Upload
dangtruc
View
220
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
ANDRÉ LUIZ PEREIRA
A GESTÃO FINANCEIRA NA PADARIA E SUPERMERCADO AMBROSIA:
UM ESTUDO DE CASO
Vitória da Conquista
2004
2
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
A GESTÃO FINANCEIRA NA PADARIA E SUPERMERCADO AMBROSIA:
UM ESTUDO DE CASO
André Luiz Pereira
Monografia apresentada ao curso de
ADMINISTRAÇÃO, estágio supervisionado
II,para obtenção do grau de bacharel em
administração, sob orientação do mestre Juvino
Oliveira.
Vitória da Conquista
2004
II II
3
A GESTÃO FINANCEIRA NA PADARIA E SUPERMERCADO AMBROSIA:
UM ESTUDO DE CASO
André Luiz Pereira
BANCA EXAMINADORA:
________________________________________________________
Jovino Moreira
________________________________________________________
João Cláudio Eloy
________________________________________________________
Maria Zilda
Aprovada em________________/__________________/__________________
III
4
A Deus por ter me iluminado em sua infinita
glória e misericórdia;
A minha mãe Helena e os irmãos Sandra,
Evandro e Andréa pelo apoio;
A meus sobrinhos: Ananda, João Pedro, Vitor,
Ana Cláudia e Dimitri.
A Zizi e Higor (in memorian) que mesmo não
estando mais aqui eu ainda os amo. A Sharlene,
minha amada filha.
A amiga de longa jornada: Mônia
Aos amigos que conquistei na universidade:
Bianca, João Dantas, Amanda e Celina.
IV
5
AGRADECIMENTO
Um agradecimento especial a Elaine Batista Pereira, onde quer que esteja. Graças a tia Tuca eu
descobri o mundo do conhecimento e a sonhar, me tornando aquilo que sou hoje.
V V
6
Por que nos contentamos com viver rastejando,
quando sentimos o desejo de voar?
(Hellen Keller)
VI
7
SUMÁRIO
Resumo...........................................................................................................................................10
Abstract...........................................................................................................................................11
Introdução.......................................................................................................................................12
Capítulo I Informações sobre a pesquisa........................................................................................14
Problema.........................................................................................................................................14
Objetivo..........................................................................................................................................14
Geral...............................................................................................................................................14
Específicos......................................................................................................................................14
Justificativa.....................................................................................................................................14
Metodologia....................................................................................................................................15
Capítulo II Revisão da literatura.....................................................................................................16
A empresa familiar.........................................................................................................................16
Tipificação das empresas familiares...............................................................................................16
Problemática da empresa familiar..................................................................................................17
Considerações pertinentes..............................................................................................................18
Planejamento financeiro na empresa familiar.................................................................................19
Capital de Giro................................................................................................................................21
Avaliação de estoques a valores de entrada e de saída...................................................................25
Métodos de atribuir custos às unidades em estoques.....................................................................25
Avaliação de estoques a valores de saída.......................................................................................31
Recebimentos Descontados de Caixa.............................................................................................32
Preços Correntes de Venda.............................................................................................................32
Capítulo III Análise da empresa.....................................................................................................34
Análises vertical e horizontal.........................................................................................................35
Rotatividade de estoque..................................................................................................................37
Ìndice de Liquidez Corrente...........................................................................................................38
Índice de Liquidez seca..................................................................................................................39
Capítulo IV Avaliação....................................................................................................................42
Capítulo V Recomendações e conclusão........................................................................................44
Bibliografia.....................................................................................................................................45
8
LISTA DE QUADROS:
Quadro 1 - Análise Vertical............................................................................................................35
Quadro 2 - Análise Horizontal........................................................................................................36
Quadro 3 - Rotatividade de estoque...............................................................................................38
Quadro 4 – Índice de Liquidez seca...............................................................................................40
9
LISTA DE SIGLAS
ABNT.............................................................................Associação Brasileira de Normas Técnicas
Sup.............................................................................................................................. Supermercado
PEPS: ..................................................................................... Primeiro que Entra, Primeiro que Sai
UEPS: ....................................................................................... Último que entra, Primeiro que Sai
IBQP: ............................................................................................. Instituto Brasileiro de qualidade
CCL: .......................................................................................................Capital Circulante Líquido
NIG: ...................................................................... Necessidade de Investimento de capital de Giro
ACO: ..................................................................................................Ativo Circulante Operacional
PCO: ................................................................................................Passivo Circulante Operacional
SD: ......................................................................................................................... Saldo disponível
ST: ...........................................................................................................................Saldo tesouraria
VP: ............................................................................................................................Valor presente
R: ..................................................................................................................................Recebimento
TX: .........................................................................................................................taxa de Desconto
N .......................................................................................................................Número de Períodos
RE: ............................................................................................................. Rotatividade de estoque
CPV: ......................................................................................................................................Vendas
EM: ........................................................................................................................... Estoque médio
ILC: ...................................................................................................... Índice de Liquidez Corrente
ILS: ..............................................................................................................Índice de Liquidez Seca
10
Resumo
Ha de se ter em conta que uma empresa familiar provoca uma situação complexa devido a
existência de três sistemas inter-relacionados que são a propriedade, a gestão e a família e que
habitualmente coincidem nas mesmas pessoas, a mesma pessoa é familiar, proprietário e gestor
fazendo a situação realmente complexa. Por isso, requer compatibilizar os interesses dos instintos
coletivos implicados na propriedade e gestão da empresa familiar, um processo que favorece a
existência, muito latente, de tenções no seio destas empresas.Este trabalho visa a análise do
Supermercado e padaria Ambrosia, focando a ótica de empresa familiar e seu planejamento
financeiro. A presente obra inicia com o estuda da problemática da empresa familiar, aliando
sistemas de informações baseadas no diagrama de Porter para tentar superar os percalços. Em
seguida, são traçados os estudos da empresa, com seus esquemas operacionais e como andará o
projeto.O estoque é um item específico do ativo e envolve problemas de controle, administração
e avaliação. Um dos aspectos mais complexos da Contabilidade prende-se à determinação dos
custos dos estoques, não só pelo fato de ser um ativo significativo, mas também por sua
determinação por outro valor refletir direto na determinação do resultado do exercício. O
objetivo, ao tratar a mensuração dos estoques, foi fazer a distinção entre a avaliação de estoques a
valores de entradas e de saídas e métodos de atribuir custos às unidades em estoques. Os ativos
são avaliados com base numa das seguintes alternativas: custo histórico, custo histórico corrigido,
custo corrente, custo corrente corrigido, custo futuro de reposição - valores de entradas -
recebimentos descontados de caixa, preço corrente de venda e valor realizável líquido - valores
de saída. Os estoques são ativos e, como tais, devem considerar as mesmas bases de avaliação.
Considerou-se custo específico, PEPS, UEPS, custo médio mensal, média ponderada móvel e
preço de venda a varejo como métodos de atribuição de custo às unidades em estoques. A
diferença entre esses métodos consiste na maneira de agrupar os custos das unidades adquiridas
em datas distintas e a preço unitário diferente. O Supermercado e Padaria Ambrosia carece de
controle em suas entradas e saídas, bem como no seu controle de custos. Essa lacuna gera uma
falta de base ao planejamento financeiro em geral, mas especialmente grave no planejamento
financeiro de curto prazo, mais especificamente de capital de giro. A política de formação de
estoques é meramente baseada na grande compra para obter descontos, mesmo que a demanda
seja baixa. Ocorre uma grande imobilização de capital, vulnerabilizando os investimentos da
empresa.
Palavras-chave: empresa familiar, planejamento financeiro, padaria.
11
Abstract
It‟s necessary to see in accounting that the family company provokes a complex situation, done
by the existence of three interrelated systems: property, management and the family. They
habitually coincide in the same person. The same person is family, owner and manager, turning
into a real complex situation. Therefore, it requires to make compatible the interests of collective
instincts implied in the property and management above familiar company, a process that favors
the existence, very latent, of intentions in the middle of this companies. This paper aims at the
analysis of the Ambrosia Supermarket and bakery, focusing the optics of familiar company and
its financial planning. The present paper also initiates with studies of the problematic situation of
familiar company, uniting information systems based on Porter‟s diagram trying to surpass the
profits. After that, the company studies are traced, with its operational projects and as it will go
therefore. The supply is a specific item of the asset and involves problems of control,
administration and evaluation. One of the most complex aspects in Accounting arrests the
determination of supplies costs, not only for the fact of being a significant asset, but also for its
determination to another value reflecting direct in the determination of the year-end results. The
objective, when dealing with the supplies measuring, make the distinction enters the evaluation of
supplies the values of entrances and exits and methods to attribute costs to the units in supplies.
The assets are evaluated with base in one of the following alternatives: historical cost, corrected
historical cost, current cost, corrected current cost, spare future cost - values of entrances -
deducted acts of receiving of box, market price of selling and liquid realizable value - values of
exit. The active supplies are, as such, commonly considered the same bases of evaluation. One
considered specific cost, FIFO, LIFO, monthly average cost, mobile weighed mean and price of
venda the retail as methods of attribution of cost to the units in supplies. The difference between
these methods consists on the way the units costs group acquired in distinct dates and the
different unitary price. The Ambrosia Supermarket and Bakery‟s lack of control in its entrances
and exits, as well as in its control of costs. This gap generates a lack of base to the financial
planning in general, but especially serious in the financial planning of short term, more
specifically of fast capital. The politics of supplies buy is based on the great purchase focused on
discountings, even when the demand is low. The great immobilization of capital occurs,
vulnerably the company investments.
Key words: family company, financial planning, bakery
12
Introdução
O presente trabalho foi elaborado visando a análise do planejamento financeiro do
Supermercado e Padaria Ambrosia.
Para se chegar aos resultados foi usado principalmente informações secundárias (estudos
realizados) e informações primarias focus group e uma pesquisa, a partir destes estudos fez-se a
análise dos resultados, e chego-se as conclusões respectivas.
A gerencia de uma empresa é a responsável de conduzir-la até a obtenção do objetivo que
ela persegue, sem que varie a responsabilidade pelo feito de que ela seja propriedade de uma
pessoa o de acionistas o do seu tamanho, pequena, media o grande.
Sua função é dirigir e sem extremar o significado das palavras, pode dizer que os gerentes
não devem trabalhar, mas que se entenda por trabalhar como a concentração da atenção e a ação
em uma tarefa definida e concreta que forma parte de um todo e obedecer instruções.
As responsabilidades da gerencia, podem ser:
Estar em observância para observar todos as frentes do planejamento ecológico e
antecipar as mudanças à elas pertinentes;
Acompanhar o caminho do cumprimento de metas;
Observar se os objetivos mantêm sua validez;
Supervisionar seus dependentes imediatos;
Manter viva a vinculação com os donos do capital;
Ter conhecimento do que se passa na empresa e também de fora, incluindo neste meios os
empregados e supervisores.
A importância da análise de estoque surgiu em virtude das diversas alternativas encontradas
para avaliar os estoques das organizações e com ela nos propusemos a analisar a avaliação de
estoques a valores de entrada e de saída. O estoque é um item específico do ativo e envolve
problemas de controle, administração e avaliação. Um dos aspectos mais complexos da
Contabilidade prende-se à determinação dos custos dos estoques, não só pelo fato de ser um ativo
significativo, mas também por sua determinação por outro valor refletir direto na determinação
do resultado do exercício. Dentre os problemas que envolvem os estoques, esse trabalho se
13
propõe a analisar a avaliação de estoques. Buscou-se sistematizar pela primeira vez a distinção
entre os métodos de atribuir custos às unidades em estoques e a avaliação de estoques a valores
de entrada e de saída. Para fins do trabalho, o custo específico, o peps, o ueps, o custo médio
mensal, o custo médio ponderado móvel e o preço de venda a varejo são considerados como
métodos de atribuir custos às unidades em estoques; e, quando nos reportarmos à avaliação de
estoques, estaremos nos referindo aos valores de entrada e de saída. As principais alternativas de
avaliação a valores de entrada são: custo histórico, custo histórico corrigido, custo corrente, custo
corrente corrigido, custo futuro de reposição e custo ou mercado dos dois o menor. Para os
valores de saída existem três alternativas para avaliação de estoques: 1) recebimentos
descontados de caixa; 2) preços correntes de vendas e o 3) valor realizável líquido. A avaliação
de estoques pelas diversas alternativas de avaliação a valores de entradas e de saídas apresentou
vantagens e desvantagens; a escolha da alternativa depende das condições de mercado e do
objetivo da análise.
14
Capítulo I
Informações sobre a pesquisa
1.1 Problema
Como o planejamento financeiro se processa no sistema familiar da Padaria e supermercado
Ambrosia?
1.2 Objetivo
1.2.1 Geral
Investigar o modelo de gestão financeira adotado na padaria e supermercado Ambrosia.
1.2.2 Específicos
Estudar a forma de planejamento financeiro praticado, sob a ótica de empresa familiar.
Analisar custos totais e lucratividade
Avaliar o controle de mercadorias
1.3 Justificativa
A literatura na área de administração financeira enuncia que o objetivo principal da empresa,
e, por conseguinte, de seus administradores é o de maximizar a riqueza dos acionistas,
maximizando o valor da empresa.
Decisões de planejamento financeiro são de vital importância, pois produzem efeitos no risco,
nos resultados e no valor das empresas que, para manter o seu equilíbrio financeiro devem
adequar a maturidade dos passivos à capacidade de geração de caixa dos ativos.
Decisões de investimento em capital de giro devem também, promover a atratividade
econômica da empresa, favorecendo sua solvência, sua continuidade e valorização. A definição
da política de investimento em capital de giro da empresa, portanto, deve considerar qual a
quantidade de capital de giro necessária para o adequado funcionamento da empresa, ou seja,
qual é a melhor relação entre ativos circulantes e ativos totais, a fim de alcançar um equilíbrio
entre lucratividade e risco que contribua positivamente para o valor da empresa.
15
Em teoria, um investimento em ativo circulante sobre ativo total alto demais, reduz a
lucratividade da empresa, enquanto um investimento baixo demais, aumenta o risco da empresa
não conseguir honrar seus compromissos nos respectivos vencimentos. Estas duas situações
levam a uma redução do valor da empresa.
1.4 Metodologia
Este trabalho, no concernente a pesquisa desenvolvida, quanto à tipologia foi bibliográfica e
documental. Bibliográfica, pois como salienta Eduardo de Oliveira Leite (1997, p. 59), paras as
ciências sociais aplicadas,
“pesquisa bibliográfica é o método por excelência de que dispõe o pesquisador,
sem com isso esgotar as outras manifestações metodológicas.” Documental, pois
não se pode bem fundamentar um trabalho sem a apresentação[...]do que regem
o tema”.
Tratou-se, ademais, de uma investigação de caráter exploratório-descritivo, com uma
metodologia de tipo qualitativo, baseada fundamentalmente na análise de caso, permita-se dizer,
no estudo profundo e exaustivo dos poucos objetos de investigação, no afã de obter um
conhecimento amplo e detalhado dos mesmos.
O estudo de caso é, segundo Antônio Chizzotti (1995, p. 102):
[...] uma caracterização abrangente para designar uma diversidade de pesquisas
que coletam e registram dados de um caso particular ou de vários casos [...] o
caso é tomado como unidade significativa do todo, e, por isso, suficiente tanto
para fundamentar um julgamento fidedigno quanto propor uma intervenção.
16
Capítulo II
Revisão da literatura
2.1 A empresa familiar
A empresa familiar pode ser perfeitamente viável. Analisando casos de sucesso, como o
grupo Sul América Seguros, e de fracasso, como os Matarazzo, Vidigal defende a idéia de se
profissionalizar a família, preparando os herdeiros, com décadas de antecedência, para assumir os
principais cargos das organizações (VIDIGAL, p.47).
As próprias características da propriedade e gestão na empresa familiar fazem que estas
empresas tenham elementos claramente diferenciados das empresas não familiares. Obviamente,
não é a mesmo com que a complexidade de uma empresa não familiar, habitualmente sem
relações diretas nem com os proprietários nem com os membros do conselho de administração,
que ser diretivo na própria empresa familiar e membros da família, freqüentemente membros do
conselho de administração e tendo relações de sangue com boa parte dos restantes proprietários.
Esta situação provoca uma situação particular com tantas vantagens como inconvenientes.
Dentro das vantagens, a básica é o maior compromisso dos integrantes familiares da empresa
com a empresa devido a seus próprios laços familiares. Este conceito faz que muitas organizações
comecem seu andadura sendo familiares devido a escassez de recursos com que domina a maioria
dos negócios.
2.2 Tipificação das empresas familiares
A taxa de mortalidade das microempresas e empresas de pequeno porte chega a 39% do
total de empresas no 1º ano de atividade. (Sebrae);. O resto, ou fecham ou são vendidas, em
muitas ocasiões, por problemas de familia o a falta de competitividade. Segundo pesquisa
elaborada em 37 países, os quais, juntos, representavam quase 2/3 da população mundial, em
2002 o Brasil figurava em sétimo lugar no ranking dos países com maior nível geral de
empreendedorismo. A taxa brasileira de atividade empreendedora total, que indica a proporção de
empreendedores na população de 18 a 64 anos de idade, foi de 13,5%, estimando-se em 14,4
milhões o número de empreendedores no País, dos quais 42% eram mulheres. Além disso, o
Brasil apresentou a maior taxa de empreendedorismo por necessidade, 7,5% do total, enquanto a
média foi inferior a 2%. Isto é, 55,4% dos que abriram um negócio próprio em 2002 o fizeram
17
por dificuldade em encontrar trabalho. (GEM - Global Entrepreneurship Monitor, projeto criado
pela London Business School (GB) e pela Babson School (EUA) e coordenado no Brasil pelo
IBQP/PR em parceria com o Sebrae).
Noventa e nove por cento das empresas não estatais brasileiras são familiares. Com uma
dinâmica própria e problemas específicos, elas convivem com um prognóstico preocupante: só
30% das empresas bem sucedidas sob a gestão de seu fundador, sobrevivem à mudança para a
segunda geração. E, dessas, só metade passa da segunda para a terceira geração.(Cantú,
2004,p.68)
2.3 Problemática da empresa familiar
Os grandes problemas das empresas familiares se resumem em:
Continuidade. Devido a habitualmente as empresas familiares terem um claro fundador
que costuma ser o proprietário, gerente e cabeça da familia, a sucessão é muito complexa
devido a os naturais temores a morte, perda do poder e da atividade laboral, depois de
décadas na empresa, que levam a normalmente resistir a sucessão.
Estrutura organizativa. Em muitas empresas familiares, a estrutura organizativa não
evolucionado, mantendo-se a mesma estrutura que em seu inicio com os importantes
problemas que são gerados quando o tamanho da empresa aumenta e a estrutura não sabe
amoldar-se a nova situação.
Conflitos internos no interior da família e com os membros da família. Esta e uma serie de
problemas que acontecem devido a não existir uma clara distinção entre a empresa e a
família, herdando costumes e normas familiares ao entorno da empresa. Isto provoca
problemas tanto entre familiares como com os membros não familiares da empresa.
Alguns casos típicos e não cumprimento de funções e responsabilidades, no cumprimento
de horários, retribuição não alinhada com o restantes dos integrantes da empresa, etc.
Profissionalização. O baixo grau de profissionalização em muitas empresas familiares
fazem com que se eleja as diretivas entre os membros da família, o que conserva em
muitas ocasiões a más eleições. Como dizia um diretivo e proprietário de uma importante
empresa familiar, "si e difícil encontrar uma boa diretiva, que seja de minha família é que
quase impossível".
18
Perda de competitividade. As próprias características da empresa familiar, com diretivas
familiares, tensões internas, etc. em muitas vezes não ajudam a competitividade da
empresa familiar em um entorno em mudanças e complexo.
2.4 Considerações pertinentes
Ainda que as recomendações particulares sejam distintas para cada caso e requeiram uma
análise individual, a experiência demonstra que existem uma serie de práticas que servem para
facilitar o funcionamento da empresa familiar sem por em perigo a continuidade da empresa.
Uma das mais importante é adotar um protocolo familiar que regule internamente os
aspectos sensíveis além de ajudar a solucionar distintos problemas na relação empresa-
familia. O protocolo familiar deve tratar desde a sucessão até os órgãos de governo,
passando por outros muitos aspectos como as políticas de remuneração dos familiares, o
intercambio de ações, as características exigíveis para a entrada dos membros da família e
outros muitos.
Planificar a sucessão do fundador. Deve ser planificada com muito tempo para poder
eleger tanto o melhor sucessor como o melhor momento para a sucessão.
É crítico identificar o sucessor mais preparado, poder dota-lo da formação e
experiência necessárias. Além disso, a sucessão deve ser realizada no momento oportuno
e que em muitas ocasiões despende muito tempo provocando importantes problemas. Em
gerações posteriores, a sucessão, uma vez elaborado o protocolo, deve ser mais rotineira.
Profissionalizar a gestão: captar e reter os melhores profissionais para a empresa familiar
é um ponto fundamental para sua competitividade e para que ajudem o desenvolvimento
da empresa, tanto sejam familiares como não.
Sólidos órgãos de governo. Uma iniciativa a ser criada, uma vez que não há setor do
governo brasileiro dirigido especificamente as empresas familiares.
2.5 Planejamento financeiro na empresa familiar
19
O planejamento financeiro estabelece o modo pelo qual os objetivos financeiros podem ser
alcançados. Um plano financeiro é, portanto, uma declaração do que deve ser feito no futuro. Em
sua maioria, as decisões numa empresa demoram bastante para ser implantadas. Numa situação
de incerteza, devem ser analisadas com grande antecedência.
Definindo os planos financeiros e orçamentos ele estará fornecendo roteiros para atingir
objetivos da empresa. Além disso, esses instrumentos oferecem uma estrutura para coordenar as
diversas atividades da empresa e atuam como mecanismos de controle, estabelecendo um padrão
de desempenho contra o qual é possível avaliar os eventos reais (GITMAN, 1997).
CRUZ JUNIOR (1998, p.90) evidencia que:
Modelos gerenciais mais adequados aos dias de hoje já vêm sendo utilizados
por grandes empresas, e caracterizam-se, na maioria das vezes, pela prática do
planejamento a longo prazo, que permite fixar realisticamente os objetivos da
empresa e, ainda, traçar as grandes linhas da estratégia que conduzirá ao de
identidade se acentua, pois cresce a luta pelo poder; a incompatibilidade entre
os membros (primos, sobrinhos, tios), em função de diferentes relações de
parentesco, além de pai, filhos e netos, se intensifica. A empresa torna-se um
instrumento de auto-afirmação de alguns membros da família, numa tentativa
de dominar um maior número de pessoas envolvidas.
A curto prazo o plano financeiro preocupa-se principalmente com a análise de decisões
que afetam os ativos e passivos circulantes. A ausência de planejamento financeiro eficaz a longo
prazo é uma razão freqüentemente citada para a ocorrência de dificuldades financeiras e a
falência de empresas.
O plano financeiro permite determinar o tipo e a natureza das necessidades de
financiamento. O uso eficiente de um plano financeiro é resumido por CHERRY (1977, p.35)
Como estreitamente associado com a aquisição eficiente de fundos e seu uso
adequado está o planejamento da função financeira. O planejamento financeiro
ajuda a garantir a disponibilidade de fundos suficientes quando necessários,
informa com antecedência as necessidades de fundos de maneira que as
negociações sejam eficientes e aumentem as possibilidades de rendimento.
Em sua maioria, os modelos de planejamento financeiro exigem que seu usuário
especifique algumas hipóteses a respeito do futuro. Os modelos podem ser muito diferentes em
termos de complexidade, mas quase declaração do que deve ser feito no futuro. E a longo prazo é
uma forma de reflexão sistemática sobre o futuro da empresa, podendo antecipar os possíveis
20
problemas antes que eles possam acontecer, bem como ser um procedimento lógico e organizado
de investigação do desconhecido.
O planejamento financeiro estabelece diretrizes de mudança e crescimento numa empresa,
preocupando-se com uma visão global, com os principais elementos de políticas de investimento
e financiamento da empresa.
Com relação ao crescimento da empresa, ele está diretamente ligado à política financeira
adotada pela empresa. Assim, o planejamento financeiro estabelece o modo pelo qual os
objetivos financeiros podem ser alcançados; é, portanto, um plano para o futuro. O planejamento
auxilia ainda na implantação de projetos que exijam análises com antecedência de todas as
variáveis a serem analisadas e a situação de incerteza (ROSS et al., 1995).
A empresa, mediante o planejamento financeiro, poderá ter diferentes oportunidades de
desenvolvimento, além da possibilidade de analisar e comparar diversos cenários. Uma das
finalidades do planejamento financeiro é evitar surpresas e desenvolver planos alternativos de
providências a serem tomadas caso ocorram imprevistos.
O objetivo precípuo perseguido numa projeção financeira não é acertar com precisão o
valor futuro da variável projetada (ROXO, 1985, p.71); antes, o verdadeiro propósito dos
instrumentos de análise prospectiva é fornecer elementos válidos de convicção para a tomada de
decisão, no momento em que se tem que decidir. Se planejar é estabelecer com antecedência as
opções a serem executadas, justifica-se a elaboração de orçamentos, que deve resultar em
benefícios, definidos e tangíveis, diretamente relacionados com as funções básicas da
administração. Um programa orçamentário apropriadamente formulado e executado possui um
longo caminho a seguir até a realização das funções básicas de planejamento e controle. O plano
financeiro é uma tentativa de quantificar os resultados financeiros prováveis da agregação de
objetivos, estratégias, planos e políticas da administração para um período específico, partindo,
portanto, de um planejamento orçamentário.
Se as previsões e estimativas indicarem que os níveis de desempenhos considerados
desejáveis não poderão ser alcançados devido a limitações de recursos, então será preciso
examinar a possibilidade de apelar para outras fontes de recursos ou rever os planos e orçamentos
de desempenho para refletir o que poderá ser conseguido com os meios disponíveis. (MEYER,
1972)
21
As empresas sempre dependeram das análises financeiras (LEITNER,1999); hoje elas
esperam que os administradores também assumam o papel de estrategistas corporativos, com a
preocupação de garantir que as decisões empresariais estratégicas sejam otimizadas. Segundo), o
tema orçamento de capital é o mais importante em administração financeira (ROSS et al,1995). O
modo pelo qual uma empresa decide financiar suas operações e administra suas atividades
operacionais de curto prazo (a administração do capital de giro) certamente é questão
fundamental, mas são os ativos permanentes que definem o negócio da empresa.
Alguns dos problemas mais complicados em toda a área de orçamento de capital são
aqueles que lidam com estimação de riscos e preferência de risco. Por causa das dificuldades de
prever e tornar explícitas as preferências, os administradores têm contado com maneiras práticas
e grosseiras de proceder ou deixado o manejo destes problemas para as regiões implícitas da
mente – julgamento, pressentimento, intuição e instinto.
A avaliação da magnitude, da distribuição no tempo e do risco dos fluxos de caixa futuros
é a essência do orçamento de capital. Na verdade, sempre que se avalia uma decisão numa
empresa, a magnitude, a distribuição temporal e o risco dos fluxos de caixa representarão, de
longe, as coisas mais importantes a serem consideradas.
A importância dessas decisões requer um processo específico para determinar onde,
quando e quanto investir. Este processo está compreendido no orçamento de capital, cujo escopo
é a seleção de um conjunto de investimentos que seja vantajoso em termos de retorno e risco.
2.6 Capital de Giro
A expressão capital de giro diz respeito aos ativos a curto prazo da empresa, tais como
estoques, duplicatas a receber, bem como a seus passivos de curto prazo, como quantias devidas a
fornecedores.
A administração do capital de giro é uma atividade diária que visa assegurar que a
empresa tenha recursos suficientes para continuar suas operações e evitar interrupções muito
caras. Em qualquer tipo de empresa, é preciso se aprofundar no acompanhamento e na análise de
capital de giro, que é um princípio básico da administração e finanças.
O capital de giro alavanca ou impede o crescimento da empresa, consoante sua
composição e os prazos de realização das contas. Examinar detidamente cada um dos itens que o
22
compõem, de forma contínua (e não esporádica), é prioritário para o administrador. O ideal é que
seja composto prioritariamente por itens a receber de rápida conversão em moeda; quanto aos
itens a pagar, o raciocínio é inverso, isto é, é preciso que os prazos sejam os maiores, começando
por fornecedores e terminando com bancos. O instrumento mais utilizado dentro das empresas
para gerenciar o capital de giro é o fluxo de caixa, tanto estrategicamente, quando suporta tomada
de decisões, quanto taticamente, quando ligado ao horizonte mais restrito.
Estrutura de capital é a forma pela qual a empresa obtém o financiamento de que necessita
para sustentar seus investimentos a longo prazo. A estrutura financeira de uma empresa é a
combinação específica de capital de terceiros de longo prazo e capital próprio que a empresa
utiliza para financiar suas operações.
A empresa deve se preocupar em primeiro lugar com quanto deve tomar emprestado. Em
segundo lugar, deve identificar quais são as fontes menos dispendiosas de fundos para a empresa.
A definição da combinação de recursos, de como e onde os recursos devem ser captados é
fundamental.
As despesas associadas à captação de financiamento de longo prazo podem ser
consideráveis, o que significa que possibilidades diferentes devem ser avaliadas cuidadosamente.
Além disso, as empresas tomam recursos emprestados de uma variedade de fontes e de uma série
de maneiras distintas. A escolha da fonte e do tipo apropriado de recurso deve estar sempre
vinculada ao planejamento financeiro. Provavelmente, o campo que gera mais controvérsia
dentro da administração financeira é o estudo de custo e estrutura de capital.
O custo de capital constitui uma função do montante de financiamentos e da composição
das fontes de recursos, os quais refletem determinado nível de risco financeiro. A estrutura ótima
de capital é aquela que equilibra os fatores de retorno e risco num contexto que maximiza a
riqueza do proprietário (GITMAN, 1997).
Tradicionalmente, o termo “Capital de Giro” de uma empresa é definido como os
investimentos realizados em ativos circulantes (curto prazo), o que inclui basicamente os valores
em caixa, aplicações financeiras, contas a receber, estoques, entre outros; ou, como definiram
ASSAF; MARTINS (1993:p.276),
“Capital de giro ou capital circulante identificam os recursos que giram (ou
circulam) várias vezes em determinado período. Ou seja, corresponde à parcela
do capital aplicada pela empresa em seu ciclo operacional.”
23
A administração do capital de giro abrange as contas dos ativos e passivos circulantes.
Desta forma calcula-se o “Capital de Giro Líquido”, ou Capital Circulante Líquido (CCL), ou
seja, ativos circulantes menos passivos circulantes, que pode ser positivo ou negativo, e evidencia
qual é a parcela do ativo circulante, também chamado por alguns autores de capital de giro bruto,
que está sendo financiada com recursos de longo prazo, e que excedem as necessidades de
financiamento do ativo permanente e do ativo realizável de longo prazo. Os balanços
patrimoniais fornecem os dados para o cálculo da necessidade de investimento em capital de giro
(NIG) de uma empresa. Segundo HOJI (2000) e em conformidade com BRASIL (1999), a
necessidade de investimento em capital de giro é a diferença entre o ativo circulante operacional
(ACO) e o passivo circulante operacional (PCO). Portanto, NIG = ACO – PCO.
Sendo o ativo circulante operacional, a parcela do ativo circulante que decorre
automaticamente das atividades operacionais de compra / produção / estocagem / venda,
enquanto o passivo circulante operacional é o financiamento, também automático, que decorre
destas mesmas atividades. Ativo e passivo circulantes operacionais são também chamados de
contas cíclicas, pois giram, ou se renovam, várias vezes ao longo de um exercício social. Desta
forma, se ACO > PCO, a empresa tem uma necessidade permanente de capital de giro, e,
portanto, deve encontrar fontes adequadas para financiá-la. Porém, se ACO < PCO, significa que
esta empresa tem financiamentos operacionais maiores do que investimentos operacionais,
sobrando recursos das atividades operacionais, que poderão ser aplicados no mercado financeiro
ou em outros investimentos.
Os demais itens que compõem o ativo e passivo circulantes, e que não possuem estreita
relação com o ciclo operacional da empresa, são chamados de financeiros. ASSF (1995:p.53)
acrescentou,
“A distinção entre ativos e passivos circulantes em itens operacionais e
financeiros, além de propiciar uma avaliação mais analítica da posição
financeira da empresa, o critério permite, ainda, de maneira relativamente
simples e dinâmica, que se identifiquem às efetivas necessidades de capital de
giro da empresa, ou seja, o volume de investimento operacional em giro
adequado a seu equilíbrio financeiro.”
Quando uma empresa possui uma necessidade de investimentos em capital de giro (NIG)
menor do que seu capital de giro líquido (CCL), pode-se afirmar que esta empresa possui um
saldo disponível (SD), também chamado de saldo de tesouraria (ST). Este saldo de tesouraria,
24
quando positivo, é considerado uma folga financeira para a empresa. Se a empresa, porém, tem
seu NIG maior do que seu CCL, o saldo de tesouraria é negativo, ou seja, recursos financeiros de
terceiros de curto prazo estão financiando as atividades e necessidades operacionais da empresa.
Assim, CCL = NIG + ST.
Se a empresa convive por vários exercícios seguidos com NIG > CCL, ela enfrenta o
chamado Efeito Tesoura, ou seja, um ST negativo, e à medida que as necessidades de capital de
giro são financiadas por dívidas de curto prazo, revela que essa empresa é incapaz de financiar
adequadamente seus investimentos operacionais, pois opera fontes de financiamento
incompatíveis com suas efetivas necessidades, operando com alto grau de risco financeiro..4
Outra importante definição consiste na segmentação entre capital de giro fixo, ou
permanente e capital de giro variável, ou sazonal. Considera-se capital de giro permanente, o
volume mínimo necessário de ativo circulante para manter a empresa em condições normais de
funcionamento. Já o capital de giro sazonal é aquele necessário em funções das variações
temporais dos itens que compõem o circulante. A análise dos ciclos empresariais é uma
importante variável na decisão de investimento em capital de giro da empresa. Para tanto, deve-se
analisar os seguintes ciclos:
¬ Ciclo Operacional: Inicia-se na aquisição da matéria-prima para produção, no caso de uma
empresa industrial e na aquisição de mercadorias no caso de uma empresa comercial e finaliza-se
no recebimento pela venda do produto final. O ciclo operacional varia em função do setor de
atividades, das características, estratégias e produtividade da própria empresa.
¬ Ciclo Econômico: Inicia-se na compra dos materiais e encerra-se nas respectivas vendas,
considerando-se apenas as transações de natureza econômica.
¬ Ciclo Financeiro: Considera apenas as movimentações financeiras. Inicia-se no primeiro
desembolso de caixa e encerra-se no recebimento efetivo das vendas, representando, portanto, o
intervalo de tempo que a empresa irá necessitar efetivamente de financiamento para suas
atividades. Empresas com ciclos financeiros muito curtos ou até negativos, requerem menores
investimentos em capital de giro, enquanto empresas que possuem maiores ciclos financeiros,
com menor rotação de seus elementos, possuem uma maior necessidade de investimentos em
capital de giro. Como escreveu ASSAF (1995:p.20)
“Alterações que venham a produzir-se nas fases operacionais também
modificam o volume de capital necessário ao giro. Ao se verificarem reduções
25
nos prazos de pagamentos a fornecedores, ou acréscimos nos prazos de
estocagem e cobrança, para citar alguns exemplos, o investimento necessário em
capital de giro eleva-se, indicando maior demanda por recursos permanentes de
financiamento.”
BRIGHAM; HOUSTON (2000:p.562) apresentam 3 políticas teóricas distintas de
investimento em capital de giro. “São elas:
1. Política “Liberal” – política na qual são mantidas quantias relativamente grandes em
caixa, títulos negociáveis e estoques e em que as vendas são estimuladas por uma política
de crédito liberal, resultando em um alto nível de contas a receber.
2. Política “Agressiva” – política na qual os volumes de caixa, títulos, estoques e contas a
receber são minimizados.
3. Política “Moderada” – política que está entre as políticas “Liberal” e “Agressiva.””
2.7 Avaliação de estoques a valores de entrada e de saída
Nos estoques encontram-se itens de natureza material ou tangível: mercadorias destinadas à
venda, no caso das empresas comerciais; matérias-primas e demais insumos indispensáveis à
elaboração dos produtos, nas indústrias; e os materiais necessários à prestação de serviços, nas
empresas prestadoras de serviços.
Ao vender mercadorias, qualquer entidade deve baixar dos estoques o custo do item
vendido, transferindo-o para o resultado no final de cada período contábil. Geralmente, para
determinar o custo de cada item em estoque utiliza-se um dos seguintes métodos: a) custo
específico; b) primeiro a entrar, primeiro a sair; c) último a entrar, primeiro a sair; d) custo médio
mensal; e) custo médio ponderado móvel e f) preço de venda a varejo.
No que se refere aos valores de saída, Iudícibus (1993a; 181p) apresenta três tipos
principais de avaliação a valores de saídas para estoques: recebimentos descontados de caixa,
preços correntes de venda e valores realizáveis líquidos”.
2.8 Métodos de atribuir custos às unidades em estoques
Iudícibus (1993b; p. 180) se refere às bases e métodos de avaliação de estoques como
valores de entrada e de saída (ou output), não fazendo nenhuma referência ao custo específico, ao
26
PEPS, ao UEPS, ao custo médio mensal, à média ponderada móvel e ao preço de venda a varejo.
Já em Iudícibus et alii. (1992a, p. 144 a 151), o mesmo autor refere-se ao custo específico, ao
PEPS, ao UEPS, ao custo médio mensal, à média ponderada móvel e ao preço de venda a varejo
como métodos de atribuir valor às unidades em estoque, porém, não faz referências aos estoques
avaliados a valores de entrada e de saída.
Para Osni (1992; p. 82 a 88) os critérios mais conhecidos para avaliação de estoques são: o
preço específico, o PEPS, o UEPS e o preço médio.
O preço específico, o PEPS, o UEPS, o custo médio mensal, a média ponderada móvel e o
preço de venda a varejo, no desenvolvimento deste trabalho, serão tratados como métodos de
atribuição de custos às unidades em estoques, bem como determinantes do custo das mercadorias
vendidas.
2.8.1 - Custo Específico
Esse método consiste em identificar o custo de aquisição de cada unidade em estoque. A
cada unidade são identificados os custos de aquisição, sendo tais custos comparados com os
preços de venda das unidades que são transferidas para os clientes.
O uso do preço específico é um tanto restrito, sendo mais adequado para mercadorias de
pouca rotatividade. Para tanto, é necessário fazer-se um controle individual para cada item
estocado, tendo por base de avaliação o custo de aquisição.
2.8.2 - Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair - PEPS ou First In First Out – FIFO
Pelo método PEPS as mercadorias vendidas ou consumidas serão valorizadas pelos preços
das primeiras compras, obtendo-se dessa forma o valor do custo das vendas. Esse método tem o
seguinte efeito: os estoques finais são avaliados pelo preço das últimas compras e o CMV (Custo
das Mercadorias Vendidas) é avaliado pelo preço das primeiras. Em caso de elevação de preço,
os estoques ficam avaliados pelo valor das compras mais recentes, enquanto o lucro poderá ser
maior em função da dedução dos custos valorizados ao preço das primeiras compras. Esse efeito
tende a ser diminuído quando as mercadorias têm alta rotatividade (pouco tempo de permanência
27
no estoque) e caso não haja muita diferença de preço entre as mercadorias mais antigas e as mais
novas em estoque.
2.8.3 - Último a Entrar, Primeiro a Sair - UEPS ou Last In First Out LIFO
O UEPS pode ser considerado como um método oposto ao PEPS. Consiste em utilizar o
custo unitário das últimas compras para avaliar as quantidades vendidas ou consumidas. Tem o
seguinte efeito: os estoques finais são avaliados pelos preços das primeiras compras e o CMV
(Custo das Mercadorias Vendidas) é avaliado pelo preço das últimas compras.
A adoção do UEPS sugere uma comparação dos custos correntes com a receita corrente, e
os estoques no ativo ficam avaliados pelas compras mais antigas.
2.8.4 - Custo Médio Mensal
Este método avalia as unidades em estoque pela média mensal das compras. Consiste em
somar o valor do estoque inicial adicionado às compras do mês, sendo o total resultante dividido
pelo somatório das quantidades iniciais mais as quantidades adquiridas, encontrando-se, dessa
forma, o preço médio mensal. O CMV e o estoque ficam avaliados por este preço médio.
2.8.5 - Custo Médio Ponderado Móvel
Obtém-se o preço médio por meio da divisão do total das unidades disponíveis pelo valor
total do estoque. O preço médio ponderado é modificado com a aquisição de novas unidades
cujos preços unitários sejam diferentes das unidades disponíveis. Assim, o custo médio
ponderado é intermediário entre o valor determinado pelo PEPS e pelo UEPS.
2.8.6 - Preço de Venda a Varejo
Iudícibus, et alii (1992a; p. 149) diz que
O método consiste na apuração do estoque a preço de venda, quer através da
contagem física ou de controles permanentes valorizados aos preços unitários de
28
venda, que são então convertidos a valores de entrada mediante a sua
multiplicação por quociente médio do custo com relação aos preços de venda a
varejo para o período.
Uma vez apresentados os métodos de atribuir valores as unidades em estoques, quando os
avaliamos por preços diferentes, passaremos a analisar as várias metodologias de avaliação de
ativos a valores de entradas.
2.8.7 - Custo Histórico
É o valor pelo qual determinado ativo é adquirido, ou o valor nominal dos insumos
necessários para fabricá-lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a organização. A
avaliação de estoque a custo histórico não é totalmente desprezível, pois serve como parâmetro
básico para se efetuarem as correções dos custos e torná-los comparáveis com valores atuais. Tais
valores são correntes hoje e históricos amanhã. O que o mensurador deve ser capaz de reconhecer
são as limitações dessa alternativa de avaliação.
Mercadorias adquiridas em datas diferentes possivelmente podemos no deparar com preços
diferentes. E como devemos proceder a avaliação dos estoques, neste caso, necessitamos de
algum método para determinar o valor unitário, principalmente se trabalha com um grande
variedade e quantidade de bens. Neste caso, sim, precisamos recorrer algum método para
determinar o valor dos estoques, ou seja, as mercadorias são registradas pelo valor original, mas
segregadas em estoque por meio do PEPS, UEPS, preço médio específico, etc.
2.8.8 Custo Histórico Corrigido
O custo histórico corrigido tem como ponto de partida os custos históricos, ou seja, essa
alternativa de avaliação tem por finalidade restaurar ou atualizar os custos históricos pela
variação de um índice escolhido. Portanto, esse índice consiste em trazer os ativos adquiridos em
datas diferentes a uma moeda de mesma data.
Esta metodologia é descrita por Martins (1972; p.22) como sendo
“o custo histórico que seja objeto de uma correção, quer por um coeficiente
derivado do Índice Geral de Preços (IGP), quer por um derivado da variação de
um outro índice mais específico. Assim tem-se sempre a possibilidade de se
29
colocar diversos custos de diferentes datas em termos de uma moeda de
capacidade aquisitiva (geral ou específica) de uma outra data qualquer; isso
melhora indubitavelmente a possibilidade de comparações, tão necessárias à
Administração e à Economia.”
“O economista Irving Fisher é conhecido por formular o conceito do valor presente,
tornando-o atrativo para os contadores como ferramenta de mensuração. Foi Canning quem
realmente demonstrou a sua relação com os conceitos contábeis. Canning demonstrou ao menos
o que era na teoria o valor de um ativo ou passivo a valor presente” (Kam, 1984; p.90).
Sefundo Canning (Canning apud Kam, 1984; p.92):
“o procedimento do valor presente de um método de avaliação direta, porque no
cálculo do valor de um ativo ele distribui diretamente a origem do valor
associada à futura receita de caixa líquida com os futuros benefícios ou serviços
de ativos”.
Kam ainda afirma que o método do valor presente deve ser empregado para itens de longo
prazo, tais como pagamentos e recebimentos de longo prazo.
A adoção do custo histórico corrigido está de acordo com o princípio do custo histórico
como base de valor. O ajuste consiste em atualizar, em termos de poder aquisitivo, o valor dos
bens anteriormente adquiridos, bem como aqueles bens que foram comprados a prazo são
trazidos para a moeda do dia em que se estão elaborando as informações contábeis.
2.8.9 - Custo Corrente
É o preço corrente da compra que, na data de aquisição de bens e/ou serviços, equivale ao
custo histórico. O custo corrente de um ativo já em uso é o valor de mercado do mesmo ativo em
estado novo, deduzido da depreciação ou da parcela que gerou benefício para a entidade.
Para Martins (1972; 3p):
“é o custo corrente de aquisição dos „inputs‟ que a firma utilizou para possuir o
elemento do ativo. O fato de ser a soma dos custos correntes dos „inputs‟ nos
leva à situação de diferenciarmos:
a) quando a empresa fabricou o ativo, o seu custo corrente é a soma dos
custos correntes dos fatores que entraram na sua produção;
b) quando a empresa comprou o ativo, é o custo corrente de adquiri-lo”.
30
Desse modo, o custo corrente pode ser considerado como preço de troca para obter um bem
com o mesmo potencial de serviços. Hendriksen (1982; 265p) faz o seguinte comentário a
respeito do custo corrente:
“Este preço de troca corrente é o preço de custo que é obtido de cotações num
mercado no qual a firma adquiriria seus ativos ou serviços; não pode ser obtido
em cotações de mercado em que a firma realmente vende seus ativos ou
serviços.”
2.8.10 - Custo Corrente Corrigido
Por este critério os ativos são avaliados pelos preços correntes de compra e corrigidos pela
variação de um índice que represente a flutuação de preços, podendo mesmo ser utilizado o valor
presente. Para exemplificar, suponhamos que um bem em 199x é avaliado a valor de mercado, e
em 199(x+1) esse mesmo bem tem um outro valor no mercado. Para comparar o valor do bem
entre esses dois anos, corrige-se o custo do bem no ano x para a moeda de (x+1) e compara-se
com o novo valor de mercado do ano (x+1). Caso o valor do bem no ano (x+1) seja a prazo,
deverá ser trazido a valor presente.
Iudícibus, (1993b; 116p) diz que
“O custo corrente corrigido é talvez o mais completo conceito de avaliação de
ativos a valores de entrada, pois combina as vantagens do custo corrente com a
do custo corrigido”
Por meio do custo corrente corrigido pode-se determinar o valor máximo pelo qual a firma
pode adquirir o ativo; por conseguinte, o valor possível para ser realizável no mercado, à vista.
2.8.11 Custo Futuro de Reposição
Este critério está relacionado com as mercadorias que seriam adquiridas no futuro. É
também conhecido como NIFO - Next In First Out. Segundo Barbieri, “dado a decisão da
empresa em continuar suas operações com os mesmos tipos de produtos ou serviços, o verdadeiro
lucro consiste na diferença entre a receita obtida e o custo futuro de substituição da unidade
vendida. Entretanto, esse custo futuro de substituição não se reporta à data de ocorrência da
venda do bem e sim à data que for realizada a próxima compra” (Barbieri, et alii; 23p).
31
Partindo-se do pressuposto de que a empresa é constituída para sobreviver por um longo
período de tempo, é desejável que se tenham em mente as compras e serviços futuros. Avaliar,
porém, os estoques com bases em preços futuros pode-se constituir em arbitragem. Por
necessitarmos de um pouco mais de realismo, será preferível avaliarmo-los por bases mais
concretas. Além disso devem ser consideradas as mudanças tecnológicas por que os produtos
normalmente passam. Para eliminar o efeito futuro utiliza-se da técnica do valor presente.
Conhecidas as metodologias de avaliação de ativos a valores de entradas faz-se necessário
fazermos uma explanação em relação aos valores de saídas inclusive apresentarmos alguns dos
seus partidários, assim como, analisar as metodologias mais usadas a valores de saída.
2.9 Avaliação de estoques a valores de saída
Os valores de saída estão ligados ao mercado onde a organização vende seus bens e
serviços e se baseiam na avaliação de ativos de modo que estes ativos venham refletir os
benefícios futuros.
kam, (1984; p.282),
“a contabilidade a valores de saída tem sido associada principalmente aos nomes de Raymond Chambers e Robert Sterling, e um defensor antigo desse
conceito foi Keneth MacNeal, cuja proposta não foi levada a sério na época em
que ele a apresentou. MacNeal entende que os princípios contábeis não servem
bem a um típico investidor da empresa. Os acionistas de uma empresa com
capital pulverizado não conseguem ter acesso à verdade sobre os ativos da
companhia em que investiram, ficando em posição desvantajosa em relação aos
que têm informações internas.
Desse modo MacNeal propõe que a Contabilidade reporte todos os lucros,
perdas e valores determinados em mercados competitivos. Como nem todos
possuem um mercado pronto, MacNeal sugere que os ativos negociáveis em
mercados sejam avaliados a preço de mercado (preço de saída), ativos não
negociáveis e produtivos pelo custo de reposição e outros ativos não negociáveis
e não produtivos pelo custo original. Os resultados deveriam incluir todos os
lucros e perdas, realizados ou não”
A validade dos valores de saída para estoques depende de estes valores serem relevantes em
permitir que mensurações de inventários sejam efetuadas como um valor representativo da firma,
principalmente se a empresa puder vender esses estoques.
32
Mas quando não se encontram valores de mercado para determinados ativos, como no caso
de produtos em elaboração, certamente se recorre a algumas medidas de custo que possam
permitir uma avaliação desses estoques.
A Contabilidade ortodoxa utiliza os valores de saída - somente os correntes - no ato da
venda dos produtos e serviços.
2.9.1Recebimentos Descontados de Caixa
Este critério requer uma estimativa dos valores a receber em unidades monetárias de vendas
futuras; contudo, precisar-se-ia, para tanto, estimar os valores de vendas e estabelecer taxas
adequadas.
Para Hendriksen (1982; p.262)
“sua utilização só poderia ser validada quando os recebimentos futuros de
dinheiro ou equivalente fossem conhecidos, ou quando pudessem ser estimados
com alto grau de certeza”.
Esse conceito de avaliação requer o conhecimento de três fatores:
1) O montante a ser recebido.
2) O fator de desconto.
3) O período de tempo envolvido.
Conhecidos os três fatores a mensuração pode ser obtida pela aplicação da seguinte
fórmula:
onde:
VP = valor presente
R = recebimentos
i = taxa de desconto
n= número de períodos
Segundo Iudícibus (1993b; 112p),
“Os valores descontados das entradas de caixa futura envolvem não apenas o
estabelecimento da taxa adequada de juros, como também uma estimativa da
probabilidade de receber os valores previstos. Na prática atual tem sido
utilizado, às vezes, apenas no que se refere aos itens monetários
(disponibilidades ou valores assemelhados)”.
2.9.2 Preços Correntes de Venda
33
Este método utiliza-se do preço corrente de venda no mercado. Essa forma de avaliação é
possível quando os preços de mercados permanecem mais ou menos constantes. Hendriksen
(1982; 302) limita a aplicação desse método da seguinte maneira: “Uma exceção das regras de
realização é permissível na avaliação das mercadorias para preço de venda quando há um
mercado controlado pelo governo para fixar preços”.
Vasconcelos e Ribeiro (1992; p.68) afirmaram que “este método também é tratado na teoria
como Valores Esperados, Valor Realizável Líquido ou Valor Líquido de Realização.”
Aqui vale ressaltar que os preços de vendas, os equivalentes correntes de caixa, valor
líquido de realização referem-se todos aos preços de venda de mercado, divergem apenas nas
premissas. Por exemplo preços de vendas refere-se ao valor de mercado de saída supondo um
mercado organizado em que não grandes variação de preços; equivalentes correntes de caixa foi a
metodologia proposta por Chambers, a qual supõe que a empresa ou os ativos devem ser
avaliados pelos valores de mercado de saída, como se estivessem liquidando de maneira
ordenada. Já os valores de liquidação ou valores realizáveis líquidos também referem aos preços
de venda, porém considerando uma liquidação forçada.
34
Capítulo III
Análise da empresa
A literatura sobre análise econômico-financeira deriva da administração financeira e da
contabilidade, as quais têm abundantes e sofisticadas produções literárias.
A análise retrospectiva corresponde ao estudo do comportamento histórico da empresa,
onde procura-se identificar uma conduta de desempenho que ajude a orientar suas ações futuras..
À análise retrospectiva das demonstrações financeiras são aplicados o estudo dos índices e as
análises horizontal e vertical.
A análise de índices econômico-financeiros se apóia nas demonstrações contábeis. Essas
demonstrações permitem a aplicação de vários tipos de análises, das quais destacam-se as
análises vertical, horizontal e de índices.
A análise horizontal é feita avaliando-se a evolução temporal dos itens que compõem a
série de demonstrações contábeis. Já a análise vertical consiste em calcular a participação de cada
item da demonstração contábil em relação aos itens agregados, de cada período. A análise dos
índices destaca-se das demais por considerar a relação entre as contas agregadas do ativo, passivo
e demonstrativo de resultados. O principal objetivo desse tipo de análise, é o de verificar os
indicadores de liquidez, atratividade, endividamento e lucratividade da empresa. Esses
indicadores podem orientar na determinação da capacidade da empresa de produzir resultados
para que os compromissos sejam honrados nos seus respectivos vencimentos.
A utilização dos índices pode ser feita de duas formas; comparando-os aos índices de
outras empresas individualmente ou agregadas no setor de atuação, ou analisando-se sua
evolução temporal. A evolução temporal dos índices, de um lado, serve para identificar o
desempenho da empresa no decorrer dos anos, e de outro lado, serve como forte referencial para
analisar as projeções de resultados futuros (análise de índices aplicada às projeções de
resultados).
Existe um grande número de índices, mas como neste trabalho o objetivo é compor os
elementos para a análise de crédito, apresentar-se-ão unicamente os índices básicos. Estes índices
podem ser subdivididos em quatro grupos: liquidez, atividade, lucratividade e endividamento.
35
Os índices de liquidez, atividade e lucratividade medem o desempenho da empresa no curto
prazo, e devem ser os primeiros a serem analisados, pois segundo Gitman, "... se a empresa não
puder sobreviver a curto prazo, não é preciso preocupar-se com as suas perspectivas a longo prazo."
3.1 Análises vertical e horizontal
Quadro 1 - Análise Vertical
A 2002 % % 2003 % %
B USOS 164.606,99 - 182.455,17
C Capital de giro 79.934,42 48,56 - 94.501,77 51,79 -
D Disponibilidades 20.483,15 25,6 12,44 22.911,11 24,24 12,56
E Contas a receber 23.475,85 29,4 14,26 39.606,86 41,91 21,71
F Estoques 16.554,30 20,7 10,05 8100,96 8,57 4,44
G Outros 19.431,12 24,3 11,8 23.882,84 25,28 13,09
H Capital fixo 84.672,57 51,44 - 87953,7 48,21 -
I Imob. Técnicas 62.241,45 73,5 37,81 64070,45 72,85 35,15
J Imob. Financeiras 12.000,00 14,17 7,29 13.452,13 15,29 7,37
K Outros 10.431,12 12,33 6,35 10.431,12 11,86 5,68
L FONTES 164.606,99 182.455,47
M Capital de terceiros 79.606,99 48,36 - 97.455,47 53,41 -
N Fornecedores 42378,79 53,23 25,74 44.554,54 45,72 24,41
O Bco C/ Emp. 8.616,13 10,82 5,23 9.616,13 9,86 5,27
P Contas a pagar 13.722,14 17,24 8,36 13.948,12 14,31 7,64
Q Outros 14.889,93 18,71 9,04 29.336,75 30,11 16,08
R Capital Próprio 85.000,00 51,64 - 85.000,00 46,59 -
S Capital social 50.000,00 58,82 30,37 50.000,00 58,82 27,4
T Reservas 20.000,00 23,53 12,15 20.000,00 23,53 10,96
36
U Provisões - - - - - -
V Outros 15.000,00 17,65 9,11 15.000,00 17,63 8,24
Fonte: própria
A Padaria e Supermercado Ambrosia possui uma grande dependência dos estoques em
2002, pois estes representam 20,70% do total do capital de giro bruto e 10,05% do total de usos.
Este percentual tem uma significativa melhora em 2003, que apresentou uma relação de 8,57%
do capital de giro bruto e 4,44% dos usos. O capital de terceiros passa de 48,36% para 53,41 do
total das fontes.O capital fixo, apesar de aumentar de valor, decai de 51,44% para 48,21%.
Interessante relacionar o aumento do capital de terceiros em relação ao capital fixo.
Quadro 2 - Análise Horizontal
% + -
B 9,78 17848,18 -
C 7,98 14567,35 -
D 10,59 2427,96 -
E 40,72 16131,01 -
F (43,5) - 8453,34
G 18,63 4451,72 -
H 3,73 3281,13 -
I 2,85 1829,00 -
J 10,79 1452,13 -
K 0 - -
L 9,78 17848,18 -
M 18,31 17849,08 -
N 4,88 2175,75 -
O 10,4 1000 -
P 1,62 225,98 -
Q 49,24 14446,82 -
R 0 0 0
37
S 0 0 0
T 0 0 0
C 0 0 0
V 0 0 0
Fonte: própria
O maior aumento percebido neste demonstrativo está em contas a perceber, que em
valores absolutos já demonstrava imenso R$16.131,01, totalizando um aumento de 40,72%. Por
sua vez, o maior decréscimo encontra-se em estoques, com uma redução de 43,5%. Essa redução
irá influir essencialmente no cálculos dos índices posteriormente trabalhados.
3.2 Rotatividade de estoque
Os estoques nas empresas comerciais são formados por mercadorias adquiridas para
venda, já, nas empresas industriais por matéria prima, produtos em processo de elaboração e
produtos acabados. Há também, outros materiais que compõem os estoques como aqueles
adquiridos para uso futuro. Os estoques permanecem na empresa até a sua venda. Seu volume
indica o montante de recursos que a empresa compromete com os mesmos, pois, existem muitos
gastos envolvendo a sua produção, estocagem e venda.
O prazo médio de rotação dos estoques é o período compreendido entre o tempo em que
permanece armazenado até o momento da venda. O seu volume depende da política de estocagem
e volume de vendas. Quanto maior o volume de vendas mais rápida será a rotação dos estoques e
em menos tempo o ativo será recuperado. Pelas suas quantidades vendidas podemos identificar,
tendo como base dois períodos consecutivos no mínimo e utilizando os cálculos de análise,
quantas vezes os estoques se renovaram. A fórmula utilizada para cálculo do prazo médio de
rotação dos estoques é: RE=CPV /EM
Calculando a rotação dos estoques da padaria Ambrosia obtidos nos dois últimos
exercícios obtemos os seguintes resultados: O estoque 2002 inicial em era de R$ 18.642,35 e o
final de R$ 14446,25. Em 2003, a média foi de 8100,96 (inicial:11563,00 e final:4638,92).
Somando estoque inicial com estoque final e dividindo-se o resultado por dois obteremos o
38
estoque médio, que é o utilizado na fórmula. De posse do resultado dividiu-se por 360 dias e
teremos a renovação dos estoques em dias.
O ano 2002 apresentou uma rotação de 255,31 dias (360/1,41) e no ano de 2003 ficou em
73 dias (360/4,89). Podemos observar que a rotação dos estoques apresentou uma diminuição em
dias, ou seja, o estoque está se renovando mais rapidamente. A empresa adotou uma política de
compra em quantidade no ano de 2002, para obter desconto. O mercado internacional estava
instável e um risco de aumento de dólar era incipiente. Em 2003 o estoque foi menor, pois o
câmbio estava estáve
Quadro 3 - Rotatividade de estoque
2002 2003
RE=CPV/EM => 23475,85 / 16544,30 = 1,41
39606,89 / 8100,96 = 4,89
Fonte: própria
3.3 Ìndice de Liquidez Corrente
Segundo Ribeiro (1997, p. 142), por ser o índice de Liquidez Corrente o que melhor espelha o
grau de liquidez da empresa, é também denominado medida de solvência. Diz ainda que no caso
de havendo um índice superior a um, isto representa que há uma folga financeira de curto prazo,
que corresponde ao CCL, possibilitando à empresa efetuar transações sem prejudicar a sua
liquidez , podendo ser utilizada na aquisição de estoques, em aplicações financeiras de curto
prazo, etc. A folga financeira foi conseguida em 2002, diminuindo consideravelmente em 2003.
A priori, em 2003 a empresa não tinha condições de efetuar transações sem afetar sua liquidez.
Também, para Padoveze (2002, p. 64), o índice de Liquidez Corrente é considerado o melhor,
por se limitar aos dados circulantes, portanto, de curto prazo, e que indica a capacidade de
pagamento da empresa mais próxima do atual desempenho das operações.
Para Treuherz (1999, p. 73), a análise do índice de Liquidez Corrente deve ser feita com
cuidado, pois dadas às circunstâncias peculiares de cada empresa, especialmente pela composição
dos itens integrantes do patrimônio, o tipo de empreendimento ou outras variáveis, há situações
em que a empresa pode necessitar de maior ou menor quantidade de dinheiro ou estoques, além
do que se deve avaliar a rapidez com que geralmente os itens do realizável são transformados em
39
dinheiro. No caso da Padaria Ambrosia, o índice foi fortemente influenciado pelo valor dos
estoques.
Hoji (1999, p. 263), em avaliação do índice de Liquidez Corrente, assenta que “na maioria
dos casos, esse índice é considerado como o melhor indicador da capacidade de pagamento da
empresa”. A folga para investimentos permite a elaboração de políticas financeiras mais
direcionadas ao sucesso, pois possibilita a redução do comprometimento a terceiros.
Analisando criteriosamente a vasta bibliografia sobre o assunto, de fato, tal índice
representa um dos mais populares índices de liquidez , porém é de se ressaltar que alguns
cuidados devem ser observados.
Iudícibus (1995, p.82), ao comentar a utilização do índice de Liquidez Corrente, afirma:
Consideramos que excessiva importância tem sido atribuída a este quociente.
Em alguns casos, a inclusão dos estoques no numerador pode diminuir a
aderência do quociente, como teste de Liquidez . Quando a empresa e a
economia se encontrarem em períodos de recessão ou de „desaquecimento‟, e os
investimentos em estoques forem sensíveis, não se podem considerar
„igualmente realizáveis‟ itens tão diferentes como estoques e contas a receber.
Aqueles têm de ser vendidos, primeiro, o que nem sempre é fácil num período
de queda dos negócios.
Em suma, o índice de Liquidez Corrente relaciona todos os ativos de curto prazo (dinheiro
prontamente disponível e recursos rapidamente realizáveis, mais estoques e recebíveis - créditos)
com os passivos (obrigações) de curto prazo da entidade, representando, assim, o quanto de
recursos está disponível no curto prazo para se liquidarem as dívidas também de curto prazo.
Com isso, quanto maior for o valor apurado, melhor.
O resultado em 2002, dessa forma, melhor: 10,048544. Em 2003 o valor foi de
0,9696917.
3.4 Índice de Liquidez seca
È utilizado para avaliar a capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo sem
considerar os estoques. É um índice adequado para a análise de empresas que operem com
estoques de difícil realização financeira. É o caso das empresas imobiliárias, onde a realização
dos estoques é mais lenta. O Índice de liquidez seca é igual ao quociente da soma do ativo
circulante menos estoques pelo passivo circulante. Quanto mais próximo de 1, sem considerar os
recursos provenientes da realização dos estoques, indica que a companhia tem créditos e bens de
40
valor igual as dívidas de curto prazo. O resultado de 2003 foi o mais próximo a 1, indicando uma
maior capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo.
Quadro 4 – Índice de Liquidez seca
2002 2003
(79.934,42 - 23475,85) / 79606,99 = 0,7092162
(94501,77 – 8100,96) /
97455,47 = 0,886567
Fonte: própria
Para desempenhar as funções estratégicas de financiamento e alocação do Supermercado e
Padaria Ambrosia, o gerente financeiro necessita desenvolver três conjuntos principais de
atividades (ou funções operativas): planejamento, controle e avaliação.
O planejamento consiste em definir como as atividades irão acontecer, identificar o
volume de recursos necessários à sua realização e definir como esses recursos deverão ser obtidos
e combinados. Está, portanto, dirigido para o que deverá acontecer, ou melhor, o que se deseja
que aconteça. O planejamento financeiro consiste em prover o volume e os tipos de recursos
necessários para atingir os objetivos da organização e definir como eles serão aplicados
(utilizados). Dessa forma, poderia repetir em 2004 o ILC de 2002, mantendo o ILS de 2003 (ou
amplia-lo). Os resultados tão diferentes entre o ILC e ILS demonstram que a empresa carece de
perspectivas eficientes de curto prazo, uma vez que seu planejamento financeiro é de curto e
médio prazo.
A elaboração e o estabelecimento de um plano ou orçamento integrado de atividades são,
freqüentemente, tidos como responsabilidades principais do planejamento (BERMAN e WEEKS,
1979). O controle (às vezes chamado de “monitoramento”) consiste em acompanhar as atividades
em andamento, assegurar-se de que elas seguem um determinado plano e identificar e corrigir
possíveis problemas durante sua execução. Consiste, basicamente, em comparar o que foi
previsto (planejado) com o que está sendo realizado, isto é, verificar se as metas estão sendo
atingidas. No planejamento e programação de uma atividade, o gerente financeiro deve também
preocupar-se com que os recursos financeiros necessários estejam disponíveis enquanto perdurar
a atividade ou programa, isto é, com a estabilidade financeira e a sustentação a longo prazo da
41
atividade. Por exemplo, para assegurar a sustentação financeira de um programa ou atividade de
saúde, é necessário não só dotá-lo de recursos em sua fase inicial – para sua implantação –, mas
também garantir que os recursos necessários ao seu funcionamento estejam disponíveis no
decorrer da vida do programa. Isso implica conhecer e distinguir o custo de investimento e
implantação e o custo de operação do programa ou atividade.
O planejamento financeiro de curto prazo foca-se na administração do capital de giro da
empresa. Segundo GITMAN (1997:p.618),
“A administração financeira de curto prazo – administração dos ativos e
passivos circulantes, constitui uma das mais importantes atividades dos
administradores financeiros, à qual dedicam mais de 60% de seu tempo de
trabalho”.
Desta forma, a administração do capital de giro na empresa é uma variável estratégica,
fundamental para a própria continuidade de suas atividades, pois uma empresa pode conseguir
sobreviver alguns exercícios sociais sem lucro, mas efetivamente “quebra” se não tiver caixa. É a
liquidez que garante a continuidade dos negócios.
Excessivos investimentos em capital de giro, por sua vez, tendem a prejudicar a
rentabilidade das empresas, comprometendo sua viabilidade econômica e financeira no longo
prazo. Assim, procedimentos destinados à otimização da gestão de capital de giro devem estar,
sempre, na ordem do dia nas empresas, pois afetam sua liquidez e sua lucratividade.
O planejamento financeiro de curto prazo adotado na Ambrosia é, segundo BRIGHAM;
HOUSTON (2000:p.562) a liberal, em são mantidas quantias relativamente grandes em caixa,
títulos negociáveis e estoques e em que as vendas são estimuladas por uma política de crédito
liberal, resultando em um alto nível de contas a receber.
O controle de estoque utilizado é o PEPS – Primeiro que Entra, Primeiro que sai. Essa é uma
exigência da maior parte das distribuidoras de insumos alimentícios.
42
Capítulo IV
Avaliação
O Supermercado e Padaria Ambrosia, situada a Avenida Brumado,nº 01, Via local B
Conquista V, no bairro via coletora em Vitória da Conquista. Iniciada como um projeto de Lerino
Pereira, os filhos iniciaram cada um sua padaria e supermercado. O Senhor Marcos Pereira dos
Santos e a Senhora Andréa Rosa Pereira Santos são os responsáveis pela empresa em questão.
Trabalham na mesma 2 administradores, 1 caixa, 3 padeiros e 1 ajudante de serviços gerais,
totalizando 7 funcionários. Somente um deles não tem relação familiar com os demais.
É comum na Ambrosia dispor de unidades de um mesmo produto, com as mesmas
características (em termos de qualidade e quantidade), adquiridos em datas distintas, com preços
unitários diferentes. Mesmo sem inflação pode haver alterações de preços em virtude da escassez
de bens. Que valor deve ser atribuído a cada unidade em estoque? A determinação do valor dos
estoques tem reflexo no ativo, na determinação do resultado do período e, por conseguinte, no
patrimônio líquido. Desta forma, o valor de custo deve ser lançado na contabilidade, de modo a
obedecer as regras contábeis.
Considerando que todas as formas de avaliação de estoques têm reflexos nas determinações
do valor do estoque final, do resultado de cada período e conseqüentemente do patrimônio
líquido, fez-se necessário um estudo a respeito da avaliação de estoques. Os resultados indicaram
uma baixa rotatividade de estoque, além de uma liquidez baixa em 2003.
Dentre o patrimônio empresarial, a escolha específica pela investigação da avaliação dos
estoques deve-se ao fato de tratar-se de um dos itens mais complexos para algumas empresas, no
tocante à administração, à contabilização e à avaliação.
Constatou-se uma falta de registro de saída de mercadorias, não havendo registro escrito ou
eletrônico das mercadorias que são vendidas. A empresa tem uma administração plenamente
empírica, com uso de métodos ineficientes de controle de vendas, tais como “caderno de fiado”,
para vendas a prazo. A padaria fica a frente do estabelecimento, desestimulando clientes a
levarem algum produto do supermercado no momento que vão comprar o pão.
A iniciativa da análise do planejamento financeiro do Supermercado e Padaria Ambrosia
veio através dos modelos propostos por BRIGHAM; HOUSTON (2000:p.562) que apresenta 3:
liberal, agressiva e moderada. Muitas empresas familiares no Brasil não atentam para a gestão de
capital de giro, que é a principal forma de planejamento de curto prazo.
43
Os índices demonstram um comprometimento da liquidez da empresa, fato inimaginável
pelos administradores. Apesar de ter a disposição recursos em grande volume, a empresa ainda se
compromete a contrair empréstimos bancários.
O planejamento financeiro é empírico, sem ajuda de qualquer referencial teórico ou
consultoria. Os custos totais não são auferidos, trabalha-se apenas com estimativas de custo e de
lucratividade. Dessa forma, a empresa se vulnerabiliza diante de imprevistos como perda da
produção ou mudanças na cotação do dólar, que levam ao aumento do preço da matéria-prima.
Um aumento dos juros bancários não pré-fixados, aumento repentino do dólar, mudança
significativa das alíquotas de icms ou outras contingências podem levar a Ambrosia a
descontinuidade de suas atividades. Como se não bastasse um possível processo de insolvência,
as contingências poderiam criar na empresa um passivo impagável.
Cada vez que usamos um método para atribuir valor às unidades em estoques chegamos a
resultados diferentes, ainda que se tenha a mesma quantidade de mercadorias em estoque e
mesmo quando os custos estão baseados nos valores de aquisição.
O planejamento financeiro de curto prazo adotado, o liberal segundo BRIGHAM; HOUSTON
(2000:p.562) deveria ser substituído pelo moderado, a fim de reduzir a imobilização de capital de
giro e aproveitar as características de um microcrédito popular.
O estoque deveria passar por mudanças urgentes, como uma maior rotação. A estrutura
tradicional contábil enfatiza o custo como base de registro. A Lei das S/A corrobora,
mencionando que os registros das mercadorias e dos produtos do comércio, as matérias-primas,
os produtos e bens do almoxarifado devem ser registrados pelo custo de aquisição ou de
produção, restringindo esses registros apenas quando os custos são superiores ao valor de
mercado, quando a empresa deve proceder a uma provisão para ajustar os estoques ao valor de
mercado e reconhecer a perda.
A Ambrosia deveria reduzir seus estoques, de modo a disponibilizar uma maior
quantidade de recursos financeiros de seu capital de giro. Isso facilitaria o financiamento de
passivos de curto prazo, otimizando dessa forma seu planejamento financeiro de curto prazo.
Os índices deveriam fazer parte do cotidiano da empresa, de forma a possibilitar uma
melhor análise dos recursos financeiros e da rotação de estoque. Desta forma, a empresa seria
mais rentável e poderia diminuir seu endividamento.
44
Sobre a localização da padaria, a mesma deveria ser no fundo do supermercado, para que
ao ir comprar pão, as pessoas comprassem algo do supermercado.
O sistema de controle de estoque deveria ser automatizado, com o uso de código de
barras. Os custos do emissor de cupom fiscal (ECF) podem ser abatidos como crédito tributário
junto ao estado. Dessa forma investiria-se numa redução dos desvios, sem aumentar os custos
gerais.
A próxima geração que controlará o supermercado não está formada, em desacordo com
os preceitos abordados anteriormente. O controle está intrinsecamente ligado ao Sr. Marcos
Benícios.
45
Bibliografia
ASSAF NETO, Alexandre e MARTINS, Eliseu. Administração do capital de giro. 2. ed. S.
Paulo: Atlas, 1997.
BARBIERI, Geraldo, et al. Críticas aos métodos de avaliação a valores de entrada e de saída.
Monografia apresentada à Disciplina Teoria da Avaliação Patrimonial. FEA/USP.(trabalho
não publicado), São Paulo: S/d.
BERMAN, Howard J. e E. Lewis Weeks. Administração Financeira de Hospitais. São Paulo,
Pioneira, 1979.
BRASIL. Lei 6.404, 15 de dezembro de 1976: Dispõe sobre as sociedades por ações.
Brasília/DF. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução do CFC n.º
751/93. Dispõe sobre as Normas Brasileira de Contabilidade. Brasília/DF.
________. Resoluções do CFC n.º 750/93 e 774/94. Dispõem sobre os Princípios
Fundamentais de Contabilidade e aprova Apêndice, respectivamente. Brasília/DF.
________. Resolução do CFC n.º 737/92. Aprova a NBC T 6 – Da Divulgação das
Demonstrações. Brasília/DF.
________. Resolução do CFC n.º 752/93. Aprova a Carta de Responsabilidade da
Administração. Brasília/DF.
________. Resolução do CFC n.º 785/85. Aprova as Características da informação contábil.
Brasília/DF.
CANTÚ, Cesare. http://notitia.truenet.com.br/desafio21/newstorm.notitia.Apresenta
cao.ServletDeNoticia?codigoDaNoticia=193&dataDoJornal=atual. (acessado dia 10 de
janeiro de 2005 as 15:08)
CHAMBERS, Raymond J. Accounting, evaluation and economic behavior. Texas: Scholars
Book, 1966.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. S. Paulo: Harbra, 1978.
HENDRIKSEN, Eldon S. Accounting theory. Fourth Edition, Illinois: 1982.
HOJI, Masakazu. Administração Financeira: uma abordagem prática: matemática
financeira aplicada, estratégias financeiras, análise, planejamento e controle financeiro. S.
Paulo. Atlas. 1999.
IUDÍCIBUS, Sérgio de, et alii. Manual de contabilidade das sociedades por ações. 3ª e.d. São
Paulo: Atlas. 1992a. 763p.
46
__________. Teoria da contabilidade. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1993b. 349p.
__________, et al. Contabilidade introdutória. 7ª ed. São Paulo: Atlas. 1990c.
__________. Contribuição à teoria dos ajustamentos. Tese de Doutorado. São Paulo:
FEA/USP. 1966d.
__________. Aspectos da avaliação de estoques a preços correntes. Tese de Livre Docência,
apresentada á FEA/USP. São Paulo : 1968e.
__________. Análise da correção monetária das demonstrações financeiras. São Paulo:
Atlas, 1982.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Análise do índice de Liquidez sob o conceito de avaliação
econômica da empresa. In: Revista Brasileira de Contabilidade. Ano XXXI, nº 136,
julho/agosto de 2002. p. 61/73.
PORTER, M.. Estratégia Competitiva. São Paulo:Campus, 2003
RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e Análise de Balanços. 5. ed. São Paulo. Saraiva. 1997.
SÁ, A. Lopes. Administração Financeira: introdução às finanças das empresas. 3. ed. S.
Paulo: Atlas, 1990.
SANTOS, Ariovaldo dos & BARBIERI, Geraldo. Correção integral de balanços para instituições
financeiras. FIPECAFI - FEA/USP, São Paulo, 1993.
SEBRAE. http://www.sebrae.com.br/br/ued/estat_outras.htm (acessado dia 05 de janeiro de
2005 as 12:28)
_______. http://www.sebrae.com.br/br/parasuaempresa/tiposdenegocios_781.asp. (acessado
dia 05 de janeiro de 2005 as 12:28)
TREUHERZ, Rolf Mário. Análise financeira por objetivos. 5. ed. São Paulo: Pioneira, 1.999.
VASCONCELOS, Nanci Pereira & RIBEIRO, Maísa de Sousa. Avaliação de empresas a
valores de entrada e de saída. Monografia apresentada à Disciplina Teoria da Avaliação
Patrimonial. FEA/USP (trabalho não publicado), São Paulo: 1993.
VIDIGAL, Antônio Carlos. Viva a empresa familiar.São Paulo: 2004. Ed. Rocco. 136 pág.