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Do Barrocal à SerraLoulé > Paderne
1 Pela Serra do CaldeirãoS. Brás de Alportel > Tavira
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Património Cultural
1 Muralhas do Castelo de Loulé
2 Ermida de Nossa Senhora da Conceição
3 Igreja Matriz de Loulé
4 Convento do Espírito Santo
5 Mãe Soberana
8 Igreja de Querença
9 Cruzeiro
12 Ruínas do Castelo de Salir
13 Centro Interpretativo Arqueológico de Salir
18 Igreja Matriz de Alte
20 Igreja Matriz de São Bartolomeu de Messines
21 Casa Museu João de Deus
23 Fonte de Paderne
25 Ponte Medieval
26 Castelo de Paderne
27 Igreja Matriz de Paderne
Produtos Locais
10 Chouriços da região e bonecas de trapos
Património Natural
6 Fonte Filipe
7 Cerro dos Negros
11 Fonte Benémola
14 Rocha da Pena
15 Miradouro do Malhão
16 Quinta do Freixo
17 Rocha dos Soidos
19 Fonte Pequena e Fonte Grande de Alte
22 Barragens do Funcho e do Arade
24 Ribeira de Quarteira
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do Barrocal à Serra do Caldeirão
Segredos do Algarve Rural
Cortiça
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Em terras de gente hospitaleira saímos à descoberta de saberes antigos, castelos, fontes e igrejas. Entre tomilhos e alfarrobeiras, vamos por miradouros, barragens e ribeiras. Paramos o olhar na beleza singela do salgueiro e do freixo.Um percurso por entre rosmaninhos, tomilhos, estevas, alfarrobeiras e sobreiros, convivendo com a hospitalidade das gentes, à volta do pão de alfarroba ou rolão, do medronho e do chouriço. Admiramos as artes e ofícios locais, testemunhos de um saber antigo. Cestos e tapetes de palmeira-anã, cintos e malas em couro, peças em cobre, ferro, latão ou barro, com trapos, linho ou algodão. Vamos à descoberta de castelos e muralhas, desde os celtas aos árabes, fontes de águas cristalinas que antes moveram moinhos e azenhas. Passamos por pontes romanas, igrejas de inspiração árabe ou da renascença e período barroco. Subimos a miradouros no cimo de grandes rochas e mergulhamos nas águas de barragens e ribeiras. Admiramos as belas paisagens e observamos a fauna e a flora locais. Paramos o olhar na beleza singela do salgueiro e do freixo.
O ondulado suave da serra convida-nos a descobrir paisagens e lugares que encerram tesouros do artesanato, da arquitetura e da gastronomia local. Mas inesquecível é o convívio com a simpática e genuína gente serrana.Ao entrarmos na Serra do Caldeirão, entramos também no “outro” Algarve, o das gentes genuínas, das artes tradicionais, da excelente gastronomia. A paisagem muda a sua cor à medida que prosseguimos o passeio. O verde das florestas de eucalipto, sobreiro e pinheiro dá lugar aos campos cultivados de trigo e cevada. Por entre os montes ouvem-se ribeiras correndo. Aqui e ali contactamos com as gentes nos labores diários: um tirador de cortiça, um pastor, um moleiro, uma mulher a trabalhar no tear, nas hortas. Percorremos as ruas estreitas em pedra, admiramos as chaminés, os fornos, os telhados inclinados, os muros caiados, os pátios e os poiais. Entramos nos museus e vivemos as histórias de antigamente. Redescobrimos as artes e técnicas que ainda perduram no artesanato local. Um passeio a pé conduz-nos à tranquilidade e o ar puro transporta o aroma da esteva, do rosmaninho e do mato. Para satisfazermos todos os nossos sentidos, só falta provar o queijo, o vinho, a aguardente, os enchidos, o pão e as filhós.
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Património Cultural
1 Calçadinha
2 Centro Explicativo e de Acolhimento da Calçadinha de São Brás de Alportel
3 Igreja Matriz de S. Brás de Alportel
4 Jardim do Episcopado
5 Centro de Artes e Ofícios
6 Museu Etnográfico do Trajo Algarvio
7 Ermida de São José
8 Centro Museológico de Alportel
10 Capela do Barranco do Velho
11 Centro de Descoberta do Mundo Rural da Feiteira
13 Pólo Museológico de Cachopo
14 Igreja de Santo Estevão
15 Anta das Pedras Altas
16 Anta da Masmorra
17 Palheiros Redondos
18 Centro de Descoberta do Mundo Rural da Mealha
19 Centro de Descoberta do Mundo Rural de Casas Baixas
21 Igreja Matriz de Sta. Catarina da Fonte do Bispo
23 Palácio da Galeria
24 Castelo de Tavira
25 Igreja do Carmo
26 Ponte Romana
Produtos Locais
21 Cooperativa Agrícola de Santa Catarina
Património Natural
9 Fonte Férrea de Alportel
12 Fonte Férrea de Cachopo
20 Pego do Inferno
27 Ilha de Tavira
Co-financiadoresPT
Ficha Técnica
Edição e PropriedadeTurismo do Algarve [email protected] www.turismodoalgarve.pt www.visitalgarve.pt
Sede: Av. 5 de Outubro, 188000-076 Faro, Algarve, Portugal
Telefone: 289 800 400Fax: 289 800 489
CoordenaçãoDepartamento de Marketing Equipa de Comunicação e Imagem Turismo do Algarve [email protected]
Conceção Gráfica e paginaçãoDCB design
TextosArquivo Turismo do Algarve
FotografiaHélio Ramos, Luís da Cruz, F32, Arquivo Turismo do Algarve (Pedro Reis, Hugo Santos, Rafaela Oliveira)
Impressão Litográfis, S. A.
Tiragem 10.000 exemplares
Distribuiçãogratuita
Depósito Legal 339583/12
Capa Salir
Igreja Matriz de Querença
Alte
Folclore - Alte
Mercado de Loulé
Igreja Matriz de S. B. de Messines Museu do Trajo - S. B. de Alportel
Castelo de Paderne
Mãe Soberana - Loulé Igreja Sta. M. do Castelo de Tavira
Fonte da Benémola
Cachopo
Tavira
Castelo de Loulé
Calçadinha - S. B. de Alportel
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Legenda
ESTRADAS PRINCIPAIS
LINHA FÉRREA
PERCURSO 1LOULÉ > PADERNE
PERCURSO 2S. BRÁS DE ALPORTEL > TAVIRA
PAISAGEM PROTEGIDA
ESTRADAS SECUNDÁRIAS
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Casas Baixas
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Eiras Altas
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Casas Baixas
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Loulé > Salir 24 km Loulé, no coração do Barrocal, é uma terra de artesanato e de grande dinâmica comercial organizada em torno do mercado, tão ao gosto árabe. Nas lojas que rodeiam as muralhas ainda se descobrem artesãos no seu labor. Com uma mestria ímpar, saem cestos e tapetes de palmeira-anã, cintos, malas e peças em cobre e latão. Começamos por visitar as muralhas do castelo (1), de origem árabe, reconstruídas no séc. XIII e que ainda hoje se podem ver com as suas três torres de alvenaria. No pátio encontram-se algumas pedras medievais, um poço e o arco da antiga porta de ligação à povoação. Próximo do castelo encontra-se a Ermida de Nossa Senhora da Conceição (2) que apesar da sua simplicidade arquitetónica no seu interior possui vários tesouros artísticos. Também aqui podemos visitar a igreja matriz (3), uma construção gótica do séc. XIII com um interior de três naves. A torre sineira é proveniente da adaptação de um minarete muçulmano. Aproveitamos para visitar o Museu Municipal onde se encontram coleções sobre etnografia e arqueologia. No centro da cidade visitamos ainda o Convento do Espírito Santo (4), onde está instalada a Galeria de Arte Municipal. Na saída para Boliqueime, seguindo a EN 270, avista-se à esquerda a Mãe Soberana (5), num outeiro servindo de miradouro sobre a cidade, os campos e o mar. Este é um magnífico monumento do séc. XVI, estilo Renascença, dedicado a Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Loulé.
Voltamos a entrar em Loulé para apanhar a EN 396 em direção à aldeia de Querença, situada na transição entre o Barrocal e a Serra. Antes de chegar a Querença no património natural há dois locais a não perder. Encontramos na localidade da Amendoeira um desvio para a Fonte Filipe (6) um local de grande beleza natural, no curso da ribeira das Mercês, cujas águas têm propriedades terapêuticas. Para os que gostam de andar a pé, o Cerro dos Negros (404m) (7), perto do desvio para Querença, oferece um amplo panorama sobre o litoral. Lá bem no alto, já na aldeia, encontra-se a pequena e bonita igreja (8), que data do séc. XVI e exibe um belo portal manuelino. Frente à igreja ergue-se o Cruzeiro (9) em pedra. Na aldeia fabricam-se doces, licores, um dos mais apreciados chouriços da região e as bonecas de trapos (10), com os trajes tradicionais representando várias profissões. À saída de Querença tomamos a direção do Sítio Classificado da Fonte Benémola (11), onde os amantes da fauna e da flora encontram espécies vegetais pouco comuns no Algarve como os salgueiros e os freixos, além dos loendros, dos chopos e das tamargueiras; e a vegetação típica do Barrocal algarvio como são o alecrim, o rosmaninho, o tomilho, a esteva, o zambujeiro, o sobreiro e a alfarrobeira. Na fauna destaca-se uma grande diversidade de aves residentes como a felosa-do-mato, melro-azul, águia de Bonelli e o bufo-real e ainda algumas colónias de morcegos. Na primavera esta zona acolhe a felosa-de-bigodes, a andorinha-daurica, a toutinegra-real e a águia-cobreira.Da Fonte Benémola seguimos em direção à aldeia da Tôr, atravessando a ponte sobre a Ribeira de Algibre, onde à saída tomamos um desvio para apreciar a cestaria da região. Ao chegar ao cruzamento com a estrada 525 viramos à direita em direção a Salir.
Salir > S. Bartolomeu de Messines 25 kmA vila de Salir espalha o seu casario branco pela colina, envolvendo as ruínas do castelo. As ruas estreitas, as paredes caiadas e as flores das casas dão-lhe um toque de tranquilo viver. As escavações arqueológicas do castelo supõem-na habitada pelos celtas, mas foram os árabes que a fizeram crescer durante o período da ocupação Almoada, no séc. XII. São deles as ruínas do castelo de Salir (12), um importante património arqueológico. Inserido no castelo está o Centro Interpretativo Arqueológico de Salir (13) com escavações arqueológicas do século XII.Deixamos Salir em direção a Alte pela estrada EN 124, e viramos em direção à Rocha da Pena (14), Sítio Classificado pelo ICNB e excelente para a prática do pedestrianismo e de desportos radicais, como parapente ou escalada. Tomamos a estrada 503 até à Cortinhola. Aqui fazemos um pequeno desvio até ao Malhão (15), onde existe um excelente miradouro sobre a serra e um templo budista. Continuando na estrada 542 segue-se até ao Azinhal onde se desvia para Sarnadas, em direção a Alte. Os terrenos que atravessamos fazem parte da Quinta do Freixo (16), uma propriedade
agrícola, com reserva de caça, agroturismo e produtos agroalimentares biológicos. Paramos nas Sarnadas para apreciar a gastronomia local. Continuando em direção a Alte, fazemos um desvio para subir os 467 m da Rocha dos Soidos (17), um miradouro natural com uma paisagem sobre o ondulado da serra e tendo o mar no horizonte sul.Outra alternativa é tomar a Via Algarviana (Grande Rota 13) entre Salir e Alte, passando pela localidade de Benafim, pelas paisagens da Rocha da Pena, pela Quinta do Freixo e apreciar este percurso pedestre rodeado por muros de pedra, noras e propriedades rurais. Chegamos a Alte, uma aldeia com vestígios de ocupação romana e onde a cultura árabe marcou decisivamente a arquitetura local.Do património cultural de Alte há a destacar a igreja matriz (18), rica pela sua talha e azulejaria barrocas, abóbada quinhentista, portal e pias batismais manuelinos e a Igreja de São Luís. Recomendamos uma visita à Casa Memória d’Alte, onde funciona o Posto de Turismo local, que dispõe de informações sobre percursos dentro e fora da aldeia. Ponto de referência para qualquer visitante é o som das águas da Ribeira de Alte. Aí encontramos o ex-libris da aldeia: as Fontes (19), Fonte Pequena e Fonte Grande. Estas nascentes de água, que durante séculos moveram os nove moinhos existentes ao longo do seu curso e serviram para abastecer a população local, estão hoje convertidas num local muito aprazível para piqueniques e banhos, pois possui uma represa em forma de piscina natural. A poucos quilómetros de Alte, na direção de Santa Margarida, há um desvio para a Torre, onde se pode visitar uma cooperativa de produção artesanal de brinquedos em madeira.
S. Bartolomeu de Messines > Paderne 13 km Vindos de Alte pela EN 124 chegamos a São Bartolomeu de Messines. Vila situada num longo e fértil vale nas faldas meridionais da montanha do Penedo Grande, na Serra do Caldeirão. É de visitar a igreja matriz (20) do séc. XVI, com fachada barroca. O contraste entre o branco das paredes e as cantarias de grés vermelho, o gracioso adro com escadaria e a riqueza do seu interior, fazem desta uma merecida visita. O destino seguinte dá-nos a conhecer a vida e a obra de João de Deus, poeta e pedagogo, autor da “Cartilha Maternal”, na Casa Museu João de Deus (21). A vila dispõe ainda de diferentes lojas de artesanato onde se podem adquirir produtos de couro, barro, ferro, latão, tabúa e trapos. Para usufruir do património natural envolvente aconselhamos uma rota seguindo a EN 124 até às Barragens do Funcho e do Arade (22). Existem excelentes locais para passeios, piqueniques ou observação da fauna e flora. A não esquecer que a Via Algarviana permite entre estas duas vilas um percurso pedestre agradável na região. Iniciando em Alte, junto às Fontes, rapidamente no esplendor da típica paisagem do Barrocal algarvio o trilho estreita e a vegetação adensa, desenvolvendo-se depois já perto de S. Bartolomeu de
S. Brás de Alportel > Cachopo 35 kmComeçamos o nosso percurso no centro histórico da vila de São Brás de Alportel, entre as casas térreas e caiadas, de arquitetura popular e os prédios apalaçados dos antigos industriais e comerciantes da cortiça, com fachadas cobertas por azulejos, cantarias lavradas e varandas de ferro. Percorremos a Calçadinha (1), uma via romano--medieval, testemunho dos primeiros fluxos mercantis na zona e para descobrir e conhecer a história que as pedras milenares podem revelar, visite o Centro Explicativo e de Acolhimento da Calçadinha de São Brás de Alportel (2). Visitamos a igreja matriz (3), uma construção original dos princípios do século XVI, com pinturas de santos do séc. XVII, e a Capela do Senhor dos Passos em talha dourada. Do adro desta igreja não podemos deixar de admirar a paisagem envolvente. Logo ao lado, situa-se o Jardim do Episcopado (4) também conhecido por “Verbena”, com o seu bonito coreto. Este é o jardim anexo ao Palácio Episcopal, construído entre o séc. XVI e o XVIII para os bispos do Algarve, onde está instalado o Centro de Artes e Ofícios (5). No jardim foram construídas as piscinas públicas, apenas em funcionamento no período de verão. De seguida vamos visitar as indumentárias das gentes algarvias de antigamente,
expostas no Museu Etnográfico do Trajo Algarvio (6) integrado na Casa da Cultura António Bentes. No espaço do museu encontra-se uma sala de interpretação da rota da cortiça onde se pode ter uma panorâmica geral de toda a rota e da cultura em torno da cortiça.Para observar de perto o rico património natural desta zona onde o sobreiro domina a paisagem, recomendamos que se aventure pelas bonitas estradas que conduzem a Loulé, ao Barranco do Velho ou a Tavira. Na saída de São Brás de Alportel para o Barranco do Velho, pela EN 2, vislumbra-se num ponto elevado a antiga pousada de São Brás, ex-estrutura de alojamento que fazia parte da rede de pousadas nacionais e que proporciona um excelente miradouro sobre a vila e a costa litoral. Antes da aldeia do Alportel, desviamos para Tesoureiro onde se podem comprar doces, bolos regionais, tisanas e licor de alfarroba.Um pouco mais à frente, Alportel destaca-se pelo seu casario branco com típicas chaminés de formatos vários e coberturas em telha de canudo. Aqui visitamos a Ermida de São José (7) e o Centro Museológico do Alportel (8) que dá a conhecer os valores naturais do Vale do Alportel, a memória das gentes do Alportel e da serra, terra de cortiça e tradição. Podemos constatar, pela arquitetura das casas ao longo da estrada, a grande riqueza que existiu naquela região, proveniente sobretudo da extração corticeira. Continuando pela EN 2, seguimos para a Fonte Férrea (9) datada de 1820. Situada num vale rodeado de árvores e com um riacho que corre durante quase todo o ano, é um local excelente para piqueniques, pois está equipada com mesas, bancos e vários assadores em pedra e tijolo. Chegamos ao Barranco do Velho, uma pequena aldeia localizada nas portas da Serra do Caldeirão, zona de grande tradição corticeira, onde a cor dominante da paisagem é o verde dos sobreiros e das azinheiras. Dificilmente se encontram “tiradores” de cortiça, mas em junho, se contactarmos o Gabinete Técnico-Florestal, é possível assistir a esta tradição. Subimos à capela (10) de traços tipicamente algarvios, erguida em 1944 no cimo de um monte. O seu adro faz desta um dos mais maravilhosos miradouros do Algarve, abrangendo vastos horizontes de montes cobertos de sobreiros e medronheiros. Esta aldeia é famosa pelo seu medronho. Há uma pequena casa de artesanato onde se podem adquirir produtos serranos.Do Barranco do Velho seguimos para Cachopo pela EN 124. Mais à frente, rodeada por montes cobertos de sobreiros, encontramos a Feiteira, uma povoação dispersa ao longo da estrada. Podemos parar no Centro de Descoberta do Mundo Rural da Feiteira (11) localizado na antiga escola primária, junto à estrada principal. Os amantes do pedestrianismo encontram aqui uma rede de percursos pedestres que permitem um conhecimento profundo do território e um contacto próximo com a natureza. Estes percursos ligam, através de uma grande rota (com 45
km), este Centro de Descoberta a outros dois, localizados no “monte” da Mealha e no “monte” das Casas Baixas. A Via Algarviana (Grande Rota 13) atravessa entre Barranco do Velho e Cachopo uma bela paisagem florestal com densos matos de sobreiros e medronheiros e com espécies protegidas por lei. De destacar os muitos moinhos de vento que se espalham pelos montes. Este percurso pedestre começa junto à igreja de Barranco do Velho e apesar de ser o trilho com maior dificuldade de percorrer o caminhante é recompensado com a maravilhosa vista panorâmica em Alcaria Alta, com a beleza da Ribeira de Odeleite e a foz da Ribeira do Vale Formoso.
Cachopo > Sta. Catarina Fte. Bispo 44 kmChegamos a Cachopo, uma pequena aldeia do séc. XVI. Nesta zona é a agricultura que providencia o principal sustento, destinando-se essencialmente ao consumo doméstico e sendo complementada pela criação de animais. Logo à entrada, fazemos uma paragem na Fonte Férrea de Cachopo (12), um local muito bonito, com águas férreas e muito arborizado, próprio para piqueniques e onde se podem encontrar bons exemplares da flora local. Já na aldeia, é de visitar o Pólo Museológico (13) que ilustra bem a identidade serrana. Percorrendo as ruas registamos a beleza da arquitetura tradicional serrana, as casas em xisto ou caiadas, poiais, beirados, fornos comunitários, eiras, fornalhas e chaminés rendilhadas. Paramos depois para uma visita à Igreja de Santo Estevão (14), um templo com uma só nave e um altar-mor com imagens de Santo Estevão e São Sebastião, ambas do séc. XVIII. Para os amantes da arqueologia, recomendamos um pequeno desvio seguindo a estrada 504 até ao “monte” da Mealha, onde destacamos a Anta das Pedras Altas (15) e a Anta da Masmorra (16), monumentos megalíticos do período Neolítico final. Ainda na Mealha podemos encontrar nos Palheiros Redondos (17) construções circulares feitas em pedra solta e terra, com telhados de colmo, que em tempos serviram de casa aos seus proprietários. No Centro de Descoberta do Mundo Rural da Mealha (18) estão disponíveis informações sobre a rede de percursos pedestres existentes nesta zona. Para os curiosos da arquitetura local, sugerimos um passeio até ao “monte” de Casas Baixas, pela estrada 505, onde se podem observar exemplares genuínos da construção serrana, como sejam os fornos comunitários, casas em pedra, ruas estreitas. Também aqui existe um Centro de Descoberta do Mundo Rural (19) e uma rede de percursos pedestres.Seguimos pela EN 397 em direção a Água de Fusos onde existe uma excelente área de piquenique com miradouro. Aproveitamos para desfrutar da excelente vista sobre a costa.
Informações Úteis
Serviços e Entidades Câmaras Municipais: Loulé 289400600Silves 282442325Albufeira 289599500 Centros de Saúde:Loulé 289416513Querença 289422942Salir 289489200Alte 289478174São Bartolomeu de Messines 282339252 Guarda Nacional Republicana:Loulé 289410490Salir 289489136São Bartolomeu de Messines 282339246 Bombeiros:Loulé 289400560São Bartolomeu de Messines 282339633 Postos de Turismo: Loulé 289463900Querença 289422495Almancil 289392659Salir 289489733Casa Memória de Alte 289488666Albufeira 289585279
Coordenadas geográficasLoulé (N) 37° 8’ 20.4828” (W) 8° 1’ 16.629”Querença (N) 37° 11’ 56.6334” (W) 7° 59’ 14.499”Salir (N) 37° 14’ 30.8472” (W) 8° 2’ 43.6842”Alte (N) 37° 14’ 10.215” (W) 8° 10’ 31.692”São Bartolomeu de Messines (N) 37° 15’ 23.6694” (W) 8° 17’ 16.314”Paderne (N) 37° 10’ 34.6332” (W) 8° 12’ 7.2858”
Feiras e MercadosMercado Municipal de Loulé: todos os sábadosMercado de Paderne: 1.º sábado do mêsFeira de São Tiago de Paderne: 24 de julhoFeira das Atividades Económicas de S. Bartolomeu de Messines: uma semana no mês de agosto Feira de Setembro de S. Bartolomeu de
Messines num extenso campo de amoreiras, uma das maiores da região.Voltamos a apanhar a EN 124 e depois a EN 270 em direção a Paderne. Encostada numa colina, a aldeia de Paderne é um casario branco que mais parece um presépio. Antes de entrar na vila, as placas de sinalização apontam para o Castelo de Paderne. A meio do caminho cruzamo-nos com uma fonte (23) do séc. XVIII. Logo depois, quando se começa a subir, tomamos um atalho à direita em terra batida e, mesmo por baixo da grande ponte que carrega a Via do Infante, seguimos em frente para a azenha e açude da Ribeira de Quarteira (24). Um local aprazível, com água corrente, constituindo um sistema tradicional de moagem que tem por força motriz o impulso da água. Estes engenhos são mais antigos que os moinhos de vento e constituem uma herança do período árabe. Acompanhando a ribeira e situada mais a baixo, no vale a sudoeste do castelo, ergue-se a ponte medieval (25), de feição romana, reedificada em 1771 e onde são visíveis três arcos e dois talha-mares com a forma de prisma triangular. Da azenha voltamos para trás para apanhar de novo o caminho para o castelo (26). Este castelo é um dos que figuram na bandeira de Portugal e foi conquistado aos mouros em 1248. Do alto do castelo vê-se de um lado a azenha e do outro a ponte medieval. Existe um percurso pedestre de 4 kms em torno do castelo, da ponte e da azenha. Toda a área é muito rica em fauna e flora. Deixamos o castelo pela mesma estrada e voltamos à EN 270 para seguir até à vila. É de visitar a igreja matriz (27), um belíssimo templo de três naves, datada de 1506 e com acréscimos posteriores. Continuamos pela EN 270 para ir até Boliqueime ou pela EN 395 para ir até Albufeira.
Na descida para Tavira encontram-se pequenas casas de petiscos onde se pode apreciar a gastronomia local.A poucos quilómetros de Tavira, viramos para a Asseca e vamos encontrar o Pego do Inferno (20), uma zona de grande riqueza ambiental e paisagística. É uma excelente área de lazer com uma cascata cujas águas caem de 5 metros de altura formando uma piscina muito profunda. Retomamos a estrada em direção a Tavira e na rotunda apanhamos a EN 270 para Santa Catarina.
Sta. Catarina Fte. Bispo > Tavira 11 kmSeguimos para a bonita povoação de Santa Catarina da Fonte do Bispo. Recomendamos a visita à igreja matriz (21), um edifício estilo renascença do séc. XVI. Entre as imagens merece referência a da N. Sra. da Graça, do séc. XVI, em tábua, representando a adoração dos pastores. O património natural desta zona é muito rico. À nossa volta estendem-se muitas hortas e pomares de sequeiro e de citrinos. As vastas panorâmicas características da Serra do Caldeirão, dominadas por estevas são entrecortadas por montes. Descobrimos uma arquitetura tipicamente serrana, com casas térreas, telhados de uma ou duas águas, rebocadas ou com pedra à vista. Nos arredores, é bonito o passeio pela Ribeira de Alportel, aproveitando para observar a avifauna e a flora locais. Na Cooperativa Agrícola de Santa Catarina (22) visitamos o lagar de azeite, a destilaria e o museu e, se for possível, no fim ficamos para as provas de licores e aguardente. De Santa Catarina de Fonte do Bispo podemos fazer pequenas rotas. A 1.ª rota sugerida leva-nos a Eiras Altas para adquirir bonitas plantas, nos viveiros locais. É um percurso muito bonito, percorrendo as pequenas estradas de alcatrão que seguem ao longo da Ribeira da Asseca. A 2.ª rota leva-nos a visitar o “monte” de Várzeas de Vinagre. E a 3.ª rota leva-nos a Tavira, cidade do período barroco, com as suas casas senhoriais, de telhados em triângulo e cantarias lavradas que nos faz deliciar com os pormenores arquitetónicos, as janelas de reixa ou as platibandas coloridas. Recomenda-se a visita ao centro de exposições do Palácio da Galeria (23), ao castelo (24), à Igreja do Carmo (25) ou a outra das muitas igrejas que Tavira tem para oferecer. Podemos optar por um passeio ao longo do Rio Gilão, passando pela ponte romana (26) e seguindo junto ao jardim do coreto até ao antigo mercado, agora convertido em espaço cultural. E, apanhando o barco até à Ilha de Tavira (27), podemos ainda mergulhar na beleza da Ria Formosa.
Pela Serra do Caldeirão
Do Barrocal à Serra
S. Brás de Alportel > Tavira
Loulé > Paderne
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1Messines: 20 e 21 de setembroFeira da Serra de Inverno de Loulé: último fim de semana de novembro ou 1.º de DezembroFeira de Artesanato/Loulé: junho e julho
Eventos e FestividadesEncontro de Janeiras de Querença: janeiroFesta das Chouriças de Querença: último fim de semana de janeiroCarnaval de Alte: domingo e terça-feira de CarnavalCarnaval de Loulé: domingo, segunda e terça-feira de CarnavalSemana Cultural de S. Bartolomeu de Messines: uma semana em marçoFesta dos Folares de Querença: Domingo de Páscoa Festa a Nossa Senhora da Piedade (festa grande) / Loulé: Domingo de PáscoaFesta a Nossa Senhora da Piedade (festa pequena) / Loulé: 15 dias após o Domingo de PáscoaSemana das Artes e Culturas de Alte: 25 de Abril a 1 de maioFesta da Espiga de Salir: maio (Dia da Espiga) Feriado Municipal de Loulé: maio (Dia da Espiga) Feriado Municipal de S. Bartolomeu de Messines: 3 de setembroFestival Med / Loulé: última semana de junhoFestival Jazz de Loulé: julhoFesta da Alegria / Loulé: 1.º fim de semana de agostoNoite Branca / Loulé: último domingo de agostoDesfile das Bruxas / Loulé: 31 de outubroPasseio em Flor / Querença: 1.ª semana de maioRitmos – Festival de Danças do Mundo / Querença: 13, 14 e 15 de agostoSemana Cultural / Alte: abril ou maioMoto Cross / Cortelha: 1 de maio
Feira de Artesanato e Produtos Locais / Cachopo: 2.º fim de semana de maioFeira da Serra de Verão de São Brás Alportel: último fim de semana de julhoFeira da Boa Morte de Tavira: 1 de agostoFeira de Verão de São Brás de Alportel: 1º domingo de setembroFeira Anual de Santa Catarina da Fonte do Bispo: 25 de agostoFeira de São Francisco de Tavira: 3 a 5 de OutubroFeira e Festa de Santo Estevão / Cachopo: 26 de dezembro
Eventos e FestividadesFesta das Tochas Floridas: Domingo de PáscoaFeriado Municipal de São Brás Alportel: 1 de junho Feriado Municipal de Tavira: 24 de junho Festival de Folclore de Santa Catarina da Fonte do Bispo: 4.º sábado de julho
Informações Úteis
Serviços e Entidades Câmara Municipal: São Brás de Alportel 289840000Tavira 281320500
Centro de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável de São Brás de Alportel/Associação IN LOCO: 289840860 Centros de Saúde: Posto de Saúde e Hospital de São Brás de Alpotel 289840440 Cachopo 281844216Santa Catarina da Fonte do Bispo 281971145 Guarda Nacional Republicana: São Brás de Alportel 289840800Tavira 281325745 Postos de Turismo: São Brás de Alportel 289843165Tavira 281322511 Gabinete Técnico-Florestal do Barranco do Velho:
289846472
Coordenadas geográficasSão Brás de Alportel: (N) 37° 9’ 4.8168” (W) 7° 53’ 19.9314”Barranco do Velho: (N) 37° 14’ 16.1196” (W) 7° 56’ 10.3014”Cachopo: (N) 37° 19’ 59.1924” (W) 7° 49’ 3.3918”Tavira: (N) 37° 7’ 33.1854”_(W) 7° 38’ 58.4298”Santa Catarina da Fonte do Bispo: (N) 37° 9’ 12.3906”_(W) 7° 47’ 16.2882”
Feiras e MercadosMercado de Tavira: 3.º sábado de cada mêsFeira das Velharias de Tavira: 1.º sábado de cada mêsFeira de São Brás: 2 de fevereiroFeira da Serra da Primavera de Tavira: último fim de semana de abril
Castelo de Tavira
Igreja do Carmo de Tavira
Rocha da Pena Igreja Matriz de Boliqueime
Chaminé Frutos secos
Igreja Matriz de S. B. de Alportel
Pego do Inferno - Tavira