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  • 100

    Recebido em 20.11.2014. Revisado por pares em 06.01.2015. Reformulaes em 17.02.2015 e

    15.04.2015. Recomendado para publicao em 23.04.2015. Publicado em 06.07.2015.

    Licensed under a Creative Commons Attribution 3.0 United States License

    COMPETNCIAS ESSENCIAIS DOS PROFISSIONAIS CONTBEIS EM FACE DA

    NOVA CONTABILIDADE PBLICA SOB A PERSPECTIVA DOS CONTADORES

    DE RONDNIA

    THE CORE COMPETENCES OF THE ACCOUNTING PROFESSIONALS IN FACE

    OF THE NEW PUBLIC ACCOUNTING UNDER THE PERSPECTIVE OF THE

    ACCOUNTANTS OF RONDONIA

    LAS HABILIDADES ESENCIALES DE LOS PROFESIONALES DE

    CONTABILIDAD ANTE LA NUEVA CONTABILIDAD PBLICA EN LA

    PERSPECTIVA DE LOS CONTADORES DE RONDNIA

    DOI: http://dx.doi.org/10.18028/2238-5320/rgfc.v5n3p100-122

    Alexandre de Freitas Carneiro

    Mestre em Administrao (UNIR)

    Professor Assistente da Universidade Federal de Rondnia (UNIR)

    Endereo: Av. 02 Rotary Clube, 3756 Setor 10 Jardim Social 76.980-000 Vilhena/RO, Brasil

    Email: [email protected]

    Jos Moreira da Silva Neto

    Doutor em Engenharia de Produo (UFSC)

    Professor Associado da Universidade Federal de Rondnia (UNIR)

    Endereo: BR 364 Km 9,5 Campus Universitrio Jos Ribeiro Filho

    76.801-974 Porto Velho/RO, Brasil Email: [email protected]

    RESUMO

    O objetivo do estudo identificar quais as competncias essenciais dever o contador do setor

    pblico municipal apresentar ou desenvolver face ao desafio da aderncia do profissional

    Nova Contabilidade Pblica sob a perspectiva dos contadores de Rondnia. A pesquisa

    caracterizou-se como qualiquanti, e a abordagem inicial foi qualitativa, com a utilizao de

    pesquisa documental, seguida pela quantitativa com um survey. Na primeira etapa, resultou da

    anlise documental e descritiva o perfil de competncias, com 7 conhecimentos, 8 habilidades

    e 16 valores. Na segunda, verificou-se que o nvel de importncia assinalado pelos

    respondentes sobre as dimenses do perfil dessas competncias. Concluiu-se que o perfil

    profissional requerido o de bacharelado em Cincias Contbeis com nfase em sistemas de

    informaes, com noes de custos, anlise contbil, patrimonial, oramentrio e financeiro e

    liderana como elemento conectivo, qualificao de recursos humanos e flexibilidade. O

    tcnico em contabilidade no tem formao suficiente para o desafio da aderncia Nova

    Contabilidade Pblica.

    Palavras-chave: Competncias Essenciais. Nova Contabilidade Pblica. Perfil do Contador.

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    As Competncias Essenciais dos Profissionais Contbeis em Face da Nova Contabilidade Pblica sob a Perspectiva dos Contadores de Rondnia

    Revista de Gesto, Finanas e Contabilidade, ISSN 2238-5320, UNEB, Salvador, v. 5, n. 3, p. 100-

    122, maio/ago., 2015.

    ABSTRACT

    The objective of the study is to identify what core competencies should the accountant of the

    municipal public sector present or develop in face of the challenge of professional adherence

    to New Public Accounting under the perspective of Rondonia State accountants. The research

    was characterized as qualiquanti, and the initial approach was qualitative, with the use of

    documental research, followed by quantitative approach of a survey. In the first step, resulted

    from the documental and descriptive analysis the profile of competences, with 7 knowledge, 8

    skills and 16 values. The second, it was found that the level of importance analyzed by

    respondents about the profile dimensions of these competences. It was concluded that the

    professional profile required is the Bachelor Degree of Science in Accounting with emphasis

    on information systems, costs notions, accounting analysis, balance, budget and financial and

    leadership as connective element, qualification of human resources and flexibility. The

    accounting technician does not have enough training to the challenge of adherence to the New

    Public Accounting.

    Keywords: Core Competences. New Public Accounts. Accountants profile.

    RESUMEN

    El objetivo del estudio es identificar cules habilidades esenciales deber el contador del

    sector pblico municipal presentar o desarrollar ante el desafo de la adhesin del profesional

    a la Nueva Contabilidad Pblica en la perspectiva de los contadores de Rondnia. La

    investigacin se caracteriz por ser qualiquanti, y el enfoque inicial fue cualitativo, con el uso

    de la investigacin documental, seguido por la cuantitativa con un survey. En la primera

    etapa, result del anlisis documental y descriptivo del perfil de habilidades, con 7

    conocimientos, 8 habilidades 8 y 16 valores. En la segunda etapa, se verific que el nivel de

    importancia asignado por los encuestados sobre las dimensiones del perfil de estas

    habilidades. Se concluy que el perfil profesional buscado es la Licenciatura en Ciencias en

    Contabilidad con nfasis en los sistemas de informacin, nociones de costos, anlisis

    contable, patrimonial, presupuesto y el financiero y el liderazgo como elemento conjuntivo, la

    cualificacin de los recursos humanos y la flexibilidad. El tcnico de la contabilidad no tiene

    la formacin suficiente para el desafo de la adhesin a la Nueva Contabilidad Pblica.

    Palabras claves: Habilidades Esenciales. Nueva Contabilidad Pblica. Perfil de Contadores

    1 INTRODUO

    A internacionalizao da economia iniciada nos anos 1960 obrigou adequaes em

    algumas profisses. O impacto na profisso contbil brasileira no foi diferente e teve que se

    adequar ao cenrio internacional. Este efeito trouxe discusses sobre o que se denomina

    harmonizao.

    Esta harmonizao foi realizada na rea societria h mais tempo, mas no setor

    pblico o processo recente e completado em 2014. Apenas as regras previstas na parte do

    PCP Procedimentos Contbeis Patrimoniais foram adiadas, e novos prazos sero dados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). A convergncia objetiva a comparabilidade de

    informaes de natureza econmica e financeira, tanto interna quanto externamente entre os

    pases (FELIX et al, 2008). O intuito padronizar e, conforme Silva (2011), orientar as

    normas brasileiras s normas internacionais de contabilidade publicadas pela International

    Federation of Accountants (IFAC).

    Visando o alinhamento e convergncia s normas internacionais o Conselho Federal

    de Contabilidade (CFC) elaborou e publicou, em 2008, a Norma Brasileira de Contabilidade

    Tcnica 16 (NBC T 16), tambm conhecida como Normas Brasileiras de Contabilidade

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    As Competncias Essenciais dos Profissionais Contbeis em Face da Nova Contabilidade Pblica sob a Perspectiva dos Contadores de Rondnia

    Revista de Gesto, Finanas e Contabilidade, ISSN 2238-5320, UNEB, Salvador, v. 5, n. 3, p. 100-

    122, maio/ago., 2015.

    Aplicadas ao Setor Pblico (NBCASP). Com base nestas normas, em 2009, a STN editou o

    Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico (MCASP). Essas normas e manuais tem

    sido denominados, segundo Silva (2011) de A Nova Contabilidade Pblica (NCP). Compe,

    ainda, o conjunto de manuais, o Manual da Receita Nacional e o Manual da Despesa

    Nacional, bem como o Manual de Demonstrativos Fiscais.

    O tema competncias essenciais emergiu na dcada de 1970 e obteve destaque no incio dos anos 90. Trabalhos acadmicos com tema em competncias gerenciais ou essenciais

    tm sido publicados com frequncia. Porm, publicaes sobre as competncias orientadas s

    organizaes pblicas a quantidade de trabalhos publicados menor. Ao pesquisar sobre o

    tema na Revista de Administrao Pblica foi encontrado um artigo relacionando

    competncia e administrao pblica.

    Na pgina eletrnica da Associao Nacional de Ps-graduao e Pesquisa em

    Administrao (ANPAD), ao fazer uma busca de trabalhos publicados com os termos

    competncias, competncias gerenciais e competncias essenciais foram identificados trs artigos relacionando competncias administrao pblica. Pesquisa semelhante foi

    verificada na Revista de Administrao Pblica e na Biblioteca Digital de Teses e

    Dissertaes da USP. Sobre competncias na contabilidade do setor pblico no foram

    encontradas pesquisas. Isso se coaduna com uma pesquisa realizada por Reis et al (2007,

    p.89) na qual afirmam que [...] a participao da Contabilidade Pblica em trabalhos apresentados em Congressos relativamente baixa. A pesquisa compreendeu o perodo entre 2004 a 2011.

    Ao pesquisar na literatura sobre as competncias do contador, Cardoso, Riccio e

    Albuquerque (2009) perceberam que h carncia de estudos sobre o assunto, pois na maioria

    deles, trataram da funo do profissional e no do fator competncias. Lei, Hitt e Bettis

    (2010) afirmaram que h pouca pesquisa emprica sobre a noo de competncias essenciais

    como conceituado por Prahalad e Hamel, os quais ensinam que so aquelas de difcil

    imitao. J Kaplan e Norton (2004) chamam perfil de competncias aquele com as seguintes

    categorias: conhecimentos, habilidades e valores.

    Desse modo, o objetivo deste estudo identificar o perfil e as competncias que

    dever o contador do setor pblico municipal apresentar ou desenvolver face ao desafio da

    aderncia do profissional no contexto da Nova Contabilidade Pblica, sob a perspectiva dos

    contadores de Rondnia e de acordo com a teoria de Kaplan e Norton.

    A partir dos resultados desse estudo, acredita-se que sua relevncia ser potencializar a

    especializao do contador na rea pblica, os treinamentos nessa rea, os aspectos

    comportamentais do profissional, as discusses no ensino da graduao, e para orientar a

    administrao pblica municipal quando na contratao desse profissional.

    O estudo est dividido em seis sees, incluindo a introduo. A segunda apresenta o

    referencial terico sobre competncias. A terceira trata da nova contabilidade pblica. Na

    quarta apresentam-se os procedimentos metodolgicos e na quinta a apresentao e a

    discusso dos resultados. A ltima apresenta as concluses e sugestes para pesquisas futuras.

    2 COMPETNCIAS

    2.1 Competncias Essenciais

    Na Frana o debate sobre competncia teve incio na dcada de 1970 (FLEURY;

    FLEURY, 2001a), mas ganhou destaque na dcada de 1990 (FLEURY; FLEURY 2001a;

    TAKAHASHI; FISHER, 2008). Esses autores fizeram referncia ao trabalho de Prahalad e

    Hamel que se destacou na formulao do conceito de competncia nos anos 1990. O conceito

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    resumido como [...] a capacidade de combinar, misturar e integrar recursos em produtos e servios (FLEURY; FLEURY, 2001a, p. 189).

    Fleury e Fleury relataram que Nos ltimos anos, o tema competncia entrou para a pauta das discusses acadmicas e empresariais, associado a diferentes instncias de

    compreenso [...]. Tambm apontam trs nveis: [...] no nvel da pessoa (a competncia do indivduo), das organizaes (as core competences) e dos pases (sistemas educacionais e

    formao de competncias) (FLEURY; FLEURY, 2001a, p. 184). Esta pesquisa tem foco no nvel do indivduo. Fleury e Fleury afirmam que as

    competncias devem agregar valor tanto para a organizao quanto para o indivduo e,

    definem competncia como um saber agir responsvel e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que agreguem valor econmico

    organizao e valor social ao indivduo (FLEURY; FLEURY, 2001b, p.21). A competncia envolve um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que justificam um alto

    desempenho, na medida em que os melhores desempenhos esto fundamentados na

    inteligncia e na personalidade das pessoas (FLEURY; FLEURY, 2006).

    Zarifian (2008, p.68 e 72) prope uma definio de competncia que [...] o tomar iniciativa e o assumir responsabilidade do indivduo diante de situaes profissionais com as

    quais se depara. Ainda segundo este autor A competncia um entendimento prtico que se apoia em conhecimentos adquiridos e os transforma na medida em que aumenta a diversidade

    das situaes. a reunio de recursos (habilidades, conhecimentos e atitudes) de forma integrada e combinada, de modo a ter xito na resoluo de problemas e nas situaes

    diversas (DIAZ, 2008).

    Le Boterf (2003) relaciona competncia mobilizao e combinao de recursos. No

    seu entendimento h distino entre um conjunto de recursos e uma ao que mobiliza estes

    recursos. As competncias so reconhecidas por meio de saber (conhecimentos), saber-fazer

    (habilidades) e saber ser (atitudes), e o saber agir deve ser distinguido do saber-fazer (LE

    BOTERF, 2003). A competncia no reside nos recursos a mobilizar (conhecimentos,

    capacidades, etc.), mas na mobilizao desses recursos, e que esses recursos devem ser

    mobilizados na hora certa (LE BOTERF, 2003). Seu modelo conceitual est na mobilizao

    de uma combinao de recursos atravs de uma ao em uma situao de trabalho. Nessa

    combinao de recursos mesclam-se conhecimentos gerais e conhecimentos profissionais. Sua

    abordagem a de competncia em ao (LE BOTERF, 2003).

    Para o Drejer (2000), os seres humanos, as pessoas, so o elemento mais perceptvel

    das competncias. O ponto de partida das competncias de uma organizao a aprendizagem

    organizacional, pois esse desenvolvimento tem como elemento principal as pessoas e so elas

    que efetivamente aprendem. Segundo esse autor, h nveis de evoluo das competncias, que

    vo da escala novato (Novice) at a classe mundial (Word Class). Entre elas h os nveis

    intermedirios do desempenho das competncias: iniciante, avanado, proficiente e expert.

    Pouca ateno tem sido dedicada noo de desenvolvimento de competncias, embora exista

    o consenso de que a competitividade das empresas repousa sobre elas (DREJER, 2000).

    Prahalad e Hamel (1990) sugerem que as competncias essenciais estejam baseadas na

    aprendizagem coletiva da organizao e ensinam que so aquelas difceis de imitar pelos

    concorrentes. Ensinam ainda que tais competncias no diminuem com o uso e precisam ser

    nutridas e protegidas, como se desvanece o conhecimento se no for utilizado. Segundo esses

    autores, as competncias essenciais so um conjunto de habilidades e tecnologias que permitem a uma empresa oferecer determinado benefcio aos clientes. (PRAHALAD; HAMEL, 1995, p. 229). Para eles, do mesmo modo que importante saber o que

    competncia essencial, importante tambm saber o que no . Assim, [...] uma competncia

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    essencial no um ativo no sentido contbil da palavra. As competncias essenciais no aparecem no balano. (PRAHALAD; HAMEL, 1995, p. 239-240).

    Sobre competncias coletivas Retour e Krohmer (2011) estudaram e demonstraram,

    terica e empiricamente, como a apropriao delas nasce do desenvolvimento das

    competncias apresentadas pelos funcionrios individualmente. Para eles, o objetivo de uma

    gesto das competncias coletivas a melhoria do desempenho coletivo do grupo, dos

    desempenhos individuais, dos desempenhos organizacionais, e acarretar competncias

    intergrupos e intragrupos. Nesse sentido, Bergamini (2012) entende que ningum consegue

    ser competente sozinho, mesmo com vontade e conhecimentos para tanto, e sim, toda a

    organizao deve estar preparada para adotar uma estratgia que vise competncia.

    Kaplan e Norton (2004) analisaram a perspectiva aprendizado e crescimento de mapas

    estratgicos e Balanced Scorecards de centenas de empresas, e seis objetivos foram os mais

    recorrentes. Um deles so as competncias estratgicas e referem-se ao capital humano. Estes

    autores apresentam um indicador de prontido de capital humano e um modelo de

    identificao das necessidades de capital humano, os quais podem ser desenvolvidos pelas

    organizaes. Segundo Kaplan e Norton (2004, p. 229) Esse indicador representa a disponibilidade de habilidades, talento e Know-how entre empregados, tornando-os capazes

    de executar os processos internos crticos para o sucesso da estratgia. No processo de avaliao do grau deste indicador comea-se pela identificao de competncias. Nesse

    modelo identificam-se as funes estratgicas, definem-se os perfis de competncia e,

    avaliam-se a prontido estratgica. O produto da avaliao um relatrio da prontido do

    capital humano e um programa para seu desenvolvimento visando eliminar a lacuna de competncia. Para estes autores a ideia identificar quais as funes estratgicas tem maior impacto sobre a melhoria dos processos internos crticos. Esses autores esclarecem que, para

    cada processo estratgico, uma ou duas funes estratgicas exercero maior impacto sobre a

    estratgica. Ao identificar essas funes, definir suas competncias e promover seu

    desenvolvimento acelera-se a realizao dos resultados estratgicos.

    Ainda sobre a doutrina destes autores, todas as funes so importantes para a

    organizao, caso contrrio, no se contratariam e remunerariam, por exemplo, um motorista,

    para executar essa funo bsica. No entanto, outras funes exercem mais impacto, e intenso,

    sobre a estratgica. A organizao precisar identificar essas funes crticas que exercem um

    maior impacto sobre a estratgia da organizao. Como exemplo, os autores realizaram uma

    pesquisa na empresa William-Sonoma e, estimou-se que os responsveis por apenas 5 funes

    estratgicas determinam, aproximadamente, 80% das prioridades estratgicas desta

    organizao. Trs categorias juntas compem o que Kaplan e Norton chamam de perfil de

    competncias (Figura 1), o qual descreve o conhecimento, as habilidades e os valores de que o empregado necessita para ser bem-sucedido em determinada posio. (p. 235).

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    Figura 1 Perfil de competncias

    Fonte: Kaplan e Norton (2004, p.236).

    Ainda segundo Kaplan e Norton O perfil de competncias fornece o ponto de referncia a ser utilizado pelo departamento de RH ao recrutar, contratar, treinar e

    desenvolver pessoas para determinada posio. Para entender melhor esse perfil apresenta-se no quadro 1 as definies de cada componente.

    Quadro 1 - Descrio dos componentes que compem o perfil de competncias CATEGORIA DESCRIO

    Conhecimentos

    A base de conhecimentos necessrios para o exerccio do cargo. A se incluem os

    conhecimentos especficos, assim como conhecimentos circunstanciais que permitem ao

    empregado adaptar seus conhecimentos gerais ao contexto do cargo e ao ambiente de

    trabalho.

    Habilidades Aquelas necessrias para suplementar a base de conhecimentos gerais.

    Valores O conjunto de caractersticas ou comportamento que possibilitam o alcance do

    desempenho requerido em cada funo.

    Fonte: Kaplan e Norton (2004, p.236).

    O momento pelo qual passa a contabilidade pblica nacional, que envolve

    considerveis mudanas com finalidade de alinhamento s normas internacionais e

    padronizaes, vai exigir conhecimentos, habilidades e valores para adaptaes e aderncia,

    bem como aperfeioamento do profissional contbil.

    2.2 Perfil de Competncia: Conhecimentos, Habilidades e Valores

    No modelo conceitual da escola francesa os conhecimentos e as habilidades so uma

    fonte de valor agregado (LE BOTERF, 2003; ZARIFIAN, 2003).

    Segundo Fialho et al (2006, p. 73), Conhecimento entendimento, expertise, a informao valiosa da mente combinada com a experincia, contexto, interpretao e

    reflexo. Ainda sobre esse item da competncia:

    o conhecimento, quando apreendido, se transforma primeiro em competncia, mas que, dependendo da atitude que tomamos em relao a ele, nossos valores e as

    Conhecimentos Habilidades

    Valores

    Conhecimentos

    especficos do cargo

    necessrios para

    executar a funo com

    eficcia

    Habilidades especficas

    do cargo, necessrias

    para executar a funo

    com eficcia

    Valores e comportamentos

    gerais, necessrios para executar

    a funo com eficcia

    Conhecimentos Habilidades

    Valores

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    As Competncias Essenciais dos Profissionais Contbeis em Face da Nova Contabilidade Pblica sob a Perspectiva dos Contadores de Rondnia

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    estratgias que empregamos, pode se tornar conhecimento til para ns e para a

    organizao que trabalhamos. (FIALHO et al, 2006, p. 76).

    Lerner (2002) pesquisou o tema Gesto por Competncias Humanas em vrias grandes

    empresas localizadas na cidade de So Paulo. A pesquisa foi realizada com empresas

    praticantes da gesto por competncias e o autor testou hipteses e demonstrou de que forma

    as habilidades so requisitos exigidos para o desempenho de pessoas que exercem funes

    como executivo, gerente e tcnicos. Um dos objetivos de Lerner (2002, p. 16) foi identificar como as empresas implantam o sistema de Gesto por Competncias Humanas voltado para o estmulo e suporte ao desenvolvimento e comprometimento dos profissionais. Seu estudo originou o conjunto de habilidades apresentadas no quadro 2.

    Quadro 2 - Lista de habilidades HABILIDADES SIGNIFICADO

    Habilidades

    administrativas

    Estruturar e coordenar recursos e atividades prprias e de funcionrios, visando

    maximizar produtividade e eficincia.

    maxi

    Habilidades de

    liderana

    Ter responsabilidade e fazer as coisas acontecerem eficazmente por meio das

    pessoas.

    Habilidades

    interpessoais

    Interagir com pessoas, criar clima de compreenso e respeito, perceber as

    necessidades individuais, desenvolver relacionamentos de trabalho agradveis,

    lidar eficazmente com conflitos.

    Habilidades de

    comunicao

    Enviar, receber informaes claras, precisas, efetivas e completas.

    Adaptabilidade Responder de maneira apropriada e segura os desafios profissionais em face das

    mudanas, ambiguidades, adversidades e outras presses.

    Motivao pessoal Fatores internos que definem uma atitude, postura, incluindo neste grupo

    habilidades para aprender, persistncia, pr-atividade e iniciativa.

    Habilidades cognitivas Processar informaes eficazmente para entendimento de novas diretrizes,

    identificar e definir problemas e tomada de deciso.

    Qualidade de servios Estabelecer e demonstrar comprometimento e padres de performance, incluindo orientao para resultados e para qualidade.

    Fonte: Lerner (2002, p. 90-94).

    Segundo Cheetham e Chivers (1996, p.23) "Valores ou competncia tica so

    definidos como: a posse de valores pessoais e profissionais apropriados e da habilidade fazer

    os julgamentos sadios baseados em situaes relacionadas ao trabalho e, para Tamayo (2008), constituem os valores o componente fundamental da identidade de uma organizao.

    O primeiro trabalho emprico desse autor foi na construo e validao de um questionrio

    com a ideia de identificar a sua estrutura a partir de uma amostra representativa de valores

    organizacionais. Foi obtida uma lista de mais de 500 valores que, aps uma anlise de

    contedo e eliminao de sinnimos, ficou reduzido a 48.

    Tamayo (2008) utilizou a anlise fatorial para validar o instrumento de pesquisa dez

    itens foram eliminados e os 38 restantes foram distribudos em cinco fatores:

    eficcia/eficincia, interao no trabalho, gesto, inovao e respeito ao empregado. Assim, o

    resultado da pesquisa de Tamayo so os seguintes valores com os respectivos significados

    apresentados na quadro 3.

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    Quadro 3 - Lista de valores

    VALORES SIGNIFICADO Abertura Promoo de um clima propcio s sugestes e ao dilogo

    Amizade Clima de relacionamento amistoso entre os empregados

    Benefcios Promoo de programas assistenciais aos empregados

    Coleguismo Clima de compreenso e apoio entre os empregados

    Competncia Saber executar as tarefas da organizao

    Competitividade Conquistar clientes em relao a concorrncia

    Comprometimento Identificao com a misso da organizao

    Cooperao Clima de ajuda mtua

    Criatividade Capacidade de inovar na organizao

    Dedicao Promoo ao trabalho com afinco

    Democracia Participao dos empregados nos processos decisrios

    Eficcia Fazer as tarefas de forma a atingir os objetivos esperados

    Eficincia Executar as tarefas da organizao de forma certa

    tica Pautar-se por um conjunto de conduta e moral

    Fiscalizao Controle do servio executado

    Flexibilidade Administrao que se adapta a situao concreta

    Harmonia Ambiente de relacionamento interpessoal adequado

    Hierarquia Respeito aos nveis de autoridade

    Honestidade Promoo do combate corrupo na organizao

    Incentivo pesquisa Incentivo pesquisa relacionada aos interesses da organizao

    Integrao Interorganizacional Intercmbio com outras organizaes

    Justia Imparcialidade nas decises administrativas

    Modernizao de recursos Preocupao em investir na aquisio de equipamentos, informtica etc.

    Organizao Existncia de normas claras e explcitas

    Planejamento Elaborao de planos para evitar a improvisao na organizao

    Planos de carreira Preocupao com a carreira funcional dos empregados

    Polidez Clima de cortesia e educao no relacionamento cotidiano

    Pontualidade Preocupao com o cumprimento de horrios e compromissos

    Postura profissional Promover a execuo das funes ocupacionais de acordo com as normas

    Probidade Administrar de maneira adequada o dinheiro pblico

    Produtividade Ateno voltada para a produo e a prestao de servios

    Qualidade Compromisso com o aprimoramento dos produtos e servios

    Qualificao recursos

    humanos

    Promover a capacitao e o treinamento dos empregados

    Reconhecimento Reconhecimento do mrito na realizao do trabalho

    Respeito Considerao s pessoas e opinies

    Sociabilidade Estmulo s atividades sociais fora do ambiente de trabalho

    Superviso Acompanhamento e avaliao contnuos de tarefas

    Tradio Preservar usos e costumes da organizao

    Fonte: Tamayo (2008, p. 324).

    Cardoso, Riccio e Albuquerque (2009) pesquisaram as competncias relacionadas

    profisso contbil cujo objetivo foi verificar a existncia de uma estrutura de interdependncia

    subjacente s competncias do contador. Para esses pesquisadores, os estudos de competncia

    na rea contbil confundem-se um pouco com as funes e atividades do profissional, de

  • 108 Carneiro & Silva Neto, 2015

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    122, maio/ago., 2015.

    acordo com estudos de Americam of Certified Public Accountants (AICPA) e International

    Federation of Accountants (IFAC).

    Na construo do instrumento de pesquisa desses autores e com base na anlise das

    competncias citadas por estudos na rea contbil, inclusive da IFAC, foram preparadas

    dezoito variveis correspondentes s competncias do contador. Estas foram: Analtica;

    Autocontrole; Comunicao; Empreendedor; Estratgica; Ferramentas de Controle; Legal;

    Informtica; Integridade e Confiana; Contabilidade e Finanas; Negociao; Ouvir

    Eficazmente; Atendimento; Planejamento; Tcnicas de Gesto; Trabalho em Equipe; Gesto

    da Informao e Relacionamento Externo. De acordo com a metodologia empregada a anlise

    fatorial exploratria, nos resultados e anlise da pesquisa os autores identificaram quatro

    fatores de acordo com o quadro 4.

    Quadro 4 - Estrutura Genrica de Competncias para o Contador CATEGORIA DESCRIO

    Competncias de Articulao Ouvir eficazmente, atendimento e trabalho em equipe.

    Competncias de Tcnicas de Gesto Negociao, tcnicas de gesto e gerenciamento da informao.

    Competncias de Conduta e

    Administrao

    Comunicao, empreendedor, estratgica, e integridade e

    confiana.

    Competncias Especficas Contabilidade e finanas, legal, e ferramentas de controle.

    Fonte: Cardoso, Riccio e Albuquerque (2009, p. 375).

    O resultado do estudo pode contribuir para as empresas de Contabilidade e

    organizaes empregadoras de contadores a focar seus programas de treinamento e

    recrutamento (CARDOSO; RICCIO; ALBUQUERQUE, 2009).

    2.3 Competncias, Contabilidade e Setor Pblico

    Um estudo realizado numa instituio pblica brasileira, pesquisa realizada por Castro

    et al (2009), revelou que o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e competncias

    necessrias prtica contbil no se encontram num nvel satisfatrio referindo-se aos alunos

    dessa instituio. Uma consequncia disso poder ser o mal desempenho de candidatos aos

    cargos de contador na administrao pblica.

    Santana Junior, Pereira e Lopes (2008) concluram que a seleo para novos

    contadores na Administrao Pblica Federal no atende ao novo perfil necessrio para o

    servidor pblico frente a um cenrio econmico e tecnolgico globalizado. Os autores

    finalizaram com a expectativa de uma reflexo sobre a pesquisa, para que possa contribuir

    numa mudana no perfil da profisso contbil. imprescindvel, diante do exposto, a

    necessidade de novas pesquisas sobre o assunto, haja vista a existncia de regramentos

    especficos na legislao nacional.

    A Constituio Federal, no artigo 39, pargrafos 2 e 7, trata da profissionalizao no

    setor pblico com os seguintes requisitos: 1. a participao do servidor nos assuntos relativos

    administrao de pessoal; 2. a profissionalizao como estratgia de valorizao do servidor

    e 3. aplicao de recursos no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade,

    treinamento, modernizao, reaparelhamento e racionalizao do servio pblico. No artigo

    37, tm-se os princpios bsicos que regem a Administrao Pblica, e entre eles destaca-se o

    da eficincia. Seguindo o mandamento constitucional quanto aos princpios bsicos do art.37,

    o Programa Nacional de Gesto Pblica e Desburocratizao Gespblica elenca os

  • 109 Carneiro & Silva Neto, 2015

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    122, maio/ago., 2015.

    fundamentos que integram a base de sustentao do Modelo de Excelncia em Gesto Pblica

    entre os quais ressalta, quanto aos objetivos da pesquisa, o de Comprometimento com as

    pessoas, o qual descrito como:

    Estabelecimento de relaes com as pessoas, criando condies de melhoria da

    qualidade nas relaes de trabalho para que elas se realizem profissional e

    humanamente, maximizando seu desempenho por meio do comprometimento, da

    oportunidade para desenvolver competncias e habilidades para empreender, do

    incentivo e do reconhecimento (BRASIL, 2008, p. 14, grifo nosso).

    Nesse sentido e no entendimento de Slomski (2007, p. 50), quando se pensa em gesto

    da coisa pblica, pensa-se em pessoas, recursos humanos, e ainda, Para o gestor pblico ter sucesso preciso que ele conhea quem so, quantos so, quais so suas habilidades [...]. Na funo pblica, os atributos eficincia, eficcia e profissionalizao so intrnsecos nova

    administrao pblica, e por consequncia Nova Contabilidade Pblica.

    3 A NOVA CONTABILIDADE PBLICA

    As Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Pblico (NBCASP) e o

    Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Pblico (MCASP) consubstanciam-se no que tem

    sido denominado de A Nova Contabilidade Pblica (SILVA 2011), que trouxe vrias

    exigncias. Destaca-se entre elas a implantao e o desenvolvimento de um sistema de custos.

    Em 2007, com a Resoluo do CFC n. 1.111, os princpios contbeis foram

    interpretados sob a perspectiva do setor pblico. Houve alterao dessa resoluo, em 2013,

    pela Resoluo n. 1.367. Para Silva (2011), a edio dos princpios de contabilidade sob a

    perspectiva do setor pblico e das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor

    Pblico representa uma nova etapa da contabilidade pblica. Esta nova etapa representa outro

    marco na histria da contabilidade governamental no Brasil aps a LRF, a qual fora tambm

    um marco histrico.

    A NBC T 16, editada pelo CFC e publicada em 21 de novembro de 2008, atravs das

    Resolues do CFC n. 1.128 a n. 1.137, compe-se de 10 normas, conforme a figura 5. Em

    novembro de 2011 foi publicada a Resoluo CFC n. 1.366 referente ao Sistema de

    Informao de Custos do Setor Pblico. Outro grande avano a mudana do foco

    oramentrio para o foco patrimonial.

    Em 2009, por meio de vrias portarias publicadas em agosto e dezembro, a STN

    elabora o MCASP, mas nas Partes I e VIII o trabalho foi conjunto com a Secretaria de

    Oramento Federal (SOF). Este manual ser aplicado obrigatoriamente pela Unio, Estados,

    Distrito Federal e Municpios. Esse sistema, segundo Slomski (2013), deve estar integrado

    no s ao processo de planejamento e oramento, mas tambm ao contbil, de gesto de

    pessoas, de estoques, do patrimnio e do sistema de gesto do cadastro geral de cidados.

    Na primeira e segunda edio o MCASP foi composto por cinco volumes, mas a partir

    da terceira edio, editada em novembro de 2010, foi divido em partes. A quarta edio foi

    publicada em junho de 2011. Os objetivos das Partes so: a promoo da transparncia das

    contas pblicas, padronizao de procedimentos e consolidao das contas pblicas (ROSA,

    2013).

    O quadro 5 apresenta a estrutura da Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico com as

    devidas atualizaes.

  • 110 Carneiro & Silva Neto, 2015

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    122, maio/ago., 2015.

    Quadro 5 - Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Pblico PRINCPIOS,

    NORMAS E

    ALTERAES

    RESOLUO

    CONTEDO

    PRINCPIOS 1.111/07 Interpretao dos Princpios De Contabilidade sob a Perspectiva

    do Setor Pblico

    NBC T 16.1 1.128/08 Conceituao, Objetivo e Campo de Aplicao

    NBC T 16.2 1.129/08 Patrimnio e Sistemas Contbeis

    NBC T 16.3 1.130/08 Planejamento e seus Instrumentos sob o Enfoque Contbil

    NBC T 16.4 1.131/08 Transaes no Setor Pblico

    NBC T 16.5 1.132/08 Registro Contbil

    NBC T 16.6 1.133/08 Demonstraes Contbeis

    NBC T 16.7 1.134/08 Consolidao das Demonstraes Contbeis

    NBC T 16.8 1.135/08 Controle Interno

    NBC T 16.9 1.136/08 Depreciao, Amortizao e Exausto

    NBC T 16.10 1.137/08 Avaliao e Mensurao de Ativos e Passivos em Entidades do

    Entidades do Setor Pblico

    ALTERAES 1.268/09 Alterao, inclui e exclui itens das NBC T 16.1, 16.2 e 16.6

    NBC T 16.11 1.366/11 Sistema de Informaes de Custos do Setor Pblico

    ALTERAES 1.437/13 Altera, inclui e exclui itens das NBC T 16.1, 16.2, 16.4, 16.5,

    16.6, 16.10 e 16.11

    ALTERAES 2014/NBCT16.6(R1) Altera NBC T 16.6 que dispe sobre as Demonstraes

    Contbeis

    Fonte: Adaptado de Bezerra Filho (2014, p.10). Resolues do CFC de 2007 2014.

    4 MTODO DE PESQUISA

    Caracterizou-se como mtodo misto que, conforme Creswell (2010, p. 27) [...] uma abordagem da investigao que combina ou associa as formas qualitativa e quantitativa. A abordagem inicial foi a qualitativa seguida pela quantitativa. Esse tipo de pesquisa

    conhecida como Qualiquanti e apresenta a seguinte definio.

    A pesquisa que quantifica e percentualiza opinies, submetendo seus resultados a

    uma anlise crtica qualitativa. Isso permite levantar atitudes, pontos de vista,

    preferncias que as pessoas tm a respeito de determinados assuntos, fatos de um

    grupo definidos de pessoas (MICHEL, 2009, p. 39).

    Ao caracterizar a pesquisa com base na estrutura proposta por Gil (2008) teve a

    seguinte configurao: (1) quanto a natureza, ser uma pesquisa aplicada; (2) quanto aos

    objetivos, descritiva e, (3) quanto aos procedimentos, pesquisa documental e levantamento ou

    survey.

    A primeira etapa, com abordagem qualitativa, visou elaborar o instrumento de

    pesquisa, com a utilizao da anlise documental. A viso terica adotada foi a de Kaplan e

    Norton (2004). O estudo documental tratou da leitura e anlise das NBCASP e o objetivo foi

    identificar os conhecimentos do contador requeridos no contexto da Nova Contabilidade

    Pblica. Em seguida, as habilidades foram identificadas com base nos conhecimentos e na

    literatura, atravs da tcnica de associao palavra-ideia. Os valores foram identificados ao

    fazer o alinhamento entre os conhecimentos e habilidades identificados e a pesquisa de

    Tamayo (2008).

    Na segunda etapa, quantitativa, foi precedida do pr-teste, com os contadores dos

    municpios do cone sul de Rondnia, durante um curso promovido pelo Tribunal de Contas

  • 111 Carneiro & Silva Neto, 2015

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    do Estado, Secretaria Regional de Vilhena, nos dias 1 e 2 de maro de 2012. Houve

    sugestes de melhorias e questionrio foi aperfeioado. Esses respondentes no participaram

    da pesquisa final.

    O instrumento de pesquisa visou conhecer as percepes do contador pblico, por

    meio de um survey, quanto s dimenses das competncias (conhecimentos, habilidades e

    valores) identificadas na primeira etapa, a serem desenvolvidas ou aperfeioadas no contexto

    da Nova Contabilidade Pblica. Utilizou-se de escala do tipo Likert de cinco pontos, de 1 a

    5. A escala 1 foi equivalente a Sem importncia, a escala 2 Pouca importncia, a 3 Relativa importncia e a 4 Muita importncia, e 5 Extrema importncia. A estrutura do instrumento de pesquisa objetivou analisar duas situaes. Uma pela auto avaliao

    REAL, ou seja, o perfil de competncias presentes, atualmente, no cargo de Chefia de

    Contadoria, e outra, pela percepo DESEJVEL, que visou analisar o perfil de

    competncia que o respondente concorda que dever ser desenvolvida ou aperfeioada, no

    contexto da vigncia completa das normas aps 2014. A populao composta pelos

    ocupantes do cargo de Chefia de Contadoria dos municpios rondonienses e o questionrio

    foi enviado via e-mail institucional do CRC de Rondnia. O estado representado por 52

    municpios. O total de respondentes foi de 22 Chefes de Contadorias.

    Para a anlise dos dados utilizou-se a estatstica descritiva para apoiar uma interpretao dita subjetiva (VERGARA, 2009, p. 57).

    5 APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS

    Participaram da pesquisa 11 contadores e 10 contadoras e 1 deixou de participar.

    Quanto formao profissional foram 18 bacharis em Cincias Contbeis e 3 tcnicos em

    contabilidade, e um deixou de responder. Quanto ps-graduao dos bacharis, 13

    possuem alguma especializao latu senso. A seguir apresentam-se os resultados da primeira

    etapa.

    5.1 Resultados da primeira etapa

    Ao final da primeira etapa obtiveram-se os dois primeiros conhecimentos que

    embasaram a pesquisa: o conhecimento baseado na literatura e o conhecimento fundamentado

    nas Normas. O resultado culminou com a elaborao do instrumento. A estrutura do

    questionrio foi dividida em trs partes de acordo com o perfil de competncias:

    Conhecimentos, Habilidades e Valores para o profissional contbil do setor pblico municipal no contexto da Nova Contabilidade Pblica. Os conhecimentos identificados pela

    anlise documental foram 7, conforme o quadro 6.

    Quadro 6 Lista de Conhecimentos CONHECIMENTOS Conhece sobre algo

    1

    Conhecer o funcionamento do sistema contbil e seus subsistemas de informaes orientados

    confiabilidade

    2 Conhecer sistemas gerenciais integrados visando informaes para tomada de decises

    3 Conhecer o planejamento integrado (plano plurianual e oramento) do setor pblico municipal

    4 Conhecer mtodos de apurao e anlise de custos

    5 Conhecer tcnicas de anlise e gerao de informaes complementares destinadas a vrios usurios

    6 Conhecer procedimentos de controle interno como suporte do sistema de informao contbil

    7 Conhecer fundamentos tericos e prticos bsicos de liderana e gesto de pessoas

    Fonte: Elaborao prpria.

  • 112 Carneiro & Silva Neto, 2015

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    As seis primeiras foram identificadas pelo contedo manifesto nas normas e a stima

    pelo contedo latente. Aps analisar a legislao e associar aos conhecimentos identificados e

    literatura, enumeraram-se 8 habilidades de acordo com quadro 7.

    Quadro 7 Lista de Habilidades HABILIDADES Saber fazer algo

    1 Saber planejar e orientar o uso do sistema contbil e seus subsistemas

    2 Saber propor medidas de aperfeioamento do sistema de informaes

    3 Ser capaz de analisar o planejamento do setor pblico municipal e integr-lo ao sistema contbil

    4 Saber aplicar mtodos de apurao de custos

    5 Ser capaz de analisar e interpretar informaes de custos no setor pblico

    6 Saber analisar as contas pblicas e avaliar o resultado da gesto

    7 Ser capaz de comunica-se efetivamente com o grupo de trabalho, gestores e o pblico

    8 Saber liderar as atividades de contabilidade do setor pblico municipal

    Fonte: Elaborao prpria.

    Por fim, com base na pesquisa de Tamayo (2008) e os conhecimentos e habilidades

    identificados agruparam-se 16 valores ou competncias ticas no quadro 8.

    Quadro 8 Lista de Valores VALORES Caractersticas/comportamentos

    1 Planejamento (elaborao de planos para evitar a improvisao na organizao)

    2 Probidade (administrar de maneira adequada o dinheiro pblico)

    3 Eficcia (fazer as tarefas de forma a atingir os objetivos esperados)

    4 Eficincia (executar as tarefas da organizao de forma certa)

    5 tica (pautar-se por um conjunto de regras de conduta e moral)

    6 Honestidade (promoo do combate corrupo na organizao)

    7 Organizao (existncia de normas claras e explcitas)

    8 Cooperao (clima de ajuda mtua)

    9 Abertura (promoo de um clima propcio s sugestes e ao dilogo)

    10 Criatividade (capacidade de inovar na organizao)

    11 Pontualidade (preocupao com o cumprimento de horrios e compromissos)

    12 Dedicao (promoo ao trabalho com afinco)

    13 Qualidade (compromissos com o aprimoramento dos produtos e servios)

    14 Qualificao recursos humanos (promover a capacitao e o treinamento dos servidores)

    15 Flexibilidade (administrao que se adapta a situaes concretas)

    16 Superviso (acompanhamento e avaliao contnuo de tarefas)

    Fonte: Elaborao prpria.

    Na sequncia sero demonstrados os resultados da segunda etapa.

    5.2 Resultados da segunda etapa

    Nesta seo apresentam-se os dados analisados referentes percepo dos contadores

    pblicos municipais quanto ao perfil de competncias apresentados atualmente, ou seja, antes

    da vigncia completa da Nova Contabilidade Pblica nos municpios. Os resultados da

    pesquisa para esta seo so aqueles que foram assinalados na coluna REAL do questionrio.

    Como o total de respondentes foi de 22, a margem de aceitao da discordncia de

    2,2 respondentes. Caso 3 respondentes (acima de 10% das percepes) assinalassem

  • 113 Carneiro & Silva Neto, 2015

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    Discordo ou Discordo Completamente para um determinado item de competncia, o mesmo seria excludo do perfil de competncias.

    Os dados apresentados nas tabelas a seguir foram organizados de forma que as

    percepes referentes Concordo Plenamente e Concordo foram reunidas em uma mesma coluna. A coluna Em Branco indica que um respondente no assinalou algum item de competncia.

    Utilizou-se para as colunas das tabelas a seguinte estrutura: (1) Concordo ou concordo

    plenamente, (2) Concordo parcialmente, (3) Discordo, (4) Discordo completamente e (5) Em

    branco. Na tabela 1 apresentam-se os resultados da percepo referentes dimenso

    Conhecimentos.

    Tabela 1 - Percepo da dimenso "Conhecimentos" atualmente

    CONHECIMENTOS - Conhecer sobre algo 1 2 3 4 5

    % % % % %

    Conhecer o funcionamento do sistema contbil e seus

    subsistemas de informaes orientados confiabilidade 63,64 27,27 4,55 0,00 4,55

    Conhecer sistemas gerenciais integrados visando

    informaes para tomada de decises 63,64 27,27 4,55 4,55 0,00

    Conhecer o planejamento integrado (plano plurianual e

    oramento) do setor pblico municipal 59,09 40,91 0,00 0,00 0,00

    Conhecer mtodos de apurao e anlise de custos 63,64 18,18 9,09 4,55 4,55

    Conhecer tcnicas de anlise e gerao de informaes

    complementares destinadas a vrios usurios 63,64 27,27 4,55 4,55 0,00

    Conhecer procedimentos de controle interno como

    suporte do sistema de informao contbil 63,64 22,73 9,09 0,00 4,55

    Conhecer fundamentos tericos e prticos bsicos de

    liderana e gesto de pessoas. 40,91 45,45 4,55 4,55 4,55

    Fonte: Dados da pesquisa, 2012.

    Os itens de Conhecimentos foram assinalados como Concordo ou Concordo Plenamente em torno de 60%, com exceo do Conhecer fundamentos tericos e prticos bsicos de liderana e gesto de pessoas. No entanto, ao considerar a percepo Concordo Parcialmente o ndice seria acima de 80%. Destaca-se o item Conhecer o planejamento integrado (plano plurianual e oramento) do setor pblico municipal que tem 100% ao se considerar as duas percepes de concordncia.

    O item da dimenso Conhecimentos a ser excludo Conhecer mtodos de apurao e anlise de custos que foi assinalado com discordncia acima de 13%, portanto, no foi considerado um item, atualmente, do perfil de competncia dos contadores.

    A percepo dos respondentes sobre a dimenso Habilidades est apresentada na

    tabela 2. Os itens da dimenso Habilidades a serem excludos, por terem apresentados ndices

    acima de 10%, so Saber aplicar mtodos de apurao de custos, Ser capaz de analisar e

  • 114 Carneiro & Silva Neto, 2015

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    interpretar informaes de custos no setor pblico e Saber analisar as contas pblicas e avaliar o resultado da gesto. Desse modo, tais habilidades no compem o perfil de competncia dos contadores pblicos municipais atualmente.

    Destacam-se os itens Ser capaz de analisar o planejamento do setor pblico municipal e integr-lo ao sistema contbil e Ser capaz de comunicar-se efetivamente com o grupo de trabalho, gestores e o pblico, que apresentaram 95% se consideradas as trs percepes de concordncia.

    Tabela 2 - Percepo da dimenso "Habilidades" atualmente

    HABILIDADES - Saber fazer algo 1 2 3 4 5

    % % % % %

    Saber planejar e orientar o uso do sistema contbil e seus

    subsistemas 59,09 31,82 4,55 0,00 4,55

    Saber propor medidas de aperfeioamento do sistema de

    informaes 45,45 45,45 4,55 0,00 4,55

    Ser capaz de analisar o planejamento do setor pblico

    municipal e integr-lo ao sistema contbil 50,00 45,45 4,55 0,00 0,00

    Saber aplicar mtodos de apurao de custos 63,64 18,18 9,09 4,55 4,55

    Ser capaz de analisar e interpretar informaes de custos no

    setor pblico 63,64 18,18 9,09 4,55 4,55

    Saber analisar as contas pblicas e avaliar o resultado da

    gesto 54,55 31,82 13,64 0,00 0,00

    Ser capaz de comunicar-se efetivamente com o grupo de

    trabalho, gestores e o pblico 54,55 40,91 0,00 0,00 4,55

    Saber liderar as atividades da contabilidade do setor pblico

    municipal 59,09 31,82 9,09 0,00 0,00

    Fonte: Dados da pesquisa, 2012.

    Quanto a dimenso Valores a percepo dos respondentes est apresentada na tabela 6.

    Sobre os itens de competncias ticas, ou Valores destaca-se o de Planejamento que obteve o maior nvel de concordncia. Considerando a coluna com as percepes Concordo e Concordo Plenamente o ndice acima de 70%, e se considerar a terceira percepo o ndice ficou acima de 95%. Outros itens da dimenso Valores que se destacou foram: tica, Eficincia, Honestidade e Qualidade. Conforme realado na tabela 3 os itens desta dimenso a serem desconsiderados do

    perfil de competncias, por obterem ndices acima de 10%, foram Qualificao de recursos humanos e Flexibilidade.

  • 115 Carneiro & Silva Neto, 2015

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    Tabela 3 - Percepo da dimenso "Valores" atualmente

    VALORES 1 2 3 4 5

    % % % % %

    Planejamento 72,73 22,73 0,00 4,55 0,00

    Probidade 63,64 27,27 0,00 0,00 9,09

    Eficcia 54,55 36,36 4,55 0,00 4,55

    Eficincia 68,18 22,73 0,00 4,55 4,55

    tica 77,27 13,64 0,00 4,55 4,55

    Honestidade 68,18 13,64 0,00 4,55 13,64

    Organizao 59,09 27,27 0,00 4,55 9,09

    Cooperao 59,09 22,73 4,55 4,55 9,09

    Abertura 63,64 18,18 0,00 9,09 9,09

    Criatividade 54,55 36,36 4,55 4,55 0,00

    Pontualidade 50,00 27,27 4,55 4,55 13,64

    Dedicao 59,09 27,27 0,00 4,55 9,09

    Qualidade 68,18 18,18 0,00 4,55 9,09

    Qualificao recursos humanos 45,45 31,82 4,55 9,09 9,09

    Flexibilidade 45,45 27,27 9,09 9,09 9,09

    Superviso 59,09 27,27 4,55 4,55 4,55

    Fonte: Dados da pesquisa, 2012.

    Segundo a opinio dos contadores pblicos municipais de Rondnia, no momento

    atual, ou seja, antes da vigncia completa das normas que consubstanciam a chamada Nova

    Contabilidade Pblica o perfil profissional no contempla: Conhecimentos relacionados a

    custos no setor pblico; Habilidades relacionadas a custos no setor pblico; Habilidades

    relacionadas anlise das contas pblicas e avaliao do resultado da gesto pblica; e

    Valores referentes qualificao de recursos humanos e flexibilidade.

    As NBCASP e MCASP determinam que os custos na gesto pblica devero ser tanto

    mensurados quanto contabilizados. O Plano de Contas nico e padronizado pela STN tem

    prazo para adoo de forma obrigatria a todos os entes da federao em 01 de janeiro de

    2014.

    Segundo os dados da pesquisa e a teoria, certamente os contadores pblicos dos

    municpios de Rondnia iro buscar prticas j uniformemente aceitas em outros estados ou

    da Unio Federal ou de outros pases a exemplo da contabilidade internacional (IFRS), cujas

    prticas j esto com convergncia completa na rea societria.

    No quadro 9 apresenta-se o perfil de competncias atuais, segundo a percepo dos

    profissionais contbeis dos municpios rondonienses e, com base nas NBCASP e no MCASP.

  • 116 Carneiro & Silva Neto, 2015

    As Competncias Essenciais dos Profissionais Contbeis em Face da Nova Contabilidade Pblica sob a Perspectiva dos Contadores de Rondnia

    Revista de Gesto, Finanas e Contabilidade, ISSN 2238-5320, UNEB, Salvador, v. 5, n. 3, p. 100-

    122, maio/ago., 2015.

    Quadro 9 - Perfil atual de competncias dos contadores municipais.

    Fonte: Elaborao prpria. Dados da pesquisa, 2012.

    No entanto, na anlise das percepes quanto ao perfil DESEJVEL, no houve

    nenhuma discordncia, e sim, forte concordncia. No quadro 10 procurou-se evidenciar as

    competncias desejveis por ordem crescente de concordncia, ou melhor, pelos itens que

    apresentaram maiores ndices de aceitao at os menores, segundo a percepo dos

    respondentes.

    Superviso (acompanhamento e avaliao contnuo de tarefas)

    Dedicao (promoo ao trabalho com afinco)

    Qualidade (compromisso com o aprimoramento dos produtos e servios)

    Cooperao (clima de ajuda mtua)

    Abertura (promoo de um clima propcio s sujestese ao dilogo)

    Criatividade (capacidade de inovar na organizao)

    Pontualidade (preocupao com o cumprimento de horrios e compromissos)

    Eficincia (executar as tarefas da organizao de forma certa)

    tica (pautar-se por um conjunto de regras de conduta e moral)

    Honestidade (promoo do combate corrupo na organizao)

    Organizao (existncia de normas claras e explcitas)

    VALORES

    Planejamento (elaborao de planos para evitar a improvisao na organizao)

    Probidade (administrar de maneira adequada o dinheiro pblico)

    Eficcia (fazer as tarefas de forma a atingir os objetivos esperados)

    Saber liderar as atividades da contabilidade do setor pblico municipal

    Ser capaz de comunicar-se efetivamente com o grupo de trabalho, gestores e o pblico

    Ser capaz de analisar o planejamento do setor pblico municipal e integr-lo ao sistema contbil

    Saber propor medidas de aperfeioamento do sistema de informaes

    Saber planejar e orientar o uso do sistema contbil e seus subsistemas

    HABILIDADES

    Conhecer fundamentos tericos e prticos bsicos de liderana e gesto de pessoas.

    Conhecer procedimentos de controle interno como suporte do sistema de informao contbil

    CONHECIMENTOS

    Conhecer sistemas gerenciais integrados visando informaes para tomada de decises

    Conhecer o planejamento integrado (plano plurianual e oramento) do setor pblico municipal

    Conhecer tcnicas de anlise e gerao de informaes complementares destinadas a vrios usurios

    Conhecer o funcionamento do sistema contbil e seus subsistemas de informaes orientados confiabilidade

  • 117 Carneiro & Silva Neto, 2015

    As Competncias Essenciais dos Profissionais Contbeis em Face da Nova Contabilidade Pblica sob a Perspectiva dos Contadores de Rondnia

    Revista de Gesto, Finanas e Contabilidade, ISSN 2238-5320, UNEB, Salvador, v. 5, n. 3, p. 100-

    122, maio/ago., 2015.

    Quadro 10 - Perfil de competncias do contador municipal no contexto da NCP.

    Fonte: Dados da pesquisa, 2012.

    5.3 Discusso

    Quanto dimenso do perfil de competncias Conhecimentos no houve consenso quanto aos conhecimentos relacionados a custos no setor pblico, ou seja, no uma

    competncia presente entre os contadores municipais, mas que dever ser, conforme opinio

    destes, no contexto da vigncia completa das normas, mesmo por que h a exigncia das

    mesmas para implementao de sistemas de custos, mas no incio de 2015 ainda h muitos

    municpios sem desenvolver o sistema.

    O item de competncia referente a conhecer, em termos tericos e prticos, sobre

    liderana, apresentou baixa concordncia, e, portanto, considerado um ponto fraco, tambm,

    atualmente, entre os profissionais. Houve concordncia geral de que todos os itens desta

    dimenso so importantes e que devem ser aperfeioados ou desenvolvidos no contexto da

    vigncia completa das normas.

    CONHECIMENTOS

    Conhecer mtodos de apurao e anlise de custos

    Conhecer tcnicas de anlise e gerao de informaes complementares destinadas a vrios usurios

    Conhecer o funcionamento do sistema contbil e seus subsistemas de informaes orientados confiabilidade

    Conhecer procedimentos de controle interno como suporte do sistema de informao contbil

    Saber planejar e orientar o uso do sistema contbil e seus subsistemas

    HABILIDADES

    Conhecer fundamentos tericos e prticos bsicos de liderana e gesto de pessoas.

    Conhecer o planejamento integrado (plano plurianual e oramento) do setor pblico municipal

    Conhecer sistemas gerenciais integrados visando informaes para tomada de decises

    Ser capaz de analisar o planejamento do setor pblico municipal e integr-lo ao sistema contbil

    Saber propor medidas de aperfeioamento do sistema de informaes

    Saber liderar as atividades da contabilidade do setor pblico municipal

    Ser capaz de comunicar-se efetivamente com o grupo de trabalho, gestores e o pblico

    Ser capaz de analisar e interpretar informaes de custos no setor pblico

    Saber aplicar mtodos de apurao de custos

    Saber analisar as contas pblicas e avaliar o resultado da gesto

    VALORES

    Honestidade (promoo do combate corrupo na organizao)

    Dedicao (promoo ao trabalho com afinco)

    Qualidade (compromisso com o aprimoramento dos produtos e servios)

    Qualificao de recursos humanos (promover a capacitao e o treinamento dos empregados

    tica (pautar-se por um conjunto de regras de conduta e moral)

    Probidade (administrar de maneira adequada o dinheiro pblico)

    Superviso (acompanhamento e avaliao contnuo de tarefas)

    Organizao (existncia de normas claras e explcitas)

    Cooperao (clima de ajuda mtua)

    Abertura (promoo de um clima propcio s sujestese ao dilogo)

    Pontualidade (preocupao com o cumprimento de horrios e compromissos)

    Eficincia (executar as tarefas da organizao de forma certa)

    Planejamento (elaborao de planos para evitar a improvisao na organizao)

    Criatividade (capacidade de inovar na organizao)

    Flexibilidade (administrao que se adapta a situao concreta

    Eficcia (fazer as tarefas de forma a atingir os objetivos esperados)

  • 118 Carneiro & Silva Neto, 2015

    As Competncias Essenciais dos Profissionais Contbeis em Face da Nova Contabilidade Pblica sob a Perspectiva dos Contadores de Rondnia

    Revista de Gesto, Finanas e Contabilidade, ISSN 2238-5320, UNEB, Salvador, v. 5, n. 3, p. 100-

    122, maio/ago., 2015.

    Sobre a dimenso Habilidades, atualmente, no h consenso de que as competncias relativas aos mtodos de mensurao anlise e interpretao de custos do setor pblico,

    anlise e de contas pblicas e avaliao do resultado da gesto pblica so reais entre os

    profissionais. No entanto, todos os itens de competncia desta dimenso so, tambm,

    importantes e devem ser aperfeioadas ou desenvolvidas no contexto de 2014, conforme a

    concordncia dos contadores.

    Na dimenso Valores os itens qualificao de recursos humanos e flexibilidade no foram consenso entre os profissionais de que, atualmente, esto presentes como competncia

    profissional dos contadores do setor pblico municipal. Mas, igualmente s dimenses

    Conhecimentos e Habilidades, na dimenso de competncia Valores todos os itens identificados no instrumento de pesquisa obtiveram concordncia de forma unnime, para o

    contexto de 2014.

    A diferena entre o perfil de competncias atual, real ou presentes (quadro 9) e o perfil

    desejvel (quadro 10) que, nesta h na dimenso Conhecimentos a competncia Conhecer mtodos de apurao e anlise de custos e na dimenso Habilidades a competncia Saber aplicar mtodos de apurao de custos, alm de outras duas competncias. Ou seja, no momento, os contadores ainda no desenvolveram tais

    competncias, mas concordam, por unanimidade que devem fazer parte do perfil desejvel.

    O profissional dever atentar-se, ainda, para a comunicao efetiva tanto com o grupo

    de trabalho quanto com os gestores e o pblico, pois seu papel, da em diante, ser mais de

    assessoria. Esse resultado se coaduna com a pesquisa de Cardoso, Riccio e Albuquerque

    (2009). O ensino de Castro (2010), que participou na elaborao e orientao das NBCASP,

    de que em pouco tempo o contador no precisar gerar informaes, e sim, conhecimento.

    6 CONCLUSES

    O objetivo do estudo consistiu em identificar o perfil e as competncias que dever o

    contador do setor pblico municipal apresentar ou desenvolver face ao desafio da aderncia

    do profissional no contexto da Nova Contabilidade Pblica sob a perspectiva dos contadores

    de Rondnia. Desse modo, construiu-se e validou-se o instrumento de pesquisa que foi

    submetido na fase do pr-teste para, posteriormente, ser aplicado na fase final da pesquisa.

    Com a evoluo tecnolgica e do conhecimento humano a atividade profissional se

    desenvolve constantemente o que torna imprescindvel o estudo peridico de competncias. A

    internacionalizao da contabilidade tambm um fator que propicia tais estudos, devido s

    grandes mudanas nas normas e prticas contbeis brasileiras com vistas padronizao e ao

    alinhamento s normas e prticas contbeis internacionais, tanto no setor pblico quanto no

    societrio.

    Por meio dos dois primeiros conhecimentos possibilitou-se elaborar o instrumento de

    pesquisa que fora validado na fase do pr-teste. Este foi aplicado durante um evento

    promovido pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondnia onde estiveram presentes os

    profissionais contbeis que responderam ao questionrio. Profissionais que no eram chefes

    diretos da contabilidade municipal. Todos consideraram importantes os itens de competncia

    inicialmente identificados na fase qualitativa da anlise documental, o que tornou vlido o

    instrumento de pesquisa. Para sua elaborao os documentos analisados foram as Normas

    Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Pblico e o Manual de Contabilidade

    Aplicado ao Setor Pblico.

    Na ltima etapa procurou-se obter o terceiro e ltimo conhecimento relativo

    percepo dos contadores Chefes de Contadoria, ou com cargo com nomenclaturas

  • 119 Carneiro & Silva Neto, 2015

    As Competncias Essenciais dos Profissionais Contbeis em Face da Nova Contabilidade Pblica sob a Perspectiva dos Contadores de Rondnia

    Revista de Gesto, Finanas e Contabilidade, ISSN 2238-5320, UNEB, Salvador, v. 5, n. 3, p. 100-

    122, maio/ago., 2015.

    equivalentes, responsveis pela contabilidade municipal. Os contadores identificaram, com

    base em sua opinio, os itens de competncia que concordam ou discordam que apresentam,

    atualmente, nos seus cargos, e queles que devero aperfeioar ou desenvolver no contexto da

    vigncia completa das NBCASP.

    Conclui-se que os profissionais contbeis municipais, no mbito do estado de

    Rondnia, devero desenvolver competncias relacionadas a custos aplicados ao setor

    pblico, anlise das contas pblicas, avaliao de resultados na gesto pblica municipal,

    liderana, qualificao de recursos humanos e flexibilidade.

    Aps a anlise dos dados na etapa final, percebeu-se um perfil do contador do setor

    pblico municipal no cenrio da Nova Contabilidade Pblica para 2014 em diante. Desse

    modo, a formao necessria o bacharelado em Cincias Contbeis com nfase em sistemas

    de informaes, custos, anlise contbil, patrimonial, oramentrio e financeiro, bem como

    liderana de equipe (gesto de pessoas por competncia em sua rea de atuao) e

    comunicao. O atributo liderana, identificado pelo contedo latente nas normas, ser

    fundamental devido a necessidade de uma equipe contbil maior para atender todas as

    exigncias da NBCASP e do MCASP e, tambm, da Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Portanto, o tcnico em contabilidade com nvel mdio no tem formao suficiente

    para o desafio da aderncia Nova Contabilidade Pblica, devido ao fato de, por exemplo,

    no constar na grande de ensino mdio conhecimentos como liderana e sistemas de

    informao e anlise de custos.

    Acredita-se que este estudo contribuiu para os profissionais contbeis dos municpios,

    que podem, observando os resultados apontados, se prepararem ou se aperfeioarem, para o

    desafio da aderncia Nova Contabilidade Pblica, da internacionalizao da contabilidade,

    ao desenvolveram um perfil como bacharel em Cincias Contbeis com nfase em sistemas de

    informaes, custos, anlise contbil, patrimonial, oramentrio e financeiro, bem como

    liderana de equipe. Contribuiu, tambm, para que os gestores pblicos percebam a

    necessidade de qualificao desses profissionais ou na oportunidade de novas contrataes,

    via concurso pblico, exigir esse perfil de competncias ora estudado que um diferencial

    imprescindvel para uma contabilidade pblica municipal seriamente estruturada, com direo

    para a tomada de deciso segura e, ainda, conforme as NBCASP, promover, com sucesso, a

    instrumentalizao do controle social.

    A limitao do estudo est na baixa participao dos profissionais que optaram em no

    responder ou participar da pesquisa. O retorno foi de 22 respostas, o que representou,

    aproximadamente, 42% da amostra, portanto, acima de 25%, a mdia de devoluo de acordo

    com Marconi e Lakatos (2009).

    Recomenda-se ampliar amostra com os profissionais de municpios de outros estados,

    bem como outras pesquisas com contadores estaduais ou federais, e especialistas dos

    Tribunais de Contas e Controladorias Pblicas. Sugere-se ainda nova pesquisa com a

    utilizao de outras tcnicas como, por exemplo, entrevistas ou pesquisa-ao.

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    Agradecimentos

    Agradecemos ao Conselho Regional de Contabilidade CRC RO pelo apoio prestado na pesquisa.