22
Faculdade Roraimense de Ensino Superior Curso de Bacharelado em Agronomia A mamona (Ricinus communis L.) Boa vista RR Novembro 2012 1

A Mamona Slides

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: A Mamona Slides

Faculdade Roraimense de Ensino SuperiorCurso de Bacharelado em Agronomia

A mamona (Ricinus communis L.)

Boa vista RR

Novembro 2012 1

Page 2: A Mamona Slides

Faculdade Roraimense de Ensino Superior - Fares

Boa Vista/RR 2012.2

2

Acadêmico: Roberto Almeida Corrêa

Trabalho Apresentado ao Curso de Agronomia da Faculdade Roraimense de Ensino superior – Fares, para obtenção de nota parcial da disciplina Melhoramento Vegetal sobre orientação Prof.(a): Raquel Loren semestre 2012.2.

Page 3: A Mamona Slides

Introdução

• A mamoneira (Ricinus communis L.) é uma planta da classe Dicotiledoneae, família das Euforbiáceas, tem origem Afrosiática, mais precisamente na Etiópia e Índia. Esta espécie é muito conhecida por seu valor econômico e ornamental.

• Na região nordeste do estado de Roraima encontra-se, aproximadamente, 1.500.000 hectares de cerrados aptos para a produção de grãos e culturas industriais como a mamona. Programas de melhoramento e de avaliação de cultivares são a base de um processo para implantação e desenvolvimento de um cultura, (Alfredo do Nascimento Jr. Et.al).

3

Page 4: A Mamona Slides

A origem da Mamona (Ricinus communis L.)

• De origem discutida, já que existem relatos em épocas longínquas do seu cultivo na Ásia e na África, se pode afirmar que a mamona já era utilizada pelos egípcios há pelo menos 4.000 anos.

• No Brasil, a planta foi trazida pelos portugueses com a finalidade de utilizar seu óleo para iluminação e lubrificação de eixos de carroça (Chierice e Claro Neto, 2001).

• A mamona é conhecida popularmente como mamoneira, rícino, carrapateira, palma-cristo, etc., podendo ocorrer em condição silvestre ou cultivada.

4Fonte: pt.wikipedia.org

Page 5: A Mamona Slides

Domesticação e Dispersão

• A domesticação da cultura perde-se no tempo, tendo sido relatado seu uso no Egito, no ano 4000 a. C. No continente americano, sua introdução foi feita, aparentemente, depois da chegada dos europeus, provavelmente com a importação dos escravos africanos, sendo as formas existentes relacionadas com as da África. Mostrou ampla adaptação às condições de clima e solo do Brasil, sendo hoje encontrada, praticamente, em todo o território nacional em estado subespontâneo.

5

Page 6: A Mamona Slides

Importância Econômica da Mamona

• O seu principal produto, o óleo extraído da semente, óleo de rícino tido como dos mais versáteis, produto renovável e barato, utilizado em diversos processos industriais por mais de 550 subprodutos, como de próteses, cosméticos, óleo diesel, pláticos biodegradáveis e vermífugo, apresenta qualidades ornamentais, além do subproduto “torta de mamona” (resultante do esmagamento da semente) usada em adubação orgânica e na alimentação animal.

6

Fluxograma do processo de extração do óleo de mamona

Fonte: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br

Page 7: A Mamona Slides

Importância Econômica

• O óleo de mamona é também utilizado em outros processos industriais: na fabricação de corantes, anilinas, desinfetantes, germicidas, colas e aderentes; serve de base para fungicidas, inseticidas, tintas de impressão, vernizes, nylon etc. (Santos et al., 2001).

7

Fonte: www.emporiodaamazonia.net

Page 8: A Mamona Slides

Importância Econômica

• A cultura da mamona (Ricinus communis L.) é uma das mais tradicionais e importantes do ponto de vista social e econômico na região Nordeste, em especial no Estado da Bahia, que tem na atualidade mais de 75% da área plantada. Atualmente o Brasil é o terceiro maior produtor mundial, perdendo para china e Índia, que são responsáveis por aproximadamente 90% da produção mundial.

8

Fonte:www.sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br

Page 9: A Mamona Slides

Classificação Botânica da Mamoneira

• O gênero Ricinus é considerado monotípico (há somente uma espécie), sendo reconhecidas as subespécies R. communis sinensis, R. communis zanzibarensis, R. communis persicus e R. communis africanus, as quais englobam 25 variedades botânicas, todas compatíveis entre si. Todas apresentam número de cromossomos 2n=2 x=20.

• Figura (a) frutos da mamoneira e figura (b) caroços da mamona.

9Fonte: BBC Brasil, 2003.

Fonte: LEOALC,2008.

Page 10: A Mamona Slides

Classificação Botânica da Mamoneira

• Logo abaixo exemplos de diferentes colorações nos frutos da mamoneira.

10

Fonte: Máira Milani Fonte: Máira Milani Fonte: Máira Milani

Page 11: A Mamona Slides

Biologia Floral e Fisiologia

• A mamoneira (Ricinus communis L.) é uma planta bastante complexa no que tange a morfologia, biologia floral e fisiologia, apresentando metabolismo fotossintético C3; porte muito variado. A planta é considerada do tipo misto quanto ao sistema reprodutivo, ocorrendo tanto a autofecundação como a fecundação cruzada ou cruzamento natural, com taxas de alogamia variando com o seu porte.

11

Page 12: A Mamona Slides

Biologia Floral e Fisiologia

• A Fecundação cruzada varia de tamanho, no porte anão (até 1,5 m) ou médio (2,0 m), a taxa de fecundação cruzada é de aproximadamente 25%. Para as de porte alto (acima de 2,5 m), esta taxa atinge aproximadamente 40%.

12

Page 13: A Mamona Slides

Biologia Floral e Fisiologia

• Exemplos de plantas da mamoneira (Ricinus communis L.): Figura (a) porte baixo, figura (b) porte médio e figura (c) porte alto.

13

a b c

Fonte: Máira Milani Fonte: Máira Milani Fonte: Máira Milani

Page 14: A Mamona Slides

Biologia Floral e Fisiologia

• Segundo Rizzardo (2007), não há uma ordem predeterminada se as primeiras flores a se abrir são as femininas ou as masculinas. O mais comum é que ambas se abram no mesmo período.

• Para liberação do pólen, as flores masculinas vão se abrindo ao longo de vários dias, assim como as flores femininas. Os estigmas (estrutura de recepção do pólen nas flores femininas) têm coloração clara logo após a abertura das flores, mas após a fecundação tornam-se mais escuros, geralmente avermelhado.

14

Page 15: A Mamona Slides

Biologia Floral e Fisiologia

15

Figura. Inflorescência da mamoneira com flores masculinas fechadas (A), após a abertura (B) e flores femininas não-fecundadas (C), fecundadas (D) ou fechadas (E).  

Page 16: A Mamona Slides

Melhoramento Vegetal da Mamona no Brasil e em Roraima

• Ao iniciar um programa de melhoramento de plantas há necessidade de avaliar os recursos genéticos que serão utilizados a fim de selecionar aqueles de melhor desempenho local e também os mais divergentes.

• O melhoramento genético da mamona é devido ao seu óleo tido como um dos mais versáteis da natureza, de utilidade só comparável à do petróleo, ainda com a vantagem de ser um produto renovável e barato o seu uso na indústria e matéria-prima na fabricação do biodiesel.

16

Page 17: A Mamona Slides

Melhoramento Vegetal da Mamona no Brasil e em Roraima

• A mamoneira ainda é pouco trabalhada do ponto de vista do melhoramento genético.

• O melhoramento da mamoneira teve início na década de 30 pelo Instituto Agronômico de Campinas - IAC, em São Paulo. A contribuição deste órgão para o melhoramento da espécie foi enorme, tendo lançado cultivares como a Zanzibar, Sanguínea, IAC 38, Campinas, Guarani, IAC 80 e IAC 226 (Savy Filho, 1999; Freire et al., 2001; Myczkowski, 2003; Beltrão, 2004).

17

Page 18: A Mamona Slides

Melhoramento Vegetal da Mamona no Brasil e em Roraima

• De acordo com Freire et al. (2001), independente da região produtora, o melhoramento da cultura da mamoneira no Brasil deverá atender aos seguintes objetivos: Aumento da produtividade, precocidade, porte da planta, grau de deiscência do fruto, teor de óleo na semente e resistência às doenças e pragas.

18

Fonte:blognapesquisaagricola.blogspot.com.br Fonte: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br

Page 19: A Mamona Slides

Melhoramento Vegetal da Mamona no Brasil e em Roraima

• Em Roraima apesar de algumas pesquisas feitas e bem sucedidas, o melhoramento da mamona está estagnado mesmo que o estado tenha a alta produtividade da cultura, os cultivares recomendados para Roraima são Paraguaçu e a Nordestina com ganhos de produtividade aumentandos em 75% em experimentos realizados entre 1999 e 2002 nos campos experimentais da Embrapa RR mas, sem investimentos para maiores implementos e produções industriais à cultura se perde ao relento.

19

Page 20: A Mamona Slides

Considerações Finais

• A situação hoje no Brasil do melhoramento da mamoneira está somente visando o mercado de cosméticos e outros, o biodiesiel ficou para trás já que o governdo brasileiro estacionou o biodiesiel somente feito da mamona. Já o melhoramento da mamona em Roraima está estagnado como foi discutido neste trabalho apesar do potencial que cultura pode obter no estado, sem investimentos governamentais e privados como em outros setores a prática está sem uso a não ser por pequenos produtores que a usam na agricultura familiar.

20

Page 21: A Mamona Slides

Referência Bibliográficas

• Aderson Soares de Andrade Júnior et al.

• ALFREDO DO NASCIMENTO JUNIOR, Engenheiro Agronômo Dr. Pesquisador da Embrapa trigo. JOSÉ ALBERTO MARTELL MATTIONI, Engenheiro Agronômo MSc. Técnico de Nível Superior da Embrapa RR e OSCAR JOSÉ SMIDERLE Engenheiro Agronômo Dr. Pesquisador Embrapa Roraima.; Indicações Técnicas para o cultivo da mamoneira no estado de Roraima: Boa Vista/ Roraima 1999.

• BANZATTO, N.V.; ROCHA, J.L.V. Genética e melhoramento. In: Melhoramento e genética. São Paulo, Ed. Melhoramentos. Univ. de São Paulo, 1969.

• BELTRÃO, N. E. de M. A cadeia da mamona no Brasil, com Ênfase para o segmento PeD: Estado da Arte, Demandas de Pesquisa e Ações Necessárias para o Desenvolvimento. Campina Grande: Embrapa – CNPA. 20 p., 2004 (Embrapa – CNPA. Documentos, 129).

• BELTRÃO, N.E. DE M.; AZEVEDO, D. M. P. DE; LIMA, R. DE L. S. DE.; QUEIROZ, W. N. DE.; QUEIROZ, W. C. de. Ecofisiologia. In: Azevedo, D. M. P. de; Beltrão, N. E. de M. (Ed.). O agronegócio da mamona no Brasil, 2. Ed. Campina grande: Embrapa Algodão; Brasília DF: Embrapa informações Tecnológicas, 2007.

21

Page 22: A Mamona Slides

Faculdade Roraimense de Ensino SuperiorCurso de Bacharelado em Agronomia

A mamona (Ricinus communis L.)

Boa vista RR

Novembro 2012 22