A importância do aleitamento materno para o desenvolvimento do vínculo

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  • 1. A importncia do aleitamento materno para o desenvolvimento Formao do vnculo Autora: Profa.Dra. Silvia Marina Anaruma UNESP Univ. Estadual Paulista SP - Brasil Apresentao em ISMAI - Instituto Superior da Maia Dez 2013

2. Contedo O lugar do aleitamento materno no desenvolvimento como um todo Vantagens do aleitamento materno Aleitamento materno como um hbrido natureza-cultura Prevalncia do aleitamento materno no Brasil e em PortugalO papel do profissional no aconselhamento Conceito de vnculo, construo do vnculo e papel do aleitamento materno Vnculo e prematuridade Relao entre desmame e vnculo Consideraes Finais 3. Princpio norteador O desenvolvimento emocional ocorre em trs momentos distintos. Inicialmente vivencia a dependncia absoluta, logo ingressa na dependncia relativa para posteriormente experimentar a independncia parcial (KLEIN, 2011) 4. Qual o papel do aleitamento materno no desenvolvimento humano? 5. No ciclo da vida... Pr-natal e nascimento 1. Infncia2. Infncia Adolescncia Idade adulta Envelhecimento 6. Vantagens do Aleitamento materno Melhor alimento at os 6 meses de forma exclusiva e at os 2 anos de vida ou mais com complemento Protege contra a maioria das doenas fcil de digerir e no sobrecarrega o intestino e rins do beb econmico e prtico Melhor resposta s vacinas Transmite amor e carinho Reduo da S. da morte sbita Diminui as chances de cncer de mama e ovrio da me Diminui a perda de sangue depois do parto Faz o tero voltar mais rpido ao normal Previne a depresso p-parto 7. Previne defeitos de ocluso dos dentes e diminui incidncia de cries Diminui problemas de fala Aumenta a inteligncia Diminui o risco de diabetes juvenil e linfomas Previne a obesidade Relao dose-efeito x dose-resposta 8. Amamentar ou no ? O aleitamento materno determinado pelas condies histricas, culturais e sociais, ou seja, pelas condies concretas de vida 9. Nosso papel Informar e aconselhar todas as futuras mes, colocando a tnica no no dever, mas no direito e no prazer de amamentar (SALES,2010). 10. Prevalncia no mundo 11. Prevalncia em Portugal 12. Em portugal 13. Prevalncia do AM no Brasil Pesquisa nas capitais (BRASIL, 2009) 341, 6 dias o tempo de durao do AM 41 % amamentao exclusiva, 30% na regio sudeste 14. https://docs.google.com/file/d/0B1PYGEUl OVjLeGl1NHZ5NVlvQWM/edit?pli=1 Site Dbora 15. O leite materno promove a segurana afetiva do beb e da me 16. O que significa vnculo? Do latim vinculum que significa atadura, unio duradoura (...) alguma forma de ligao entre as duas partes que a um mesmo tempo, esto unidas e inseparveis, apesar de que elas apaream claramente delimitadas entre si (ZIMMEMAN, 2004). uma estrutura relacional e emocional entre duas pessoas (Bion) O vnculo forma como um carimbo que se repete nas outras relaes tanto internas quanto externas (PICHONRIVIRE, 2000). Primeiras relaes vinculares j na vida intra-uterina. Assume maiores propores aps o nascimento. 17. Qualquer comunicao corporal entre me e beb forma o vnculo O beb gosta muito quando a me conversa com ele, canta baixinho, olha nos seus olhos, toca e massageia o corpo dele. (CARTILHA DA FAMLIA, 2004, A 2) 18. As pesquisas de Ren Spitz (1945) e a Sndrome do hospitalismo Fenmeno que representa a ateno aos cuidados fsicos de bebs separados de seus pais durante a guerra, mas pouco afeto e ateno. Se caracterizava por: Apatia, falta de tonicidade motora, no se alimenta e em casos extremos at a morte. 19. Isto significa que a ateno, o toque, o carinho so essenciais para a sobrevivncia nesta fase do desenvolvimento. Esta atitude o que chamamos de vnculo 20. Construo do vnculo e prematuridade Se um beb pr-termo tocado durante sua permanncia na UTI NEO (por 10 minutos, 3 vezes ao dia) este poder apresentar nveis mais baixos de sono ativo, de atividade motora e de comportamento de estresse(. ..) se o tocarmos e/ou conversarmos com ele, poder apresentar menos falhas na respirao, ganho de peso, alterao da motilidade intestinal e do choro e um progresso mais rpido em algumas reas de funcionamento cerebral (In: BRUN ; SCHERMANN, 2007). 21. Construo do vnculo e desenvolvimento escolar e social Crianas avaliadas como seguramente apegadas no intervalo dos 12 aos 18 meses mostram-se, na idade escolar, mais, socivel e positiva em suas relaes com amigos e irmos e menos dependentes dos professores, ou seja, apresentam maior independncia e habilidade nas relaes com os outros e fora do ambientes. O padro de apego seguro parece favorecer nas crianas uma maior autoconfiana e competncia social. Por outro lado, crianas que apresentam apego do tipo esquivo, ansioso, resistente ou desorganizado, so mais resistentes ao contato e tem pior desempenho nas tarefas propostas . Suas mes de um modo geral demonstram uma ansiedade excessiva quanto s realizaes das crianas, exigindo dos mesmos mais do que elas podem fazer, geralmente mostram-se pouco atentas, impacientes e/ou agressivas com seus filhos (BEE, 1996). 22. Aes na sade que promovem o a formao do vnculo Alojamento Conjunto Mtodo Canguru 23. Amamentao na 1. hora de vida video 24. Desenvolvimento do vnculo O beb precisa reconhecer quem cuida dele, por isso, precisa ser cuidado sempre pela mesma pessoa. No primeiro ms, o melhor para o beb ser cuidado pela me. Ela deve aproveitar os momentos da troca de fralda e do banho para conversar com o beb, cantar baixinho, massagear o corpo dele, olh-lo nos olhos. Assim, os dois vo se conhecendo e se amando mais. O pai deve participar ativamente desses momentos. 25. Como saber se o vnculo entre me e beb est sendo estabelecido: Durante a amamentao, o beb procura o olhar da me e ela olha para ele. Quando o beb est chorando e a me o pega no colo, ele se acalma. Quando a me est bem perto do beb, ele tenta acompanhar, com os olhos, os movimentos dela. 26. O melhor para o beb ser cuidado pela me. O beb gosta muito quando a me conversa com ele, canta baixinho, olha nos seus olhos, toca e massageia o corpo dele. Na falta da me, bom que o beb seja cuidado sempre pela mesma pessoa, porque ele precisa reconhecer quem cuida sempre dele. (CARTILHA DA FAMLIA, 2004, A 2) 27. A me deve exercer a maternagem atravs de uma rotina montona, pois so as experincias repetidas que dar ao beb o senso de organizao e ele ter a possibilidade de ir integrando estas experincias continuamente. A aprendizagem deve ocorrer gradativamente Apesar do sentimento de irritao e impacincia da me que por muitas vezes acontece, deve predominar o sentimento de gostar e pacincia! (ELYSEU JR, 2000) 28. Aleitamento materno e desenvolvimento do vnculo A amamentao contribui para a manuteno no beb da iluso da continuidade intra uterina. Parece que o corpo de um se continua no corpo do outro. uma maneira privilegiada de acalmar a angstia do recm nascido que torna to penoso os primeiros meses de existncia. uma das maneiras em que o ser humano convocado a ser sujeito (QUEIROZ, 2005). 29. A relao entre me e beb so to importantes da hora da amamentao que o seu olhar para a me vai estimular a descida do leite 30. Desmame: um caso a parte O desmame to importante quanto a amamentao o primeiro movimento de rompimento da dependncia da me 31. Quando comea o desmame? O desmame definitivo varia de me para me e de beb para beb. um acordo feito dois Como est relacionado formao do vnculo, deve ser feita de forma gradual e quando a criana estiver segura Muitos desmames so traumticos porque no respeitam a necessidade e a auto regulao da criana A escola pode amenizar este rompimento acompanhando este processo com a me 32. Uma das razes da dificuldade de desmame ser maior do que com a mamadeira o fato da amamentao ser muito mais intensa, alm de representar um corte com o corpo da me (QUEIROZ, op.cit,p.63) 33. Consideraes finais Pensando na sade numa abordagem holstica e na sade mental de forma especial, no investimento em um desenvolvimento mais harmonioso, o aleitamento materno parte fundamental. Ns, enquanto profissionais da sade e da educao, temos por obrigao, promover o aleitamento materno. Obrigada! 34. Bibliografia Bee, H. (1996). A Criana em Desenvolvimento. Porto Alegre: Artes Mdicas. BRASIL. Unicef. Kit da Famlia fortalecida. Brasilia, 2004. Disponvel em: http://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10178.htm. Acesso em : 28 set 2012 Bowlby, J. (1989). Uma Base Segura: aplicaes clnicas da teoria do apego. Porto Alegre: Artes Mdicas. BRUM, E.H.M. de e SCHERMANN, L. Interveno para promover a qualidade do vnculo me-beb em situao de nascimento prtermo. Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. [online]. 2007, vol.17, n.2 [citado 2012-09-27], pp. 12-23 . Disponvel em: . ISSN 0104-1282. ELYSEU JUNIOR,S. Maternagem e personalidade: um guia para os pais. Campinas, SP, Ed. tomo, 2000. FONSECA, B.C.R. A construo do vnculo afetivo me- filho na gestao. Revista cientfica Eletrnica de Psicologia, ano viii, n. 14, 2010. Disponvel em: http://www.revista.inf.br/psicologia/pages/artigos/ART10-ANOVIII-EDIC14-MAIO2010.pdf. Acesso em: 27 set 2010 KLEIN, G.C.F. Vnculos e suas implicaes nas aprendizagens: contribuies da psicanlise educao. Centro UniversitrioRitter dos Reis e da Sociedade Brasileira de Psicanlise de Porto Alegre. 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