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A indústria automóvel na África do Sul:
Panorâmica geral e oportunidades de negóciospara empresas portuguesas
Lisboa, Portugal
14 de novembro de 2018
Jorge Maia
Introdução
• A República da África do Sul (RAS) apresenta o maior mercado para veículos novos em
África.
• A produção de veículos automóveis na RAS data do ano 1924.
• Mais de 600 000 veículos são produzidos anualmente, senda a RAS o maior produtor no
continente Africano.
• Indústria automóvel atrai elevados níveis de investimento estrangeiro, não só proveniente
das OEMs - original equipment manufacturers), como também de produtores de
componentes.
• Proximidade de fornecedores e conteúdo local são fontes importantes de competitividade
para as OEMs.
• OEMs baseadas na RAS são apoiadas por aproximadamente 500 fornecedores de
componentes.
• Apoida por infraestrutura de apoio ás exportações de um nivel mundial, a indústria
automóvel sul-Africana está bem integrada nas cadeias de abastecimento das OEMs
globais.
3
• Parque automóvel da RAS: 12,2 milhões de veículos registados em 2017.
• Posse de veículos por cada 1 000 habitantes: 176 na RAS; uma média de 50 no resto do
continente Africano; 206 no Brasil; 679 na Itália).
• A indústria automóvel (incl. produção de veículos, componentes e peças) representa 5.9% da
produção industrial do país.
• Esta indústria, conjuntamente com as atividades económicas no seu todo (incl. fabrico de
veículos, componentes e peças; vendas; manutenção; e reparações) contribuiram 6,9% do PIB
em 2017).
• O PIB real da indústria automóvel aumentou, em média, a 4,7% por ano entre 1994 e 2017.
• Emprego total (direto) do setor que produz veículos, componentes e peças em 2017: 100 000
• Contribuição para a balança de pagamentos em 2017: 13,9% das exportações totais de
mercadorias.
Introdução:Alguns factos e dados sobre a indústria automóvel da RAS
• De uma forma geral, as vendas de veículos novos no mercado sul-africano nos últimos anos
tem refletido o fraco crescimento da economia.
• 557 701 veículos novos foram vendidos na RAS em 2017.
• Projeções da indústria apontam para uma recuperação nas vendas de veículos em 2018.
O mercado para veículos novos na RAS
Ano 2013 2014 2015 2016 2017 2018*
Automóveis para
passageiros
450 296 438 938 412 398 361 264 368 112 375 000
Veiculos comerciais
ligeiros
167 996 173 492 174 365 159 283 163 296 170 000
Veiculos comerciais
médios e pesados
30 924 31 314 30 470 26 999 26 293 27 000
Total 649 216 643 744 617 233 547 546 557 701 572 000
* Estimativa
Fonte: NAAMSA
Vendas de veículos novos no mercado sul-africano (unidades por ano)
6
• Mercado competitivo - acima de 53 marcas de
veículos ligeiros e 3 236 modelos derivados em
2017 .
• Toyota dominou o mercado automóvel em 2017,
pelo 38◦ ano consecutivo.
• VW tem dominado o mercado de veículos
ligeiros nos últimos 7 anos.
• Proporção crescente da procura interna de
veículos novos satisfeita por importações.
• Segmento de veículos ligeiros pequenos é o
maior do mercado para veículos novos (59% do
total).
• As vendas de veículos ligeiros pequenos e
médios continuarão a predominar.
Toyota22,9%
VW15,6%
BMW3,3%
Mercedes Benz4,8%
Renault4,1%
Nissan9,8%
Ford12,3%
Hyundai6,3%
Kia3,1%
Isuzu3,3%
Other14,4%
Source: AECI
Mercado sul-africano de veículos,
por marca, em 2017
O mercado para veículos novos na RAS (cont.)
7
555 716
181 001 168 913
94 408
47 359
148 368
0
100 000
200 000
300 000
400 000
500 000
600 000
SouthAfrica
Egypt Morocco Algeria Tunisia Rest ofAfrica
Vendas de veículos novos em Africa, 2017 (unidades)
Fonte: OICA, 2018
África do Sul:
46,5%
Egipto:
15,1%
Tunisia:
3,9%
Argélia:
7,8%Marrocos:
14,1%
• RAS apresenta o maior mercadonacional para veículos novos docontinente Africano (46,5% do total em2017).
• O mercado Africano para veículos novosé bastante concentrado, sendodominado pela RAS e por paises donorte de África.
O mercado sul-africano para veículos novos no contexto Africano
Fonte: OICA, AIEC, NAMSA
Ano 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Produção mundial de veículos
(unidades)
79.9
milhões
84.2
milhões
87.3
milhões
89.8
milhões
90.8
milhões
95.1
milhões
97.3
milhões
Produção de veículos na
RAS (unidades)
dos quais:
• Veículos ligeiros
• Veiculos comerciais
ligeiros (LCVs -
bakkies/mini-vans)
• Camiões e autocarros
532 553
312 265
192 829
27 459
547 688
273 685
245 081
29 917
545 775
265 249
248 396
32 130
566 131
277 530
255 629
32 972
615 658
341 025
242 974
31 659
600 008
335 539
235 351
28 054
601 178
331 311
242 300
27 284
RAS - percentagem da
produção mundial 0.7% 0.6% 0.6% 0.6% 0.7% 0.6% 0.6%
• Produção total de veículos da RAS em 2017 foi de 601 178 unidades.
• Há 23 anos atrás, aquando da introdução do Motor Industry Development Programme, eram produzidas
42 plataformas de veículos na RAS. Apenas 12 plataformas são produzidas presentemente.
• Isto tem gerando vantagens derivadas de economias de escala, e menor complexidade de produtos no
setor de componentes.
8
Produção de veículos na RAS
9
• Fabricantes de equipamento original produzindo na RAS:
• Montagem de veículos comerciais pesados e autocarros:
Produção de veículos na RAS (cont.)
Richards Bay
Durban
East London
Port ElizabethCape Town
Saldanha Bay
Pretoria
Johannesburg
• Capacidade conjunta de produção
das 7 OEMs: 850 000 unidades por
ano.
• Baixa utilização da capacidade de
produção de alguns é influenciada
por:
- Modelos esgotados;
- Período de comutação para
modelos novos (exemplos - novo
Toyota Hilux, Ford Ranger,
modelos de 2015 do Mercedes
Benz C Class).
Capacidade de produção dos 7 fabricantes de
equipamento original em 2015 (unidades por ano)
*MHCV constitui o balanço de 615 658
Produção de veículos na RAS (cont.)
Fonte: Deloitte, IDC
A produção de veículos da RAS representou 56,4% do total do continente Africano em 2017.
11
Hubs de montagem automóvel existentes e em desenvolvimento em Africa
A produção de veículos na RAS no contexto Africano
12
Balança comercial de veículos automóveis
• Exportações de veículos têm aumentado rápidamente, atingindo 114,6 mil milhões de randes
(7,2 mil milhões de euros) em 2017.
• Importações também têm aumentado ao longo dos anos, antingindo 59,8 mil milhões de randes
(3,7 mil milhões de euros) em 2017:
- Veículos ligeiros (para passageiros) e comerciais ligeiros: 3,6 mil milhões de euros;
- Veículos comerciais medios e pesados: 131,3 milhões de euros.
• Superávides realizados na balança comercial de veículos desde 2007 (exceto 2013), chegando
aos 54,8 mil milhões de randes (3,4 mil milhões de euros) em 2017.
Balança commercial de veículos automóveis
Fonte: IDC, usando dados da AIEC e NAAMSA
-100
-50
0
50
100
150
R' B
illio
n
Exports
Imports
Trade balance
Mil
milh
ões
de
ran
des
13
• Aproximadamente 56% dos veiculos novos produzidos na RAS em 2017 foram exportados,
comparando com apenas 19% no ano 2000.
• A Ford SA, Toyota SA, Mercedes-Benz SA and BMW SA exportam a maior parte dos veículos
que produzem localmente.
Fonte: IDC, utilizando dados da NAAMSA
A produção e exportação de veículos na RAS (unidades)
4,0% 5,4%
18,3%
26,6%30,0%
26,6%
32,0%
46,8%
51,2% 50,6%54,0%
56,2%58,4%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
0
100 000
200 000
300 000
400 000
500 000
600 000
700 000
800 000 Domestic production
Exports
Share of exports to production
Exportação de veículos automóveis
14
• Indústria automóvel da RAS exportou
veículos para 110 países em 2017,
beneficiando da:
- Isenção de direitos aduaneiros na
CDAA/SADC;
- Isenção de direitos aduaneiros na
UE;
- Isenção de direitos aduaneiros nos
EUA (AGOA).
Exportação de veículos automóveis (cont.)
UK 29%
Japan 13%
USA 12%Australia
7%
France 6%
Germany3%
Other 31%
Destinos principais para veículos
sul-africanos exportados em 2017
Fonte: IDC, usando dados da NAAMSA
• Aproximadamente 500 fornecedores de componentes automóveis, incluindo firmas a Nivel 1,
Nivel 2 e Nivel 3, apoiam as OEMs baseadas na RAS.
• Os componentes também são fornecidos ás empresas de distribuição das OEMs, assim
como ao mercado de pós-venda independente.
• Alguns fabricantes de componentes são também exportadores substanciais, sendo por volta
de 18% das suas vendas derivadas de mercados exteriores.
Estimates of local content per OEM in 2015
NR OEMLocal
Content
1 Toyota 55%
2 Volkswagen (VW) 50%
3 Ford 43%
4 Mercedes Benz (MB) 38%
5 BMW 32%
6 Nissan 30%
7 General Motors (GM) 27%
Média 39%
Componentes automóveis - cadeia de abastecimento
• O conteúdo local dos veículos (automóveis ligeiros e
comerciais) fabricados na RAS foi de 38,7% em
2016, similar á média de 39% estimada pela
NAAMSA em 2015.
AUTOMOTIVE CLUSTER
GAUTENG 69 suppliers
BASF Hellerman Tyton
Behr Henkel
Bosal Inergy
Euro Plastifoam Magneti Marelli
Faurecia Brose
Feltex Robert Bosch
First Nat. Battery Tenneco
Hayes Lemmerz etc.
AUTOMOTIVE CLUSTER
KWAZULU NATAL 38 suppliers
Autom.Leather Inergy
Autovest PI Shurlok Ltd
Behr Smiths Plastics
Federal Mogul Steelbank
Merchants Feltex
Hesto Harnesses etc.
AUTOMOTIVE CLUSTER
WESTERN CAPE 15 suppliers
Atlantis Foundries
Capewell Springs
Donaldson Filtration
GKN Sinter Metals
Magna Closures
Magna Mirrors
Q-Tec Moulding
Takata Petri
TRW Occupant etc.
AUTOMOTIVE CLUSTER
EASTERN CAPE 48 suppliers
Acoustex Inergy
BASF Johnson Controls
Borbet Magna Intier
Eberspächer Rehau
Faurecia Schaeffler
Feltex Schrader
Formex Tenneco
Grupo Antolin ZF Lemförderer
Hallberg Guss etc.
Os fabricantes de componentes automóveis estão agregados em 4 zonas geográficas da RAS,
cada uma com uma ou mais OEMs:
Componentes automóveis - cadeia de abastecimento (cont.)
18
Balança comercial de componentes e peças
• Exportações de componentes e peças têm subido gradualmente, totalizando 50,3 mil
milhões de randes (3,1 mil milhões de euros) em 2017.
• Demanda de componentes e peças importadas tem sido superior, atingindo 148,6 mil
milhões de randes (9,3 mil milhões de euros) em 2017.
• Consequentemente, o défice da balança comercial de componentes e peças tem
aumentado considerávelmente.
Balança comercial de componentes e peças
-200
-150
-100
-50
0
50
100
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
R' B
illio
ns
Exports
Imports
Trade balance
Fonte: IDC, utilzando dados da AIEC e NAAMSA
Mil
milh
ões
de
ran
des
19
Principais exportações de components e peças em 2017
Source: AIEC, SARS, IDC calculations
Produto Exporações
(milhões de
randes) em
2017
% das
exportações de
componentes e
peças em 2017
Média de
crescimente
anual nos
últimos 5
anos
Catalytic converters 18 702 37.2% 2.0%
Engine parts 3 773 7.5% 23.4%
Tyres 2 516 5.0% -3.4%
Engines 2 447 4.9% 99.5%
Radiators/parts 1 525 3.0% 8.2%
Transmission shafts/cranks 975 1.9% 1.8%
Automotive tooling 839 1.7% 8.2%
Clutches/shaft couplings 653 1.3% 20.6%
Gauges/instruments/parts 626 1.2% 11.4%
Filters 578 1.2% 10.1%
Other components & parts 17 641 35.1% 3.8%
Total 50 275 100.0%
• Exportações sul-africanas decomponentes e peças dominadaspor catalisadores (37% do total em2017), seguido por peças paramotores, pneus e radiadores.
• Mercados globais principais (emordem decrescente de importância)em 2017:
- Alemanha,
- Estados Unidos da América,
- Namibia,
- Espanha,
- Reino Unido,
- Tailândia,
- Botsuana,
- India,
- Zâmbia
- República Checa.
Exportação de componentes e peças
Fonte: NAAMSA, IDC
1,00 euro = 16,00 randes
Importação de componentes e peças
• A RAS importou componentes e
peças para automóveis num
montante de 148,6 mil milhões de
randes (9,3 mil milhões de euros)
em 2017:
- Equipamento original: 89,6
mil milhões de randes
(5,6 mil milhões de euros);
- Componentes e peças de
reposição: 59 mil milhões
de randes (3,7 mil milhões
de euros).
Produto Importações
em 2017
(milhões de
randes)
Crescimento
médio anual nos
últimos 5 anos
Tyres 5 819 11%
Automotive tooling 5 188 14%
Engine parts 4 200 9%
Stitched leather seats/parts 2 440 15%
Transmission shafts/cranks 2 103 12%
Wiring harnesses 2 063 29%
Engines 2 059 13%
Gauges/instruments/parts 2 021 8%
Filters 1 385 10%
Catalytic converters 1 261 16%
Other 30 490 11%
Total 59 029 11%
Importações de componentes e peças de reposição
em 2017 (milhões de randes)
Fonte: NAAMSA, IDC 1,00 euro = 16,00 randes
Ano 2007 2010 2013 2016 2017
Investimento em operações para aumento de produção
/ conteúdo local / exportação
2 458.7 3 351.1 3 605 5 146.1 7 144.6
Terrenos e edifícios 382.4 441.2 424 905 301.4
Infra-estrutura de apoio (equipamento informático,
investigação e desenvolvimento, técnico etc.)
254.4 202.4 319 363.5 724.6
Total 3 095.5 3 994.7 4 348 6 414.6 8 170.6
Fonte: NAAMSA
Investimento de capitais pelas 7 maiores OEMs, anos selectivos (milhões de randes)
Investimento
• Investimentos de capital efetuados pelas 7 maiores OEMs em 2017: 8,2 mil milhões de randes
(512,5 milhões de euros) - crescimento de 164% comparando com os investimentos conjuntos
realizados no ano que precedeu a Grande Recessão Mundial (2007).
Planos de investimento
• Ford SA: 3 mil milhões de randes (187,5 milhões de euros) para a expansão da
sua capacidade produtiva, incluindo o novo Ranger Raptor, que será montado na
RAS a partir de 2019.
• BMW: 6 mil milhões de randes (375 milhões de euros) para produzir o próximo X3
SUV na RAS, substituindo completamente a série 3 de 2019 em diante. A
capacidade de produção do X3 aumentará para 76 000, sendo o seu conteúdo
doméstico mais elevado. O X3 será principalmente exportado para a Europa.
• Nissan: mil milhões de randes (62,5 milhões de euros) serão investidos durante os
próximos 3 anos nas suas instalações de produção.
• Toyota: 6,1 mil milhões de randes (381,3 milhões de euros) para o novo modelo
Hilux, assim como para as suas instalações de produção.
Os investimentos / planos de investimento anunciados recentemente incluem:
• Mercedes Benz: 10 mil milhões de randes (625 milhões de euros) para a expansão
das suas instalações na Zona Industrial de East London, especificamente para
aumentar a area de produção para a nova geração do C-Class e GLC SUVs.
Planos de investimento (cont.)
• A GM desinvestiu da RAS em 2017 de acordo com a sua estratégia mundial de
reestruturação, que incluiu a saída de certos mercados. A companhia japonesa Isuzu
adquiriu as instalações de produção da GM com a intenção de adicionar SUVs á
gama de LDVs e camiões que presentemente produz.
• A OEM indiana Mahindra & Mahindra planeia iniciar a produção de veículos
comerciais ligeiros em Durban, com volumes entre 2 500 e 4 000 unidades.
• Na Conferência de Investimento recentemente convocada pelo Presidente da RAS, as
maiores OEMs da indústria automóvel fizeram uma promessa conjunta (Mercedes-
Benz, BMW, Nissan, Ford, Toyota, Volkswagen e Isuzu, de um investimento total de
40 mil milhões de randes (2,5 mil milhões de euros) nos próximos 5 anos.
• Sumitomo: 2 mil milhões de randes (125 milhões de euros) para a expansão e
modernização da sua fábrica de pneus.
• O investimento da Ford inclui a instalação de uma nova linha de montagem para
os seus motores diesel, aumentando a capacidade para 120 000 motores por ano.
Fabricantes de componentes:
Programa para o Desenvolvimento da Produção Automóvel (Automotive Production Development Programme - APDP)
Apoio do setor público aos investidores:Departmento do Comércio e Indústria (DTI)
• Benefícios para os investidores ao abrigo do Esquema para o Investimento Automóvel (Automotive
Investment Scheme):
‒ Subvenção a fundo perdido, não tributável, de 20% a 25% do valor total dos critérios qualificativos;
‒ 5% adicionais para mantêr ou aumentar os postos de trabalho durante o período do investmento;
‒ Potencialmente 5% adicionais para fabricantes de componentes que aumentem as suas receitas e
introduzam novos produtos;
‒ Subvenção a fundo perdido de 20-35% do investimento qualificável para fabricantes de veículos ligeiros,
assim como os seus componentes.
• Os seguintes incentivos (mecanismos de redução de direitos de importação) estão disponíveis para fabricantes:
‒ Subsídio de Montagem de Veículos (Vehicle Assembly Allowance - VAA): Créditos de importação com
isenção de impostos disponíveis para fabricantes de equipamento original baseados em 18% do preço dos
veículos ligeiros produzidos localmente.
‒ Incentivo á Produção (Production Incentive - PI): Baseado em 51% do valor acrescentado designado sob
a forma de créditos de importação para fabricantes de equipamento original ou de componentes.
26
O Automotive Masterplan 2035:
• A indústria automóvel da RAS encaminha-se para duplicar a produção anual de
veículos para acima de 1 milhão até ao ano 2030. Este é um dos objectivos do
Automotive Masterplan, que está prestes a ser finalizado.
• O Masterplan estará em vigor durante o período 2020 a 2035, dando portanto
confiança aos investidores de continuidade na politica de apoio industrial.
• O governo sul-africano tem enfatizado ás OEMs a importância de estas duplicarem os
seus volumes de produção de modo a obterem “tax breaks”.
• O Masterplan também tem como objectivo a recuperação do nível 2 da produção de
componentes.
• A indústria na sua totalidade intende aumentar o conteúdo local dos veículos
produzidos na RAS para 50%, de modo a satisfazer os objectivos governamentais.
• A indústria propôs um fundo de capital num valor 3,5 mil milhões de randes (218,8
milhões de euros), ao longo de 10 anos, de modo a promover a sua transformação.
Apoio do setor público aos investidores:Departmento do Comércio e Indústria (cont.)
27
Apoio do setor público aos investidores:Industrial Development Corporation (IDC)
• A IDC, uma instituição financeira para o desenvolvimento estabelecida pelo governo sul-
africano em 1940, financia projetos industriais, desempenha um papel catalisador na
promoção de parcerias e promove o desenvolvimento económico regional (o mandato da
IDC abrange não só a RAS como também o resto do continente africano).
• Os instrumentos de financiamento oferecidos pela
IDC incluem:
‒ Investimento através de capitais próprios (equity finance);
‒ Quasi-equity finance;
‒ Empréstimos;
‒ Wholesale and bridging finance;
‒ Share warehousing;
‒ Garantias;
‒ Financiamento de exportações e importações a médio e
a curto prazo;
‒ Capital de risco (venture capital).
Aspectos atrativos
• Acesso ao resto de África (mercado consumidor de 1,2 mil milhões, população crescente e
jovem, rendimento disponível aumentando, classe média crescente).
• Infra-estrutura e logistica bem desenvolvidos, setor financeiro sofisticado.
• Forte cultura de apoio ao desenvolvimento da propriedade tecnológia.
• Certos custos de produção relativamente baixos.
• Excelente qualidade dos veículos produzidos localmente.
• Indústria sul-africana integrada no “global sourcing”, capacidade de produção fléxivel.
• Apoio governamental e certeza quanto ao seu futuro – sucesso do MIDP e APDP, eminente
Automotive Masterplan para o periodo pós-2020, beneficios do APDP compensam pelas
desvantagens em termos de custos.
• Programas de aprendizagem.
• Vários acordos preferenciais de comércio e investimento (exemplos: AGOA, CDAA/SADC,
UE, MERCOSUR, BRICS (Brazil – Russia – India – China – South Africa) criam oportunidades
para expandir a base industrial, aumentar as exportações.
Oportunidades de negócio: Aumentar o comércio bilateral
• Explorar oportunidades para o aumento do comércio bilateral.
• Presentemente, este limita-se a:
- Exportações da indústria automóvel sul-africana para Portugal em 2017:
336 milhões de randes (21 milhões de euros)
- Exportações da indústria automóvel portuguesa para a África do Sul em 2017:
905 milhões de randes (57 milhões de euros)
• Novos investimentos em montagem de veículos, tomando em consideração o forte
crescimento nas exportações antecipado para a indústria automóvel da RAS.
• Localização da produção de componentes e peças para automóveis, de modo a aumentar o
conteúdo doméstico dos veículos produzidos na RAS assim como exportações de
componentes.
• A beneficiação (acrescentar valor) do aço, aluminio, crómio e platina produzidos
domésticamente criam oportunidades para o fabrico de produtos metálicos para a indústria
automóvel.
• Aumentar a I&D, instalações de engenharia e de ensaio.
• Produção de carros mais económicos.
• Introdução de veículos mais ecológicos e mais eficientes no consumo de combustíveis
• Oportunitades de investimento para fabricantes de equipamento original interessados em
penetrar mercados africanos e além.
• Participação em iniciativas relacionadas com a integração da indústria automóvel Africana.
Oportunidades de investimento genéricas
Oportunidades de investimento mais específicas
As oportunitades de investimento (expansão e/ou introdução de nova capacidade produtiva) são
mais prevalentes nos segmentos da indústria automóvel que produzem componentes e peças:
Indústria convencional:
- Motores, radiadores, filtros e respetivos componentes
- Aparelhos de ar condicionado e sistemas de controle climático
- Alarmes e dispositivos de localização de veículos
- Eixos, veios de transmissão
- Componentes da carroçaria e painéis
- Catalizadores, silenciadores, sistemas de escape e
componentes
- Assentos e seus componentes, cintos, coberturas de couro
- Sistemas de suspensão e seus componentes (incluindo
amortecedores e molas)
- Volantes, colunas e caixas, de direcção
- Produtos de ignição e de navegação
- Equipamento elétrico
- Cabos elétricos, painéis de instrumentos, interiores de veículos
Oportunidades de investimento mais específicas(cont.)
- Oportunidades de investimento em tecnologias
de motores alternativos (exemplo, infraestrutura
para veículos eléctricos, hydrogen fuel cell-
based systems)
- Driverless cars
- Componentes fabricados com materiais mais
ecológicos
- Várias aplicações de robótica avancada
A indústria automóvel da África do Sul apresenta
óptimas oportunidades para investimento e comércio.
Estas merecem ser exploradas por empresas portuguesas.
Tecnologias emergentes: