Upload
hadan
View
218
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Illustration of a woman working Illustration of a woman working at the central bureau of the at the central bureau of the
TheatrophoneTheatrophone in Paris. in Paris.
A MULHERA MULHER
NO MERCADO DENO MERCADO DE
TRABALHOTRABALHO
A sociedade humana é histórica muda conforme o padrão de desenvolvimento da produção, dos valores e normas sociais . Assim desde que o homem começou a Assim desde que o homem começou a
produzir seus alimentos, nas sociedades agrícolas do período neolítico ( entre 8.000 a 4.000 anos atrás), começaram a definir
papéis para os homens e para as mulheres.
Sociedade agrícola x divisão sexual do trabalhoSociedade agrícola x divisão sexual do trabalho
Nas sociedades agrícolas já havia a divisão sexual do trabalho, marcada desde sempre pela capacidade
reprodutora da mulher.
"As mulheres, os escravos e os estrangeiros não são
cidadãos." cidadãos."
Péricles (político democrata ateniense, século V A.C., um dos mais brilhantes cidadãos da civilização grega)
Gerar filho
Amamentá-lo
Cuidar da
Embora também participasse do
trabalho do cultivo e Cuidar da
aprendizagem
trabalho do cultivo e da criação de
animais
Surgem as sociedades humanasSurgem as sociedades humanasNa fase pré-capitalista o modelo da família é multigeracional
Todos trabalham numa mesma unidade de produção
Surgem as sociedades humanasSurgem as sociedades humanasTodos trabalham numa mesma unidade de produção O mundo do trabalho e o mundo doméstico eram coincidentes
Com a difusão das ideias liberais e com a revolução industrial, a sociedade conheceu transformações na sua
estrutura. A sociedade de ordens do Antigo Regime, baseada no privilégio, deu lugar à sociedade de classes,
nas cendo uma nova sociedade tripartida: Burguesia, Classe Média e Proletariado.
Sociedade IndustrialSociedade Industrial
As sociedades patriarcais
permaneceram permaneceram mesmo na sociedade
industrial
A família A família multigeracionalmultigeracional
desaparecedesaparece
Forma-se a família nuclear (pai, mãe e filhos)
Século XVIII e XIXSéculo XVIII e XIX
As mulheres das As mulheres das camadas populares camadas populares passam a realizar o passam a realizar o
trabalho nas fábricas trabalho nas fábricas
Trabalho Trabalho
Século XVIII e XIXSéculo XVIII e XIX
Trabalho doméstico
Trabalho remunerado fora do lar
Durante séculos, o papel da mulher incidiu sobretudo
na sua função de mãe, esposa e dona de casa. Ao
homem estava destinado um trabalho remunerado no
exterior do núcleo familiar. Com o incremento da exterior do núcleo familiar. Com o incremento da
Revolução Industrial, na segunda metade do século
XIX, muitas mulheres passaram a exercer uma
atividade laboral, embora auferindo uma remuneração
inferior à do homem. Lutando contra essa
discriminação, as mulheres encetaram diversas formas
de luta na Europa e nos EUA.
O abandono do lar pela mãe que
trabalhavam nas fábricas levou a
sérias conseqüências conseqüências para a vida das
crianças:
Desestruturação dos laços familiares das camadas
trabalhadoras fez crescer os conflitos sociais.
A dificuldade de cuidar das crianças levou as mulheres a
reivindicarem por:
Escolas CrechesDireito da
maternidade
Revolução Industrial incorporou a mulher Revolução Industrial incorporou a mulher subalternamente no mundo da fábrica.subalternamente no mundo da fábrica.
� Em fase de ampliação de produção seincorporava a mão de obra feminina junto àmasculina;
� Em fase de crise substituía-se otrabalho masculino pelo trabalho da mulher,porque o trabalho da mulher era maisbarato;
No final dos anos 1970 surgem os movimentos sindicais e movimentos feministas no Brasil
1. O movimento sindical começou a assumir a lutapelos direitos da mulher;
2. Surgiu na década de1980 Comissão Nacionalda Mulher Trabalhadora, naCUT;
No final dos anos 1970 surgem os movimentos sindicais e movimentos feministas no Brasil
3. Com a Constituição Federal de 1988 a mulher conquistou a igualdade jurídica;
Na década de 1990, no Brasil, Na década de 1990, no Brasil, a classe trabalhadora a classe trabalhadora enfrentou problemasenfrentou problemas
1. Da desestruturação do mercado de trabalho;
2. Da redução do salário;
3. E precarização do 3. E precarização do emprego
No Brasil, é notório que a inserção da mulher no mercado de trabalho acontece de maneira bem mais
precária que a do homem:
1. Baixos salários
2. Ocupação de postos precáriosprecários
3. Discriminação na contratação e na ascensão profissional
Depoimento de uma funcionária da Honda
ilustra a afirmação anterior:
"Na empresa, a maioria dos
cargos mais altos são exercidos por
homens e não por mulheres. Como
a empresa é muito grande, existem
muitos cargos de gerente geral, gerente,muitos cargos de gerente geral, gerente,
supervisor, coordenador e
chefe. Pelo que a gente sabe são
mais de 150 cargos desses, só que
não tem nem dez mulheres exercendo
essas funções".
(http://www.observatoriosocial.org.br/download/
ReGehondaport.pdf)
As mulheres sofrem dupla pressão no mercado de trabalho
Os critérios de contratação das mulheres no mundo do trabalho estão impregnados pela imagem da mulher construída pela mídia e colocada como padrão de
beleza. Assim as mulheres sofrem dupla pressão no mercado de trabalho.
Qualificação profissional
Aparência física
As mulheres deparam-secom as velhas e novas formas
de discriminação. Além dasdiferenças salariais, há os
obstáculos ao seu acesso aoscargos mais elevados e
qualificados do ponto de vista da valorização do trabalho e/ou
cargos de chefia, onde estãopresentes a concentração dopoder e os melhores saláriospoder e os melhores salários
Neide Fonseca
“Quando a igualdade de gênero se coloca, cresce o espaço da democracia dentro da espécie humana. A democratização
efetiva da sociedade humana passa pela discussão das relações de gênero, neste sentido a luta das mulheres não
está relacionada apenas aos seus interesses imediatos, mas aos interesses gerais da humanidade.”
Referências Bibliográficas
BESSA, Carla Adriana Martins(ORG). Trajetória do Gênero. Masculinidades...PAGU. Núcleo de Estudos de Gênero. UICAMP. Campinas, São Paulo. 1988
CONDENADA POR SER MULHER No mercado de trabalho brasileiro mulheres são discriminadas, ganham menos que os homens e perdem o emprego com mais facilidade OBSERVATÓRIO SOCIAL EM REVISTA. Ano 2. n.º 5. Março de 2004.
DEPOIMENTO- Em busca de mais aliados e aliadas - Neide Fonseca - CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários). OBSERVATÓRIO SOCIAL EM CUT (Confederação Nacional dos Bancários). OBSERVATÓRIO SOCIAL EM REVISTA. Ano 2. n.º 5. Março de 2004.
MURARO, Rose Marie. Sexualidade da Mulher Brasileira. Corpo e Classe social no Brasil. Rio de Janeiro: Vozes, 1983.
TEIXEIRA, Zuleide Araújo. As mulheres e o mercado de trabalho. Disponível em < http://www.universia.com.br/html/materia/materia_daba.html> acesso em 02 de jun de 2008.