.
Com efeito, no presente artigo, uma vez observada a dimensão metodológica
e o contexto onde essas teorias serão aplicadas, entende-se que as instituições se-
jam regras de um jogo desdobrado em múltiplas estratégias ditadas por escolhas
que, havidas como racionais por desafiantes e desafiados de uma mesma contenda
eleitoral, variam quanto à tática conforme a natureza dos interesses em jogo em ca-
da um dos territórios (i.e., municípios e mesorregiões) circunstanciados no pressu-
posto axiomático de que não existe política sem competição pelo poder e, da mesma
forma, não existe poder sem território. A díade ocupação/desocupação territorial é,
portanto, fenômeno intrínseco às disputas políticas de qualquer natureza.
Com esta assertiva preambular tem início a análise do contexto escolhido, o
território paraense, onde conceito de mercado eleitoral atende a dinâmica dos dife-
rentes espaços da aludida contenda. Nosso objeto de pesquisa, o desempenho
competitivo das mulheres nas eleições legislativas de 2010, corresponde a um estu-
do de caso tipo simples (i.e. único), que tem por motivação o fato de ser esta (i.e.
evento sistêmico) a primeira eleição ocorrida sob a égide da Lei 12.034 de
29/09/2009, a qual prescreve (Artigo 10º, § 3o) que do número de vagas resultante
das regras previstas na legislação eleitoral, cada partido ou coligação preencha o
mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para can-
didaturas de cada sexo. É bom lembrar que dispositivo legal anterior8 sobre esse
mesmo tema não obrigava o preenchimento das vagas, mas apenas a reserva. Ou
seja, as eleições legislativas de 2010 constituem um caso de análise post hoc e, por
isso mesmo, não adequado a comparações intertemporais, pelo menos até que elei-
ções vindouras para os mesmos cargos ocorram.
Este tipo especial de estudo de caso tem a vantagem de permitir a inclusão
de muitas variáveis no modelo estrutural de análise, implicando maior densidade no
7 Para Carlos Souza: “... em cada circunscrição há uma espécie de arena política com formato competitivo pró-prio, diferentes umas das outras na forma e no conteúdo da representação. Por outro lado, a conformação geográfica das bases municipais dos candidatos responde em grande medida por suas ações e decisões políti-cas na esfera parlamentar” (2006: 13).
8 A primeira Lei de Cotas foi aprovada em 1995 – a lei 9.100 prevendo que 20% no mínimo das vagas de cada partido ou coligação deveria ser preenchida por candidaturas de mulheres. Em 1997 – a lei 9.504 aumentou para 30% a cota para a reserva de vagas para as mulheres (gerando a interpretação de que a lei sugeria e não obrigava os partidos a manterem esse dispositivo em vigor).
4
que toca a validade interna (PENNINGS, KEMAN, & KLEINNIJENHUIS, 2006;
MARTINS & THEÓPHILO, 2009). Espera dar um toque a mais na avaliação de como
as mulheres têm trasitado no mercado político de geração de votos nos pleitos elei-
torais e em que espaços distritais conseguem agregar mais votos e onde estes se
encontram dispersos. Dessa forma, o presente texto está estruturado em quatro par-
tes. Na primeira examina o estado da arte nos estudos sobre a representação políti-
ca feminina e geografia do voto; num segundo eixo trata das características do mer-
cado eleitoral paraense; na terceira parte evidencia o perfil de competidores e com-
petidoras nas duas bases legislativas paraenses considerando as variáveis: idade,
estado civil, escolaridade; na quarta trata-se da circulação competitiva dos “jogado-
res/as” eleitorais favorecidos pelos votos recebidos nos distritos mesorregionais pa-
raenses, avaliando, através de mapas, onde cada competidor/a obteve mais votos e
ou estes se tornaram dispersos. No que foi possível extrair dessas aferições, sendo
uma averiguação primeira nestes estudos, no último item evidenciam-se alguns re-
sultados não conclusivos, mas a caminho de novos investimentos em pesquisa.
1. DESEMPENHO & VOTOS & GEOGRAFIA
Estudos e pesquisas sobre a presença das mulheres na competição eleitoral
não é tema que se diga inédito em termos de Pará e Brasil. No Pará, Luzia Álvares
foi pioneira nessa linha de pesquisa, oferecendo resultados consistentes desde um
enfoque de recuperação histórica da competição eleitoral no Pará, nos primórdios
republicanos (ÁLVARES, 1990) aos estudos sobre o processo de seleção de candi-
daturas no sistema eleitoral brasileiro, identificando não apenas o perfil de carreira
das pretendentes a cargos eletivos, como também, pelo exame das constituições,
legislação eleitoral, códigos eleitorais e estatutos partidários, as dificuldades inter-
postas ao avanço da participação feminina na política (ÁLVARES, 2004). Nos con-
textos nacional e internacional, são bastante citadas as incursões analíticas de di-
versos/as autores/as sobre as múltiplas intercorrências que dificultam o aumento do
número de mulheres no campo político, destacando-se: Pippa NORRIS (1993; 1995;
1997; 2000); LOVENDUSKI and NORRIS (1993); INGLEHART and NORRIS
(1999;2003); DAHLERUP (1996; 2002); DIAZ, M. M. (2002); ERICKSON, L. (1993);
HTUN, M. (2002); MATLAND, R.( 2002); MENDEZ-MONTALVO M. & BALLINGTON
(1998); LEIJENAAR (2000); AVELAR, L. (1989; 2001); COSTA, A.A. (1998); PIN-
5
TO,C. (1998); HAHNER (1981; 2003); PONCELA (1997); SHVEDOVA (2002); PRÁ
(2012); KUNOVICH & PAXTON ( 2005); PAXTON (2007); ARAÚJO,C.M. (1999; 2011); AL-
VES,J.E. (2012). Tratam da sub-representação das mulheres nos parlamentos mundi-
ais e nacional mostrando que este gênero constitui a maioria do eleitorado em al-
guns países, não alcançando, entretanto, acesso significativo nas câmaras altas ou
baixas. Analisando os entraves deste dificil ingresso, apesar do ambiente democráti-
co sugerir a facilidade de concorrência nos processo eleitorais, as/os autoras/es, de
acordo com suas análises de casos observam que há entraves desde o processo de
competição partidária e eleitoral, com obstáculos referentes aos propriamente políti-
cos, aos socioeconômicos e culturais, ideológicos e psicológicos. Obstáculos que
variam de acordo com a situação política de cada país (estrutura de oportunidades e
níveis de modernização social).
Kunovich & Paxton (2005) observam: “Enquanto as mulheres fizeram pro-
gressos notáveis no domínio da educação superior e profissões tradicionalmente
masculinas, a esfera política continua a ser uma arena em que elas ainda não obti-
veram comparativamente visível status”. São altamente sub-representados na políti-
ca nacional, embora estejam avançando na percentagem média no acesso aos par-
lamentos. Se em janeiro de 2004 eram 15,2%, em fevereiro de 2009, já representa-
vam 18,3% e em setembro desse mesmo ano passam a ser 18,5% entre deputadas
e senadoras de 188 países pesquisados (IPU 2009).
As autoras classificam a literatura quantitativa sobre a presença das mulheres
parlamentares em duas abordagens. Uma primeira evoca padrões de nivel nacional
da representação parlamentar feminina usando variáveis explicativas de outros ma-
tizes, a exemplo, “a percentagem de mulheres na força de trabalho de um país su-
põe-se representar a oferta de mulheres disponíveis para um cargo público e, por-
tanto, aumentar o número de mulheres no parlamento” (cf. Paxton, 1997)”. A segun-
da abordagem evidencia as diferenças de nível partidário entre a representação das
mulheres, considerando uma questão-chave que é a da baixa indicação de candida-
turas femininas nas listas partidárias e, ainda, os números mais baixos das que con-
seguem se eleger para os Parlamentos9.
9 As autoras apontam nesta abordagem para: Caul 1999; Gallagher e Marsh, 1988; Kunovich 2003; Matland e Studlar 1996, Tremblay e Pelletier 2001; Sanbonmatsu 2002; Mateo Díez 2002; Welch e Studlar 1996.
6
Na verdade, esses dois enfoques nos seduziram para observar um aspecto
com múltiplos pontos de contato em relação às mulheres no sistema político brasilei-
ro e, mais específico, no paraense, procurando entender a inclusão desse gênero
nos partidos, quer como candidatas quer como eleitas, qual perfil e de que forma os
votos dados pelos eleitores estão distribuidos entre elas e seus concorrentes no âm-
bito do Estado, levando alguns a agregarem mais votos em um distrito do que em
outro (concentrados e/ou dispersos) e, nessa ondulação, definirem os baixos resul-
tados de exito para as mulheres candidatas.
Esse aspecto levou-nos a enfocar este estudo utilizando a variavel geografia
do voto, ponto de apoio operacional desta investigação, considerando que no Brasil,
a aplicação desse método ainda se constitui raridade apenas explicada pelo longo
período da ditadura militar que impediu a ocorrência de eleições livres, obstaculizan-
do, assim, as pesquisas direcionadas para identificação dos distintos padrões de
comportamento eleitoral observáveis na vastidão territorial brasileira. Contribuição
recente, nesse campo, aparece em “Geografia do Voto nas Eleições Presidenciais
do Brasil: 1989-2006”, com o mapeamento dos resultados eleitorais de sucessivos
pleitos de amplitude nacional, antepondo as possibilidades de referenciar as dispu-
tas partidárias por meio do que os autores denominam de geografia eleitoral dos
candidatos vitoriosos10, possibilitando, assim, a visão cartográfica dos resultados das
urnas, em contexto de acentuadas desigualdades econômica, social e demográfica
(JACOB, HEES, WANIEZ, & BRUSLEINl, 2010).
Nessa mesma esteira da produção acadêmica, Lara Mesquita e Sergio Praça,
em artigo sobre a distritalização concentrada e dispersa do voto, discutem a taxa de
sucesso da reeleição de vereadores/as nas eleições municipais de São Paulo, para
os anos 2000 e 2004, testando a hipótese da vantagem dos “concentrados” em rela-
ção aos “dispersos”, respondendo a pergunta: a geografia do voto pode explicar o
sucesso na reeleição? (MESQUITA & PRAÇA, 2012). Enriquece este viés de pes-
quisa algumas dissertações de mestrado, como a de Carlos André Teixeira Gomes,
em “A Conexão Eleitoral na Cidade: geografia do voto e projetos de lei em Belo Ho-
rizonte (2001-2007)”, onde o autor, valendo-se da perspectiva teórica do novo insti-
tucionalismo, busca compreender os desdobramentos dos incentivos eleitorais dos
10 Referência aos candidatos a presidente da República com votação expressiva em 1º e 2º turno.
7
vereadores/as eleitos em 2000 e 2004, referenciando a classificação “votação con-
centrada” versus “votação dispersa”, como sendo variáveis explicativas da natureza
dos projetos apresentados a Câmara Municipal de Belo Horizonte, nas duas legisla-
turas correspondentes aos pleitos estudados (GOMES, 2009).
No domínio do aperfeiçoamento metodológico da geografia do voto, reveste-
se de importância o artigo “A geografia do voto nas eleições paulistas: medidas e
aplicações” (AVELINO, BIDERMAN, & SILVA, 2011), onde, em referência ao traba-
lho de Barry Ames (AMES, 1995), os mencionados autores adentram a temática
proposta por este autor, aprimorando-a no sentido de construir uma métrica mais
adequada à concentração e dispersão de voto, em termos de Brasil.
Com esta incursão no “estado da arte” da participação das mulheres na políti-
ca e da geografia do voto é possível, agora, esboçar, com maior riqueza de deta-
lhes, que o resultado a que se pretende chegar, neste artigo, induz à seguinte per-
gunta: é possível, por meio da geografia do voto, chegar a uma tipologia dos pa-
drões de votação das parlamentares paraenses, comparativamente a seus concor-
rentes masculinos? Para responder metodologicamente a essa pergunta, os dados e
informações coletadas junto ao TSE e IBGE foram submetidos a tratamento especi-
fico para, com isso, gerar os indicadores necessários à construção dessa tipologia.
O recurso aos conceitos e as fórmulas da métrica consagrada aos estudos dos sis-
temas eleitorais e partidários, como são exemplos as que constam no Apêndice 1
elaborada por CORRÊA (1999), e que serão, algumas delas, adaptadas a expres-
sões temáticas da territorialidade associada à dinâmica eleitoral das eleições pro-
porcionais de 2010, no Pará.
2. CARACTERÍSTICAS DO MERCADO ELEITORAL PARAENSE E O PERFIL
DAS DISPUTAS DE GÊNERO NAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE 2010
Os 144 municípios que hoje conformam o estado do Pará, aparecem, no rela-
tório do Tribunal Regional Eleitoral, referente à totalização dos votos das eleições
legislativas de 2010, com a seguinte configuração agregada ─ aqui considerada ce-
na de partida do presente estudo (TRE/PARÁ, 2010):
8
Quadro 1- Parâmetros de sufrágio para deputado estadual e federal – Eleições 2010 - Pará
PARÂMETRO VALOR PARÂMETRO VALOR
I - Eleitorado apto a votar
4.763.456 (100%) III - Votos apurados - Deputado Estadual
3.754.672 (100%)
1.1. Comparecimento 3.754.672 (78,82%) 3.1. Votos válidos (nominais + legenda)
3.396.470 (90.46%)
1.2. Abstenção 1.008.763 (21,18%) 3.2. Votos nominais 3.071.880 (81.81%)
II - Votos apurados - Deputado Federal
3.754.672 (100%) 3.3. Votos de legen-da
324.590 (8.64%)
2.1. Votos válidos (nominais + legenda)
3.422.655 (91.16%) 3.4. Votos em branco 99.625 (2.65%)
2.2. Votos nominais 3.141.460 (83.67%); 3.5. Votos nulos 258.577 (6.89%)
2.3. Votos de legen-da
281.195 (7.49%)
2.4. Votos em branco 149.386 (3.98%);
2.5. Votos nulos 182.631 (4.86%)
Fonte: TSE – TRE-PA. Elaboração própria.
Com esses parâmetros é possível diferenciar, em conformidade com a legis-
lação eleitoral em vigor, as postulações estratégicas dos partidos políticos, seja no
que diz respeito à seleção de candidaturas, ao número de candidatos/as, à especifi-
cidade e perfil de candidatos/as, a existência de voto concentrado ou disperso, dan-
do sentido à hipótese de que tanto a dimensão territorial como a diversidade social
de candidatos/as são variáveis importantes na definição das candidaturas no siste-
ma proporcional de lista aberta (NICOLAU, 2007). Ainda em referência a esses da-
dos é possível calcular o quociente eleitoral11 (TSE, 2010), o quociente partidário12
11
Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a pre-encher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um se superior.
Vagas
VálidosVotosQEEleitoralQuoc =)(.
12 Determina-se para cada partido ou coligação o quociente partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, desprezada a fração.
EleitoralQuoc
PartidodoVálidosVotosQPPartidárioQuoc i
.)(. =
9
(TSE, 2010) e o quociente das maiores médias13 (TSE, 2010) para os cargos em
disputa, com vistas ao resultado final do pleito de 2010, no que toca a distribuição
das cadeiras de deputado federal (M = 17 vagas) e deputado estadual (M = 41 va-
gas) entre partidos e coligações presentes na disputa.
Sistematizando os resultados município a município, chega-se à primeira
aproximação das especificidades da competição de gênero tomando por parâmetro
as eleições de 2010. Nesse sentido, o Apêndice 2 apresenta o ranking decrescente
do desempenho eleitoral feminino, comparado ao seu complemento, o ranking cres-
cente do desempenho eleitoral masculino. A totalização dos votos confirma o enor-
me hiato de gênero que caracterizara as eleições legislativas para deputado federal
de 2010, no Pará. Enquanto as mulheres, nesse pleito, alcançam a marca de 7,75%
(242.000 votos), os homens pontuam 92,25% (2.888.615 votos).
Seguindo a mesma linha de raciocínio, o Apêndice 3, apresenta o resultado
das eleições para deputado estadual, com as mulheres reduzindo esse hiato em re-
lação aos homens, alcançando o patamar de 16,67% (516.303 votos) contra 83,33%
(2.580.407 votos) dos homens. Teoricamente, a hipótese que sustenta esse avanço
pode estar relacionada ao incremento do tamanho do distrito (M) que passa de 17
para 41 cadeiras (△M = 24)14. Para avaliar esse suposto avanço feminino, faz-se
necessário conceber um indicador neutro que aqui chamamos de “Coeficiente de
Elasticidade Voto do Distrito”, tendo por variável dependente o número de votos, e
por variável independente o tamanho do distrito (M). A seguir o cálculo do coeficien-
te para mulheres e homens (ɳ15):
0,802884
17
17-41
242,000
242.000 - 516.303
min=
=∆
∆
=
M
M
Vf
Vf
inoFeη 0,07558
17
17-41
2.888.615
2.888.615-2.580.407
−=
=∆
∆
=
M
M
Vm
Vm
Masculinoη
13 Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários serão distribuídos dividindo-se o número de votos válidos atribuídos a cada partido ou coligação pelo número de lugares obtidos, mais um, cabendo ao partido ou coligação que apresentar a maior média um dos lugares a preencher.
1++
=MédiaVagasQEVagas
VálidosVotosMédia
14 Referência a diferença entre o número de cadeiras na Assembleia Legislativa do estado do Pará (i.e. 41
cadeiras) menos o número de cadeiras da representação federal do Pará na Câmara dos Deputados (i.e. 17
cadeiras). 15 Mede a relação entre a variação percentual do voto feminino ou masculino, dividida pela variação percentual do tamanho do distrito.
10
Na comparação entre os coeficientes encontradosfica evidente que o efeito do
aumento de M sobre os votos capturados no mercado eleitoral paraense, nas elei-
ções legislativas de 2010, foi mais forte e positivo para as mulheres ( inoFeminη
=0,802884), comparativamente aos homens, que se apresentou negativo ( Masculinoη = -
0,07558). Interpretar esse resultado significa apostar na premissa de quanto maior o
tamanho da polis, maiores as chances das minorias se fazerem representar (LIMA
JÚNIOR, 1997).
A Tabela 1 oferece uma síntese do resultado das eleições legislativas de
2010 no Pará. Na disputa para deputado estadual, as mulheres concorreram com
113 (24,67%) candidatas e os homens com 345 (75,33%). Desse total, enquanto os
homens elegeram 34 deputados estaduais (82,93% da bancada), as mulheres ele-
geram apenas 7 (17,07% da bancada). Para o cargo de deputado federal as mulhe-
res concorreram com 22 (18,64%) candidatas e os homens com 96 (81,36%) candi-
datos. Desse total, enquanto os homens elegeram 16 deputados federais (94,12%
da bancada), as mulheres elegeram apenas 1 (5,88% da bancada). Com esses da-
dos é possível calcular a taxa de eleitos por gênero para cada um dos cargos, bas-
tando dividir o número de eleitos pelo número de candidatos. As taxas encontradas
foram menores para as mulheres (6,19%, para deputado estadual e 4,55%, para de-
putado federal) comparativamente aos homens (9,86%, para deputado estadual e
16,67%, para deputado federal).
Tabela 1 - Pará - Eleições 2010 - Número de candidatos (as) e eleitos (as) por cargo e gênero
CARGO M M % Rank H H % Rank Total
Geral Candidatos (as) Deputado Estadual 113 24,67 1 345 75,33 2 458 Deputado Federal 22 18,64 2 96 81,36 1 118
Total candidatos (as) 135 23,44 441 76,56 576 Eleitos (as) Deputado Estadual 7 17,07 1 34 82,93 2 41 Deputado Federal 1 5,88 2 16 94,12 1 17
Total eleitos (as) 8 13,79 50 86,21 58 Taxa de Eleitos (as) / Candidatos (as) Deputado Estadual 6,19 9,86 - Deputado Federal 4,55 16,67 -
Fonte: TSE – TRE-PA. Elaboração própria.
11
Considerando os resultados da Tabela 1, a hipótese a ser testada com o pre-
enchimento de 50% da lista de candidatos para cada gênero, aumentaria o número
de candidaturas femininas a deputada estadual, de 113 para 229, e a deputada fe-
deral, de 22 para 59, implicando, a valer as taxas de eleitos encontradas nas elei-
ções 2010, a probabilidade de eleger 14 deputadas estaduais ao invés de 7; e 3 de-
putadas federais, ao invés de 1. Conclui-se, portanto, que as mulheres, nas eleições
legislativas de 2010, foram preteridas em seu potencial de votos para alcançar re-
presentação legislativa mais proporcional à sua presença na demografia eleitoral
paraense, em torno de 49,92% aquela altura.
Embora o teste seja uma projeção do que seria evidente no caso da reforma
política pleiteada pelos movimentos de mulheres para a garantia da paridade, esta
conclusão demonstra que nesse caso, se houvesse a reforma paritária, esse quadro
já teria eficiência em 2010.
É notório, contudo, que com toda a força da Lei 12.034/2009 aprovada pelo
Congresso Nacional, com a alteração no parágrafo terceiro do artigo 10 da Lei
9.504/1997, vigorando com nova redação, prevendo-se que cada partido ou coliga-
ção deveria preencher e não reservar o mínimo de 30% e o máximo de 70% para
candidaturas de cada sexo, esse dispositivo, como se vê, não alcançou o previsto na
lei, conforme a Tabela 1 demonstra.
2.1. PERFIL DE CANDIDATAS/OS E ELEITAS/OS
2.1.1 – Faixa Etária
A faixa etária é uma referência utilizada para medir vários índices de desen-
volvimento humano, entre os quais, a taxa de alfabetização demonstrando, além de
outros indicativos, o nível de escolarização da população que contribui para ponde-
rar o grau de urbanização que uma nação ocupa transnacionalmente. Como requisi-
to eleitoral, a idade traduzida por essa faixa etária se inscreve entre as regras a se-
rem observadas para a capacitação do/a demandante de um cargo eletivo. Em nível
de candidaturas, os que se inscrevem para concorrer têm que ter uma idade mínima
constitucional para pleitear determinado cargo. Nesta seção, o quesito faixa etária foi
avaliado não como regra institucional, mas como parâmetro de entrada dos atores
12
sociais na política, assinalando os diferenciais deste recurso entre as candidaturas
masculinas e femininas.
Nessa dimensão de análise, quando adotamos, na perspectiva comparada de
gênero, o perfil etário das candidatas, representado na Tabela 2 (abaixo), constata-
se que, para o cargo de deputada federal, a maior concentração de candidatas,
equivalente a 31,8%, encontra-se na faixa feminina de 30 a 39 anos , enquanto que
a maioria dos homens encontra-se nas faixas de 40 a 49 e 50 a 59 anos , ambas
com 33,33%. Aparentemente, as mulheres iniciam a carreira política mais cedo que
os homens ou, numa outra hipótese, fazem figuração para atender a norma (Lei
12.034 de 29/09/2009) em benefício dos critérios partidários quer para o preenchi-
mento das cotas de gênero, quer para o alcance institucional das listas apresenta-
das ao T.R.E.
Tabela 2 - Pará - Eleições 2010 – Candidatos (as) a deputado federal - Número por gênero e faixa etária
FAIXA ETÁ-RIA
M % Rank H
% Rank Total Geral
% Rank
20-29 4 18,18 2 2 2,08 5 6 5,08 5
30-39 7 31,82 1 18 18,75 3 25 21,19 3
40-49 4 18,18 2 32 33,33 1 36 30,51 1
50-59 3 13,64 4 32 33,33 1 35 29,66 2
60-69 3 13,64 4 10 10,42 4 13 11,02 4
70 ou mais 1 4,55 6 2 2,08 5 3 2,54 6
Total Geral 22 100,00 96 100,00 118 100,00
Fonte: TSE e T.R.E.-PA. Elaboração própria.
A Tabela 3, no entanto, contradiz essa proposição uma vez que o mercado
eleitoral elege (i.e. sanciona) candidatos mais velhos tanto no caso das mulheres
como dos homens. No primeiro, a única candidata eleita encontra-se na faixa dos 60
a 69 anos. No caso dos homens, 87% dos eleitos encontram na faixa etária 40 a 69
anos. Ou seja, quem se elege nesse espaço eleitoral são os mais velhos, e porque
não dizer ─ os mais experientes, os que desfrutam de ativos de poder, aqui entendi-
do como sendo o exercício continuado de mandatos legislativos e/ou executivos,
não descartando, na aferição desses ativos, os laços de parentesco como importan-
te elemento de patronagem eleitoral. É preciso, também, considerar, o capital social
acumulado ao longo de anos de convívio nas bases locais aonde mais concentram
votos, numa trajetória política ou profissional aferida pela avaliação qualitativa dos
antecedentes sociais desses atores.
13
Tabela 3- Pará - Eleições 2010 – Deputados (as) federais eleitos (as) - Número por gênero e
faixa etária FAIXA
ETÁRIA M % Rank H % Rank Total
Geral % Rank
20-29 - 0,00 2 - 0,00 6 - 0,00 6 30-39 - 0,00 2 1 6,25 4 1 5,88 4 40-49 - 0,00 2 6 37,50 1 6 35,29 1 50-59 - 0,00 2 6 37,50 1 6 35,29 1 60-69 1 100,00 1 2 12,50 3 3 17,65 3 70 ou mais - 0,00 2 1 6,25 4 1 5,88 4 Total Geral 1 100,00 16 100,00 17 100,00
Fonte: TSE- TRE-PA. Elaboração própria.
Os dados contidos na Tabela 4 expressam os votos nominais recebidos por
gênero nas eleições 2010, para candidatas e candidatos a deputado federal. Assim,
para as mulheres, desconsiderando os votos situados na faixa etária 60-69 visto tra-
tar-se de votos nominais de uma única candidata eleita, concluímos que a força elei-
toral emergente das mulheres aparece com 9,67% na faixa dos 30-39 anos; enquan-
to para os homens, a maior incidência, 42,19% dos votos nominais, recai na faixa
dos 40-49 anos. Na comparação de gênero, fica evidente que as mulheres jovens
são mais estimuladas do que os homens a participarem da política eleitoral, fato que
recomenda estudos mais amplos, inclusive pesquisa de survey que busque identifi-
car as variáveis explicativas desse comportamento.
Norris (1997), ao avaliar o processo de recrutamento político entre democra-
cias estáveis de países de industrialização avançada e de diferentes sistemas eleito-
rais, considerou a mesma classificação das faixas de idade para os/as candidatos/as
no nível de oferta e demanda de nomes às listas. Os resultados da pesquisa mostra-
ram que 0,25% ou um quarto de todos os candidatos, pertenciam à geração mais
jovem, na faixa entre 18 e 39 anos. “A proporção foi mais alta na Alemanha e na Di-
namarca e mais baixa na Irlanda e Luxemburgo. Não surpreendentemente, a maioria
dos candidatos foi de meia idade ou 59%, enquanto que menos que um quinto
(17%) estava na categoria de mais velhos16.” A autora não apresenta uma classifica-
ção diferenciada para as mulheres, supondo-se que elas estivessem agrupadas
também na faixa dos de meia idade.
16 A classificação da autora foi a seguinte: Mais velhos = mais de 50 anos; meia idade = 40 -50; mais jovens = 18 - 39. Cf. Norris, 1997, p. 213. Tradução livre de Álvares.
14
O que interessa extrair desta variável? O fato de as pessoas neste grupo de
idade estarem à procura de um cargo eletivo representa que elas já construíram um
status familiar, educacional e ocupacional estável para se lançarem na competição.
Tabela 4 - Pará - Eleições 2010 - Número de votos nominais em candidatos (as) a deputado federal por gênero e faixa etária
FAIXA ETÁRIA
M % Rank H % Rank Total Geral % Rank
20-29 986 0,41 5 5.352 0,19 6 6.338 0,20 6
30-39 23.463 9,67 2 202.768 7,02 4 226.231 7,23 4
40-49 6.828 2,81 3 1.218.808 42,19 1 1.225.636 39,14 1
50-59 1.125 0,46 4 993.875 34,41 2 995.000 31,78 2
60-69 210.130 86,62 1 298.915 10,35 3 509.045 16,26 3
70 ou mais 68 0,03 6 168.897 5,85 5 168.965 5,40 5
Total geral 242.600 100,00 2.888.615 100,00 3.131.215 100,00
Fonte: TSE- TRE-PA. Elaboração própria.
Ao observamos as mesmas estatísticas para candidatas e candidatos a depu-
tado estadual, Tabela 5, os votos nominais aparecem em maior quantidade (44,49%)
para as candidatas situadas na faixa 50-59 anos; enquanto para os homens
(40,82%), na faixa 50-59 anos. O que seria isso se não a posse de redutos eleitorais
por parte de mulheres e homens amadurecidos em anos de militância política, como,
aliás, fica demonstrado na Tabela 6 a comentar subsequentemente.
Tabela 5 - Pará - Eleições 2010 - Número de votos nominais em candidatos (as) a
deputado estadual por gênero e faixa etária FAIXA
ETÁRIA M % Rank H % Rank Total
Geral % Rank
20-29 1.664 0,32 5 57.104 2,21 5 58.768 1,90 5
30-39 82.979 16,07 3 331.605 12,85 3 414.584 13,39 3
40-49 190.343 36,87 2 988.725 38,32 2 1.179.068 38,07 2
50-59 229.724 44,49 1 1.053.292 40,82 1 1.283.016 41,43 1
60-69 11.216 2,17 4 118.595 4,60 4 129.811 4,19 4
70 ou mais 377 0,07 6 31.086 1,20 6 31.463 1,02 6
Total geral 516.303 100,00 2.580.407 3.096.710
Fonte: TSE- TRE-PA. Elaboração própria.
A Tabela 6, votos nominais conferidos a deputados (as) estaduais eleitos (as),
apresenta, no tocante às mulheres, a marca de 58,40% na classe modal 40-49 anos.
Para os homens, essa estatística modal, de 55,30%, situa-se na faixa 50-59 anos.
Interessante notar por comparação que enquanto na Tabela 5 a classe modal para
15
as candidatas mulheres ocorre na faixa etária 50-59 anos, na Tabela 6, os votos
nominais conferidos às candidatas eleitas ocorrem na faixa etária imediatamente
mais jovem, 40-49 anos. No caso dos homens verifica-se a coincidência da faixa
etária de 50-59 anos tanto para votos nominais recebidos por candidatos, como vo-
tos nominais recebidos pelos candidatos eleitos.
Tabela 6 - Pará - Eleições 2010 - Número de votos nominais em deputados (as) estaduais eleitos (as) por gênero e faixa etária
FAIXA ETÁRIA
M % Rank H % Rank Total geral % Rank
20-29 - 0,00 4 25.411 2,11 4 25.411 1,74 4
30-39 43.924 17,21 3 87.328 7,24 3 131.252 8,98 3
40-49 149.076 58,40 1 403.055 33,41 2 552.131 37,77 2
50-59 62.271 24,39 2 667.243 55,30 1 729.514 49,91 1
60-69 - 0,00 4 - 0,00 6 0,00 6
70 ou mais - 0,00 4 23.480 1,95 5 23.480 1,61 5
Total geral 255.271 100,00 1.206.517 100,00 1.461.788 100,00
Fonte: TSE- TRE-PA. Elaboração própria.
2.1.2. Estado civil
Os padrões de conjugalidade para homens e mulheres revelaram uma queda
gradual na década de 1990, dos casamentos no Brasil, segundo os dados do IB-
GE17. As mudanças socioculturais e institucionais transformaram a vida das mulhe-
res que antes supunham o casamento o seu “único destino”. A nova postura delas
em relação às mudanças, hoje, tem alterado os percentuais relativos ao estado civil
entre brasileiros e brasileiras conforme pode ser constatado na Tabela 7 abaixo.
Tabela 7– Distribuição de pessoas por estado civil e sexo – Brasil – 2009¹
Estado Civil M (%) H (%) T (%) Solteiro 40,0
46,0
42,8
Casado 44,2 47,6 45,8 Divorciado, desquitado e separado judicialmente 6,4
4,3
5,4
Viúvo 9,4
2,2
5,9 Total 100,0
100,0
100,0
Fonte: IBGE.
17 Foram utilizados os dados do IBGE para uma avaliação mais detalhada da situação do estado civil, variável considerada responsável pela exclusão das mulheres da representação parlamentar. Na “ante-sala” do poder, esta carga de atributos da mulher casada ainda é muito forte, mas veremos se as candidatas são em sua maioria casadas. A taxa de nupcialidade legal, no Brasil que durante a década de 1990 era de 8,0% por mil habitantes, caiu para 5,7% por mil habitantes em 2001, queda observada principalmente nas Regiões Sudeste e Sul.
16
A Tabela 8 apresenta estatísticas relacionadas ao estado civil dos candidatos
a deputado federal. No âmbito da competição feminina a moda, 54,55%, situa-se na
faixa destinada as solteiras. Em contrapartida, para os homens, a moda, 64,58%,
situa-se na faixa destinada aos casados.
Tabela 8 - Pará - Eleições 2010 - Número de candidatos (as) a deputado federal por gênero e estado civil
ESTADO CIVIL M % Rank H % Rank Total Geral
% Rank
Casado(a) 8 36,36 2 62 64,58 1 70 59,32 1
Divorciado(a) 1 4,55 3 8 8,33 3 9 7,63 3
Separado(a) judicialmente
1 4,55 3 7 7,29 4 8 6,78 4
Solteiro(a) 12 54,55 1 18 18,75 2 30 25,42 2
Viúvo(a) - 0,00 5 1 1,04 5 1 0,85 5
Total Geral 22 100,00 96 100,00 118 100,00
Fonte: TSE- TRE-PA. Elaboração própria.
A Tabela 9 trata do mesmo tema da Tabela 8, só que para deputado estadual.
Novamente, entre as mulheres, a moda (42,48%) aparece na faixa destinada às
candidatas solteiras. Para os homens, a mesma estatística (59,17%) aparece na fai-
xa reservada candidatos casados.
Tabela 9 - Pará - Eleições 2010 - Número de candidatos (as) a deputado estadual por gênero e estado civil
ESTADO CIVIL M % Rank H % Rank Total Geral
% Rank
Casado (a) 45 39,82 2 226 65,51 1 271 59,17 1
Divorciado (a) 14 12,39 3 29 8,41 3 43 9,39 3
Separado (a) Judicialmente
3 2,65 4 2 0,58 5 5 1,09 5
Solteiro (a) 48 42,48 1 85 24,64 2 133 29,04 2
Viúvo (a) 3 2,65 4 3 0,87 4 6 1,31 4
Total Geral 113 100,00 345 100,00 458 100,00
Fonte: TSE- TRE-PA. Elaboração própria.
É preciso notar que, se há uma população majoritária de pessoas solteiras, a
projeção para a base política que pleiteia o parlamento tende a considerar que entre
as candidaturas há o predomínio de pessoas nesta situação civil. No caso dos ho-
mens quem está se candidatando já constituiu família – um status com avaliação
positiva do eleitor/a, pois o casamento representa o nível de responsabilidade social
para quem dele se investe institucionalmente. Por mais que o concubinato esteja
17
atualmente amparado legalmente, o/a casado/a reflete, na sociedade, um caráter
“sério” que interessa sobremodo aos partidos que veem nessa situação um potencial
de votos.
Há que comentar, no entanto, que do ponto de vista do sucesso eleitoral,
quem mais se elege não são as divorciadas e tampouco as solteiras (a exceção do
caso outlier da única deputada federal eleita ser divorciada). A Tabela 10 confirma
que das 7 deputadas estaduais eleitas, 5 são casadas (71,43%), 1 divorciada
(14,29%) e 1 solteira (14,29%). No caso dos 34 deputados estaduais eleitos, 21 são
casados (61,76%), 7 solteiros (20,59%) e 6 divorciados (17,65%).
Tabela 10 - Pará - Eleições 2010 - Número de deputados (as) estaduais eleitos (as)
por gênero e estado civil ESTADO CIVIL M % Rank H % Rank Total
Geral % Rank
Casado (a) 5 71,43 1 21 61,76 1 26 63,41 1
Divorciado (a) 1 14,29 2 6 17,65 3 7 17,07 3
Separado (a) Judicialmente
- 0,00 4 - 0,00 4 - 0,00 4
Solteiro (a) 1 14,29 2 7 20,59 2 8 19,51 2
Viúvo (a) - 0,00 4 - 0,00 4 - 0,00 4
Total Geral 7 100,00 34 100,00 41 100,00
Fonte: TSE- TRE-PA. Elaboração própria.
Esta referência sobre a conjugalidade tem baseado as análises atuais sobre
as diferenças entre os tipos de ocupação, a escolaridade e os obstáculos que as
mulheres enfrentam em suas atividades quando estes padrões se aliam a outro: o
da maternidade. Os encargos com os filhos e as atividades no lar são tratados pela
cultura tradicional como o papel fundamental das mulheres e motivam a sua exclu-
são de atividades públicas, além de apontarem para as assimetrias de gênero18. Não
somente porque espelham preconceitos, mas porque acarretam cargas pesadas de
atividades, horas de execução – estas nem sempre harmonizadas com as exigên-
cias de outras obrigações de trabalho. Por outro lado, favorecem a baixa autoestima
e a falta de confiança das mulheres em si próprias, devido à alta carga de preconcei-
18 Cf. Lovenduski & Norris, 1995;
18
tos ocasionada por estes padrões culturais que obstaculizam o avanço delas em vá-
rios espaços19.
Na pergunta feita pela primeira vez pela PNAD/IBGE 2009 sobre o estado civil
da população houve evidência de que 45,8% das pessoas de 15 anos ou mais são
casadas. Diz Hildete Melo (2010)20: “Olhando para este indicador segundo o sexo
as mulheres são 44,2% casadas, 40% são solteiras, 9,4% são viúvas e 6,4% são
divorciadas, separadas. Enquanto os homens são 47,6% casados, 46% solteiros,
2,2% viúvos e 4,3% divorciados, separados. Há mais mulheres viúvas e separadas
judicialmente do que homens, provavelmente a maior longevidade feminina explica
esta evidência”.
Como se vê, a população brasileira feminina hoje está no percentual de 40%
entre casadas e solteiras, sendo que as primeiras ainda levam vantagem em 4,2%.
Mas se adicionar as demais categorias femininas das “sem marido” o percentual a-
gregado fica em 55,8%. Quanto aos homens, somente 52,5% estão nessa situação,
com a vantagem (?)21 das mulheres gerando 3,3%.
2.1.3. Grau de instrução
A educação é um forte indicativo do grau de desenvolvimento humano. Trata-
se de um recurso que acompanha as demandas internacionais por urbanização e
acesso à cidadania da população. Tem sido um eixo temático reivindicado pelos
movimentos internacionais que lutam pela universalização dos direitos humanos,
sobretudo o movimento de mulheres que tem procurado elaborar documentos pro-
pondo políticas públicas com incidência prática para o acesso deste gênero aos ca-
nais de instrução, alfabetização e formação superior. Essa carência foi detectada ao
longo dos anos de luta feminista. Estes documentos contendo programas para “pre-
venir, punir e erradicar a violência contra a mulher”, entre os vários setores da soci-
edade (educação, família, política, trabalho), tem sido ratificados através de Con-
19 Cf. Shvedova, 2002. 20 Cf. http://www.sepm.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2010/09/um-olhar-de-genero-na-pnad-2009, de
27/09/2010. Acesso em 20/07/2012. 21 Diz-se “vantagem” como forma de situar o percentual positivo das mulheres, contudo, essa situação agrega mais recursos negativos de atividades como o de garantirem a manutenção familiar e dos filhos que com elas vivem nas várias situações de que se investem como a de viúvas, solteiras com filhos, divorciadas. Sobre isso, cf. Álvares, 2004.
19
venções internacionais, com o apoio da ONU e da OEA22. A importância em promo-
ver o nível educacional para maior acesso das mulheres se dá em função de erradi-
car o decréscimo do diferencial salarial entre os trabalhadores, o nível de analfabe-
tismo que entre elas continua mundialmente ainda muito alto, a discriminação ocu-
pacional e maior alcance à informação sobre o reconhecimento dos direitos civis e
políticos que as tem mantido de fora dos espaços de decisão política, entre os quais,
o acesso aos cargos parlamentares.
Conforme demonstra a Tabela 11, o nível de escolaridade dos candidatos e
candidatas às duas casas legislativas é diferenciado. No plano estadual, 45,45% das
mulheres situa-se na faixa ensino médio completo. E para os homens, essa mesma
estatística (59,38%) ocorre na faixa superior completo.
Tabela 11 - Pará - Eleições 2010 - Número de candidatos (as) a Deputado Federal
por gênero e grau de instrução GRAU
DE INSTRUÇÃO M % Rank H % Rank Total
Geral % Rank
Ensino fundamental incompleto
- 0,00 6 2 2,08 6 2 1,69 6
Ensino fundamental completo
2 9,09 4 6 6,25 4 8 6,78 4
Ensino médio incom-pleto
1 4,55 5 3 3,13 5 4 3,39 5
Ensino médio completo 10 45,45 1 18 18,75 2 28 23,73 2
Superior incompleto 3 13,64 3 10 10,42 3 13 11,02 3
Superior completo 6 27,27 2 57 59,38 1 63 53,39 1
Total Geral 22 100,00 96 100,00 118 100,00 Fonte: TSE- TRE-PA. Elaboração própria.
A Tabela 12 registra, no caso das mulheres, a moda (46,90%) na faixa supe-
rior completo, o mesmo ocorrendo com o percentual masculino visto que 46,67% se
encontram nessa faixa.
22 Cf. o Documento do Movimento de Mulheres para o cumprimento da Convenção sobre a Eliminação de Todas
as Formas de Discriminação Contra a Mulher – CEDAW, com propostas de redes e articulações internacionais de mulheres, entre 13 entidades brasileiras convocadas pela AGENDE e CLADEM-Brasil para a ratificação dos princípios que têm norteado a política de apoio para o acesso das mulheres aos direitos humanos.
20
Tabela 12 - Pará - Eleições 2010 - Número de candidatos (as) a Deputado Estadual por gênero e grau de instrução
GRAU DE INSTRUÇÃO
M % Rank H % Rank Total Geral
% Rank
Ensino fundamental incompleto
3 2,65 6 14 4,06 5 17 3,71 6
Ensino fundamental completo
7 6,19 3 24 6,96 3 31 6,77 3
Ensino médio in-completo
5 4,42 5 13 3,77 6 18 3,93 5
Ensino médio com-pleto
38 33,63 2 110 31,88 2 148 32,31 2
Superior incompleto 7 6,19 3 23 6,67 4 30 6,55 4
Superior completo 53 46,90 1 161 46,67 1 214 46,72 1 Total Geral 113 100,00% 345 100,00% 458 100,00%
Fonte: TSE- TRE-PA. Elaboração própria.
A Tabela 13 mostra que de um total de 22 candidatas apenas 7 elegeram-se
deputadas estaduais, sendo 6 com curso superior completo (85,71%) e 1 (14,29%)
com curso médio completo. No caso dos homens, a variabilidade de grau de instru-
ção é bem maior. Dos 34 deputados estaduais eleitos, 20 (58,82%) com curso supe-
rior completo, 2 (5,88%)com curso superior incompleto, 6 (17,65%) com ensino mé-
dio completo,1 (2,94%) com ensino médio incompleto, 3 (8,82%) com ensino funda-
mental completo, e 2 (5,88%) com ensino fundamental incompleto.
Tabela 13 - Pará - Eleições 2010 - Número de deputados (as) estaduais eleitos (as) por gênero e grau de instrução
GRAU DE INSTRUÇÃO
M % Rank H % Rank Total Geral
% Rank
Ensino fundamental incompleto
- 0,00 3 2 5,88 4 2 4,88 4
Ensino fundamental completo
- 0,00 3 3 8,82 3 3 7,32 3
Ensino médio incom-pleto
- 0,00 3 1 2,94 6 1 2,44 6
Ensino médio comple-to
1 14,29 2 6 17,65 2 7 17,07 2
Superior incompleto - 0,00 3 2 5,88 4 2 4,88 4
Superior completo 6 85,71 1 20 58,82 1 26 63,41 1
Total Geral 7 100,00 34 100,00 41 100,00 Fonte: TSE- TRE-PA. Elaboração própria.
21
Este demonstrativo aponta para certa homogeneidade educacional entre homens e mu-
lheres que procuram um cargo legislativo e que pertencem ao grupo da elite escolarizada
brasileira. Mas não deixa de evidenciar que as mulheres candidatas estão assumindo um
grau significativo de escolaridade o que antes era privilégio masculino.
É significativo, também, no relatório do IBGE/PNAD, a evidência de referência
que o número médio de anos de estudos permanece num crescendo entre a popula-
ção, com as mulheres, aparecendo na frente. Se em 2008, a média masculina de
estudos era 6,2 anos e as mulheres 7,2, em 2009, vê-se o crescimento médio das
mulheres para 7,4 anos enquanto os homens foram para 7,0 anos23.
3. A GEOGRAFIA DO VOTO NAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE 2010 NO PARÁ EM FACE AS DISPUTAS DE GÊNERO
Este item adentra o ponto nodal do estudo proposto: o campo da geografia
eleitoral. Algumas informações no Apêndice 4 permitem responder à pergunta: como
se dá a distribuição espacial dos votos entre as seis mesorregiões constitutivas do
estado do Pará? Quem é quem em cada uma dessas seis mesorregiões?
Tomando, por critério de escolha e precedência as deputadas e os deputados
federais eleitos, constata-se o fenômeno da distritalização do voto como recurso es-
tratégico de redução dos custos de campanha, tendo por elemento orientador a con-
tiguidade territorial da ação política que busca maximizar votos, minimizando custos.
Para tanto, a leitura do mencionado apêndice deve ser feita mediante a simples in-
tercessão de linhas e colunas para, assim, identificar o formato mais ou menos con-
centrado das votações de cada uma das deputadas e deputados eleitos.
Tomemos como exemplo inicial o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS) com
81,8% de sua votação nominal concentrada na mesorregião Metropolitana de Be-
lém. Seus votos se dispersam para o Nordeste Paraense, com 7,6%, e nas demais
mesorregiões distribuem-se os 10,6% restantes.
O deputado federal Lira Maia (DEM) segue esse exemplo de voto concentra-
do, pois que dos 113.235 votos nominais conquistados, 75,3% foram capturados na
mesorregião do Baixo Amazonas, fato que explica o empenho dessa liderança políti-
23 Estes dados constam do Relatório do PNAD/IBGE -2010
22
ca regional em favor da criação do estado do Tapajós na campanha plebiscitária en-
cerrada em dezembro de 2011.
O deputado federal Asdrubal Bentes (PMDB), no entanto, aparece como
campeão da ação política espacialmente concentrada ao aferir 92,6% de seus votos
nominais na mesorregião Sudeste Paraense onde, como liderança política, defendeu
ardorosamente a criação do estado do Carajás.
Os demais deputados federais seguem a mesma lógica de concentração terri-
torial do voto, porém em menor escala comparativamente aos deputados federais
que acabamos de enunciar.
Da leitura do Apêndice 4 identificam-se os campeões de voto em cada uma
das seis mesorregiões geográficas definidas pelo IBGE. O resultado encontrado foi o
seguinte: Baixo Amazonas (LIRA MAIA-DEM); Marajó (MIRIQUINHO BATISTA-PT);
Metropolitana de Belém (ARNALDO JORDY-PPS); Nordeste Paraense (BETO FA-
RO-PT); Sudeste Paraense (ASDRUBAL BENTES-PMDB) e Sudoeste Paraense
(ZÉ GERALDO-PT).
Em avanço de análise, o Apêndice 5 oferece a visão espacial da distribuição
dos votos femininos e masculinos para o cargo de deputado estadual em cada uma
das seis mesorregiões. No agregado, as mulheres apresentam 46,5% de sua vota-
ção na mesorregião Nordeste Paraense, enquanto os homens surgem com 32,6%,
sua maior fatia de votos, na mesorregião Metropolitana de Belém.
Os (as) deputados (as) estaduais campeões de voto em cada uma das seis
mesorregiões, como segue : Baixo Amazonas (ALEXANDRE VON- PSDB); Marajó
(LUIZ REBELO - PP); Região Metropolitana de Belém (EDMILSON RODRIGUES-
PSOL); Nordeste Paraense (SIMONE MORGADO-PMDB); Sudeste Paraense (TIÃO
MIRANDA-PTB) e Sudoeste Paraense (MEGALE-PSDB). Vê-se, portanto, que em
termos de dominância mesoregional, os homens levam vantagem tanto no pleito fe-
deral como no estadual, sendo a única exceção a deputada estadual Simone Mor-
gado, concentrando votos no Nordeste Paraense.
Estruturada para facilitar a leitura e o entendimento da competição eleitoral no
que diz respeito às dominâncias territoriais de cada deputado federal eleito foi criado
23
o Apêndice 6. Para tanto, calculamos dois índices utilizados pela ciência política, o
Herfindal-Hirshman (HH) e o Número de Partidos Efetivos (Nef) ), sendo, este último,
adaptado para o Número de Municípios Efetivos (Mef) 24, e expresso como o inverso
do primeiro, (HH), representando, ambos, a maior ou menor concentração de votos.
Ou seja, o Número de Municípios Efetivos (Mef) expressa, claramente, a intensidade
da concentração/dispersão do voto enquanto resultado da ação política territorializa-
da. No que diz respeito à interpretação do HH, este funciona como medida de con-
centração, significando dizer que para HH = 1, concentração máxima; e para HH = 0,
dispersão máxima. Assim, por encadeamento dedutivo expresso na fórmula do índi-
ce Mef tem-se uma medida de fragmentação onde o valor de Mef diz respeito ao nú-
mero de municípios onde o deputado possui dominância eleitoral. Ou seja, quanto
menor for o Mef, mais concentrado será esse trabalho político, e vice-versa.
Considerando o valor dos Mef´s, o ordenamento encontrado para os deputa-
dos e deputadas federais eleitos aponta Arnaldo Jordy (PPS) como sendo o político
com maior concentração de votos (Mef =2,28); seguido de Asdrubal Bentes (Mef
=2,31). Em termos de dispersão, o campeão é o deputado federal Zé Geraldo (Mef =
44,07). Entre as mulheres, a deputada federal Elcione Barbalho, a única eleita, com-
parece com votação concentrada (Mef = 6,02). Numa análise agregada e consisten-
te, usando o recurso da análise de frequência, a seguinte imagem de concentração
e dispersão pode ser apresentada com base nos dados do Apêndice 6. Dos 17 de-
putados federais eleitos, seis (35%) atuam em até 8 municípios efetivos, três (18%)
entre 9 e 16 municípios efetivos, e oito (47%) acima de 16 e abaixo de 48 municípios
efetivos. Ou seja, a maioria dos deputados federais eleitos orienta-se pela estratégia
da distritalização do voto.
O Apêndice 7 apresenta a mesma construção do Apêndice 6, porém dedicado
as deputadas e deputados estaduais eleitos. Neste caso, Edmilson Rodrigues com-
parece com a maior concentração espacial de votos (Mef = 1,36), enquanto Chico da
Pesca25 apresenta a maior dispersão (Mef = 27,46). Entre as mulheres, a deputada
24 Para maior compreensão desses dois índices consultar: Apêndice 1 - Índices de avaliação comparada de sistemas partidários. 25 Esse deputado foi cassado pelo T.R.E. pela prática de compra de votos, crime contra administração pública, abuso de poder econômico, fraude no seguro-defeso, uso da máquina pública, condutas vedadas no período eleitoral, entre outras irregularidades.
24
estadual Josefina Carmo (PMDB) surge com maior concentração de votos (Mef =
4,36), enquanto a campeã em dispersão é a deputada estadual Cilene Couto-PSDB
(Mef = 23,50).
Com o mesmo tratamento dispensado aos deputados federais eleitos, a análi-
se de frequência apresentou o seguinte resultado para as deputadas e deputados
estaduais eleitos. Dos 41 que formam a Assembleia Legislativa, 22 (54%) atuam em
até 8 municípios efetivos, 10 (24%) entre 9 e 16 municípios efetivos, e o restante, 9
deputados (22%) acima de 16 e abaixo de 32 municípios efetivos. Ou seja, os depu-
tados estaduais eleitos, tal como os federais, escolhem a concentração geográfica
de votos como estratégia de campanha eleitoral.
Quanto à distribuição dos votos nominais dos deputados (as) federais eleitos
(as) de acordo com o número de habitantes dos municípios é tratado no Apêndice 8.
Observa-se que, no agregado, tanto para as mulheres como para os homens, a pre-
ferência recai sobre municípios com população superior a 500 mil habitantes. Po-
rém, quando se analisa cada um dos deputados federais eleitos, conferimos que a
dominância maior nessa magnitude populacional é do deputado federal Arnaldo Jor-
dy (PPS). Nos municípios pequenos, com população de mais de 2.500 até 8.000, a
prioridade encontra o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT). Para os municípios
situados entre mais de 8.000 até 20.000, a liderança está com o deputado federal
Wladimir Costa (PMDB) que também domina os municípios situados em mais de
20.000 até 500.000.
A distribuição dos votos nominais dos deputados (as) estaduais eleitos (as) de
acordo com o número de habitantes dos municípios acha-se no Apêndice 9. Obser-
ve-se que na faixa de mais de 2.500 até 8.000, a dominância cabe à deputada esta-
dual Simone Morgado. Na faixa de mais de 8.000 até 20.000, o deputado estadual
Márcio Miranda (DEM), o mesmo ocorrendo na faixa de mais de 20.000 até 500.000.
E na faixa de mais de 500.000, domina o deputado estadual Edmilson Rodrigues
(PSOL).
25
3.1. MAPAS TEMÁTICOS DA DISPUTA ELEITORAL DE GÊNERO NAS UNIDADES
TERRITORIAIS PARAENSES
Os Mapas temáticos que serão apresentados a partir deste ponto induzem a
compreensão da disputa geográfica dos votos nas eleições de 2010 para os cargos
legislativos proporcionais federal e estadual, na perspectiva de gênero, apresentan-
do-se em gradientes em que, as cores mais forte, representam as unidades geográ-
ficas – municípios ou mesorregiões – em que encontramos os percentuais mais ex-
pressivos de votos, nas mulheres.
O Mapa de Figura 1 contempla a votação nominal da única mulher eleita de-
putada federal, Elcione Barbalho. O gradiente de cores indica os municípios de:
Inhangapi (45,5%); Ananindeua (34,7%); e Tailândia (30,9%) como aqueles em que
a deputada obteve percentuais de votos mais elevados.
Figura 1 - Pará - Eleições 2010 – Deputadas federais eleitas - votos nominais nos municípios (%)
Fonte: TSE. Elaboração própria
Em avanço de análise, a Figura 2, resume o quadro da posição relativa em
votos da deputada Elcione Barbalho onde ficam explícitas as mesorregiões em que
a candidata apresenta melhor desempenho eleitoral: Região Metropolitana de Be-
lém, 17,1 %; Marajó, 11,1 %, Nordeste Paraense 5,7%; Baixo Amazonas 4,2%; e
assim por diante.
Votos nominais (%)
0,0 - 1,6
1,7 - 5,1
5,2 - 12,9
13,0 - 23,1
23,2 - 45,5
26
Figura 2 - Pará - Eleições 2010 – Deputadas federais eleitas - votos nominais nas mesorregiões (%)
Fonte: TSE. Elaboração própria
A Figura 3, similar à figura 1, mas em relação a todas as candidatas a Depu-
tadas federais. Aponta Inhangapi (39,4%); Tailândia (29,6%) e Ananindeua (28,2%)
como os municípios em que as candidatas obtiveram melhor desempenho eleitoral.
Figura 3 - Pará - Eleições 2010 – Candidatas a Deputada federal – votos nominais nos municípios (%)
Fonte TSE. Elaboração própria
SUDOESTE PARAENSE: 0,9%
BAIXO AMAZONAS: 5,1%
SUDESTE PARAENSE: 2,7%
MARAJÓ: 9,4%
NORDESTE PARAENSE: 4,9%
METROPOLITANA DE BELÉM: 14,3%
Votos nominais (%)
0 - 1,8
1,9 - 5,5
5,6 - 10,6
10,7 - 21,6
21,7 - 39,4
27
A Figura 4 similar à Figura 2 para todas as candidatas a deputada federal
aponta a Região Metropolitana de Belém (14,3%), seguida de Marajó (9,4%) e Baixo
Amazonas (5,1%) como mesorregiões de melhor desempenho eleitoral feminino.
Figura 4 – Pará - Eleições 2010 – Candidatas a Deputada federal – votos nominais nas mesorregiões (%)
Fonte: TSE. Elaboração própria
A Figura 5 destaca a dominância por municípios, em votos nominais percen-
tuais, das deputadas eleitas para o legislativo estadual: Santarém Novo, 79,8%; Mo-
ju, 76,9%, Benevides, 71,1; Abel Figueiredo, 69,5%; Santa Bárbara do Pará, 64,3%,
Marapanim, 64,1%; São João de Pirabas, 63,3; Eldorado dos Carajás, 61,1%; Au-
gusto Corrêa, 59,3%; Monte Alegre, 58,4%; Bragança, 57,6% e Barcarena, 55,3%.
SUDOESTE PARAENSE: 0,9 %
BAIXO AMAZONAS: 5,1 %
SUDESTE PARAENSE: 2,7 %
MARAJÓ: 9,4 %
NORDESTE PARAENSE: 4,9 %
METROPOLITANA DE BELÉM: 14,3 %
28
Figura 5 - Pará - Eleições 2010 – Deputadas estaduais eleitas - votos nominais nos municípios (%)
Fonte: TSE. Elaboração própria
Em prosseguimento de análise, a Figura 6 apresenta o desempenho eleitoral
das deputadas estaduais eleitas por mesorregião: Nordeste Paraense, 27,8%; Mara-
jó, 19,0% e o Sudeste Paraense, 15,1%.
Figura 6 - Pará - Eleições 2010 – Deputadas estaduais eleitas - votos nominais nas mesorregiões (%)
Fonte: TSE. Elaboração própria
Votos nominais (%)
0,0 - 7,4
7,5 - 17,7
17,8 - 31,8
31,9 - 51,3
51,4 - 79,8
SUDOESTE PARAENSE: 8,2 %
BAIXO AMAZONAS: 12,9 %
SUDESTE PARAENSE: 15,1 %
MARAJÓ: 19 %
NORDESTE PARAENSE: 27,8 %
METROPOLITANA DE BELÉM: 11,9 %
29
A Figura 7 demonstra em que municípios as candidatas ao legislativo estadu-
al tiveram votação nominal expressiva: Abel Figueiredo, 72,8%; Augusto Corrêa,
65,9%; Brejo Grande do Araguaia, 61,7%; Moju, 61,5%; Santarém Novo, 61,3%; Pa-
lestina do Pará, 59,1%; Benevides, 55,6%; São Geraldo do Araguaia, 51,0%; Santa
Bárbara do Pará, 48,6%; São João do Araguaia, 47,8%; São Domingos do Araguaia,
46,3%; Monte Alegre, 46,3%; Floresta do Araguaia, 46,3%; Conceição do Araguaia,
46,0%; Marapanim, 46,0%; Primavera, 44,6%; Sapucaia, 44,4%; Piçara, 44,0% e
Curuçá, 42,2%.
Figura 7 - Pará - Eleições 2010 – Candidatas a Deputada estadual - votos nominais nos municípios (%)
Fonte: TSE. Elaboração própria
As evidências da Figura 8 referem o desempenho mesorregional em votos
das candidatas à Assembleia Legislativa: Nordeste Paraense, 21,0%; Sudeste para-
ense, 20,2% e Região Metropolitana de Belém (RMB), 14,5%;
Votos nominais (%)
1,4 - 7,9
8,0 - 15,5
15,6 - 23,8
23,9 - 41,0
41,1 - 72,8
30
Figura 8: Pará - Eleições 2010 – Candidatas a Deputada estadual - votos nominais nas mesorregiões (%)
Fonte TSE. Elaboração própria
A análise do desempenho das parlamentares paraenses eleitas em nível fe-
deral e estadual será personalizada, da Figura 9 a 18, sendo possível conferir a dis-
tribuição dos valores absolutos dos votos conquistados por essas mulheres em cada
uma das seis mesorregiões.
Figura 9. Pará - Eleições 2010 – Deputadas federais eleitas – Distribuição dos votos nominais nas mesorregiões
Fonte: TSE. Elaboração própria
SUDOESTE PARAENSE: 9 %
BAIXO AMAZONAS: 11,8 %
SUDESTE PARAENSE: 20,2 %
MARAJÓ: 14,3 %
NORDESTE PARAENSE: 21 %
METROPOLITANA DE BELÉM: 14,5 %
SUDOESTE PARAENSE: 1.002
BAIXO AMAZONAS: 9.973
SUDESTE PARAENSE: 12.967
MARAJÓ: 15.668
NORDESTE PARAENSE: 35.419
METROPOLITANA DE BELÉM: 134.595
31
Figura 10 -Pará - Eleições 2010 – Deputadas estaduais eleitas – Distribuição dos votos nominais nas mesorregiões
Fonte: TSE. Elaboração própria
Figura 11 - Pará - Eleições 2010 – Deputadas federais eleitas: Elcione Barbalho – Distribuição dos votos nominais nas mesorregiões
Fonte: TSE. Elaboração própria
SUDOESTE PARAENSE: 5.001
BAIXO AMAZONAS: 26.627
SUDESTE PARAENSE: 34.241
MARAJÓ: 17.830
NORDESTE PARAENSE: 118.696
METROPOLITANA DE BELÉM: 52.876
SUDOESTE PARAENSE: 1.002
BAIXO AMAZONAS: 9.973
SUDESTE PARAENSE: 12.967
MARAJÓ: 15.668
NORDESTE PARAENSE: 35.419
METROPOLITANA DE BELÉM: 134.595
32
Figura 12 -Pará - Eleições 2010 – Deputadas estaduais eleitas: Ana Cunha – Distribuição dos votos nominais nas mesorregiões
Fonte: TSE. Elaboração própria
Figura 13 - Pará - Eleições 2010 – Deputadas estaduais eleitas: Bernadete – Distribuição dos votos nominais nas mesorregiões
Fonte: TSE. Elaboração própria
SUDOESTE PARAENSE: 64
BAIXO AMAZONAS: 21
SUDESTE PARAENSE: 1.135
MARAJÓ: 3.334
NORDESTE PARAENSE: 15.842
METROPOLITANA DE BELÉM: 14.940
SUDOESTE PARAENSE: 236
BAIXO AMAZONAS: 151
SUDESTE PARAENSE: 30.531
MARAJÓ: 38
NORDESTE PARAENSE: 895
METROPOLITANA DE BELÉM: 1.882
33
Figura 14 - Pará - Eleições 2010 – Deputadas estaduais eleitas: Cilene Couto – Distribuição dos votos nominais nas mesorregiões
Fonte: TSE. Elaboração própria
Figura 15- Pará - Eleições 2010 – Deputadas estaduais eleitas: Josefina – Distribuição dos votos nominais nas mesorregiões
Fonte: TSE. Elaboração própria
SUDOESTE PARAENSE: 753
BAIXO AMAZONAS: 352
SUDESTE PARAENSE: 1.298
MARAJÓ: 6.569
NORDESTE PARAENSE: 25.773
METROPOLITANA DE BELÉM: 9.179
SUDOESTE PARAENSE: 3.719
BAIXO AMAZONAS: 23.376
SUDESTE PARAENSE: 112
MARAJÓ: 20
NORDESTE PARAENSE: 160
METROPOLITANA DE BELÉM: 1.151
34
Figura 16 - Pará - Eleições 2010 – Deputadas estaduais eleitas: Luzineide – Distribuição dos votos nominais nas mesorregiões
Fonte: TSE. Elaboração própria
Figura 17 - Pará - Eleições 2010 – Deputadas estaduais eleitas: Nilma Lima – Distribuição dos votos nominais nas mesorregiões
Fonte: TSE. Elaboração própria
SUDOESTE PARAENSE: 21
BAIXO AMAZONAS: 94
SUDESTE PARAENSE: 84
MARAJÓ: 4.013
NORDESTE PARAENSE: 12.252
METROPOLITANA DE BELÉM: 15.971
SUDOESTE PARAENSE: 79
BAIXO AMAZONAS: 2.585
SUDESTE PARAENSE: 259
MARAJÓ: 3.434
NORDESTE PARAENSE: 18.576
METROPOLITANA DE BELÉM: 5.426
35
Figura 18 - Pará - Eleições 2010 – Deputadas estaduais eleitas: Simone Morgado – Distribuição dos votos nominais nas mesorregiões
Fonte: TSE. Elaboração própria
4 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES NÃO CONCLUSIVAS
A proposta deste estudo definiu-se pela analise dos votos recebidos pelas
parlamentares paraenses nas eleições de 2010, considerando algumas variáveis,
visando mostrar onde candidatas e eleitas eram mais votadas entre as seis mesor-
regiões que agregam os 144 municípios paraenses.
Referidas evidências foram alcançadas mediante análise dos dados acessa-
dos junto ao TSE e IBGE, com o uso dos programas EXCEL e ArcGIS. Com o pri-
meiro, os dados dos apêndices representam a distribuição quantitativa dos votos de
mulheres e homens em disputa eleitoral, tanto em dimensão horizontal (desempe-
nho em cada unidade geográfica) como vertical (distribuição da totalização de votos
de cada uma das candidatas nas seis mesorregiões paraenses). O ARGIIS expres-
sou, visualmente, essas mesmas quantidades, representadas em mapas temáticos.
Com essas duas dimensões de análise, chegou-se a conclusão que o desempenho
feminino (geografia do voto) sofre impacto positivo com a legislação eleitoral em vi-
gor, mesmo admitindo a grande diferença de desempenho entre gêneros como de-
monstrado na página 10.
BAIXO AMAZONAS: 48
SUDOESTE PARAENSE: 129SUDESTE PARAENSE: 822
MARAJÓ: 422
NORDESTE PARAENSE: 45.198
METROPOLITANA DE BELÉM: 4.327
36
Fica evidente que as mulheres com maior experiência política, no que toca a
candidatas em regime de reeleição ou portadoras de ativo de poder ou capital social
significativo, apresentam melhores resultados. Por outro lado, os dados dos apêndi-
ces que se referem à concentração e dispersão espacial do voto, levam a conclusão
que o êxito eleitoral está, como comprovado em outros estudos citados neste artigo,
fortemente associado à concentração mais do que à dispersão. Emblemático é o
fato de que das 7 candidatas eleitas à Assembleia Legislativa, 5 enquadram-se no
perfil de voto concentrado, com Mef variando de 4,36 a 11,41.
Outro aspecto importante a considerar é o fato de a variação proporcional de
candidatas eleitas em função do tamanho do distrito de 17 para 41 cadeiras, como
atesta o Coeficiente de Elasticidade Voto do Distrito26, apresentar-se positivo para as
mulheres e negativo para os homens, implicando dizer que aquelas têm mais chan-
ces de crescer com o aumento do número de cadeiras do que estes.
Na análise de interdependência entre as variáveis, aceitando como hipótese a
existência de correlação entre o desempenho eleitoral feminino e os municípios or-
denados por magnitude demográfica e por IDH-M, constatou-se, tal como explicitado
na Tabela 14 (abaixo) não haver ligação relevante do ponto de vista estat entre o
desempenho eleitoral de candidatas a deputadas federais e estaduais, eleitas ou
não, com tais indicadores. Ou seja, as variáveis explicativas do desempenho eleito-
ral feminino sugerem pesquisar a dimensão de capital social que elas desenvolvem
nos municípios onde aparecem com melhor desempenho.
Tabela 14 - Índices de correlação (r) Percentual de votos nominais recebi-
dos por: População
2010 IDHM, 2000
Candidatas a deputada federal 0,18 0,09 Deputadas federais eleitas 0,19 0,10 Candidatas a deputada estadual -0,10 -0,03 Deputadas estaduais eleitas -0,13 -0,02
Fonte: TSE. Elaboração própria.
Para mensurar o tamanho dos partidos políticos atuantes no universo parla-mentar paraense foi elaborada a variável TP (Tamanho de Partido) e o seu respecti-vo índice, o ITP (Índice de Tamanho do Partido), objetos das seguintes fórmulas:
26 Cf, pag. 9.
37
1=EstDep
Peso ; 41,217
41===
FederalCâmara
ALEPA
FedDepM
MPeso
41,21741
XFedDepNoEstDepNo
FedDepPesoXM
FedDepNoEstDepPesoX
M
EstDepNoT
FederalCâmaraALEPA
P +=+=
mínmáx
mín
PTPTP
TPTPIT
−
−=
Com efeito, referido índice funciona como métrica pela qual é possível gerar a
seguinte tipologia para as eleições legislativas de 2010:
grandepartidoIT
médiopartidoIT
pequenopartidoIT
rparlamentanãopartidoIT
P
P
P
P
:66,0
:66,0,33,0
:33,00
:0
<
<<
<<
=
Com base nos intervalos do ITP acima descrito, constrói-se a Tabela 15 que
apresenta um resumo do desempenho das mulheres nos partidos, classificados se-
gundo o ITP (Índice de Tamanho do Partido), nas dimensões verticais de número de
candidatas (os); número de eleitas (os) e total de votos nominais recebidos para de-
putada (o) estadual e deputada (o) federal. A última coluna apresenta o ITP de cada
um dos partidos concorrentes no pleito legislativo de 2010, comprovando a validade
da classificação usada.
Analisando cada uma das dimensões verticais combinadas a horizontalidade
de tamanho partidário definida pelo ITP de cada partido, chega-se a conclusão de
que as mulheres, tema deste estudo, aparecem melhor representadas nos partidos
grandes, tanto para a Assembleia Legislativa quanto para a Câmara dos Deputados.
Entretanto, mesmo entre estes, em 2010, apenas um partido, o PMDB, conseguiu
garantir votação expressiva para uma única candidata que, não por acaso, pleiteava
reeleição. Entre os partidos pequenos, vê-se que o PR e o PRB são os que indica-
ram maior número de candidatas para a Assembleia Legislativa e, em número inex-
pressivo, para a Câmara de Deputados. Nesses dois partidos apenas o PR elegeu
uma candidata para a Assembleia Legislativa, não ocorrendo nenhuma mulher eleita
para a Câmara dos Deputados. O mesmo padrão de leitura pode avaliar as demais
dimensões da Tabela 15.
38
Tabela15 – Pará - Eleições 2010 - Desempenho eleitoral das mulheres por tamanho de partido Número de Candidatas /os Número de Eleitas /os Total de votos nominais recebidos
Dep. Est. Dep. Fed. Dep. Est. Dep. Fed. Dep. Est. Dep. Fed.
Partido M M (%) Rank T M M (%) Rank T M M(%) Rank T M M(%) Rank T M M (%) Rank T M M (%) Rank T itp
Partidos grandes (itp>=0,66)
PMDB 14 35,0 3 40 4 33,3 5 12 3 37,5 1 8 1 25,0 1 4 142.652 26,34 6 541.666 222.962 28,20 2 790.562 1,00
PT 7 20,0 15 35 3 27,3 7 11 1 12,5 4 8 - - 2 4 96.156 20,42 8 470.934 4.089 0,63 6 649.936 1,00
PSDB 4 28,6 10 14 2 16,7 9 12 2 33,3 2 6 - - 2 3 111.817 31,58 4 354.028 3.188 0,73 5 437.183 0,75
Partidos pequenos (0<itp<0,33)
PR 12 31,6 5 38 - - 12 2 1 25,0 3 4 - - 2 1 78.899 28,82 5 273.730 - - 12 143.090 0,31
PTB 3 15,8 18 19 - - 12 10 - - 5 3 - - 2 1 12.915 5,55 14 232.825 - - 12 165.852 0,28
PDT 8 29,6 8 27 1 6,3 11 16 - - 5 2 - - 2 1 8.259 6,56 12 125.986 299 0,22 9 136.685 0,25
DEM - - 21 9 - - 12 6 - - 5 1 - - 2 1 - - 21 140.542 - - 12 124.245 0,22
PPS 7 25,0 11 28 1 33,3 5 3 - - 5 1 - - 2 1 5.451 5,91 13 92.238 862 0,42 7 207.082 0,22
PSC 4 15,4 19 26 - - 12 3 - - 5 1 - - 2 1 12.935 15,88 9 81.433 - - 12 159.133 0,22
PSB 7 20,6 14 34 2 50,0 3 4 - - 5 2 - N/A N/A 0 1.989 1,11 18 179.640 34 0,05 10 65.470 0,06
PMN - - 21 6 - - 12 4 - - 5 1 - N/A N/A 0 - - 21 45.872 - - 12 2.729 0,03
PP 2 16,7 16 12 - - 12 1 - - 5 1 - N/A N/A 0 2.030 2,13 17 95.246 - - 12 81.216 0,03
PRB 13 28,9 9 45 1 14,3 10 7 - - 5 1 - N/A N/A 0 8.015 7,34 11 109.268 29 0,04 11 67.408 0,03
PSOL 3 25,0 11 12 4 26,7 8 15 - - 5 1 - N/A N/A 0 5.846 5,11 15 114.491 5.227 21,36 3 24.466 0,03
PV 2 10,5 20 19 2 66,7 2 3 - - 5 1 - N/A N/A 0 350 0,37 19 95.247 465 1,84 4 25.313 0,03
Partidos não parlamentares (itp=0)
PC DO B 17 29,8 7 57 1 50,0 3 2 - N/A N/A - N/A N/A 0 14.728 21,47 7 68.606 68 0,30 8 22.953 -
PHS 1 25,0 11 4 - N/A N/A 0 - N/A N/A - N/A N/A 0 259 4,53 16 5.718 - N/A -
PRP - - 21 4 - - 12 2 - N/A N/A - N/A N/A 0 - - 21 13.788 - - 12 12.914 -
PRTB - - 21 3 - - 12 1 - N/A N/A - N/A N/A 0 - - 21 23.595 - - 12 2.099 -
PSDC 2 40,0 2 5 1 100,0 1 1 - N/A N/A - N/A N/A 0 1 0,02 20 5.381 5.377 100,00 1 5.377 -
PSTU 2 100,0 1 2 - N/A N/A 0 - N/A N/A - N/A N/A 0 3.047 100,00 1 3.047 - N/A -
PT DO B 1 16,7 16 6 - - 12 1 - N/A N/A - N/A N/A 0 1.391 15,19 10 9.158 - - 12 5.027 -
PTC 3 30,0 6 10 - - 12 1 - N/A N/A - N/A N/A 0 9.144 70,09 2 13.046 - - 12 414 -
PTN 1 33,3 4 3 - - 12 1 - N/A N/A - N/A N/A 0 419 34,20 3 1.225 - - 12 2.061 -
Totais 113 458 22 118 7 41 1 17 516.303 3.096.710 242.600 3.131.215
Fonte: TSE. Elaboração própria
39
E finalmente, considerando que algumas candidatas acumulam mais votos do
que muitos homens e mesmo assim não conseguem se eleger, o Quadro 2 abaixo
tende a justificar essa assertiva.
Quadro 2 - Pará - Eleições 2010 – Candidatas a deputada estadual não eleitas que obtiveram número de votos nominais que ultrapassaram o do último candidato eleito
(Hilton Aguiar (PSC), 15.012 votos). Candidata Votos nominais
TETE (PSDB) 23.975 SUELY (PT) 20.002 REGINA BARATA (PT) 19.632 BEL MESQUITA (PMDB) 15.319 IRISMAR (PR) 15.124
Fonte: TSE. Elaboração própria
No caso da Câmara de Deputados, a candidata não eleita que obteve o maior
número de votos nominais (Capitã Vanessa (PMDB), 12.836) não ultrapassou o úl-
timo candidato eleito (Wandenkolk (PSDB), 68.539 votos), ficando, entretanto, na
suplência.
40
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43
APÊNDICES
Apêndice 1 – Índices de avaliação comparada de sistemas partidários Índice Fórmula Aplicação Comentário
Herfindal-Hirshman ∑∞
=
=1
2
ii
PHHv medida de concentração Para HH=1, concentração máxima.
Para HH=0, dispersão máxima.
Gini ∑∞
=
−
+=
1
211
ii
iPNN
G medida de desigualdade Quanto mais próximo de 1, mais
desigual é o sistema em relação a outros.
Taagepera ( )
2
1
1
21
HHHH
HHi
PP
T
n
i
ii
−
−−
=
∑−
=
+
medida de desigualdade ou de desequilíbrio
Quanto T for mais próximo de 1, mais desequilibrado (ou nucleado) é o sistema em comparação a outros.
Número de partidos efeti-vos (Laakso & Taagepera)
∑∞
=
==
1
2
11
ii
PHHN
medida de fragmentação N é o número de partidos efetivos. Hipoteticamente os partidos tem o mesmo tamanho relativo.
Fracionalização de Rae ∑∞
=
−=−=1
211
ii
PHHF medida de fracionalização ou dispersão/concentração
F é a probabilidade de que dois eleitores aleatórios tenham votado em partidos diferentes.
Desproporcionalidade de Loosemore e Hanby ∑
=
−=n
iii
cvD12
1
medida de desproporcio-nalidade
mede o desvio total entre as variá-veis v (% de votos) e c (% de cadeiras). O índice varia de zero a 100.
Volatilidade ∑=
=n
i
viVT12
1
mede o grau de mudança eleitoral agregada
o índice varia de zero a cem
Volatilidade Interblocos [ ] [ ]{ }D
n
iE
n
i
vvVB ∑∑==
+=112
1
mede o grau de mudança eleitoral entre dois blocos
o índice varia de zero a cem
Volatilidade Intrablocos VBVTVI −= mede a mudança eleitoral no interior do mesmo bloco partidário
o índice varia de zero a cem
Taxa de Vantagem (Ad-vantage Ratio)
V
CAR
%
%=
mede o grau de proporcio-nalidade entre cadeiras e votos
pode ser igual a zero, maior do que zero e menor do que um e maior do que um.
Índice de Competividade
MC
IC
ii
11
1
2
×==∑∞
=
mede a quantidade de candidatos efetivos por cadeira em disputa
o índice de competitivdade é resul-tante da divisão entre o número de candidatos efetivos pelo número de cadeiras da assembléia (M)
Fonte: CORREA, Roberto (2006)
44
Apêndice 2 – Pará - Eleições 2010 – Candidatos (as) a deputado federal - Total de votos nominais por município e gênero
MUNICÍPIO M M % Rank H H % Rank Total Geral
Inhangapi 1.832 39,36 1 2.823 60,64 143 4.655
Tailândia 7.014 29,63 2 16.654 70,37 142 23.668
Ananindeua 50.658 28,16 3 129.209 71,84 141 179.867
Rondon do Pará 3.783 21,63 4 13.703 78,37 140 17.486
Bagre 1.155 18,93 5 4.946 81,07 139 6.101
Soure 1.816 17,08 6 8.817 82,92 138 10.633
Cachoeira do Arari 1.661 16,90 7 8.170 83,10 137 9.831
Afuá 2.034 16,47 8 10.315 83,53 136 12.349
Moju 4.483 15,92 9 23.670 84,08 135 28.153
Colares 903 15,84 10 4.796 84,16 134 5.699
Marapanim 2.186 15,45 11 11.966 84,55 133 14.152
Ulianópolis 1.348 15,29 12 7.469 84,71 132 8.817
Oriximiná 3.690 14,34 13 22.040 85,66 131 25.730
Benevides 3.036 13,77 14 19.018 86,23 130 22.054
Portel 2.174 13,75 15 13.634 86,25 129 15.808
Pau D'arco 486 13,72 16 3.056 86,28 128 3.542
Breves 3.790 12,45 17 26.643 87,55 127 30.433
Belém 82.471 12,41 18 582.332 87,59 126 664.803
Faro 460 12,18 19 3.318 87,82 125 3.778
Santa Isabel do Pará 2.965 12,15 20 21.446 87,85 124 24.411
Dom Eliseu 1.950 11,97 21 14.346 88,03 123 16.296
Marituba 4.358 10,62 22 36.690 89,38 122 41.048
Monte Alegre 2.971 10,49 23 25.349 89,51 121 28.320
Bujaru 1.149 10,33 24 9.972 89,67 120 11.121
Goianésia do Pará 1.382 10,28 25 12.056 89,72 119 13.438
Aurora do Pará 956 9,61 26 8.995 90,39 118 9.951
Igarapé-Açu 1.665 9,47 27 15.910 90,53 117 17.575
Garrafão do Norte 1.110 9,40 28 10.693 90,60 116 11.803
Mocajuba 1.238 8,95 29 12.590 91,05 115 13.828
Ponta de Pedras 952 8,64 30 10.062 91,36 114 11.014
Acará 1.880 8,46 31 20.354 91,54 113 22.234
Irituia 1.202 8,23 32 13.411 91,77 112 14.613
Prainha 999 7,79 33 11.830 92,21 111 12.829
Maracanã 972 7,11 34 12.693 92,89 110 13.665
Almeirim 913 6,95 35 12.227 93,05 109 13.140
Abel Figueiredo 229 6,87 36 3.106 93,13 108 3.335
Porto de Moz 689 6,65 37 9.673 93,35 107 10.362
Castanhal 3.666 6,62 38 51.720 93,38 106 55.386
Salvaterra 642 6,37 39 9.429 93,63 105 10.071
Curuçá 1.091 6,29 40 16.255 93,71 104 17.346
Curralinho 638 5,94 41 10.096 94,06 103 10.734
Anajás 565 5,93 42 8.955 94,07 102 9.520
Vigia 1.224 5,93 43 19.400 94,07 101 20.624
45
MUNICÍPIO M M % Rank H H % Rank Total Geral
Santo Antônio do Tauá 792 5,88 44 12.669 94,12 100 13.461
São Miguel do Guamá 1.258 5,76 45 20.570 94,24 99 21.828
Santa Bárbara do Pará 473 5,47 46 8.169 94,53 98 8.642
Tracuateua 675 4,97 47 12.915 95,03 97 13.590
Mãe do Rio 694 4,80 48 13.769 95,20 96 14.463
Santa Maria do Pará 558 4,72 49 11.254 95,28 95 11.812
São Francisco do Pará 352 4,56 50 7.365 95,44 94 7.717
Capitão Poço 1.037 4,55 51 21.759 95,45 93 22.796
Santarém 5.284 4,00 52 126.671 96,00 92 131.955
Ipixuna do Pará 431 3,95 53 10.492 96,05 91 10.923
Muaná 487 3,72 54 12.595 96,28 90 13.082
Paragominas 1.381 3,50 55 38.096 96,50 89 39.477
Jacundá 747 3,48 56 20.715 96,52 88 21.462
Melgaço 209 3,28 57 6.158 96,72 87 6.367
Tucuruí 1.371 3,25 58 40.749 96,75 86 42.120
Bom Jesus do Tocantins 167 3,18 59 5.085 96,82 85 5.252
Salinópolis 570 3,10 60 17.820 96,90 84 18.390
Quatipuru 167 3,05 61 5.308 96,95 83 5.475
Santa Cruz do Arari 108 2,77 62 3.792 97,23 82 3.900
Terra Santa 190 2,77 63 6.674 97,23 81 6.864
São Caetano de Odivelas 239 2,75 64 8.439 97,25 80 8.678
Cametá 1.429 2,59 65 53.693 97,41 79 55.122
Barcarena 1.120 2,59 66 42.185 97,41 78 43.305
Curionópolis 201 2,48 67 7.900 97,52 77 8.101
Bragança 1.186 2,47 68 46.823 97,53 76 48.009
Baião 351 2,42 69 14.151 97,58 75 14.502
Igarapé-Miri 686 2,36 70 28.343 97,64 74 29.029
Nova Esperança do Piriá 196 2,33 71 8.230 97,67 73 8.426
Nova Timboteua 160 2,23 72 7.003 97,77 72 7.163
Tomé-Açu 525 2,22 73 23.115 97,78 71 23.640
Rio Maria 184 2,22 74 8.117 97,78 70 8.301
Breu Branco 318 2,07 75 15.048 97,93 69 15.366
Terra Alta 108 1,83 76 5.782 98,17 68 5.890
Gurupá 178 1,75 77 10.022 98,25 67 10.200
São Sebastião da Boa Vista 190 1,71 78 10.897 98,29 66 11.087
Chaves 104 1,70 79 6.024 98,30 65 6.128
Magalhães Barata 82 1,69 80 4.757 98,31 64 4.839
Peixe-Boi 78 1,61 81 4.752 98,39 63 4.830
Parauapebas 826 1,61 82 50.428 98,39 62 51.254
Aveiro 89 1,52 83 5.785 98,48 61 5.874
Itaituba 620 1,51 84 40.461 98,49 60 41.081
Anapu 110 1,50 85 7.213 98,50 59 7.323
Concórdia do Pará 175 1,47 86 11.760 98,53 58 11.935
São João de Pirabas 132 1,43 87 9.103 98,57 57 9.235
Alenquer 314 1,41 88 21.914 98,59 56 22.228
46
MUNICÍPIO M M % Rank H H % Rank Total Geral
São Domingos do Capim 194 1,39 89 13.735 98,61 55 13.929
Senador José Porfírio 62 1,37 90 4.471 98,63 54 4.533
Oeiras do Pará 158 1,34 91 11.633 98,66 53 11.791
Abaetetuba 890 1,33 92 65.780 98,67 52 66.670
Novo Repartimento 244 1,27 93 18.916 98,73 51 19.160
São João da Ponta 42 1,27 94 3.278 98,73 50 3.320
Floresta do Araguaia 82 1,23 95 6.598 98,77 49 6.680
Curuá 67 1,13 96 5.837 98,87 48 5.904
Óbidos 212 1,05 97 19.912 98,95 47 20.124
Altamira 398 1,00 98 39.412 99,00 46 39.810
Augusto Corrêa 189 0,99 99 18.825 99,01 45 19.014
Ourém 83 0,98 100 8.399 99,02 44 8.482
Primavera 57 0,96 101 5.870 99,04 43 5.927
Capanema 311 0,96 102 32.146 99,04 42 32.457
Belterra 85 0,94 103 8.921 99,06 41 9.006
São Geraldo do Araguaia 109 0,91 104 11.904 99,09 40 12.013
Viseu 208 0,88 105 23.354 99,12 39 23.562
Redenção 244 0,81 106 29.717 99,19 38 29.961
Santa Luzia do Pará 76 0,78 107 9.655 99,22 37 9.731
São Domingos do Araguaia 71 0,77 108 9.099 99,23 36 9.170
Jacareacanga 28 0,71 109 3.926 99,29 35 3.954
Marabá 608 0,68 110 89.374 99,32 34 89.982
Santarém Novo 26 0,65 111 3.994 99,35 33 4.020
Juruti 107 0,61 112 17.316 99,39 32 17.423
Canaã Dos Carajás 63 0,58 113 10.834 99,42 31 10.897
Nova Ipixuna 37 0,56 114 6.557 99,44 30 6.594
Limoeiro do Ajuru 64 0,55 115 11.614 99,45 29 11.678
Trairão 29 0,55 116 5.268 99,45 28 5.297
Ourilândia do Norte 56 0,53 117 10.454 99,47 27 10.510
Pacajá 72 0,53 118 13.466 99,47 26 13.538
Uruará 82 0,51 119 16.137 99,49 25 16.219
Vitória do Xingu 26 0,48 120 5.412 99,52 24 5.438
Xinguara 84 0,48 121 17.503 99,52 23 17.587
Bonito 31 0,48 122 6.475 99,52 22 6.506
Eldorado dos Carajás 46 0,47 123 9.807 99,53 21 9.853
Tucumã 63 0,46 124 13.536 99,54 20 13.599
Rurópolis 43 0,44 125 9.637 99,56 19 9.680
Brejo Grande do Araguaia 12 0,37 126 3.211 99,63 18 3.223
Conceição do Araguaia 70 0,37 127 18.865 99,63 17 18.935
Placas 24 0,36 128 6.717 99,64 16 6.741
São Félix do Xingu 68 0,35 129 19.459 99,65 15 19.527
Brasil Novo 27 0,34 130 7.994 99,66 14 8.021
Itupiranga 59 0,31 131 19.061 99,69 13 19.120
Medicilândia 31 0,30 132 10.242 99,70 12 10.273
Sapucaia 7 0,30 133 2.313 99,70 11 2.320
47
MUNICÍPIO M M % Rank H H % Rank Total Geral
São João do Araguaia 16 0,29 134 5.494 99,71 10 5.510
Água Azul do Norte 15 0,27 135 5.528 99,73 9 5.543
Novo Progresso 23 0,26 136 8.945 99,74 8 8.968
Santa Maria Das Barreiras 15 0,25 137 5.959 99,75 7 5.974
Cachoeira do Piriá 15 0,23 138 6.572 99,77 6 6.587
Bannach 3 0,17 139 1.789 99,83 5 1.792
Piçarra 8 0,16 140 5.150 99,84 4 5.158
Cumaru do Norte 4 0,13 141 2.994 99,87 3 2.998
Palestina do Pará 4 0,12 142 3.343 99,88 2 3.347
Santana do Araguaia 14 0,12 143 11.800 99,88 1 11.814
Total Geral 242.600 7,75 2.888.615 92,25 3.131.215
Fonte: TSE
Apêndice 3 – Pará - Eleições 2010 – Candidatos (as) a deputado estadual - Total de votos nominais por município e gênero
MUNICÍPIO M M % Rank H H % Rank Total Ge-ral
Abel Figueiredo 2.412 72,76 1 903 27,24 143 3.315
Augusto Corrêa 12.412 65,88 2 6.427 34,12 142 18.839
Brejo Grande do Araguaia 1.929 61,71 3 1.197 38,29 141 3.126
Moju 16.489 61,48 4 10.332 38,52 140 26.821
Santarém Novo 2.457 61,32 5 1.550 38,68 139 4.007
Palestina do Pará 1.977 59,09 6 1.369 40,91 138 3.346
Benevides 12.282 55,55 7 9.827 44,45 137 22.109
São Geraldo do Araguaia 5.079 51,04 8 4.872 48,96 136 9.951
Santa Bárbara do Pará 4.100 48,58 9 4.339 51,42 135 8.439
São João do Araguaia 2.673 47,77 10 2.923 52,23 134 5.596
São Domingos do Araguaia 4.079 46,32 11 4.728 53,68 133 8.807
Monte Alegre 13.025 46,26 12 15.130 53,74 132 28.155
Floresta do Araguaia 2.810 46,26 13 3.265 53,74 131 6.075
Conceição do Araguaia 6.450 46,04 14 7.560 53,96 130 14.010
Marapanim 6.652 46,00 15 7.810 54,00 129 14.462
Primavera 2.663 44,56 16 3.313 55,44 128 5.976
Sapucaia 1.007 44,36 17 1.263 55,64 127 2.270
Piçarra 2.184 44,01 18 2.778 55,99 126 4.962
Curuçá 7.511 42,21 19 10.284 57,79 125 17.795
Ourém 3.404 41,01 20 4.897 58,99 124 8.301
Bragança 17.991 36,89 21 30.778 63,11 123 48.769
São João de Pirabas 3.461 36,00 22 6.152 64,00 122 9.613
Bom Jesus do Tocantins 1.848 35,55 23 3.350 64,45 121 5.198
Santa Maria Das Barreiras 2.228 35,52 24 4.045 64,48 120 6.273
Bannach 619 34,56 25 1.172 65,44 119 1.791
Bonito 2.172 34,12 26 4.194 65,88 118 6.366
Anajás 3.142 33,91 27 6.125 66,09 117 9.267
Nova Ipixuna 2.122 33,60 28 4.193 66,40 116 6.315
Tracuateua 4.464 33,13 29 9.010 66,87 115 13.474
48
MUNICÍPIO M M % Rank H H % Rank Total Ge-ral
Marabá 26.849 31,36 30 58.759 68,64 114 85.608
São Caetano de Odivelas 2.748 31,23 31 6.052 68,77 113 8.800
Nova Timboteua 2.193 30,66 32 4.960 69,34 112 7.153
Jacareacanga 1.089 30,52 33 2.479 69,48 111 3.568
Água Azul do Norte 1.650 30,19 34 3.816 69,81 110 5.466
Muaná 3.868 29,96 35 9.043 70,04 109 12.911
Terra Alta 1.759 29,15 36 4.276 70,85 108 6.035
Eldorado Dos Carajás 2.812 29,09 37 6.854 70,91 107 9.666
Maracanã 4.179 28,39 38 10.541 71,61 106 14.720
Barcarena 11.842 27,96 39 30.505 72,04 105 42.347
Santana do Araguaia 3.271 27,64 40 8.562 72,36 104 11.833
Rio Maria 2.235 27,42 41 5.915 72,58 103 8.150
Santa Cruz do Arari 1.049 27,40 42 2.779 72,60 102 3.828
Santa Maria do Pará 3.256 27,21 43 8.708 72,79 101 11.964
Viseu 5.696 25,56 44 16.590 74,44 100 22.286
Prainha 2.989 23,79 45 9.575 76,21 99 12.564
Salinópolis 4.159 23,29 46 13.698 76,71 98 17.857
Pacajá 2.936 22,63 47 10.036 77,37 97 12.972
São Francisco do Pará 1.768 21,87 48 6.317 78,13 96 8.085
Ipixuna do Pará 2.235 20,95 49 8.434 79,05 95 10.669
Quatipuru 1.132 20,79 50 4.313 79,21 94 5.445
Terra Santa 1.386 20,30 51 5.441 79,70 93 6.827
Parauapebas 11.207 20,05 52 44.690 79,95 92 55.897
Curionópolis 1.615 19,99 53 6.466 80,01 91 8.081
Acará 4.339 19,90 54 17.462 80,10 90 21.801
Soure 2.280 19,61 55 9.345 80,39 89 11.625
Óbidos 3.912 19,38 56 16.272 80,62 88 20.184
Canaã Dos Carajás 2.170 19,05 57 9.223 80,95 87 11.393
Peixe-Boi 893 18,98 58 3.812 81,02 86 4.705
Alenquer 3.873 18,34 59 17.244 81,66 85 21.117
Dom Eliseu 2.856 17,88 60 13.118 82,12 84 15.974
Portel 2.847 17,64 61 13.291 82,36 83 16.138
Vigia 3.802 17,37 62 18.091 82,63 82 21.893
Colares 1.005 17,25 63 4.820 82,75 81 5.825
Igarapé-Miri 4.553 17,00 64 22.229 83,00 80 26.782
Mocajuba 2.229 16,70 65 11.117 83,30 79 13.346
Cumaru do Norte 481 16,38 66 2.456 83,62 78 2.937
Marituba 4.995 16,36 67 25.542 83,64 77 30.537
Aurora do Pará 1.623 16,28 68 8.345 83,72 76 9.968
Limoeiro do Ajuru 1.808 16,22 69 9.340 83,78 75 11.148
Xinguara 2.641 15,54 70 14.355 84,46 74 16.996
Novo Repartimento 3.334 14,52 71 19.632 85,48 73 22.966
Breu Branco 2.203 14,24 72 13.270 85,76 72 15.473
Jacundá 3.089 14,20 73 18.667 85,80 71 21.756
49
MUNICÍPIO M M % Rank H H % Rank Total Ge-ral
Santo Antônio do Tauá 1.881 14,13 74 11.432 85,87 70 13.313
Abaetetuba 8.805 14,11 75 53.610 85,89 69 62.415
Irituia 1.860 14,09 76 11.340 85,91 68 13.200
Igarapé-Açu 2.535 14,09 77 15.459 85,91 67 17.994
Anapu 762 13,96 78 4.697 86,04 66 5.459
Afuá 1.667 13,73 79 10.471 86,27 65 12.138
Garrafão do Norte 1.549 13,71 80 9.748 86,29 64 11.297
Breves 4.226 13,70 81 26.627 86,30 63 30.853
São João da Ponta 447 13,68 82 2.820 86,32 62 3.267
Chaves 842 13,59 83 5.355 86,41 61 6.197
Belém 89.013 13,27 84 581.673 86,73 60 670.686
Trairão 661 13,20 85 4.346 86,80 59 5.007
Ananindeua 24.482 13,18 86 161.253 86,82 58 185.735
Curralinho 1.383 13,14 87 9.143 86,86 57 10.526
Magalhães Barata 566 12,62 88 3.918 87,38 56 4.484
Rondon do Pará 2.087 12,61 89 14.457 87,39 55 16.544
São Miguel do Guamá 2.753 12,50 90 19.272 87,50 54 22.025
Itupiranga 2.305 12,28 91 16.468 87,72 53 18.773
Pau D'arco 417 11,94 92 3.075 88,06 52 3.492
Mãe do Rio 1.684 11,73 93 12.672 88,27 51 14.356
Concórdia do Pará 1.320 11,70 94 9.958 88,30 50 11.278
Novo Progresso 1.038 11,56 95 7.942 88,44 49 8.980
Ourilândia do Norte 1.187 11,46 96 9.167 88,54 48 10.354
Itaituba 3.279 11,46 97 25.345 88,54 47 28.624
Salvaterra 1.155 10,98 98 9.362 89,02 46 10.517
São Félix do Xingu 2.068 10,76 99 17.156 89,24 45 19.224
Almeirim 1.459 10,68 100 12.205 89,32 44 13.664
Baião 1.502 10,51 101 12.791 89,49 43 14.293
Bujaru 1.118 10,42 102 9.615 89,58 42 10.733
Santa Isabel do Pará 2.132 10,33 103 18.515 89,67 41 20.647
Oeiras do Pará 1.191 10,28 104 10.398 89,72 40 11.589
Aveiro 524 9,91 105 4.765 90,09 39 5.289
Goianésia do Pará 1.312 9,73 106 12.179 90,27 38 13.491
Melgaço 619 9,71 107 5.754 90,29 37 6.373
Faro 360 9,53 108 3.418 90,47 36 3.778
Ponta de Pedras 1.004 9,27 109 9.828 90,73 35 10.832
Inhangapi 447 8,61 110 4.742 91,39 34 5.189
Cachoeira do Piriá 494 7,91 111 5.750 92,09 33 6.244
Placas 489 7,68 112 5.875 92,32 32 6.364
Curuá 432 7,59 113 5.259 92,41 31 5.691
Capanema 2.256 7,12 114 29.442 92,88 30 31.698
Castanhal 5.363 6,96 115 71.698 93,04 29 77.061
Tailândia 1.587 6,70 116 22.115 93,30 28 23.702
Cachoeira do Arari 638 6,30 117 9.493 93,70 27 10.131
50
MUNICÍPIO M M % Rank H H % Rank Total Ge-ral
Vitória do Xingu 292 6,26 118 4.372 93,74 26 4.664
Nova Esperança do Piriá 497 6,10 119 7.648 93,90 25 8.145
Santarém 7.441 5,74 120 122.116 94,26 24 129.557
Cametá 2.946 5,62 121 49.448 94,38 23 52.394
Altamira 1.888 5,50 122 32.430 94,50 22 34.318
Ulianópolis 441 5,08 123 8.243 94,92 21 8.684
Tucumã 676 4,94 124 13.001 95,06 20 13.677
Redenção 1.667 4,89 125 32.447 95,11 19 34.114
Tucuruí 1.764 4,65 126 36.203 95,35 18 37.967
Gurupá 441 4,46 127 9.444 95,54 17 9.885
Santa Luzia do Pará 424 4,43 128 9.142 95,57 16 9.566
Bagre 268 4,31 129 5.948 95,69 15 6.216
São Domingos do Capim 574 4,30 130 12.774 95,70 14 13.348
Tomé-Açu 940 4,03 131 22.364 95,97 13 23.304
Medicilândia 330 3,68 132 8.630 96,32 12 8.960
Uruará 562 3,66 133 14.791 96,34 11 15.353
Paragominas 1.295 3,25 134 38.497 96,75 10 39.792
Capitão Poço 638 3,10 135 19.931 96,90 9 20.569
Brasil Novo 209 2,74 136 7.430 97,26 8 7.639
Belterra 235 2,68 137 8.535 97,32 7 8.770
Porto de Moz 245 2,43 138 9.837 97,57 6 10.082
Senador José Porfírio 97 2,29 139 4.130 97,71 5 4.227
Rurópolis 194 2,07 140 9.172 97,93 4 9.366
Oriximiná 457 1,76 141 25.483 98,24 3 25.940
São Sebastião da Boa Vista 152 1,38 142 10.845 98,62 2 10.997
Juruti 233 1,38 143 16.712 98,62 1 16.945
Total Geral 516.303 16,67 2.580.407 83,33 3.096.710
Fonte: TSE
51
Apêndice 4 - Pará - Eleições 2010 - Distribuição dos votos nominais dos (as) deputados (as) federais eleitos (as) nas mesorregiões geográficas por gênero
Gênero / Baixo Amazonas Marajó Metropolitana de Be-lém
Nordeste Paraense Sudeste Paraense Sudoeste Paraense Estado do Pará
Candidato eleito Abs % Rank Abs % Rank Abs % Rank Abs % Rank Abs % Rank Abs % Rank Abs % Rank
Mulher 9.973 3,2 2 15.668 8,8 2 134.595 12,6 2 35.419 4,5 2 12.967 2,2 2 1.002 0,6 2 209.624 6,7% 2
Elcione Barbalho 9.973 3,2 8 15.668 8,8 3 134.595 12,6 2 35.419 4,5 7 12.967 2,2 13 1.002 0,6 15 209.624 6,7% 2
Homem 225.823 71,8 1 125.601 70,9 1 654.690 61,3 1 589.516 74,1 1 476.779 80,1 1 131.841 73,2 1 2.204.250 70,4% 1
Arnaldo Jordy 3.093 1,0 13 4.603 2,6 12 164.515 15,4 1 15.249 1,9 12 11.144 1,9 15 2.556 1,4 11 201.160 6,4% 3
Asdrubal 91 0,0 17 396 0,2 16 2.021 0,2 17 1.263 0,2 16 81.150 13,6 1 2.760 1,5 10 87.681 2,8% 16
Beto Faro 2.398 0,8 15 17.383 9,8 2 26.440 2,5 10 105.176 13,2 1 17.905 3,0 11 184 0,1 17 169.486 5,4% 5
Giovanni Queiroz 1.082 0,3 16 1.167 0,7 14 8.097 0,8 14 5.422 0,7 14 75.300 12,6 3 2.322 1,3 12 93.390 3,0% 15
Josue Bengtson 6.264 2,0 11 10.594 6,0 6 56.797 5,3 6 15.720 2,0 11 19.486 3,3 9 3.329 1,8 8 112.190 3,6% 14
Lira Maia 85.256 27,1 1 151 0,1 17 2.829 0,3 16 1.205 0,2 17 2.101 0,4 17 21.693 12,1 3 113.235 3,6% 13
Lucio Vale 11.007 3,5 7 5.802 3,3 10 28.214 2,6 9 79.588 10,0 3 12.305 2,1 14 5.195 2,9 6 142.111 4,5% 8
Miriquinho Batista 2.842 0,9 14 28.060 15,8 1 15.281 1,4 12 62.631 7,9 4 15.668 2,6 12 1.573 0,9 14 126.055 4,0% 10
Nilson Pinto 24.279 7,7 3 12.988 7,3 5 21.963 2,1 11 57.987 7,3 5 21.574 3,6 8 2.095 1,2 13 140.886 4,5% 9
Priante 27.658 8,8 2 6.026 3,4 9 82.994 7,8 4 29.954 3,8 9 4.411 0,7 16 20.204 11,2 4 171.247 5,5% 4
Puty 11.835 3,8 5 7.559 4,3 8 40.826 3,8 7 30.319 3,8 8 26.124 4,4 6 4.160 2,3 7 120.823 3,9% 11
Wandenkolk 4.123 1,3 12 948 0,5 15 7.397 0,7 15 2.136 0,3 15 27.232 4,6 5 26.703 14,8 2 68.539 2,2% 17
Wlad 17.134 5,4 4 8.011 4,5 7 91.525 8,6 3 100.336 12,6 2 19.231 3,2 10 272 0,2 16 236.509 7,6% 1
Zé Geraldo 11.826 3,8 6 5.599 3,2 11 15.040 1,4 13 11.810 1,5 13 44.435 7,5 4 30.577 17,0 1 119.287 3,8% 12
Zenaldo Coutinho 7.192 2,3 10 13.084 7,4 4 59.636 5,6 5 48.238 6,1 6 23.213 3,9 7 2.892 1,6 9 154.255 4,9% 6
Zequinha Marinho 9.743 3,1 9 3.230 1,8 13 31.115 2,9 8 22.482 2,8 10 75.500 12,7 2 5.326 3,0 5 147.396 4,7% 7
Total de votos nominais váli-dos
314.404 177.258 1.068.753 795.277 595.514 180.009 3.131.215
Fonte: TSE
52
Apêndice 5 - Pará - Eleições 2010 - Distribuição dos votos nominais dos deputados (as) estaduais eleitos (as) por
mesorregião geográfica e gênero Gênero / Baixo Amazonas Marajó Metropolitana de
Belém Nordeste Paraense Sudeste Paraense Sudoeste Paraense Estado do Pará
Candidato eleito
Abs % Rank Abs % Rank Abs % Rank Abs % Rank Abs % Rank Abs % Rank Abs % Rank
M 26.627 8,6 2 17.830 10,0 2 52.876 4,9 2 118.696 15,3 2 34.241 5,8 2 5.001 3,2 2 255.271 8,2 2
Ana Cunha 21 0,0 36 3.334 1,9 9 14.940 1,4 9 15.842 2,0 12 1.135 0,2 24 64 0,0 28 35.336 1,1 18
Bernadete 151 0,0 25 38 0,0 38 1.882 0,2 32 895 0,1 33 30.531 5,2 2 236 0,2 22 33.733 1,1 19
Cilene Couto 352 0,1 20 6.569 3,7 4 9.179 0,8 15 25.773 3,3 4 1.298 0,2 23 753 0,5 14 43.924 1,4 8
Josefina 23.376 7,5 3 20 0,0 39 1.151 0,1 38 160 0,0 40 112 0,0 35 3.719 2,4 5 28.538 0,9 27
Luzineide 94 0,0 28 4.013 2,2 6 15.971 1,5 8 12.252 1,6 14 84 0,0 37 21 0,0 36 32.435 1,0 21
Nilma Lima 2.585 0,8 13 3.434 1,9 8 5.426 0,5 20 18.576 2,4 8 259 0,0 30 79 0,1 25 30.359 1,0 24
Simone Mor-gado
48 0,0 31 422 0,2 26 4.327 0,4 23 45.198 5,8 1 822 0,1 25 129 0,1 24 50.946 1,6 4
H 180.541 58,3 1 76.232 42,7 1 392.738 36,1 1 308.247 39,6 1 192.448 32,7 1 56.311 36,5 1 1.206.517 39,0 1
Airton Faleiro 8.703 2,8 9 1.893 1,1 14 2.951 0,3 29 4.256 0,5 26 207 0,0 32 14.404 9,3 2 32.414 1,0 22
Alessandro Novelino
26 0,0 34 3.492 2,0 7 6.758 0,6 19 11.177 1,4 16 1.932 0,3 20 4 0,0 40 23.389 0,8 35
Alexandre Von 37.952 12,3 1 8 0,0 41 755 0,1 39 148 0,0 41 61 0,0 39 1.751 1,1 8 40.675 1,3 13
Antonio Rocha 22.058 7,1 4 921 0,5 20 1.643 0,2 34 269 0,0 38 20 0,0 41 2.718 1,8 6 27.629 0,9 30
Belo 3 0,0 41 193 0,1 31 1.389 0,1 36 22.510 2,9 6 191 0,0 33 6 0,0 39 24.292 0,8 33
Bordalo 38 0,0 32 1.415 0,8 15 9.626 0,9 14 33.564 4,3 2 384 0,1 29 48 0,0 29 45.075 1,5 7
Cassio Andra-de
181 0,1 23 820 0,5 21 13.758 1,3 10 3.736 0,5 29 5.818 1,0 11 1.098 0,7 10 25.411 0,8 32
Chicão 154 0,0 24 782 0,4 23 26.303 2,4 5 10.313 1,3 17 2.235 0,4 17 66 0,0 27 39.853 1,3 15
Chico Da Pes-ca
2.688 0,9 12 14.328 8,0 2 3.127 0,3 28 20.586 2,6 7 7.248 1,2 10 1.725 1,1 9 49.702 1,6 5
Edmilson Ro-drigues
124 0,0 27 540 0,3 24 81.983 7,5 1 2.293 0,3 31 393 0,1 28 78 0,1 26 85.411 2,8 1
Eduardo Costa 4 0,0 40 808 0,5 22 7.507 0,7 17 23.995 3,1 5 136 0,0 34 8 0,0 38 32.458 1,0 20
Eliel Faustino 236 0,1 22 1.219 0 16 22.855 0 6 4.123 0 27 71 0 38 33 0 31 28.537 0 28
53
Gênero / Baixo Amazonas Marajó Metropolitana de Belém
Nordeste Paraense Sudeste Paraense Sudoeste Paraense Estado do Pará
Candidato eleito
Abs % Rank Abs % Rank Abs % Rank Abs % Rank Abs % Rank Abs % Rank Abs % Rank
Fernando Coimbra
831 0,3 18 6.673 3,7 3 8.408 0,8 16 8.330 1,1 19 4.554 0,8 12 233 0,2 23 29.029 0,9 26
Gabriel Guer-reiro
15.064 4,9 7 147 0,1 34 3.490 0,3 26 2.865 0,4 30 1.351 0,2 21 563 0,4 18 23.480 0,8 34
Hilton Aguiar 6.955 2,2 10 13 0,0 40 1.408 0,1 35 510 0,1 36 424 0,1 27 5.702 3,7 3 15.012 0,5 41
João Salame 1.275 0,4 16 213 0,1 29 2.188 0,2 31 1.012 0,1 32 16.438 2,8 6 996 0,6 11 22.122 0,7 39
Júnior Ferrari 24.497 7,9 2 2.760 1,5 10 3.378 0,3 27 4.895 0,6 24 2.888 0,5 15 4.753 3,1 4 43.171 1,4 10
Junior Hage 17.681 5,7 6 934 0,5 19 5.016 0,5 21 17.206 2,2 10 99 0,0 36 885 0,6 12 41.821 1,4 11
Luiz Rebelo 127 0,0 26 23.939 13,4 1 4.174 0,4 25 8.133 1,0 20 246 0,0 31 30 0,0 35 36.649 1,2 17
Macarrão 17 0,0 38 44 0,0 37 1.300 0,1 37 17.684 2,3 9 8.779 1,5 8 296 0,2 19 28.120 0,9 29
Márcio Miran-da
19 0,0 37 1.064 0,6 17 30.270 2,8 4 27.993 3,6 3 8.142 1,4 9 42 0,0 30 67.530 2,2 2
Martinho Car-mona
890 0,3 17 2.207 1,2 13 31.281 2,9 3 4.829 0,6 25 3.443 0,6 13 792 0,5 13 43.442 1,4 9
Megale 10.133 3,3 8 2.448 1,4 11 7.145 0,7 18 3.975 0,5 28 1.316 0,2 22 14.983 9,7 1 40.000 1,3 14
Milton Zimmer 53 0,0 30 202 0,1 30 580 0,1 40 367 0,0 37 21.673 3,7 4 31 0,0 33 22.906 0,7 37
Parsifal 23 0,0 35 361 0,2 27 2.528 0,2 30 6.710 0,9 21 19.502 3,3 5 739 0,5 15 29.863 1,0 25
Pastor Divino 10 0,0 39 68 0,0 35 21.754 2,0 7 245 0,0 39 37 0,0 40 4 0,0 40 22.118 0,7 40
Pio X 93 0,0 29 261 0,1 28 4.963 0,5 22 11.414 1,5 15 8.946 1,5 7 591 0,4 17 26.268 0,8 31
Pioneiro 274 0,1 21 160 0,1 33 44.249 4,1 2 6.009 0,8 23 3.322 0,6 14 32 0,0 32 54.046 1,7 3
Prof Edilson Moura
6.952 2,2 11 1.028 0,6 18 12.850 1,2 11 9.243 1,2 18 2.033 0,3 19 296 0,2 19 32.402 1,0 23
Raimundo Santos
801 0,3 19 510 0,3 25 12.804 1,2 12 6.384 0,8 22 2.447 0,4 16 290 0,2 21 23.236 0,8 36
Sidney Rosa 1.340 0,4 15 2.291 1,3 12 4.250 0,4 24 15.538 2,0 13 25.479 4,3 3 31 0,0 33 48.929 1,6 6
Tião Miranda 36 0,0 33 60 0,0 36 399 0,0 41 588 0,1 35 40.092 6,8 1 15 0,0 37 41.190 1,3 12
Valdir Ganzer 2.302 0,7 14 4.263 2,4 5 9.865 0,9 13 16.519 2,1 11 2.068 0,4 18 2.424 1,6 7 37.441 1,2 16
Ze Maria 19.001 6,1 5 167 0,1 32 1.783 0,2 33 828 0,1 34 473 0,1 26 644 0,4 16 22.896 0,7 38
Total Geral 309.638 178.434 1.086.796 778.073 589.343 154.426 3.096.710
Fonte: TSE
54
Apêndice 6 - Pará - Eleições 2010 - Deputados (as) federais eleitos: Concentração dos votos (HH) e números de municípios efetivos (Mef)
Candidato HH Rank Mef M
Elcione 0,17 4 6,02 H
Arnaldo Jordy 0,44 1 2,28 Asdrubal 0,43 2 2,31 Lira Maia 0,28 3 3,62 Priante 0,14 5 7,15 Zenaldo Coutinho 0,12 6 8,00 Josue Bengtson 0,11 7 9,02 Wandenkolk 0,08 8 12,76 Puty 0,07 9 13,90 Miriquinho Batista 0,05 10 18,97 Wlad 0,05 11 20,52 Giovanni Queiroz 0,05 12 21,38 Zequinha Marinho 0,03 13 31,06 Lucio Vale 0,03 14 32,05 Nilson Pinto 0,03 15 38,54 Beto Faro 0,02 16 42,93 Ze Geraldo 0,02 17 44,07
Fonte: TSE
Apêndice 7 - Pará - Eleições 2010 - Deputados (as) estaduais eleitos: Concentração dos votos (HH) e números de municípios efetivos (Mef)
Candidato HH Rank Mef M
Josefina 0,23 10 4,36 Nilma Lima 0,19 17 5,32 Luzineide 0,10 24 10,29 Ana Cunha 0,09 25 10,68 Simone Morgado 0,09 26 11,41 Bernadete 0,05 36 20,64 Cilene Couto 0,04 39 23,50
H Edmilson Rodrigues 0,74 1 1,36 Tião Miranda 0,67 2 1,49 Alexandre Von 0,59 3 1,71 Pastor Divino 0,58 4 1,72 Pioneiro 0,36 5 2,78 Eliel Faustino 0,32 6 3,08 Macarrão 0,28 7 3,62 Sidney Rosa 0,25 8 4,06 Martinho Carmona 0,23 9 4,32 Hilton Aguiar 0,22 11 4,47
55
Candidato HH Rank Mef Cassio Andrade 0,22 12 4,48 Gabriel Guerreiro 0,20 13 4,97 Milton Zimmer 0,20 14 5,05 Belo 0,20 15 5,05 Antonio Rocha 0,20 16 5,06 Ze Maria 0,18 18 5,50 Raimundo Santos 0,17 19 5,91 Chicão 0,16 20 6,16 Márcio Miranda 0,15 21 6,75 Prof Edilson Moura 0,13 22 7,55 Luiz Rebelo 0,12 23 8,22 Pio X 0,09 27 11,58 João Salame 0,08 28 12,05 Junior Hage 0,08 29 12,29 Alessandro Novelino 0,08 30 12,93 Júnior Ferrari 0,07 31 14,27 Fernando Coimbra 0,06 32 15,59 Eduardo Costa 0,05 33 18,54 Parsifal 0,05 34 19,61 Valdir Ganzer 0,05 35 20,26 Bordalo 0,05 37 21,50 Megale 0,04 38 23,35 Airton Faleiro 0,04 40 23,79 Chico Da Pesca 0,04 41 27,46
Fonte: TSE
56
Apêndice 8 - Pará - Eleições 2010 - Distribuição dos votos nominais dos deputados (as) federais eleitos (as) de acordo com o número de habitantes dos municípios
Mais de 2.500 até 8.000 Mais de 8.000 até 20.000 Mais de 20.000 até 500.000 Mais de 500.000 Total Estado
Candidatos Votação Nominal
Votação Nominal
(%)
Rank Votação Nominal
Votação Nominal
(%)
Rank Votação Nominal
Votação Nominal
(%)
Rank Votação Nominal
Votação Nominal
(%)
Rank Votação Nominal
Votação Nominal
(%)
Rank
Soma Eleitas 774 2,31 5.180 2,48 133.977 6,02 69.693 10,48 209.624 6,69
Elcione 774 2,31 11 5.180 2,48 16 133.977 6,02 3 69.693 10,48 2 209.624 6,69 2 Soma Eleitos 25.449 75,95 168.800 80,81 1.589.964 71,49 420.037 63,18 2.204.250 70,40
Arnaldo Jordy 280 0,84 17 2.874 1,38 17 67.009 3,01 16 130.997 19,70 1 201.160 6,42 3 Asdrubal 345 1,03 15 5.306 2,54 15 80.944 3,64 13 1.086 0,16 17 87.681 2,80 16 Beto Faro 3.372 10,06 2 15.805 7,57 3 137.130 6,17 2 13.179 1,98 9 169.486 5,41 5 Giovanni Queiroz
4.044 12,07 1 12.367 5,92 6 73.579 3,31 14 3.400 0,51 15 93.390 2,98 15 Josue Beng-tson
593 1,77 13 5.350 2,56 14 71.611 3,22 15 34.636 5,21 6 112.190 3,58 14 Lira Maia 291 0,87 16 9.736 4,66 9 101.273 4,55 8 1.935 0,29 16 113.235 3,62 13 Lucio Vale 1.445 4,31 8 15.225 7,29 4 114.380 5,14 6 11.061 1,66 11 142.111 4,54 8 Miriquinho Batista
562 1,68 14 6.936 3,32 13 109.550 4,93 7 9.007 1,35 13 126.055 4,03 10 Nilson Pinto 3.036 9,06 3 11.748 5,62 7 114.735 5,16 5 11.367 1,71 10 140.886 4,50 9 Priante 755 2,25 12 16.492 7,90 2 93.394 4,20 11 60.606 9,12 3 171.247 5,47 4 Puty 2.104 6,28 5 7.303 3,50 12 81.937 3,68 12 29.479 4,43 7 120.823 3,86 11 Wandenkolk 1.100 3,28 10 11.019 5,27 8 52.262 2,35 17 4.158 0,63 14 68.539 2,19 17 Wlad 2.932 8,75 4 18.707 8,96 1 175.753 7,90 1 39.117 5,88 5 236.509 7,55 1 Ze Geraldo 1.954 5,83 6 14.409 6,90 5 93.401 4,20 10 9.523 1,43 12 119.287 3,81 12 Zenaldo Cou-tinho
1.177 3,51 9 8.008 3,83 10 97.855 4,40 9 47.215 7,10 4 154.255 4,93 6 Zequinha Marinho
1.459 4,35 7 7.515 3,60 11 125.151 5,63 4 13.271 2,00 8 147.396 4,71 7 Soma Não Eleitas
573 1,71 912 0,44 18.713 0,84 12.778 1,92 32.976 1,05
Soma Não Eleitos
6.711 20,03 33.999 16,28 481.360 21,64 162.295 24,41 684.365 21,86
Total Geral 33.507 100 208.891 100 2.224.014 100 664.803 100 3.131.215 100
Fonte: TSE - IBGE
57
Apêndice 9 - Pará - Eleições 2010 - Distribuição dos votos nominais dos deputados (as) estaduais eleitos (as) de acordo com o número de habitantes dos municípios
Mais de 2.500 até 8.000 Mais de 8.000 até 20.000 Mais de 20.000 até 500.000
Mais de 500.000
Total Estado
Candidatos Votação Nominal
Votação Nominal
(%)
Rank Vota-ção
Nominal
Votação Nominal
(%)
Rank Votação Nominal
Votação Nominal
(%)
Rank Vota-ção
Nominal
Votação Nominal
(%)
Rank Votação Nominal
Votação Nominal
(%)
Rank
Soma eleitas 6.156 18,60 30.849 15,05 196.560 8,98 21.706 3,24 255.271 8,24
Ana Cunha 67 0,20 29 2.065 1,01 24 28.836 1,32 15 4.368 0,65 14 35.336 1,14 18 Bernadete 2.245 6,78 2 5.658 2,76 6 24.645 1,13 20 1.185 0,18 34 33.733 1,09 19 Cilene Couto 41 0,12 32 7.936 3,87 2 29.967 1,37 13 5.980 0,89 10 43.924 1,42 8 Josefina 359 1,08 17 3.422 1,67 17 23.866 1,09 24 891 0,13 36 28.538 0,92 27 Luzineide 928 2,80 8 4.579 2,23 9 24.472 1,12 22 2.456 0,37 23 32.435 1,05 21 Nilma Lima 33 0,10 35 1.452 0,71 31 25.185 1,15 19 3.689 0,55 17 30.359 0,98 24 Simone Morgado 2.483 7,50 1 5.737 2,80 5 39.589 1,81 4 3.137 0,47 19 50.946 1,65 4
H 13.237 39,99 91.588 44,69 877.844 40,12 223.848 33,38 1.206.517 38,96
Airton Faleiro 151 0,46 26 5.258 2,57 7 25.510 1,17 18 1.495 0,22 28 32.414 1,05 22 Alessandro Novelino 34 0,10 34 1.035 0,50 34 17.519 0,80 36 4.801 0,72 13 23.389 0,76 35 Alexandre Von 77 0,23 27 2.498 1,22 19 37.473 1,71 7 627 0,09 38 40.675 1,31 13 Antonio Rocha 5 0,02 40 4.518 2,20 10 21.731 0,99 27 1.375 0,21 31 27.629 0,89 30 Belo 673 2,03 10 3.791 1,85 15 19.220 0,88 31 608 0,09 39 24.292 0,78 33 Bordalo 193 0,58 23 4.024 1,96 12 35.018 1,60 9 5.840 0,87 11 45.075 1,46 7 Cassio Andrade 559 1,69 12 1.927 0,94 25 11.172 0,51 40 11.753 1,75 5 25.411 0,82 32 Chicão 24 0,07 36 657 0,32 36 33.361 1,52 11 5.811 0,87 12 39.853 1,29 15 Chico Da Pesca 600 1,81 11 4.035 1,97 11 43.296 1,98 3 1.771 0,26 27 49.702 1,60 5 Edmilson Rodrigues 48 0,15 30 360 0,18 38 11.983 0,55 39 73.020 10,89 1 85.411 2,76 1 Eduardo Costa 493 1,49 15 3.829 1,87 14 26.657 1,22 16 1.479 0,22 29 32.458 1,05 20 Eliel Faustino 217 0,66 22 1.698 0,83 27 22.309 1,02 26 4.313 0,64 15 28.537 0,92 28 Fernando Coimbra 1.560 4,71 3 1.691 0,83 28 19.451 0,89 29 6.327 0,94 9 29.029 0,94 26 Gabriel Guerreiro 157 0,47 25 2.170 1,06 21 19.048 0,87 32 2.105 0,31 25 23.480 0,76 34 Hilton Aguiar 2 0,01 41 1.272 0,62 33 12.779 0,58 38 959 0,14 35 15.012 0,48 41 João Salame 344 1,04 19 2.719 1,33 18 17.616 0,81 35 1.443 0,22 30 22.122 0,71 39
58
Mais de 2.500 até 8.000 Mais de 8.000 até 20.000 Mais de 20.000 até 500.000
Mais de 500.000
Total Estado
Candidatos Votação Nominal
Votação Nominal
(%)
Rank Vota-ção
Nominal
Votação Nominal
(%)
Rank Votação Nominal
Votação Nominal
(%)
Rank Vota-ção
Nominal
Votação Nominal
(%)
Rank Votação Nominal
Votação Nominal
(%)
Rank
Júnior Ferrari 1.462 4,42 4 6.392 3,12 4 32.547 1,49 12 2.770 0,41 22 43.171 1,39 10 Junior Hage 840 2,54 9 2.145 1,05 22 35.519 1,62 8 3.317 0,49 18 41.821 1,35 11 Luiz Rebelo 37 0,11 33 335 0,16 39 33.954 1,55 10 2.323 0,35 24 36.649 1,18 17 Macarrão 45 0,14 31 1.503 0,73 30 25.829 1,18 17 743 0,11 37 28.120 0,91 29 Márcio Miranda 955 2,89 7 9.936 4,85 1 54.861 2,51 1 1.778 0,27 26 67.530 2,18 2 Martinho Carmona 72 0,22 28 1.016 0,50 35 22.725 1,04 25 19.629 2,93 2 43.442 1,40 9 Megale 389 1,18 16 6.459 3,15 3 28.954 1,32 14 4.198 0,63 16 40.000 1,29 14 Milton Zimmer 349 1,05 18 3.597 1,75 16 18.541 0,85 34 419 0,06 40 22.906 0,74 37 Parsifal 505 1,53 14 3.965 1,93 13 24.110 1,10 23 1.283 0,19 33 29.863 0,96 25 Pastor Divino 14 0,04 39 67 0,03 41 6.072 0,28 41 15.965 2,38 3 22.118 0,71 40 Pio X 552 1,67 13 1.307 0,64 32 21.301 0,97 28 3.108 0,46 20 26.268 0,85 31 Pioneiro 237 0,72 20 1.679 0,82 29 38.398 1,75 6 13.732 2,05 4 54.046 1,75 3 Prof Edilson Moura 1.134 3,43 5 2.245 1,10 20 18.691 0,85 33 10.332 1,54 6 32.402 1,05 23 Raimundo Santos 18 0,05 38 427 0,21 37 13.722 0,63 37 9.069 1,35 7 23.236 0,75 36 Sidney Rosa 23 0,07 37 265 0,13 40 45.663 2,09 2 2.978 0,44 21 48.929 1,58 6 Tião Miranda 225 0,68 21 1.785 0,87 26 38.968 1,78 5 212 0,03 41 41.190 1,33 12 Valdir Ganzer 1.075 3,25 6 4.900 2,39 8 24.499 1,12 21 6.967 1,04 8 37.441 1,21 16 Ze Maria 168 0,51 24 2.083 1,02 23 19.347 0,88 30 1.298 0,19 32 22.896 0,74 38 Soma não eleitas 6.362 19,22 18.544 9,05 168.819 7,72 67.307 10,04 261.032 8,43
Soma não eleitos 7.342 22,18 63.977 31,21 944.746 43,18 357.825 53,35 1.373.890 44,37
Total Geral 33.097 100 204.958 100 2.187.969 100 670.686 100 3.096.710 100
Fonte: TSE - IBGE.