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Sumário Executivo
Soja – As cotações internacionais devem ficar acomodadas em baixos patamares, em resposta aos altos
estoques globais. O desenvolvimento do La Niña nos próximos meses poderá trazer volatilidade às cotações
durante o plantio nos EUA, entre maio e junho, e no Brasil, entre setembro e outubro. Preços domésticos seguirão
elevados, beneficiados pelo real enfraquecido.
Milho – Preços internacionais devem seguir em alta moderada, refletindo o recuo de produção nos EUA e no
Brasil. Relação estoque consumo continua elevada, limitando alta mais relevante de preços. Cotações domésticas
continuam altas, favorecidas pela desvalorização do real, mas nos meses à frente devem arrefecer, com a entrada
da 1ª safra. Esse movimento deverá ser mais intenso no 2º semestre com a entrada da 2ª safra, que deverá ser
recorde.
Café – Preços internacionais devem continuar estáveis em baixos patamares, face à estimativa de safra
favorável no Brasil. Preços em reais devem continuar elevados, favorecidos pelo real fraco. Preços deverão
continuar com volatilidade elevada, na medida em que saírem notícias sobre o desenvolvimento da colheita no
Brasil e sobre os possíveis efeitos negativos do El Niño sobre as lavouras da Ásia.
Boi – A demanda doméstica por carne continuará arrefecida em resposta à necessidade de ajustes no
orçamento doméstico. A oferta de animais prontos para abate continuará restrita pelos elevados custos com ração
nos confinamentos. Embora a demanda doméstica continue a fundamentar preços mais baixos para o boi, as
cotações futuras na BMF deverão continuar sustentadas pela expectativa de expansão das exportações.
Açúcar e Etanol – As cotações do açúcar devem seguir em alta moderada, em resposta ao melhor ajuste
entre oferta e demanda globais. As cotações do etanol devem seguir em alta, beneficiadas pela demanda robusta
em detrimento da gasolina. A partir da entrada da nova safra em março, os preços devem voltar a cair, refletindo o
incremento de produção esperado para este ano.
Fevereiro de 2016
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Panorama Macroeconômico
A confiança das famílias e dos empresários começa a dar alguns sinais de estabilização. Porém se mantém em
um patamar ainda muito baixo, refletindo as preocupações relacionadas à sustentabilidade das contas públicas
e às incertezas na esfera política. A desaceleração da atividade econômica brasileira ainda não foi interrompida,
sustentando a piora do mercado de trabalho. A frustração com a arrecadação e a necessidade de aumentar a
receita e reduzir as despesas elevam os desafios para o ajuste fiscal. Ao mesmo tempo, os sinais vindos da
economia seguem decepcionando, com isso, prevemos retração de 3,5% do PIB neste ano, após retração
projetada de 3,9% no passado, lembrando que o IBGE divulgará esses dados no dia 03 de março. O
enfraquecimento da atividade doméstica e a dificuldade em fazer o ajuste das contas públicas – além da
tendência de apreciação do dólar em escala global e de queda dos preços das commodities – devem manter a
taxa de câmbio pressionada, divergindo dos fundamentos. Acreditamos que o dólar encerrará este ano cotado a
R$ 4,00. Diante do fraco desempenho da economia, esperamos que o IPCA mostre alta de 6,9% neste ano.
Assim, a descompressão em relação ao ano passado (10,67%), as incertezas no cenário global e a recessão
brasileira sustentam a nossa expectativa de que a Selic fechará em 13,25% no final deste ano.
O aumento da volatilidade dos mercados globais observada no início do ano se mantém, refletindo as incertezas
relacionadas ao desempenho da China e seus possíveis impactos na economia mundial, em especial nos países
emergentes e nas cadeias produtoras de commodities. Com isso, os bancos centrais ao redor do mundo,
preocupados com os riscos presentes no cenário internacional, apontam a possibilidade de expandirem os
estímulos monetários caso haja ameaça à recuperação econômica dos seus países. Esse também é o caso do
Federal Reserve, que pode postergar a continuação da normalização monetária iniciada no final do ano passado
(ou apenas torna-la mais gradual).
AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO AGRONEGÓCIO BRASIL EM FOCO
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Fonte e projeção: Conab
Elaboração: BRADESCO
Produção Nacional
de soja
(em mil toneladas)
1991 – 2016
SO
JA
2
SOJA – As cotações internacionais devem ficar acomodadas em baixos patamares, em resposta aos altos estoques globais. O desenvolvimento do La Niña nos próximos meses poderá trazer volatilidade às cotações durante o plantio nos EUA, entre maio e junho, e no Brasil, entre setembro e outubro. Preços domésticos seguirão elevados, beneficiados pelo real fraco.
15.39419.419
25.934 26.160
31.370 32.345
41.917
52.01849.989
55.027
60.01857.162
68.688
75.324
66.383
81.499
86.121
96.228
100.933
8.000
17.000
26.000
35.000
44.000
53.000
62.000
71.000
80.000
89.000
98.000
107.000
90
/91
91
/92
92
/93
93
/94
94
/95
95
/96
96
/97
97
/98
98
/99
99
/00
00
/01
01
/02
02
/03
03
/04
04
/05
05
/06
06
/07
07
/08
08
/09
09
/10
10
/11
11
/12
12
/13
13
/14
14
/15
15
/16
*
em mil toneladasFonte e Projeção: CONAB
Elaboração: BradescoProdução Nacional de Soja 1990 - 2012
Fundamentos
O relatório do USDA divulgado neste mês manteve a estimativa de produção dos EUA em 107,0
milhões de toneladas na safra 2015/2016, que já está finalizada. Para o Brasil, o USDA manteve a
estimativa de 100 milhões de toneladas divulgada no mês anterior e para a Argentina elevou a
previsão de 57 para 58,5 milhões de toneladas. Com isso, a relação estoque consumo foi elevada de
25,2% para 25,6%.
No 5º levantamento da Conab para a safra 2015/16 a estimativa para a produção de soja foi revisada
para baixo pelo segundo mês consecutivo. Agora é esperada produção de 100,9 milhões de
toneladas, ante 102,1 do mês passado, refletindo principalmente a menor estimativa para a
produtividade no Mato Grosso, que sofreu estiagem no período importante de desenvolvimento da
lavoura.
Ainda assim a soja é o destaque da atual temporada, sendo a única cultura apontada com elevação
de área em resposta à boa rentabilidade favorecida pelo dólar valorizado. Esse será, portanto, o
quarto ano consecutivo que o Brasil deverá colher safra recorde de soja, com ampliação de 6,1% ante
a safra passada.
Vem sendo apontada pelos serviços de meteorologia a crescente probabilidade de formação do La
Niña a partir de julho/agosto, que é o período de desenvolvimento das lavouras nos EUA, podendo
ficar mais intenso a partir de setembro/outubro, período de plantio no Brasil. Os efeitos do La Niña são
contrários ao do El Niño, que marcou a safra atual. Assim, é esperado clima mais seco no Sul do
País, mais chuvoso no Nordeste e também seco nos EUA. As consequências podem ser quebra de
produtividade nos EUA e no Sul do Brasil.
As cotações internacionais devem continuar acomodadas nos atuais baixos patamares, refletindo os
elevados estoques globais e a safra recorde no Brasil. As atenções deverão estar bastante
concentradas no desenvolvimento do La Niña nos próximos meses, que poderá trazer volatilidade às
cotações durante o plantio nos EUA, entre maio e junho, e no Brasil, entre setembro e outubro. Os
preços domésticos, por outro lado seguirão elevados, beneficiados pelo real enfraquecido.
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
491
546507
436
632
567
989
526
689
542
757
1.515
908
1.211
1.143
1.674
1.525
1.287
1.486
1.178
965883
400,0
600,0
800,0
1.000,0
1.200,0
1.400,0
1.600,0
1.800,0
jan
/00
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PREÇOS INTERNACIONAIS DE SOJA - BOLSA DE CHICAGO - CBOT PREÇO FUTURO 1º VENCTO 2000 - 2010
em US$ cents por bushel
em US$ cents por bushel
Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco•Projeção de preço: média dos preços futuros
de
z/1
6
Produtividade da
lavoura de soja
(em kg por ha)
1991 – 2016
Fonte e (*) projeção: Conab
Elaboração: BRADESCO
Fonte: Deral
Elaboração e Projeção: BRADESCO
Preço de soja em grão ao
produtor – Praça Paraná -
(em R$ por saca de 60 kg)
2002 – 2016
3
Fonte: Bloomberg
Elaboração: Bradesco
Soja - Preço Futuro 1º vencimento
(em US$ cents/bushel)
2000 – 2016
Projeção de preço: média
dos preços futuros
1.580
2.027
2.1502.221
2.175
2.2992.367 2.395
2.751
2.567
2.816
2.339
2.245
2.419
2.816
2.629
2.927
3.115
2.651
2.938
2.854
2.9983.037
1.500
1.700
1.900
2.100
2.300
2.500
2.700
2.900
3.100
3.300
90/9
1
91/9
2
92/9
3
93/9
4
94/9
5
95/9
6
96/9
7
97/9
8
98/9
9
99/0
0
00/0
1
01/0
2
02/0
3
03/0
4
04/0
5
05/0
6
06/0
7
07/0
8
08/0
9
09/1
0
10/1
1
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2
12/1
3
13/1
4
14/1
5
15/1
6*
em kg por ha Fonte e Projeção: Conab Elaboração: Bradesco Produtividade da lavoura de soja - 1990 - 2012
18,04
26,63
19,98
43,93
32,42
48,15
22,57
28,62
27,03
44,37
39,81
30,59
45,68
40,14
73,92
50,53
61,83
53,38
66,10
70,82
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
jan
/00
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SOJA EM GRÃO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA PR
em R$ por saca de 60 kg Fonte: Deral PR Elaboração e Projeção: Bradesco
de
z/1
6
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
MIL
HO
MILHO – Preços internacionais devem seguir em alta moderada, refletindo o recuo de
produção nos EUA e no Brasil. Relação estoque consumo continua elevada, limitando
alta mais relevante de preços. Cotações domésticas continuam altas, favorecidas pela
desvalorização do real, mas nos meses à frente devem arrefecer, com a entrada da 1ª
safra. Esse movimento deverá ser mais intenso no 2º semestre com a entrada da 2ª
safra, que deverá ser recorde.
Fonte e (*) projeção: Conab
Elaboração : BRADESCO
Produção Nacional
de milho
(em mil toneladas)
1991 – 2016
4
24.096
30.77133.174
37.44235.716
32.393
42.290
35.281
47.411
42.129
35.007
42.515
51.370
58.652
51.004
56.01857.407
72.980
81.506 80.052
84.67383.336
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
90.000
90
/91
91
/92
92
/93
93
/94
94
/95
95
/96
96
/97
97
/98
98
/99
99
/00
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/01
01
/02
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/03
03
/04
04
/05
05
/06
06
/07
07
/08
08
/09
09
/10
10
/11
11
/12
12
/13
13
/14
14
/15
15
/16
*
em mil toneladas Fonte e Projeção: ConabProdução Nacional de Milho - 1991 - 2012
Fundamentos
No relatório mensal de acompanhamento de safra divulgado neste mês pelo USDA, a estimativa de
produção norte-americana, que já está finalizada, foi mantida em 345,5 milhões de toneladas. Já as
estimativas para a Argentina foram revisadas, passando de 25,6 para 27 milhões de toneladas, e para o
Brasil saltaram de 81,5 para 84 milhões de toneladas. Na comparação com o mês anterior a relação
estoque consumo ficou estável em 21,6%, permanecendo acima da safra passada, que fechou em
19,8%.
A Conab trouxe revisão positiva para a estimativa de produção de milho no 5º levantamento da safra
2015/16 divulgado neste mês. A produção esperada para a 1ª safra, que começará a ser colhida a partir
de março foi revisada para cima, passando de 27,7 milhões de toneladas na estimativa do mês passado
para 28,3 milhões de toneladas na estimativa atual. A 2ª safra, que começará a ser plantada a partir de
fevereiro, está estimada em 55 milhões de toneladas. Assim, a produção total de milho está estimada em
83,3 milhões de toneladas, o que representa um recuo de 2,8% ante a safra passada.
Um aspecto relevante para acompanhar nos próximos meses é a crescente probabilidade de formação
do fenômeno climático La Niña a partir de julho/agosto, período de desenvolvimento das lavouras nos
EUA, podendo ficar mais intenso a partir de setembro/outubro, período de plantio no Brasil. Os efeitos do
La Niña são contrários ao do El Niño, que marcou a safra atual. Assim, é esperado clima mais seco no
Sul do Brasil e nos EUA e clima mais chuvoso no Nordeste brasileiro. As consequências podem ser
quebra de produtividade nos EUA e no Sul do Brasil.
Os preços internacionais de milho devem seguir em movimento moderado de alta, refletindo o recuo da
produção nos EUA e no Brasil. Mas, de todo modo, a relação estoque consumo continua elevada,
limitando alta mais relevante de preços. Movimento volátil poderá ser percebido durante o plantio nos
EUA e no Brasil, que ocorrem respectivamente entre abril e maio e setembro e novembro. Os preços
domésticos continuam favorecidos pela desvalorização do câmbio, mas tendem a registrar recuo nos
meses à frente, com a entrada da nova safra. A partir do 2º semestre do ano, a queda de preços pode ser
mais acentuada, com a entrada da 2ª safra de milho, que deverá ser recorde.
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Produtividade –
milho
(em kg por ha)
1991 – 2016
Fonte: Conab
Elaboração : BRADESCO
Fonte: Deral
Elaboração e Projeção: BRADESCO
Preço de milho ao
produtor – Praça
Paraná
(em R$ por saca de
60 kg)
2000 – 2016
5
Milho - Preço Futuro 1º vencimento
(em US$ cents por
bushel)
2000 – 2016
Projeção de preço: média
dos preços futuros
Fonte: Bloomberg
Elaboração: Bradesco
217
235
267
215
316
237
413
326
493
711
418
322
347
546
750
598
766
661
440
502
337367
391
160
260
360
460
560
660
760
860
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Milho - Bolsa de Chicago - CBOTPreço futuro 1º vencimento
Em US$ cents por bushelFonte: Bloomberg Elaboração e Projeção: Bradesco
de
z/1
6
1.791
2.1942.3492.344
2.622
2.356
2.5882.6502.5892.480
3.260
2.864
3.585
3.296
2.867
3.279
3.655
3.972
3.599
4.3114.158
4.808
5.1495.057
5.396 5.432
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
5.000
5.500
6.000
90
/91
91
/92
92
/93
93
/94
94
/95
95
/96
96
/97
97
/98
98
/99
99
/00
00
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01
/02
02
/03
03
/04
04
/05
05
/06
06
/07
07
/08
08
/09
09
/10
10
/11
11
/12
12
/13
13
/14
14
/15
15
/16
*
em kg por ha Produtividade - Milho - 1991 - 2012
11,95
7,05
11,40
22,28
18,96
16,26
10,44
14,14
24,94
13,07
19,96
26,92
17,26
23,29
17,8419,17
24,34
29,60
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
jan
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/02
jan
/03
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/04
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/05
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/06
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/07
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/08
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/10
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/11
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/12
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/13
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Preço pago ao produtor de milho - Paraná Fonte: DeralElaboração e Projeção:
Em R$ por saca de 60 kg Fonte: DeralElaboração e Projeção:
Em R$ por saca de 60 kg
de
z/1
6
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Fundamentos
O relatório do USDA divulgado em meados de dezembro reduziu a estimativa da produção brasileira
para a safra 2015/16 (já finalizada no Brasil) de 52,4 milhões de sacas estimadas em junho para 49,4
milhões de sacas em dezembro, refletindo os efeitos da estiagem que assolou a região Sudeste no ano
passado. Assim, para a safra global, o USDA reduziu a estimativa de 152,7 milhões de sacas para 150,1
milhões de sacas entre os levantamentos de junho e de dezembro do ano passado, refletindo
principalmente a revisão baixista para o Brasil. Isso ajudou a sustentar os preços do café nos últimos
meses. Para o Vietnã, que produz café robusta e está em período de colheita, o USDA estimou
ampliação da produção de 28,6 para 29,3 milhões de sacas entre os dois levantamentos. No entanto, a
Vicofa, associação local dos cafeicultores estima produção de 18 milhões de sacas, em resposta aos
baixos preços recebidos na safra anterior que desincentivou o cultivo. Como apontado pelos serviços de
meteorologia, o El Niño deverá trazer estiagem nas regiões equatoriais, podendo comprometer a safra
de países produtores de café como Vietnã, Indonésia e Colômbia. Importante lembrar que a safra
2015/16 está em fase de colheita no Vietnã e na Colômbia, ao passo que no Brasil já está finalizada. A
colheita da safra 2016/17 no Brasil terá início em abril. O próximo relatório semestral do USDA será
divulgado em meados de junho, quando poderemos ter mais clara as estimativas para a safra desses
países.
A Conab divulgou em janeiro o 1º levantamento da safra 2016/17, que será de alta bienalidade. A safra
total de café no Brasil está estimada em 50,5 milhões de sacas de 60 quilos, uma alta de 16,9% ante o
volume de 43,2 milhões de sacas da safra passada. A produção de arábica está estimada em 38,8
milhões de sacas, com incremento de 21,1% ante a safra passada, que somou 32,1 milhões de sacas. A
ampliação da produção resulta do clima mais favorável e do incremento de área plantada em Minas
Gerais e São Paulo. A produção de robusta está estimada em 11,7 milhões de sacas, um acréscimo de
4,9% ante a safra passada, que alcançou 11,2 milhões de sacas. A ampliação será possível pelo
incremento de área plantada na Bahia. No Espirito Santo, principal estado produtor de robusta, a área foi
reduzida, como resultado das dificuldades enfrentadas pelos produtores com as variâncias climáticas do
ano passado.
As cotações internacionais devem continuar com tendência de estabilidade nos baixos patamares atuais,
em resposta às estimativas de safra favorável no Brasil, mas os preços domésticos em reais devem
continuar elevados, favorecidos pelo enfraquecimento do real. O movimento dos preços poderá
apresentar volatilidade elevada, na medida em que saírem notícias sobre o desenvolvimento da colheita
no Brasil, que se iniciará em abril, e sobre os possíveis efeitos negativos do El Niño sobre as lavouras da
Ásia.
CAFÉ – Preços internacionais devem continuar estáveis em baixos patamares, face à
estimativa de safra favorável no Brasil. Preços em reais devem continuar elevados,
favorecidos pelo enfraquecimento do real. Preços deverão continuar com volatilidade
elevada, na medida em que saírem notícias sobre o desenvolvimento da colheita no
Brasil e sobre os possíveis efeitos negativos do El Niño sobre as lavouras da Ásia.
Produção Nacional de
Café
(em mil sacas de 60 kg)
1995 – 2016
Fonte e projeção (*): Conab
Elaboração: Bradesco
CA
FÉ
6
26.000
16.800
27.500
18.860
34.547
27.170
31.100
28.137
48.480
28.820
39.272
32.944
42.512
36.070
45.992
39.470
48.095
43.484
50.82649.152
45.342
43.235
50.535
11.000
21.000
31.000
41.000
51.000
61.000
94/9
5
95/9
6
96/9
7
97/9
8
98/9
9
99/0
0
00/0
1
01/0
2
02/0
3
03/0
4
04/0
5
05/0
6
06/0
7
07/0
8
08/0
9
09/1
0
10/1
1
11/1
2
12/1
3
13/1
4
14/1
5
15/1
6
16/1
7*
Fonte e projeção (*): Conab Elaboração: BradescoProdução Nacional de Café - 1994 - 2012mil sacas de 60 kg
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Fonte: CEPEA ESALQ Elaboração: Bradesco
Preço Café Arábica
(em R$ por saca de 60 kg)
2000 – 2016
Projeção de preço: média
dos preços futuros BMF
7
Fonte: Bloomberg
Elaboração: Bradesco
Café Arábica - NYBOT Preço Futuro 1º vencimento
(em US$ cents por libra
peso)
2000 – 2016
Projeção de preço: média
dos preços futuros
115,06
63,07 65,95
67,78
99,48
127,53
96,55
131,18
152,04
108,67
142,45
204,99
272,07
180,03
150,03
117,62
197,02
118,14117,85
25,0
75,0
125,0
175,0
225,0
275,0
325,0
jan
/00
jan
/01
jan
/02
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/03
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/04
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/05
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/06
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/07
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/08
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/09
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/16
Projeção de preço: média dos preços futuros Café em grão - Bolsa de Nova York - NYBOT2000 - 2010Em US$ cents por libra peso
Fonte: Bloomberg Elaboração:
de
z/1
6
223,6239,8
337,0
230,4
291,4269,8
247,5
328,0
530,8
408,6
247,7
366,3
480,1
424,0
563,5
542,0
90,0
140,0
190,0
240,0
290,0
340,0
390,0
440,0
490,0
540,0
590,0
jan
/00
jan
/01
jan
/02
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/03
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/04
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/05
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/06
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/07
jan
/08
jan
/09
jan
/10
jan
/11
jan
/12
jan
/13
jan
/14
jan
/15
jan
/16
Café Arábica - Preço ao Produtor - Praça São Paulo 2000 - 2012Em R$ por saca 60 kg Fonte: Cepea EsalqElaboração e Projeção: Bradesco
de
z/1
6
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
104.974
120.133
80.000
90.000
100.000
110.000
120.000
130.000
140.000
150.000
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Exportações Brasileiras de carne bovina - 2010 - 2012 - Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco
2013
2014
2015
BO
I
BOI – A demanda doméstica por carne continuará arrefecida em resposta à
necessidade de ajustes no orçamento doméstico. A oferta de animais prontos para
abate continuará restrita pelos elevados custos com ração nos confinamentos.
Embora a demanda doméstica continue a fundamentar preços mais baixos para o
boi, as cotações futuras na BMF deverão continuar sustentadas pela expectativa de
expansão das exportações.
Fundamentos
Em resposta ao câmbio mais depreciado, os volumes embarcados de carne bovina passaram a expandir
a partir do início do segundo semestre do ano passado. Ainda assim, as exportações em volume caíram
13,3% no ano passado, refletindo o recuo de 47,9% e 40,4% das compras por parte da Rússia e da
Venezuela, respectivamente, que sofrem os efeitos da retração dos preços do petróleo e da
desvalorização das respectivas moedas ante o dólar, encarecendo as importações de carnes.
Neste ano, o câmbio depreciado continuará incentivando a ampliação dos embarques. Somam-se a isso
dois aspectos bastante relevantes: (i) a abertura de diversos mercados para a carne bovina brasileira
(EUA, China, Japão, África do Sul, Iraque, Irã e Arábia Saudita); e (ii) o recuo das exportações
australianas para países asiáticos, em razão do menor volume de animais prontos para abate. O USDA
estima expansão de 9,2% dos volumes embarcados de carne bovina pelo Brasil neste ano. Já a Abiec,
entidade que reúne os exportadores de carne, estima elevação de 21% em volume.
O movimento de preços de carnes no atacado dá indícios de que o consumidor está trocando o
consumo de carne bovina de 2ª pela carne de frango. Desde meados do ano passado até o início de
fevereiro, os preços da carne de 2ª caíram em média 4%, ao passo que os preços da carne de frango
subiram 15% no mesmo período. O consumo doméstico de carne, principalmente bovina, que tem
preços mais elevados, tende a arrefecer, refletindo a piora do mercado de trabalho e da renda da
população.
Apesar da melhora do clima, contribuindo para a boa manutenção dos pastos, a oferta de animais
prontos para abate deverá continuar muito justa neste ano, em resposta ao abate de fêmeas em anos
anteriores. No ano passado, a restrição de oferta levou à redução de 8,6% dos abates. Neste ano, a
oferta ainda poderá continuar restrita, já que os elevados custos com ração à base de milho deverão
limitar a expansão dos confinamentos.
A demanda doméstica por carne bovina deverá arrefecer nos meses à frente, refletindo a continuidade
de piora do mercado de trabalho e a necessidade de ajustes no orçamento doméstico das famílias. Em
que pese o maior regime de chuvas contribuindo para a boa manutenção dos pastos, a oferta deverá
continuar restrita, já que os elevados custos com ração deverão limitar o crescimento dos
confinamentos. Embora o arrefecimento da demanda interna fundamente preços mais baixos para o boi
nos meses à frente, a expectativa de expansão das exportações, favorecidas pelo câmbio e pela
abertura de novos mercados está sustentando as cotações futuras na BMF em elevados patamares.
8
Exportações
brasileiras de carne
bovina
(em mil toneladas)
2013 – 2015
FONTE: SECEX
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Boi Gordo – Preço ao
Produtor – Praça São Paulo
(em R$ por arroba)
2002 – 2016
FONTE: CEPEA
ELABORAÇÃO: BRADESCO
9
Projeção de preço: média
dos preços futuros BMF
BOVESPA
Abate de bois
em mil cabeças
2013 - 2015
FONTE: MAPA
ELABORAÇÃO: BRADESCO
2.294
2.485
2.2562.208
1.962
1.800
2.000
2.200
2.400
2.600
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Abates mensais de boi - 2010 - 2012 - Em toneladas Fonte: Secex Elaboração: Bradesco
2013
2014
2015
42,2
51,7
61,8
93,3
74,5
109,6106,9
90,897,0
108,4
125,2
150,7155,2
163,4
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
160,0
180,0
jan
/02
jan
/03
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/04
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/05
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/06
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/07
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/08
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/09
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/10
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/11
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/12
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/13
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/14
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/15
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/16
BOI GORDO PREÇO AO PRODUTOR - PRAÇA SP
Em R$ por arroba (15 kg)Fonte: Cepea EsalqElaboração e Projeção: Bradesco
de
z/1
6
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
222.429 223.460240.944
287.810
314.969
257.592
320.650
359.316
431.413
474.800
559.432
604.514623.905
560.364
588.916
658.822
634.767
658.702
150.000
250.000
350.000
450.000
550.000
650.000
90
/91
91
/92
92
/93
93
/94
94
/95
95
/96
96
/97
97
/98
98
/99
99
/00
00
/01
01
/02
02
/03
03
/04
04
/05
05
/06
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/07
07
/08
08
/09
09
/10
10
/11
11
/12
12
/13
13
/14
14
/15
15
/16
*
mil toneladasProdução Nacional de Cana-de-Açúcar - 1990 - 2013
Fonte e projeção : Conab Elaboração. Bradesco
AÇÚCAR E ETANOL – As cotações do açúcar devem seguir em alta moderada,
em resposta ao melhor ajuste entre oferta e demanda globais. As cotações do
etanol devem seguir em alta, beneficiadas pela demanda robusta em detrimento da gasolina. A partir da entrada da nova safra em março, os preços devem
voltar a cair, refletindo o incremento de produção esperado para este ano.
Fundamentos
No último relatório divulgado em dezembro, a Conab apontou que a produção de cana no Brasil deva
atingir 658,7 milhões de toneladas na safra 2015/2016, o que representa alta de 3,8% em relação à safra
passada. Em relação ao levantamento de agosto, houve leve melhora na estimativa de produção,
passando de 655,2 milhões de toneladas para 658,7 milhões de toneladas, refletindo a melhora
climática. O próximo levantamento da Conab será divulgado em meados de abril, com a primeira
estimativa para a safra 2016/17.
O levantamento divulgado pelo USDA em novembro trouxe melhor ajuste entre oferta e demanda
globais, com a relação estoque consumo passando de 26% na safra passada para 22,9% na atual. O
próximo relatório semestral do USDA será divulgado em meados de maio. Consultorias internacionais
especializadas estão apontando que, após cinco anos gerando superávits globais, a indústria de açúcar
deverá apresentar déficit.
Segundo a Unica, faltando dois meses para a finalização do processamento da safra 2015/16 de cana,
foram moídos no Centro-Sul 4,7% a mais de cana em relação ao ano passado. Na mesma comparação,
a produção de açúcar está 4,3% menor e a de etanol anidro (misturado na gasolina) está 3,1% mais
baixa. Já a produção de etanol hidratado, usado diretamente nos veículos flex, está 10,7% maior para
atender ao forte incremento de consumo após a elevação do preço da gasolina.
Segundo a ANP, as vendas de etanol hidratado cresceram 37,5% em 2015, ante o ano anterior,
enquanto as vendas de gasolina caíram 7,3% no mesma base de comparação.
Os preços internacionais do açúcar devem seguir em alta moderada, refletindo o melhor ajuste entre
oferta e demanda globais por açúcar e a menor produção no Brasil. No entanto, os estoques globais
ainda continuam elevados, o que combinado ao dólar forte deverá impedir alta mais relevante dos
preços cotados nessa moeda. Os preços do etanol devem seguir pressionados, favorecidos pela
demanda robusta e pelo aumento de preços da gasolina. Mas a partir de março/abril, com a entrada da
nova safra, os preços devem voltar a cair, já que é esperado incremento relevante de produção de
etanol, em detrimento da produção de açúcar.
10
AÇ
ÚC
AR
E
ETA
NO
L
Produção nacional de
cana-de-açúcar
em mil toneladas
1991 – 2016
Fonte e projeção (*): Conab
Elaboração: Bradesco
Safra 15/16 Mil ton Var. Abs. Var. %
1º Levantamento Abr/15 654.613
2º Levantamento Ago/15 655.159 546 0,1%
3º Levantamento Dez/15 658.702 3.543 0,5%
4º Levantamento Abr/16
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Preço de Etanol Hidratado
(em R$ por metro cúbico)
2012 - 2016
FONTE: BMF BOVESPA
ELABORAÇÃO: BRADESCO
11
Preços internacionais de
açúcar
(em US$ cents por
bushel)
2000 – 2016
Projeção de preço: média
dos preços futuros
FONTE: BLOOMBERG
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Produção nacional de
açúcar (em mil toneladas)
Produção nacional de
etanol (em mil litros)
1994 – 2016
FONTE: CONAB
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Projeção de preço: preços
futuros BMF BOVESPA
11.700
19.380
16.020
27.500
38.168
35.968
37.878
35.56034.613
12.692
13.078
10.518
14.640
23.007
25.763
27.595
23.640
28.660 29.215
8.000
15.000
22.000
29.000
36.000
43.000
93
/94
94
/95
95
/96
96
/97
97
/98
98
/99
99
/00
00
/01
01
/02
02
/03
03
/04
04
/05
05
/06
06
/07
07
/08
08
/09
09
/10
10
/11
11
/12
12
/13
13
/14
14
/15
15
/16
*
Açúcar em mil toneladasEtanol em mil litros
Fonte e (*) Projeção: Conab Elaboração: Bradesco
Produção nacional de açúcar e de etanol 1993 – 2013
AÇÚCAR
ÁLCOOL
5,6
10,7
9,0 8,8
6,3
9,0
8,4
17,9
8,9
13,1
11,3
28,4
14,6
32,1
21,9
29,5
24,9
17,7
15,4
10,7
14,9
13,96
3,0
9,0
15,0
21,0
27,0
33,0
jan
/00
jan
/01
jan
/02
jan
/03
jan
/04
jan
/05
jan
/06
jan
/07
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/08
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/09
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/10
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/12
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/13
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/14
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/15
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/16
Preços internacionais de açúcar – NYBOT – Preço futuro 1º Vencto 2000 – 2013Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco
Em US$ cents por libra peso
de
z/1
6
1.062
1.291
1.025
1.146
1.225
1.354
1.150
1.136
1.076
1.316
1.192 1.148
1.353
1.590
1.708
1.842
1.455
1.475
920
1.020
1.120
1.220
1.320
1.420
1.520
1.620
1.720
1.820
1.920
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/12
fev/1
2m
ar/
12
ab
r/12
mai/1
2ju
n/1
2ju
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2set/
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2d
ez/
12
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3m
ar/
13
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n/1
3ju
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3d
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13
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4m
ar/
14
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4ju
n/1
4ju
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4set/
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t/14
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v/1
4d
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14
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5m
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15
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n/1
5ju
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v/1
5d
ez/
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6m
ar/
16
ab
r/16
mai/1
6ju
n/1
6ju
l/16
ag
o/1
6set/
16
ou
t/16
no
v/1
6
em R$ por metro cúbico
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
FONTE: Bloomberg
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Posições não
comerciais e preços
internacionais de soja
2010 - 2016
FONTE: Bloomberg
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Posições não
comerciais e preços
internacionais de milho
2010 - 2016
FONTE: Bloomberg
ELABORAÇÃO: BRADESCO
Posições não comerciais
e preços internacionais
de café
2010 - 2016
Acompanhamento das posições não comerciais
-27264
192117
-24414
260.845
46.808
168.209
-130.404
-20775
1.613
940,8
926
-160.000
-120.000
-80.000
-40.000
0
40.000
80.000
120.000
160.000
200.000
240.000
280.000
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
2.000
fev/1
0
mai/1
0
ag
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0
no
v/1
0
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1
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1
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1
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2
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2
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v/1
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3
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3
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4
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5
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5
ag
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5
no
v/1
5
fev/1
6
US$ c / bushel em número de contratos
posição não comercial
preço soja
16-j
un
-09
-66.274
385.009
80.111
149.456
-113.383
-15328
746,8
789,5
545,3
340,5
351,5
-300000
-200000
-100000
0
100000
200000
300000
400000
500000
150
250
350
450
550
650
750
850
fev/1
0
ou
t/10
jun
/11
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2
ou
t/12
jun
/13
fev/1
4
ou
t/14
jun
/15
fev/1
6
US$ cents por bushel
posição não comercial
preço milho
46.478
50.224
38.200
-2147
281,7
208,9
168,3
124,25
-30.000
-20.000
-10.000
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
-20
30
80
130
180
230
280
330
380
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ab
r/10
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dez/1
0
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ab
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1
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t/11
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1
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ab
r/12
jun
/12
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2
ou
t/12
dez/1
2
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3
ab
r/13
jun
/13
ag
o/1
3
ou
t/13
dez/1
3
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ab
r/14
jun
/14
ag
o/1
4
ou
t/14
dez/1
4
fev/1
5
ab
r/15
jun
/15
ag
o/1
5
ou
t/15
dez/1
5
fev/1
6
Posições Não Comerciais e Preços Internacionais de café - 2007 - 2014 - Fonte: Bloomberg Elaboração: Bradesco
posição não comercial Café
16-j
un
-09
US$ c / libra em número de contratos
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
SO
JA
Complexo Soja
Da soja em grão produzida no Brasil, 43% do volume é exportado e 57% é destinado à moagem. O
processo de moagem resulta em 72% de farelo e 18% de óleo. Os 10% restantes são sementes e perdas.
Do farelo produzido, 50% são exportados e, do óleo, 20% são embarcados.
A soja é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de 40%.
Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável.
No mercado doméstico, a soja é utilizada na fabricação de alimentos, como mortadelas e salsichas, e
cerca de 80% são utilizados na fabricação de rações. A soja responde por 25% a 30% da ração de aves e
suínos.
Países de destino
Grão: 75% China, 15% Europa, 10% outros países asiáticos.
Farelo: 70% Europa, 20% países asiáticos.
Óleo: 50% China, 20% Índia.
Sazonalidade
Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e colheita se concentra entre fevereiro e maio.
Regionalização
Centro-Oeste: 49%; Sul 33%; 8% Nordeste; 6% Sudeste
Ranking
O Brasil é o segundo maior player global na produção, com 30,8%, atrás dos EUA, com 31,5%, mas é o
maior exportador, com 40,7% do total, seguido pelos EUA, com 39,3%.
Retrato do mercado
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O milho é base das rações para os principais tipos de criação. Na composição das rações, o produto
representa:
64% da avicultura
65% da suinocultura
23% da pecuária de leite
Países de destino
As exportações de milho respondem por 32% do volume produzido. Os principais mercados de destino
são: 20% Vietnã, 16% Irã, 7% Taiwan.
Sazonalidade
O milho tem duas safras:
Safra de verão: plantio ocorre entre outubro e dezembro e a colheita se concentra entre fevereiro e
maio. Representa 40% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 45% Sul; 26% Sudeste; 10%
Centro-Oeste; 15% Nordeste.
Safra de inverno: plantio ocorre entre fevereiro e junho e a colheita se concentra entre julho e novembro.
Responde por 60% da safra total. Tem a seguinte distribuição regional: 64,3% Centro-Oeste; 23% Sul
(somente Paraná); 6% Nordeste (somente Bahia); 5% Sudeste.
Ranking
O Brasil é o terceiro maior produtor global, com 7% de participação no mercado e o segundo maior
exportador, com 18% de participação.
MIL
HO
Retrato do mercado
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O Brasil exporta 67% do café produzido, sendo 90% de café verde e 10% de café solúvel
A cultura de café tem elevados custos com mão de obra, que representam cerca de 52% dos custos
totais, pois a maior parte da colheita é manual.
Países de destino
Café verde: 19,3% EUA; 18,8% Alemanha; 10% Japão.
Café solúvel: 16,3% EUA; 13,5% Rússia; 6,4% Ucrânia.
Regionalização
Distribuição regional da produção de café arábica:
71,5% Minas Gerais
10,5% São Paulo
9,1% Espírito Santo
4,3% Paraná
2,8% Bahia
Distribuição regional da produção de café robusta:
75,6% Espírito Santo
12,5% Rondônia
6,7% Bahia
2,6% Minas Gerais
Sazonalidade
A florada do café ocorre entre setembro e novembro no Brasil. A colheita tem início em maio e se
estende até setembro.
Ranking
O Brasil é o maior player global, com participações de 37% na produção e de 27% na exportação. Os
demais players, como Vietnã e Colômbia, têm baixo consumo interno, ao contrário do Brasil, que
responde por 15% do consumo mundial. C
AF
É
Retrato do mercado
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O rebanho bovino nacional é estimado em quase 200 milhões de cabeças. O rebanho comercial para
abate é estimado em 40 milhões de cabeças, ou seja, este é o volume de gado em idade e peso ideais
para o abate. O restante do rebanho se divide entre vacas de leite, bezerros e boi magro.
As exportações respondem por 20% da produção nacional de carne bovina.
Países de destino
A Rússia é o principal mercado de destino das exportações brasileiras de carne bovina, com
participação de 22%. Hong Kong responde por 18%.
Regionalização
Os abates de bovinos têm a seguinte distribuição regional: 36,4% Centro-Oeste; 20,4% Sudeste; 20,1%
Norte; 12,3 Sul; 10,8% Nordeste.
Ranking
O Brasil é o segundo maior produtor global de carne bovina, com 16,9% de participação, antecedido
pelos EUA, que representam 19,1%.
O Brasil é o maior exportador mundial, com 21% do mercado.
Sazonalidade
O ciclo da pecuária bovina é longo – 2,5 anos, contando desde o nascimento do bezerro até o abate do
animal com aproximadamente 15 arrobas.
O sistema de criação de bovinos no Brasil é a pecuária extensiva, ou seja, o boi é criado solto no pasto,
alimentado à base de capim.
O sistema de confinamento, que é a criação do boi à base de ração em pequenos espaços, responde
por apenas 5% do total de abates.
A safra bovina ocorre no primeiro semestre do ano, no período de chuvas, quando há pastagens
abundantes. Com maior oferta de boi para abate, os preços do boi gordo nesse período são menores.
A entressafra bovina ocorre no segundo semestre, período da seca, quando o frio e as geadas secam
as pastagens. O boi perde peso e há menor oferta de boi para abate. No entanto, os preços se elevam
nesse período, pois a oferta é maior de boi de confinamento, cujo custo de produção é mais elevado. No
pico da entressafra (outubro) ocorre o maior abate de boi macho confinado.
Nos confinamentos há dois turnos:
1º turno: aloja o boi magro entre maio-junho e entrega em agosto-setembro
2º turno: aloja o boi magro em agosto-setembro e entrega em novembro-dezembro
BO
I
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Complexo Sucroalcooleiro
Da cana-de-açúcar produzida no Brasil, 46% se destinam à produção de açúcar e 54% à produção de
etanol.
O açúcar tem a seguinte destinação: 70% exportação e 30% mercado doméstico. O etanol tem a
seguinte destinação: 10% exportação e 90% mercado interno.
Do total de etanol produzido, o hidratado representa 55% (usado como combustível nos carros flex fuel)
e o anidro 45% (misturado à gasolina na proporção de 20% a 25%).
O açúcar é uma cultura de exportação, visto que o nível de produção excede o consumo em torno de
70%. Isso significa dizer que qualquer crescimento da produção nacional gera excedente exportável.
Países de destino
Açúcar Bruto (73% da produção) : 15% China; 8% Bangladesh;
Açúcar Refinado (27% da produção): Principais países: Países árabes e africanos;
Etanol: 60% EUA; Coreia do Sul 13%.
Sazonalidade
A cana é uma cultura perene, pois o tempo entre o plantio e a colheita da cana é de 18 meses, e da
mesma planta é possível fazer até 6 cortes, em média.
O período de colheita da ocorre entre abril e novembro. Nesse período, as usinas operam 24 horas.
Entre os meses de janeiro e março as plantas industriais são desmontadas para manutenção.
O Brasil é o único grande player mundial com safra no primeiro semestre do ano. Os demais produtores
relevantes (EUA, Europa, Índia, Tailândia e Austrália) têm início de safra a partir do segundo semestre.
Regionalização
65% Sudeste; 16,8% Centro-Oeste; 10,3% Nordeste; 7,3% Sul.
Ranking
O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, com participação de 22,2%. Os demais players são:
Índia 15%; União Europeia 9,2%; China 8,5%; Tailândia 6,2%.
O Brasil é o maior exportador, com participação de 46% no mercado global. Os demais exportadores
são: Tailândia 15%; Austrália 5,4%.
Os maiores produtores mundiais de etanol são: 57% EUA e 27% Brasil.
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Economia Internacional: Fabiana D’Atri / Felipe Wajskop França / Daniela Cunha de Lima / Thomas Henrique Schreurs Pires
Economia Doméstica: Igor Velecico / Andrea Bastos Damico / Ellen Regina Steter / Myriã Tatiany Neves Bast / Ariana
Stephanie Zerbinatti
Análise Setorial: Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo / Leandro de Oliveira Almeida
Pesquisa Proprietária: Fernando Freitas / Leandro Câmara Negrão / Ana Maria Bonomi Barufi
Estagiários: Gabriel Marcondes dos Santos/ Wesley Paixão Bachiega / Carlos Henrique Gomes de Brito/ Gustavo Assis
Monteiro
Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos
Marcelo Cirne de Toledo - Superintendente executivo
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