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ABBC - Relatório Anual 2005

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relatório anual da ABBC do ano de 2005relatório dos pequenos e médios bancos

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� Economia

� Contas Nacionais ............................................................... 3 e 4 � Vulnerabilidade Externa e Risco “País” ............................... 4 � Juros e Dívida Pública ......................................................... 5 � Produção Industrial ............................................................. 6 � Comercio Varejista .............................................................. 6 � Emprego, Renda e Crédito ................................................. 6

� Sistema Financeiro Brasileiro

� Sistema Financeiro: O Maior Desafio ................... .............. 7 � Instituições Financeiras Autorizadas ................................. 8 � Porte e Origem de Capital .................................................. 9 � Rentabilidade ...................................................................... 9 � Risco de Crédito ................................................................ 10 � Automação ......................................................................... 11 � Dados Relevantes ............................................................. 12

� ABBC-Associação Brasileira de Bancos

� Dados do Segmento e dos Bancos Associados ................. 13 a 16 � Crédito Consignado – INSS ....... ........................................ 17 � Objetivos e Atividades da ABBC ........................................ 15, 16 e 18 � Diretoria e Conselho Consultivo ......................................... 19 e 20 � Quadro de Bancos Associados .......................................... 20 e 21

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Apesar de frustrar as expectativas no que tange ao crescimento, em 2005 a economia brasileira continuou a exibir avanços importantes em diversos indicadores macroeconômicos. Embora modesta, a expansão do PIB refletiu basicamente as melhores condições para o mercado interno, especificamente no aumento do consumo das famílias por causa da expansão do crédito às pessoas físicas e das lentas, mas contínuas, recuperações na renda real e no emprego. Outro ponto positivo que merece destaque é o prosseguimento do desempenho favorável nas contas externas e públicas que, conjuntamente, permitiram a redução na percepção de risco soberano que tem favorecido a retomada da queda da taxa de juros em um ambiente de baixa inflação. O ritmo de expansão da atividade econômica, talvez, pudesse ser mais acelerado, caso a política de taxa juros fosse mais agressiva e se a participação relativa do comércio exterior no produto nacional fosse mais favorecida caso o real estivesse mais depreciado, contudo ambos os movimentos implicariam em um maior risco para a trajetória da inflação que hoje se mostra tão favorável.

AnoPIB (US$ milhões)

Variação do PIB Real

Investimento Poupança BrutaPoupança

Externa

1991 405.679 1,0% 18,1% 18,6% -0,4%1992 387.295 -0,5% 18,4% 19,9% 1,6%1993 429.685 4,9% 19,3% 20,1% -0,2%1994 543.087 5,9% 20,7% 21,2% -0,3%1995 705.449 4,2% 20,5% 19,5% -2,6%1996 775.475 2,7% 19,3% 17,8% -3,0%1997 807.814 3,3% 19,9% 17,4% -3,8%1998 787.889 0,1% 19,7% 16,8% -4,2%1999 536.554 0,8% 18,9% 15,4% -4,7%2000 602.207 4,4% 19,3% 17,3% -4,0%2001 509.797 1,3% 19,5% 16,8% -4,6%2002 459.379 1,9% 18,3% 18,5% -1,7%2003 506.784 0,5% 17,8% 20,4% 0,8%2004 603.994 4,9% 19,6% 23,2% 1,9%2005 796.284 2,3% 19,9%

Fonte:Banco Central e IBGE

Contas Nacionais (em % do PIB)

Taxa Real de JurosFonte: Banco Central

8%

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Com o objetivo de fazer com que a taxa de inflação convergisse para a meta de 5,5%, até meados de maio de 2005, o Comitê de Política Monetária promoveu elevações graduais na taxa básica de juros. Assim, até aquele mês, a taxa básica foi elevada em 200 pontos básicos, alcançando o seu pico em 19,75% ao ano que foi mantido até setembro. Embora não seja descartável a hipótese de que a dosagem possa ter sido excessiva, o fato é que a política monetária teve amplo êxito em reduzir a inflação e viabilizou a ancoragem das expectativas inflacionárias em níveis compatíveis com as metas estipuladas pelo CMN para o ano de 2006. Assim, apesar do amplo ceticismo do início do ano quanto às chances de seu cumprimento e do questionamento dos custos envolvidos com a desinflação, pelo segundo ano consecutivo a meta de inflação foi atingida com um sacrifício relativamente baixo. Em setembro, com a configuração mais clara de um cenário favorável para a inflação, a política monetária voltou a indicar uma trajetória cadente para a taxa de juros e sinalizar um reaquecimento da economia.

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Metas Inflacionárias Fonte:Banco Central

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jan/99 jul/99 jan/00 jul/00 jan/01 jul/01 jan/02 jul/02 jan/03 jul/03 jan/04 jul/04 jan/05 jul/05 jan/06

IPCA acumulado em 12 mesesPisoTeto

AnoSaldo da Balança

Comercial (US$ bi)

Transações Correntes (US$ bi)

Reservas internacionais

líquidas ajustadas (US$ bi)

Dívida Externa Líquida (US$

bi)

Dívida Externa Líquida/

Exportações

Dívida Externa Líquida/PIB

1999 -1,3 -25,3348 23,861 190,3 3,6 32,5%2000 -0,8 -24,2245 23,861 190,3 3,1 28,4%2001 2,7 -23,2145 27,797 162,7 2,8 31,9%2002 13,1 -7,6366 16,339 165,0 2,7 35,9%2003 24,8 4,1773 20,525 151,0 2,1 29,8%2004 33,7 11,7376 27,541 135,7 1,4 22,5%2005 44,8 14,199 50,8(nov/05) 88,3 0,9 12,8%

Fonte: Banco Central Os indicadores que exibiram o melhor desempenho foram os referentes às contas externas. O comportamento foi de tal forma favorável que permitiu a liquidação antecipada da dívida do país junto ao FMI e a antecipação de grande parte do financiamento que seria necessário para 2006. Tal sucesso foi possível graças à evolução mais que positiva no comércio que apresentou um superávit de US$ 44,8 bilhões, constituindo um novo recorde anual e um crescimento de 33% em relação ao ano de 2004. As transações correntes foram, também, superavitárias, atingindo US$ 14,2 bilhões (1,79% do PIB). Já a conta de capital e financeira, com a antecipação de US$ 23,3 bilhões junto ao FMI, ficou deficitária em US$ 8,8 bilhões, mas não impedindo um superávit no balanço de pagamentos de US$ 4,3 bilhões. Ainda em 2005, o Banco Central optou por uma política de recomposição de reservas via aquisições de divisas no mercado à vista e contratações do Tesouro Nacional para liquidação de serviço da dívida sob a sua responsabilidade. Todos esses progressos resultaram em uma melhoria expressiva nas condições do Risco Brasil que vem ostentando níveis recordes de baixa.

Prêmio de RiscoFonte JP Morgan

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Como pontos positivos para uma percepção de risco mais favorável, também, devem ser apontados os números referentes às contas públicas que garantiram que a trajetória do endividamento público se mantivesse estável. A obtenção de um superávit primário de 4,84% do PIB, correspondendo a cerca de R$ 93,5 bilhões, representou o resultado mais significativo desde o início da série histórica em 1991. A dívida líquida do setor público atingiu 51,6% do PIB e a estabilidade dessa relação frente a 2004 pode ser explicada pelo impacto expansionista da apropriação dos juros nominais (8,1%), pelos impactos contracionistas do superávit primário (4,8%), pelo crescimento econômico (2,4%) e pela valorização cambial (0,9%). No que se refere ao perfil de endividamento é importante salientar que houve uma expressiva troca de dívida externa por dívida interna, o que significou praticamente a eliminação da exposição em dólar da dívida do setor público e a redução da parcela da dívida indexada à taxa de juros básica.

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1999 2000 2001 2002 2003 2004 200548,7% 48,8% 52,6% 55,5% 57,2% 51,7% 51,6%

7,0% 0,1% 3,9% 2,9% 1,7% -5,5% -0,1%-2,9% -3,3% -3,5% -3,3% -4,1% -4,4% -4,8%8,3% 6,7% 6,9% 7,2% 9,1% 6,9% 8,1%3,8% 0,8% 1,5% 4,8% -1,4% -0,2% -0,2%2,8% 0,8% 1,5% 4,4% -1,6% -0,7% -0,7%1,3% 0,8% 1,5% 0,9% 0,0% 0,4% 0,2%-0,8% -1,8% -0,1% -0,2% 0,0% 0,0% 0,0%-5,3% -3,9% -3,9% -11,0% -0,3% -7,9% -2,4%7.Efeito do Crescimento do PIB

Dinâmica da Dívida Pública Líquida em relação ao PIB

Aumento da Dívida Líquida

5.Reconhecimento de Dívidas6.Privatizações

Dívida Líquida (final do ano)

1.Superávit Primário2.Juros Nominais3.Dívida Interna Indexada ao Câmbio4.Dívida Externa

A conjugação de condições favoráveis na liquidez da economia internacional com uma ainda elevada taxa real de juros interna manteve o real apreciado o que beneficiou a redução da taxa de inflação. Contudo, a manutenção dessa tendência da taxa de câmbio real significará uma contribuição do setor externo para o produto interno cada vez menor. Assim, com a menor importância do setor externo como fator propulsor da expansão da atividade econômica, o comportamento do consumo das famílias vem adquirindo papel fundamental na dinâmica de crescimento. Embora, a expansão na renda real tenha viabilizado o aumento da participação de bens de consumo não durável, as melhores condições de crédito e a confiança do consumidor possibilitaram a manutenção da demanda de bens duráveis em um patamar elevado. Em 2005, o aumento da produção dos bens de consumo durável em 11,4% e da produção de bens não duráveis em 4,6% foram os principais responsáveis pelo crescimento da atividade industrial em 3,1%. Por fim, o ritmo de crescimento foi prejudicado, principalmente, pela queda de atividade no terceiro trimestre provocada pelo ajuste no nível de estoques ou, em outras palavras, pelo fato de que os empresários tenham errado na previsão dos efeitos e duração do aperto monetário. Contudo, a partir dos últimos meses do ano já se pode observar uma forte recuperação da produção.

Taxa de Câmbio Real-Cesta 17 Moedas Fonte: MCM

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Vale destacar que a retomada do crescimento do produto vem se realizando conjuntamente com o aumento da capacidade de oferta da economia por causa do início da maturação dos investimentos registrados nos últimos anos. Ainda que esteja em nível inferior ao necessário para um crescimento mais vigoroso, a participação dos investimentos passou de 19,6% em 2004 para 19,9% em 2005. Os números divulgados no primeiro trimestre de 2006 reforçam o processo de retomada dos investimentos, mostrando uma alta de 3,7% em relação ao último trimestre de 2005 e de 9% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, fortalecendo, dessa forma, a hipótese de que a economia esteja vivenciando uma ampliação da capacidade de produção das empresas e dos investimentos. Tal tendência, se perpetuada, possibilitará que a economia cresça mais aceleradamente sem exibir fontes de pressão inflacionária. Os mesmo números do PIB do primeiro trimestre mostram que o produto cresceu a um vigoroso ritmo anualizado de 5,7% e sugerem que o ano de 2006 poderá fechar com um crescimento próximo dos 3,5%, o que se comparado com a média dos últimos 20 anos não deixa de ser um resultado positivo.

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PeríodoIndústria

GeralBens de Capital

Bens Intermediários

Bens de Consumo

Bens Duráveis

Bens Semiduráveis e Não Duráveis

1992 -3,7% -6,9% -2,4% -5,4% -13,0% -3,8%1993 7,5% 9,6% 5,5% 10,2% 29,1% 6,7%1994 7,6% 18,7% 6,5% 4,4% 15,1% 1,9%1995 1,8% 0,3% 0,2% 6,2% 14,5% 4,2%1996 1,7% -14,1% 2,9% 5,3% 11,2% 3,7%1997 3,9% 4,8% 4,6% 1,2% 3,5% 0,5%1998 -2,0% -1,6% -0,7% -5,4% -19,6% -1,1%1999 -0,7% -9,1% 1,9% -2,8% -9,3% -1,2%2000 6,6% 13,1% 6,8% 3,5% 20,8% -0,4%2001 1,6% 13,5% -0,1% 1,2% -0,6% 1,6%2002 2,7% -5,8% 4,2% 1,5% 4,7% 1,1%2003 0,1% 2,2% 2,0% -2,7% 3,0% -3,9%2004 8,3% 19,7% 7,4% 7,3% 21,8% 4,0%2005 3,1% 3,6% 1,0% 6,1% 11,4% 4,6%

Fonte:IBGE

Produção Industrial

De acordo com o IBGE, o Índice de Volume de Vendas no Varejo cresceu 4,8% e a receita nominal expandiu-se em 10,2%, com ênfase para os setores de móveis e eletrodomésticos (21,5%); tecidos, vestuário e calçados (14,9%); e automóveis e motocicletas (9,6%). Desempenho semelhante foi exibido pelo número de consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e ao Sistema de Usecheque que aumentaram em 5% e 3,8% em relação a 2004. Os indicadores de emprego divulgados pelo IBGE voltaram a repetir números favoráveis, o rendimento nominal habitualmente recebido pelos trabalhadores cresceu 8,1% em 2005, 2% em termos reais se deflacionado pelo INPC. Observou-se, ainda, a redução do desemprego em função do ritmo de contratações, sobretudo de empregos formais, de modo que a taxa média situou-se em 9,8% ante 11,5% em 2004. O número de ocupados também aumentou, em média, 3% em 2005, registrando 474 mil vagas novas.

Crescimento do Crédito em 12 meses Fonte: Banco Central

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jan/03 mai/03 set/03 jan/04 mai/04 set/04 jan/05 mai/05 set/05 jan/06 mai/06

Total geral Pessoa Jurídica Pessoa Física

Particularmente ao mercado de crédito, a expansão tem sido influenciada, preponderantemente, pelo crescimento das operações com as pessoas físicas, impulsionadas pelo aumento dos empréstimos consignados em folha de pagamentos. De forma consistente com o quadro macroeconômico, o crédito do sistema financeiro vem apontando uma franca expansão, registrando em 2005, R$ 607 bilhões ou 31,2% do PIB. Como reflexo da gradual melhoria na renda e emprego, a inadimplência em níveis relativamente baixos é outro destaque positivo. Dados do Banco Central corroboram a tese da melhoria no perfil do endividamento das famílias, com o alongamento do prazo médio do crédito pessoal, que saiu de 230 dias em janeiro de 2004 para 313 dias em setembro de 2005 e a inadimplência acima de 90 dias reduziu-se de 7,9% para 5,5%. Para o mesmo período, o cheque especial, de 7,5% para 6,1%, de 3,2% para 2,2% para a aquisição de veículos, de 9,7% para 9,1% para os demais bens. Apesar do aumento lento da renda, esses números não confirmam a hipótese de que o crédito às pessoas físicas possa estar crescendo de forma preocupante. Finalmente, ainda que o processo seja gradual, é importante ressaltar a continuidade na implementação de reformas microeconômicas no mercado de crédito que permitam um acesso cada vez maior da população como pode ser observado com a regulamentação do crédito consignado e o fortalecimento das garantias.

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O sistema bancário continua oferecendo perfil invejável de solidez e segurança. Em novembro de 2004 o escorregão determinado pela má gerência de uma instituição financeira trouxe alguns sobressaltos ao sistema, mas a criatividade dos bancos e mais as medidas adotadas pelos parceiros e por entidades de classe, como a ABBC e a Febraban, com o apoio das autoridades, conduziram o barco a bom porto. Sem dúvida que a capacidade do sistema em absorver essas situações críticas evidenciou um estado financeiro saudável e de elevada credibilidade. Nem mesmo a atribulada travessia política de 2005, que discutiu também a presença de instituições financeiras no emaranhado de notícias, denúncias e contradições que alimentou a imprensa e o Congresso Nacional, nem mesmo esse fato balançou os alicerces do sistema bancário, mais uma vez demonstrando o grau de segurança por ele atingido. O que, neste momento, afigura-se como a principal preocupação dos homens que respondem pelas instituições financeiras é a busca de caminhos que possam conduzir à prática de taxas de juros similares às cobradas em outros países (desenvolvidos e emergentes), induzindo à utilização do crédito bancário como propulsor do crescimento econômico. O declínio da taxa de juros é fator fundamental para o crescimento da economia. Os bancos sabem disso. É o principal desafio. Como? Em nosso último relatório anual, algumas causas do juro alto e algumas premissas para a obtenção de juros menores foram elencadas. Essas causas e premissas permanecem válidas. Umas devem ser analisadas, outras adotadas. Não há alternativa para a ação dos bancos. O objetivo é o de praticar taxa de juros que libere as forças do empresariado, que impulsione o crescimento, que gere o desenvolvimento, que faça crescer o emprego e distribua a renda. A tarefa dos bancos é complexa. A taxa de juros tem seguido uma rota que, de há muito, permanece em nível que não condiz com as necessidades da economia. Essa questão deve ser aprofundada ao máximo, suas causas, de responsabilidade da sociedade, do governo e do sistema financeiro, devem ser destrinchadas e eliminadas. A sociedade e a economia só podem romper a barreira do subdesenvolvimento e da concentração de renda com uma taxa de juros baixa. A taxa de juros baixa diminui os custos de aquisição de bens para consumo e para investimento, cria demanda e emprego. O PIB aumenta, é maior a participação do cidadão na vida econômica, o crédito passa a ser mais procurado, os bancos aumentam a sua produtividade e os recursos financeiros fluem para onde os negócios florescem. Portanto: maior produtividade dos bancos na utilização de seus recursos, melhor adequação da alavancagem do patrimônio aos riscos envolvidos, aperfeiçoamento da definição e da condução da política monetária e da política fiscal focando um melhor atendimento sócio-econômico do cidadão e os objetivos de controle da moeda e dos gastos públicos e o comportamento das entidades, das empresas e dos cidadãos de defesa de seus direitos e também de respeito aos direitos de outros e de cumprimento de suas obrigações. Ou seja, a redução das taxas de juros passa pelo esforço simultâneo e conjunto dos bancos, da sociedade e do governo. Sem essa união de esforços, intensa e desprendida, por parte do todos os parceiros do universo sócio-econômico do país, os resultados serão parcos, quase nulos, ao lado de atitudes descoloridas e opacas que nada somam e ajudam. A contribuição dos bancos pode e deve ser importante, mas poderá ser em vão se a contribuição dos outros entes econômicos não for compatível com o mínimo necessário. Os bancos devem ter assento à mesa de discussão e decisões com a sociedade e o governo de forma participativa e transparente.

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Discriminação ago/86 dez/00 dez/01 dez/02 dez/03 dez/04Bancos Comerciais e Múltiplos 107 191 181 166 164 163Bancos de Investimento 38 19 20 23 21 21Bancos de Desenvolvimento 16 5 4 4 4 4Agências de Fomento 0 8 9 10 11 12Caixas Econômicas 5 1 1 1 1 1Cias. de Créd. Financ. Investimento 112 43 42 46 47 46Sociedades de Crédito Microempreendedor 0 6 23 37 49 51Sociedades Corretoras 274 228 220 203 190 186Sociedades Distribuidoras 411 177 159 151 146 138Sociedades Arrend. Mercantil 56 78 72 65 58 51Sociedades Créd. Imob. e Cia. Hip. 79 25 25 24 24 24Cooperativas de Crédito 586 1.311 1.379 1.430 1.454 1.436Consórcios nd 407 399 376 365 364Correspondentes Bancários* nd 13.731 18.653 35.511 36.474 46.035Fonte: Banco Central (*) Febraban

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS AUTORIZADAS

A evolução do número de Sociedades de Crédito ao Microempreendedor, de Cooperativas de Crédito e de Correspondentes Bancários mostra a preocupação do Sistema Financeiro em procurar novos instrumentos de ação e novos “nichos de mercado”. 70,5 milhões de contas-correntes movimentadas70,8 milhões de conta poupança1,94 bilhões de cheques compensados em 2005Depósitos equivalentes a cerca de 50% do PIBR$ 600 bilhões em créditos concedidos

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dez/03 dez/04 dez/05 dez/03 dez/04 dez/05 dez/03 dez/04 dez/05Por Porte % % % % % % % % %Bancos Grandes 71,5 71 72,5 76,2 75,1 76,4 73,4 71,9 72,7Bancos Médios 21,9 22,3 21,2 17,1 17,5 16,5 21,8 23 22,6Bancos Pequenos 6,6 6,7 6,3 6,7 7,4 7,1 4,8 5,1 4,8 Pela Origem de Capital Governo 31,3 31,3 30,5 16,6 17,6 17,4 36,7 34,9 32,3Estrangeiro e com Controle 26,3 26,5 27,3 27,7 28,1 24,1 21,9 23,3 22,9Privados Nacionais 42,4 42,2 42,2 55,8 54,3 58,5 41,4 41,8 44,8

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100

dez/03 dez/04 dez/05 dez/03 dez/04 dez/05 dez/03 dez/04 dez/05Por Porte % % % % % %Bancos Grandes 7,7 7,7 8,1 15,7 13 15,8 80,2 80,5 81,3Bancos Médios 10,1 10,5 11,6 16,5 14,2 17,9 16,9 15,6 15,1Bancos Pequenos 5,7 5,5 5,7 12,7 10,6 8 2,9 3,9 3,6 Pela Origem de CapitalGoverno 17,6 15,8 15,7 21,8 19,9 24,8 41,1 43,5 44,4Estrangeiro e com Controle 6,3 6,6 8,1 13,9 8,4 11,3 19,5 18,6 18,2Privados Nacionais 5,9 6,2 6,5 14,7 13,2 14,6 39,3 37,9 37,4

Total 8,0 8,0 8,5 15,7 13,1 15,6 100 100 100

Fonte: Bacen/Gazeta Mercantil/Balanço Anual/Valor FinanceiroNota-se um pequeno avanço dos bancos privados nacionais na participação do Patrimônio Líquido e do Ativo Total. A privatização de alguns bancos estaduais parece ser a principal causa disso. Outro destaque é o baixo nível dealavancagem dos bancos privados nacionais, o que diminui a produtividade e eleva o "spread". O nível de alavancagemé um dos fatores que deve ser analisado em profundidade na questão da taxa de juros.

ALAVANCAGEM ATIVO/PL LL/PL N° DE AGÊNCIAS

PARTICIPAÇÃO POR PORTE E ORIGEM DE CAPITAL

OPERAÇÕES DE CREDITO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO TOTAL

- Participação e Outros Dados -

A revista Valor 1000, publicada em agosto/2006, fez uma análise dos balanços de 2005, dos 100 maiores bancos e das 1000 maiores empresas brasileiras pertencentes a 27 setores de atividade econômica. Os 100 bancos tiveram um retorno sobre o Patrimônio Líquido, segundo a revista, de 21,8 %. As 1000 maiores empresas brasileiras alcançaram um retorno de 16,3%. Entre os 27 setores, 6 deles superaram o retorno dos bancos: Comunicação e Gráfica 47,9% Mineração 45,9% Patrimônio e Gás 26,3% Metalurgia e Siderurgia 26,1% Comércio Exterior 24,6% Farmacêutica e Cosméticos 22,3% Tecnologia da Informática 18,8% Serviços Especializados 18,4% Veículos e Peças 18,2% Mecânica 18,0% Plásticos e Borracha 17,5% Alimentos 14,8% Papel e Celulose 14,5% Química e Petroquímica 14,5%

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A revista, na análise referente ao ano de 2004, apontou um retorno de 17,5% para os 100 maiores bancos, sendo que o setor ficou naquele ano com um retorno inferior ao de 12 outros setores econômicos. Portanto, o ano de 2005 apresentou um desempenho do sistema bancário melhor do que o do ano anterior. Todavia, trata-se de resultado coerente com o obtido pelos outros setores nos últimos anos. Os resultados dos bancos demonstram que é preciso aprofundar-se no estudo dos números bancários (custos, receitas, direcionamento de crédito, inadimplência, cunha fiscal) a fim de encontrar e propor soluções duradouras para a questão da elevada taxa de juros.

Formação da Taxa de Juros

Custo de Captação do Recurso

(+) Custo de Inadimplência

(+) Custo Administrativo do Banco

(+) Tributos

(+) Compulsório (Depósito a Vista ou a Prazo)

(+) Lucro Bruto do Banco

(=) Custo para o Tomador do Empréstimo

mar/05 jul/06AAABCDEFGHPercebe-se no quadro pequena deterioração no nível dos riscos de crédito pois a partir da classe "E", inclusive, a soma dos percentuais passa de 6% (mar/05) para 8%(jul/06).

Riscos de CréditoSistema Privado

Participação nos Créditos Provisão a se constituir

22,7% 21,4% 0,0%36,8% 29,9% 0,5%19,5% 22,8% 1,0%10,7% 12,9% 3,0%4,3% 5,1% 10,0%1,3% 1,6% 30,0%

2,9% 4,4% 100,0%

0,9% 0,8% 50,0%0,9% 1,2% 70,0%

Fonte: Bacen

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Investimentos em Automação

� 1996: R$ 1,5 bilhão. � 1997: R$ 1,8 bilhão. � 1998: R$ 2,1 bilhões. � 1999: R$ 2,5 bilhões. � 2000: R$ 2,9 bilhões. � 2001: R$ 3,1 bilhões. � 2002: R$ 3,5 bilhões. � 2003: R$ 4,2 bilhões. � 2004: R$ 4,2 bilhões. � 2005: R$ 4,6 bilhões. É forte a presença do Sistema Financeiro Nacional no desenvolvimento tecnológico do País. Convocadas a participar ativamente dos serviços de coleta de tributos, de cobrança dos efeitos comerciais, de pagamento de salários, as instituições financeiras esmeram-se em atingir e superar níveis mundiais no processamento de transferências de recursos.

96 99 00 01 02 03 04 05ATM´s 5.762 12.405 15.639 22.537 33.233 41.559 48.220 52.052Máquinas para Saques e Consultas 25.992 49.105 47.618 58.066 54.367 52.306 56.708 59.263Terminais para Depósitos 3.337 11.520 15.700 18.116 16.972 15.828 19.174 19.562Terminal de Extrato e Saldo 30.908 21.493 22.260 24.259 9.309 7.108 3.401 3.359Emissoras de Talonários de Cheque 835 3.174 7.184 9.092 10.550 11.923 14.074 15.500

Total 66.834 97.697 108.401 132.070 124.431 128.724 141.577 149.736Fonte: Febraban. Continua crescendo o auto-atendimento, preponderando cada vez mais a utilização de espaços específicos, fora das áreas da agência tradicional.

AUTOMAÇÃO BANCÁRIA (em unidades)

Atendimento Público – Entidades Privadas Bancos Comerciais e Bancos Múltiplos Bancos de Investimento Bancos Cooperativos Sociedades de Arrendamento Mercantil Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento Sociedades de Crédito ao Microempreendedor Sociedades de Crédito Imobiliário Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários Corretoras de Câmbio Bolsas de Valores Bolsa de Mercadorias e Futuros Outras Instituições CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (Lei 4595/64) Orientação e Supervisão BCB - Banco Central do Brasil (Lei 4595/64) CVM – Comissão de Valores Mobiliários (Lei 6386/76)

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SUSEP – Superintendência de Seguros Privados (Decreto Lei 73/66) Atendimento Público – Entidades Estatais BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BB – Banco do Brasil CEF – Caixa Econômica Federal Outras Instituições Financeiras

dez/96 dez/97 dez/98 dez/99 dez/00 dez/01 dez/02 dez/03 dez/04 dez/05N° de Agências e Postos (não eletrônicos) 25.713 24.671 24.213 24.353 25.891 27.082 27.189 26.874 27.097 27.042N° de Postos Eletrônicos nd nd nd 10.736 14.453 16.748 22.428 24.367 25.595 27.405N° de Contas Correntes/milhões 40,3 42,4 44,7 49,9 55,8 63,2 66,7 71,5 73,9 70,5*N° de Contas Poupança/milhões 67 52,1 40 41,6 45,8 51,2 58,2 62,4 67,9 70,8N° de Cheques compensados bilhões/ano 31,1 2,9 2,7 2,6 2,6 2,6 2,4 2,2 2,1 1,9N° de Cartões de Crédito/milhões nd nd nd 23,6 27,8 35,3 41,5 47,5 52,5 68N° de Transações Cartões de Crédito/bilhões/ano nd nd nd 0,8 1 1 1,1 1,3 1,5 1,7Créditos Totais milhões R$ 260.709 265.609 281.437 286.794 319.018 332.384 378.307 418.210 499.604 607.023Ativo Total/Milhões R$ 484.477 516.600 530.400 739.330 843.820 967.864 1.124.903 1.249.058 1.267.221 1.565.521Depósitos a Vista/milhões R$ 15.364 29.361 29.522 36.794 45.712 51.079 65.495 66.584 75.927 86.506Depósitos a Prazo/milhões R$ 96.076 81.385 93.900 94.700 89.900 107.600 137.600 144.200 188.100 252.300Depósitos de Poupança/milhões R$ 72.652 98.211 108.442 111.407 111.936 120.030 140.896 144.118 158.589 169.323Depositos Totais/milhões R$ 184.092 208.957 231.864 242.901 247.548 278.709 343.991 354.902 422.616 508.129Fundos/milhões R$ nd nd nd 184.400 253.800 285.300 279.600 408.100 476.700Patrimônio Liquido/milhões R$ 42.678 51.015 61.906 72.104 77.815 98.592 115.837 146.696 158.542 184.297Impostos e Contribuições/milhoes R$/ano ** 3.783 5.768 5.763 8.552 9.843 11.198 15.729 18.294 20.060 21.885Salários e Encargos Sociais/milhões R$/ano ** 19.367 20.291 23.703 24.557 26.900 28.004 29.078 31.458 33.984 32.779Empregos Diretos ** 497.109 463.330 435.847 414.803 400.854 402.847 388.467 389.074 382.786 402.977Fonte: Febraban/Bacen/ABECs(nd) não disponível(*) movimentadas(**) amostra Febraban

PRINCIPAIS AGREGADOS E ESTATÍSTICAS DO SISTEMA BANCÁRIO

Pela origem de capital ago/97 ago/98 ago/99 dez/00 dez/01 dez/02 dez/03 dez/04 dez/05Bancos Privados Nacionais 147 129 114 106 96 87 87 88 84Bancos Públicos 28 23 18 17 16 14 14 14 14Bancos Estrangeiros e com controle 44 51 64 69 70 65 62 62 63Total 219 203 196 192 182 166 163 164 161Fonte: Febraban/Bacen

CLASSIFICAÇÃO PELA ORIGEM DE CONTROLE ACIONÁRIO

BOVESPA: VOLUMES E ÍNDICES VALOR DE MERCADO DAS

EMPRESAS ABERTASBOVESPA US$ BILHÕES

1993 100ago/98 260

ago/99 160jun/94 4.518 3.623,1 dez/00 228dez/94 10.484 4.353,9 dez/01 189dez/95 4.297 4.299,0 dez/02 124dez/96 9.944 7.039,9 dez/03 234dez/98 9.100 6.784,3 dez/04 341dez/99 19.200 17.091,0 dez/05 482dez/00 13.120 15.259,3 Fonte: Bovespa/Conjuntura Econômicadez/01 12.264 13.577,6dez/02 9.340 11.268,0dez/03 18.840 22.236,0dez/04 24.340 26.196,0dez/05 33.425 33.455,0

Fonte:Bovespa/Abrasca/Conjuntura Econômica

BOVESPA (volumes

mensais em R$ milhões)

ÍNDICE

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O segmento dos pequenos e médios bancos, identificados em termos de capital e/ou número de agências, manteve-se praticamente no mesmo nível do ano passado, cerca de 25% dos Ativos, Patrimônio Liquído, Operações de Crédito e Depósitos. Com um total de 124 bancos, o segmento cumpre a sua parte ao enveredar por nichos e soluções altamente inovadoras. O crédito consignado, o apoio ao cooperativismo, a especialização em correspondentes, a constituição de braços financeiros para conglomerados comerciais e industriais, entre outros, são exemplos de objetivos do segmento. Por esses caminhos, os bancos do segmento procuram fugir dos riscos da concentração, abrindo ao mercado possibilidades e oportunidades que justificam a sua presença, o seu esforço e o apoio da sociedade. São bancos que criam produtos, inovam mercados, provocam a concorrência, fornecem oxigênio para a renovação do sistema. Seja em idéias, seja na maturação de profissionais, seja no surgimento de banqueiros. É nesse quadro que se insere a ABBC-Associação Brasileira de Bancos.

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A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) tem como missão defender junto à Sociedade as instituições financeiras de pequena e média rede, lutando pela sustentabilidade das mesmas através da diferenciação de tratamento, da busca por uma maior concorrência na indústria bancária e da viabilização de alternativas que promovam a redução de custos operacionais e administrativos dos seus representados. Dentre suas atividades, encontram-se a discussão, o debate e o estudo de problemas conjunturais e estratégicos que atinjam diretamente os interesses dos associados. São também oferecidos serviços de representação e processamento de compensação de cheques para bancos em todo o país, de custódia de cheques e de atendimento a bancos no Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Em caráter institucional e educacional, a associação, também, oferece, ao público em geral, treinamentos, cursos, seminários, palestras e fóruns, em temas pertinentes ao cotidiano do mercado financeiro. Atualmente, a ABBC conta com 79 associados, sendo que 21 têm participação estrangeira no capital, 3 são instituições de crédito e financiamento, 3 são bancos de investimento e 2 são bancos cooperativos. Em março de 2006, os bancos ligados à ABBC participavam com aproximadamente 16,5% do Patrimônio Líquido do Sistema Financeiro Nacional, 15,3% dos Ativos Totais e 12,7% dos Depósitos Totais. Embora possua um quadro bastante heterogêneo, com bancos com atuação em diversos setores, algumas estatísticas ajudam a delinear o perfil mais representativo do filiado à ABBC. Assim, utilizando-se a mediana para minimizar os efeitos dos números relativos aos bancos grandes, 50% das instituições associadas têm um patrimônio líquido abaixo de R$ 98 milhões, ativos abaixo de R$ 781 milhões, depósitos totais abaixo de 193 milhões. Desde a implantação do Real, a indústria bancária tem mostrado uma forte redução no número de instituições, de 246 bancos em 1994 passou-se para 160 em 2006. Pode-se enumerar inúmeros fatores que favoreceram tal processo de consolidação, entre eles: o final do lucro inflacionário, o ingresso de bancos estrangeiros, os avanços na tecnologia bancária e, sobretudo, o aumento do nível absoluto de capital requerido para que os bancos operem, por causa dos acordos de Basiléia. Esta consolidação, viabilizada pelo processo de fusões e aquisições dos bancos, produziu uma corrida por ganhos de escala e redução de custos que tendem a tornar a indústria mais oligopolizada. Estudos recentemente realizados por analistas do Banco Central sinalizam que, embora a indústria bancária demonstre algum poder de mercado, o seu comportamento é muito próximo do esperado em um ambiente de competição, dado que os indicadores de concentração não são tão elevados quando comparados com o padrão internacional. Se a situação ainda é confortável, é indubitável a importância da preocupação da Sociedade com a evolução do nível de concentração e com os efeitos negativos sobre a concorrência. Um poder de mercado exagerado poderá dificultar a alocação eficiente da poupança e investimento, impedir o acesso de segmentos que estão à margem dos serviços oferecidos pela indústria, como as pequenas empresas e as faixas mais pobres da população, e dificultar a redução do “spread” bancário para níveis mais baixos.

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Assim, diante desse risco é vital o papel da ABBC na defesa da concorrência e do espaço de atuação dos bancos de pequena e média rede. Deve-se, também, destacar a forte disposição do governo em implementar medidas que fomentem maior competição dentro da indústria bancária, de modo que este aprofundamento implique em menores custos e maior eficiência que, conjuntamente, produzirão externalidades positivas na atividade econômica com a redução mais acelerada do “spread bancário” e a formação de um sistema financeiro sólido e mais competitivo. Para se entender mais claramente a atuação da ABBC é necessário que sejam entendidas as particularidades dos seus bancos e confrontadas com as dos maiores e, principalmente, conhecer a importância dos bancos menores para as micro e pequenas empresas e a população de baixa renda no acesso aos serviços oferecidos pela indústria financeira. Embora obedeçam ao mesmo ambiente regulatório que as grandes instituições, os bancos menores têm atuação distinta. Diferentemente dos grandes, os bancos médios e pequenos não conseguem obter ganhos de escala, têm um custo marginal de captação de depósitos e de capital mais elevado, o que praticamente os inviabilizam na oferta de crédito para as grandes corporações. Diante dessa dificuldade, são obrigados a atuar em setores onde conseguem ostentar vantagens competitivas em relação aos bancos maiores. Isto pode ser observado na atuação em nichos nos quais são necessários maior agilidade e customizações que agreguem valor aos clientes. A capacidade dos bancos de pequena e média rede em atender demandas específicas propicia aos mesmos um poder disciplinador no segmento das pequenas empresas e nas operações com as camadas mais pobres da população. Tal capacidade possibilita uma maior facilidade na avaliação da qualidade dos créditos. Por causa da maior proximidade, o relacionamento entre esses bancos e clientes atenua os problemas de informação assimétrica que caracterizam os processos de financiamento a empresas de tal porte. A ausência dos pequenos e médios bancos nesse segmento de crédito poderia significar a interrupção dessa estrutura de relacionamento e o comprometimento do acesso das micro e pequenas empresas a fontes externas de financiamento. Historicamente, os bancos de pequena e média rede captam seus recursos através de depósitos de empresas, de clientes do mercado de “private banking”, de fundações e de investidores institucionais. Por se tratar de um perfil de captação mais sofisticado, a obtenção de recursos é mais onerosa e sempre susceptível às mudanças de humor do mercado financeiro. Nesse quesito, as instituições menores têm exibido, ao longo dos últimos dois anos, uma evolução extremamente favorável, diversificando e obtendo alternativas de captação mais estáveis. Embora, mais onerosas, as opções de recursos pela cessão de créditos, facilitada pela boa qualidade dos ativos, o acesso ao mercado internacional de capitais e a securitização dos ativos, mediante a criação de fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDCs), são extremamente favoráveis para a percepção de risco. A obtenção de recursos por tais instrumentos confere melhores condições para a gestão de ativos e passivos dos bancos pequenos e médios, tanto no que se refere a prazos maiores, como em volumes e custos. Essa diversificação com instrumentos mais estáveis permitiu que os bancos de pequena e média rede continuassem a exibir uma performance positiva, mesmo após a intervenção do Banco Central num banco desse segmento, em novembro de 2004. Não só puderam remunerar o capital dos acionistas com taxas atrativas como também prosseguir na expansão na oferta de crédito para as pessoas físicas e as empresas pequenas e médias. Com a melhoria do cenário macroeconômico, o volume de crédito como proporção do nível de produto tem mantido uma tendência crescente, embora ainda se encontre em um patamar muito baixo quando comparado com outros países. Esta tendência de crescimento do crédito é explicada, essencialmente, pelo aumento do crédito para as Pessoas Físicas que, por sua vez, foi impulsionado pelo crédito consignado em folha de pagamentos. Na disseminação desse produto, os bancos pequenos e médios têm contribuído fortemente. A especialização desses bancos permite que apresentem excelência em operações com as pessoas físicas, principalmente na consignação em folha de pagamento. Os êxitos obtidos com o produto, refletidos na sua rápida expansão, são explicados pelo fato que o mesmo se mostra como a opção mais barata ao endividamento pessoal. No aperfeiçoamento da sua regulação, tanto o governo como o sistema financeiro têm trabalhado no aperfeiçoamento das práticas e na orientação ao público em geral. Particularmente, a ABBC, como entidade de classe, juntamente com a Febraban e a Acrefi, está preparando cartilha explicando aos aposentados e pensionistas o que vem a ser o crédito consignado, no que tange às regras, às taxas envolvidas e ao risco do endividamento irresponsável. A inserção de novos bancos no segmento e a disseminação do produto, que apresenta uma taxa mais baixa, para o funcionalismo privado e para os empréstimos para a habitação certamente deverão, no médio e longo prazo, aprofundar a competição bancária e a reduzir o “spread bancário”.

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Concluindo, a ABBC tem como meta continuar trabalhando na busca por novos instrumentos e novos produtos na esfera microeconômica, os quais certamente ajudarão a reduzir a taxa de juros na ponta dos tomadores de recursos e tornarão cada vez mais acessíveis os empréstimos para a população, favorecendo o crescimento da economia.

R$ Milhões PART. R$ Milhões PART. R$ Milhões PART. R$ Milhões PART. R$ Milhões PART. R$ Milhões PART.MÉDIO I 207.004 16,3% 237.383 15,2% 67.758 14,3% 70.858 12,4% 18.450 11,6% 18.332 10,0%MÉDIO II 84.709 6,7% 115.767 7,4% 38.038 8,0% 50.441 8,8% 9.347 5,9% 12.028 6,5%PEQUENO 64.225 5,1% 74.580 4,8% 31.727 6,7% 36.201 6,3% 11.730 7,4% 13.111 7,1%SUBTOTAL 355.938 28,1% 427.730 27,3% 137.523 29,0% 157.500 27,5% 39.527 24,9% 43.471 23,6%TOTAL SISTEMA 1.267.221 100,0% 1.565.521 100,0% 473.694 100,0% 572.622 100,0% 158.542 100,0% 184.297 100,0%

dez/04 dez/05 dez/04 dez/05 dez/04 dez/05 dez/04 dez/05 dez/04 dez/05MÉDIO I 13,5% 17,2% 11,2 12,9 2.205 1.674 12 10 14,1% 10,3%MÉDIO II 15,7% 19,0% 9,1 9,6 549 1.048 21 18 3,5% 6,9%PEQUENO 10,6% 8,0% 5,5 5,7 680 650 95 96 3,9% 3,8%SUBTOTAL 13,2% 14,9% 9,0 9,8 3.434 3.372 128 124 21,5% 21,0%TOTAL SISTEMA 13,1% 15,6% 8,0 8,5 17.626 18.077 162 161 100% 100%

Fonte: Banco Central (Sisbacen)/Gazeta Mercantil (Balanço Anual)/Valor Econômico (Valor 1000)

dez/05 dez/04 dez/05 dez/04Patrimônio Líquido

LL/PL

dez/04 Ativo Total Operações de Crédito

dez/05

Alavancagem (Ativo/PL) Quantidade de Agências Quantidade de Bancos Funcionários

Principais Atividades dos Bancos Associados

• Carteira Comercial • Crédito Direto ao Consumidor (CDC) • Operações de Mercado (Derivativos) • Estruturação de Operações • Administração de Carteiras • Câmbio (Comércio Exterior) • Leasing • Crédito Consignado

Objetivos da ABBC

� Discutir, debater, estudar e opinar sobre problemas, conjunturais e econômicos, que afetem os interesses dos Bancos Associados;

� Estabelecer e apresentar políticas que norteiem a atuação conjunta ou conjugada dos Associados;

� Gerir e administrar entidades ou organizações que congreguem seus Associados ou atividades e/ou serviços comuns de seu interesse.

Perfil dos Associados

� 79 associados. � Destes, 58 são instituições nacionais e 21 têm participação estrangeira � 3 instituições de crédito e financiamento � 3 bancos de investimento � 2 bancos cooperativos

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Mediana de Bancos Associados (Amostra) mais representativos do setor de Bancos de Pequena e média rede

INDICADOR

DEZ/04

MAR/05

JUN/05

SET/05

DEZ/05

MAR/06

PL (R$Mil)

85.638

87.278

92.234

90.528

94.450

98.552

ATIVO TOTAL (R$Mil)

592.847

701.325

671.098

703.298

685.957

781.137

DEPÓSITO (R$Mil)

130.104

151.646

150.639

173.014

189.573

193.396

LUCRO LÍQUIDO (R$Mil)

4.819

4.149

7.003

ÍNDICE DE BASILÉIA

26,7%

26,4%

25,7%

24,8%

24,3%

23,3%

IMOBILIZADO

8,1%

8,8%

8,4%

8,6%

8,4%

9,3%

AGÊNCIAS

2

2

2

2

2

2

FUNCIONÁRIOS

97

95

102

103

105

106

Fonte: Bacen

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• CRÉDITO CONSIGNADO

Aprovado em 17.12.03, por meio da Lei 10820, o Crédito Consignado vem crescendo geometricamente, especialmente o Crédito Consignado INSS, assim chamado por atender aposentados e pensionistas tendo desconto das prestações diretamente na folha de pagamento do benefício pago pelo INSS. Empréstimo a taxas modestas, foi desde o início alavancado pelos bancos do segmento representado pela ABBC. Hoje, esses bancos têm em conjunto a maior fatia do mercado.

A entidade tem oferecido aos bancos uma cobertura administrativa por meio de ações reivindicatórias e de discussões no âmbito da Comissão de Consignação em Folha de Pagamento, criada com o objetivo de conhecer, analisar, deliberar e pleitear/orientar sobre problemas e sugestões apresentados pelos bancos associados consignatários.

• CRÉDITO CONSIGNADO – INSS (até mar/06) Nº R$ Milhões

- Aposentados e Pensionistas 18.871.718 - Empréstimos Concedidos 8.223.512 13.265 - Empréstimos Ativos 6.782.404 12.337

- Empréstimos Liquidados 191.732 435 - Empréstimos Cancelados pelos Bancos 154.226 214 - Empréstimos Totalmente Pagos 1.095.150 278 Nº de Parcelas N° de Contratos % Até 6 1.290.038 15,69 7 a 12 570.611 6,94 13 a 18 336.645 4,09 19 a 24 918.427 11,17 25 a 30 118.852 1,45 31 a 36 4.617.236 56,15 Acima de 36 371.703 4,52 Total 8.223.512 100,0 Empréstimos por Faixa Salarial R$ Milhões Nº de Salários Nº de Contratos % Mínimos 3040,0 Até 1 3.508.450 51,73 1162,5 >1 até 2 980.709 14,46 1188,9 >2 até 3 707.174 10,43 1216,1 >3 até 4 558.206 8,23 1320,5 >4 até 5 502.312 7,41 1610,0 >5 525.553 7,75 Fonte: INSS

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Serviços Compartilhados ABBC � Representação e Processamento de Compensação de Cheques: para 300 bancos/agência em todo o país. � Custódia de cheques. � Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB): atendimento a 12 bancos filiados. � Pesquisas de Crédito Consignado: realizadas pelo IBOPE e VOX POPULI. � Acompanhamento Jurídico de algumas questões do Crédito Consignado. � Elaboração e Impressão da Cartilha do Crédito Consignado para Aposentados e Pensionistas do INSS. � Curso de Economia para Jornalistas. � Estudo da MCM - Consultores Associados sobre Crédito. Alguns Eventos da ABBC � Seminários: Legislação Cambial, Política Econômica, Crédito Consignado – Impactos no Spread Bancário,

Apresentação do UNICAD, Governança Corporativa, Estrutura para Risco Operacional (Res. 3380), Gestão de Riscos Operacionais, Estruturação do FDIC, Basiléia II, Lei de Falências, BACEN-JUD, CCS (Cadastro de Clientes do SFN);

� Reuniões: SPB (Mensageria, Rede, Segurança), BACEN-JUD, CCS (Cadastro de Clientes do SFN), FMI; � Contatos/Pleitos/Sugestões: BACEN, Autoridades Estaduais, Autoridades Federais, Autoridades Municipais,

BNDES, INSS, CORECON, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), International Finance Corporation (IFC) do World Bank Group, FEBRABAN, Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNIF), CETIP, PROCON;

� Cursos: Combate à Lavagem de Dinheiro, Instrumentos Financeiros para o Agronegócio, Produtos Bancários,

Basiléia II, Controladoria e Compliance, Gestão de Custos, Lei de Falências, Risco de Crédito, Auditoria Trabalhista, Contabilidade das Operações de Câmbio, Terceirização Bancária, Tributação nas Transferências Internacionais, Raroc e Eva: Estratégia para Maximização do Lucro, Inteligência Competitiva.

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� Diretoria (Gestão 2006/2008) � Presidente

Milto Bardini

� Vice-Presidente Renato Martins Oliva

� Diretores

Andréa Capelo Pinheiro José Eduardo Cintra Laloni Maércio Soncini Odílio Figueiredo Neto Paulo Henrique Pentagna Guimarães Sandro Tordin

� Suplentes

Ademar Schardong André Luiz Malucelli Michael Esrubilsky

� Conselho Consultivo (Gestão 2006/2008)

Alvaro Augusto Vidigal Bartolomeu Charles Lima Brederodes Eduardo Barcelos Guimarães Eduardo Castro de Azevedo Érico Sodré Quirino Ferreira Gilberto Maktas Meiches Humberto Casagrande Neto Morris Dayan Ricardo Gelbaum Zoroastro Alvarenga Botelho Pena

� Suplentes

Antonio Mário Rinaldini José Arthur Lemos Assunção Luiz Cláudio de La Rosa

� Diretoria Executiva Progreso Vañó Puerto

� Assessoria Econômica Everton P.S. Gonçalves

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� Diretoria (Gestão 2004/2006)

� Presidente João Ayres Rabêllo Filho

� Vice-Presidente

Alvaro Augusto Vidigal

� Diretores André Jafferian Neto Andréa Capelo Pinheiro José Eduardo Cintra Laloni Odílio Figueiredo Neto Paulo Henrique Pentagna Guimarães Renato Martins Oliva

� Suplentes

José Arthur Lemos de Assunção José Augusto Ferreira dos Santos Luiz Fernando Fontes Lessa

� Conselho Consultivo (Gestão 2004/2006)

André Luiz Malucelli Bartolomeu Charles Lima Brederodes Benedito Ivo Lodo Filho Eduardo Castro de Azevedo Enrique José Zaragoza Dueña Érico Sodré Quirino Ferreira Milto Bardini Ricardo Gelbaum Ronaldo Amaral de Carvalho Pinto Sandro Tordin

� Suplentes

Ermes Stabile Júnior Humberto Casagrande José Roberto Salgado Luis Otávio Azeredo Lopes Índio da Costa Luiz Fernando Nascimento Vita

� Diretoria Executiva

Progreso Vañó Puerto

� Assessoria Econômica Everton P.S. Gonçalves

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Bancos Associados American Express Bank (Brasil) Banco Múltiplo S.A. ASB S.A. - Crédito, Financiamento e Investimento Banco A.J. Renner S.A. Banco ABC Brasil S.A. Banco Arbi S.A. Banco Barclays S.A. Banco BBM S.A. Banco BGN S.A. Banco BM&F de Serviços de Liquidação e Custódia S/A Banco BMC S.A. Banco BMG S.A. Banco Bonsucesso S.A. Banco Brascan S.A. Banco BVA S.A. Banco Cacique S.A. Banco Calyon Brasil S.A. Banco Capital S.A. Banco Cédula S.A. Banco Citibank S.A. Banco Comercial Uruguai S.A. Banco Cooperativo do Brasil S.A. - BANCOOB Banco Cooperativo SICREDI S.A. Banco CR2 S.A. Banco Credibel S.A. Banco Credit Suisse (Brasil) S.A. Banco Cruzeiro do Sul S.A. Banco Daycoval S.A. Banco Dibens S.A. Banco de Investimento Tendência S.A. Banco de La Província de Buenos Aires Banco Fator S.A. Banco Fibra S.A. Banco Ficsa S.A. Banco GE Capital S.A. Banco Gerdau S.A. Banco Guanabara S.A. Banco Induscred de Investimento S.A. Banco Industrial do Brasil S.A. Banco Indusval S.A. Banco Intercap S.A. Banco Itaú BBA S.A. Banco J.Safra S.A. Banco John Deere S.A. Banco JP Morgan S.A. Banco Matone S.A. Banco Máxima S.A. Banco Modal S.A. Banco Mercantil do Brasil S.A. Banco Morada S.A. Banco Opportunity S.A. Banco Ourinvest S.A. Banco Pactual S.A. Banco Panamericano S.A. Banco Paulista S.A. Banco Pecúnia S.A. Banco Pine S.A. Banco Prosper S.A. Banco Rendimento S.A.

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Banco Ribeirão Preto S.A. Banco Rural S.A. Banco Semear S.A Banco Schahin S.A. Banco Société Générale Brasil S.A Banco Sofisa S.A. Banco Sudameris Brasil S.A. Banco Triângulo S.A. Banco Tricury S.A Banco Uno-E Brasil S.A. Banco Votorantim S.A. Banco VR S.A. Banco WestLB do Brasil S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil) S.A. Bicbanco - Banco Industrial e Comercial S.A. Deutsche Bank S.A. - Banco Alemão ING BANK N.V. Intermedium - Crédito, Financiamento e Investimento S.A. Lemon Bank Banco Múltiplo S.A. OMNI S.A., Crédito, Financiamento e Investimento Paraná Banco S.A. __________ __________