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ano 3 | nº 18 - 09.2012 | R$ 2,00 www.adpb.com.br ADPB Capacitação teológica: Conplei 2012 A 3ª Onda Missionária p. 15 Jovens Os novos pregadores p. 11 Papua Nova Guiné Traduzindo a Bíblia Sagrada p. 13 Uma ferramenta útil no desenvolvimento do serviço cristão

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Assembléia de Deus na Paraíba

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ano 3 | nº 18 - 09.2012 | R$ 2,00www.adpb.com.br

a d p b

Capacitação teológica:

Conplei 2012A 3ª Onda Missionária p. 15

JovensOs novos pregadores p. 11

papua Nova GuinéTraduzindo a Bíblia Sagrada p. 13

Uma ferramenta útil

no desenvolvimento

do serviço cristão

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Edição18João Pessoa 09.2012

3. Atualidades5. Pastoral5. Francamente6. Reflexão7. Capa

10. Relatório Charis11. Antenado13. Papua Nova Guiné14. Visitas da SEMAD 15. CONPLEI 2012

Sumário

Rápida

Banco do Brasil

Ag. 0011-6Cc. 230.168-7

paRa CONTRI bUI RCOM M ISS ÕE S

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igreja, reflexões e missões - adpb | 3

Pr. Eduardo Leandro Alvessecretário executivo de Missões

Pr. José Carlos de Lima - Presidente da AD na Paraíba, Presidente da COMADEP / Pr. Eduardo Leandro Alves - Secretário Executivo de Missões / Pr. Moisés Carlôto - 1º secretário adjunto / Ev. Lindeberg Cardoso - 2º secretário adjunto / CEEM - Conselho de Evangelismo e Missões - Presidente: Pr. Cleudimar Lima - Secretário: Pr.

Antônio Dias - Relator: Pr. Luiz Derço Santiago – Membros: Pr. José Carlos de Lima e Pr. Vargas. / ADPB EM REVISTA - Editor: Pr. Eduardo Leandro Alves-Redator: Ramon Nascimento - Revisão de textos: Raquel Monteiro - Projeto Gráfico: Jesiel Claudino - Diagramador: Ev. Lindeberg Cardoso - Colaboradores:

Salismar Júnior e Daniel Nascimento - Fotos: Saulo di Tarso - Impressão: Gráfica Santa Marta / Assembleia de Deus - Av. Coelho Lisboa, 553 - Jaguaribe - CEP 58015-630 - João Pessoa-PB - Fone: (83) 2106-1465 / ADPB em Revista é o veículo de comunicação da igreja evangélica Assembleia de Deus na Paraíba, com publica-

ção bimestral. Tiragem: 6.000 exemplares. / Todas as informações contidas podem ser utilizadas e reproduzidas, desde que seja citada a fonte.

ATUALIDADES

38% dos universitários brasileiros são “analfabetos”,

revela pesquisa

O Brasil tem cerca de 6,5 mi-

lhões de universitários. Desse

total, 38% ainda não domi-

nam habilidades básicas de leitura e escrita,

ou seja, são capazes de ler e escrever, mas

não conseguem interpretar e associar infor-

mações.

Essa estatística faz parte de um levanta-

mento feio pelo Indicador de Alfabetismo

Funcional (Inaf ) e divulgado pelo Instituto

Paulo Montenegro (IPM) e pela ONG Ação

Educativa, no mês de Julho.

Criado em 2001, o Inaf é realizado por

meio de entrevista e recolheu uma amos-

tra de 2 mil pessoas entre 15 e 64 anos, em

todo o território nacional. Elas respondem

a 38 perguntas relacionadas ao cotidiano,

como, por exemplo, sobre o itinerário de

um ônibus ou o cálculo do desconto de um

produto. O indicador classifica os avaliados

em quatro níveis diferentes de alfabetiza-

ção: plena, básica, rudimentar e analfabe-

tismo. Aqueles que não alcançam o nível

pleno em alfabetização são considerados

analfabetos funcionais.

Para a professora da Universidade de

Brasília (UnB), Stella Bortoni, o problema

não está no Ensino Superior, mas no Ensi-

no Fundamental e Médio. “A escola não está

cumprindo o papel básico de ensinar a ler e

o professor não é capacitado para lidar com as

diferenças sociais dos alunos”, afirma.

O Inaf também aponta que o número de

analfabetos no Brasil caiu de 12% para 6% em

uma década. Os analfabetos funcionais, que

conseguem ler apenas informações simples e

têm dificuldades na interpretação de um tex-

to, somam 27% dos brasileiros em geral. Entre

os que têm de 50 a 64 anos, o analfabetismo

funcional atinge 52%. Isso ocorre porque mui-

tos não tiveram acesso ao ensino quando es-

tavam em idade escolar.

Para a coordenadora-geral da Ação Educati-

va, Vera Masagão, o indicativo reflete a “popu-

larização” do Ensino Superior sem qualidade:

“No mundo ideal, qualquer pessoa com uma

boa 8ª série deveria ser capaz de ler e entender

um texto ou fazer problemas com porcentagem,

mas no Brasil ainda estamos longe disso”. Se-

gundo ela, o número de analfabetos só vai dimi-

nuir quando houver programas que estimulem

a educação como trampolim para uma maior

geração de renda e crescimento profissional.

“Existem muitos empregos em que o adulto pas-

sa a maior parte da vida sem ler nem escrever,

e isso prejudica a procura pela alfabetização”,

afirma.

Fonte: Inaf

A paz do Senhor Jesus, caro leitor!

A cada edição de sua ADPB em Revista, procuramos trazer o melhor conteúdo jornalís-tico-religioso para que você possa ficar informado a respeito do uni-verso institucional da nossa igreja.

Por ocasião da proximidade da 5ª Semana Teológica, fizemos questão de trazer como matéria de capa, os trâmites que circundam o campo teológico no Brasil. Claro, partindo de um ponto de vista, pentecostal. A maté-ria trata do crescimento dos seminários bra-sileiros. Trazemos algumas observações em relação a formação teológica de obreiros e também um panorama sobre algumas con-trovérsias que envolvem o reconhecimento do Ministério da Educação (MEC) aos cur-sos teológicos. O objetivo dessa matéria é lhe trazer in-formações pertinentes para o exercício da sua vocação cristã, ou seja, sobre o seu ser-viço à causa de Cristo, que é anunciar a Sua Salvação. Ainda nessa edição há uma artigo que busca lhe deixar mais consciente a respeito da educação e da cidadania, já que estamos em um período que é decisivo para nossa ci-dade. Você sabia que existem muitos universi-tários que não sabem interpretar o que leem? Na seção ao lado trazemos este lamentável quadro. Nossos missionários nos escreveram do Peru e da Papua Nova Guiné e ainda nesta edição, eu conto detalhes de minha viagem ao Paraguai e o Ev. Lindeberg nos traz algu-mas informações sobre o Congresso de lí-deres evangélicos indígenas (CONPLEI) que ocorreu em Mato Grosso.

Tenha uma boa leitura!

Até a próxima!

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Bolívia:Cochabamba (SETEP)- Miss. Daniel Matoso e Miss. Maria Matoso E-mail: [email protected] Miss. Flávia Cristina Azevedo - Secretária [email protected] Miss. Marcelino - Diretor e Coordenador Pedagógico E-mail: [email protected] - Miss. Eurivaldo Caisto e Miss. Rhebekka E-mail: [email protected] Miss. Kleverson - (parceria com a AD Sapé)- Miss. Felipe Trajano - (parceria com a AD Guarabira) E-mail: [email protected] Alunos bolsistas: Nancy, Luiz Carlos, Brayan, Ariel, Erneston,Moises,Alicia, Saul, Daniel, Erika e Juan

La Paz - SEDE DO MINISTÉRIO- Miss. Elyvaldo Mendes e Miss. Sueli Mendes Presidente do Minsterio La Paz a las Naciones e Cood. Geral da Missão na Bolívia Email: [email protected] Miss. Gutemberg Marinho - Em Parceria com a AD em Campina GrandeCooperadores- Miss. Mario Quispe- Miss. Fredy Tito C. Quispe e Miss. Deysi S. Quispe

Santa Cruz de la Sierra- Miss. Adegildo Gonçalves e Miss. Jaqueline E-mail: [email protected]

Rio Mamoré - Miss. Jesus Mano e Roxanita E-mail: [email protected]

Peru: - Miss. Gildeny Basílio do Nascimento (Oxapampa)

E-mail: [email protected] Miss. Werner e Miss Viviane (Oxapampa)E-mail: [email protected]

Paraguai:- Miss. Joelson Loureço e Miss. Neves - Natalio E-mail: [email protected]

Senegal:- Miss. Nelson Kleiton e Miss. Nivea Monteiro (parceria com a AD em Guarabira, PB) E-mail: [email protected]

Tradução de Bíblia- Miss Érika Viviane Cavalcanti - Papua Nova Guiné E-mail: [email protected]

México- Miss. Camila Almeida E-mail: [email protected]

Divulgação- Miss. Daniel Ramos e Miss. Maria de Fátima- Miss. Alberto Freire e Miss. Juliana - Em processo de renovação do projeto E-mail: [email protected] Miss. Dineide A. L. Oliveira - Em processo de renovação do projeto E-mail: [email protected] Miss. Felipe - Concluiu o curso no SETEP - AD em Guarabira (em processo de envio)- Miss. Celimárcia - Concluiu o curso no SETEP - AD em Patos (em processo de envio)

Localidades sustentadas no sertão da Paraíba:- Sítio São João – Matureia - Tataíra - Desterro- Sítio Pitombas – Tavares - Sítio Aparecida - Desterro- Sítio Palmeira – Imaculada - Lastro- Sítio Alagoinha - Água Branca - Vieirópoles

Nos

sos

Mis

sion

ário

s

Local: Av. Primeiro de Maio, 239 – Jaguaribe, João Pessoa (Templo da AD - Sede do CETAD)Horário: 19h00minData: 10, 11 e 12 de Outubro de 2012Investimento: R$ 20,00. Inscrição: www.adpb.com.br/cetadpbRealização: CETAD-PB e Edições Vida Nova

pastor Eduardo Leandro alves - Bacharel em Teologia, Mes-tre em Missiologia pelo Se-minário Batista de Educação Cristã (SEC-Recife), Mestre em Teologia pela Faculdades EST (Escola Superior de Teologia, São Leopoldo, RS). Diretor do Centro de Estudos da Assem-bleia de Deus (CETAD-PB). Entre seus livros: “Que Evan-gelho é Esse?”, “Chamados para Servir”, “Salmos Missio-lógicos” e “O Deus da Bíblia”.

dra. Norma braga

- É doutora em literatura francesa pela UFRJ e mes-tranda em teologia filosó-fica pelo Centro Presbite-riano de Pós-Graduação Andrew Jumper. Autora do livro: “Cosmovisão Cristã”, pela Edições Vida Nova

pastor Franklin Ferreira - Bacharel em Teologia pela Escola Superior de Teologia da Universidade Mackenzie e Mestre em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. Diretor e professor de teologia sistemática e história da igreja no Seminário Martin Brucer, em São José dos Campos, e consultor acadê-mico de Edições Vida Nova. Entre seus livros: “Teologia Cristã”, “Gigantes da Fé” e “Agostinho de A a Z”.

avivamento e Renovação para a Igreja: a busca de uma mudança na Igreja Evangélica brasileira

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pastoral

Pr. José Carlos de LimaPresidente da COMADEP

Presidente da AD na Paraíba

Francamente

Ramon NascimentoRedator

Já que esta edição traz em sua matéria de capa o registro de um novo tempo que vivemos em nossa igreja, com o in-

teresse de voltar à sala de aula para ampliar os horizontes, a respeito de conhecimentos que ainda não dominamos, faço questão, nesta coluna, de trazer uma história de su-peração de alguém que, nos últimos anos, tem se destacado na esfera judiciária fede-ral. Joaquim, um ex-faxineiro que limpava ba-nheiros do TRE no Distrito Federal, filho de uma dona de casa e de um pedreiro, dividia seu tempo entre a escola e a faxina no TRE. Gostava muito de estudar outras línguas. Um dia, esse mineiro, na certeza da solidão, cantava uma canção em inglês enquanto limpava o banheiro. Naquele momento, um diretor do tribunal entrou e achou curioso uma pessoa da faxina ter tanta fluência em outro idioma. Essa estranheza abriu cami-nhos para outras funções. Fluente em in-glês, francês, alemão e espanhol, Joaquim formou-se em Direito pela Universidade de Brasília, sendo a época o único negro da UnB. Passou nos concursos de Oficial da Chancelaria, Advogado do Serviço Federal, Procurador da República, professor da Uni-versidade do Rio de Janeiro. Joaquim ainda toca piano e violino desde os 16 anos de idade e, hoje, ocupa o mais alto cargo do poder judiciário brasileiro: Joaquim Barbosa é um dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal. Sabemos que Deus abençoa quem batalha nesta vida. Deus é especialista em mudar quadros de vida, mas Ele deseja que escre-vamos nossa história em cada quadro que aparece em nossa frente. Creia que sua oportunidade vai chegar, basta francamente, esperar em Deus.

“Dou graças Àquele que me fortaleceu, a Cristo Jesus nos-so Senhor, porque me julgou fiel, pondo-me no seu ministé-rio” (I Tm 1.12).

Segundo definição do dicionário Auré-lio, ministério é cargo, incumbência, cumprir os deveres do seu ministério,

o ministério cristão. Trata-se, portanto, de um serviço que se presta a outros. No exercício do Ministério, para que ve-nhamos a exercê-lo com excelência, acredito que são necessárias algumas consciências de nossa parte: Ministério é dado por Deus. Devemos compreender que um ministério não é algo em que nós deliberadamente nos colocamos. É somente Deus e o Seu Espírito Santo que pode conceder um ministério. Leia a orienta-ção do Apóstolo Paulo em II Corintios 5.18. O Ministério não é nosso. Nós fomos colo-cados no Ministério do Senhor, por Ele mes-mo, porque fomos achados fiéis, e porque nos foi concedida misericórdia de Sua parte - II Coríntios 4.1 Dessa forma, precisamos estar cônscios de que Deus jamais permitirá que infiéis e injustos permaneçam no seu Ministério. To-davia, o Senhor usará de misericórdia com aqueles que sinceramente desejam servi-lo, com o pouco que tem. Qualquer capacidade para o ministé-rio não é proveniente de nossa formação intelectual, seja ela qual for. Deixo explíci-to que é necessário que o obreiro desenvolva suas habilidades intelectuais. Estude, aperfei-çoe seus conhecimentos, e, isso durante toda a sua vida ministerial. Sabemos que a neces-sidade de salvação das pessoas é a mesma em todas as épocas por causa do pecado que afetou a humanidade. Mas com o desenvol-vimento do conhecimento humano, as ma-nifestações culturais, o desenvolvimento e a ordem social foram e estão sendo alteradas. Cabe ao ministro estar constantemente se ca-pacitando para enfrentar os desafios diários que lhe são propostos. Para que a mensagem da salvação seja pertinente e compreensiva aos ouvidos de sua geração, assim como fo-ram em gerações que nos antecederam. Contudo, consideremos que existia alguém com formação intelectual, este era o Apósto-lo Paulo. Era mestre nas escrituras judaicas, instruído aos pés de Gamaliel, conhecedor da Lei de Deus como ninguém, e de muitas

outras disciplinas acadêmicas, haja vista a linguagem e o teor profundo de suas epístolas. Todavia, o mesmo Paulo decla-ra: “Não que sejamos capazes, por nós mesmos, de pensar alguma coisa, como se partisse de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem de Deus. Ele nos fez também capazes de ser ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espí-rito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica” (II Co 3.5-6). Costumo utilizar a metáfora de uma mangueira. Alguém já viu uma mangueira carregada, pesada com seus frutos, com os galhos para cima? Não! Ao contrário. Quanto mais mangas, mas pesado ficam os galhos e mais baixos eles ficam. Assim somos nós. Quanto mais conhecimento, mais devemos nos curvar, pois quanto mais nos capacitamos intelectualmente, mais descobrimos que nada sabemos. Assim, pois, de quem é este minis-tério? II Coríntios 3.7-11: “E, se o ministé-rio da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por cau-sa da glória do seu rosto, a qual era transitória. Como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o mi-nistério da justiça. Porque também o que foi glo-rificado nesta parte não foi glorificado, por causa desta excelente glória. Porque, se o que era tran-sitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece.” Fica claro que o minis-tério procede de Deus. Não somos nós que decidimos o que fazer, quando e de que forma, mas necessitamos da direção do Espírito de Deus a fim de realizarmos o trabalho que Ele tem para nós, pois o ministério é dele e foi confiado a nós. Ele fala através de nós. É o tesouro em vaso de barro (II Co 4.7). Somos limitados e finitos, mas aprouve a Deus colocar em nós Seu Espírito, manifestar-se a nós e através de nós.

buscando a excelência no Ministério

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6 | adpb - igreja, reflexões e missões

Capa

Como definir ética? Ética é a ciência que se ocupa com a conduta do ser humano, focando especialmente sua

responsabilidade pela organização da vida na sociedade (e perante Deus). Dr. Werner Wise, citando Rabusque, define ética como: “ciência normativa do agir humano em vista do seu fim último” . Mesmo que pessoas tivessem de admitir que, ocasionalmente, deixavam de viver con-forme os critérios e padrões morais da sua sociedade, consideravam isso uma reflexão sobre sua própria imperfeição, e não sobre a validade da lei moral. As pessoas, tanto no passado quanto agora, negavam que fossem malfeitores, que tivessem cometido crimes, mas nunca afirmaram que os culpados não deveriam ser punidos. Foi deixado por conta de nossa época negar a possibilidade de culpa. Não se está seguro de existir algo como certo ou errado, bom ou mau. E essa completa incerteza acer-ca dos valores morais está na raiz da terrível confusão de nossa época. Esse caos ético é a razão última de todas as nossas divisões e conflitos. Devido a essa incerteza sobre cri-térios de certo ou errado, o mundo, que em alguns sentidos está mais unido como nunca (especialmente na comunicação), ao mesmo tempo, está simultaneamente dividido como nunca antes esteve. Se no passado precisávamos percorrer grandes distâncias para encontrar princípios morais distintos dos nossos (sair da Europa e ir para a Ásia, Índia, China), hoje basta atra-vessarmos o corredor de nosso prédio, ou a rua em que moramos para encontrar pessoas vivendo em um mundo completamente dife-rente, no qual não existe Deus nem lei divina (mesmo que tenha uma crença no sagrado, é

uma crença totalmente distinta do que sem-pre acreditamos e fomos ensinados), onde impera o egoísmo, os instintos animais, a so-brevivência dos mais aptos. Muitas pessoas hoje creem que “certo” é o que é útil para o seu grupo. Falando em nosso contexto brasileiro, somos um país cristão em sua esmagadora maioria. Além disso, evangélicos se multipli-cam cada vez mais na sociedade, mostrando que até 2035 metade da população brasileira se identificará como evangélica. Mas, em vis-ta da óbvia confusão de valores e de cren-ças, deveríamos perguntar: “que religião é essa, pregada tão agressivamente em nosso tempo? Essa ênfase nos valores cristãos por acaso significa que realmente queremos levar a sério a vida cristã e seguir sinceramente a liderança, o senhorio de Jesus Cristo? Ou essa ênfase é apenas um esforço para ocultar a profunda incerteza concernente a todos os valores morais que nos ameaçam e apavo-ram”? A fim de obter uma resposta a respeito dessas perguntas, é necessário refletir a natu-reza da vida cristã. Qual é esse cristianismo que é defendido em rede de televisão? Há alguma relação com a fé histórica da Igre-ja e com o Testemunho da Bíblia? Qual é a resposta cristã ao problema dos critérios ou padrões morais? Devemos ainda nos per-guntar: “O que torna cristã uma vida”? Vida cristã é o mesmo que vida feliz, vida bem ajustada, vida normal? O que isso significa para a cidadania? Pode-se dizer que o conceito de cidadania sempre esteve fortemente “ligado” à noção de direitos, especialmente os direitos políti-cos, que permitem ao indivíduo intervir na direção dos negócios públicos do Estado,

participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administra-ção, seja ao votar (direto), seja ao concorrer a um cargo público (indireto). No entanto, dentro de uma democracia, a própria defini-ção de Direito, pressupõe a contrapartida de deveres, uma vez que, em uma coletividade, os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do cumprimento dos deveres dos de-mais componentes da sociedade. Assim, o exercício do voto, um direito garantido e conquistado, torna-se um exercí-cio de cidadania e uma ferramenta para que a cidadania possa alcançar a todos. Por isso o voto deve ser baseado em uma decisão cons-ciente. Como cristãos e cidadãos, possuímos padrões éticos que nos orientam em nossas decisões no exercício de nossa cidadania, in-clusive o voto. Como cristão você precisa responder al-gumas perguntas: Existe algo que possa nos guiar nas decisões que tomamos diariamen-te? Existe um critério ou padrão que possa nos orientar? Um padrão? Você pode apre-sentar as razões que fazem com que você vá a um culto, Em vez de estar passeando na praia? Como foi que você chegou a essa decisão? Houve algum critério importante que você usou para se orientar? Igualmente, quando você escolhe uma pessoa como ami-ga (ou amigo), Em vez de outra, sua decisão é guiada por algum critério de atratividade? Ao escolher um candidato a algum cargo ele-tivo, sua decisão se baseia em quê? Quais os princípios que lhe orientam? Viva a sua fé em Jesus, tome as decisões corretas e exerça a sua cidadania.

a É t i c a , o C r i s t ã o e a C i d a d a n i a

Leia o texto na íntegra no blog:

eduardoleandroalves.blogspot.com

Pr. Eduardo Leandro AlvesSecretário de Missões da ADPB

Page 7: ADPB em Revista

Capa

Há quem diga que todo pastor neces-

sariamente é um teólogo, mas sabe-

mos que nem todo teólogo é pastor.

Isso traz certos incômodos diante daqueles

seminários, espalhados em todo o país, que

já oferecem uma credencial pastoral. Mas,

realmente, o que é ser pastor, ou melhor, o

que é ser teólogo?

Um diploma na mão abre muitos cami-

nhos. Mas para ter esse diploma em mãos,

é necessário passar, no mínimo, 3 anos estu-

dando Teologia, o curso do qual trataremos

nesta matéria.

Nossas salas de aula estão lotadas. Os

membros de nossa igreja buscam a cada dia

mais conhecimento na Palavra de Deus. As-

sim como nossos pastores estudam Teologia

para um melhor desenvolvimento no Minis-

tério.

Sabemos que o início do século XXI trou-

xe uma série de modificações no campo re-

ligioso e a igreja começou a trilhar novos

caminhos que passam pela comunicação,

cultura, tecnologia e até pela educação – o

campo do conhecimento do qual trataremos

nas páginas a seguir.

Ser pastor ou ser teólogo

Segundo a matéria publicada no site da Cristianismo Hoje, do jornalista Valter Gon-

çalves Júnior, estima-se que cerca de 90 mil pessoas exercem a função de pastor evangé-lico no Brasil, sem contabilizar as denomi-nações independentes, as quais não fazem parte de nenhuma Convenção. Esse número é 5 vezes maior do que o de padres brasi-leiros. O crescimento do público evangélico no Brasil e a forte presença dos religiosos na mídia, garantindo a autenticidade de grandes “templos midiáticos” espalhados em todo o país, levam-nos a observar que o número de autoridades eclesiásticas tam-bém cresceu surpreendentemente. Muita gente almeja o ministério pastoral hoje em dia. Outros ingressam num curso teológico achando que esse é o caminho mais rápido e prático para “tornar-se pastor”. E é aqui onde aparece o X da questão. Há muitos jovens que pensam na função pastoral como alternativa diante de fracas-sos profissionais. “Existe muito bacharel em teologia sem qualidades mínimas para ser pastor”, desabafa o diretor-executivo da As-sociação de Seminários Teológicos, Fernan-do Bortolleto. Ele também destaca a grande diferença entre estudar e ser ordenado para o ministério: “É totalmente diferente ser pastor e ser teólogo”. A busca por profissionalização e de melhor preparo favorece o crescimento do interes-se por Teologia. O nosso pastor José Carlos de Lima, presidente da Assembleia de Deus na Paraíba, defende o estudo da Teologia

como suporte para um melhor preparo no desenvolvimento do ministério. “Nossa igre-ja não só incentiva, como também auxilia no pagamento para que os obreiros façam o curso de educação teológica. Todo ministro tem que ter o curso de Teologia, no mínimo, o básico”, enfatiza o pastor.

Um reconhecimento ou uma intervenção? Por causa da abertura de muitos se-minários, o Ministério da Educação (MEC), através do Conselho Federal de Educação, passou a reconhecer, desde 1999, o caráter universitário do curso de Teologia. Mas isto ainda gera um fogo cruzado entre os aca-dêmicos que defendem o reconhecimento estatal de cursos da área e aqueles que en-tendem que a educação acerca das coisas de Deus deve ficar restrita ao âmbito deno-minacional. O reconhecimento do MEC em relação ao curso como de Nível Superior abre outras portas para os graduados em Teologia, como por exemplo, uma pós-graduação e a pos-sibilidade de acesso a cargos públicos, por meio de concursos que exigem o diploma de curso superior. Mas, segundo os alunos e professores que são contra o reconheci-mento, a interferência do MEC pode nivelar por baixo a Teologia com outras ciências, ou seja, acaba profissionalizando algo que é

Capacitação teológica:

Por Ramon Nascimento

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Uma ferramenta útil no desenvolvimento do serviço cristão

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completamente confessional. Nessa disputa, ainda existem os se-minários que não são reconhecidos pelo MEC, mas que dão margem ao aluno para que ele possa covalidar seu certificado em outra instituição reconhecida. É o caso do Centro de Estudos Teológicos da Assem-bleia de Deus na Paraíba (Cetad-PB). Este Centro possibilita ao aluno fazer um curso de Teologia Ministerial, durante 3 anos. Após esse período, caso o aluno opte por ter um diploma com o carimbo do MEC, é preciso integralizar seus créditos e fa-zer a prova de seleção para, enfim, es-tudar mais 1 ano na Escola Superior de Teologia (EST). A educação se dá via distância (EaD) e o diploma vem reconhecido pela Universidade Fe-deral do Rio Grande do Sul (UFRGS). Como acrescenta o pastor Eduardo Leandro Alves, diretor do Cetad-PB: “Isso é uma discussão muito ampla. Penso que deve haver (como há) fa-culdades de Teologia com nível de excelência pelo MEC, mas deve ha-ver também cursos de Teologia com qualidade oferecidos pela igreja, segundo normas estabelecidas pela própria denominação, mesmo que não seja reconhecido pelo MEC. Hoje ainda há a possibilidade de fa-zer um bom curso de teologia sem reconhecimento pelo MEC e depois buscar a integralização dos crédi-tos. Penso que enquanto houver essa possibilidade devemos utilizá--la”.

A Teologia e os pentecostais

O pentecostalismo surge, como movi-mento de expansão, no início do século XX. Nesse período, estava acontecendo grandes debates teológicos, como a Te-ologia Liberal que questionava, dentre outras coisas, o nascimento virginal de Cristo, Sua ressurreição e os milagres como fatos históricos. Nesse contexto, os missionários pentecostais, sobretudo os oriundos da Escandinávia e algumas re-giões dos Estados Unidos, não incentiva-vam o estudo em seminários, priorizando, entre outras coisas, a vida devocional do crente, com a leitura bíblica e o estudo

realizado na própria igreja, como a Escola Bíblica Dominical e os cultos de ensino. Isso explica um pouco o retardo das igrejas pentecostais em incentivar o es-tudo em seminários. Hoje, a própria As-sembleia de Deus fundamenta sua visão missionária na ciência Teológica. “Não acredito que deva haver uma dissocia-ção entre a teologia e a praxis missional. Uma boa prática missionária precisa pos-suir uma boa base teológica e um bom conhecimento teológico só tem sentido se desembocar na missão, na prática. Se isso não acontecer se torna apenas dis-

curso. Não fazemos teologia para Deus. Ele não precisa. Fazemos teologia para as pessoas”, afirma o Pr. Eduardo.

E o Cetad?

O Pr. José Carlos de Lima, em 2007, resolve criar o Centro de Estudos Teológicos da Assembleia de Deus para administrar outros cursos já existentes, como os oferecidos pela EETAD (Escola de Educação Teológica da Assembleia de Deus) e pelo IBADEP (Instituto Bíblico da Assembleia de Deus no Estado do Paraná). O Cetad-PB não é um centro de formação de pastores, mas um centro de estu-dos confessional (pentecostal) que visa oferecer ensino de qualidade a quem já está desempenhando al-guma função ministerial, ou busca um maior conhecimento a respeito

“Não fazemos teologia para

deus. Ele não precisa.

Fazemos teologia para as pessoas”

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O Cetad-pb não é um centro de formação de pastores, mas um centro de estudos confessional (pentecostal) que visa ofe-

recer ensino de qualidade a quem já está desempenhando um serviço cristão.

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da Palavra de Deus, neste caso, partindo do princípio que a Bí-blia é a Palavra de Deus. A parceria com a EST também possibilita ao Cetad oferecer al-guns cursos de pós-graduação. “Como associação educacio-nal estamos projetando várias ações sociais visando cooperar para o bem estar social de nossa cidade e também de nosso Es-tado. Há pessoas extremamen-te capacitadas em nossa igreja que podem utilizar seus dons e talentos para o bem-estar so-cial. Esse também é um papel da igreja, com isso anunciamos os valores do Reino de Deus e compartilhamos a salvação na pessoa de Jesus Cristo. Nosso trabalho visa ações a estarem em desenvolvimento nas co-memorações do centenário de nossa igreja em 2018. Orem por nós”, solicita o Pr. Eduardo. Na busca em oferecer um ensino bíblico de qualidade, o Cetad-PB já dispõe no calen-dário oficial da instituição um evento denominado Semana Teológica. Pastores como Rus-sel Shedd, Nemuel Kessler, Silas Daniel e Rui Raiol já vieram a João Pessoa para ministrar du-rante os dias desse evento. Ago-ra estamos caminhando para a 5º Semana Teológica que acontecerá entre os dias 10 a 12 de Outubro, no templo da AD, localizado na Av. Primei-ro de Maio, em Jaguaribe. O Pr. Franklin Ferreira, a Drª. Norma Braga e o Pr. Eduardo serão os palestrantes deste ano. Essa Se-mana Teológica está sendo rea-lizada em parceria com a Edi-ções Vida Nova. O entendimento é que es-tudar Teologia é buscar uma fé mais sólida e não adquirir uma credencial para “ser pastor”.

E o p asto r Edu ardo resp o ndeu mais :

1. Como o senhor encara o cres-cimento dos cursos teológicos em todo o país? O conhecimento é sempre bem vindo. A Bíblia nos orienta a bus-carmos o conhecimento. A ques-tão, a saber é, se esse conheci-mento é de qualidade ou apenas uma forma de “desencargo de consciência”. Dizer que tem um curso teológico, mas totalmente insignificante em relação a ques-tões hermenêuticas, ou um curso de teologia que não acrescenta nada em termos da prática da vida cristã, do testemunho, da proclamação da fé, não acrescen-ta muita coisa. Além do que, co-nhecimento precisa gerar humil-dade e não arrogância. 2. Por que as universidades fe-derais não abrem vagas para curso de Teologia? Penso que há um preconceito muito grande no Brasil. Em rela-ção à Europa e Estados Unidos es-tamos muito defasados. Tive um professor, Dr. Oneide Bobsin, que proferiu uma Palestra na PUC em Goiás, em um Seminário sobre os 100 anos da publicação do livro: “A ética Protestante e o Espírito Capitalista”, obra do grande so-ciólogo e economista Max Weber. Em sua palestra ele mostrou que

as notas de rodapé que Weber utilizou, em sua maioria são de teólogos. Então, um dos pensado-res mais importantes da história da humanidade utilizou-se do co-nhecimento de teólogos. Isso pode ser visto também nas obras de Horkheimer, inclusive de Haber-man. Boa parte dos professores de universidades brasileiras ignoram isso. 3. O senhor concorda com a re-gulamentação da profissão (te-ólogo)? Como professor sim. Como pas-tor não. Acredito que é necessá-ria a formação teológica para um pastor. Mas como crente, acre-dito que o conhecimento por si só não é suficiente a um pastor, pois a graça de Deus (unção) não se adquire em livros ou em banco de faculdade (seminário), mas em relacionamento com Deus. Obvia-mente, o conhecimento não exclui esse relacionamento.

4. Por que a parceria com a EST? A Escola Superior de Teolo-gia possui excelência educacional pelo MEC. Seus cursos de pós-gra-duação são avaliados com nota 7

(nota máxima). Embora eles pos-

suam princípios hermenêuticos

diferentes, buscamos que nossos

alunos saibam o que creem e o

porquê creem. Eles precisam ter

a capacidade de ler o diferente e

saber por que se definem pente-

costais, por que têm a Bíblia como

Palavra de Deus. Sua fé precisa ser sólida. Além disso, a parceria com a EST garante que os alunos façam a integralização dos cré-ditos com qualidade e tenham a certeza que seus diplomas serão entregues pela própria EST.

Page 10: ADPB em Revista

10 | adpb - igreja, reflexões e missões

A paz do Senhor, irmãos...

É com imenso prazer que voltamos nesta edição da ADPB em Revista para vos comunicar a res-peito do que Deus tem feito por meio de nossas idas e vindas aos municípios paraibanos. Na edição anterior, relatamos nossas viagens ao distrito de Canafístola, em Araçagi, além de Santa

Luzia, Logradouro e Riachão do Poço. Desta vez, queremos compartilhar as maravilhas do Senhor em Imaculada e São José do Bonfim. Antes, cabe-nos a conceituação do Charis: Um projeto de impacto evangelístico no interior do Esta-do. Todo início de mês estamos em uma cidade específica, pregando o Evangelho da Paz e anunciando a Salvação em Cristo Jesus. O Charis conta com o apoio direto da Secretaria de Missões da Assembleia de Deus na Paraíba (Semad-PB) e do Conselho de Evangelismo e Missões (CEEM).

Presbítero João Carlos coordenador do Charis

projeto CharisEvangelizando a Paraíba!

São JoSé Do BonFIM – 04 e 05 de Agosto

Um total de 92 irmãos foram a esta cidade. A qual começou a receber o evangelismo de impacto a partir do sábado à tarde. Na Cruzada Evangelística que houve na praça, 04 pessoas

entregaram suas vidas ao Senhor. No domingo de manhã, continuamos com o evangelismo porta a porta, enquanto outra equipe realizava o trabalho infantil na escola da cidade. Resultado: 60 pessoas confessaram a Cristo como Salvador.

IMACulADA – 01 e 02 de Setembro

Nessa viagem, contamos com o apoio de 58 participantes que, na manhã do sábado, começaram a evangelizar casa por casa. À tarde, enquanto uma equipe continuava o evangelismo

pessoal, outra trabalhava no evangelismo infantil contando com mais de 80 crianças. Já no sábado à noite, realizamos uma Cruzada Evangelística num gi-násio de uma escola, e, para honra e glória do Senhor, 5 vidas aceitaram a Cristo. Às 10 horas da manhã de domingo, continuamos as visitas. Além de trabalhar com as crianças, realizamos o primeiro discipulado dos novos convertidos que aceitaram no dia anterior. O trabalho missionário só terminou à noite, com um bom saldo: 94 pessoas foram alcançadas pelo Evangelho e mais de 110 crianças foram instruídas no Caminho do Senhor.

Page 11: ADPB em Revista

igreja, reflexões e missões - adpb | 11

Quando imaginamos a programação de um jovem num sábado à noi-te, logo deduzimos que ele esteja

na casa da namorada, tomando um açaí com os amigos, no ensaio do grupo de louvor da igreja ou até mesmo em algum show gospel. Mas, um grupo de jovens, liderados por dois professores da Escola Bíblica Domini-cal, está fazendo algo pioneiro na igreja As-sembleia de Deus paraibana. Há algumas semanas foi montada a 1ª turma do Encontro de Pregação Bíblica no templo central da ADPB, em Jaguaribe. Cer-ca de 20 jovens estão dedicando suas noites de sábado para o aperfeiçoamento na difusão da Palavra de Deus. Segundo um dos coordenadores do pro-jeto, Jesiel Claudino, o encontro trata-se de um curso intensivo de 7 aulas, sobre a Homi-

antenado

aniversário do beth RapháA igreja deseja os parabéns ao coral jovem Beth Raphá, que no dia 02 de Setembro reali-zou, no templo central da ADPB, um culto em ações de graça pelos 5 anos de existência. O coral, cujo significado do nome é Casa de Cura, conta com mais de 80 jovens, entre músicos e coristas. Os primeiros regentes foram Adriano Dantas e Aynara Dilma. Esta última permanece até hoje, juntamente com Arlenne Dayana.

lética (ciência que estuda os princípios fun-damentais da pregação bíblica e do discurso, aplicados na proclamação do Evangelho). “Precisamos investir numa geração de pregadores da Palavra de Deus. E, enquanto igreja do Senhor, nossa função é dar suporte ao jovem para que ele cres-ça no conhecimento da Palavra”, enfatizou Jesiel Claudino. Para se ter uma ideia da aceitação entre os jovens, existem mais de 300 men-ções sobre o curso na Fan Page EBD Jovem Central no Facebook. A metodologia do curso é baseada em dois pilares: o teórico (ciência) e o prático (aplica-ção pessoal e o desenvolvimento na pregação bíblica). Sentados em torno de uma mesa, os jovens participam ativamente do curso inte-rativo, com o auxílio de material audiovisual.

A ideia do projeto partiu de Jairo Fer-nandes e Jesiel Claudino, professores da classe de jovens na Escola Bíblica Domi-nical, com o apoio do Pr. Eduardo Lean-dro Alves, que também ministra algumas aulas. Segundo os professores, esse curso não terminará por aqui. Novas turmas serão formadas, pois a demanda é altíssima. E a cada turma objetiva-se buscar a qualidade que o projeto pode proporcionar.

Ramon Nascimento

Jovens busc am aperfeiçoamento

na pregação bíbl ica

Será realizado nos dias 15, 16, 17 e 18 de Novembro mais um congresso da União de Mocidade da Assembleia de Deus em João Pessoa (UMADJP 2012). O evento será no Ginásio O Ronaldão e contará com a presença dos pastores Benhour Lopes e Neril-do Accioly.

Mais informações na página da Umad Jp no Facebook.

Page 12: ADPB em Revista

naquele lugar. “Nosso desafio é apoiá-los na aquisição de um terreno na cidade. Pelo menos, inicialmente, ofertando para o início da construção. Várias pessoas da cidade dis-seram que outros missionários passaram por lá, mas foram embora em pouco tempo”, dis-se o secretário de missões.

A aquisição de um terreno e a con-sequente construção do templo através de ofertas dos irmãos paraguaios, gera-rá uma maior integração da igreja com as pessoas da cidade, pois não será mais um “trabalho de fora”, mas algo que es-tará fixo na cidade, onde eles mesmos contribuirão para o desenvolvimento.

Numa pequena cidade no interior do Paraguai está florescendo uma igre-ja que nós semeamos. Agora, cabe a nós regarmos essa planta, que, com certeza, Deus dará o crescimento a esta obra.

Além disso, sonhamos com mais missionários nas cidades próximas a Natálio...

Semad-PB

12 | adpb - igreja, reflexões e missões

No final de Julho, após um pe-ríodo de estudos em São Le-opoldo (RS), o pastor Eduar-

do Leandro Alves (secretário executivo de missões) foi ao Paraguai para ver de perto o trabalho desenvolvido pelo ca-sal de missionários Joelson Lourenço e Neves e seus 2 filhos.

A Secretaria de Missões (Semad--PB) vem desenvolvendo trabalhos missionários no Paraguai desde o ano de 2005, quando o Pr. Ivanildo Paulo e sua esposa, Maria José (irmã Zeza) foram enviados à cidade de Itauguá, região metropolitana de Assunção.

Há um ano e meio, os missionários Joelson e Neves foram desafiados a iniciar um novo trabalho numa região onde a Assembleia de Deus ainda não estava presente, pois o número de evangélicos ainda era muito pequeno.

A cidade escolhida foi Natalio, fron-teira com a Argentina na região de Ita-púa. Fica a aproximadamente 7 horas de ônibus a partir de Assunção e de 4 a 5 horas da Cidade do Leste.

Natalio possui aproximadamente 25.000 habitantes e as poucas igrejas que há na cidade não ultrapassam a 400 pessoas. A região em que cidade está localizada é uma grande zona ru-ral, região produtora de grãos.

Ao chegar a Natalio, o Pr. Eduardo se alegrou ao ver que o pequeno tra-

balho iniciado por nossos missionários está prosperando. O pastor também visitou algumas casas de irmãos no in-terior da cidade (12 a 15 quilômetros do centro da cidade) e conheceu os no-vos convertidos, que são frutos diretos dos trabalhos da evangelização pesso-al. Outros irmãos que já eram crentes e alguns obreiros que por diversos motivos haviam parado na caminhada também receberam a visita do pastor.

Na cidade, onde a igreja está im-plantada num prédio alugado, cerca de 20 irmãos e 25 crianças se reúnem para adorar ao Senhor. Quando chove em dia de culto é dificultoso para os irmãos virem do interior até a igreja, pois, com a chuva, as estradas de barro ficam impossíveis de transitar, espe-cialmente para aqueles que não pos-suem carro.

No culto, o Pr. Eduardo ouviu tes-temunhos dos irmãos e viu a felicidade deles em terem nossos missionários

Os dias do pastor Eduardo no paraguai

Pr. Eduardo, os irmãos paraguaios e o missionário Joelson

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Relatório Missionário

igreja, reflexões e missões - adpb | 13

Saiba como vive a missionária Érika Viviane* em papua Nova Guiné

A missionária Érika Viviane, filha do pastor Álvaro Cavalcanti e da irmã Vera Lúcia Cavalcanti, continua num laborioso trabalho de traduzir as Escrituras para o povo Sual em Papua Nova Guiné.

A Missionária está na Província de Milne Bay cuja capital é Alotau. Nessa cidade, encontra-se a base da Sociedade Internacional de Lin-guística (SIL) e um pequeno escritório de BTA (Agência Missionária local). A ilha na qual o povo Sual habita é muito distante da capital, Érika passa a maior parte do tempo em Nawabu, um vilarejo Sual. De lancha alugada, a viagem de Alotau a Nawabu tem duração de 4 horas, de barco de transporte são 10 horas cruzando o oceano. A mis-sionária precisa regularmente ir a Alotau para que possa ter acesso às necessidades básicas (como alimentação, remédios, etc) e receber a sua manutenção. Érika Viviane conta que, na igreja, é comum o uso de 4 línguas: motu, suau, tok pisin e inglês. Não há cadeiras, conforme vemos em uma das fotos desta matéria, há apenas alguns bancos de madeira e um grande tapete de plástico, onde todos sentam. “Isto não é um problema para eles que até preferem sentar no chão”. E continua: “Ainda não estou acostumada a viajar no mar e entendo claramente aquela canção que diz “oh mestre o mar se revolta, as ondas nos dão pavor…”, enfatizou a missionária. Contudo, em meio às muitas atividades e deslocamentos, seu prin-cipal trabalho, que é a tradução da Palavra de Deus, segue seu curso. Érika nos fala com muita alegria: “Nesse início de Agosto imprimimos cópias do rascunho (tradução) do livro de Gênesis que será analisado pelo comitê de tradução da comunidade e pela igreja Suau. Depois será enviado ao consultor”. Isso é motivo de alegria! O primeiro livro da Bíblia já está em processo de conclusão em sua tradução. A Missionária Érika Viviane solicita à igreja que continue orando: “Orem para Deus me ajudar, me dar sabedoria e forças para continu-ar servindo-O de todo o meu coração”.

*A missionária Érika foi enviada, pela igreja Assembleia de Deus paraibana, a Papua Nova Guiné, em Agosto de 2011.

Culto de envio em Agosto de 2011

Casa da Missionária Érika

Igreja em Nawabu

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peru: Uma igreja que ora!

Por Missionária Gildeny

Queridos irmãos, quero agradecer ao Senhor Jesus pelos Seus cuidados e livramentos e também agradeço a vós pelas orações em favor do meu ministério.

Estou apoiando uma obra em Thauantisuyo. No início, confesso que não compreendi muito bem esse caminho no qual o Senhor me colocou. Contudo, no decorrer desse tempo, pude perceber a importância desse trabalho, limitado apenas a realização de 3 cultos semanais. O curioso, para que vocês tenham ideia, é que nenhum dos irmãos, com mais de 10 anos de Evangelho, possuía a preciosa Bíblia Sagrada, não tinham o bom costume da oração (especialmente de joelhos). Isso foi me incomodando, e, em oração e conversando com o pastor local, que por sinal é uma pessoa muito humilde, ficou decidido que eu iria me respon-sabilizar pelos cultos de oração. Nessa função, perguntei a eles pela Bíblia, pois a cada semana iríamos ler um capítulo dos Evangelhos. A partir de então, começaram a comprar Bíblias e hinários. Também já começamos a orar de joelhos. Nessa igreja, não havia a prática de realização de vigílias e jejuns. Com o apoio do pastor, iniciamos esses trabalhos com os irmãos. No mês de agosto, começamos o nosso culto de missões. Essa igreja funciona em uma comunidade muito pobre e carece do nos-so auxílio espiritual. Continuem orando por mim, pois não é fácil estar distante da família, mas o Senhor nos dá graça a cada dia. Orem também pelo meu noivado, porque se Deus permitir, estaremos noivando neste mês. Meu aniversário foi no dia 11 e o do missionário Victor, dia 12 de se-tembro.

Bendiciones em Cristo!

14 | adpb - igreja, reflexões e missões

Visitas da Semad-pb Nos dias 11 e 12 de Agosto, os cooperado-res da SEMAD, Bruno Nascimento e Rosenildo Marciel, visitaram a AD em Acaú(PB). Um tra-balho de concientização missionária foi realiza-do, onde Deus manifestou Sua graça e poder.

Cerimônia de abertura da Conf. Missionária na AD em Sapé - PB

Nos dias 18 e 19 de Agosto, a equipe da SEMAD se fez presente na AD em Sapé(PB), na Conferência Mis-sionária. A igreja é liderada pelo Pr. Luiz de Gonzaga.

Já no dia 26 de Agosto, a SEMAD, por meio do Ev. Lindeberg Cardoso, o miss. Eurivaldo, além de Bruno Nascimento e Matias Smith, estiveram no domingo de conscientização missionária, na AD em Cruz do Es-pírito Santo(PB), a qual é pastoreada pelo Pr. Severino Felipe Cabral.

Na congregação do Parque do Sol I, no Valentina, foi realizado o Dia da Igreja Perseguida, no dia 24 de junho. O Ev. José Fernandes, líder da congregação, re-cebeu a equipe da SEMAD com muita alegria.

Bruno Nascimento também esteve na cidade de Itaporanga, entre os dias 15 e 20 de Agosto, realizan-do o treinamento para o projeto de mapeamento de instituições religiosas.

Equipes do projeto de mapeamento em Itaporanga

Pastor João de Santana, Miss. Rosenildo e ministério local

Apresentação de países com as crianças da igreja

Momento de oração por nossos misionários

Escola Bíblica Dominical infantil

Page 15: ADPB em Revista

a 3ª Onda Missionária

igreja, reflexões e missões - semad-pb | 15

Missões

O Congresso Nacional do CON-PLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangéli-

cos Indígenas) foi realizado na Chapada dos Guimarães (MT), entre os dias 18 e 22 de julho de 2012. A Secretaria de Missões da ADPB esteve presente, sendo representada pelo evangelis-ta Lindeberg Cardoso (2º secretário adjunto de missões), o qual relatou que o evento foi um dos mais marcantes na história da evan-gelização dos povos indígenas. Nesse congresso, vários irmãos, de mui-tas tribos, etnias, povos, línguas e nações se reuniram para testemunhar, aprender, orar e louvar a Deus. “Foram dias de encorajamento, onde os indígenas e não indígenas se encontraram para compartilhar suas lutas e vitórias e assumir o desafio de continuar levando o Evangelho a todos os povos”, afirmou o Ev. Lindeberg. O CONPLEI leva a todo o Brasil o pro-jeto da 3ª onda missionária, na qual os pró-prios índios evangelizam outros. Segundo os pastores indígenas, o Brasil já passou por 2 ondas missionárias, sendo elas a estrangeira e a nacional, respectivamente. Inclusive, este ano, o CONPLEI está comemorando o cen-tenário da evangelização indígena no Brasil. No congresso, houve momentos culturais, cada tribo com suas vestes, pinturas, músi-

cas, danças e artesanatos, demonstrando que o Evangelho não destrói culturas.

Conheça o CONPLEI

No início dos anos 90, alguns jovens in-dígenas sentiram o desejo de ecoar suas vo-zes frente ao governo e as questões políticas eminentes no país. Ao juntar forças para es-tes debates foram barrados por uma ala do governo, que entendia que essas manifesta-ções poderiam ir de encontro às políticas e práticas governamentais. Porém, como se tratavam de indígenas, outras portas foram abertas para que, de maneira mais discreta, os índios pudessem opinar. O desconhecimento da cultura indígena da sociedade cristã e não cristã criava este-reótipos que minavam qualquer ajuntamento por mais passivo que fosse. Com a grande perseguição que algumas agências missioná-rias estavam enfrentando e acusações de que estavam estragando a “cultura do índio”, houve a necessidade, de mais uma vez, propagar a voz ativa do índio. Foi nesse momento que nasceu o CON-PLEI, que já no seu âmago tinha como uma das propostas o diálogo aberto e sério com convicções fundamentais em seu preparo nas mais diversas esferas acadêmicas; o que trouxe um grande susto e apreensão no meio

dos estudiosos, mídia e até igrejas. Hoje, o CONPLEI tem acesso e forte influência sobre os indígenas. Segundo seu presidente, Pr. Henrique Terena, várias tri-bos já possuem a tradução do Novo Testa-mento em sua própria língua, por meio de projetos desenvolvidos entre eles.

Com informações de Lindeberg Cardoso,ADPB em Revista

Santa Ceia do Senhor com Beiju e Açaí. Ministrada pelo Pr. Henrique Terena

Page 16: ADPB em Revista

pr. Jackson douglas – Secretário Executivo de Missões da Assem-bleia de Deus em São Luís - MA.

pr. José Carlos de Lima - Presidente da AD na Paraíba e da Conven-ção de Ministros da Assembleia de Deus no Estado da Paraíba

pr. Cleudimar Lima

- Presidente do Conse-

lho de Evangelismo e

Missões da Convenção de Ministros da Assem-bleia de Deus no Estado da Paraíba

pr. paulo Locatelli – Foi Missionário no Senegal e atualmente é responsável pelos Projetos do Centro Mis-sionários Heróis de Deus de Campo Bom (RS) para África e Europa onde tem bases na República de Mali, Espanha, Portugal e um projeto na Re-pública do Niger.

pr. Virgínio José de Carvalho Neto - Presidente da AD em Ser-gipe e da CONADESE. Preside a Missão Reviver que desen-volve trabalhos Missionários em Países da Europa, Ásia e América do Norte.

E muito mais: Feira de Missões, Testemunos de Missionários e Cantores

O Cristo Vivopara um

mundo morto

ASSEMBLEIA DE DEUS EM JOÃO PESSOA-PB9, 10 e 11 de Novembro de 2012

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