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13/11/13 A Marcha da Morte de Bataam - Kid Bentinho kid-bentinho.blogspot.com.br/2013/11/a-marcha-da-morte-de-bataam.html 1/11 Kid Bentinho Home Contato Feed Twitter Mapa do Blog Newsletter Curta nossa página A Marcha da Morte de Bataam O feroz sol tropical bate forte sobre as cabeças dos prisioneiros, todos exaustos, famintos e sedentos, alguns muito doentes. Há horas que eles não param para descansar. Não há misericórdia para quem cambalear ou cair. Os soldados japoneses matam a tiros ou a baionetadas qualquer um que não possa manter-se em pé, e, por vezes, até mesmo os que conseguem. Ao longo da estrada, centenas de cadáveres apodrecem - um lembrete sinistro a todos que, a qualquer momento, a morte pode reclamá- los. A Marcha da Morte de Bataam é listada entre as maiores atrocidades cometidas pelo Exército Imperial Japonês durante a Segunda Guerra Mundial, lista que inclui vários massacres e casos de experimentos com seres humanos, como os da infame Unidade 731. A Batalha de Bataam, que ocorreu nas Filipinas, em 1942, durou três meses. Com a vitória dos japoneses, cerca de 60.000 soldados filipinos e 15.000 soldados americanos foram feitos cativos. Milhares desses homens, nem sequer chegaram ao campo de prisioneiros. Para demonstrar sua superioridade militar, o exército japonês obrigou os cidadãos filipinos a olhar para os corpos dos prisioneiros mortos. Parceiros Encontrenos no Facebook Kid Bentinho Curtir 424 pessoas curtiram Kid Bentinho. Plugin social do Facebook Curiosidades Histór Futebol Música Ciências Cine Segunda Guerra Mundial Fotogr Esportes Humor Literatura Educação Lín Categorias

A Marcha Da Morte de Bataam - Kid Bentinho

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A Marcha da Morte de Bataam

O feroz sol tropical bate forte sobre as cabeças dos prisioneiros, todos exaustos, famintos e sedentos,alguns muito doentes. Há horas que eles não param para descansar. Não há misericórdia para quemcambalear ou cair. Os soldados japoneses matam a tiros ou a baionetadas qualquer um que não possamanter-se em pé, e, por vezes, até mesmo os que conseguem. Ao longo da estrada, centenas decadáveres apodrecem - um lembrete sinistro a todos que, a qualquer momento, a morte pode reclamá-los.

A Marcha da Morte de Bataam é listada entre as maiores atrocidades cometidas pelo Exército ImperialJaponês durante a Segunda Guerra Mundial, lista que inclui vários massacres e casos de experimentoscom seres humanos, como os da infame Unidade 731.

A Batalha de Bataam, que ocorreu nas Filipinas, em 1942, durou três meses. Com a vitória dosjaponeses, cerca de 60.000 soldados filipinos e 15.000 soldados americanos foram feitos cativos.Milhares desses homens, nem sequer chegaram ao campo de prisioneiros.

Para demonstrar sua superioridade militar, o exército japonês obrigou os cidadãos

filipinos a olhar para os corpos dos prisioneiros mortos.

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filipinos a olhar para os corpos dos prisioneiros mortos.

"Quando a marcha começou, tudo meio que congelou na minha cabeça", lembra o sobrevivente Alf R.Larson. " Eu estava mentalmente anestesiado o tempo todo. Não pensava em nada, não sentia nada. Eracomo se eu fosse um robô, eu não parava de andar. Além da claridade do dia e da escuridão da noite, euperdi a noção do tempo. Eu precisei me esquecer de tudo e me concentrar em seguir em frente. Euvivia um dia de cada vez, de fato, uma hora de cada vez. A única coisa que eu pensava era: Bom, seDeus quiser, eu passarei por mais este dia. "

Soldados carregam os restos mortais de prisioneiros que conseguiram chegar ao Campo

O'Donnell, mas que depois morreram executados, de cansaço, de fome ou por doenças.

Tudo começou com a maior rendição da história militar dos Estados Unidos. Em abril de 1942, asforças americanas e filipinas estavam à beira da exaustão, depois de meses lutando contra osjaponeses. Sem reforços, com pouca comida e suprimentos médicos, o Major General Edward King nãovia outra alternativa sem ser a de entregar seus 69.500 homens para o inimigo. E foi isso o que ele fez,mesmo contrariando as ordens de Washington.

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Prisioneiros americanos durante a Marcha da Morte. Da esq. para dir: Samuel Stenzler,

Franck Spear e James Gallagher.

Após a rendição, não demorou muito para o inicio das atrocidades. Logo de imediato, entre 350 a 400soldados e oficiais filipinos foram sumariamente executados. Os japoneses simplesmente não sabiamo que fazer com tantos prisioneiros.

A etapa inicial da marcha foi um percurso de 30 quilômetros até Balanga. Em Balanga, milhares deprisioneiros foram amontoados em caminhões e levados para a estação ferroviária de San Fernando,outros milhares, devido a escassez de veículos, tiveram que seguir a pé

Os que conseguiram chegar à estação de trem foram trancados em prisões improvisadas ondefinalmente tiveram direito a comida, água e algum atendimento médico. Em seguida, foram todoscolocados dentro de trens apertados e levados até Capas; durante a viagem de três horas, centenas deprisioneiros vomitaram e sofreram ataques de disenteria. Muitos sufocaram em seu próprio vômitoaté a morte; os que chegaram a Capas vivos, ainda foram obrigados a marchar por 12 km até ao campoO’Donnell.

Ao todo, os prisioneiros foram forçados a uma jornada de 80 quilômetros de morte e sofrimento.Embora conhecido coletivamente como a Marcha da Morte, a movimento dos prisioneiros de Bataampara o campo O'Donnel foi na verdade uma série de marchas, em grupos de cerca de 100 homens decada vez.

Durante os primeiros três dias de marcha, os prisioneiros não receberam nem comida, nem água.

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Alguns beberam a água estagnada e chafurdada por búfalos, encontrada ao longo do caminho. Isso sópiorou a situação, porque os que beberam dessa água podre, logo passaram a sofrer de diarreia.

Embora houvesse poços artesianos ao longo do percurso, os prisioneiros não foram autorizados abeber deles. Portanto, não admira que muitos enlouqueceram e tentaram correr para as cisternas. Noentanto, eles eram baleados e mortos antes que pudessem chegar lá.

Além de lhes ser negada a comida, os prisioneiros também eram atormentados por seus captores, quecozinhavam e comiam diante deles. "Durante o dia, os soldados japoneses nos diziam que teríamosbolas de arroz quando chegássemos ao nosso destino à noite", relata Larson. "Quando chegávamos aolugar onde íamos passar a noite, podíamos vê-los cozinhar e o cheiro dos alimentos impregnava todo oacampamento."

Quando os prisioneiros eram autorizados a sentar-se, era provável que fosse apenas mais uma punição,uma vez que eles foram obrigados muitas vezes a se sentarem sob o sol quente, sem qualquer tipo deproteção.

"Uma vez a estrada ficou tão lotada que fomos levados à uma clareira", lembra o capitão WilliamDyess, um piloto de caça capturado. "Lá, por duas horas, tivemos a nossa primeira experiência com ocastigo oriental de ficar sob o sol a pino, castigo que drena a energia e enfraquece o espírito. "

"Os soldados japoneses nos fizeram sentar no chão escaldante, expostos à força máxima do sol",explica Dyess. "Muitos dos norte-americanos e filipinos não tinham nada para proteger suas cabeças.

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Eu estava ao lado de um pequeno arbusto, mas que não fazia nenhuma sombra porque o sol estavaquase em cima de nós. Muitos dos homens ao meu redor estavam doentes. "

Prisioneiros enterram dois dos seus mortos no Campo O'Donnel

Costuma-se dizer que os japoneses tratavam seus prisioneiros de guerra de forma tão brutal, porqueeles acreditavam que qualquer soldado que se permitisse ser capturado ao invés de lutar até a morte,era um homem inferior, não digno de tratamento honroso.

No entanto, isso não explica o tratamento cruel dispensado à população civil encontrada ao longo damarcha de Bataan. Os sobreviventes recordam o estupro e o assassinato de cidadãos filipinos duranteo percurso. Alguns foram baleados por sua compaixão quando tentavam dar comida para osprisioneiros famintos.

A noite trazia pouco alívio para os cativos em marcha. "À noite, eles nos colocavam em cercados dearame farpado, era apenas um único fio de arame farpado passado ao redor das árvores e os japonesesnos colocavam lá dentro como se faz com um rebanho", relata o sobrevivente Leon Beck. "Não havialatrinas, você defecava onde estava, tudo ficava muito sujo e fedido, quando amanhecia, não podíamossair. Tínhamos que ficar lá. Por causa dessas condições, todo mundo estava doente, com malária edisenteria ... "

Beck conseguiu escapar da marcha da morte se jogando em um rio. Mais tarde, ele se juntou aguerrilheiros americanos que lutavam contra os japoneses.

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Prisioneiros aguardam o início da marcha

Como mencionado anteriormente, aqueles que não podiam manter-se em marcha com os outrospresos, por qualquer motivo, eram mortos. Não houve exceções. Homens que precisavam se aliviarforam obrigados a simplesmente fazer as necessidades enquanto caminhavam. E qualquer um quecaísse de doença ou exaustão, se não fosse imediatamente morto com um tiro ou por uma baionetada,era apanhado pelos "esquadrões de limpeza", soldados japoneses que vinham na retaguarda da marchapara verificar se todos os prisioneiros deixados ao longo da estrada, estavam realmente mortos. Ásvezes, quando soldados desse esquadrão se deparavam com um prisioneiro cambaleante, elessimplesmente o atropelavam e seguiam em frente.

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100 prisioneiros de guerra americanos capturados em Bataan e Corregidor foram

queimados vivos. Os seus restos mortais foram enterrados em covas como a da imagem

acima.

Assim que chegaram à cidade de San Fernando, os prisioneiros passaram para trens. Mesmo assim, nãohouve trégua para o sofrimento deles. Os vagões, construídos para levar no máximo de 30 a 40homens, foram lotados com até 115 prisioneiros cada um. Não havia espaço para sentar-se e muitoshomens morreram sufocados ou de exaustão de calor na viagem para Capas.

Quando os prisioneiros de guerra finalmente chegaram ao Campo O'Donnell, o suplicio deles nãomelhorou em nada. Imediatamente após a chegada, qualquer um que fosse encontrado na posse deartigos japoneses (incluindo dinheiro) era executado, diminuindo o número de sobreviventes aindamais.

O Campo de Prisioneiros O'Donnell foi construído para acomodar 10 mil homens, mas seis vezes estenúmero estavam presos lá, no calor sufocante. Havia pouca água potável, alimentação inadequada,sempre cheia de moscas e não existia instalações médicas. Com os homens mantidos em limites tãoseveros, a disenteria, a malária e uma série de outras doenças tropicais espalhavam-se sem controle.Depois de sobreviverem às condições infernais da marcha, os prisioneiros, durante as primeirassemanas no campo, morriam a uma taxa de entre 30 a 50 por dia.

Bataan12

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O General Homma aguarda o julgamento que irá condená-lo por crimes de guerra e

sentenciá-lo à morte por fuzilamento.

Os números chocantes continuam. Cerca de 20.000 filipinos e 1.600 americanos morreram no CampoO'Donnell, antes dos prisioneiros serem finalmente libertados em 30 de janeiro de 1945 - quase trêsanos após a marcha da morte ter começado.

O General Masaharu Homma - que na época estava no comando do Exército Imperial Japonês nasFilipinas - foi acusado de crimes de guerra, por permitir as atrocidades durante a marcha da morte eno campo de prisioneiros. Num julgamento muito contestado por juristas de todo o mundo, ele foicondenado, sendo executado por um pelotão de fuzilamento em abril de 1946. Outros sete generaisjaponeses, mais tarde, também foram condenados por crimes de guerra nas Filipinas e foram eenforcados.

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Prisioneiros comemoram sua libertação do Campo O'Donnel

Em maio de 2009, o embaixador do Japão nos Estados Unidos pediu desculpas em nome de seugoverno pelas atrocidades da Marcha da Morte de Bataan. Em 2010, o ministro japonês das RelaçõesExteriores também fez um pedido de desculpas a seis sobreviventes dos campos de prisioneiros deguerra japoneses, incluindo Lester Tenney, um sobrevivente de Bataan de 90 anos. Hoje, existemvários memoriais nas Filipinas e nos Estados Unidos para homenagear os prisioneiros de Bataam. Unspoucos sobreviventes daquele inferno ainda estão vivos. Esses homens são testemunhas de um doscapítulos mais brutais da Segunda Guerra Mundial.

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