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A VOZ DO ESTUDANTE /Ot W ]P ,^ : 0 ^ \ ÓRGÃO OO G. E. “ RUI BARBOSA" DO O. E. E. N. “ HORÁCIO SOARES" Diretor i Prof. NORIVAL VIEIRA DA SILVA Redator: J OS É RAVICZ A N O 2 OURINHOS, Maio de 1956 N.o 1 NÓS E O JORNAL (CRÔNICA) Há poucos dias, - lendo uma revista, notei um tre cho interessante que dizia: “O mundo não é apenas o seu mundo. Aprenda a conhecê-lo como um todo do qual você é parte integrante através dos jornais.” Nada mais correto do que estas palavras I Muitas pessoas se têm na conta de interessante, cheias de personalidade, mas nada ou pouco sabem além do que se passa a seu redor, Têm preguiça de | perder 15 minutos diários com a leitura da fonte pre ciosa dos últimos acontecimentos — o jornal. Nâo estamos querendo dizer que qualquer pessoa que leia jornal, tenha de confundir seus amigos e co- ! legas com perguntas e comentários sôbre a situação | internacional ou sôbre o que se debateu na ONU. Não! O objetivo vai muito mais além. Será al guém que pode contribuir para resolver quaisquer si tuações, porque possui base para discenir os fatos bons dos maus, os fúteis dos sérios, os falsos dos verdadeiros. E estaremos ampliando largamente nossa cultura, através de contactos com inteligências, coisa quase que impossível há apenas algumas décadas. E tem sido tão amplo êste setor de progresso que tal descoberta, tão poderosa, à fôrça de vulgarização se banaliza e é posta de lado. Há anos atrás, conheci um senhor idoso que sa bia ser analfabeto. Tôdas as tardes, porém, religiosa mente passava pela banca de jornais e dizia orgulho so — “O meu, por favor!” E lá se ia, lampeiro com o último jornal debaixo do braço, como um troféu. Minha irmã não resistindo à curiosidade, pergun- tou-lhe certa vez:- “Mas seu José, o senhor mora sozinho, não sabe ler e compra tôdas as tardes o jornal! Por que, hein!?... Minha filha — disse êle — já que não recebi educação adequada para ler as notícias, posso pelo menos carregá-las, não é mesmo?” E quantos de nós, podendo fazer o inverso do que fa zia o velho da história, preferimos ser como êle; apenas carregamos as notícias para que os outros saibam e não nós mesmos, havendo a granda diferença de ter sido o velho iletrado e nós alfabetizados. Mas não fiquemos nisto apenas. Prestemos um pouquinho de atenção e veremos que as pessoas mais procuradas e de conversa fluente e agradável são a- quelas cuja leitura não se limita apenas à consulta diária do jornal. Devemos ler os jornais para nos informarmos do que vai “além de nós". í Mais importante, porém, do que apenas nos in formamos, é termos “consciência” do mundo como üm todo, do Brasil como parte dêsse todo, da nossa cidade como parte dêsse Brasil e principalmente de nós mesmos como parte da cidade. Ana Dora de- 1.0 Normal P roêm io LUIZ GONZAGA DINIZ (Diretor do CEEN. “Horacio Soares”) Volta à publicidade o vosso jornal. No passado vimo-lo a- poiando a causa da educa ção. Mercê de Deus, vemo-lo agora prestigiando a mes ma empreitada. À luz dos ensinamentos que aqui recebeis, cumpre- vos continuar a tarefa da bôa divulgação. De vós, esperamos aquela dignidade com que sempre soubestes enxornar tantas atitudes hoje rememoradas com orgulho. Depois do la bor, a colheita vos traga bons frutos. Amanhã, queremos falar de vós como de vós falamos agora quando reno vais a publicação do vosso jornal. Sabemo-vos atentos a que vos prestigiemos labor e ideal. Desnecessário se tor na dizer que assim o fare mos, mesmo porque a mis são é incentivar decisões bem tomadas. Também, estaremos pre sentes ao ato quando bebe- reis o licor generoso da re compensa espiritual que, pra za aos réus. não tardará para confirmar o vigor da empreitada laboriosa e idea lista. Parabendamos aos vossos professores e orientadores, os que iuspiraram a vo>sa tarefa. Se assim o fazemos cumprimos imperiosa obri gação de reconhecer os que tiveram parcelas grandes de crédito no coroamento do vosso êxito. Pela palavra firme e pa triótica e cristã deixareis muito de vós no coração dos outros, os que vos ben dirão sempre e sempre. A história, verdadeira e franca nos seus testemunhos, revelará à posteridade uma existência fecunda de ideal e de fraternidade constante. 1 VOZ 00 ESTUDim “Depois de um longo e tenebroso inver no”, reaparece “A Voz do Estudante’'. É imen sa nossa satisfação e nosso orgulho. Basta se pensar na importância do fato, para se sentir quão elevada é sua finalidade. O jornal con serva e aumenta o interêsse dos alunos entre si e para com a escola. Cria um agradável ambiente de união e amizade, no estabeleci mento, assemelhando-o à uma família O jor nal nos torna indepenpentes e organizados. Êle nos irmana e nos fortalece Saudemos o ressurgir de “ A VOZ DO ESTUDANTE” como grande passo pelo maior engrandecimento de nossa escola.

A VOZ DO ESTUDANTE - tertulianadocs.com.br fileinternacional ou sôbre o que se debateu na ONU. Não! O objetivo vai muito mais além. Será al guém que pode contribuir para resolver

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A VOZ DO E S T U D A N T E/Ot W ]P , ^ : 0 ^ \ ÓRGÃO OO G. E. “ RUI BARBOSA" DO O. E. E. N. “ HORÁCIO SOARES"Diretor i Prof. NORIVAL VIEIRA DA SILVA Redator: J O S É R A V I C Z

A N O 2 O U R I N H O S , Maio de 1956 N.o 1

NÓS E O JORNAL( C R Ô N I C A )

Há poucos dias, - lendo uma revista, notei um tre­cho interessante que dizia: “O mundo não é apenas o seu mundo. Aprenda a conhecê-lo como um todo do qual você é parte integrante através dos jornais.”

Nada mais correto do que estas palavras I Muitas pessoas se têm na conta de interessante,

cheias de personalidade, mas nada ou pouco sabem além do que se passa a seu redor, Têm preguiça de | perder 15 minutos diários com a leitura da fonte p re­ciosa dos últimos acontecimentos — o jornal.

Nâo estamos querendo dizer que qualquer pessoa que leia jornal, tenha de confundir seus amigos e co- ! legas com perguntas e comentários sôbre a situação | internacional ou sôbre o que se debateu na ONU.

Não! O objetivo vai muito mais além. Será al­guém que pode contribuir para resolver quaisquer si­tuações, porque possui base para discenir os fatos bons dos maus, os fúteis dos sérios, os falsos dos verdadeiros.

E estaremos ampliando largamente nossa cultura, através de contactos com inteligências, coisa quase que impossível há apenas algumas décadas.

E tem sido tão amplo êste setor de progresso que tal descoberta, tão poderosa, à fôrça de vulgarização se banaliza e é posta de lado.

Há anos atrás, conheci um senhor idoso que sa­bia ser analfabeto. Tôdas as tardes, porém, religiosa­mente passava pela banca de jornais e dizia orgulho­so — “O meu, por favor!” E lá se ia, lampeiro com o último jornal debaixo do braço, como um troféu.

Minha irmã não resistindo à curiosidade, pergun- tou-lhe certa vez:-

“Mas seu José, o senhor mora sozinho, não sabe ler e compra tôdas as tardes o jo rn a l! Por que, h e in !?...

Minha filha — disse êle — já que não recebi educação adequada para ler as notícias, posso pelo menos carregá-las, não é mesmo?”

E quantos de nós, podendo fazer o inverso do que fa­zia o velho da história, preferimos ser como êle; apenas carregamos as notícias para que os outros saibam e não nós mesmos, havendo a granda diferença de ter sido o velho iletrado e nós alfabetizados.

Mas não fiquemos nisto apenas. Prestemos um pouquinho de atenção e veremos que as pessoas mais procuradas e de conversa fluente e agradável são a- quelas cuja leitura não se limita apenas à consulta diária do jornal.

Devemos ler os jornais para nos informarmos do que vai “além de nós". í

Mais importante, porém, do que apenas nos in­formamos, é termos “consciência” do mundo como üm todo, do Brasil como parte dêsse todo, da nossa cidade como parte dêsse Brasil e principalmente de nós mesmos como parte da cidade.

An a Dora de - 1.0 Normal

P r o ê m i oLU IZ GONZAGA D IN IZ(Diretor do CEEN. “Horacio Soares”)

Volta à publicidade o vosso jornal.

No passado vimo-lo a- poiando a causa da educa­ção. Mercê de Deus, vemo-lo agora prestigiando a mes­ma em preitada.

À luz dos ensinam entos que aqui recebeis, cumpre- vos continuar a tarefa da bôa divulgação.

De vós, esperam os aquela dignidade com que sempre soubestes enxornar tan tas atitudes hoje rem em oradas com orgulho. Depois do la­bor, a colheita vos traga bons frutos. Amanhã, queremos falar de vós como de vós falamos agora quando reno­vais a publicação do vosso jornal.

Sabem o-vos atentos a que vos prestigiem os labor e ideal. Desnecessário se to r­na dizer que assim o fare­mos, mesmo porque a mis­são é incentivar decisões

bem tomadas.Também, estarem os pre­

sentes ao ato quando bebe- reis o licor generoso da re­com pensa espiritual que, pra­za aos réu s . não tardará para confirmar o vigor da em preitada laboriosa e idea­lista.

Parabendam os aos vossos professores e orientadores, os que iuspiraram a vo>sa tarefa. Se assim o fazemos cumprimos imperiosa obri­gação de reconhecer os que tiveram parcelas grandes de crédito no coroam ento do vosso êxito.

Pela palavra firme e pa­triótica e cristã deixareis muito de vós no coração dos outros, os que vos ben­dirão sempre e sempre.

A história, verdadeira e franca nos seus testemunhos, revelará à posteridade uma existência fecunda de ideal e de fraternidade constante.

1 VOZ 0 0 E S T U D i m“Depois de um longo e tenebroso inver­

no”, reaparece “A Voz do Estudante’'. É imen­sa nossa satisfação e nosso orgulho. Basta se pensar na importância do fato, para se sentir quão elevada é sua finalidade. O jornal con­serva e aumenta o interêsse dos alunos entre si e para com a escola. Cria um agradável ambiente de união e amizade, no estabeleci­mento, assemelhando-o à uma família O jor­nal nos torna indepenpentes e organizados. Êle nos irmana e nos fortalece

Saudemos o ressurgir de “ A VOZ DO ESTUDANTE” como grande passo pelo maior engrandecimento de nossa escola.

Medo A VOZ DO ESTUDANTE Página 2

TI R A D E N T E SEm memória de Ti-

radentes foram organi­zadas festividades pelo C. E. E. N. “ Horácio Soares de Ourinhos.

A programação cons­tou de um diálogo en­tre alunos do curso pri­mário anexo, o qual exaltou a figura do már­tir, números de poesia por alunos do ginásio e do normal. Não fal­tou a palavra patrióti­ca, e vibrante do pro­fessor Luiz G o n z a g a Diniz.

Na ocasião foi apre­

sentado o orfeão, regi­do pela professora Cley- de Bonetti, o qual pro­porcionou uma atuação brilhante.

A professora do cur­so primário anexo D. Maria ' Aparecida D. Pizzolante fez uma ora­ção cheia de fé na li­berdade, exaltando as figuras mártires.

Logo em seguida usou da palavra o orador oficial das comemora­ções do dia, prof. No- rival Vieira da Sitva.

14 D E A B R I LData que simboliza o

dia da Organização dos E s t a d o s Americanos, houve nêste Colégio Estadual festividades de exaltação a essa união.

F a l o u s ô b r e êsse ideal, com uma expla­nação das mais felizes sôbre o significado do panamericanismo, nos­so diretor, prof. Luiz G. Diniz.

Tivemos números de

poesia por alunos do curso ginasial e normal e o melodioso orfeão regido pela profa. D. Cleyde Bonetti.

O curso primário a- n e x o comemorou em particular nas suas clas­ses, sob a organização dos alunos do curso normal e com a super­visão da professora de Prática, Irmã lida L. Barbosa.

D I A D A S M A ESEm homenagem a ês-

te dia, o curso primário, com a participação do curso normal organizou uma festa em que se apresentaram os alunos

do primário, tendo fa­lado nosso diretor prof. Luiz Gonzaga Diniz e a profa. Maria Apareci­da D. Pizzolante, do curso primário.

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A R T IG O S F I N O SCASA ALBERTOO U R I N H O S

E X F» C MF o r a m inauguradas

nêste estabelecimento, dia 9 dêste, as exposi­ções de Música e Canto Orfeônico, T r a b a l h o s Manuais (seção Femi-

B I Ç A Onina), Português e Fran­cês.

Falaram na abertura nosso diretor Prof. Luiz Gonzaga Diniz e o Prof. Norival Vieira da Silva.

P r o f a . C L E Y JTransferida, por concurso de

remoção, para o Colégio e E s­cola Normal de São José dos Campos, deixou nosso Colégio a Profa. Cleyde Bonetti, que durante três anos lecionou entre nós.

Professora de Música e Can­to Orfeônico, sempre se dis~ tinguiu por sua bondade e e- nergia, fazendo com que nos-

D E B O N E T T Isos orfeões se apresentassem com brilho, dentro e fora do Colégio.

Era a alma das festas de formatura, orientando e aju­dando os diplomandos.

A professora Dona Cleyde deixará sau lades em nosso Colégio. A ela formulamos vo­tos de felicidades em seu no­vo campo de trabalho.

P r o f a . M A R I iTransferida do Colégio Es­

tadual de Pirajú, é nossa no­va professora catedrática de Música e Canto Orfeônico a Sta. Profa. Maria Abujabra.

Já lecionou em Ourinhos,

i A B U J A B R Ano antigo “Instituto Educacio­nal de Ourinhos,” que funcio­nava em nosso prédio escolar.

À Profa. Dona Maria nossos votos de Boas Vindas.

DIA DO TRABALHOEm l.o de Maio, da­

ta em que se festeja a Confraternização Uni- varsal do Trabalho, fo­ram levadas a efeito nêste estabelecimento comemorações que reu­niram professôres e a- lunos. Falalaram na o- casião, opós a execução do Hino Nacional pelo Orfeão da Escola, o di­retor Prof. Luiz G. Di­niz e o catedrático de Sociologia, Prof. Theó- philo de Queiroz Junior, que discorreram sôbre aquêle dia festivo.

Ouviram-se números

de poesia e de canto pelo Orfeão regido pe­la Profa. Cleyda Bonetti.

Terminadas as festi­vidades comemorativos do dia foram inaugura­das solenemente as de­pendências do Grêmio Estudantino “ Rui Bar­bosa”, tendo na ocasião tomado posse a nova diretoria.

Em seguida foi rea­lizada uma visita aos detentos da Cadeia da Vila Odilon, estando presente o Dr. Lourival França Filho, Delegado de Polícia de Ourinhos.

Medo - _________ A VOZ DO ESTUDANTE Página 3

Folha Literária - Orgão Oficial do “Clube de Paituguês e Literatura’ do C. E. E. H, “Horácio S o a r e iOrientador: Prof. ALFREDO FRANCO, Catedrático de Português

O DIA DO TRABALHO O MELHOR TRABALHO DE 1955

C A B E L C S L O U D C IH É LIO S IL V A - Aluno do l.o Normal

R oubaste acaso do tribal m aduro O louro p u ro dêstes teus cabelos?Teus olhos, bela , q u em os fêz tão belos ?Fico a m irá-los e no olhar perduro.

R estas covinhas de teu rosto, ju ro ,M eu bem , se eu desse a lguns beijos singelos, Não m ais teria em vida ou tros anelos Sem m êdo a lgum de m e tornar per ju ro .

T udo , porém , não passa de u m desejo Pois, não terei, suponho, o grande ensejo De ver cum prido u m dia este m e u gôsto.

Se a lgum dia /á teu olhar m a tar-m e Ou nestas ondas louras afogar-m e, E nterra-m e nas covas do teu rosto.

L PernambucanasOnde todos com pram o s m elhores

tecidos pelos m enores preços.

PRAÇA M ELO PEIXOTO — O U R I N H O S

O melhor trabalho do m ês

d e s c r i ç ã o M I N H A T E R R AAntonio Cl nudino de - Aluno do 3 1 Ginasial

U b i a m a tu r , n o n l a b e r a tu r ;Si l a b o ra tu r , l a b o r a m atu r .“Quando se ama, não se

trabalha; e caso se tra­balhe, ama-se o traba­lho". Eis, senhores, um pensamento cristão sô­bre o trabalho, que vos proponho no dia de hoje,Não vos quero falar do

trabalho braçal daque­les que morejam de sol a solpara arrancar do seio da terra os meios para a vossa subsistência. Não vos quero falar do trabalho árduo daqueles que, no interior das fá­bricas, labutam por ofe­recer o conforto que a vida moderna vos propi­cia. Não vos quero falar do ssfôrço estafante daqueles que se dedicam à tarefa não menos di­fícil de esculpir nalma das crianças e adoles­centes o futuro espe­rançoso da Pátria, fa­zendo-os úteis à socie­dade, a Deus e aos seus semelhantes. Do vosso trabalho diário, da mis­são que a Providência vos impôs, numa palavra, do cumprimento do vosso dever de estado é que vos quero falar.De nada vos valeria o

colorido brilhante de vossos feitos, se dei- xásseis de lado os vos­sos deveres. E notai bem que não é lá difícil praticar grandes ações, que vos satisfaçam à vanglória, que vos li - songiem o amor próprio. Difícil tarefa é, exe­cutar com perfeição os pequeninos atos que constituem um dia em vossa vida.Sei que alimentais no

espírito grandes ide­ais. E ai de vós, senão fôsse verdade o que aca­bo de dizer, porque jo­vem sem ideal na vida soa como corpo sem alma; Mas, não coloqueis o ideal únicamente na realiza­ção de grandes feitos.

Colocai-o, era primeiro lugar, no cumprimento fiel dêstes pequeninos atos de vossas vidas que, se passam despercebidos do comum dos homens, são em realidade os verda­deiros tonificadores do vosso caráter, são em realidade os verdadei­ros plasmadores de vos­sos corações, os verda­deiros formadores de vossas inteligências.AGE QUOD AGIS - "Fazei

bem o que estais fazen­do agora" - diz um velho adágio latino. Vivei o vosso presente, vivei-o projetados, é verdade, para o vosso futuro, por­que. se sois jovens, ten­des um futuro, tendes u- ma missão a cumprir, tendes um ideal por rea­lizar. Mas, não vos ilu­dais com um futuro riso­nho, se vos descurais do presente que vos foge improfícuo e sem empre­endimentos , . .

Não quero dizer que devais consumir-vos em excessos de realiza­ções. Executai, porém, cada coisa a seu tempo e lugar. Diverti-vos, brincai; mas, estudai, quando o deveis fazer. Não transtorneis a or­dem das coisas. E fazei- o sempre imbuídos daque­le pensamento de Santo Agostinho: 11 Quando seama, não se trabalha; e caso se trabalhe, ama-se o trabalho".

Prof. Alfred

A cidade, onde morava o ano passado, é pequena, mas saudável.

Havia ali um pequeno rio, que na sua trajetória pela ci­dade corre como caracol, ten­do do outro lado um grande hotel em construção. Uns altos e baixos, que separavam o rio do “Climatérico”, ver­des e ondulantes, erguiam-se pela várzea.

O céu, pincelando de nu­vens brancas o horizonte, da­va ao quadro da natureza vivacidade especial, fazendo

lem brar as telas de um pin­tor famoso, de inspiração ad­mirável. Entre as onaulantes pastagens nota-se uma mina de águas cristalinas. Oásis dos veranistas, oferecendo em abundância o líquido crista­lino, parecia revigorar os que o tomavam como um tônico sobrenatural e milagroso.

A oeste da cidade, havia uma cascata sombria, cujas águas despencavam abrupta­mente de altas pedras e bor- bulhavam-se de encontro ao abismo. O mais belo local fica a leste, num planalto, junto de uma fonte de águas termais. De longe e ouvi­da com atenção, a cascata pa­rece um trovão rebombando nas quebradas dos montes e abafando todo o barulho da redondeza.

Na encosta dessa fonte de águas minerais, ao lado es-

Continua na Pagina 4

Discurse preferido a 1 /5 /1 9 5 5 .

]Bar ^ 1[•ideP e r f e i t o S e r v i ç o d e R e s t a u r a n t e

Rua Paraná, 295 — Fone, 281 — O U R I N H O S

Maio A VOZ DO ESTUDANTE Página 4

F Ô L H A L I T E R Á R I A . . . - Continuação da Pagina 3

MINHA TERRA... - Contlus»° 3querdo de um paredão, nota­va-se um velho monjolo que fazia lembrar a existência de uma fazenda esquecida e a- bandonada. Tudo indicava que aquêle local tinha sido o centro de uma próspera re-

comprá-lo a cidades em ruínas, nem mesmo a aldeias, porque uma paisagem de ra ­ra beleza, tingida de côres vivas e inspiradores dá ao visitante impressão de que um quadro de pintor famo-

gião; porém, não se podia l ao tornara-se realidade.

O D IA DAS MÃE SD I S S E R T A Ç Ã O

liirceu fíento daSflrs - Aluna do 2.8 GinasialÉ difícil falar sôbre a mãe,

não pelo fato de não term os o que dizer, mas em razão de não encontrarm os em nosso vocabulário expres­sões que correspondam aos sentim entos de um filho agradecido pela bondade in­com parável daquela que nos deu o sêr. Não encontra­mos recursos suficientes pa­ra traduzir em palavras aqui­lo que o nosso coração guar­da silenciosamente no seu íntimo, ao pensar naquela grande amiga de todos os momentos que é nossa mãe. Quando olhamos para ela e lemos em sua fisionomia to­da a bondade que uma pes­soa possa ter, não com pre­endemos como pode alguém desfazer da genitora sublime.

Vós que rebaixais a dig­nidade da mulher, vós que a considerais como um sêr quase desprezível, vinde à razão. O sêr de que falais tem dado vida a vossos he­róis e a vossos sábios.

Quando os homens ilus­tres e sábios cruzavam os ditosos dias da infância, uma mulher os fazia adormecer com os seus cantares de amor. Quando seus lábios articularam as prim eiras pa­lavras, uma mulher os ensi­nou a pronunciar seus no­

mes e ao mesmo tempo en­sinou-lhes uma doutrina san­ta e mostrou-lhes uma pá­tria para am ar, a mesma pátria que êles honraram com o brilho de suas con­quistas, com o mago resplen- dor de seus talentos. Os que negais absolutam ente as vir­tudes da mulher lembrai-vos de vossas m ã e s ! Os que ao nome ou à memória de mãe não sentirdes gritar de entu­siasmo • coração apartai-vos da humanidade! Mas não va- des aos campos, porque ali as ternas avezinhas, nos ni- hos, beijam suas mães. Ali o manso cordeirinho brinca alegrem ente junto da ovelha. Não vades às florestas, por­que podereis ver a pantera lam ber seus filhinhos c a leoa; suas crias. Não vades, porque não fica bem que a pantera e a leoa da flaresta, as ovelh as e as aves do cam ­po ensinem as leis imutáveis da natureza ao homem que é o rei da criação, a prim ei­ra figura do universo.

Em qualquer lugar onde haja espaço habitado por sêr vivente, em qualquer lugar onde exista lar organizado, ali reinará m ajestosam ente a maternidade.

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Tivemos, há dias, a oportu­nidade de percorrer nas de­pendências do C.E.E.N. “Ho­rácio Soares" as várias expo­sições das cadeiras de Músi­ca, Trabalhos Manuais, Socio­logia, Francês e Português. Sem desmerecer das qualida­des das demais exposições, va­mos nos demorar por hoje na apresentação da exposição de Português.

Foram expostos cadernos de tôdas as séries ginasiais bem como do Pré-Normal. trazen­do cada um sua etiqueta com o nome e número do aluno e seu respectivo lugar de clas­sificação. Trouxe grande bri­lho à exposição de Português a apresentação de cartazes fei­tos pelas séries ginasiais, pelo Pré-Normal e pelo 1.° Cien­tífico,

Os cartazes do 1.° e 2.° a- nos ginasiais exibiam conjuga­ções irregulares de verbos, mostrando através de diferen­tes côres a correlação entre os tempos primitivos e deriva­dos. Desta forma, ressaltou-se aos olhos dos visitantes como se ensina modernamente a con­jugar verbos, não mais apenas decorativamente, mas por meio de processos racionais. Foram os melhores trabalhos, neste sentido, os dos alunos João Jacob Laham e Ary dos San­tos, ambos da 2.a série A. Além disso, os alunos do 1.° ginasial apresentaram cartazes sôbre a acentuação gráfica das palavras destacando-se o tra­balho da menina Regina Ma­ria Trench de Medeiros.

Os alunos das 4.as séries exibiram vários trabalhos sô­bre a descrição anatômica do aparelho fonador, sôbre a fi- siologia do mesmo na emissão das vogais, ressaltada através do Triângulo de Hellwag e

sôbre a classificação científica das consoantes. Destacaram-se os alunos Eurico de Oliveira Santos, Mário Takaes e Al­fredo A. Bessa Jr., o primeiro da4.a B e os dois últimos da 4 / A.

Do \.9 científico encontra­mos trabalhos que demonstra­vam num gráfico os fenôme­nos de Metaplasmo, encimado por um desenho ilustrativo na figura de um pintainho saindo de um ôvo, representando ês- te o latim vulgar e aquêle a língua português».

Finalmente pudemos verifi­car várias telas de alunas do Pré-Normal, que transladaram para o papel sob forma de de­senho descrições de José de Alencar e das próprias alunas, numa comparação sistemática e metódica. Êstes trabalho, segundo opinou o professor da cadeira, constituem novidade no assunto. Mostram aos es­pectadores como se pode as­similar conscientemente o es­tilo de um escritor sem resva­lar para o plágio. Consistem em imitar-lhe unicamente a estrutura lógica, fugindo por completo ao assunto e às pala­vras usadas pelo escritor. Apre­sentou o melhor trabalho a a- luna Magaly de Melo Fiório.

Tivemos oportunidade de ouvir o prof. Alfredo explicar êste trabalho» para alguns dos visitantes. DiSte êle que êste método se estrutura sôbre 09 mais abalizados estilistas que reco­mendam a leitura dos bons autore», afirmando ser a literatura a arte da imitação. Quase sempre, porém, li­mitam-se a dizer no que não con­siste a imitação, impugnando o plá­gio, a imitação servil. Por êste mé­todo, declarou o professor, tornamo» consciente a imitação que se faria inconscientemente através de simplêf leituras. Outros aspectos dêste pro­cesso ainda foram mostrados, os quais orientam grandemente o aluno na prática da redação e no aperfei­çoamento do estilo. Deixemos de re­latá-los por amor à brevidade.

Maio A VOZ DO ESTUDANTE Página 5

V O C Ê SABIA Q U E . . .. ..uma môsca, duran­

te o vôo, movimenta as asas 330 vêzes por se­gundo, uma abelha 240, uma vêspa 110 e uma borboleta apenas 9 vê­zes no mesmo espaço de tempo?

..os pardais, têm, em proporção a seu corpo, o cérebro mais volumo­so que o do homem ?

...o nome de Londres deriva de Slyndin que

quer dizer dos lagos” ?

a cidade

...a pirâme de Quéops tinha 2.300.000 blocos de granito, de um pêso médio de 2.000 Kg. ca­da um?

. . .Nabucodonosor en­louqueceu ao ver os Jardins Suspensos da Babilônia, e terminou seus dias pastando na grama ?

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FILMES DA SEMANASegunda Feira - “PAPAI NÃO QUER. . .11 com Zequi-

nha e Carlos Vicente.Terça Feira - “ACORDES QUE CHORAM" com Pingão

e sua sanfona.Quarta Feira - “ESPINAFRE D0 P0PEYE11 com João

Vila Nova,Quinta Feira - "0 SOLITÁRIO" com Pedrão.Sexta feira - "NOITES DE HORROR" com Hélio Silva.Sábado - "A FUGA" com Roberto Faria, Sérgio

Paulo, Dora e Ranylson.Domingo (vesperal) - “SERÁ QUE VOU???.. . ’ ’ com

Odenis, Rubinho, Silvio Ney, Ravicz e ou­tros e mais um episódio do sensacional seriado ‘‘CAPITÃO MARVEL ENFRENTANDO A FAMÍLIA SILVANA11com Rubinho, Ravicz, Helsing e Mochinho

Domingo (à noite) - “A UM PASSO DA GLÓRIA11 com Toninho Victor.

150 gramas do cabelinho ondulado da Maria Amélia; 180 gramas da alegria da Ma­ria Hisae; 200 gramas da mei- guice da Maria Neusa; uma dose da quietude da Emiko; umas pitadas da simpatia da Jacy Maria; uns tabletes do sossêgo do Luiz Flávio; 1 co­po do convencimento do Re­nato; 4 colheres do riso ado­cicado da Genil; 3 colheres e meia da brandura da Sati­co; uma pitada da voz me­lodiosa da Carmélia; 2 chíca- ra da delicadeza do Antônio Odenis; uma boa dose do a- canhamento do Luiz Junior; com 200 gramas da voz (te­nor) do Agenor.

Acrescenta-se aos poucos os olhares da Terezinha Már­cia, com a fantasia da Maria Aisna.

A seguir mexe-se muito bem com os dedinhos do Jo­sé Laidir, com o ânimo (em futebol) do Floriano Roberto. Adiciona-se a bondade da Shimada e o sorriso da Ve-

A D V É R B I Obios?Em primeiro lugar

vem a história do pro­fessor, que, no exame, perguntou ao aluno:

— Você é capaz de me dizer dois advér-

E o aluno respon­deu:

— Não a b s o l u t a ­mente.

PRESSA— Aonde vai você ?— Não sei. E você?— Também não sei.— Então vamos de­

pressa, senão chega­mos atrazados.

N E G Ó C I O S— Seu f i lho e s tá

bem no Rio?— Muito bem. Faz

negócios brilhantes..—- Que ramo de ne­

gócios ?— É engraxate.

ra Marta, junto com a voz vibrante da Maria Aparecida.

Cosinha-se muito bem com a jovialidade da Maria Tere- za e franqueza do Adail. Re­cheia-se com a modéstia do Altair.

Novamente bate-se muito bem com as piadas do Fran­cisco, junto com a sensatez do Carlos Erivany e o fingi­mento da Aracy.

Glacé:- Os sonhos irreali- záveis da Urma, com o amor da Maria Inês e a sincerida­de do Paulo Luiz.

Enfeita-se com a elegância da Irene e polvilha-se com a delicadeza jàa Maria de Lourdès e a sensibilidade da Itsuve.

Eu tMadalena Hisako, apre- ciadora dêste gênero de arte culinária, recolhi êstes ingri- dientes na 3.a Série B. dêste Ginásio e confecionei êste delicioso Bôlo.

0 HOMEM PERFEITOSegundo as qualidades de certas figurinhas

do Colégio, o homem para ser perfeito deveria:1.0 Possuir a “elegância impecável’ ’ do

Roberto Faria2.0 A "voz abafante" do Roberto Pelegrino3.0 0s "olhos redondinhos" do Mário Mizato4.0 Um pouquinhô de "cartaz" do Carlos

Alberto5.00 “cabelo ondulado" do Ravicz6.0 A ''testinha'' do Odênis7.0 A '‘inocência intransferível'' do João

Vila Nova8.0 E para terminar, as conquistas do Car­

los Vicente (Zequinha)

A VOZ DO ESTUDANTEÚRGÁO DO G. E . " R U I B A RBO SA" DO C . R . E. N . "H ORÁCIO SO A R E S"

ANO 2 OURINHOS, Maio de 1956 N.° 1

L O G O G R IF O EM V E R S O S

H E I D E Á N I CSinto Saudades da menina que amo Daquela linda menina mulher

I Sinto saudades porque sempre a chamo 8-9-5-11 -[6-2-5-64-3-4-5-6-4.

Mas, ela não ouve, porque ouvir não quer

II

III

IV

É triste a vida quando ela não vem 3-10-1-7-5-[8-9-1-8-7.

Ê triste e eu sofro nêste mundo incertoSofro porque sou mísero tam bémSofro porque a amo e não a vejo perto 11-0-5-6-9.

Sei que ela entende minha pobre preceMas finge não entender para eu chorar 3-9-11-6-4-7,Mas, de que vale chorar se ela esquece

Que os prantos meus são vozes a rezar.São gritos dêste peito que fenece Porque não a tenho e tanto a quero am ar.

Gervásio CJolução no próximo número.

G r ê tn i t E s t n d a n l i n o 1111 B A R B O S A ”E leição da Diretoria:

Em eleições realizadas no dia 25 de Abril de 1956, foram eleitos por maioria de votos os seguinter alunos, para dirigirem os destinos do Grêmio durante o corrente a n o : Presidente - Onílton V. Bicca; Vice Presidente Carlos Alberto B. Braz; 2.0 Vice Pres. - Zensho Yama- moto; 3.o Vice Pres. Nilson Zuim Pinar; Secretário G e­ral - Gervásio Cypriano da Silva; 1.o Secretário - Tereza Chafran; 2.o Secretário, Orison Fernandes Alonso; 1.o T e­soureiro Aldo M atachana Thomé; 2 o Tesoureiro - Rubens Oliveira Santos; Orador - Luciano Correa da Silva; Vogal do Científico - Erialdo Ga-zola da Costa; Suplente - Sô­nia M arques de Brito; Vogal do Normal - A na Dora de Almeida; Suplente - Ely M aryse Ferraz; Vogal do Ginásio José Carlos Marâo Suplente - Joel M. S. Guardiano.

À nova diretoria, nossos votos de feliz gestão, e nossas mais sinceras congratulações aos orientadores, professores Norival Vieira da Silva e Exedil Magnani por mais êste grandioso em preendim ento.

c i í n p l í m m i rA mais perfeita do ramo. — Representante para Ourinhos

e região das Baterias Heliar-

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C O O P E R A T I V A( I n f o r m a ç ã o )

Foi organizada a Coope­rativa do nosso grêmio, es­tando a mesm a já em fun­cionamento. Tem ela como orientador o Prof. Exdil Mag­nani e como diretor o aluno Dilair M oraes.

A cooperativa já entrou

em entendimento com o Prof. Vicente Caputti Sobrinho, ex Prof. de Psicologia em nosso estabelecimento, ora no Departam ento de Insti­tuições Escolares, departa­mento que dá assistência aos grêmios estudantinos.

FESTA JUNINAO Grêmio realizará

uma animada festa no “Cine Clube de Ouri- nhos” em prol dos fes­

tejos de Formatura dos ginasianos e normalis- de 1956.

F A T O S E B O A T O S1. Que a Glória é bonita é boato, mas que é convencida é fato.2. Que o Aldo namora a Dorita é fato, mas que êle é sincero é boato

3. Que o Ranylson e o Camerlingo estão no Orfeão é fato mas que cantam é boato.

4. Que a Ely Maryse namorou alguém do Científico é fato, mas que ela o esqueceu é boato.

5. Que o Samir Macários estuda é boato, mas que êle vem de Ipauçú para estudar é fato.

FÔLHAS CAÍDASGervásio Cipriano da Silva

Aluno do 3.o Científico

S in to tristeza nêste ar que respiro.S in to saudade nestas folhas caídas,Que pelo chão se rolam , qua l suspiro Das velhas árvores já com balidas.

S in to tr is teza , quando as fôlhas m iro. S in to tristeza de vê-las perdidas Por en tre êste ar, esta poeira que aspiro. S in to tristeza . . São alm as feridas!...

Mas, por que s in to tristeza no nada?!Q ual a razão por que vivo chorando Na vida am arga e desesperançada?!

S in to nas fô lhas secas q u e , rolando Vão pelo m u n d o em louca disparada O m e u viver que o m u n d o está m atando.