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Ano Letivo 2015-2016 Nº 8 0.20 ovos Caro leitor, é com grande satisfação que publicamos mais uma edição da Gazeta da Fonseca. No mês em que o cinema português é reconhecido internacionalmente com uma curta-metragem sobre a su- perstição cigana, a Gazeta da Fonseca apresenta-nos uma entrevista sobre o projeto da Pastoral dos Ciganos. Com o dia de S. Valentim para trás, surgem-nos novos desafios neste final de 2º Período em que o trabalho e as tarefas carecem de reflexão e de algu- ma atenção. Para conforto de todos, não há nada como a proximidade da estação pri- maveril para recarregar energias e ou- vir a melodia espontânea da natureza. Embarque neste mundo letrado, con- tinuando pelas palestras realizadas na A Dra. Margarida Lourenço dis- se-nos: O processo de integração das alunas nesta modalidade de ensino tem sido lento, mas as con- quistas são diárias’. pág. 2 a 5 COSTUMES CIGANOS p. 2 VALENTINE’S DAY p. 6 ESTUDAR NO ENSINO A DISTÂNCIA p. 8 UM CONTO QUE CONTAS p. 10 PROJETO DE VOLUNTARIADO p. 14 AS AVES DA FONSECA… p. 16 DESAFIO MATEMÁTICO p. 17 EDITORIAL nossa Escola e deixe a imaginação falar mais alto através das temáticas aqui retratadas. Na continuidade, faça uma pausa pelas histórias divulgadas e guarde um pouco das energias para o espírito voluntarioso que persiste nesta instituição de ensino. Antes do desembarque, ainda tem os concursos e os desafios interessantes para confe- rir e adivinhar. Apesar de alguns percalços, as nos- sas aspirações acabaram por ser rea- lizadas, graças à dedicação e zelo de alguns professores que continuam a alimentar este projeto que é de todos nós, alunos, Escola e corpo docente. A eles o nosso sincero agradecimento. Divirta-se e até ao próximo número! Redação e Coordenação Editorial: 2.º Departamento

A GRANDE ENTREVISTA - COSTUMES CIGANOS - Escola … · 2018-12-04 · ano para não deixar os estudos e assim não passar pelo ... foram respondendo às perguntas colocadas pela pro-

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Ano Letivo 2015-2016

Nº 80.20 ovos

Caro leitor, é com grande satisfação que publicamos mais uma edição da Gazeta da Fonseca. No mês em que o cinema português é reconhecido internacionalmente com uma curta-metragem sobre a su-perstição cigana, a Gazeta da Fonseca apresenta-nos uma entrevista sobre o projeto da Pastoral dos Ciganos.Com o dia de S. Valentim para trás, surgem-nos novos desafios neste final de 2º Período em que o trabalho e as tarefas carecem de reflexão e de algu-ma atenção.Para conforto de todos, não há nada como a proximidade da estação pri-maveril para recarregar energias e ou-vir a melodia espontânea da natureza. Embarque neste mundo letrado, con-tinuando pelas palestras realizadas na

“A Dra. Margarida Lourenço dis-se-nos: ‘O processo de integração das alunas nesta modalidade de ensino tem sido lento, mas as con-quistas são diárias’”. pág. 2 a 5

COSTUMES CIGANOS p. 2

VALENTINE’S DAY p. 6

ESTUDAR NO ENSINO A DISTÂNCIA p. 8

UM CONTO QUE CONTAS p. 10

PROJETO DEVOLUNTARIADO p. 14

AS AVES DA FONSECA… p. 16

DESAFIO MATEMÁTICO p. 17

EDITORIALnossa Escola e deixe a imaginação falar mais alto através das temáticas aqui retratadas. Na continuidade, faça uma pausa pelas histórias divulgadas e guarde um pouco das energias para o espírito voluntarioso que persiste nesta instituição de ensino. Antes do desembarque, ainda tem os concursos e os desafios interessantes para confe-rir e adivinhar.Apesar de alguns percalços, as nos-sas aspirações acabaram por ser rea-lizadas, graças à dedicação e zelo de alguns professores que continuam a alimentar este projeto que é de todos nós, alunos, Escola e corpo docente.A eles o nosso sincero agradecimento.Divirta-se e até ao próximo número!Redação e Coordenação Editorial:

2.º Departamento

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A GRANDE ENTREVISTA - COSTUMES CIGANOS

Originários da Índia, os primeiros ciganos terão come-çado a entrar na Europa por volta do século XII. As primeiras notícias da sua presença em Portugal datam da segunda metade do século XV.Existem atualmente em Portugal cerca de 30 a 50 mil ciganos. As comunidades ciganas estão sobretudo con-centradas no litoral e nas zonas fronteiriças (Lisboa, distritos de Viana do Castelo, Castelo Branco, Coimbra e Évora).Hoje enfrentam um novo e decisivo desafio: a integra-ção imposta em nome do progresso e dos direitos hu-manos.No dia 3 de fevereiro a equipa da Gazeta da Fonseca, deslocou-se à Pastoral dos Ciganos das Olaias, acom-panhado pela professora Oriana Borges (Diretora de Turma e Tutora da turma A3 do 6º ano) e pelo professor João Fernandes (formador da equipa de professores do Ensino a Distância), para entrevistar a Coordenadora das Atividades de Tempos Livres, professora Margari-da e as alunas Donzília Lima do 5º A2, Naíde Bernardo do 6º A2 e Érica Lima e Nádia Mendes do 6º A3.Chegados ao local por volta das 15 horas fomos então recebidos pela professora Margarida e pelas alunas do Ensino a Distância. Depois de todas as apresentações, agradecimentos e de uma visita guiada pelas instala-ções da Pastoral dos Ciganos deu-se início à entrevista com a Coordenadora das Atividades de Tempos Livres, professora Margarida.Antes das questões, a professora Margarida Lourenço começou por informar que a Obra Nacional da Pastoral

dos Ciganos (ONPC) tem personalidade jurídica desde 1972 e depende da Conferência Episcopal Portuguesa, através da Comissão Episcopal da Pastoral Social e da Mobilidade Humana.A ONPC é uma Instituição Particular de Solidariedade Social desde 1985. Esta Obra tem como principal missão contribuir para o desenvolvimento espiritual e humano, cultural e social da população de etnia cigana em Portugal, através da sua inclusão na sociedade.Após esta breve introdução, foi-lhe perguntado há quanto tempo trabalha no Projeto Pastoral dos Ciga-nos.Acabou por nos dizer que está no Projeto da Pastoral dos Ciganos há 8 anos e que decidiu abraçar este proje-to e a causa da etnia cigana, porque “queria abraçar um

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novo projeto e, uma vez que ao longo da minha expe-riência profissional, nomeadamente em escolas como na Cova da Moura, Olaias, Ameixoeira e Musgueira acabei por contactar com várias etnias, em que se des-taca a cigana”. Foi então, graças à minha experiência e ao meu currículo, que a Dr.ª Fernanda Reis e a Dr.ª Manuela Mendonça acabaram por me dirigir o convite para fazer parte da equipa deste projeto.Seguidamente, questionámo-la sobre o funcionamento da Pastoral, tendo-nos referido que “um dos principais objetivos é dar à etnia cigana um apoio, não como ati-vidades de tempos livres, mas sim como uma segunda escola, ou seja incutir nestes jovens o gosto pelo saber e pelo aprender”. Acabou também por nos confessar que “a Pastoral acaba por ser uma família, existem casos em que os próprios pais e até avós já andaram aqui”.Sobre os novos projetos que a Pastoral tem em vista, a professora Margarida comunicou-nos que “existem 5 centros em Lisboa de apoio à integração da comuni-dade cigana”. O caminho não tem sido fácil, confessa. “Há uns anos muitas das raparigas ciganas nem sequer

chegavam ao 9º ano de escolaridade, os pais acabavam por retirá-las com o objetivo de as casar. Muitas de-las acabavam por arranjar como estratégia chumbar de ano para não deixar os estudos e assim não passar pelo processo de casamento”.Acabou também por referir que “nos primeiros anos de escolaridade (do 1º ao 4º ano) houve um retrocesso e que os resultados não têm sido satisfatórios. Muitas alunas não querem têm poucos hábitos de estudo o que

se reflete obviamente nos anos seguintes”.Na sequência da nossa conversa perguntámos qual o objetivo para este ano letivo e o que achava da moda-lidade de Ensino a Distância.Sobre os objetivos para este ano letivo disse-nos que “seria muito bom que as alunas conseguissem passar de ano”. Sobre a modalidade de Ensino a Distância, confessou o seguinte: “desconhecia esta modalidade

e que todos os dias tenho aprendido coisas novas na utilização da plataforma moodle, o que tem sido muito gratificante. O processo de integração das alunas nesta modalidade de ensino tem sido lento, mas as conquis-tas são diárias, o que faz com que a motivação vá au-mentando e os resultados também”.A finalizar a professora Margarida agradeceu à profes-sora Oriana e à equipa da Gazeta a oportunidade dada, ficando a promessa de um dia destes as alunas da Pas-toral se deslocarem à Escola Secundária Fonseca de Benevides para conhecer os seus professores e a Esco-la mãe desta modalidade de ensino.Enquanto decorria esta entrevista, o professor João Fernandes foi efetuando correções e atualizações no software dos computadores utilizados pelas alunas. Este trabalho é fundamental e útil para o bom funcio-namento desta modalidade de ensino, exigente ao nível das novas tecnologias da informação e comunicação.No corrente ano letivo, tem sido dado continuidade a um conjunto de melhorias no tipo de recursos didáti-

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co-pedagógicos, os quais têm implicado uma atenção particular no desempenho dos computadores dos alu-nos.Face aos problemas técnicos detetedos a intervenção do professor João Fernandes continuou até ao final da visita à instituição.Terminada a conversa com a professora Margarida, seguiu-se uma pequena entrevista às alunas Donzília Lima do 5º A2, Naíde Bernardo do 6º A2 e Érica Lima e Nádia Mendes do 6º A3.Inicialmente um pouco tímidas e nervosas, as alunas foram respondendo às perguntas colocadas pela pro-fessora Oriana sem hesitação e por vezes em tom de brincadeira, típica da idade.À primeira questão: como vivem as famílias ciganas, as alunas responderam que “é igual às outras famílias, o facto de muitas famílias serem feirantes acaba por fazer com que haja uma maior proximidade familiar”. Sobre a diferença entre homens e mulheres nas famí-lias ciganas disseram que “os homens têm mais liber-dade, mais autonomia. As mulheres ficam mais dentro de casa. Os pais são os responsáveis pelas mulheres até

ao casamento. Depois do casamento cabe ao marido essa responsabilidade”.Aproveitando o tema casamento, foi-lhes colocada a questão sobre como são os casamentos e qual é a mé-dia de idade. Entre risos e alguma timidez acabam por

afirmar que “não existe uma idade específica para se casar, a média é a partir dos 15/16 anos”. Afirmam que “na maioria dos casos são as mulheres que escolhem com quem querem casar e que essa escolha recai qua-se sempre sobre um homem de etnia cigana”, embora confessem que “essa situação não é obrigatória, mas que os pais não aceitam de bom grado”.Seguidamente falou-se sobre com quem vivem e se acompanham os pais nas feiras.Em conjunto responderam que ”vivem com os pais e irmãos e que existe casos em que também os avós re-sidem na mesma casa”. Sobre o acompanhamento dos pais nas feiras disseram que “na maioria das vezes fi-cam em casa com os irmãos mais novos a tomar conta deles. No caso de a feira ser longe de casa acabam por ficar em casa de um familiar”.

Sobre os hábitos ciganos, nomeadamente sobre a apa-rência, as alunas declararam de forma categórica que “as mulheres ciganas desde cedo preocupam-se com a sua aparência, existe uma vaidade generalizada”. Num tom mais irónico comentam que “os rapazes também se preocupam com a sua aparência, embora sejam mui-to mais vaidosos que as mulheres, geralmente andam sempre com uma camisa e gravata”.Perguntámos-lhes o que pensam sobre a Escola, os es-tudos, a diferença entre rapazes e raparigas no acesso à Escola e sobre o futuro.

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Com um semblante mais sério dizem que “a Escola é importante, mas confessam que são muito preguiçosas, que se fartam das coisas com muita facilidade.” Quan-to à diferenças entre rapazes e raparigas no acesso à Escola e aos estudos revelam que “é igual, não existe atualmente diferença. Antigamente sim, as mulheres só podiam estudar até aos 14 anos, hoje a situação é diferente”. Relativamente ao futuro, as quatro alunas transmitem que o seu futuro passa pela Escola e pela continuidade dos estudos. Revelam que “se quisermos ser alguém temos que estudar. No futuro confessam que gostariam de ser cabeleireiras, modelo e veteriná-ria”.Antes de terminar procurámos saber se conheciam al-guns ciganos famosos, ao que responderam de uma forma célere, “sim”, e dando alguns exemplos como

“o Xano, cantor de música cigana, os Gypsis, grupo de música”, entre outros.Terminadas as entrevistas agradecemos a hospitalida-de e as despedimo-nos de ocasião. À saída as alunas acabaram por fazer um pedido especial à professora Oriana e à equipa da Gazeta: “gostávamos de um dia ir à Escola Secundária Fonseca de Benevides ou os pro-fessores virem aqui à Pastoral, queríamos muito co-nhecer os professores”.Foi com esta mensagem das alunas do Projeto da Pas-toral dos Ciganos, que regressámos, já final de tarde, à Escola.

Redação e imagem: equipa redatorial da Gazeta da Fonseca, com o apoio de Oriana Borges (prof. de

Matemática)

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VALENTINE’S DAYOs alunos das turmas dos 5º, 8º e 9º anos do Ensino a Distância conceberam um conjunto de cartões e de textos (silly letters) para comemorar o dia dos namorados, com as indicações e o apoio da professora

Andreia 5A3Lisandra 5A2

Rodrigo 5A2

João 5A2

Deise 5A2

Carla Martinez, na disciplina de Inglês.Os alunos deram asas à sua imaginação e a Gazeta mostra uma pequena seleção dos trabalhos entregues.

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SILLY LETTERS

My silly Valentine Letter:

My dear chocapics Valentine!

You are so bitter sweet . When I see you I feel like milk . You smell like red.

It’s not much, but I want to give you the Eiffel Tower just to let you know how much I like you.

Would you like to go to Caesar with me on Valentine’s day? There is a great restaurant there.

They serve violets salad, chocolate soup, and carrots sandwiches.

There is also a fun centre where we can swim in the orange juice pool, and all the windows look like

triangles . There is chocolate hockey and silk chewing gum bowling I hope you can come. It would be so wonderful!

Yours truly,

Rebeca, your monkey Rebeca, 8ªA2

S.Valentine for me:

For me,Valentine’s Day is every day.Every day has to be,love, care, protection,complicity,confidence, happiness,loyalty, respect and unity.Love is complicated but when we are close to someone who loves us the same way and who always has been kind enough to make us happy, everything becomes easier. So I think the Valentine Day is just another spe-cial day.

Márcia, 9ºA

My silly Valentine Letter:

My dear corn Valentine!You are so sweet. When I see you I feel like butter You smell like orange.It’s not much, but I want to give you the Big Ben just to let you know how much I like you.Would you like to go to Neptune with me on Valentine’s day? There is a great restaurant there. They serve hi-biscus salad, sugar soup, and carrot sandwiches.There is also a fun centre where we can swim in the ice tea pool, and all the windows look like circles. There is Filipinos hockey and chewing gum bowling I hope you can come. It would be so nice! Yours truly,

Lala, your cat. Nicole, 9ºA

S.Valentine for me:

For me the day of valentine is not very important, because every day should be Valentine’s Day. Love must be demonstrated every day not only once a year. However, it is good to enjoy this day with someone we love doing something different.

Lidiane, 9ªA

Andreia 5A3

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COMO É ESTUDAR NO ENSINO A DISTÂNCIA?Chamo-me Débora Fernandes Nunes, tenho 13 anos, estudo no EaD e sou da Turma 6A1.O meu passatempo preferido é dançar. Sou da etnia cigana, com orgulho.Este é o meu texto realizado, com o apoio da professora Sofia Meixedo, para o concurso “Uma Aventura literária 2016”:

Estudar no EaD (Ensino a Distância) é perfeito, divertido, desafiador...entre muitas outras coisas. O EaD é uma plataforma escolar na internet, é como a escola, mas à distância. Os alunos fazem os trabalhos por computador e os professores ensinam-nos também através do computador. Inicialmente temos a página principal, onde podemos ver quem está online, por exemplo, os professores quando precisamos de tirar dúvidas, mandar mensagens privadas...etc. Na página principal podemos também ver as turmas: 5A1, 5A2...até ao 12ºano. Cada aluno tem o seu perfil com o nome e email e com essa conta pessoal entramos na plataforma. A partir daí estamos no EaD e escolhemos a nossa turma. Nessa mesma página temos os horários onde vemos quais as aulas que vamos ter durante o dia e os intervalos. Clicamos nas disciplinas e vamos para o respetivo “chat”. No chat é onde comunicamos com os colegas e professores, aprendemos a matéria, tiramos dúvidas, falamos sobre o nosso desempenho escolar. Primeiro cumprimentamos todos, depois o professor começa por nos dar orientações sobre o que iremos fazer na aula. Clicamos no respetivo dia da aula, por exemplo “ Aula 141 e 142, 4-02-2016” e quando carregamos nessa aula temos o sumário e as tarefas, ou seja, explica o que iremos fazer mais detalhadamente e para onde devemos enviá-las ( tarefas quer dizer os trabalhos , fichas , fichas informativas ...etc.)

Fazemos os trabalhos e enviamos, cada um tem o seu prazo. Temos de fazê-los sempre a horas e enviar para que não fiquem em atraso; e caso fiquem, na aula de Tutoria fazemos os que ainda estão abertos e dão para enviar -Tutoria é uma aula muito importante pois lá fazemos tarefas em atraso de todas as disciplinas, falamos sobre a nossa avaliação com o professor/tutor, justificamos faltas, estudamos para testes, etc.Temos vários fóruns. O fórum geral, onde o professor faz exercícios, perguntas, para toda a turma, conseguimos ver as opiniões dos outros alunos, correções. No fórum de justificação de faltas, justificámo-las, temos vários fóruns sobre as matérias, fóruns de muitos assuntos que os professores criam. Nas páginas das disciplinas temos páginas de apoio aos alunos, concursos, páginas de acolhimento para os Encarregados de Educação...entre muitas coisas. Além das aulas diárias também temos Salas de Estudo. O que é sala de estudo, perguntam vocês? É quando os professores nos convocam porque acham

CONCURSO

LITERÁRIA 20162016 » Aberto aos jovens até 18 anos» Publicação dos trabalhos premiados » Todas as escolas participantes

recebem um livro brinde surpresa» Diplomas para todos os concorrentes» Diplomas para os professores» Atribuição de menções honrosas

» Prémios por modalidade: 3 prémios para o pré-escolar 3 prémios para o 1.º e 2.º anos 3 prémios para o 3.º e 4.º anos 3 prémios para o 2.º ciclo 3 prémios para o 3.º ciclo 3 prémios para o Secundário Prémios especiais do Júri

PrémiosPrémios para a modalidade de Texto Original, Crítica, Desenho – Os premiados além da publicação do trabalho recebem cheques-livro. Os respetivos professores recebem cheques-livro. Há ainda Menções Honrosas, Diplomas de Participação, Diplomas de Coordenação Pedagógica e todas as escolas participantes recebem um livro brinde surpresa. Todas estas informações estarão disponíveis no nosso site www.uma-aventura.pt Prémios para a modalidade de Olimpíadas de História – Medalha de bronze, medalha de prata, medalha de ouro (por bronze, prata ou ouro entenda-se a cor da medalha).Prémios para a modalidade de Teatro – Os autores das peças premiadas serão convidados a representá-las numa festa promovida pela Editorial Caminho. Nessa festa há prémios para os melhores atores, guarda-roupa e cenário.Regulamento, prazos e contactos• Os trabalhos podem ser individuais ou de grupo. Devem vir identificados com o nome do(s) concorrente(s), morada, telefone, e-mail, idade, ano que frequenta(m), nome e morada da escola e nome do(s) professor(es) coordenador(es). • O júri será constituído por uma equipa da Editorial Caminho. • Os trabalhos concorrentes não serão devolvidos. • Os trabalhos devem ser enviados por correio até ao dia 16 de fevereiro de 2016 (data dos CTT) ou por e-mail para o seguinte endereço: [email protected] . As inscrições e trabalhos enviados pelo correio devem ser remetidos para: Concurso Uma Aventura... Literária 2016, Editorial Caminho – Rua Cidade de Córdova, n.º 2, 2610-038 Alfragide • Para mais informações consultar o site www.uma-aventura.pt ou ainda contactar diretamente, em dias úteis das 10.00h às 13.00h e das 14.00h às 18.00h, Catarina Cruzeiro através do telefone: 214272286 e-mail: [email protected] ou escreva para: Editorial Caminho – Rua Cidade de Córdova n.º 2 – 2610-038 Alfragide. • Se tiver dificuldade em encontrar os livros, por favor, contactar www.leyaonline.com

• Modalidade de Texto OriginalModalidade para todos os anos de escolaridade. O tema é livre e deve ter a extensão máxima de uma a duas páginas manuscritas ou datilografadas.

Livros a concurso para as modalidades de Crítica e de Desenho para o 3.º ciclo e Secundário:

Toda a coleção Uma Aventura / Toda a coleção Viagens no Tempo / Quero Ser Ator / Quero Ser Outro / Diário Secreto de Camila / Diário Cruzado de João e Joana

INFORMA-TE E PARTICIPA!

Regulamento:

www.uma-aventura.pt

5 Modalidades: • Texto Original

• Crítica

• Desenho

• Teatro• Olimpíadas da História

• Modalidade de CríticaCrítica a qualquer dos livros selecionados para o concurso (uma página datilografada ou manuscrita).

• Modalidade de DesenhoUm desenho que ilustre um momento de qualquer dos livros a concurso – desenhos a preto e branco em papel A4. (Os concorrentes não devem imitar os desenhos dos livros.)

Livros a concurso para as modalidades de Crítica e de Desenho para o pré-escolar e 1.º e 2.º anos:

O Crocodilo Nini ⁄ A Joaninha Vaidosa / A Gata Gatilde / O Avô Urso Lão / A Ovelha Curiosa / A Rã Atrevida

Livros a concurso para as modalidades de Crítica e Desenho para o 3.º e 4.º anose 2.º ciclo (5.º e 6.º anos):

Toda a coleção Uma Aventura / Toda a coleção Viagens no Tempo / Há Fogo na Floresta // Toda a coleção Os Primos e a Bruxa Cartuxa / Toda a coleção A Bruxa Cartuxa / A Raposa Azul

• Modalidade de TeatroModalidade para todos os anos de escolaridade. Adaptação de um texto de um dos livros a concurso.

Livros a concurso para a modalidade de Teatro (adaptação de um episódio):

O Lobo Prateado / Três Fábulas / Râs, Príncipes e Feiticeiros / História e Lendas de África / /Portugal – História e Lendas / Histórias e Lendas da Europa / Histórias e Lendas da América

• Modalidade de Olimpíadas da HistóriaUm texto à escolha recontado por palavras do concorrente, que poderá ser ilustrado se desejar com fotografias, desenhos, colagens, etc.Nota: o concorrente deve indicar o título do texto que escolheu e a página do livro em que se baseou.Livros a concurso para a modalidade de Olimpíadas da História:

Portugal – Histórias e Lendas / O 5 de Outubro e a Primeira República / História de Portugal – Os Primeiros Reis / Um Trono Para Dois Irmãos

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que não entendemos alguma matéria ou quando não realizamos as atividades corretamente. E mesmo sem dúvidas podemos ir, mesmo sem sermos convocados, o horário das Salas de Estudo é antes das aulas começarem ou depois das aulas terminarem. Por fim, temos a Pauta, onde vemos os resultados das nossas notas ou de testes. Já os Encarregados de Educação, têm acesso ao E-Scholing. No E-Scholing, os pais conseguem ver faltas, aproveitamento, desempenho escolar, como vão os seus educandos. O EaD é só para crianças que estão sempre em movimentação (não têm casa fixa) por exemplo feirantes, ou do circo, crianças de etnia cigana, crianças que têm motivos para não estarem na escola frequentam esta plataforma, aprendem e concluem os estudos. Na etnia cigana a maioria das crianças sai da escola cedo, por motivo de tradições, costumes, esta é uma forma de não pararem de estudar e concluirem os estudos. O EaD, para mim, é maravilhoso, não poderiam ter inventado plataforma melhor. É perfeito que a internet possa ser utilizada de maneira útil. Pessoalmente digo isto porque, sempre fui muito mais ligada à tecnologia,

dou-me bem com a internet. Assim que entrei neste meio senti-me como se estivesse em “casa”! É excelente a forma como nos ensinam, a forma como comunicamos, trabalhamos. Aprendi muito muito mais do que aprendi no ensino presencial. Desta forma eu consigo entender tudo, se tiver dúvidas todas elas são muito bem esclarecidas. Já fui para o quadro mérito, sem uma negativa. Orgulho-me muito, mas isso não é só devido a mim, também é de agradecer aos professores, se sei o que sei foi a maneira como me ensinaram e sempre me corrigiram os erros. Sou bastante agradecida. O EaD é maravilhoso, adoro todas as formas como estudamos, realizamos tarefas, aprendemos, comunicamos. As pessoas do EAD são excelentes!!! Os professores são bastante compreensivos, pacientes, muito bons. Os colegas também são boas pessoas, ajudam-se uns aos outros, são simpáticos, não nos faltam ao respeito, são bons amigos. Não tenho palavras para explicar o quanto amo este ensino, e as pessoas que lá estão. Se for possível, quero terminar a escola lá.

Redação: Débora Nunes (6A.1)

CONCURSO LITERACIA 3D

Na semana de 23 a 27 de novembro, no primeiro período, a turma do 5ºA1, do Ensino à Distância, participou num concurso nacional, Literacia 3D: o desafio pelo conhecimento, no âmbito da disciplina de português. Este concurso que tem como objetivo promover a literacia da leitura, da matemática e da ciência, envolveu, nesta primeira fase, mais de 55 mil alunos de todo o país do 2.º e 3.º ciclo do Ensino Básico. É uma iniciativa da responsabilidade da Porto Editora, que consiste num desafio nacional dirigido aos alunos do Ensino Básico de todo o país, envolvendo os respetivos professores e estabelecimentos de ensino, com o propósito de avaliarem as suas competências nas três dimensões do saber, já mencionadas. Este “desafio” decorre durante o ano letivo em três fases – local, distrital e nacional –, com base em provas interativas disponibilizadas através da plataforma da Escola Virtual.

Os alunos do 5ºA1, não tiveram qualquer preparação complementar, como não se sabia em concreto quais os conteúdos que iriam sair na prova, em aula, fomos trabalhando normalmente. Com muitas incertezas, os

alunos, em 45 minutos, responderam ao desafio!Nesta primeira fase, apurou-se a nível de escola o aluno que obteve o melhor resultado. A aluna Abigail Montes ficou apurada para a segunda fase e representará a nossa escola. Mas, todos os alunos participantes estão de parabéns!A segunda fase irá decorrer no dia 02 de

março, na Escola Secundária Padre António Vieira, para selecionar, entre as escolas de todos os distritos, o melhor aluno de cada nível de competição que participará na final, a nível nacional. Pelo que, desde já, desejo a melhor sorte à Abigail.

Redação: Helena Barriga (Prof. de Português)

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João estava em casa pronto para ir ao último dia de escola do período, e ia começar com contas de multiplicar...A mãe de João levou-o até ao autocarro e disse: - Diverte-te, João e porta-te bem! Quando chegares, eu terei uma surpresa para ti! Até logo! - Obrigada, mãe, até logo! Ele chegou à escola e cumprimentou a professora: -Bom dia, professora. -Bom dia, João! E bom dia meninos... - Hoje é dia da matemática e vamos começar a aprender a multiplicar fracções. - referiu a professora!

E a professora escreveu problemas no quadro... E pediu: -João, resolve este problema: “Durante as férias escolares, Maria viajou para Porto Seguro, onde tirou muitas fotos com sua máquina digital.Na volta ela resolveu revelar as fotos de sua incrível viagem. A Maria tem 12 fotos em cada página do álbum. O álbum com 45 páginas ficou completamente cheio. Quantas fotografias colocou a Maria, no álbum?”

UM CONTO COM CONTAS

UMA SEMANA NA PRAIA

Os alunos do Ensino a Distância, no âmbito da disciplina de Matemática, com a orientação das professoras Ana Paula Silva e Oriana Borges, participaram no concurso “Um conto com Contas”, dinamizado pela Delegação Regional do Sul e Ilhas da Sociedade Portuguesa de Matemática, e com o apoio da Universidade de Évora, do Centro de Investigação em Matemática e Aplicações, da Associação de Matemática Interactiva e Lúdica - AMIL e da Delta Cafés.O concurso consistiu na escrita e ilustração de um conto que envolvesse conteúdos matemáticos e teve como principais objetivos fomentar hábitos de leitura e de escrita nos alunos, assim como promover a articulação entre diversas áreas do saber, desenvolver a capacidade de expressão e comunicação, estimular a imaginação.Foi neste contexto que os alunos cujos contos agora publicamos foram a concurso.

O João pensou, pensou…. “Então vamos multiplicar 45 por 12. E fazendo a conta dá 540 fotos.” Com tanto pensar, o João nem se apercebeu ………. do toque campainha. “Triiiimmmmmiiimmmm!” - Podem sair, meninos! Até ao segundo período. Não se esqueçam de brincar e, mas também de estudar! – pediu a professora.O João saiu da escola e foi ter com a mãe. Mal poderia esperar para saber qual era a surpresa. - Mãe, cheguei !!!!!! Qual é surpresa? - perguntou o João- Vamos uma semana para a praia! – respondeu a mãe.Ele saltou, correu, gritou… estava felicíssimo. Chegaram à praia e o João foi a correr para a areia, deixou-se cair…. - Tinha tantas saudades de ti… - disse o João.Olhou no chão e encontrou algumas pedras. Encontrou uma em forma de 2,3,6 e uma em x e ele quis fazer a conta. - Vou por 2x3=6. – pensou o João... João ficou tão feliz por estar na praia rodeado de diversão, mas estava tão cansado do último dia do primeiro período que foi deitar-se na toalha e dormir um pouco. E começou a sonhar com contas: - 7x3=21, 3 x 7 = 21 , 7x4=28, 4 x 7 = 28... Números ali, números aqui… ele estava confuso... Ele só via números em tudo: Havia uma concha que parecia o número 0, uma águia que parecia o número 1, uma rocha em forma de número 2 e “etecetera”... -Mas como é que eu aqui vim parar? – perguntou o João.Quando, de repente, do outro lado das rochas alguém o admirava…

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- Pois eu também não sei! – respondeu uma voz atrás de uma rocha enorme. O João foi ver o que era e viu uma linda sereia de cabelos vermelhos muito compridos e com uma cauda brilhante. -Como chegaste aqui? - perguntou a sereia ao João.- Não sei! E tu? Como pode existir uma sereia?! – exclamou muito admirado o João. - Eu não sou só uma sereia, eu sou a sereia das contas. – explicou a sereia.- E o que é que tu fazes com esse poder?- Eu ajudo as pessoas a resolver contas e problemas matemáticos.- Então… prova-o!E a sereia ergueu a mão e fez com que as nuvens ficassem em forma de números e exatamente com a forma de contas, as mesmas contas com que o João tinha sonhado.- Uau! És mesmo verdadeira! – exclamou o João e acrescentou - Ontem, acabei o primeiro período com problemas e contas matemáticas...- E és bom aluno a matemática? – questionou a sereia.- Mas como é que eu aqui vim parar? – perguntou o João.

- Não sei! – respondeu a sereia.- Não sei se sou bom aluno a matemática, acho que sim, mas não tenho a certeza. Mas algo me atormenta… quando multiplico os mesmos números de forma diferente, dá sempre o mesmo resultado. - Olha para aquela nuvem 7x3=21, 3 x 7 = 21 – disse a sereia. - No teu sonho descobriste uma das grandes propriedades da multiplicação, a propriedade comutativa…. Esta propriedade é muito importante, porque podes sempre trocar os números para te facilitar o cálculo. Repara na nuvem seguinte 23 x 2 e 2 x 23, irá sempre dar o mesmo resultado!!!

UM MÊS NAS MONTANHASUma vez, passei um mês nas montanhas, foi uma aventura muito bonita e para recordar. Fui com alguns dos meus amigos e familiares. Todos gostaram, foi uma aventura magnífica, nunca nos vamos esquecer!Tudo começou com um amigo que me desafiou pelo Facebook a passar um dia nas montanhas. E eu aceitei, convidei a minha família e amigos com mais espírito aventureiro e fomos. Procurámos uma montanha perto de nós, preparámos as malas com tudo, levámos muita roupa quente e, três dias depois de estar tudo pronto, fomos embora para a montanha escolhida, a Serra da Estrela. Chegámos e, no princípio, parecia tudo muito estranho, a montanha era muito alta, tremíamos todos, estava muito frio. A minha sobrinha disse: “Quero ir embora, nunca na minha vida vou conseguir subir esta montanha, está aqui muito frio.” Depois, todos nós a conseguimos convencer a subir e ela subiu, a verdade é que ela foi a primeira a chegar ao topo da montanha. Ela ficou muito feliz quando viu aquela paisagem

O João ficou todo admirado com a sua descoberta, pois assim tinha muitas novidades para dar aos seus colegas da escola. Entretanto o João pensava como era um génio, em ombros pelo recreio fora, com aplausos e assobios, uma onda levou-o para o mar... Enquanto era arrastado pela onda, dançou com as sereias das contas e com os números, viu os génios da matemática e a sua história, era tudo maravilhoso, tanta cor, tanto brilho…Mas de repente ele acordou! - Ah! Ufa! Foi só um sonho!- Disse ele. -Está tudo bem, João? – Perguntou a mãe! - Sim, mãe, mas tive um sonho com a matemática. - Descansa, estamos de férias. Não te preocupes! - Está bem mãe. Obrigada. Eu ainda não percebi o que queria dizer aquele sonho tão estranho. Eu gostava de saber o que queria dizer aquele sonho com uma sereia das contas! – Disse ele.- Filho, talvez quisesse dizer que tu és um bom aluno a matemática, e que és bem educado e que tens muita imaginação. Não achas? - Pois, deves ter razão, mãe! – Respondeu! - Bom, mas nós temos de ir para casa. O pai não aguenta mais tempo na praia, está bem? – disse a mãe. -Sim, mãe! Vamos embora! Eu também já estou um pouco farto de estar aqui! Eu tenho saudades de casa, de brincar no jardim e de ir à escola. Mal posso esperar para começar o segundo período.- Disse João.E quando João e a sua família partiram para casa, estava uma linda sereia como a que estava no sonho de João, a espreitar e a desejar boa sorte ao João.E afinal o sonho de João tornou-se realidade!

Redação: Marisol Noronha (6A.1)

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linda. Nós depois também ficámos felizes de ver aquela paisagem. Lá em cima divertimo-nos muito, brincámos e, como havia muita neve, fizemos um boneco de neve. Foi muito divertido. Quando chegou ao fim desse dia, todos queriam ficar mais tempo, então decidimos ficar uma semana. Nessa semana fizemos muitas coisas. Foi muito divertido partilhar aquela aventura com a família e amigos, sobretudo porque havia um familiar, chamado Amílcar, que estava zangado com um amigo, o Francisco e eles tinham, coitados, de ser ver todos os dias, de comer juntos, de passear juntos. Quando os convidei para esta viagem, eles não se falavam e pensei que se eles quisessem ir os dois, podiam restabelecer a sua amizade. Mas parece que os meus planos não resultaram, parecia que com o tempo eles ainda estavam piores.

Quando chegou ao fim dessa semana, todos pediram para ficar mais tempo, então decidimos ficar um mês. Eu pensei: “Vai ser agora que eu vou conseguir fazer com que a revolta deles se torne numa boa amizade”. Comecei a por o meu plano em ação: tentei passear mais com todos e fazer com que passassem mais tempo juntos. Como era eu que dava as tarefas a todos, coloquei o Amílcar e o Francisco a fazer as camas, que eram muitas. Ao fim daquele mês magnífico, eles já se estavam a entender muito bem, parece que o meu plano tinha resultado. Todos nos gostámos desta experiência, todos nós ficamos felizes, cada um de nós se tornou único naqueles momentos. Cada dia que passava aproximava-nos mais uns dos outros. A vista era muito única. Temos de dizer que o local onde se dormia era pouco confortável, mas nada que nos atrapalhasse.Tivemos de regressar. Quando estávamos a voltar para casa, aconteceu uma coisa inesperada. Tínhamos levado um carro que deixámos no estacionamento, perto de um hotel. Entrámos todos no carro e, assim que vimos uma bomba de gasolina, parámos para abastecer. De viagem para casa, reparámos que o carro estava a fazer um som muito, muito estranho. Todos pensávamos que eram as crianças nos últimos bancos a brincar. O som continuava e continuava e, de repente, o carro

deixou de trabalhar. O carro estava com combustível, o carro tinha ido à revisão um mês antes! Estávamos encostados à lateral da estrada quando o carro parou e ficámos todos em pânico. As crianças começaram a chorar com medo de ficarem sem carro para ir para casa. Nós estávamos a tentar tranquilizar as criancinhas enquanto esperávamos pelo pronto socorro. Passados 35 minutos, chegou e levaram o carro até à oficina. Nós, como eramos muitos, não podíamos ir na carrinha do pronto socorro, então chamámos uns táxis. Fomos todos para a oficina do pronto socorro que ficava ali perto, mas mesmo assim pagamos muito no táxi. O táxi custou aproximadamente duzentos e cinquenta euros por uma distância de cento e quinze quilómetros. No pronto socorro, foi-nos dado a notícia que o problema do carro era o motor e a embraiagem. Estávamos metidos em sarilhos. Tínhamos de ir procurar um hotel para ficar pelo menos aquela noite até resolvermos a situação do carro. Encontrámos uma pensão, barata e muito confortável. No dia seguinte, tínhamos de fazer contas para ver qual era a melhor qualidade, o mais barato, já estávamos a ficar sem dinheiro, porque os dias estavam a passar e tínhamos de arranjar maneira de não gastar muito, para sobrar para o combustível e para os arranjos. O motor com melhor qualidade e mais barato era dois mil euros, a embraiagem custava quatrocentos euros e a mão de obra do senhor custava mil euros. Nós, depois de tantos dias na Serra da Estrela, agora mais dois dias ali, estávamos quase sem dinheiro. Tínhamos de contar para ver se era suficiente. Ao todo dava mais de três mil e quatrocentos euros. Pedimos ao senhor para fazer o seu trabalho o mais depressa possível e bem feito. O senhor conseguiu fazer tudo em cinco dias. Finalmente, estávamos prontos para ir para a nossa casa. Quando chegámos a casa, começamos a sentir saudades. Mas esperámos um dia poder voltar lá, quando tivermos os nossos filhos.

Redação: Maísa Luftman (8A.1)

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No passado dia dezoito de fevereiro a nossa Escola, em parceria com a associação “ABC” (Associação An-tónio de Bacelar Carrelhas), proporcionaram um mo-mento de reflexão e partilha de experiências acerca do tema “as drogas”, assim como os comportamentos de risco decorrentes do seu consumo.

Decorreu no dia 16 de fevereiro de manhã, uma visita de estudo da turma do 9º Ano do ensino vocacional, 9º VE/VQ, ao Centro de Triagem e Ecocentro (CTE) da Valorsul, no Lumiar.Esta visita de estudo integra o programa para as esco-las com 2º e 3º ciclos, da Divisão de Sensibilização e Educação Ambiental, da Câmara Municipal de Lisboa, com vista à criação de uma mais efectiva consciencia-lização, para os problemas do ambiente, e de mobiliza-ção e criação de rotinas, para a separação de resíduos, ajudando a reduzir os aterros e a eliminar as lixeiras.Esta temática, que pode ser enquadrada numa área mais vasta, como a cidadania, concorre directamente para a Missão do nosso Projecto Educativo: “...con-junto de valores e princípios que julgamos indispensá-veis à formação global do aluno”. Por isso nos últimos anos, temos mantido esta parceria com a CML, com vantagem para os nossos alunos.

VISITA À VALORSULABC DA PREVENÇÃO

No CTE da Valorsul no Lumiar, são recolhidos os re-síduos dos contentores azuis (papel), verde (vidro) e amarelo (plásticos e metais), sendo que só apenas os resíduos deste último, são objecto de separação. Tanto o vidro como o papel, são apenas recolhidos e envia-dos, em “bruto”, para fábricas de reciclagem.Quanto ao conteúdo do contentor amarelo, assistiu--se ao processo de separação primeiro, de plásticos e metais, baseado em processos electromagnéticos, conjugados com um mecanismo pneumático (sopro) e depois, por especialidades, por tipo de plástico e, nos metais, por ferrosos e não ferrosos. Para os plásticos inclui uma separação manual para sacos e outros tipos de plásticos leves, que são encaminhados para incine-ração, já para os metais, existe uma separação mais criteriosa com recurso a um campo electromagnético, que separa os metais ferrosos dos restantes.No final da visita, além de folhetos com instruções, são entregues aos visitantes um “kit” com três sacos para separação de resíduos (verde, azul e amarelo).Nesta visita, acompanharam a turma, os docentes Joa-na Rocha e Manuel Moutinho.

Redação: Manuel Moutinho (prof. de Electrónica)

O tema foi abordado pelos dois oradores e membros da associação que conduziram o debate. Numa pri-meira fase foram dadas algumas informações acerca de aspetos relevantes desta temática e, de seguida, foi abordado o assunto central da palestra. Seguiu-se um debate bastante participado pelos presentes, no qual se esclareceram dúvidas de alguns dos intervenientes.Registou-se, por parte dos alunos um grande interesse, facto que leva a crer que uma consciencialização social dos mais jovens sobre um tema que tem um grande im-pacto e ainda acarreta alguns tabus é muito importante.A maneira como os oradores abordaram o tema cons-tituiu uma ferramenta muito útil para chegar até aos mais jovens e captar a sua atenção, tendo contribuído para um debate mais participado.Em jeito de balanço considero esta experiência posi-tiva e, acima de tudo, bastante elucidativa. Palestras como estas podem ter um papel importante na cons-ciencialização dos jovens, contribuindo para uma to-mada de decisões mais responsável.

Redação: Rafael Neto (12.PQ)

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No âmbito deste projeto realizaram-se, no decorrer do 2º período, as seguintes ações:- No dia 13 de janeiro, parte do grupo de voluntariado foi entregar ao Pro Alcântara os 22,5 Kg de produtos de higiene resultantes da venda das bolas natalícias elaboradas pelos alunos.- O grupo de voluntariado realizou a ação de sensibili-zação sobre o voluntariado ao 3º ciclo, na turma do 9 VQ/VE.

PROJETO DEVOLUNTARIADO

- Decorreu mais uma campanha solidária, des-ta vez a favor da ONG Corações Com Coroa para o projeto CORAÇÕES XXL, que promove a Paren-talidade Positiva como fator determinante na con-quista e consolidação de comportamentos afeti-vos e sociais responsáveis, em contexto familiar. Para angariação de fundos para esta organização, o grupo de voluntariado confecionou bolachas e vendeu rifas para o sorteio do Cabaz dos Afetos, sorteado no dia 12 de fevereiro.

- No dia 16 de fevereiro, em parceria com o Projeto ÉS, realizou-se a palestra sobre a violência no namoro. No final, foi entregue à atriz Sara Matos, em represen-tação da ONG Corações Com Coroa, o valor recolhido na campanha de solidariedade efetuada na Escola.

Redação e imagem: Grupo de Voluntariado.

VISITA AO INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOANo dia oito de Março, os alunos das turmas 10PI, 11PE2/PI e 12PI realizaram uma visita de estudo ao Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, onde pu-deram conhecer aquela instituição e a sua oferta for-mativa.Para além de poderem participar em algumas ativida-des relacionadas com as suas áreas de estudo, os alunos assistiram a algumas palestras e demonstrações das au-las práticas do ISEL.Redação e imagem: Direção da Escola e Pedro Sobral

(prof. de Informática)

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O projeto de Educação para a Saúde da nossa esco-la dinamizou, no decorrer do 2º período, as seguintes ações:- No dia 27 de janeiro, uma ação de formação sobre “Primeiros Socorros e Suporte Básico de Vida” pro-movida pela UCC Consigo – Serviço de Enfermagem, para pessoal docente e não docente. A ação foi muito dinâmica, uma vez que teve uma componente prática, permitindo a todos os formados experimentar os co-nhecimentos transmitidos.- No dia 14 de fevereiro, comemorou-se o Dia dos Afe-tos. Foi oferecido aos alunos um docinho em troca de uma mensagem afetiva, escrita nos marcadores de li-vros elaborados pelo grupo de voluntariado.

ÉS – PROJETO DE EDUCAÇÃO PARA A

SAÚDE

- No dia 16 de fevereiro, esteve presente na nossa Escola a atriz Sara Matos, porta-voz para as temáti-cas da juventude da ONG Corações Com Coroa. Na sessão foi dada a conhecer a Organização e aborda-do o tema “Violência no Namoro”. Contou-se com a colaboração das voluntárias Alexandra e Marga-rida que enriqueceram o debate. Houve uma inte-ração positiva entre os alunos e as oradoras, permi-tindo uma troca de experiências muito interessante.

Os alunos mostraram um grande interesse pela ação.- No dia 24 de fevereiro ocorreu uma ação de forma-ção sobre Ergonomia, destinada a docentes, promovida pela ACT (Autoridade para as Condições de Trabalho). Os oradores (Bruno Nunes e Natália Parente) demos-traram a necessidade de adequar os equipamentos e o local de trabalho ao trabalhador. Reforçaram a impor-tância de uma postura adequada, de pausas regulares e de exercício físico, de forma a otimizar o bem estar pessoal.

Redação e imagem: Grupo ÉS

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A Escola Secundária Fonseca Benevides tem uma lo-calização geográfica privilegiada para observação de aves. Esta Escola insere-se no corredor de ligação da Mata de Monsanto, Tapada da Ajuda, Instituto Supe-rior de Agronomia, e os jardins particulares adjacentes à escola, bem como o arvoredo do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, localizado mais a sul, o Jardim Botânico da Ajuda, o Jardim Botânico Tropical, o Jar-dim Afonso de Albuquerque e Jardins de Belém.Neste contexto, são inúmeras as espécies que aqui podemos observar. No último número do jornal falei de algumas das espécies exóticas que se podem ver no jardim da escola: o Periquito-de-colar, Psittacu-la krameri e o Papagaio-do-senegal ou Massarongo, Poicephalus senegalus, mas ainda podemos encontrar, embora mais raramente, o Periquitão-de-cabeça-azul, Thectocer-cusacuticaudatus, outra ave exótica que ni-difica na cidade de Lisboa.

ATHENE NOCTUA, NA FONSECA

Ao longo dos meses e de acordo com as estações do ano podemos ir observando uma grande diversidade de aves, das quais destaco os rabirruivos e alvéloas--brancas que se passeiam nos pátios da escola. E nos jardins, os melros, gaios, toutinegras-de-barrete-preto e de cabeça-preta, felosinhas, estorninhos, etc.Mas quando a escola encerra ao final do dia, encontra-mos para além da vida diurna, um mundo por desco-brir. Ao cair da noite, no lusco-fusco, se tivermos sor-te podemos observar o mocho-galego, Athene noctua (Scopoli, 1769). Foi o que pude constatar num final do dia, em fevereiro quando ía a sair da escola por volta das 18h. Para minha surpresa, um mocho-galego passou à frente do carro, em voo rasante e silencioso, poisando numa das árvores na entrada do parque de estacionamento.

Parei o carro e ainda pude vê-lo num ramo de árvore, durante um bom bocado, mas não foi possível foto-grafá-lo, pois as condições de luminosidade não me permitiram focar a máquina.

Esta pequena ave de rapina, noturna e crepúscular, é uma ave da ordem dos Strigiformes, e pertence à famí-lia Strigidae. Tem cerca de 23 a 27 cm e uma enverga-dura de 50 a 57 cm, pequena e compacta, com cabeça grande e arredondada, sobrancelhas brancas e largas na face, é dotada de uma plumagem densa e macia que lhe permite voar de forma silenciosa. As asas são lar-gas e arredondadas e a plumagem dorsal acastanhada com pintas brancas. A parte inferior do corpo é esbran-quiçada e listrada de castanho-escuro, tem as patas compridas proporcionalmente ao corpo, embora per-maneça muitas vezes numa posição encolhida. Desta-ca-se pelos olhos grandes e amarelos e o bico amarelo esverdeado. Na nuca tem desenhada uma “falsa cara”. Esta espécie apresenta um elevado mimetismo com as pedras e ramos de árvores, pelo que é difícil de detetar quando está poisada no meio de uma árvore ou numa casa velha.

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DESAFIO MATEMÁTICO

Quatro casais juntam-se para um jogo de xadrez. Sabendo que:A Beatriz jogou contra o Eduardo;A Alice jogou contra o marido da Clara;O Frederico jogou contra a mulher do Gustavo;A Dora jogou contra o marido da Alice;O Gustavo jogou contra a mulher do Eduardo;Quem está casado com o Humberto?

http://clubedematematicadafonseca.blogspot.pt/

É considerada a mais diurna das rapinas noturnas, pode frequentemente ser observada a caçar de dia, sendo do-tada de excelente audição e visão. Alimenta-se de inse-tos, micromamíferos, anfíbios e pequenas aves. Nidifi-ca em buracos de árvores, casas velhas e abandonadas ou rochas.Esta pequena ave de rapina é protegida pela Conven-ção de Berna (Conservação da Vida Selvagem e dos Habitats Naturais da Europa), que Portugal subscreveu em 1979 e pela CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selva-gem Ameaçadas de Extinção).

Simbolicamente o Mocho galego, Athene noctua, apa-rece na Mitologia Grega associado à Deusa Atena, deusa da sabedoria, das artes, da estratégia e da civi-lização. Também foi registado nas moedas da Grécia Antiga. E a Mitologia Romana deu continuidade à pre-sença desta ave, associando-a à Deusa Minerva, tam-bém deusa da sabedoria. Mas, a ave de Athene é o mais antigo símbolo da Fi-losofia e sendo uma ave nocturna, astuta, vigilante, de visão apurada, que consegue ver nas trevas e girar a cabeça em várias direcções, indica-nos sabiamente o caminho da sabedoria, da justiça e da multiplicidade de visão e pensamento.Nos nossos jardins, um mundo de diversidade existe e nós desconhecemo-lo. Enquanto dormimos, novos ato-res surgem, a cidade mexe e os voos suaves dos mo-chos e das corujas são sentidos, qual seda que passa, com suavidade na escuridão.

Redação e imagem: Prof. Manuela Dâmaso (prof. de História) Solução: O Humberto é casado com a Beatriz

HOTEL INFINITO: SOLUÇÕESNa página nove do número sete da Gazeta da Fonseca foi publicado o desafio matemático intitulado “Hotel Infinito”. Fica aqui a solução do desafio para quem não o conseguiu resolver.Paulo, o rececionista no Hotel Infinito, resolveu deslocar cada hóspede para o quarto cujo número fosse o dobro do número ocupado anteriormente, portanto o hóspede do quarto 1 foi para o quarto 2, o do quarto 2 foi para o quarto 4, o do 3 para o 6 e assim por diante. Assim, ficaram vagos todos os quartos ímpares para os hóspedes que chegaram no autocarro infinito”.Redação: Susana Martin Tenreiro (prof. de Matemática)

O JOGO DOS AFETOS

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AS CAMPANHAS DE DINAMIZAÇÃO CULTURAL NOPERÍODO PÓS-25 DE ABRIL DE 1974

A História, enquanto ciência e disciplina é fundamen-tal para a formação de indivíduos capazes de espírito crítico e de conhecer o passado de forma a não repetir esses erros. Cabe aos professores transmitirem esta visão aos alunos e a História Contemporânea não só é do agrado dos discentes pela sua proximidade temporal, como por ser rica em acontecimentos diferen-tes, originais e sobre os quais pen-sam que poderão aprender mais.Neste sentido, a História recente de Portugal revela-se rica em aconteci-mentos passíveis de serem dados a conhecer aos alunos. O período da Revolução de abril constitui sem-pre uma temática aprazível, uma vez que está repleta de curiosidades, especificidades e foi a última “revolução” desse género que Portugal conheceu. Convém recordar que o período pós 25 de abril de 1974 foi conturbado por múltiplos factores: descolonização, transição para a democracia, viver sem censura, entre muitos outros.Todavia, os militares de abril cedo perceberam que ti-nham que “levar” a sua mensagem a toda a população e quanto mais depressa e ao seu jeito melhor.É neste contexto que surgiram as Campanhas de Dina-mização Cultural e de Esclarecimento Cívico (CDC), que são diferentes das Campanhas de Alfabetização que foram postas em prática também neste período.As CDC surgiram depois do 28 de setembro, num con-texto em que a 5ª Divisão do Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA) passa a ter um papel impor-tante e em que os defensores de um modelo marxista ganham posições no seio do Movimento das Forças Ar-madas (MFA); e, por outro lado, nasceram da necessi-dade de informar o País sobre a Revolução e levar as pessoas a ter consciência do “novo poder” que tinham, isto é, o voto.As CDC tinham como principais objetivos o esclareci-mento da população portuguesa sobre o Programa do MFA; e a dinamização cultural do povo para a constru-ção de um país democrático e livre. Naturalmente que para isso ser colocado em prática tinham que ser envol-vidas várias pessoas como militares e civis, normalmen-te técnicos especializados (engenheiros, médicos, etc.). Em princípio as CDC seriam realizadas em todo o país. Mas começaram no Norte – na zona de Trás-os-Montes, que era a zona mais subdesenvolvida – e depois foram--se dirigindo-se para Sul. Nestas zonas, os meios de apoio disponíveis seriam o recurso a filmes, teatro, mú-sica, enfim, meios de diversão antes do diálogo com a população. A título exemplificativo destacam-se algumas campa-

nhas, como a «Operação Nortada», a Semana Cultural no Porto e «Maio Nordeste».Embora as pretensões das CDC fossem válidas tendo

em conta a situação cultural em que o país se encontrava, foram múltiplos os problemas encontrados.No entanto, é possível fazer um ba-lanço das CDC. Verificou-se que os seus objetivos foram deturpados, no sentido em que a prioridade das po-pulações não era a “revolução men-tal” preconizada pelas campanhas. De facto, eram os aspectos econó-micos e sociais que mais afligiam o quotidiano das populações, sobretu-do das do Norte. Por outro lado, as

zonas do País a que se limitaram as CDC revelaram uma forte tentativa de politização das populações a fa-vor do MFA, principalmente a partir do 11 de Março de 1975. Apesar destes aspectos negativos, as CDC funcionaram como uma ruptura sociocultural, algo ex-tremamente positivo: o acesso à cultura foi substan-cialmente diferente [contacto directo do povo com os elementos culturais (teatro, cinema, agentes culturais, ...)]; o objetivo desta «nova cultura» era a libertação das antigas amarras e, sobretudo, o começo da politi-zação da população. De facto, pretendia-se pôr as pes-soas a pensar e a não aceitar o que estava estabelecido.Em suma, no período pós 25 de abril a sociedade por-tuguesa conhecia, ao nível sociocultural, como em tan-tos outros, um imobilismo atávico; a cultura, até en-tão, tinha um estatuto subalterno e de certa forma era

temida. Com o 25 de abril passa a ser um dos temas centrais do debate cultural e social. Antes não havia cultura democrática em Portugal e as próprias elites culturais estavam limitadas pela própria censura. Não podemos esquecer as palavras de Sophia Breyner “a cultura é liberdade” – o 25 de abril deve ser visto como uma ruptura epistemológica ao nível da cultura.

Redação: Isabel Santos (Prof. de H.G.P.)

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METEORÚBRICA

Agora que a primavera se aproxima com o seu equinócio, importa analisar que estação nos espera. Como será a primavera 2016 no que se refere a precipitação e temperatura? Em climatologia prever não é fácil. Ainda que, graças ao desenvolvimento tecnológico, a fiabilidade dos modelos meteorológicos seja cada vez mais certa, importa sempre, salvaguardar uma dose de “falsa” fiabilidade, por outras palavras, com o passar do tempo, não há certezas absolutas daquilo que nos espera, mas simplesmente apenas um padrão tendencial… Assim de acordo com as minhas observações e leitura prevê-se uma primavera com um padrão tendencial de “pouca” chuva (sobretudo a sul do tejo), enquanto para o centro e norte do território esta estará, regra geral, mais presente. No que se refere à temperatura, existe um padrão anómalo positivo (climatológico) de uma temperatura superior à média da estação (entre 0,7ºC e 1,5ºC). Em suma, podemos (para já) esperar uma primavera MAIS QUENTE do habitual e com PRECIPITAÇÃO abaixo da média. Veremos se o padrão-modelo se cumpre para nos alegrar (ou não) a todos. Feliz primavera!

Redação: Prof. Paulo Sousa (prof. de Geografia)

(previsão de NOAA – E.U.A)

O QUE NOS ESPERA NA PRIMAVERANo passado mês de dezembro na sequência do desafio lançado pela code.org, alunos do 5º ao 8º ano de esco-laridade do Ensino a Distância, participaram nas aulas de TIC no evento Hora do Código. A hora do código consiste na resolução de problemas lógicos muito sim-ples que acontecem num ambiente amigável usando personagens de jogos (Minecraft) ou filmes (Guerra das Estrelas, Idade do Gelo) bem conhecidos.

A HORA DO CÓDIGO

Vários foram os alunos a concluírem o desafio Hora do Código-Minecraft e estão todos de parabéns por se iniciarem no mundo da programação.

Redação: Prof. Pedro Alves (prof. de Informática)

PITÁGORAS EA RELATIVIDADE

No dia 5 de janeiro tivemos o privilégio de assistir, na biblioteca da escola, à apresentação de uma palestra, pela Joana Teixeira, do Imperial College, denominada A Teoria da Relatividade e o Teorema de Pitágoras.A Joana prendeu a atenção de todos os presentes e encantou-nos com a sua dissertação sobre a relatividade do tempo e do espaço. Os alunos presentes, que ao início

se mostraram, como habitualmente, um pouco céticos, face ao teor da palestra, foram, pouco a pouco ficando convencidos e atraídos pelo interesse, entusiasmo e motivação demonstrados pela apresentadora. Foram cativados pela sua linguagem simples e perceberam, através do uso de uma ferramenta matemática, extraordinariamente simples, o Teorema de Pitágoras, a demonstração que a Joana lhes apresentou, provando que um gémeo em viagem pelo espaço, encontraria, no seu regresso a casa, o seu irmão gémeo muito mais velho do que ele próprio.

Redação: Prof. Ana Paula Silva (prof. de Matemática)

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AS VOLTAS DOS LIVROSContinuando a construção de um hábito (que se quer enraizado), no dia 3 de fevereiro teve lugar mais uma tertúlia na Biblioteca da nossa Escola. Desta vez o tema foi o livro de poesia Suor sem Rosto, da autoria do professor João Reis.Condicionalismos diversos impediram a presença de várias pessoas, que tiveram a amabilidade de me “justificar” pessoalmente a sua ausência, facto que a todos agradeço. Na altura saudei e agradeci também a presença do nosso colega Augusto Grácio, autor da pintura da capa do livro.

Há um tempo que fica, certamente, para além dos olhos…No dia 26 de janeiro de 2016, André Fernandes, autor do livro “Tia Guida”, marcou, indelevelmente, a bi-blioteca da nossa Escola.As suas palavras, plenas de autenticidade, prenderam a atenção de todos os que o escutaram, transforman-do aquele momento marcante numa invulgar lição de amor.

APRESENTAÇÃO DOLIVRO “TIA GUIDA”

Ao falar de “cancro”, tema central do seu livro, “Tia Guida”, o jovem escritor narrou, serenamente, a luta da família no combate à doença, que lhe levou prematu-ramente a sua tia Margarida, por quem tinha um afecto incondicional.Ao transmitir a sua dolorosa experiência, André valori-zou a importância da dedicação aos outros, num mundo em que os bens materiais fazem com que os homens se esqueçam do maior alimento da vida, ou seja, o amor absoluto e abnegado, que os eleva e, simultaneamente, lhes confere mais beleza no coração.No final da apresentação, André Fernandes e o seu tio responderam a um rol de questões, colocadas por uma plateia, cuja postura exemplar foi reveladora do excecional interesse e da grande emoção, suscitados pela sua inesquecível presença.

Redacção e imagem: Equipa de coordenação da Biblioteca Escolar

Não obstante, tratou-se de uma sessão bastante par-ticipada por todos os presentes na qual, para além da abordagem de questões como quando, causas e proces-sos de escrita se procedeu à leitura e comentário de vários poemas.Face às manifestações de pena por não terem podido assistir, a coordenação da Biblioteca aventa a hipótese de repetição desta tertúlia, no último período de aulas.

Redação: João Reis (prof. de Informática)