Upload
doanhuong
View
213
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
AAnnaaiiss
V Semana Teológica e
II Mostra de Iniciação Científica
da FDM
24, 25, 26 e 27 de outubro | Faculdade Diocesana de Mossoró
TTeemmaa::
Protagonismo laical: da profecia do
Vaticano II ao magistério do Papa
Francisco
RReeaalliizzaaççããoo::
CCeennttrroo AAccaaddêêmmiiccoo ddee TTeeoollooggiiaa
Copyright © Faculdade Diocesana de Mossoró FDM, 2016
Os resumos publicados são de responsabilidade de cada autor.
SSEECCRREETTAARRIIAA DDAA VV SSEEMMAANNAA TTEEOOLLÓÓGGIICCAA EE IIII MMOOSSTTRRAA DDEE
IINNIICCIIAAÇÇÃÃOO CCIIEENNTTÍÍFFIICCAA Praça Dom João Costa, 511 – Bairro Santo Antônio.
FDM, Colégio Diocesano Santa Luzia
Mossoró/RN | CEP 59.611-120
(84) 3318-7648
E-mails: [email protected]
Site: www.fdm.edu.br
CCAAPPAA,, PPRROOJJEETTOO GGRRÁÁFFIICCOO//DDIIAAGGRRAAMMAAÇÇÃÃOO:: José Alves Paiva Júnior
Francisco Igo Leite Soares
AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO,, OORRGGAANNIIZZAAÇÇÃÃOO::
Francisco Cornélio Freire Rodrigues José Alves Paiva Júnior
PPRROODDUUÇÇÃÃOO GGRRÁÁFFIICCAA:: Samuel Bruno Martins do Nascimento
José Alves Paiva Júnior
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016
FACULDADE DIOCESANA DE MOSSORÓ – FDM
EESSTTRRUUTTUURRAA AADDMMIINNIISSTTRRAATTIIVVAA
Diretor Acadêmico
Prof. Me. Charles Lamartine S. Freitas
Vice-Diretor
Prof. Me. Francisco Crisanto Borges Araújo
Diretor Administrativo Financeiro
Pe. Demétrio de Freitas Júnior
Coordenador do Curso de Teologia
Prof. Me. Francisco Cornélio Freire Rodrigues
Coordenação de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão
Profa. Dra. Maria da Conceição Maciel Filgueira
Coordenador do Núcleo de Apoio Psicopedagógico
Prof. Esp. Mayccon Passos Costa
Coordenador do Núcleo de Responsabilidade Social
Prof. Me. Francisco Igo Leite Soares
Coordenador do Núcleo de Comunicação, Marketing e
Eventos
Samuel Bruno Martins do Nascimento
Coordenador da Comissão Própria de Avaliação (CPA)
Prof. Me. Francisco Aluziê Barbosa das Chagas
SSEECCRREETTÁÁRRIIAA AACCAADDÊÊMMIICCAA
Pesquisador Institucional e Procurador Educacional
Profa. Esp. Iêda Silvana Tavares Diniz
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016
FACULDADE DIOCESANA DE MOSSORÓ – FDM CURSO DE BACHARELADO EM TEOLOGIA
VV SSEEMMAANNAA TTEEOOLLÓÓGGIICCAA EE IIII MMOOSSTTRRAA DDEE IINNIICCIIAAÇÇÃÃOO
CCIIEENNTTÍÍFFIICCAA DDAA FFDDMM
Protagonismo Laical: da profecia do Vaticano II ao magistério do Papa Francisco
Comissão Central:
Prof. Me. Francisco Cornélio F. Rodrigues
Prof. Me. Charles Lamartine S. Freitas
Antoniel Alves da Silva
José Alves Paiva Junior
Patricia Gurgel Medeiros Gastão
Railton Sergio B. de Oliveira Junior
Comissão Científica:
Prof.ª Dr.ª Aíla Luzia Pinheiro de Andrade
Prof.ª Dr.ª Maria Conceição Maciel Filgueira
Prof. Me. Charles Lamartine S. Freitas
Prof. Me. Francisco Cornélio F. Rodrigues
Prof. Me. Francisco Igo Leite Soares
Prof.ª Me. Iara Linhares
Prof. Esp. Augusto Lívio Nogueira de Moraes
Prof.ª Esp. Luciene Lima Gonçalves
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016
Comissão Organizadora: Prof. Me. Francisco Cornélio F. Rodrigues
Prof. Me. Charles Lamartine S. Freitas
Prof.ª Esp. Iêda Silvana Tavares Diniz
Albani Nestor de Souza
Alcides Bernardo C. de Andrade
Antoniel Alves da Silva
Antônio Wauleson Pereira
Carlos Ítalo Aires Nogueira
Cecília de Lima Pinheiro Gadelha
Daelson Soares da Silva
Diogo Deveson de Souza e Silva
Francisco Whalison da Silva
Íkaro Drêan da Silva Rêgo
Ilário Denis de Oliveira Dantas
José Alves Paiva Junior
José Víctor dos Santos
Marcilio Oliveira da Silva
Maria do Socorro Girão Nobre
Meirelucia Costa
Miquéias Pascoal Lima de Carvalho
Patricia Gurgel Medeiros Gastão
Plicia Munik Maia do Vale
Rafael Andrade Silva
Railton Sergio Bezerra de Oliveira Junior
Samuel Bruno Martins do Nascimento
Sebastião Gonçalves de Lima
Suely Felício de Araújo Costa
Faculdade Diocesana de Mossoró - FDM
24, 25, 26 e 27 de outubro de 2016
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016
SSUUMMÁÁRRIIOO
OO EEVVEENNTTOO ................................................................................... 11
EENNTTIIDDAADDEE OORRGGAANNIIZZAADDOORRAA .................................................... 11
OORRGGAANNIIZZAAÇÇÃÃOO .......................................................................... 13
PPÚÚBBLLIICCOO--AALLVVOO .......................................................................... 14
AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO ......................................................................... 14
MMOOTTIIVVAAÇÇÕÕEESS ............................................................................. 16
OOBBJJEETTIIVVOOSS .................................................................................. 16
CCOONNFFEERREENNCCIIAASS EE CCOONNFFEERREENNCCIISSTTAASS ...................................... 17
1 A construção de uma Teologia do laicato a partir da Bíblia - Prof. Me. Jair Rodrigues. .......................................................................... 18
2 Protagonismo leigo a luz do Vaticano II - Prof. Dr. Cesar Augusto Kuzma .............................................................................................. 18
MMIINNIICCUURRSSOOSS ............................................................................... 18
1 A experiência do Sagrado fora do espaço da Religião Institucional
na Profecia de Miqueias ................................................................... 19
Zélia Cristina Pedrosa do Nascimento ............................................ 19
Julimar Fernandes da Silva .............................................................. 19
2 Considerações sobre o agir humano e o princípio responsabilidade
em Hans Jonas .................................................................................. 28
Profa. Me. Olga Freire – UERN. ..................................................... 28
3 Os leigos e leigas à luz do Concílio Vaticano II: um estudo sobre a
compreensão da identidade e missão do laicato na Igreja e no
mundo .............................................................................................. 28
Prof. Esp. Augusto Lívio Nogueira de Morais. ............................... 28
GRUPOS DE TRABALHOS ........................................................... 29
GT 1 - Sagradas Escrituras e temas relacionados ............................. 30
Prof.ª. Esp. Luciene Lima. ............................................................... 30
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016
GT 2 - Temas de Filosofia com aproximações teológicas ................ 31
Prof. Me. Francisco Aluziê Chagas. ................................................ 31
GT 3 – Tema Livre (núcleo de Teologia Pastoral) ........................... 31
Prof. Me. Francisco Cornélio Freire Rodrigues. ............................ 31
GT 3 – Tema Livre (núcleo de áreas diversas) ................................. 31
Prof.ª Esp. Iêda Silvana Tavares Diniz. ........................................... 31
PPRROOGGRRAAMMAAÇÇÃÃOO GGEERRAALL ............................................................ 33
RREESSUUMMOOSS DDAASS CCOOMMUUNNIICCAAÇÇÕÕEESS .............................................. 36
GT 1 – Sagradas Escrituras e temas relacionados............................ 37
Coordenadora: Prof.ª. Esp. Luciene Lima ....................................... 37
EU ACREDITO NO “JESUS HISTÓRICO”: O DESAFIO NA
PESQUISA DO “GENUÍNO” JESUS ................................................ 37
Marcilio Oliveira da Silva1 .............................................................. 37
O CAMINHO DISCIPULAR DO APÓSTOLO PEDRO NA
PERSPECTIVA DOS EVANGELHOS ............................................. 42
Railton Sérgio Bezerra de Oliveira Júnior1 ..................................... 42
O SINAL DE DEUS EM ISAÍAS 7,10-17: O EMANUEL................. 44
Antoniel Alves da Silva1 .................................................................. 44
O CULTO NA VISÃO DO PROFETA OSÉIAS ............................... 47
Alcides Bernardo Cavalcanti de Andrade Veras 1 .......................... 47
GT 2 – Temas de Filosofia com aproximações teológicas ............... 50
Coordenador: Prof. Me. Francisco Aluziê Chagas ......................... 50
A REFUTAÇÃO KANTIANA AO ARGUMENTO ONTOLÓGICO
NA OBRA “CRÍTICA DA RAZÃO PURA” ..................................... 50
Max Bruno Damasceno¹ .................................................................. 50
A CRÍTICA DA RELIGIÃO EM KARL MARX ............................... 54
Sebastião Gonçalves de Lima¹ ......................................................... 54
A ÉTICA PRÁTICA ENQUANTO PERSPECTIVA PARA O BEM-
ESTAR ANIMAL .............................................................................. 57
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016
Diane Kelly Rodrigues Martins1 ..................................................... 57
GT 3 – Tema Livre (núcleo de Teologia Pastoral) .......................... 60
Coordenador: Prof. Me. Francisco Cornélio Freire Rodrigues. ..... 60
O CATOLICISMO SOCIAL NA IGREJA: DA RERUM NOVARUM
ÀS GUERRAS MUNDIAIS .............................................................. 60
Philipe Villeneuve Oliveira Rego1 .................................................. 60
José Roberto da Silva 2 ..................................................................... 60
O PAPEL DA RÁDIO RURAL DE MOSSORÓ NA PROMOÇÃO
DA EVANGELIZAÇÃO ................................................................... 64
Marciel Antonio da Silva1 ............................................................... 64
A DIMENSÃO SOCIAL DA EUCARISTIA NA PERSPECTIVA DE
DOM HÉLDER CÂMARA ............................................................... 67
Patrícia Gurgel Medeiros Gastão1 ................................................... 67
O PROTAGONISMO LAICAL NA IGREJA-POVO DE DEUS ...... 69
José Alves Paiva Júnior 1 .................................................................. 69
Francisco Crisanto Borges Araújo 2 ................................................. 69
GT 3 – Tema Livre (núcleo de áreas diversas) ................................ 72
Coordenadora: Prof.ª Esp. Iêda Silvana T. Diniz. ........................... 72
O USO DE MATERIAIS ESCOLARES ADAPTADOS PARA
CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL EM ESCOLAS
REGULARES: uma proposta de intervenção terapêutica
ocupacional. ..................................................................................... 72
Alcides Bernardo Cavalcanti de Andrade Veras 1 .......................... 72
MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE NO ESPAÇO URBANO: Uma
análise do passeio público de um trecho da zona central da cidade de
Mossoró, Rio Grande do Norte. ....................................................... 77
Alcides Bernardo Cavalcanti de Andrade Veras 1 .......................... 77
CONTROLE INTERNO: UM ESTUDO SOBRE A COMISSÃO DE
CONTROLE INTERNO DA UERN ................................................. 80
Augusto Lívio Nogueira de Morais1 ................................................ 80
Sergio Luiz Pedrosa Silva 2 .............................................................. 80
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016
ESTRATÉGIAS DO ENSINO DE FILOSOFIA: análise das práticas
Didático-Pedagógicas do PIBID-Filosofia na Escola Estadual
Moreira Dias ..................................................................................... 85
Profº. Me. Francisco Alexsandro da Silva1 ..................................... 85
Max Bruno Damasceno 2 .................................................................. 85
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016
OO EEVVEENNTTOO
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 11
EENNTTIIDDAADDEE OORRGGAANNIIZZAADDOORRAA
A Fundação Santa Teresinha de Mossoró –
FUNDASTEM, por força dos seus Estatutos, desenvolve
atividades educacionais nos diferentes tipos e níveis do
ensino. Atua no Estado do Rio Grande do Norte, na cidade de
Mossoró e região, onde mantém sua sede e matriz.
No ano de 2002, a sua Direção após ouvir aos anseios da
comunidade e vislumbrando as demandas sociais, decidiu
criar uma Instituição de Ensino Superior, a qual recebe o
nome de Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM,
oferecendo inicialmente cursos voltados para a formação
humana e social.
A FDM obteve Autorização para funcionamento em 25
de junho de 2009, através da Portaria MEC nº 839.
Atualmente oferta o curso superior de Teologia
(Bacharelado), autorizado pela Portaria nº 839, de 25 de
junho de 2009, e caminha para a abertura de novos cursos nas
áreas da Gestão, Saúde e Direito.
Diante desse contexto, a instituição se insere entre os
estabelecimentos de ensino superior regidos pela legislação
educacional vigente no Brasil, e iniciou sua trajetória
assumindo-se como lugar onde o ensino, a pesquisa e a
extensão coabitam em um processo vivo de mútuas
influências.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 12
A Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM busca
contribuir com a promoção do bem comum, pelo
desenvolvimento das ciências, das letras e das artes, pela
difusão e preservação da cultura e pelo domínio e cultivo do
saber humano em suas diversas áreas.
Para que isto aconteça, deseja:
a) formar profissionais em diferentes áreas do
conhecimento humano, contribuindo para a sua
educação contínua;
b) estimular, no processo de formação profissional, o
desenvolvimento de uma postura ética,
empreendedora e crítica;
c) primar por uma permanente atualização do projeto
pedagógico de seus cursos em consonância com a
dinâmica das exigências e necessidades do mercado de
trabalho;
d) estimular a realização da pesquisa científica, visando
ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e à
solução de problemas sociais, econômicos e
educacionais;
e) estabelecer uma interação com a comunidade, pelo
exercício das funções básicas de ensino, pesquisa e
extensão;
f) promover e preservar manifestações artístico-culturais
e técnico-científicas;
g) difundir resultados da pesquisa e da criação cultural;
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 13
h) estimular e possibilitar o acesso permanente às novas
tecnologias da informação para todos os segmentos da
comunidade acadêmica;
i) contribuir para o desenvolvimento sustentável dos
municípios do Rio Grande do Norte.
Estes parâmetros e norteadores de ações servirão para
avaliar resultados e desempenhos, assegurar unanimidade de
propósitos, proporcionar uma base para alocação de recursos,
estabelecer o clima organizacional, servir como ponto focal
para os indivíduos se identificarem com os propósitos da
organização e para deter aqueles que com estes não se
coadunam.
Ciente de sua missão, empenhada na concretização da
visão a que se propõe e ancorada nos valores e objetivos que a
fundamentam, a FDM procura cumprir seu compromisso
com o aluno, e sobretudo, com a sociedade a qual se acha
inserida.
OORRGGAANNIIZZAAÇÇÃÃOO
A V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação
Científica são organizadas pela coordenação do Curso de
Bacharelado em Teologia e o Centro Acadêmico de Teologia
da Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM. A Faculdade
Diocesana de Mossoró é uma entidade de direito privado,
sem fins lucrativos, reconhecida local e regionalmente pela
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 14
credibilidade de seu ensino, no respeito aos valores humano e
cristãos, em vista de contribuir positivamente, de modo
particular, para a sociedade e a cultura, local e regional.
PPÚÚBBLLIICCOO--AALLVVOO
A V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação
Científica destina-se a Professores Pesquisadores, Alunos de
Graduação e Pós-Graduação das áreas de Teologia, Filosofia,
Ciências da Religião e outras áreas afins, em âmbito local e
regional, e aos leigos e leigas interessados em refletir e
aprofundar o tema central que é proposto.
AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO
A Semana Teológica da Faculdade Diocesana de
Mossoró tornou-se um dos grandes momentos de nossa vida
acadêmica, consolidando-se como um espaço de reflexão,
construção de saberes e diálogo com a comunidade. É um
evento que tem crescido a cada ano, tanto na participação
quanto na qualidade das reflexões. Para esse ano, propomos o
seguinte tema: Protagonismo laical: da profecia do Vaticano
II ao magistério do Papa Francisco.
Nosso intento é refletir o protagonismo laical,
percebendo a sua urgência e atualidade, iluminados pelos
ares de renovação transmitidos pelo Papa Francisco que
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 15
definitivamente resolveu atualizar e viver as verdadeiras
intuições do Concílio Vaticano II. Portanto, nossa proposta
parte de uma reflexão acerca das reais necessidades de debate
na atual conjuntura eclesial e vemos que o protagonismo
laical é uma delas.
Junto à nossa V Semana Teológica, estaremos
realizando também a II Mostra de Iniciação Científica, o que
confirma ainda mais nosso desejo de diálogo com outros
saberes, considerando que é o diálogo o caminho mais viável
para os processos autoafirmação e reconhecimento das
diferenças, elementos essenciais para a convivência em um
mundo cada vez mais plural.
A V Semana Teológica, em harmonia com esse projeto
e seguindo a inspiração das Semanas Teológicas anteriores,
desenvolve um olhar teológico a assuntos de âmbito
universitário, contextualizando-os no cotidiano da realidade
local. Com isso, pretende oferecer espaço para reflexão e
aprofundamento teológico mediante sessões de
comunicações, onde alunos e professores da FDM e de outras
IES possam apresentar suas pesquisas nas mais variadas áreas
de conhecimento.
É, portanto, considerando que “novas situações, tanto
eclesiais como sociais, econômicas, políticas e culturais,
reclamam hoje, com uma força toda particular, a ação dos
fiéis leigos” abrimos espaço para essa importante reflexão.
Francisco Cornélio Freire Rodrigues
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 16
MMOOTTIIVVAAÇÇÕÕEESS
Este evento dá continuidade à já tradicional iniciativa
do Curso de Teologia da Faculdade Diocesana de Mossoró –
FDM de realizar a cada ano uma semana de reflexão e
aprofundamento do saber teológico e de sua relação com
outras áreas do conhecimento.
Esta ocasião é uma excelente oportunidade para que
professores e alunos da nossa Faculdade e de outras
Instituições de Ensino Superior que estão na nossa cidade e
cidades circunvizinhas, bem como os leigos e as leigas da
nossa Diocese de Mossoró, possam ouvir, dialogar, conviver e
trocar experiências com teólogos de variadas procedências e
de reconhecida competência em sua área de reflexão.
OOBBJJEETTIIVVOOSS
A finalidade principal desta V Semana Teológica e II
Mostra de Iniciação Científica é aprofundar a teologia do
laicato à luz do Concílio Ecumênico Vaticano II. Desejamos,
antes, olhar para o resgate do papel do leigo na Igreja e no
mundo realizado pelo Vaticano II, bem como olhar para o
futuro a partir do presente no qual “o leigo é homem de
Igreja no coração do mundo e homem do mundo no coração
da Igreja” (PUEBLA, 786).
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 17
Assim como o Concílio quis e quer tornar o leigo
protagonista da vida eclesial, também nós desejamos encarnar
o espírito do Concílio seguindo as pegadas daqueles e
daquelas que reconfiguraram o papel do leigo na Igreja e no
mundo. Reconhecendo que o protagonismo laical
desencadeado pela eclesiologia do Vaticano II não é uma
concessão da Igreja, mas, como disse Dom Aloísio
Lorscheider (1995, p. 520) “um direito-dever do cristão
leigo”.
Nossa V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação
Científica deseja ouvir diferentes vozes e refletir a partir
dessas vozes sobre os grandes desafios que hoje se colocam
como barreiras ao protagonismo laical, à fé e a teologia. Por
isso, cada conferencista, cada ministrante de minicurso
apresentará a partir de sua área de reflexão os sinais do
protagonismo leigo desde a profecia do Vaticano II ao
magistério do Papa Francisco, bem como suas esperanças para
o futuro do laicato na Igreja e num mundo tão diverso e tão
cambiante.
CCOONNFFEERREENNCCIIAASS EE CCOONNFFEERREENNCCIISSTTAASS
A V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação
Científica apresentará três tipos de atividades formativas.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 18
CCOONNFFEERRÊÊNNCCIIAASS
Exposições feitas por um teólogo em sessão plenária
durante uma hora e trinta minutos, com tempo para debate e
eventuais perguntas. Na escolha das conferências procuramos
contemplar teólogos leigos conhecidos nacionalmente:
– Prof. Me. Jair Rodrigues (leigo, teólogo, pernambucano,
atualmente é professor da UNICAP) para falar sobre “a
construção de uma Teologia do laicato a partir da Bíblia”.
– Prof. Dr. Cesar Augusto Kuzma (leigo, teólogo, paranaense,
atualmente é professor da PUCRIO) para falar acerca do
“protagonismo leigo a luz do Vaticano II”.
MMIINNIICCUURRSSOOSS
Consistem em três minicursos que serão ministrados
apresentando visões de uma determinada área da Teologia ou
da Filosofia durante quatro horas por um(a) ministrante.
Terminada a exposição do ministrante, o monitor da sala
passa a palavra à assembleia.
1 O primeiro minicurso será sobre Bíblia: A experiência do
sagrado fora do espaço da religião institucional na profecia de
Miqueias. PROPOSITOR(ES): Zélia Cristina Pedrosa e
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 19
Julimar Fernandes da Silva - Assessores do CEBI.
MONITOR/ASSESSOR: Marcilio Oliveira da Silva.
EMENTA
O minicurso propõe analisar como a experiência do sagrado
na profecia de Miquéias defendia a visão do Deus Javé que
atua e orienta o povo diante das dificuldades vividas
denunciando o sistema da elite que oprime os mais pobres,
frente a visão institucional do Deus apresentado pelos
sacerdotes do Templo, que fazem da dimensão religiosa uma
forma de acomodação e alienação social, favorecendo a elite
que oprime a população mais pobre.
A EXPERIÊNCIA DO SAGRADO FORA DO ESPAÇO DA
RELIGIÃO INSTITUCIONAL NA PROFECIA DE MIQUEIAS
Zélia Cristina Pedrosa do Nascimento E-mail: [email protected]
Julimar Fernandes da Silva E-mail: [email protected]
RESUMO
O minicurso propõe analisar como a experiência do sagrado
na profecia de Miquéias defendia a visão do Deus Javé que
atua e orienta o povo diante das dificuldades vividas
denunciando o sistema da elite que oprime os mais pobres,
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 20
frente a visão institucional do Deus apresentado pelos
sacerdotes do Templo, que fazem da dimensão religiosa uma
forma de acomodação e alienação social, favorecendo a elite
que oprime a população mais pobre. Outro motivo que se dá
para elaboração desse minicurso é a escolha da CNBB do livro
do profeta Miquéias para estudo esse ano do Antigo
Testamento. Falar de Miquéias é falar da resistência dos
profetas que atuam historicamente no reino de Israel no
momento de crise quando o sistema estabelecido não dá está
mais dentro do plano da Aliança de Deus, com o povo. Nesse
sentido, deve-se fazer uma abordagem antropológica e
histórica sobre o surgimento da profecia em Israel, para
compreender melhor esse processo de ação profética em
Israel. A profecia surge em Israel de forma gradual em que
existem etapas onde com o passar do tempo, os homens que
estão em contato com o Transcendente, evoluem até chegar
na profecia propriamente dita pela Bíblia. Deste modo, a
profecia em Israel pode ser dividida em quatro etapas, na
qual se pode observar esse trajeto. A primeira manifestação
da profecia em Israel surge com os videntes (2Sm 24,11; 1 Cr
21,9), este grupo tem a capacidade de conhecer o que está
oculto e revelar para as pessoas.O segundo grupo que
antecede a profecia em Israel é o grupo dos visionários (Is 1,1;
Ab 1; Mq 1,1; Hab 1,1); esse grupo tem como característica o
dom d contemplação ou da visão e assim anunciam as suas
profecias. O terceiro grupo que antecede a profecia em Israel
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 21
é o grupo do é o que precede aos profetas, representado pelo
Homem de Deus; (1Sm 2,27; 1 Rs 13,11-32; 17, 7-16; 2 Rs
4,40), estes são vistos como profetas que possuem uma
intimidade com Deus, que concede a este a capacidade de
realizar milagres. Estes homens tinham a sua atuação
principalmente em tempos de crise pela qual passava o povo.
O profeta propriamente dito no contexto bíblico conhecido
como נבי (nabî), aparece em seguida ao Homem de Deus, e o
substitui historicamente e consolida a este. Seu surgimento se
por volta dos séculos VII e VI a.C. Mas também é valido
lembrar que existe outra forma de se fazer uma classificação
sobre os profetas que pode ser essa: os irmãos profetas (2Rs
2,3.7;4,38), são profetas que vivem juntos ao estilo de
confraria, profetas pré-literários (2Sm 12,1-7; 1Rs 17,1-6;
2Rs 4,42-44), são os profetas que tem sua atuação na profecia,
porém , não deixam nada escrito, profetas literários são os
profetas que tiveram o seu ministério mais extenso, os
profetas menores são os profetas que tiveram seu ministério
mais breve. Por “profeta” queremos entender aqui o portador
de um carisma pessoal, o qual, em virtude de sua missão,
anuncia uma doutrina religiosa ou um mandado divino [...].
O decisivo para nós é a vocação “pessoal”. Esta é que
distingue o profeta do sacerdote. Primeiro e sobretudo
porque o segundo reclama autoridade por estar a serviço de
uma tradição sagrada, e o primeiro, ao contrário, em virtude
de sua revelação pessoal ou de seu carisma. Não é casual o
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 22
fato de que, com pouquíssimas exceções, nenhum profeta
procedeu do sacerdócio. Os mestres de salvação hindus em
regra não são brâmanes, os israelitas não são sacerdotes e
somente Zaratustra talvez proceda da aristocracia sacerdotal.
Em oposição ao profeta, o sacerdote distribui bens de
salvação em virtude de seu cargo (WEBER, M. Economia e
sociedade: Fundamentos da sociologia compreensiva, vol. I.
Brasília: Editora da UnB, 1991, p. 303). A sacerdotalização
ocorre na medida em que uma instituição religiosa adquire
força e prestígio políticos, componentes que acompanham a
transformação de uma mensagem 'subversiva' em
componente da ordem social. Ora, quando acontece uma
crise de hegemonia da instituição, o prestígio e a força da
própria instituição geram uma atitude profética contra a
ordem que a ameaça. Há um movimento de "volta às
origens", de recuperação das "opções autênticas". Portanto, é
nas brechas do discurso oficial que se gera a profecia. Na
medida em que se aprofunda a distância entre o discurso
oficial, os princípios fundamentais e a prática cotidiana, o
profetismo interfere para corrigir o defeito. (BENEDETTI, L.
R. Templo, Praça, Coração: A articulação do campo religioso
católico. São Paulo: Humanitas/USP/FAPESP, 2000). O nome
Miquéias significa: “Quem é como Javé?” Naturalidade:
Morasti, pequena aldeia situada no interior de Judá nas
proximidades de Gat, cerca de 30 km a sudoeste de
Jerusalém. (1,1); Exerce seu ministério entre os anos de 725-
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 23
701 no reino do sul nos reinados de Joatão (740-736 a.C)
Acaz (736-716 a.C) e Ezequias (716-687 a.C) (1Rs 22, 13-
28).A profecia de Miquéias se dá no contexto de conflitos
entre os camponeses vítimas do grandes proprietários de
terra e do exército. Ele também atua no momento de
opressão da Assíria a Judá. Havia o conflito interno: elite e
pobres (Mq 2,1-5); conflito externo: Judá e Assíria (Mq 5,4-
5). A formação do livro reúne escritos de diferentes períodos.
O mais antigo é Mq 6,1-7,7, produzido no reino do Norte e
levado para o Sul por ocasião da queda da Samaria (722 aC).
Os capítulos 1-3 foram escritos no fim do século VIII a.C.
Palestina dominada pelo império Assírio. Os textos de Mq
2,12-14; ,4-5 e 7,8-20 foram compostos na época do pós-
exílio (587-500 aC), com a promessa de restauração de
Jerusalém. Três textos de Miquéias, com valores muito
diversos, tiveram especial importância para os autores
neotestamentários. O mais conhecido é 5,1 (“E tu, Belém...”),
citado em Mt 2, 6; Jo 7,42. Também 7,20, que fala da
fidelidade de Deus aos antepassados do povo de Israel, é
retomado no Magnificat (Lc 1,55) e em Rm 15,8. Enfim, 7,6,
que apresenta as desavenças familiares como o maior
argumento da falta de lealdade e de fidelidade, é citado ou
recordado em Mt 10, 21.35; Mc13,12 e Lc 12,53 para
descrever as trágicas consequências da atividade de Jesus.
Com relação aos ecos da profecia no Magistério do Vaticano
II e do Papa Francisco se percebe que existe uma linha de
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 24
atuação profética em que a profecia se faz presente dentro da
instituição e se revela dentro das linhas dos documentos. No
Vaticano II, que foi realizado nos anos de 1962-1965, que
promoveu uma verdadeira reforma no âmbito pastoral da
Igreja e teve sua ação num período de crise de diplomacia
internacional em que o mundo estava dividido entre dois
grandes pólos: o capitalismo representado pelos EUA e
socialismo representado pela URSS, no período conhecido
como guerra fria. No âmbito do concílio se destaca os dois
principais documentos como a Lumen Gentium em que se
observa que Cristo, é tido como o Grande profeta que realiza
a missão do Pai e que a sua atuação se faz presente não só por
meio da Hierarquia, mas também pelos leigos que são a
grande parcela da Igreja que deve atuar na profecia, fazendo
o evangelho mais fecundo na sociedade. Outro documento
dentro do Vaticano II que pode ser entendido nessa ótica de
ação profética está no documento Gaudium et Spes que tem
uma proposta de ação pastoral para a humanidade em que
abrange todas as dimensões da vida humana: começando pela
vida familiar, passando pela vivência eclesial, a vida
econômica, a comunidade internacional, que deve zelar pela
promoção da paz e por evitar a guerra. No documento Lumen
Gentium se observa que Cristo é o grande profeta, aquele que
dá o seu exemplo, por meio do testemunho e da vida e o
poder da Palavra. Faz a proclamação do Reino do Pai
realizando a sua missão profética, até a revelação de sua
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 25
glória, por meio da hierarquia a qual por seu nome ensina aos
leigos (LG 35). Outro documento importante é o documento
Gaudium et Spes. Nesse documento existe uma linha de
pensamento a qual aponta para a relação entre fé e ação, em
que se observa que as atitudes das pessoas estão aquém da fé
que se professa, de modo que o documento aponta que o
cristão que descuida os seus deveres temporais, falta com os
deveres para seu próximo e até mesmo para Deus, pondo em
risco a sua salvação eterna. Outro ponto dentro do presente
documento é que os cristãos na condição de pessoas
esclarecidas devem atender as doutrinas do magistério
tomando por si mesma s as suas responsabilidades, sendo os
leigos são peça fundamental nessa nova proposta de ação da
Igreja no mundo, em que devem de fato tomar parte na Igreja
e não apenas impregnar o mundo de espírito cristão, mas são
convidados a serem testemunhas de Cristo em todas as
circunstâncias, dentro da sociedade (GS 43). No Magistério
do Papa Francisco pode-se destacar alguns documentos que
batem nessa tecla da Igreja em serviço do Povo, em que ele
vê que a Igreja deve deixar de ser uma instituição
burocrática, para ser uma instituição voltada para o fiéis, mais
Berta para a acolhida e mais humana, atendendo a todos que
dela necessitem de sua Palavra e solicitude. No documento
Evangelii Gaudium, o papa Francisco tem apontamentos
interessantes sobre o que diz respeito a atuação da Igreja nos
dias de hoje como por exemplo se um pároco, durante um
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 26
ano litúrgico, fala dez vezes sobre a temperança e apenas
duas ou três vezes sobre a caridade ou sobre a justiça, gera-se
uma desproporção, acabando obscurecidas precisamente
aquelas virtudes que deveriam estar mais presentes na
pregação e na catequese. E o mesmo acontece quando se fala
mais da lei que da graça, mais da Igreja que de Jesus Cristo,
mais do Papa que da Palavra de Deus (EG, 38). Outro ponto
interessante da fala do Papa Francisco é quando ele aborda
sobre o foco que se dá na questão da história da Igreja como
de suas reformas arquitetônicas em que muitos se apegam ou
dão demasiado valor a essas dimensões, mas que esse tipo de
mensagem não corresponde as necessidades dos dias atuais e
coloca que: Podem até ser belos, mas agora não prestam o
mesmo serviço à transmissão do Evangelho. Não tenhamos
medo de os rever! Da mesma forma, há normas ou preceitos
eclesiais que podem ter sido muito eficazes noutras. épocas,
mas já não têm a mesma força educativa como canais de vida.
(EG, 43). Com relação aos preceitos da Igreja em relação aos
fiéis o Papa coloca que adicionados posteriormente pela
Igreja se devem exigir com moderação, “para não tornar
pesada a vida aos fiéis” nem transformar a nossa religião
numa escravidão, quando “a misericórdia de Deus quis que
fosse livre”. Esta advertência, feita há vários séculos, tem uma
atualidade tremenda. Deveria ser um dos critérios a
considerar, quando se pensa numa reforma da Igreja e da sua
pregação que permita realmente chegar a todos (EG, 43). As
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 27
considerações finais apontam que a profecia do sagrado fora
do espaço da religião institucional em Miquéias, demonstra
que a profecia em Israel nasce fora do âmbito da religião
institucional e que se manifesta sempre em momentos de
crise na qual Deus se comunica com o povo. Os profetas são
esses homens que fazem um papel importante no tocante não
só a comunicação de Deus com o povo, mas que por seu
exemplo, são os instrutores ao povo do Deus da Aliança,
quando os reis não colocam em prática os valores da aliança.
A sociedade atual ainda tem manifestações proféticas,
sobretudo, daqueles que usam a instituição, como local de sua
profecia, como Dom Hélder Câmara, Dom Luciano Mendes
de Almeida, Dom Oscar Homero, irmã Dulce, madre Tereza
de Calcutá, dentre outros, que vão ao caminho contrário da
tradição profética, em que fazem do local institucional, o seu
âmbito principal para a sua profecia. O presente estudo não
encerra a pesquisa sobre o tema uma vez que, é dever das
pessoas que se dedicam ao estudo teológico, aprofundarem a
temática para que se tenha novos posicionamentos sobre a
relação da profecia e da instituição, na qual se busque a
interação entre ambas para que possam ser sinal de Deus para
a sociedade, buscando sempre melhorar essa relação, estando
a serviço da Palavra de Deus e do povo Deus, fazendo assim,
uma conexão entre fé e vida.
PALAVRAS CHAVE: Miquéias. Profecia. Instituição.
Sagrado. Experiência.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 28
2 O segundo minicurso será sobre Filosofia: Considerações
sobre o agir humano e o princípio responsabilidade em Hans
Jonas. PROPOSITORA: Profa. Me. Olga Freire – UERN.
MONITOR/ASSESSOR: Antoniel Alves da Silva.
EMENTA
A proposta deste minicurso é abordar alguns aspectos da ética
da responsabilidade proposta por Hans Jonas. A partir da obra
"O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a
civilização tecnológica". Faremos uma breve reflexão sobre as
implicações do agir humano na atualidade e os desafios
impostos pelos avanços tecnológicos do século XXI.
Abordaremos o sentido ontológico da vida e a necessidade, na
sociedade contemporânea, de uma ética comprometida com a
humanidade.
3 O terceiro minicurso será sobre Teologia e Pastoral: Os
leigos e leigas à luz do Concílio Vaticano II: um estudo sobre a
compreensão da identidade e missão do laicato na Igreja e no
mundo. PROPOSITOR: Prof. Esp. Augusto Lívio Nogueira de Morais. MONITOR/ASSESSOR: Daelson Soares da Silva.
EMENTA
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 29
A Igreja, durante o Concílio Vaticano II, fez uma profunda
reflexão sobre si mesma, procurando compreender-se dentro
de um mundo em transformação. Ao fazer isso, os padres
conciliares trouxeram à luz o tema dos leigos e leigas dentro
da vida eclesial: qual é seu lugar dentro da vida e missão da
Igreja? Como a Igreja pode marcar uma presença significativa
em um mundo laico? Até que ponto ela tem direito de
determinar como os leigos e leigas devem viver e atuar em
uma sociedade que relega a religião ao âmbito do particular e
do privado? Existe uma espiritualidade própria dos leigos?
Qual a relação dos leigos com a hierarquia? Muitas questões
precisaram ser discutidas e respostas foram propostas pelo
Concílio trazendo uma abertura que, posteriormente, será
desenvolvida e aprofundada pela teologia. Várias intuições do
Concílio sobre os leigos e leigas ainda são, infelizmente,
desconhecidas e, talvez, ignoradas, o que dificulta a vivência
da renovação eclesial que os padres conciliares desejaram.
Este minicurso se propõe estudar a reflexão conciliar sobre os
leigos e leigas, procurando destacar as intuições e as novas
luzes que os padres conciliares trouxeram, para que
possamos, hoje, avançar em direção à renovação eclesial tão
importante e necessária para a Igreja no atual contexto sócio-
econômico-político-cultural- religioso.
COMUNICAÇÕES NOS GRUPOS DE TRABALHOS
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 30
Haverá três grupos simultâneos de trabalhos onde as
comunicações inscritas e aprovadas acontecerão. Todos os
trabalhos aprovados serão apresentados na modalidade
pôster. As áreas temáticas nas quais haverão comunicações
são:
GT 1 - Sagradas Escrituras e temas relacionados.
COORDENADORA: Prof.ª. Esp. Luciene Lima. MONITOR: José Víctor dos Santos.
EMENTA
Seguindo a linha proposta pelo Concílio Vaticano que inicia
ouvindo a Palavra de Deus. O Concílio destacou a
importância de mergulhar na palavra de Deus, conhecer o
seu sentido, não somente toma-la para justificar um
pensamento. A Sagrada Escritura nos apresenta a Revelação
de Deus para a humanidade, sendo assim não podemos
prescindir dela ou instrumentalizá-la na construção do
discurso teológico. Partindo disso queremos perceber essa
relação dentro dos diversos discursos teológicos. Na Dei
Verbum a afirmação que a Sagrada Escritura é a alma da
Teologia, nos autoriza a buscar essa compreensão, sabendo
que toda e qualquer afirmação sobre Deus tem que
necessariamente está ancorada na Sagrada Escritura. Este
grupo se propõe a aceitar trabalhos que mostrem essa relação,
ou apresentem a presença da Palavra de Deus como
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 31
embasamento na construção do pensamento de outras áreas
ou disciplinas afins.
GT 2 - Temas de Filosofia com aproximações teológicas.
COORDENADOR: Prof. Me. Francisco Aluziê Chagas. MONITOR: Rafael Andrade Silva.
EMENTA
Esse GT visa receber trabalhos que abordem a questão da
teologia e o problema filosófico de Deus; aproximações e
tensões, bem como, a investigação racional sobre a verdade
da existência de Deus: o divino como princípio (ἀρχή); a
relação da Filosofia grega com a Religião. Fundamentações
metafísicas e teológicas sobre a existência de Deus; o sujeito
como fundamento e o problema de Deus; o drama da
separação entre fé e razão a partir da ilustração (Aufklärung).
GT 3 – Tema Livre (núcleo de Teologia Pastoral).
COORDENADOR: Prof. Me. Francisco Cornélio Freire Rodrigues. MONITOR: Ilário Denis de Oliveira Dantas
GT 3 – Tema Livre (núcleo de áreas diversas).
COORDENADORA: Prof.ª Esp. Iêda Silvana Tavares Diniz. MONITOR: Francisco Whalison da Silva.
EMENTA
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 32
Considerando a pluralidade de saberes bem como a
importância do intercâmbio com outras áreas do
conhecimento e, sobretudo a necessidade de diálogo entre os
mesmos, este GT objetiva receber trabalhos das mais diversas
áreas do conhecimento humano.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 33
PPRROOGGRRAAMMAAÇÇÃÃOO GGEERRAALL
Segunda-feira, 24 de outubro
18:00 hs as 19 hs 30 min – Credenciamento
19 hs 40 min as 20:00 hs – Cerimonial de Abertura
Oração Comunitária
Palavra do Diretor Acadêmico
Palavra do Coordenador do Evento
20 hs 10 min as 22:00 hs – Comunicação nos GTs e II
Mostra de Iniciação Científica
GT 1: Sagradas Escrituras e temas relacionados
GT 2: Temas de Filosofia com aproximações
teológicas
GT 3: Tema livre
Terça-feira, 25 de outubro
19:00 hs as 20 hs 30min – Minicursos (simultâneos)
MINICURSO 1: A experiência do sagrado fora do
espaço da religião institucional na profecia de
Miqueias
MINICURSO 2: Considerações sobre o agir
humano e o princípio responsabilidade em Hans
Jonas
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 34
MINICURSO 3: Os leigos e leigas à luz do
Concílio Vaticano II: um estudo sobre a
compreensão da identidade e missão do laicato na
Igreja e no mundo
20 hs 30min as 20 hs 40 min – Intervalo
20 hs 40 min as 22:00 hs – Continuação dos Minicursos
Quarta-feira, 26 de outubro
19:00 hs as 20 hs 30 min – Primeira Conferência
O protagonismo leigo a luz do Vaticano II Prof. Dr. Cesar Augusto Kuzma - PUCRIO
20 hs 30min as 20 hs 40 min – Intervalo
20 hs 40 min as 21hs 20 min – Debate
Quinta-feira, 27 de outubro
19:00 hs as 20 hs 30 min – Segunda Conferência
A construção de uma Teologia do laicato a partir da Bíblia Prof. Me. Jair Rodrigues – UNICAP
20 hs 30min as 20 hs 40 min – Debate
20 hs 40min as 21 hs 30min – Cerimonial de
Encerramento
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 35
Palavra do Diretor Acadêmico
Palavra do Coordenador do Evento
21 hs 30 min as 22:00 hs – Coffee Break + apresentação
cultural e entrega de certificados
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 36
RREESSUUMMOOSS DDAASS CCOOMMUUNNIICCAAÇÇÕÕEESS
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 37
GT 1 – Sagradas Escrituras e temas relacionados
Coordenadora: Prof.ª. Esp. Luciene Lima
EU ACREDITO NO “JESUS HISTÓRICO”: O DESAFIO NA
PESQUISA DO “GENUÍNO” JESUS
Marcilio Oliveira da Silva1
1 Aluno da Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM. Mossoró- RN –
RESUMO
A questão dominante nos estudos do Novo Testamento nas
últimas décadas está relacionada com o Jesus Histórico,
expressão que se refere à vida de Yeshua ha Notzri (Jesus de
Nazaré) desde seu nascimento em Belém até sua morte em
Jerusalém. Desde o século XVIII, alguns estudiosos, balizados
em pressupostos metodológicos naturalistas, promovem a
investigação do Jesus Histórico a partir da análise histórico-
crítica. Tal estudo chegou a conclusão de que os Evangelhos
não constituem fontes históricas objetivas e confiáveis para
que se possa reconhecer o Jesus da História. É argumentado
que estes escritos apresentam material fictício, mítico,
teológico, com o propósito de promover o Cristianismo. Isto
representa um problema para a veracidade histórica dos
mesmos. Nesta perspectiva, Judeus e Cristãos possuem
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 38
imagens distintas do mesmo indivíduo. Porém, a análise
historicista, sobre o pensamento que essas tradições
desenvolveram sobre Jesus, mostra que existiu um
pensamento único sobre essa figura histórica, cujas
características (palavras, mensagens, ensinamentos, etc), não
dependem daquilo que pregaram Judeus e Cristãos, uma vez
que o Cristianismo nem sempre existiu - desenvolvendo-se
após a morte de Cristo - e o Judaísmo o antecedeu. Muitas
“verdades” não dependem do que está contido no Novo
testamento ou na concepção judaica, logo, as doutrinas
judaica e cristã podem ter desenvolvido visões distintas a
partir de distanciações do original e genuíno Jesus de Nazaré,
aquele que independe de seus pensamentos. A busca pelo
“autêntico” Jesus, após abandonada, foi retomada após a
Segunda Guerra Mundial desencadeando um forte desejo de
descobrir quem foi de fato esse judeu de Nazaré. Para alguns
estudiosos, com essas novas pesquisas, Jesus Cristo retornará
as suas raízes originais: O Judaísmo. Não surpreende que ele
se apresente integralmente como um judeu. Porém, o risco
em obter somente mais uma imagem especulativa baseada
naquilo que é posto por nós mesmos, ainda é eminente, pois,
“só extraímos aquilo que ‘nós mesmos pusemos’. Assim,
parece não haver um caminho claro de volta ao Jesus original
do século I na Terra de Israel. Isso é percebido nas visões que
o Cristianismo e o Judaísmo desenvolveram sobre Jesus. Não
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 39
é possível obter a originalidade de Cristo se não for buscado
aquilo que “nós mesmos” configuramos a seu respeito.
Apresenta-se uma síntese desta busca pelo Jesus Histórico e
as razões para acreditar nele, o “Cristo” da fé, o Jesus dos
Evangelhos, aquele que realmente existiu na História.
PALAVRAS-CHAVE: Jesus Histórico. Evangelhos. Judaico-
cristão.
REFERÊNCIAS
BÍBLIA DE JERUSALÉM. Português. Bíblia de Jerusalém. São
Paulo: Paulinas, 1990.
BINGEMER, Maria Clara L. Jesus Cristo: servo de Deus e
Messias glorioso. São Paulo: Paulinas, 2008. (Coleção livros
básicos de Teologia).
COOK, Michael, J. A evolução das concepções judaicas a
respeito de Jesus. In: BRUTEAU, Beatrice. (Org.). Jesus
segundo o judaísmo – Rabinos e estudiosos dialogam em nova
perspectiva a respeito de um antigo irmão. São Paulo: Paulus,
2003. Tradução de Adail Ubirajara Sobral.
STERN, David H. Comentário Judaico do Novo
Testamento. Belo Horizonte: Atos, 2008. Tradução de Regina
Aranha. et al.
EPHRAIM. Jesus, judeu praticante. São Paulo: Paulinas, 1998.
(Coleção estudos bíblicos). Tradução de Magno José Vilela.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 40
KONINGS, Johan. Sinopse dos quatro Evangelhos de Mateus,
Marco e Lucas e da “fonte Q”. São Paulo: Edições Loyola,
2005.
______. A QUESTÃO DO JESUS HISTÓRICO. Horizonte:
Revista do Núcleo de Estudos em Teologia PUC Minas, Belo
Horizonte, v. 1, n. 1, p.55-58, 1997. Trimestral.
MATT, Daniel. Yeshua o hashid. in BRUTEAU, Beatrice.
(Org). Jesus segundo o judaísmo – Rabinos e estudiosos
dialogam em nova perspectiva a respeito de um antigo irmão.
Tradução de Adail Sobral. São Paulo: Paulus, 2003.
SCHILLBEECKX, Edward. Jesus: A história de um vivente.
São Paulo: Paulus, 2008. (Coleção teológica sistemática).
Tradução de Frederico Stein.
SWIDLER, Leonard. Ieshua: Jesus histórico, Cristologia,
ecumenismo. Tradução de Thereza Christina F. Stummer.
São Paulo: Paulinas, 1993.
VERMES, Geza. Jesus e o mundo do judaísmo. São Paulo:
Edições Loyola, 1996. Tradução de Adail Ubirajara Sobral e
Maria Stela Gonçalves.
WOLF, Arnold Jacob. Jesus como judeu histórico. In:
BRUTEAU, Beatrice. (Org). Jesus segundo o judaísmo -
Rabinos e estudiosos dialogam em nova perspectiva a respeito
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 41
de um antigo irmão. São Paulo: Paulus, 2003. Tradução de
Adail Ubirajara Sobral.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 42
O CAMINHO DISCIPULAR DO APÓSTOLO PEDRO NA
PERSPECTIVA DOS EVANGELHOS
Railton Sérgio Bezerra de Oliveira Júnior1
1 Aluno da Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM. Mossoró- RN –
RESUMO
Simão, filho de Bar Jonas, natural da cidade de Cafarnaum, na
Galileia, era pescador no lago de Genesaré. Segundo a
tradição, antes de sua conversão era conhecido por ser
presunçoso, afoito, ardoroso, corajoso e imprudente, porém,
depois do encontro com o Mestre, tornou-se humilde e
passou a ser um grande apaixonado pela pessoa de Cristo, por
seus ideais e pela causa da sua Igreja. Não pode haver dúvida
de que o apóstolo Pedro esteve em primeiro lugar entre os
doze, pois é certo que o próprio Cristo lhe deu tal posição.
Ele é o primeiro a ser mencionado em todas as listas dos
apóstolos. O Catecismo da Igreja Católica nos afirma que “No
colégio dos Doze, Simão Pedro ocupa o primeiro lugar” (CIC.
552). A partir desta afirmação podemos entender que a Igreja
Católica vê em Pedro um personagem significante, com uma
função bem específica, pois, ainda de acordo com o próprio
CIC (nn.936) “O Senhor fez de São Pedro o fundamento
visível de sua Igreja.” Porém, mesmo reconhecendo toda a
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 43
veracidade dessas afirmações, é possível perceber o
discipulado de Pedro não partindo de “São Pedro”, mas,
especificamente de “Simão”, Simão Pedro, o pescador, irmão
de André, casado, fraco e pecador, que em seu discipulado foi
um homem de lutas, fracassos e vitórias, na tentativa de
seguir fielmente o mestre por quem “tudo deixou” (cf. Lc
5,11). Pedro foi, por vontade de Cristo, o primeiro Papa com
a tríplice missão de pastorear, ensinar e santificar.
PALAVRAS-CHAVE: Pedro. Apóstolo. Discipulado.
REFERÊNCIAS
BÍBLIA Português. Bíblia de Jerusalém. Trad. Domingos
Zamanga [et al.]; 7 ed. São Paulo: Paulus, 1995.
GNILKA, Joachim. Pedro e Roma: A figura de Pedro nos dois
primeiros séculos. Trad. Paulo Ferreira Valério. São Paulo:
Paulinas, 2006. (Coleção Bíblia e História. Série maior).
IGREJA CATÓLICA. Catecismo da Igreja Católica. São Paulo:
Edições Loyola, 2000.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 44
O SINAL DE DEUS EM ISAÍAS 7,10-17: O EMANUEL
Antoniel Alves da Silva1
1 Aluno da Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM. Mossoró- RN –
RESUMO
A interpretação da Sagrada Escritura exige do leitor certa
visão critica para estar antenado no verdadeiro objetivo do
autor levando em consideração a cultura, a língua e os
problemas da comunidade primitiva receptora dos escritos.
Com o objetivo de analisar o “livro do Emanuel”, como
intitula Sicre e Schokel os capítulos 7—12 do profeta Isaias,
faremos um breve percurso nos detendo em uma perícope, a
saber, Isaias 7,10-17. Nosso trabalho se limitará a um
comentário da citação sugerida levando em consideração os
aspectos: históricos, literários e teológicos. A perícope
escolhida para a analise nesse trabalho a ser desenvolvido,
está, por exemplo, situada dentro da liturgia da palavra do
tempo do advento, tempo litúrgico para igreja católica que
prepara os fieis para o Natal do Senhor. À luz da liturgia,
sobretudo da hermenêutica feita no advento, encontramos
alusões de que o Emanuel da profecia de Isaías era de fato
Jesus, Ele já havia sido predito pelo proto-Isaías. Nesse
contexto o capitulo 7 de Isaias faz uma alusão, dentro do
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 45
tempo litúrgico, direta a Jesus, ou seja, o Emanuel da profecia
de Isaias é um menino que nascerá de Maria em Belém de
Judá? O grande questionamento deve ser se de fato Isaias
estava falando de Jesus, aquele que nasceria séculos depois da
profecia. A conclusão que podemos trazer é à luz da visão que
outrora indicamos para uma boa interpretação da Sagrada
Escritura. Partindo da criticidade do texto bíblico, podemos
afirmar que o “Emanuel” predito por Isaías tratava-se de um
apelo presente e urgente para a realidade que se instaurara
em Judá nos tempos de Acaz. Emanuel é tido como termo e
não como nome próprio, o profeta apresenta ao rei um termo
de confiança, a certeza de que Deus é conosco. Logo o
Emanuel de Isaias não era prenuncio de alguém que viria
tempos depois, mas era o apelo para permanecer fiel a Deus.
Deus não abandona os seus, mas sempre faz surgir um
salvador, era essa a esperança do profeta . Com isso, somos
conduzidos a compreender o mesmo termo usado pelo
evangelista Mateus, quando afirma que Jesus é o Emanuel.
Sim, Ele é Deus conosco. Porém, o objetivo do primeiro
evangelho não é autenticar a ideia de que Isaias estava de fato
falando do filho de Maria, mas busca em meio a comunidade
judaica afirmar a messianidade de Jesus. Agora, de fato, em
Jesus, Deus é conosco.
PALAVRAS-CHAVE: Emanuel. Isaías. Profecia.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 46
REFERÊNCIAS
ALONSO SCHÖKEL, Luís. Profetas I: Isaías, Jeremias. São
Paulo: Paulinas, 1988.
BERGANT, Dianne; KARRIS, Robert J.(orgs). Comentário
Bíblico: Profetas - posteriores, escritos, livros
deuterocanonicos. Vol.II. ed.7. São Paulo: Edições Loyola,
2013.
BÍBLIA. Português. Bíblia de Jerusalém. Trad. Domingos
Zamanga [et al.]; 8. ed. São Paulo: Paulus, 2002.
MARTIN, Rösel. Panorama do Antigo Testamento: história, contexto e teologia. São Leopoldo: Sinodal/EST, 2009
MOSCONI, Luis. Profetas da bíblia e nós, hoje. 4ª ed. São
Paulo: Loyola, 2011.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 47
O CULTO NA VISÃO DO PROFETA OSÉIAS
Alcides Bernardo Cavalcanti de Andrade Veras 1 1 Aluno da Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM. Mossoró- RN –
RESUMO
O profeta é aquele a cujo encontro com Deus veio, e continua
vindo, segundo SHREINER (2004). Tem como missão, por
consequência desse encontro, de confrontar com Deus
aqueles aos quais o profeta é enviado. É, antes de tudo, um
anunciador da palavra de Deus. Tal mensagem profética
apresenta uma estrutura interna constante, não obstante o
desenvolvimento histórico variável, devido ao seu
condicionamento inevitável pelas circunstâncias. Um
elemento essencial dessa estrutura é o que ele chama de
“atitude profética de protesto”, que se manifesta, talvez, de
modo mais acentuado na polêmica cultual. A pregação do
profeta, é diretamente relacionada com o tempo e a sua
finalidade. Portanto, as suas invectivas proféticas contra o
culto, mais especificamente, contra a ação cultual concreta
dos destinatários da mensagem. O culto que havia sido
desviado e corrompido pela superstição, pela magia e por
rituais e praticas obscenas, advindo das religiões da natureza
e fecundidade de Canaã. No século VIII, surge a problemática
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 48
religiosa principalmente aquela baseada no culto aos deuses
estrangeiros, especialmente a Baal. Aqui, trataremos desse
tema, com fundamentação na obra do profeta Oséias, que
chega a uma conclusão muita clara: as pessoas que deram as
costas ao seu verdadeiro Deus, Iahweh, devem sofrer pu-
nição. O falso culto, pomposo e sexual, abrirá caminho para a
depravação de todo o culto. Os ritos orgiásticos que
objetivam a fartura - ricas colheitas e materiais para festivais
- e o aumento da reprodução - animal e humana - irão, na
verdade, produzir fome e infertilidade resultando na morte
do povo. Oséias rejeita a política de Israel e nega e ataca a
religião popular. O amor paternal de Ihwh e a resposta
ingrata de Israel são punidos, o que chama o amor de Deus a
produzir a redenção de Israel. Em contraste com a
infidelidade do povo eleito, está a ação salvadora de Deus que
nunca falha.
PALAVRAS CHAVE: Oséias. Profetas. Culto.
REFERÊNCIAS
BROWN, Raymond E. Novo Comentário Bíblico São
Jerônimo: Antigo Testamento. 1. ed. Santo André/São Paulo:
Academia Cristã/Paulus, 2013.
DIAZ, J.L. Sicre; ALONSO L. S. Profetas II: Ezequiel: Doze
Profetas Menores: Daniel: Baruc: Carta de Jeremias. 3. ed.
São Paulo: Paulus, 2011.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 49
ROMER, Thomas; MACHI, Jean-Daniel; NIHAN, Christophe
(orgs.). Antigo Testamento: história, escritura e teologia. 1.
ed. São Paulo: Loyola, 2010.
SCHREINER, J. Palavra e mensagem do Antigo Testamento. 2
ed. São Paulo: Editora Teológica. 2004
SICRE, J. L. Profetismo em Israel. Petrópolis/RJ: Vozes, 2002.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 50
GT 2 – Temas de Filosofia com aproximações
teológicas
Coordenador: Prof. Me. Francisco Aluziê Chagas
A REFUTAÇÃO KANTIANA AO ARGUMENTO
ONTOLÓGICO NA OBRA “CRÍTICA DA RAZÃO PURA”
Max Bruno Damasceno¹
1 Graduando em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte – UERN. Mossoró- RN – [email protected]
RESUMO
Esta pesquisa tem como objetivo apresentar as críticas do
filósofo Immanuel Kant à tradição filosófica acerca do
argumento ontológico, ou seja, às provas da existência de
Deus, mostrando todo o rompimento com esse conhecimento
dogmático reconhecido, pela tradição, como uma alienação.
Temos como problemática principal as seguintes perguntas:
Qual a crítica de Kant ao argumento ontológico e quais são os
impactos causados por sua filosofia a um modelo de
pensamento tradicional? Na tradição filosófica apresentava-se
Deus como o ser supremo, onipotente, perfeito e, como Ele é
perfeito, e sendo a perfeição algo incomum nos seres
humanos, a existência seria o predicado deste atributo
adjetivado a Deus. Sendo assim, é nesse cenário que as
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 51
objeções que o filósofo alemão ilustra acerca deste
conhecimento tradicional de pensar acerca da existência de
Deus, deste argumento ontológico, que sua crítica vai ser
cautelosamente imposta. O argumento ontológico se inicia
com Santo Anselmo, no período escolástico/medieval, que é
comumente considerado como o autor deste argumento e,
logo após, René Descartes, no período moderno, que irá
traçar a ideia que Deus é o fundamento último da na razão,
no nosso intelecto. Anselmo irá tratar a existência de Deus,
na sua obra Proslogion, a partir de um argumento a priori,
aquele que não necessita de explicações da natureza para ser
provado. Deus é pensado, portanto, como “aquilo de que não
se pode pensar nada de maior”, considerando como um Ser
que não cabe em nosso intelecto e, por isso, tendo sua
existência como fator preponderante à sua perfeição. Santo
Anselmo, que era monge, escreveu esse argumento baseado
na lógica tautológica, ou seja, para mostrar que por todas as
suas premissas chegar-se-ia à verdade absoluta. René
Descartes apresentou seus argumentos acerca da existência de
Deus na sua obra Meditações Metafísicas, especificamente na
quinta meditação, onde apresenta Deus como uma ideia. É a
partir do contexto desses dois expoentes da filosofia que
Kant, em sua obra Crítica da razão pura, na seção da dialética
transcendental, irá apresentar as suas refutações a estas teses
apresentadas sobre o argumento ontológico. Kant irá
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 52
esmiuçar suas questões e concluir que a existência não é um
predicado. Deus é, sim, um ser necessário para a moral
humana, para dar a direção ao indivíduo na sociedade, sendo,
para cada pessoa, um auxílio, uma experiência moral que guia
as nossas virtudes, nossas inclinações sensíveis, fazendo com
que ajamos moralmente para com o meio universal a partir
da subjetividade de cada indivíduo.
PALAVRAS-CHAVE: Refutação. Argumento Ontológico.
Existência.
REFERÊNCIAS
ANSELMO. Proslogion. In: Os pensadores. São Paulo: Nova
Cultural, 1988.
DESCARTES, René. Meditações Metafísicas. In: Os
pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991.
ESTEVES, Julio Cesar Ramos. A refutação kantiana do
argumento ontológico. Síntese, Belo Horizonte, v. 26, n. 85,
p. 249-258, 1999.
FAGGION, Andrea Luisa Bucchile. A refutação do
argumento ontológico ou filosofia crítica x filosofia
dogmática. Veritas, Porto Alegre, v. 56, n. 2, p. 64-83,
maio/ago 2011.
KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian, 2013.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 53
______. Realidade e existência: Lições de metafísica. São
Paulo: Paulus, 2002.
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia: de
Spinoza a Kant, v.4 – São Paulo: Paulus, 2004.
______. História da filosofia: do humanismo a Descartes, v.3 –
São Paulo: Paulus, 2004.
______. História da filosofia: patrística e escolástica, v.2 – São
Paulo: Paulus, 2003.
SMITH, Plínio Junqueira. Dez provas da existência de Deus.
São Paulo: Alameda, 2006.
TOMATIS, Francesco. O argumento ontológico: A existência
de Deus de Anselmo a Shelling. São Paulo: Paulus, 2003.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 54
A CRÍTICA DA RELIGIÃO EM KARL MARX
Sebastião Gonçalves de Lima¹
¹Graduado em Filosofia pela UERN e Graduando do Curso de Teologia da
FDM
E-mail: [email protected]
RESUMO
O presente trabalho abordará a seguinte temática: A crítica
da religião em Karl Marx. Pretendemos apresentar a partir do
pensamento desse Filósofo, como a religião contribui para o
processo de alienação do homem; através de seus meios
desumanos e ideológicos. Sendo assim, analisaremos a crítica
da religião dentro de uma visão marxiana, muito embora
Marx irá afirmar que a crítica da religião já foi feita, e, foi
feita pela chamada esquerda hegeliana, ou seja, por um grupo
de jovens pensadores seguidores da filosofia de Hegel. Para
essa temática, vamos recorrer aos escritos de juventude de
Marx a saber, A questão Judaica e A crítica da filosofia do
Direito de Hegel – Introdução. Esses escritos foram redigidos
para serem publicados na revista intitulada por Anais-franco
Alemãs. Nestes artigos, Marx irá criticar a esquerda
hegeliana, pois ao afirmar que a crítica da religião já teria
sido feita por ela, ainda faltava criticar outras esferas da
sociedade, como a Filosofia, o Estado e a Política, pois essas
esferas da sociedade tem contribuído sistematicamente para a
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 55
alienação do homem. Poderemos, ao longo do trabalho,
perceber que tanto a Religião como o Estado são duas
instituições que contribuem através de suas formas
distoantes, para construírem situações e motivações distintas.
Marx apregoava que a filosofia deveria modificar a realidade
das pessoas, que atualmente não era boa. Essa discussão é
relevante para que se possa pensar a respeito da constituição
das sociedades atuais. Por fim, veremos como Marx acata
uma positividade na crítica religiosa da esquerda hegeliana,
mas apontando seus limites, insistindo na tematização das
condições materiais da vida e mostrando a necessidade da
crítica a outras esferas da sociedade. Portanto, a gênese desta
temática se insere na problemática que Marx inaugura desde
os Anais Franco-Alemãs (1844), nos quais a sociedade
burguesa nos é apresentada como um complexo de
alienações. Diante disto, Marx empreenderá um esforço
teórico buscando mostrar, buscar e definir a origem deste
complexo de alienações na atividade vital produtiva dos
indivíduos humanos na forma social capitalista, na sociedade
civil-burguesa. Percebe-se, com isso, que a importância
inicial que podemos destacar neste estudo é a permanência e,
ainda mais, o agravamento de uma sintomatologia
diagnosticada desde esses escritos de juventude de Marx já
mencionados anteriormente, até a elaboração de O Capital.
PALAVRAS–CHAVES: Religião. Alienação. Ideologia.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 56
REFERÊNCIAS
HEGEL. Crítica da Filosofia do Direito de Hegel (Introdução).
2. ed. São Paulo: BoiTempo, 2010.
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo:
Martins Fontes, 2007.
BOTTOMORE, Tom. Dicionário do Pensamento Marxista.
Rio de Janeiro/RJ: Zahar, 2013.
FREDERICO, Celso. O Jovem Marx. São Paulo: Cortez, 1995
HOBSBAW, Eric [et al]. História do Marxismo. Trad. Carlos
Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
http://www.significados.com.br/avareza/. Consultado em, 16
de outubro de 2016.
MARX, Karl. A Questão Judaica. São Paulo: Centauro, 2005.
MOURA, Mauro Castelo Branco de. Os Mercadores, o templo
e a filosofia: Marx e a religiosidade. Porto Alegre: EDIPUCRS,
2004.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 57
A ÉTICA PRÁTICA ENQUANTO PERSPECTIVA PARA O
BEM-ESTAR ANIMAL
Diane Kelly Rodrigues Martins1
1 Graduada em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte – UERN. Mossoró- RN – [email protected]
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma
retomada histórica, mostrando a forma como os homens
tratam os animais. Pois, durante muito tempo, os pensadores
que estudavam a ética se preocuparam apenas com questões
relacionadas aos humanos, realizando questionamentos que
se baseavam nas indagações sobre o que é bom e mal, ou
sobre o que é certo ou errado e acabaram afastando e
esquecendo de incluir os animais nessas perspectivas. Com o
passar do tempo, começamos a abrir os olhos e reconhecer
que os animais também podem ser incluídos na nossa esfera
de consideração. Diante disso, consideraremos vários fatores
para mostrar que muitas de nossas atitudes, como a questão
da caça por esporte, do uso de animais em circos, da produção
de carne para o consumo humano e dos testes realizados com
milhares de animais, causando sua morte, podem ser
repensadas. Diante dessas perspectivas, mostraremos a
concepção de Peter Singer, pois este afirma que é preciso, no
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 58
trato com os animais, existir igualdade na consideração de
interesses. Nesse sentido, podemos evidenciar que o termo
está voltado para a consideração do sofrimento e da dor tanto
dos humanos como dos animais como pano de fundo para a
fundamentação da ética prática. Desse modo, Peter Singer
realizará uma crítica à tradição filosófica que valoriza apenas
a moralidade humana, procurando expandir a esfera de
consideração para que os animais sejam incluídos na
comunidade moral, tendo por base o princípio da igualdade
na consideração de interesses. O filósofo também afirma que
uma ação pode ser considerada ética quando confere
importância aos interesses daqueles que são afetados, ou seja,
quando as suas preferências são colocadas em primeiro plano.
Para identificar quais seres são dotados de interesses, basta
analisar a capacidade de sofrimento e a sensibilidade destes,
associando a isso a consciência do sofrimento, que pode ser
chamado de senciência e, a partir disso, reconhecer que os
animais são seres capazes de ter esses atributos, incluindo
nessa perspectiva o interesse de receber um cuidado
adequado, afastando-os de situações dolorosas.
PALAVRAS-CHAVE: Ética; Animais; Igualdade; Consideração
de interesses.
REFERÊNCIAS
SINGER, Peter. Ética Prática. 3° ed., São Paulo: Editora
Martins Fontes, 2002. Trad.: Jefferson Luiz Camargo.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 59
______. Libertação animal.São Paulo: Editora WMF Martins
Fontes, 2010.Trad.: Marly Winck. Marcelo Brandão Cipolla.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 60
GT 3 – Tema Livre (núcleo de Teologia Pastoral).
Coordenador: Prof. Me. Francisco Cornélio Freire
Rodrigues.
O CATOLICISMO SOCIAL NA IGREJA: DA RERUM NOVARUM ÀS GUERRAS MUNDIAIS
Philipe Villeneuve Oliveira Rego1
1 Graduando do curso de Filosofia da Universidade do Estado do Rio
Grande do Norte – UERN. Mossoró- RN –
José Roberto da Silva 2
2 Graduado em História pela Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte – UERN, Mestre em Ciência Teológica pela Universidade
Evangélica do Paraguai – UEP, Professor de História da Igreja na
Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM, Professor na Rede Municipal e
Estadual de Ensino. Mossoró-RN – [email protected]
RESUMO
Final do século XIX ao início do XX compreende um período
de significativas mudanças na Europa, bem como em todo o
contexto mundial, a começar pela Revolução Industrial,
momento histórico primordial na obtenção de uma sociedade
capitalista e centrada no lucro. Correntes ideológicas surgem
neste contexto de maneira a propor caminhos de como
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 61
conduzir os âmbitos políticos, sociais e econômicos das
sociedades, sendo as principais os Liberalismos Político e
Econômico que contribuíram com a crescente corrida
capitalista e o Socialismo que de maneira radical surge para
opor-se ao sistema burguês da época propondo uma
revolução do proletariado nascente. Dada a promulgação da
encíclica Rerum Novarum no dia 15 de maio de 1891, pelo
papa Leão XIII, as sociedades voltam seu olhar crítico para a
questão social deste período, centrada na figura dos operários
industriais, no que concerne as suas condições de trabalho, a
exploração e a dignidade de vida dos mesmos. Surgem, aos
poucos, católicos sociais voltados a uma crítica da realidade
onde estavam inseridos visando, à luz da fé, propor maneiras
de como responder às preocupações sociais. Mediante este
contexto, de que maneira Rerum Novarum repercutiu na
Igreja e na sociedade? Com base nesta indagação, a presente
pesquisa visa apresentar uma análise histórica, política e
social do desenvolvimento da Doutrina Social da Igreja ao
longo dos tempos, de maneira explícita no período que
corresponde aos anos posteriores à Revolução Industrial,
precisamente aqueles que seguem após a publicação da
Encíclica Leonina, final do século XIX, até a década de trinta
do século XX, posterior a Primeira Guerra Mundial. Este
trabalho irá explanar acerca das propostas de ação dadas pela
Igreja diante da realidade do período pesquisado, como a
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 62
contribuição dada por católicos sociais, em sua maioria leigos,
na missão de lutar pelos direitos dos trabalhadores, no
envolvimento deles na política dos países, propondo reflexões
e deliberações quanto às problemáticas sociais; as Semanas
Sociais, movimentos sindicais e organizações dos operários. A
Ação Católica, movimento eclesial importante deste período,
destaca-se pelo protagonismo leigo na missão profética de
evangelizar, enfatizando o caráter caritativo e solidário da
vida cristã. O Papa Pio XI, em 15 de maio de 1931, publica
um encíclica em comemoração aos 40 anos da Rerum Novarum que dará seguimento a reflexão social dentro da
Igreja: a Quadragesimo Anno.
PALAVRAS-CHAVE: Catolicismo. Social. Ação Católica.
REFERÊNCIAS
ANTONCICH, Ricardo; SANS, José Miguel M.. Ensino Social
da Igreja: Trabalho, capitalismo, socialismo, reforma social,
discernimento, insurreição e a não-violência. Petrópolis:
Vozes, 1986. 286 p. (Coleção Livros Básicos de Teologia).
______. Temas de Doutrina Social da Igreja. São Paulo:
Edições Loyola, 1993. (Teologia da Libertação Comentários-
11).
AQUINO, Rubim Santos Leão de. História das
Sociedades: Das Sociedades Modernas às Sociedades Atuais.
42. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 2003.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 63
CRISTIANO, Henrique; MATOS, José. Eu estarei sempre
convosco: História da Igreja. São Paulo: Paulinas, 2006. 108 p.
(Coleção Livros Básicos de Teologia).
DANIEL-ROPS, Henri. A Igreja das Revoluções (II): Um
combate por Deus. São Paulo: Quadrante, 2006. (Coleção
História da Igreja de Cristo). Tradução: Henrique Ruas.
LEÃO XIII. Rerum Novarum. Vaticano: 1891.
PIO XI. Quadragesimo Anno: Sobre a restauração e
aperfeiçoamento da ordem social em conformidade com a lei
evangélica. 5. ed. São Paulo: Paulinas, 2004. (A voz do Papa).
Tradução: Tipografia Poliglota Vaticana.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 64
O PAPEL DA RÁDIO RURAL DE MOSSORÓ NA
PROMOÇÃO DA EVANGELIZAÇÃO
Marciel Antonio da Silva1
1 Graduando no Curso de Filosofia no 7° período (UERN) Mossoró-RN
RESUMO
O presente artigo pretende apresentar o papel da Rádio Rural
de Mossoró na promoção da evangelização e a ação do leigo
na vida dessa emissora. A Rádio Rural de Mossoró fundada a
02 de abril de 1963, como Emissora de Educação Rural, uma
proposta inovadora na época em prol da educação a distância
através da escolas radiofônica e também objetivamente ser a
voz do povo ou porta voz da Igreja Católica no interior do
Estado. Dentre seus objetivos como veículo educador
promoveu a alfabetização de jovens e adultos do meio rural
em parceira com o movimento de Educação de Base (MEB).
Como prestadora de serviços à comunidade, desempenha seu
papel como veículo de comunicação popular – uma rádio
AM, que os leigos trabalhavam incansavelmente levando as
informações precisas para todos os ouvintes. Por volta de 25
de dezembro de 1974 muda a nomenclatura da emissora de
educativa para Rádio Rural de Mossoró, com o intuito de
agregar suporte para a aquisição de um novo projeto, a
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 65
criação da Fundação de Santa Luzia de Mossoró. A fundação
abriu espaço para projetos que geram, até os dias de hoje
empregos e renda e incentivo de cunho cultural para toda a
Cidade de Mossoró e adjacentes como a “Mais Bela Voz”. A
Rádio Rural tem contribuído para que a nova evangelização
venha acontecer de forma atraente e comunicativa, o
jornalismo, por exemplo, tendo a marca da credibilidade
sendo ágio, ético, crítico, transparente. E a RCR/Rede
Católica Rádio para o trabalho jornalístico sério e de
qualidade, ligando-se com Brasil e o mundo e os leigos são os
protagonistas desse veículo de comunicação. Para cumprir
sua missão de evangelizar, a Rádio proporciona o anúncio da
boa nova de Jesus Cristo, que sempre usou uma metodologia
inclusiva e acolhedora, fazendo de cada pessoa um sujeito
importante no seguimento de seus ensinamentos. A Rádio
Rural propagadora do evangelho, com parte de sua
programação diária de cunho religioso oferece para a
comunidade em geral uma programação eclética no ponto de
vista religioso como: oração do terço, pastorais, comunidades
novas, bem como a santa missa diária. Outros fatores
preponderantes na vida dessa emissora, é o educa, o forma e o
informa, tendo uma relação dialógica com a sociedade e a
Igreja.
PALAVRAS-CHAVES: Rural de Mossoró. Boa Notícia.
Evangelização. Leigos.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 66
REFERÊNCIAS:
Arquivo de documento fornecido pela cúria diocesana sobre
a história da Rádio Rural de Mossoró.
BÍBLIA DE JERUSALEM. Português. Bíblia de Jerusalém. São
Paulo: Paulus. 2002.
CARAZZAS. Irmã Helena. A missão das rádios católicas.
Disponível em:<http://www.paulinas.org.br/sepac>. Acesso
em 05 de out. 2016.
BUBER. Martin; Sobre Comunidade. São Paulo: Perspectiva,
2012.
PAULO. Papa VI. Constituição Dogmática LUMEN GENTIUM sobre a Igreja. Ano 1964. Disponível em:
<http://www.vatican.va/archive/hist> acesso em 06 de out. 2016.
EICHER, Peter. Dicionário de conceitos fundamentais de
Teologia. São Paulo: Paulo, 1993.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 67
A DIMENSÃO SOCIAL DA EUCARISTIA NA
PERSPECTIVA DE DOM HÉLDER CÂMARA
Patrícia Gurgel Medeiros Gastão1
1 Aluna da Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM. Mossoró- RN –
RESUMO
A dimensão social da Eucaristia não é um tema novo, há
bastante tempo se discute essa questão. E mesmo assim ainda
não se vive bem essa realidade, no que concerne ao aspecto
social. Na verdade, os elementos que constituem a Igreja, tipo
os sacramentos, os rituais, os sinais, são repletos de doutrina
social. Segundo Borobio (2009), “a Igreja é uma comunidade
religiosa-social de primeira categoria, os sinais litúrgico-
sacramentais só podem ser elementos de socialização e
compromisso social para os membros da Igreja”. Assim sendo,
encontramos qualidades em Dom Hélder Câmara, que foi um
homem profundamente eucarístico, e assumiu como missão
apostólica a construção de um mundo sem desigualdades,
sendo uma espécie de “voz profética” lutando por um mundo
diferente, denunciando as injustiças e dando sua vida pela
vivência verdadeira do Evangelho. Considerando a
centralidade da Eucaristia na vida da Igreja, concluímos que é
cada vez mais necessária uma compreensão e vivência plena
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 68
desse sacramento. Nesse sentido, torna-se urgente resgatar a
mais sublime de suas dimensões, a qual, infelizmente passou
despercebida ao longo de muitos séculos na Igreja: a social.
No resgate dessa dimensão, muito nos ajuda o testemunho e o
pensamento de Dom Hélder Câmara, o qual pode ser
considerado um homem profundamente eucarístico.
Portanto, somente resgatando a dimensão social da Eucaristia
é possível viver e compreender plenamente as opções do
próprio Cristo.
PALAVRAS-CHAVE: Dom Hélder. Eucaristia. Social.
REFERÊNCIAS
BARROS, Marcelo. Dom Hélder Câmara: profeta para os
nossos dias. São Paulo: Paulus, 2011.
BOROBIO, Dionísio. Celebrar para viver: liturgia e
sacramentos da Igreja. São Paulo: Loyola, 2009.
MELO, Flávio Augusto Forte. A Eucaristia do pobre. A
teologia do sacramento da eucaristia a partir da vida e dos
ensinamentos de Dom Hélder Câmara pós vaticano II. Tese de
mestrado em Teologia Dogmática. Pontifícia Universidade
Gregoriana. Roma, 2001.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 69
O PROTAGONISMO LAICAL NA
IGREJA-POVO DE DEUS
José Alves Paiva Júnior 1
1 Aluno da Faculdade Diocesana de Mossoró – FDM. Mossoró/RN
Francisco Crisanto Borges Araújo 2
2 Mestre em Teologia Moral, professor da Faculdade Diocesana de
Mossoró – FDM. Mossoró/RN
RESUMO
O Concílio Ecumênico Vaticano II provocou uma verdadeira
virada eclesiológica na Igreja. Inverteu o rumo de uma
concepção de Igreja autocompreendida como sociedade
desigual a uma Igreja constituída de um único povo com
diferentes serviços. Se quiséssemos exprimir numa palavra o
que o Vaticano II trouxe à Igreja, bastaria dizer que lembrou
à Igreja que ela é Igreja-povo de Deus. No entanto, antes do
Vaticano II não era assim. A Igreja era uma hierarcologia, a
hierarquia fazia a Igreja. Nunca aparecia a iniciativa e/ou o
papel dos outros agentes da Igreja. Os leigos, por exemplo,
eram vistos simplesmente como objetos da hierarquia, ou
seja, agentes executivos subordinados à hierarquia. Diante
disso, o Vaticano II se preocupou em desnaturalizar essa
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 70
hierarcologia resgatando a verdadeira igualdade entre os
membros do povo de Deus e, com isso, encontrar na Igreja-
povo de Deus um lugar para o leigo. Para tanto, resgata o
papel do leigo na Igreja-povo de Deus não a partir de uma
definição ontológica, mas uma descrição tipológica na qual
aponta sua natureza teológica e eclesial. Neste horizonte, o
mundo constitui-se o lugar teológico onde o leigo a luz do
Vaticano II exerce o seu protagonismo como agente da
consagração do mundo a Deus, pela co-responsabilidade que
lhe é intrínseca como membro da Igreja-povo de Deus. O
lugar do leigo na Igreja conferido pelo Vaticano II através da
descrição tipológica do leigo presente na Lumen Gentium
torna claro que o Concílio transitou de Igreja antes encerrada
na sua hierarquia a uma Igreja agora de co-resposabilidade.
Por esta razão, podemos afirmar que o leigo que surge a
partir do Vaticano II é protagonista, co-responsável pela vida
e pela missão da Igreja no mundo em quanto lugar teológico.
Por fim, é importante dizer ainda que promover o
protagonismo laical não é uma concessão da Igreja, mas
antes, o reconhecimento da verdadeira igualdade constitutiva
do povo de Deus, um único povo com diferentes serviços.
PALAVRAS-CHAVE: Vaticano II. Povo de Deus. Igualdade
Fundamental. Protagonismo Leigo.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 71
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Antônio José de. “Lumen Gentium”: a transição
necessária. São Paulo: Paulus, 2005.
COMBLIN. José. Vaticano II ontem e hoje. In: Revista Vida
Pastoral. Novembro-Dezembro de 1985.
LORSCHEIDER, Aloísio. Uma possível conferência nacional
de cristãos leigos. In: Revista Eclesiástica Brasileira, v, 55,
fasc. 219. Setembro de 1995.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 72
GT 3 – Tema Livre (núcleo de áreas diversas).
Coordenadora: Prof.ª Esp. Iêda Silvana T. Diniz.
O USO DE MATERIAIS ESCOLARES ADAPTADOS PARA
CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL EM ESCOLAS
REGULARES: uma proposta de intervenção terapêutica
ocupacional.
Alcides Bernardo Cavalcanti de Andrade Veras 1
1 Terapeuta Ocupacional. UnP; Especialista em Tecnologia Assistiva.
FARN. [email protected]
RESUMO
Os educadores, em sua grande maioria, desconhecem sobre a
(s) deficiência(s) e /ou patologia (s) que o seu aluno de sala de
aula apresenta, assim como tem pouca ou nenhuma
informação sobre a existência de recursos escolares adaptados
que favoreçam o desempenho desta criança com deficiência
na aprendizagem. Após algumas pesquisas, fora constatado
que a paralisia cerebral é uma das principais causas de
incapacidades motoras encontradas nas escolas regulares.
Entende-se paralisia cerebral como um grupo não progressivo
de distúrbios motores, secundários à lesão do cérebro em
desenvolvimento e que poderá ocasionar enormes déficits
físicos, cognitivos e também sociais. A legislação brasileira
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 73
recomenda a “escola para todos”, sendo esta responsável por
eliminar as barreiras arquitetônicas e sociais que impedem o
acesso e a permanência do aluno em sala de aula. A Terapia
Ocupacional se faz presente em sala de aula, junto às crianças
com deficiência, como um meio facilitador do processo de
aprendizagem e inclusão, adaptando a (s) necessidade (s)
singular do aluno, promovendo um maior nível de
funcionalidade, aprendizagem, desenvolvimento e
independência. O presente trabalho teve como objetivo
principal propor a atuação do terapeuta ocupacional junto às
crianças com paralisia cerebral do tipo diplégico espástico,
em escolas regulares, através do uso da tecnologia assistiva,
adaptando os materiais escolares necessários em sala de aula
promovendo assim, qualidade de ensino e aprendizado. Com
base em referenciais teóricos, foi elaborada uma proposta de
intervenção terapêutica ocupacional, denominada “Programa
AdapTAr” onde o terapeuta ocupacional poderá trabalhar
junto à equipe pedagógica. Concluiu-se que é necessária a
presença do terapeuta ocupacional nas escolas regulares,
tendo como forma de intervenção a inclusão escolar através
do uso de materiais escolares adaptados e a orientação aos
educadores quanto à deficiência apresentada e as
possibilidades de uso destes materiais para que o aluno com
PCDE alcance o seu pleno desenvolvimento cognitivo e
funcional.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 74
PALAVRAS-CHAVE: Terapia Ocupacional. Tecnologia
Assistiva. Adaptações.
REFERÊNCIAS
BEYER, Hugo Otto – Inclusão e avaliação na escola: de alunos
com necessidades educacionais especiais – Porto Alegre:
Mediação 2005.
BOBATH, Berta; BOBATH, Karel – Desenvolvimento motor
nos diferentes tipos de paralisia cerebral – Manole, 1ª edição,
1979.
BRASIL - Decreto Nº 3.298 de 21 de dezembro de 1999 –
ESTATUTO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. Diretrizes
Nacionais para a educação especial na educação básica, Diário
oficial da união de 21/12/1999, Brasília DF.
BRASIL. Diretrizes nacionais para a educação especial na
educação básica/ Secretaria de Educação Especial – MEC;
SEESP, 2001.
______. Ministério Público Federal: Fundação Procurador
Pedro Jorge de Melo e Silva – O acesso de alunos com
deficiência ás escolas e classes comuns da rede regular –
Brasília DF , 2004.
______. Portal de ajudas técnicas para educação: Equipamento
e material pedagógico para educação, capacitação e recreação
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 75
da pessoa com deficiência física – Secretaria de educação
especial, Brasília DF, 2002.
CARDONA Martín, Miguel – Incapacidade Motora:
Orientações para adaptar a escola – Porto Alegre: Artmed,
2004.
DE CARLO, Marysia M. R. de P.; LUZO, Maria C. de M. –
Terapia ocupacional: reabilitação física e contextos
hospitalares – São Paulo: Roca, 2004.
FONSECA, Luiz F.; Lima, César Luiz Ferreira de Andrade –
Paralisia Cerebral – São Paulo: Medsi, 2004.
HUSSEY, S.M. – Assistive tecnologies: principles and pratice
- St. Louis: Mosby, 1994.
MACDONALD, E.M. et al; Terapia Ocupacional em
reabilitação - 4ª ed. Editora Santos, 1998.
MANCINI, M.C.; Testes Padronizados Estrangeiros:
Informações importantes para Terapeutas Ocupacionais. Rev.
Atuar em Ter. Ocup., ano 2, n.4 p.07-08, 2004.
PEDRETTI, Lorraine W. – Terapia Ocupacional: capacidades
práticas para disfunções físicas – São Paulo: Roca, 2004.
SHIRMER, C.R. Educação Infantil – novas perspectivas:
Inclusão Escolar X Recursos de Tecnologia Assistiva. Centro
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 76
Especializado em Desenvolvimento Infantil – CEDI/ Porto
Alegre – RS.
TEIXEIRA, Érica – Terapia ocupacional na reabilitação física
– São Paulo: Roca, 2003.
TROMBLY, Catherine A. – Terapia Ocupacional para as
Disfunções Físicas, 5ª edição, Ed. Santos, 2005.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 77
MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE NO ESPAÇO URBANO:
Uma análise do passeio público de um trecho da zona central
da cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte.
Alcides Bernardo Cavalcanti de Andrade Veras 1
1 Terapeuta Ocupacional. UnP; Especialista em Tecnologia Assistiva.
FARN.
RESUMO
A ampla gama de elementos, usos e práticas que compõem o
espaço urbano, bem como a sua distribuição, são aspectos que
dificultam a acessibilidade dos usuários, com ou sem
deficiência. A acessibilidade torna-se um aspecto
imprescindível para a mobilidade urbana, tendo em vista que
o Brasil possui aproximadamente 24.6 milhões de pessoas
com algum tipo de deficiência, sem levar em conta aqueles
que apresentam alguma restrição na mobilidade, como
idosos, gestantes, obesos entre outros. Dentro do espaço
urbano, o passeio público torna-se um importante meio de
integração, tendo em vista a pluralidade de indivíduos, cada
um com a sua particularidade, que ali trafegam. É recorrente
que, tais espaços não correspondem ao proposto pela
legislação brasileira, referentes à acessibilidade urbana, mais
especificamente o Decreto Federal nº 5.296/2004 e a ABNT
NBR 9050/2004, tornando assim esses ambientes mal
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 78
projetados, mal executados, além de mal distribuídos.
Partindo do pressuposto, de que uma grande parcela da
população convive com as precárias condições do passeio
público, reduzindo assim as suas possibilidades de
participação social, este estudo propõe a análise de uma
importante via de circulação de pedestres da cidade de
Mossoró, RN. Para tal, esta pesquisa foi realizada em duas
etapas: uma observação in loco e um passeio acompanhado,
realizado com o auxílio de um usuário de cadeira de rodas. O
percurso metodológico foi orientado com base na legislação
brasileira, possibilitando uma análise técnica comparativa,
demonstrando assim a precariedade da área estudada, no
quesito acessibilidade. Este estudo permitiu ainda, concluir
que a questão da acessibilidade urbana só irá alcançar um
pleno desenvolvimento quando houver uma modificação
comportamental por parte da população, bem como dos
profissionais envolvidos, desde a concepção dos espaços, até
mesmo a fiscalização no que se diz ao cumprimento da lei.
PALAVRAS CHAVE: Acessibilidade. Passeio Público.
Tecnologia Assistiva.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS –
ABNT. NBR: 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário,
espaços e equipamentos urbanos – Rio de Janeiro (RJ), 2004.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 79
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS –
ABNT. NBR: 9283: Mobiliário urbano – Rio de Janeiro (RJ),
1986.
BRASIL - Decreto Nº 3.298 de 21 de dezembro de 1999 –
ESTATUTO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. Diretrizes
Nacionais para a educação especial na educação básica, Diário
oficial da união de 21/12/1999, Brasília DF.
CALADO, Giordana C. - Acessibilidade no Ambiente Escolar:
Reflexões com base no estudo de duas escolas municipais de
Natal-RN – Natal, RN, 2006.
CAVALCANTI, Alessandra. GALVÃO, Claudia. Terapia
Ocupacional: fundamentação & prática. Rio de
Janeiro:Guanabara Koogan, 2007.
OPAS/OMS – Classificação Internacional de Funcionalidade,
Incapacidade e Saúde. São Paulo: Editora/USP, 2003.
VASCONCELOS, Beatriz C.; REZENDE, Vera F.; MOTTA,
Ana Lúcia T.S. - Sustentabilidade em espaços públicos
urbanos: uma avaliação a partir da mobilidade e da
acessibilidade de pedestres – s/l, 2008.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 80
CONTROLE INTERNO: UM ESTUDO SOBRE A COMISSÃO
DE CONTROLE INTERNO DA UERN
Augusto Lívio Nogueira de Morais1
1 Especialista pela Faculdade Vale do Jaguaribe – FVJ. Mossoró- RN –
Sergio Luiz Pedrosa Silva 2
2 Mestre, atua no Departamento de Ciências Contábeis da Faculdade de
Ciências Econômicas de Mossoró, na Universidade do Estado do Rio
Grande do Norte – UERN. Leciona em curso de especialização na
Faculdade Vale do Jaguaribe – [email protected]
RESUMO
Este artigo é um estudo sobre a Comissão de Controle
Interno (CCI) da Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte (UERN) com o objetivo de conhecer como essa
comissão desenvolve suas atividades utilizando como
parâmetro os oito itens propostos pelo modelo COSO II.
Foram utilizados os métodos dedutivo e comparativo por
meio de uma pesquisa qualitativa, exploratória e
bibliográfica, e a realização de uma entrevista. A CCI
apresenta, no modo como realiza suas atividades, alguns dos
elementos propostos pelo sistema COSO II, porém com
limitações por causa das exigências legais impostas às
instituições públicas no que se aplica ao controle interno. Um
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 81
estudo mais aprofundado seria necessário para explorar
melhor a proposta desse artigo.
PALAVRAS-CHAVE: COSO II. Controle Interno. CCI. Risco.
Instituição Pública.
REFERÊNCIAS
ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 6ª ed. São
Paulo: Atlas, 2011.
CONSTITUIÇÃO FEDERATIVA DO BRASIL de 1988 –
atualizada. Disponível em <http://www.senado.gov.br/ativida
de/const/con1988/CN1988_15.09.2015/CON1988.asp> Acesso
em 11 nov. 2015.
COSO – Committe Of Sponsoring Organizations of the
Treadway Commission (Tradução: PwC). Controle Interno -
Estrutura Integrada - Sumário Executivo. Brasil: PwC e The
IIA Brasil, 2013. Disponível em <http://www.ii
abrasil.org.br/new/2013/downs/coso/COSO_ICIF_2013_Sum
ario_Executivo.pdf>. Acesso em 10 jan. 2016.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: teoria e
prática. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
DUTRA, Marcelo Haendchen; ALBERTON, Luiz; ZANETTE,
Maicon Anderson. Alinhamento dos modelos de gestão do
Controle aplicado a negócios. 2º Congresso UFSC de Iniciação Científica em Contabilidade, Florianópolis, out.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 82
2008. Disponível em <http://dvl.ccn.ufsc.br/congresso_in
ternacional/anais/2CCF/index.htm> Acesso em: 12 jan. 2016.
FAJARDO, Jeison de Melo; WANDERLEY, Carlos Alexandre
Nascimento. Planejamento estratégico e auditoria de gestão:
similaridades com o modelo coso. ConTexto, Porto Alegre, v.
10, n. 17, p. 93-103, 1º semestre 2010. Disponível:
<file:///C:/Users/Augusto/Downloads/12650-51454-3PB.pdf>.
Acesso em: 09 nov. 2015.
FARIAS, Rômulo Paiva; DE LUCA, Márcia Martins Mendes;
MACHADO, Marcus Vinicius Veras. A metodologia COSO
como ferramenta de gerenciamento dos controles internos.
Contabilidade, Gestão e Governança, Brasília, vol. 12, n. 3, p.
55 – 71, set/dez 2009. Disponível em <http://www.cgg-
amg.unb.br/index.php/contabil/article/view/132/pdf_117>.
Acesso em: 12 jan. 2016.
FERREIRA, Helem Mara Confessor. Aplicação do modelo
COSO ERM na avaliação de sistemas de controles internos:
um estudo de caso para verificar a validade desse sistema no
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio
Grande do Norte. 2013. 79f. Dissertação (Mestrado em
Ciências Contábeis) – Universidade Federal da Paraíba, João
Pessoa. 2013.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 83
JUND, Sérgio. Auditoria: conceitos, normas, técnicas e
procedimentos. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
Lei Complementar 101 de 4 de maio de 2000. Disponível
em<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp101.h
tm > Acesso em: 11 nov. 2015.
LINS, Luiz dos Santos. Auditoria: uma abordagem prática com
ênfase na auditoria externa. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria.
Fundamentos de Metodologia Científica. 5ª ed. São Paulo:
Atlas 2003.
MOURÃO, Licurgo; COUTO, Daniel Uchôa Costa. A
fiscalização dos processos licitatórios na Administração
Pública. Revista do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 78, n. 1, jan/fev/mar 2011.
Disponível em:<http://revista.tce.mg.gov.br/Content/Upload/
Materia/1129.pdf>. Acesso em: 09 de nov. 2015.
Portal da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte.
Disponível em: < http://www.uern.br/default.asp?item=servi
cos-transparencia-cci> Acesso em: 27 de jan. 2016.
PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de.
Metodologia do Trabalho científico: métodos e técnicas da
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 84
pesquisa e do trabalho acadêmico. 2ª ed. Novo Hamburgo –
RS: Feevale, 2013.
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Critérios Gerais de
Controle Interno na Administração Pública: um estudo dos
modelos e das normas disciplinadoras em diversos países.
Brasília, 2009.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO
NORTE – UERN. Plano de Desenvolvimento Institucional: Projetando o futuro da universidade 2015/2015. Mossoró,
2015.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 85
ESTRATÉGIAS DO ENSINO DE FILOSOFIA: análise das
práticas Didático-Pedagógicas do PIBID-Filosofia na Escola
Estadual Moreira Dias
Profº. Me. Francisco Alexsandro da Silva1
1 Mestre em Ciências Humanas e Sociais pelo PPGCISH/UERN.
Supervisor do PIBID-Filosofia/UERN - Mossoró- RN –
Max Bruno Damasceno 2
2 Graduando em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte. Bolsista do PIBID-Filosofia/ UERN. Mossoró- RN –
RESUMO
O objetivo deste trabalho é relatar as profundas experiências
que os alunos do curso de Licenciatura em Filosofia, bolsistas
do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência –
PIBID da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte –
UERN, que atuam na Escola Estadual Moreira Dias, e quais
foram os resultados dessa experiência que podem nos nortear
em novas estratégias de ensino de Filosofia. Foi pensado um
projeto que pudesse dialogar com o conteúdo programado da
disciplina para as turmas selecionadas da Escola Estadual
Moreira Dias. Sendo assim, optamos pelas turmas das
segundas séries do Ensino Médio, cujo tema dos conteúdos a
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 86
serem trabalhados eram: ética e política. Foram discutidos os
assuntos de ética e política à luz dos clássicos da filosofia, de
forma didática e lúdica. O grande desafio era levar os alunos
a compreenderem os conteúdos programados pelo livro
didático e pela escola levando-os ao interesse pleno de outra
maneira. Dessa forma, chegamos a um denominador comum:
histórias em quadrinhos, curtas e longas-metragens que
fizessem parte do universo de heróis e vilões e que servissem
para explanarmos os conceitos principais dos filósofos
trabalhados. Foram-nos apresentadas novas estratégias de
ensino de filosofia e do filosofar, exercitando a capacidade
crítica e reflexiva dos alunos acerca de questões éticas e
políticas. Indagamo-nos: seria possível construir um diálogo
pedagógico entre a filosofia e as histórias em quadrinhos?
Poder-se-ia problematizar de forma lúdica e interessante as
principais questões e polêmicas em volta da ética e da política
com uma plataforma de leitura que fizesse parte do universo
adolescente de nossos alunos? Em que medida a filosofia pode
contribuir para uma visão crítica do mundo, sendo ela
apresentada e trabalhada de forma popular? Queríamos
questionar com isso: surtirá efeito desenvolver um projeto
que, de forma inusitada, leve os alunos a pensarem a ética e a
política a partir de suas vivências, tais como filmes e histórias
em quadrinhos? Dessa forma, percebemos que durante nossa
ação “pibidiana” descobrimos diversas estratégias de como
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 87
ensinar filosofia envolvendo atividades lúdicas em uma
metodologia enfocada nos recursos e aparatos tecnológicos
que fazem parte do mundo adolescente. Concluímos que a
atividade docente experimentada no dia-a-dia através deste
programa, percebemos que ele nos dá a oportunidade de
enxergar o ensino como algo que sempre vem inovando,
trazendo recursos didático-pedagógicos que garantam a
flexibilidade estratégica do planejamento, levando-nos a
acreditar no ensino e suas potencialidades.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Estratégias. Filosofia.
REFERÊNCIAS
ASPIS, Renata Lima; GALLO, Sílvio. Ensinar Filosofia: um
livro para professores. São Paulo: Atta Mídia e Educação,
2009.
______. O professor de filosofia: o ensino de Filosofia no
ensino médio como experiência filosófica. Cedes, Campinas,
vol. 24, n. 64, p. 305-320, set./dez. 2004.
CARMINATI, Celso João. Formação e didática do ensino da
Filosofia. Diálogo Educ., Curitiba, v. 13, n. 38, p. 369-384,
jan./abr. 2013.
GALLINA, Simone. O ensino de Filosofia e a criação de
conceitos. Cedes, Campinas, vol. 24, n. 64, p. 359-371,
set./dez. 2004.
ANAIS | ISSN: 2526-2335
V Semana Teológica e II Mostra de Iniciação Científica da FDM, 24, 25, 26 e 27 de outubro/2016 88
LUZ, Luiz Carlos Sacramento da; SANTO, Eniel do Espírito.
O ensino de filosofia no ensino médio: desafios e
possibilidades para a prática filosófica enquanto ação
transformadora. Intersaberes, vol. 7, n.14, p. 309- 321,
ago./dez. 2012.