7326108 Gestao Da Manutencao Curso Tecnico

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    Gesto daManuteno

    SENAI CFP ALVIMAR CARNEIRO DE REZENDE

    SENAI-CFP Alvimar Carneiro de Rezende

    Via Scrates Marianni Bittencourt, 711 CINCOCONTAGEM MG Cep. 32010-010Tel. 31-3352-2384 E-mail: [email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]
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    Presidente da FIEMGRobson Braga de Andrade

    Gestor do SENAI

    Petrnio Machado Zica

    Diretor Regional do SENAI e

    Superintendente de Conhecimento e Tecnologia

    Alexandre Magno Leo dos Santos

    Gerente de Educao e TecnologiaEdmar Fernando de Alcntara

    Elaborao

    Adriana Louzada Pereira e Fbio Lcio neves.

    Unidade Operacional

    Centro de Formao Profissional Alvimar Carneiro de Rezende

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    Sumrio

    PRESIDENTEDA FIEMG............................................................................................... ........2

    APRESENTAO..........................................................................................6

    UM BREVE HISTRICO.................................................................................7

    CONCEITO E OBJETIVOS...............................................................................8

    SERVIOS DE ROTINA E SERVIOS PERIDICOS............................................8

    TIPOS DE MANUTENO..............................................................................9

    PLANEJAMENTO, PROGRAMAO E CONTROLE...........................................10

    ORGANIZAO E ADMINISTRAO.............................................................11

    A ORIGEM DA TPM....................................................................................12

    EVOLUO DO CONCEITO DE MANUTENO...............................................13

    OBJETIVOS DA TPM...................................................................................14

    EFEITOS DA TPM NA MELHORIA DOS RECURSOS HUMANOS.........................16

    ROTINA DE PLANEJAMENTO.......................................................................17

    SEQNCIA PARA PLANEJAMENTO..............................................................17

    DIAGRAMA ESPINHA DE PEIXE...................................................................18

    DIAGRAMA DE GANTT................................................................................18

    MTODOS PERT - CPM...............................................................................19

    MTODO CPM...........................................................................................19

    CONSTRUO DO DIAGRAMA CPM.............................................................21

    O CAMINHO CRTICO.................................................................................22

    RESULTADO FINAL DA APLICAO DO CPM.................................................23

    CONCEITOS..............................................................................................24

    OBJETIVOS................................................................................................26

    DESENVOLVIMENTO..................................................................................27

    EXECUO DA MANUTENO PREVENTIVA.................................................28

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    CONCEITO DE MANUTENO PREDITIVA.....................................................31

    OBJETIVOS DA MANUTENO PREDITIVA....................................................31

    EXECUO DA MANUTENO PREDITIVA....................................................31

    DIAGNSTICO...........................................................................................32

    ANLISE DA TENDNCIA DA FALHA............................................................32

    ESTUDO DAS VIBRAES...........................................................................32

    ANLISE DOS LEOS.................................................................................33

    ANLISE DO ESTADO DAS SUPERFCIES .....................................................34

    ANLISE ESTRUTURAL...............................................................................35

    PERIODICIDADE DOS CONTROLES..............................................................35

    LIMITES TCNICOS DA MANUTENO PREDITIVA........................................36

    MANUTENO CORRETIVA AQUELA DE ATENDIMENTO IMEDIATO

    PRODUO. ESSE TIPO DE MANUTENO BASEIA-SE NA SEGUINTE FILOSOFIA:

    EQUIPAMENTO PAROU, MANUTENO CONCERTA IMEDIATAMENTE...........37

    NOME DO CAPTULO..................................................................................62

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.................................................................63

    7. ANLISE DE FALHAS EM MQUINAS............................................378. MANUTENO ELETROELETRNICA I1.........................................40

    9. MANUTENO ELETROELETRNICA II..........................................45

    10. BIBLIOGRAFIA..........................................................................50

    11. EXERCCIOS.............................................................................51

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    Apresentao

    Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade doconhecimento.

    Peter Drucker

    O ingresso na sociedade da informao exige mudanas profundas em todos osperfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produo,coleta, disseminao e uso da informao.

    O SENAI, maior rede privada de educao profissional do pas, sabe disso, e,consciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a gide do conceitoda competncia: formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo,com iniciativa na resoluo de problemas, com conhecimentos tcnicos aprofundados,

    flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e conscincia da necessidade de

    educao continuada.

    Vivemos numa sociedade da informao. O conhecimento, na sua reatecnolgica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualizao sefaz necessria. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliogrfico, da sua infovia,da conexo de suas escolas rede mundial de informaes internet toimportante quanto zelar pela produo de material didtico.

    Isto porque, nos embates dirios, instrutores e alunos, nas diversas oficinas elaboratrios do SENAI, fazem com que as informaes, contidas nos materiaisdidticos, tomem sentido e se concretizem em mltiplos conhecimentos.

    O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didticos, aguar a suacuriosidade, responder s suas demandas de informaes e construir links entre

    os diversos conhecimentos, to importantes para sua formao continuada!Gerncia de Educao e Tecnologia

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    1. GESTO DA MANUTENO

    Com a globalizao da economia, a busca da qualidade total em servios,produtos e gerenciamento ambiental passou a ser a meta de todas as empresas.

    O que a manuteno tem a ver com a qualidade total?

    Disponibilidade de mquina, aumento da competitividade, aumento dalucratividade, satisfao dos clientes, produtos com defeito zero...

    No entendeu???

    Vamos comparar. Imagine que eu seja um fabricante de rolamentos e que tenhaconcorrentes no mercado. Pois bem, para que eu venha a manter meus clientes econquistar outros, precisarei tirar o mximo rendimento de minhas mquinas para

    oferecer rolamentos com defeito zero e preo competitivo.

    Deverei, tambm, estabelecer um rigoroso cronograma de fabricao e deentrega de meus rolamentos. Imagine voc que eu no faa manuteno deminhas mquinas...

    Se eu no tiver um bom programa de manuteno, os prejuzos sero inevitveis,pois mquinas com defeitos ou quebradas causaro:

    diminuio ou interrupo da produo;

    atrasos nas entregas;

    perdas financeiras;

    aumento dos custos;

    rolamentos com possibilidades de apresentar defeitos de fabricao;

    insatisfao dos clientes;

    perda de mercado.

    Para evitar o colapso de minha empresa devo, obrigatoriamente, definir umprograma de manuteno com mtodos preventivos a fim de obter rolamentosnas quantidades previamente estabelecidas e com qualidade. Tambm devo

    incluir, no programa, as ferramentas a serem utilizadas e a previso da vida til decada elemento das mquinas.

    Todos esses aspectos mostram a importncia que se deve dar a manuteno.

    UM BREVE HISTRICOUM BREVE HISTRICO

    A manuteno embora despercebida, sempre existiu, mesmo nas pocas maisremotas. Comeou a ser conhecida com o nome de manuteno por volta do

    sculo XVI na Europa central, juntamente com o surgimento do relgio mecnico,quando surgiram os primeiros tcnicos em montagem e assistncia.

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    Tomou corpo ao longo da Revoluo Industrial e firmou-se, como necessidadeabsoluta, na Segunda Guerra Mundial. No princpio da reconstruo ps-guerra,Inglaterra, Alemanha, Itlia e principalmente o Japo aliceraram seudesempenho industrial nas bases da engenharia e manuteno.

    Nos ltimos anos, com a intensa concorrncia, os prazos de entrega dos produtospassaram a ser relevantes para todas as empresas. Com isso, surgiu a motivaopara se prevenir contra as falhas de mquinas e equipamentos.

    Essa motivao deu origem manuteno preventiva.

    Em suma, nos ltimos vinte anos que tem havido preocupao de tcnicos eempresrios para o desenvolvimento de tcnicas especficas para melhorar ocomplexo sistema Homem/Mquina/Servio.

    CONCEITO E OBJETIVOSCONCEITO E OBJETIVOS

    Podemos entender manuteno como o conjunto de cuidados tcnicosindispensveis ao funcionamento regular e permanente de mquinas,equipamentos, ferramentas e instalaes. Esses cuidados envolvem aconservao, a adequao o, a restaurao, a substituio e a preveno.

    Por exemplo, quando mantemos as engrenagens lubrificadas, estamosconservando-as. Se estivermos retificando uma mesa de desempeno, estaremosrestaurando-a. Se estivermos trocando o plugue de um cabo eltrico, estaremos

    substituindo-o.

    De modo geral, a manuteno em uma empresa tem como objetivos: manter equipamentos e mquinas em condies de pleno funcionamento para

    garantir a produo normal e a qualidade dos produtos; prevenir provveis falhas ou quebras dos elementos das mquinas.

    Alcanar esses objetivos requer manuteno diria em servios de rotina e dereparos peridicos programados.

    A manuteno ideal de uma mquina a que permite alta disponibilidade para aproduo durante todo o tempo em que ela estiver em servio e a um custoadequado.

    SERVIOS DE ROTINA E SERVIOS PERIDICOSSERVIOS DE ROTINA E SERVIOS PERIDICOS

    Os servios de rotina constam de inspeo e verificao das condies tcnicasdas unidades das mquinas. A deteco e a identificao de pequenos defeitosdos elementos das mquinas, a verificao dos sistemas de lubrificao e aconstatao de falhas de ajustes so exemplos dos servios da manuteno de

    rotina.

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    A responsabilidade pelos servios de rotina no somente do pessoal damanuteno, mas tambm de todos os operadores de mquinas. Salientemosque h, tambm, manuteno de emergncia ou corretiva que ser estudada logoadiante.

    Os servios peridicos de manuteno consistem de vrios procedimentos quevisam manter a mquina e equipamentos em perfeito estado de funcionamento.

    Esses procedimentos envolvem vrias operaes:

    monitorar as partes da mquina sujeitas a maiores desgastes;

    ajustar ou trocar componentes em perodos predeterminados;

    exame dos componentes antes do trmino de suas garantias;

    replanejar, se necessrio, o programa de preveno;

    testar os componentes eltricos etc.

    Os servios peridicos de manuteno podem ser feitos durante paradas longasdas mquinas por motivos de quebra de peas (o que deve ser evitado) ou outrasfalhas, ou durante o planejamento de novo servio ou, ainda, no horrio demudana de turnos.

    As paradas programadas visam a desmontagem completa da mquina paraexame de suas partes e conjuntos. As partes danificadas, aps exame, sorecondicionadas ou substitudas. A seguir, a mquina novamente montada etestada para assegurar a qualidade exigida em seu desempenho.

    Reparos no programados tambm ocorrem e esto inseridos na categoriaconhecida pelo nome de manuteno corretiva. Por exemplo, se uma furadeira debancada estiver em funcionamento e a correia partir, ela dever ser substituda deimediato para que a mquina no fique parada.

    O acompanhamento e o registro do estado da mquina, bem como dos reparosfeitos, so fatores importantes em qualquer programa de manuteno.

    TIPOS DE MANUTENOTIPOS DE MANUTENO

    H dois tipos de manuteno: a planejada e a no planejada.

    A manuteno planejada classifica-se em quatro categorias: preventiva, preditiva,TPM e Terotecnologia.

    A manuteno preventiva consiste no conjunto de procedimentos e aesantecipadas que visam manter a mquina em funcionamento.

    A manuteno preditiva um tipo de ao preventiva baseada no conhecimentodas condies de cada um dos componentes das mquinas e equipamentos.Esses dados so obtidos por meio de um acompanhamento do desgaste de

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    peas vitais de conjuntos de mquinas e de equipamentos. Testes peridicos soefetuados para determinar a poca adequada para substituies ou reparos depeas. Exemplos: anlise de vibraes, monitoramento de mancais ,etc.

    A TPM (Manuteno Produtiva Total) foi desenvolvida no Japo, num modelo

    calcado no conceito de minha mquina, cuido eu.

    A Terotecnologia uma tcnica inglesa que determina a participao de umespecialista em manuteno desde a concepo do equipamento at suainstalao e primeiras horas de produo. Com a terotecnologia, obtm-seequipamentos que facilitam a interveno dos mantenedores.

    Modernamente h empresas que aplicam o chamado retrofitting, que soreformas de equipamentos com atualizao tecnolgica. Por exemplo, reformarum torno mecnico convencional transformando-o em torno CNC um caso deretrofitting.

    A manuteno no planejada classifica-se em duas categorias: a corretiva e a deocasio.A manuteno corretiva tem o objetivo de localizar e reparar defeitos emequipamentos que operam em regime de trabalho contnuo.

    A manuteno de ocasio consiste em fazer consertos quando a mquina seencontra parada.

    Planejamento, programao e controlePlanejamento, programao e controle

    Nas instalaes industriais, as paradas para manuteno constituem umapreocupao constante para a programao da produo. Se as paradas noforem previstas, ocorrem vrios problemas, tais como: atrasos no cronograma defabricao, indisponibilidade da mquina, elevao dos custos, etc.

    Para evitar esses problemas, as empresas introduziram, em termosadministrativos, o planejamento e a programao da manuteno. No Brasil, oplanejamento e a programao da manuteno foram introduzidos durante osanos 60.

    A funo planejar significa conhecer os trabalhos, os recursos para execut-los etomar decises.

    A funo programar significa determinar pessoal, dia e hora para execuo dostrabalhos.

    Um plano de manuteno deve responder as seguintes perguntas:

    Como?

    O qu? Em quanto tempo?

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    Quem?

    Quando?

    Quanto?

    As trs primeiras perguntas so essenciais para o planejamento e as trs ltimas,imprescindveis para a programao.O plano de execuo deve ser controlado para se obter informaes que orientema tomada de deciso quanto a equipamentos e equipes de manuteno.

    O controle feito por meio de coleta e tabulao de dados, seguidos deinterpretao, desta forma que so estabelecidos os padres ou normas detrabalho.

    Organizao e administraoOrganizao e administrao

    Por organizao do servio de manuteno podemos entender a maneira comose compem, se ordenam e se estruturam os servios para o alcance dosobjetivos visados.

    A administrao do servio de manuteno tem o objetivo de normatizar asatividades, ordenar os fatores de produo, contribuir para a produo e aprodutividade com eficincia, sem desperdcios e retrabalho.

    O maior risco que a manuteno pode sofrer, especialmente nas grandesempresas, o da perda do seu principal objetivo, por causa, principalmente, dafalta de organizao e de uma administrao excessivamente burocratizada.

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    02. PLANEJAMENTO, ORGANIZAO,ADMINISTRAO

    Durante muito tempo as indstrias funcionaram com o sistema de manuteno

    corretiva. Com isso, ocorriam desperdcios, retrabalhos, perda de tempo eesforos humanos, alm de prejuzos financeiros.

    A partir de uma anlise desse problema, passou-se a dar nfase na manutenopreventiva. Com enfoque nesse tipo de manuteno, foi desenvolvido o conceitode manuteno produtiva total, conhecido pela sigla TPM (total productivemaintenance), que inclui programa de manuteno preventiva e preditiva.

    A origem da TPMA origem da TPM

    A manuteno preventiva teve sua origem nos Estados Unidos e foi introduzida noJapo em 1950.

    At ento, a indstria japonesa trabalhava apenas com o conceito de manutenocorretiva, aps a falha da mquina ou equipamento. Isso representava um custo eum obstculo para a melhoria da qualidade.

    A primeira indstria japonesa a aplicar e obter os efeitos do conceito demanuteno preventiva, tambm chamada de PM (preventive maintenance) foi aToa Nenryo Kogyo, em 1951. So dessa poca as primeiras discusses a

    respeito da importncia da manutenibilidade e suas conseqncias para otrabalho de manuteno.

    Em 1960, ocorre o reconhecimento da importncia da manutenibilidade e daconfiabilidade como sendo pontos-chave para a melhoria da eficincia dasempresas. Surgiu, assim, a manuteno preventiva, ou seja, o enfoque damanuteno passou a ser o de confiana no setor produtivo quanto qualidadedo servio de manuteno realizado.

    Na busca de maior eficincia da manuteno produtiva, por meio de um sistemacompreensivo, baseado no respeito individual e na total participao dosempregados, surgiu a TPM, em 1970, no Japo.

    Nessa poca era comum:

    avano na automao industrial;

    busca em termos da melhoria da qualidade;

    aumento da concorrncia empresarial;

    emprego do sistema just-in-time;

    maior conscincia de preservao ambiental e conservao de energia;

    dificuldades de recrutamento de mo-de-obra para trabalhos considerados sujos,

    pesados ou perigosos; aumento da gesto participativa e surgimento do operrio polivalente.

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    Todas essas ocorrncias contriburam para o aparecimento da TPM.

    A empresa usuria da mquina se preocupava em valorizar e manter o seupatrimnio, pensando em termos de custo do ciclo de vida da mquina ou

    equipamento. No mesmo perodo, surgiram outras teorias com os mesmosobjetivos.

    Evoluo do conceito de manutenoEvoluo do conceito de manuteno

    O quadro a seguir mostra a evoluo do conceito de manuteno ao longo dotempo.

    PERODOSAT DCADA DE

    1950DCADA DE 1950 DCADA DE 1960 DCADA DE 1980

    ESTGIOS CONCEITOSMANUTENO

    CORRETIVAMANUTENOPREVENTIVA

    MANUTENOSISTEMA DEPRODU O

    TPM- MANUTENOPRODUTIVA TOTAL

    REPARO CORRETIVOX X X X

    GESTO MECNICA DAMANUTENO X X X

    MANUTENESPREVENTIVAS X X X

    VISO SISTMICAX X

    MANUTENO CORRETIVACOM INCORPORAO DE

    X X

    PREVENO DE

    MANUTENO

    X X

    MANUTENO PREDITIVA X

    ABORDAGEM PARTICIPATIVA X

    MANUTENO AUTNOMA X

    Os cinco pilares da TPM so as bases sobre as quais construmos um programade TPM, envolvendo toda a empresa e habilitando-a para encontrar metas, taiscomo defeito zero, falhas zero, aumento da disponibilidade de equipamento elucratividade.

    Os cinco pilares so representados por:

    eficincia;

    auto-reparo;

    planejamento;

    treinamento;

    ciclo de vida.

    Esquematicamente:

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    Os cinco pilares so baseados nos seguintes princpios:

    Atividades que aumentam a eficincia do equipamento.

    Estabelecimento de um sistema de manuteno autnomo pelos operadores.

    Estabelecimento de um sistema planejado de manuteno. Estabelecimento de um sistema de treinamento objetivando aumentar ashabilidades tcnicas.o pessoal.

    Estabelecimento de um sistema de gerenciamento do equipamento.

    Objetivos da TPMObjetivos da TPM

    O objetivo global da TPM a melhoria da estrutura da empresa em termosmateriais (mquinas, equipamentos, ferramentas, matria-prima, produtos, etc.) eem termos humanos (aprimoramento das capacitaes pessoais envolvendoconhecimentos, habilidades e atitudes). A meta a ser alcanada o rendimentooperacional global.

    As melhorias devem ser conseguidas por meio dos seguintes passos:

    Capacitar os operadores para conduzir a manuteno de forma voluntria.

    Capacitar os mantenedores a serem polivalentes, isto , atuarem emequipamentos mecatrnicos.

    Capacitar os engenheiros a projetarem equipamentos que dispensemmanuteno, isto , o ideal da mquina descartvel.

    Incentivar estudos e sugestes para modificao dos equipamentos existentes afim de melhorar seu rendimento.

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    EF

    ICINCIA

    EF

    ICINCIA

    AU

    TO-

    REPARO

    AU

    TO-

    REPARO

    TR

    EINAMENTO

    TR

    EINAMENTO

    PL

    ANEJAMENTO

    PL

    ANEJAMENTO

    CICLOD

    EVIDA

    CICLOD

    EVIDA

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    . Aplicar o programa dos oito S:

    1. Seiri = organizao; implica eliminar o suprfluo.

    2. Seiton = arrumao; implica identificar e colocar tudo em ordem .

    3. Seiso = limpeza; implica limpar sempre e no sujar.

    4. Seiketsu = padronizao; implica manter a arrumao, limpeza e ordem emtudo.

    5. Shitsuke = disciplina; implica a autodisciplina para fazer tudoespontaneamente.

    6. Shido = treinar; implica a busca constante de capacitao pessoal.

    7. Seison = eliminar as perdas.

    8. Shikari yaro = realizar com determinao e unio.

    Eliminar as seis grandes perdas:

    1. Perdas por quebra.

    2. Perdas por demora na troca de ferramentas e regulagem.3. Perdas por operao em vazio (espera).

    4. Perdas por reduo da velocidade em relao ao padro normal.

    5. Perdas por defeitos de produo.

    6. Perdas por queda de rendimento.

    Aplicar as cinco medidas para obteno da quebra zero:

    1. Estruturao das condies bsicas.

    2. Obedincia s condies de uso.

    3. Regenerao do envelhecimento.

    4. Sanar as falhas do projeto (terotecnologia).5. Incrementar a capacitao tcnica.

    A idia da quebra zero baseia-se no conceito de que a quebra a falha visvel. Afalha visvel causada por uma coleo de falhas invisveis como um iceberg.Logo, se os operadores e mantenedores estiverem conscientes de que devemevitar as falhas invisveis, a quebra deixar de ocorrer.As falhas invisveis normalmente deixam de ser detectadas por motivos fsicos epsicolgicos.

    Motivos fsicos

    As falhas no so visveis por estarem em local de difcil acesso ou encobertaspor detritos e sujeiras.

    Motivos psicolgicos

    As falhas deixam de ser detectadas devido falta de interesse ou de capacitaodos operadores ou mantenedores.

    Manuteno autnoma

    Na TPM os operadores so treinados para supervisionarem e atuarem comomantenedores em primeiro nvel. Os mantenedores especficos so chamados

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    quando os operadores de primeiro nvel no conseguem solucionar o problema.Assim, cada operador assume suas atribuies de modo que tanto a manutenopreventiva como as de rotina estejam constantemente em ao. Segue umarelao de suas principais atividades:

    Operao correta de mquinas e equipamentos.

    Aplicao dos oito S. Registro dirio das ocorrncias e aes.

    Inspeo autnoma.

    Monitorao com base nos seguintes sentidos humanos: viso, audio, olfato etato.

    Lubrificao.

    Elaborao de padres (procedimentos).

    Execuo de regulagens simples.

    Execuo de reparos simples.

    Execuo de testes simples. Aplicao de manuteno preventiva simples.

    Preparao simples (set-up).

    Participao em treinamentos e em grupos de trabalho.

    Efeitos da TPM na melhoria dos recursos humanosEfeitos da TPM na melhoria dos recursos humanos

    Na forma como proposta, a TPM oferece plenas condies para o

    desenvolvimento das pessoas que atuam em empresas preocupadas commanuteno. A participao de todos os envolvidos com manuteno resulta nosseguintes benefcios:

    Realizao (autoconfiana).

    Aumento da ateno no trabalho.

    Aumento da satisfao pelo trabalho em si (enriquecimento de cargo).

    Melhoria do esprito de equipe.

    Melhoria nas habilidades de comunicao entre as pessoas.

    Aquisio de novas habilidades.

    Crescimento atravs da participao. Maior senso de posse das mquinas.

    Diminuio da rotatividade de pessoal.

    Satisfao pelo reconhecimento.

    Para finalizar a manuteno no deve ser apenas aquela que conserta, mas, sim,aquela que elimina a necessidade de consertar (Annimo).

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    03. CPM (CRITIC PATH METHOD) MTODO DOCAMINHO CRTICO

    O servio de manuteno de mquinas indispensvel e deve ser constante. Por

    outro lado, necessrio manter a produo, conforme o cronogramaestabelecido.

    Esses dois aspectos levantam a questo de como conciliar o tempo com asparadas das mquinas para manuteno sem comprometer a produo. Veremoscomo as empresas conciliam o tempo com as paradas das mquinas,considerando a produo.

    Rotina de planejamentoRotina de planejamento

    O setor de planejamento recebe as requisies de servio, analisa o que e comodeve ser feito, quais as especialidades e grupos envolvidos, e os materiais eferramentas a serem utilizados. Isso resulta no plano de operao, na lista demateriais para empenho ou compra de estoque e outros documentoscomplementares como relao de servios por grupo, ordens de servio etc.

    Quando h necessidade de estudos especiais, execuo de projetos e desenhosou quando o oramento de um trabalho excede determinado valor, o setor deplanejamento requisita os servios da Engenharia de Manuteno. Elaprovidencia os estudos necessrios e verifica a viabilidade econmica.

    Se o estudo ou projeto for vivel, todas as informaes coletadas peloplanejamento so enviadas ao setor de programao, que prepara o cronogramae os programas dirios de trabalho coordenando a movimentao de materiais.

    Seqncia para planejamentoSeqncia para planejamento

    o rol de atividades para o planejador atingir o plano de operao e emitir osdocumentos necessrios.

    Esse rol de atividades consiste em: Listar os servios a serem executados;

    Determinar o tempo, especialidades e nmero de profissionais;

    Determinar a seqncia lgica das operaes de trabalho por meio do

    diagrama espinha de peixe;

    Construir PERT-CPM;

    Construir diagrama de barras (Gantt), indicando as equipes de trabalho;

    Emitir as ordens de servio, a lista de materiais, a relao de servios por grupoe outros documentos que variam conforme a empresa.

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    Diagrama espinha de peixeDiagrama espinha de peixe

    uma construo grfica simples que permite construir e visualizar rapidamentea seqncia lgica das operaes.

    Exemplo:

    Em planejamentos simples e para um nico grupo de trabalho, pode-se passar daespinha de peixe ao diagrama de barras ou o diagrama de Gantt.

    Diagrama de GanttDiagrama de Gantt

    um cronograma que permite fazer a programao das tarefas mostrando adependncia entre elas. Usado desde o incio do sculo, consiste em umdiagrama onde cada barra tem um comprimento diretamente proporcional aotempo de execuo real da tarefa. O comeo grfico de cada tarefa ocorresomente aps o trmino das atividades das quais depende.

    As atividades para elaborao do diagrama so a determinao das tarefas, dasdependncias, dos tempos e a construo grfica.

    Vamos exemplificar considerando a fabricao de uma polia e um eixo. A primeira

    providncia listar as tarefas, dependncias e tempo envolvidos.

    TAREFAS DESCRIO DEPENDE DE TEMPO/DIASA PREPARAR DESENHOS E LISTA DE

    MATERIAIS- 1

    B OBTER MATERIAIS PARA O EIXO A 2C TORNEAR O EIXO B 2D FRESAR O EIXO C 2E OBTER MATERIAIS PARA A POLIA A 3F TORNEAR A POLIA E 4G MONTAR O CONJUNTO D e F 1

    H BALANCEAR O CONJUNTO G 0,5

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    RETIRAR CORREIAS

    TRANSPORTAR POLIAS

    FAZER CHAVETAS

    MONTAR

    TESTAR

    DESLIGAR PAINEL

    SACAR POLIAR

    TORNEAR POLIA

    TRANSPORTAR POLIAS

    LIGAR PAINEL

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    De posse da lista, constri-se o diagrama de Gantt.

    TAREFAS TEMPO0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11II II II II II II II II II II II II

    A IIIIIIIII

    B IIIIIIIIIIIIIII

    C IIIIIIIIIIIIIIII

    D IIIIIIIIIIIIII

    E IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

    F IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

    G IIIIIII

    H IIIIIII

    O diagrama de Gantt um auxiliar importante do planejador e do programador,pois apresenta facilidade em controlar o tempo e em reprogram-lo. Apesar destafacilidade, o diagrama de Gantt no resolve todas as questes, tais como:

    Quais tarefas atrasariam se a terceira tarefa (C) se atrasar um dia?

    Como colocar de forma clara os custos no diagrama?

    Quais tarefas so crticas para a realizao de todo o trabalho?

    Para resolver as questes que o diagrama de Gantt no consegue solucionar,foram criados os mtodos PERT - CPM.

    Mtodos PERT - CPMMtodos PERT - CPM

    Os mtodos PERT (Program Evoluation and Review Technique Programa deAvaliao e Tcnica de Reviso) e CPM (Critical Parth Method Mtodo doCaminho Crtico ) foram criados em 1958.

    O PERT foi desenvolvido pela NASA com o fim de controlar o tempo e a execuode tarefas realizadas pela primeira vez.

    O CPM foi criado na empresa norte-americana Dupont com o objetivo de realizaras paradas de manuteno no menor prazo possvel e com o nvel constante deutilizao dos recursos.

    Os dois mtodos so quase idnticos; porm, as empresas, em termos demanuteno, adotam basicamente o CPM.

    Mtodo CPMMtodo CPM

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    O CPM se utiliza construes grficas simples como flechas, crculos numeradose linhas tracejadas, que constituem, respectivamente:

    o diagrama de flechas;

    a atividade fantasma;

    o n ou evento.Diagrama de flechas um grfico das operaes, em que cada operao representada por uma flecha. Cada flecha tem uma ponta e uma cauda. A caudarepresenta o incio da operao e a ponta marca o seu final.

    As flechas so usadas para expressar as relaes entre as operaes e definiruma ou mais das seguintes situaes:

    a operao deve preceder algumas operaes;

    a operao deve suceder algumas operaes;

    a operao pode ocorrer simultaneamente a outras operaes.

    Exemplo:

    W PRECEDE Y

    Atividade fantasma uma flecha tracejada usada como artifcio para identificara dependncia entre operaes. tambm chamada de operao imaginria eno requer tempo. Observe a figura:

    A figura exemplifica as seguintes condies:

    W deve preceder Y; K deve preceder Z;

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    W Y

    21 3

    W Y

    21 3

    K Z

    21 3

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    Y deve seguir-se a W e K.Assim, as atividades W, Y, K e Z so operaes fsicas como tornear, montar,testar, etc. Cada uma dessas operaes requer um tempo de execuo, enquantoa atividade fantasma um ajuste do cronograma, isto , depende apenas daprogramao correta.

    N ou evento So crculos desenhados no incio e no final de cada flecha.

    Tm o objetivo de facilitar a visualizao e os clculos de tempo. Devem sernumerados.Exemplo:

    O n no deve ser confundido com uma atividade que demande tempo. Ele uminstante, isto , um limite entre o incio de uma atividade e o final de outra.

    Construo do diagrama CPMConstruo do diagrama CPM

    Para construir o diagrama preciso ter em mos a lista das atividades, os tempose a seqncia lgica. Em seguida, vai-se posicionando as flechas e os nsobedecendo a seqncia lgica e as relaes de dependncia. Abaixo dasflechas, coloca-se o tempo da operao e acima, a identificao da operao.

    Exemplo:Um torno apresenta defeitos na rvore e na bomba de lubrificao e precisocorrigir tais defeitos.

    O que fazer?

    Primeiramente, listam-se as tarefas, dependncias e tempos, numa seqncialgica:

    TAREFAS DESCRIO DEPENDE DE TEMPOA RETIRAR PLACA, PROTEO EESGOTAR LEO.

    - 1h

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    1

    3

    2N

    W K

    ZY

    Atividade fantasma

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    B RETIRAR RVORE ETRANSPORT-LA

    A 3h

    C LAVAR CABEOTE A 2hD TROCAR ROLAMENTOS B 3hE TROCAR REPARO DA BOMBA

    DE LUBRIFICAO

    B e C 2h

    F MONTAR, ABASTECER ETESTAR CONJUNTO

    D e E 4h

    A seguir, constri-se o diagrama:

    O caminho crticoO caminho crtico

    um caminho percorrido atravs dos eventos (ns) cujo somatrio dos temposcondiciona a durao do trabalho. Por meio do caminho crtico obtm-se adurao total do trabalho e a folga das tarefas que no controlam o trmino dotrabalho.

    No diagrama anterior h trs caminhos de atividades levando o trabalho doevento 0 (zero) ao evento 5:

    A B D F , com durao de 11 horas;

    A C E F , com durao de 9 horas;

    A B imaginria E F, com durao de 10 horas.

    H, pois, um caminho com durao superior aos demais, que condiciona adurao do projeto. este o caminho crtico. A importncia de se identificar ocaminho crtico fundamenta-se nos seguintes parmetros:

    permitir saber, de imediato, se ser possvel ou no cumprir o prazoanteriormente estabelecido para a concluso do plano;

    identificar as atividades crticas que no podem sofrer atrasos, permitindo umcontrole mais eficaz das tarefas prioritrias;

    permitir priorizar as atividades cuja reduo ter menor impacto na antecipaoda data final de trmino dos trabalhos, no caso de ser necessria uma reduo

    desta data final; permitir o estabelecimento da primeira data do trmino da atividade;

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    A

    B

    C

    D

    E

    F

    1h

    3h

    2h

    3h

    2h

    4h

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    permitir o estabelecimento da ltima data do trmino da atividade.

    Freqentemente, o caminho crtico to maior que os demais que basta aceler-lo para acelerar todo o trabalho.Tendo em vista o conceito do caminho crtico, pode-se afirmar que as tarefas C e

    E do diagrama anterior podem atrasar at duas horas sem comprometer adurao total.

    Resultado final da Aplicao do CPMResultado final da Aplicao do CPM

    O mtodo do caminho crtico permite um balanceamento dos recursos,principalmente mo-de-obra. O departamento de manuteno possui umcontingente fixo e no desejvel ter um perfil de utilizao desse contingentecom carncia em uns momentos e ociosidade em outros.

    Para evitar este problema, o planejador joga com o atraso das tarefas com folga eo remanejamento do pessoal envolvido nas tarefas iniciais.

    Nas paradas para reformas parciais ou totais, aps o balanceamento dosrecursos fsicos e humanos com programao de trabalho em horrios noturnos eem fins de semana, pode ocorrer ainda a carncia de mo-de-obra. Neste caso, asoluo a contratao de servios externos ou a ampliao do quadro depessoal. Essas decises s podem ser tomadas aps a anlise e comprovaoprtica das carncias.

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    04. MANUTENO PREVENTIVA

    Consideremos o motor de um automvel.De tempos em tempos o usurio dever trocar o leo do crter. No realizando

    essa operao peridica, estaria correndo o risco de danificar os elementos queconstituem o motor.

    Como o usurio faria para poder controlar essa troca peridica do leo do motor?

    Para realizar esse controle, o usurio dever acompanhar a quilometragem docarro e, baseado nela, fazer a previso da troca do leo.

    Essa previso nada mais do que uma simples manuteno preventiva.

    ConceitosConceitos

    A manuteno preventiva obedece a um padro previamente esquematizado, queestabelece paradas peridicas com a finalidade de permitir a troca de peasgastas por novas, assegurando assim o funcionamento perfeito da mquina porum perodo predeterminado.

    O mtodo preventivo proporciona um determinado ritmo de trabalho, assegurandoo equilbrio necessrio ao bom andamento das atividades.

    O controle das peas de reposio um problema que atinge todos os tipos deindstria. Uma das metas a que se prope o rgo de manuteno preventiva adiminuio sensvel dos estoques. Isso se consegue com a organizao dosprazos para reposio de peas. Assim, ajustam-se os investimentos para o setor.

    Se uma pea de um conjunto que constitui um mecanismo estiver executando seutrabalho de forma irregular, ela estabelecer, fatalmente, uma sobrecarga nasdemais peas que esto interagindo com ela. Como conseqncia, a sobrecargaprovocar a diminuio da vida til das demais peas do conjunto. O problema spode ser resolvido com a troca da pea problemtica, com antecedncia, parapreservar as demais peas.

    Em qualquer sistema industrial, a improvisao um dos focos de prejuzo.

    verdade que quando se improvisa pode-se evitar a paralisao da produo,mas perde-se em eficincia. A improvisao pode e deve ser evitada por meio demtodos preventivos estabelecidos pelos tcnicos de manuteno preventiva. Aaplicao de mtodos preventivos assegura um trabalho uniforme e seguro.

    O planejamento e a organizao, fornecidos pelo mtodo preventivo, so umagarantia aos homens da produo que podem controlar, dentro de uma faixa deerro mnimo, a entrada de novas encomendas.

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    Com o tempo, os industriais foram se conscientizando de que a mquina quefuncionava ininterruptamente at quebrar acarretava vrios problemas quepoderiam ser evitados com simples paradas preventivas para lubrificao, trocade peas gastas e ajustes.

    Com o auxlio dos relatrios escritos sobre os trabalhos realizados, sosuprimidas as inconvenincias das quebras inesperadas. Isso evita a difcil tarefade trocas rpidas de mquinas e improvisaes que causam o desespero dopessoal da manuteno corretiva.

    A manuteno preventiva um mtodo aprovado e adotado atualmente em todosos setores industriais, pois abrange desde uma simples reviso com paradasque no obedecem a uma rotina at a utilizao de sistemas de alto ndicetcnico.

    A manuteno preventiva abrange cronogramas nos quais so traados planos e

    revises peridicas completas para todos os tipos de materiais utilizados nasoficinas. Ela inclui, tambm, levantamentos que visam facilitar sua prpriaintroduo em futuras ampliaes do corpo da fbrica.

    A aplicao do sistema de manuteno preventiva no deve se restringir asetores, mquinas ou equipamentos. O sistema deve abranger todos os setoresda indstria para garantir um perfeito entrosamento entre eles, de modo tal que,ao se constatar uma anomalia, as providncias independam de qualquer outraregra que porventura venha a existir em uma oficina. Essa liberdade, dentro daindstria, fundamental para o bom funcionamento do sistema preventivo.

    O aparecimento de focos que ocasionam descontinuidade no programa deve serencarado de maneira sria, organizando-se estudos que tomem por base osrelatrios preenchidos por tcnicos da manuteno. Estes devero relatar, emlinguagem simples e clara, todos os detalhes do problema.

    A manuteno preventiva nunca dever ser confundida com o rgo de comando,apesar dela ditar algumas regras de conduta a serem seguidas pelo pessoal dafbrica. manuteno preventiva cabe apenas o lugar de apoio ao sistema fabril.

    O segredo para o sucesso da manuteno preventiva est na perfeita

    compreenso de seus conceitos por parte de todo o pessoal da fbrica, desde osoperrios presidncia.

    A manuteno preventiva, por ter um alcance extenso e profundo, deve serorganizada. Se a organizao da manuteno preventiva carecer da devidasolidez, ela provocar desordens e confuses. Por outro lado, a capacidade e oesprito de cooperao dos tcnicos so fatores importantes para a manutenopreventiva.

    A manuteno preventiva deve, tambm, ser sistematizada para que o fluxo dostrabalhos se processe de modo correto e rpido. Sob esse aspecto, necessrio

    estabelecer qual dever ser o sistema de informaes empregado e osprocedimentos adotados.

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    O desenvolvimento de um sistema de informaes deve apresentar definiesclaras e objetivas e conter a delegao das responsabilidades de todos oselementos participantes. O fluxo das informaes dever fluir rapidamente entretodos os envolvidos na manuteno preventiva.

    A manuteno preventiva exige, tambm, um plano para sua prpria melhoria.Isto conseguido por meio do planejamento, execuo e verificao dostrabalhos que so indicadores para se buscar a melhoria dos mtodos demanuteno, das tcnicas de manuteno e da elevao dos nveis de controle.

    Esta a dinmica de uma instalao industrial.

    Finalmente, para se efetivar a manuteno preventiva e alcanar os objetivospretendidos com sua adoo, necessrio dispor de um perodo de temporelativamente longo para contar com o concurso dos tcnicos e dos dirigentes dealto gabarito. Isso vale a pena, pois a instalao do mtodo de manuteno

    preventiva, pela maioria das grandes empresas industriais, a prova concreta dapouca eficincia do mtodo de manuteno corretiva.

    ObjetivosObjetivos

    Os principais objetivos das empresas so, normalmente, reduo de custos,qualidade do produto, aumento de produo, preservao do meio ambiente,aumento da vida til dos equipamentos e reduo de acidentes do trabalho.

    a) Reduo de custos - Em sua grande maioria, as empresas buscam reduzir oscustos incidentes nos produtos que fabricam. A manuteno preventiva podecolaborar atuando nas peas sobressalentes, nas paradas de emergncia etc.,aplicando o mnimo necessrio, ou seja, sobressalente X compra direta; horasociosas X horas planejadas; material novo X material recuperado.b) Qualidade do produto - A concorrncia no mercado nem sempre ganha com omenor custo. Muitas vezes ela ganha com um produto de melhor qualidade. Paraatingir a meta qualidade do produto, a manuteno preventiva dever ser aplicadacom maior rigor, ou seja: mquinas deficientes X mquinas eficientes;abastecimento deficiente X abastecimento otimizado.

    c) Aumento de produo - O aumento de produo de uma empresa se resumeem atender demanda crescente do mercado. preciso manter a fidelidade dosclientes j cadastrados e conquistar outros, mantendo os prazos de entrega dosprodutos em dia. A manuteno preventiva colabora para o alcance dessa metaatuando no binmio produo atrasada X produo em dia.

    d) Efeitos no meio ambiente - Em determinadas empresas, o ponto mais crtico a poluio causada pelo processo industrial. Se a meta da empresa for adiminuio ou eliminao da poluio, a manuteno preventiva, como primeiropasso, dever estar voltada para os equipamentos antipoluio, ou seja,equipamentos sem acompanhamento X equipamentos revisados; poluio Xambiente normal.

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    e) Aumento da vida til dos equipamentos um fator que, na maioria das vezes,no pode ser considerado de forma isolada. Esse fator, geralmente, conseqncia de:

    reduo de custos;

    qualidade do produto;

    aumento de produo;

    efeitos do meio ambiente.

    A manuteno preventiva, atuando nesses itens, contribui para o aumento da vidatil dos equipamentos.

    f) Reduo de acidentes do trabalho - No so raros os casos de empresas cujomaior problema a grande quantidade de acidentes. Os acidentes no trabalhocausam:

    A manuteno preventiva pode colaborar para a melhoria dos programas desegurana e preveno de acidentes.

    aumento de custos;

    diminuio do fator qualidade;

    efeitos prejudiciais ao meio ambiente;

    diminuio de produo;

    diminuio da vida til dos equipamentos.

    DesenvolvimentoDesenvolvimento

    Consideremos uma indstria ainda sem nenhuma manuteno preventiva, ondeno haja controle de custos e nem registros ou dados histricos dosequipamentos. Se essa indstria desejar adotar a manuteno preventiva, deverpercorrer as seguintes fases iniciais de desenvolvimento:a) Decidir qual o tipo de equipamento que dever marcar a instalao damanuteno preventiva com base no feeling da superviso de manuteno e deoperao.

    b) Efetuar o levantamento e posterior cadastramento de todos os equipamentosque sero escolhidos para iniciar a instalao da manuteno preventiva (planopiloto).

    c) Redigir o histrico dos equipamentos, relacionando os custos de manuteno(mo-de-obra, materiais e, se possvel, lucro cessante nas emergncias), tempode parada para os diversos tipos de manuteno, tempo de disponibilidade dosequipamentos para produzirem, causas das falhas etc.

    d) Elaborar os manuais de procedimentos para manuteno preventiva, indicandoas freqncias de inspeo com mquinas operando, com mquinas paradas e asintervenes.

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    e) Enumerar os recursos humanos e materiais que sero necessrios instalaoda manuteno preventiva.

    f) Apresentar o plano para aprovao da gerncia e da diretoria.

    g) Treinar e preparar a equipe de manuteno.

    Execuo da manuteno preventivaExecuo da manuteno preventiva

    a) Ferramental e pessoal - Se uma empresa contar com um modeloorganizacional timo, com material sobressalente adequado e racionalizado, combons recursos humanos, com bom ferramental e instrumental e no tiver quemsaiba manuse-los, essa empresa estar perdendo tempo no mercado. A escolhado ferramental e instrumental importante, porm, mais importante o

    treinamento da equipe que ir utiliz-los.b) Controle da manuteno - Em manuteno preventiva preciso manter ocontrole de todas as mquinas com o auxlio de fichas individuais. por meio dasfichas individuais que se faz o registro da inspeo mecnica da mquina e, combase nessas informaes, a programao de sua manuteno.

    Quanto forma de operao do controle, h quatro sistemas: manual,semiautomatizado, automatizado e por microcomputador.

    Controle manual o sistema no qual as manutenes preventivas e corretivasso controladas e analisadas por meio de formulrios e mapas, preenchidosmanualmente e guardados em pastas de arquivo. Esquematicamente:

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    Controle semi-automatizado o sistema no qual a interveno preventiva controlada com o auxlio do computador, e a interveno corretiva obedece aocontrole manual. Esquematicamente:

    A fonte de dados desse sistema deve fornecer todas as informaes necessriaspara serem feitas as requisies de servio, incluindo as rotinas de inspeo eexecuo. O principal relatrio emitido pelo computador deve conter, no mnimo:

    o tempo previsto e gasto;

    os servios realizados;

    os servios reprogramados (adiados);

    os servios cancelados.

    Esses dados so fundamentais para a tomada de providncias por parte dasuperviso.

    Controle automatizado o sistema em que todas as intervenes damanuteno tm seus dados armazenados pelo computador, para que se tenhalistagens, grficos e tabelas para anlise e tomada de decises, conforme anecessidade e convenincia dos vrios setores da manuteno.Esquematicamente:

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    PREVENTIVACORRETIVA E OUTRAS

    MODALIDADES

    REQUISIODE SERVIOS

    TABELAS EMAPAS

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    Controle por microcomputador o sistema no qual todos os dados sobre asintervenes da manuteno ficam armazenados no microcomputador. Essesdados so de rpido acesso atravs de monitor de vdeo ou impressora.

    Esquematicamente:

    05. MANUTENO PREDITIVA

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    PREVENTIVA CORRETIVA E OUTRAS ATIVIDADES

    Requisio DeServio

    tabelas

    mapas

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    Uma empresa vinha desenvolvendo de modo satisfatrio um programa demanuteno, porm, o relatrio final de produo indicava a possibilidade deaperfeioamentos no processo. Estudos posteriores revelaram que, paraaperfeioar o processo com ganhos de produo, era preciso, entre outrosprocedimentos, incluir a manuteno preditiva no programa de manuteno.

    Aps muitas reunies entre dirigentes, gerentes, encarregados, supervisores eoperrios, chegou-se ao consenso de que a empresa, para instalar um programade manuteno preditiva, precisaria, antes de qualquer coisa, capacitar umaequipe em manuteno preditiva e orientar todo o pessoal por meio detreinamentos especficos.

    Conceito de manuteno preditivaConceito de manuteno preditiva

    Manuteno preditiva aquela que indica as condies reais de funcionamentodas mquinas com base em dados que informam o seu desgaste ou processo dedegradao. Trata-se da manuteno que prediz o tempo de vida til doscomponentes das mquinas e equipamentos e as condies para que esse tempode vida seja bem aproveitado.

    Na Europa, a manuteno preditiva conhecida pelo nome de manutenocondicional e nos Estados Unidos recebe o nome de preditiva ou previsional.

    Objetivos da manuteno preditivaObjetivos da manuteno preditiva

    Os objetivos da manuteno preditiva so:

    determinar, antecipadamente, a necessidade de servios de manuteno numapea especfica de um equipamento;

    eliminar desmontagens desnecessrias para inspeo;

    aumentar o tempo de disponibilidade dos equipamentos;

    reduzir o trabalho de emergncia no planejado;

    impedir o aumento dos danos;

    aproveitar a vida til total dos componentes e de um equipamento;

    aumentar o grau de confiana no desempenho de um equipamento ou linha deproduo;

    determinar previamente as interrupes de fabricao para cuidar dosequipamentos que precisam de manuteno.

    Por meio desses objetivos, pode-se deduzir que eles esto direcionados a umafinalidade maior e importante: reduo de custos de manuteno e aumento daprodutividade.

    Execuo da manuteno preditivaExecuo da manuteno preditiva

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    Para ser executada, a manuteno preditiva exige a utilizao de aparelhosadequados, capazes de registrar vrios fenmenos, tais como:

    vibraes das mquinas;

    presso;

    temperatura; desempenho;

    acelerao.

    Com base no conhecimento e anlise dos fenmenos, torna-se possvel indicar,com antecedncia, eventuais defeitos ou falhas nas mquinas e equipamentos.

    A manuteno preditiva, aps a anlise dos fenmenos, adota dois procedimentospara atacar os problemas detectados: estabelece um diagnstico e efetua umaanlise de tendncias.

    DiagnsticoDiagnstico

    Detectada a irregularidade, o responsvel ter o encargo de estabelecer, namedida do possvel, um diagnstico referente origem e gravidade do defeitoconstatado . Este diagnstico deve ser feito antes de se programar o reparo.

    Anlise da tendncia da falhaAnlise da tendncia da falha

    A anlise consiste em prever com antecedncia a avaria ou a quebra, por meio de

    aparelhos que exercem vigilncia constante predizendo a necessidade do reparo.

    A manuteno preditiva, geralmente, adota vrios mtodos de investigao parapoder intervir nas mquinas e equipamentos. Entre os vrios mtodos destacam-se os seguintes: estudo das vibraes; anlise dos leos; anlise do estado dassuperfcies e anlises estruturais de peas.

    Estudo das vibraesEstudo das vibraes

    Todas as mquinas em funcionamento produzem vibraes que, aos poucos,

    levam-nas a um processo de deteriorizao. Essa deteriorizao caracterizadapor uma modificao da distribuio de energia vibratria pelo conjunto doselementos que constituem a mquina. Observando a evoluo do nvel devibraes, possvel obter informaes sobre o estado da mquina.O princpio de anlise das vibraes baseia-se na idia de que as estruturas dasmquinas excitadas pelos esforos dinmicos (ao de foras) do sinaisvibratrios, cuja freqncia igual freqncia dos agentes excitadores.

    Se captadores de vibraes forem colocados em pontos definidos da mquina,eles captaro as vibraes recebidas por toda a estrutura. O registro dasvibraes e sua anlise permitem identificar a origem dos esforos presentes em

    uma mquina operando.

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    Por meio da medio e anlise das vibraes de uma mquina em servio normalde produo detecta-se, com antecipao, a presena de falhas que devem sercorrigidas:

    rolamentos deteriorados;

    engrenagens defeituosas;

    acoplamentos desalinhados;

    rotores desbalanceados;

    vnculos desajustados;

    eixos deformados;

    lubrificao deficiente;

    folga excessiva em buchas;

    falta de rigidez;

    problemas aerodinmicos;

    problemas hidrulicos; cavitao.

    O aparelho empregado para a anlise de vibraes conhecido como analisadorde vibraes. No mercado h vrios modelos de analisadores de vibraes, dosmais simples aos mais complexos; dos portteis que podem ser transportadosmanualmente de um lado para outro at aqueles que so instaladosdefinitivamente nas mquinas com a misso de executar monitorao constante.

    Na figura, um operador usando um analisador de vibraes porttil e, em

    destaque, o aparelho.

    Anlise dos leosAnlise dos leos

    Os objetivos da anlise dos leos so dois: economizar lubrificantes e sanar osdefeitos.

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    Os modernos equipamentos permitem anlises exatas e rpidas dos leosutilizados em mquinas. por meio das anlises que o servio de manutenopode determinar o momento adequado para sua troca ou renovao, tanto emcomponentes mecnicos quanto hidrulicos.

    A economia obtida regulando-se o grau de degradao ou de contaminao dosleos. Essa regulagem permite a otimizao dos intervalos das trocas.

    A anlise dos leos permite, tambm, identificar os primeiros sintomas dedesgaste de um componente. A identificao feita a partir do estudo daspartculas slidas que ficam misturadas com os leos. Tais partculas slidas sogeradas pelo atrito dinmico entre peas em contato.

    A anlise dos leos feita por meio de tcnicas laboratoriais que envolvemvidrarias, reagentes, instrumentos e equipamentos. Entre os instrumentos eequipamentos utilizados temos viscosmetros, centrfugas, fotmetros de chama,

    peagmetros, espectrmetros, microscpios etc. O laboratorista, usando tcnicasadequadas, determina as propriedades dos leos e o grau de contaminantesneles presentes.

    As principais propriedades dos leos que interessam em uma anlise so:

    ndice de viscosidade;

    ndice de acidez;

    ndice de alcalinidade;

    ponto de fulgor;

    ponto de congelamento.Em termos de contaminao dos leos, interessa saber quanto existe de:

    resduos de carbono;

    partculas metlicas;

    gua.

    Assim como no estudo das vibraes, a anlise dos leos muito importante namanuteno preditiva. a anlise que vai dizer se o leo de uma mquina ouequipamento precisa ou no ser substitudo e quando isso dever ser feito.

    Anlise do estado das superfciesAnlise do estado das superfcies

    A anlise das superfcies das peas, sujeitas aos desgastes provocados peloatrito, tambm importante para se controlar o grau de deteriorizao dasmquinas e equipamentos.

    A anlise superficial abrange, alm do simples exame visual com ou sem lupa vrias tcnicas analticas, tais como:

    endoscopia;

    holografia; estroboscopia;

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    molde e impresso.

    Anlise estruturalAnlise estrutural

    A anlise estrutural de peas que compem as mquinas e equipamentostambm importante para a manuteno preditiva. por meio da anliseestrutural que se detecta, por exemplo, a existncia de fissuras, trincas e bolhasnas peas das mquinas e equipamentos. Em unies soldadas, a anliseestrutural de extrema importncia. As tcnicas utilizadas na anlise estruturalso:

    interferometria hologrfica;

    ultra-sonografia;

    radiografia (raios X);

    gamagrafia (raios gama);

    ecografia; magnetoscopia;

    correntes de Foucault;

    infiltrao com lquidos penetrantes.

    Periodicidade dos controlesPeriodicidade dos controles

    A coleta de dados efetuada periodicamente por um tcnico que utiliza sistemasportteis de monitoramento. As informaes recolhidas so registradas numaficha, possibilitando ao responsvel pela manuteno preditiva t-las em mospara as providncias cabveis.

    A periodicidade dos controles determinada de acordo com os seguintes fatores:

    nmero de mquinas a serem controladas;

    nmero de pontos de medio estabelecidos;

    durao da utilizao da instalao;

    carter estratgico das mquinas instaladas;

    meios materiais colocados disposio para a execuo dos servios.

    As vantagens da manuteno preditiva so: aumento da vida til do equipamento;

    controle dos materiais (peas, componentes, partes etc.) e melhorgerenciamento;

    diminuio dos custos nos reparos;

    melhoria da produtividade da empresa;

    diminuio dos estoques de produo;

    limitao da quantidade de peas de reposio;

    melhoria da segurana;

    credibilidade do servio oferecido; motivao do pessoal de manuteno;

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    boa imagem do servio aps a venda, assegurando o renome do fornecedor.

    Limites tcnicos da manuteno preditivaLimites tcnicos da manuteno preditiva

    A eficcia da manuteno preditiva est subordinada eficcia e confiabilidadedos parmetros de medida que a caracterizam.

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    06. MANUTENO CORRETIVA

    Consideremos uma linha de produo de uma fbrica de calados e que amquina faz as costuras no solado pare de funcionar por um motivo qualquer.

    Se providncias no forem tomadas imediatamente, toda a produo de caladoscom costuras no solado ficar comprometida.

    Diante de situaes com esta, a manuteno corretiva dever entrar em ao.

    Manuteno CorretivaManuteno Corretiva aquela de atendimento imediato produo. Esse tipo aquela de atendimento imediato produo. Esse tipo

    de manuteno baseia-se na seguinte filosofia: equipamento parou, manutenode manuteno baseia-se na seguinte filosofia: equipamento parou, manuteno

    concerta imediatamente.concerta imediatamente.

    No existe filosofia, teoria ou frmula para dimensionar uma equipe demanuteno corretiva, pois nunca se sabe quando algum vai ser solicitado paraatender aos eventos que requerem a presena dos mantenedores. Por essemotivo as empresas que no tem manuteno programada e bem administradaconvivem com o caos, pois nunca haver pessoal de manuteno suficiente paraatender as solicitaes. Mesmo que venham a contar com pessoal demanuteno em quantidade suficiente, no sabero o que fazer com essesmantenedores em pocas em que tudo caminha tranqilamente.

    por esse motivo que, normalmente, a manuteno aceita servios de montagempara executar e nunca cumpre os prazos estabelecidos, pois h ocasies em queter de decidir se atende s emergncias ou continua o que est programado.

    Como ocorrncias de emergncia so inevitveis, sempre haver necessidade deuma equipe para esses atendimentos, mesmo porque, no se deve ter 100 % demanuteno preventiva. Dependendo do equipamento, s vezes maisconveniente, por motivos econmicos, deix-lo parar e resolver o problema poratendimento de emergncia.

    Mesmo em empresas que no podem ter emergncias, s vezes elas ocorrem

    com resultados geralmente catastrficos. Exemplo: empresas areas.

    Nas empresas que convivem com emergncias que podem redundar emdesastres, deve haver uma equipe muito especial de manuteno, cuja funo eliminar ou minimizar as emergncias.

    A filosofia deve ser adotada : Emergncias no ocorrem, so causadas. Eliminea causa e voc no ter novamente a mesma emergncia.

    AtendimentoA equipe de manuteno corretiva deve estar sempre em um local especifico para

    ser encontrada facilmente e atender `a produo de imediato.

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    Como a equipe no sabe o local onde vai atuar, o usurio com problemas deversolicitar o atendimento por telefone, porm, para efeitos de registro e estatstica,ele dever emitir um documento com as seguintes informaes:

    Equipamento................da seo...................parou s........horas do dia .............

    .

    Um analista de equipe de manuteno corretiva atende ao chamado, verifica oque deve ser feito e emite uma ficha de execuo para sanar o problema.

    Observao: conveniente ressaltar que os modelos de ficha de execuo e osmodelos de relatrios de avaria mudam de empresa para empresa, bem como oscdigos de natureza da avaria e suas causas. No h, infelizmente, uma norma arespeito do assunto.

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    07. ANLISE DE FALHAS EM MQUINAS

    As origens de falhas das mquinas esto nos danos sofridos pelas peascomponentes.

    A mquina nunca quebra totalmente de uma s vez, mas pra de trabalharquando alguma parte vital de seu conjunto se danifica.

    A parte vital pode estar no interior da mquina, no mecanismo de transmisso, nocomando ou nos controles. Pode, tambm, estar no exterior, em partes rodantesou em acessrios. Por exemplo, um pneu uma parte rodante vital para que umcaminho funcione, assim como um radiador um acessrio vital para o bomfuncionamento de um motor.

    Origem dos danos

    A origem dos danos pode ser assim agrupada:Erros de especificao ou de projeto - A mquina ou alguns de seuscomponentes no correspondem s necessidades de servio. Nesse caso osproblemas, com certeza, estaro nos seguintes fatores: dimenses, rotaes,marchas, materiais, tratamentos trmicos, ajustes, acabamentos superficiais ou,ainda, em desenhos errados.

    Falhas de fabricao - A mquina, com componentes falhos, no foi montadacorretamente. Nessa situao pode ocorrer o aparecimento de trincas, incluses,concentrao de tenses, contatos imperfeitos, folgas exageradas ouinsuficientes, empeno ou exposio de peas a tenses no previstas no projeto.

    Instalao imprpria - Trata-se de desalinhamento dos eixos entre o motor e amquina acionada. Os desalinhamentos surgem devido aos seguintes fatores:

    fundao (local de assentamento da mquina) sujeita a vibraes;

    sobrecargas;

    trincas;

    corroso.

    Manuteno imprpria - Trata-se da perda de ajustes e da eficincia da mquinaem razo dos seguintes fatores:

    sujeira;

    falta momentnea ou constante de lubrificao;

    lubrificao imprpria que resulta em ruptura do filme ou em sua decomposio;

    superaquecimento por causa do excesso ou insuficincia da viscosidade dolubrificante;

    falta de reapertos;

    falhas de controle de vibraes.

    Operao imprpria - Trata-se de sobrecarga, choques e vibraes que acabam

    rompendo o componente mais fraco da mquina. Esse rompimento, geralmente,provoca danos em outros componentes ou peas da mquina.

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    Salientemos que no esto sendo consideradas medidas preventivas a respeitode projetos ou desenhos, mas das falhas originadas nos erros de especificao,de fabricao, de instalao, de manuteno e de operao que podem serminimizados com um controle melhor.As falhas so inevitveis quando aparecem por causa do trabalho executado pela

    mquina. Nesse aspecto, a manuteno restringe-se observao do progressodo dano para que se possa substituir a pea no momento mais adequado.

    assim que se procede, por exemplo, com os dentes de uma escavadeira quevo se desgastando com o tempo de uso.

    Anlise de danos e defeitos

    A anlise de danos e defeitos de peas tem duas finalidades:

    a) apurar a razo da falha, para que sejam tomadas medidas objetivando a

    eliminao de sua repetio;b) alertar o usurio a respeito do que poder ocorrer se a mquina for usada ouconservada inadequadamente.

    Para que a anlise possa ser bem-feita, no basta examinar a pea que acusa apresena de falhas.

    preciso, de fato, fazer um levantamento de como a falha ocorreu, quais ossintomas, se a falha j aconteceu em outra ocasio, quanto tempo a mquinatrabalhou desde sua aquisio, quando foi realizada a ltima reforma, quais osreparos j feitos na mquina, em quais condies de servio ocorreu a falha,

    quais foram os servios executados anteriormente, quem era o operador damquina e por quanto tempo ele a operou.

    Enfim, o levantamento dever ser o mais minucioso possvel para que a causa daocorrncia fique perfeitamente determinada.

    Evidentemente, uma observao pessoal das condies gerais da mquina e umexame do seu dossi (arquivo ou pasta) so duas medidas que no podem sernegligenciadas.

    O passo seguinte diagnosticar o defeito e determinar sua localizao, bemcomo decidir sobre a necessidade de desmontagem da mquina. A desmontagemcompleta deve ser evitada, porque cara e demorada, alm de comprometer aproduo, porm, s vezes, ela inevitvel. o caso tpico do dano causado pelodesprendimento de limalhas que se espalham pelo circuito interno de lubrificaoou pelo circuito hidrulico de uma mquina.

    Aps a localizao do defeito e a determinao da desmontagem, o responsvelpela manuteno dever colocar na bancada as peas interligadas, na posio defuncionamento. Na hora da montagem no podem faltar ou sobrar peas.

    As peas no devem ser limpas na fase preliminar e sim na fase do exame final. Alimpeza dever ser feita pelo prprio analisador, para que no se destruamvestgios que podem ser importantes. Aps a limpeza, as peas devem ser

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    etiquetadas para facilitar na identificao e na seqncia de montagem damquina.Caractersticas gerais dos danos e defeitos

    Os danos e defeitos de peas, geralmente, residem nos chamadosintensificadores de tenso, e estes so causados por erro de projeto ouespecificaes.Se os intensificadores de tenso residem no erro de projeto, a forma da pea oponto crtico a ser examinado, porm, se os intensificadores de tenso residemnas especificaes, estas so as que influiro na estrutura interna das peas.

    O erro mais freqente na forma da pea a ocorrncia de cantos vivos.

    As figuras mostram linhas de tenso em peas com cantos vivos. Com cantosvivos, as linhas de tenso podem se romper facilmente.

    Quando ocorre mudana brusca de seo em uma pea, os efeitos so

    praticamente iguais aos provocados por cantos vivos.

    Por outro lado, se os cantos forem excessivamente suaves, um nico caso prejudicial. Trata-se do caso do excesso de raio de uma pea em contato comoutra.

    Por exemplo, na figura abaixo, a tenso provocada pelo canto de um eixo rolante,com excesso de raio, dar incio a uma trinca que se propagar em toda sua volta.

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    08. MANUTENO ELETROELETRNICA I

    Uma mquina industrial apresentou defeito. O operador chamou a manutenomecnica, que solucionou o problema.

    Indagado sobre o tipo de defeito encontrado, o mecnico de manuteno disseque estava na parte eltrica, mas que ele, como mecnico, conseguiu resolver.Onde termina a parte mecnica e comea a parte eltrica?

    Apresentaremos noes de manuteno de partes eletroeletrnicas existentes emmquinas. Para uma melhor compreenso, vamos rever noes de eletricidade eeletrnica.

    Mquinas eletromecnicas

    Mquinas eletromecnicas so combinaes de engenhos mecnicos comcircuitos eltricos eletrnicos capazes de comand-los. Defeitos nessas mquinastanto podem ser puramente mecnicos como mistos, envolvendo tambm a parteeletroeletrnica, ou ento puramente eltricos ou eletrnicos.

    Com trs reas tecnolgicas bem distintas nas mquinas, uma certa diviso dotrabalho de manuteno necessria. H empresas que mantm os mecnicosde manuteno, os eletricistas e os eletrnicos em equipes separadas.

    interessante notar que a boa diviso do trabalho s d certo quando as equipesmantm constantes a troca de informaes e ajuda mtua. Para facilitar o dilogo

    entre as equipes, bom que elas conheam um pouco das outras reas.

    Um tcnico eletrnico com noes de mecnica deve decidir bem melhor quanto natureza de um defeito do que aquele desconhecedor da mecnica.O mecnico com alguma base eletroeletrnica tanto pode diferenciar melhor osdefeitos como at mesmo resolver alguns problemas mistos.Conhecimentos sobre tenso, corrente e resistncia eltricas so imprescindveispara quem vai fazer manuteno em mquinas eletromecatrnicas.

    Recordando:

    Tenso eltrica (U) - a fora que alimenta as mquinas. A tenso eltrica medida em volt (V). As instalaes de alta-tenso podem atingir at 15.000 volts.As mais comuns so as de 110V, 220V e 380V. Pode ser contnua (a que tempolaridade definida) ou alternada.

    Corrente eltrica (I) - o movimento ordenado dos eltrons no interior dosmateriais submetidos a tenses eltricas. A corrente eltrica medida em ampre(A). Sem tenso no h corrente, e sem corrente as mquinas eltricas param. Acorrente eltrica pode ser contnua (CC) ou alternada (CA).

    Resistncia eltrica (R) - a oposio passagem de corrente eltrica que todomaterial oferece. Quanto mais resistncia, menos corrente. Mquinas eltricas ecomponentes eletrnicos sempre apresentam uma resistncia caracterstica. A

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    medida da resistncia, cujo valor expresso em ohm (W), um indicador dafuncionalidade das mquinas e de seus componentes.

    Aparelhos eltricos

    Os aparelhos eltricos mais utilizados na manuteno eletroeletrnica so:voltmetro, ampermetro, ohmmetro, multmetro e osciloscpio. Os aparelhoseltricos podem ser digitais ou dotados de ponteiros. Os dotados de ponteiros sochamados de analgicos.

    Voltmetro: utilizado para medir a tenso eltrica tanto contnua (VC) quantoalternada (VA).

    Ampermetro: utilizado para medir a intensidade da corrente eltrica contnua(CC) e alternada (CA).

    Ohmmetro: utilizado para medir o valor da resistncia eltrica.

    Multmetro: serve para medir a tenso, a corrente e a resistncia eltricas.

    Osciloscpio: permite visualizar grficos de tenses eltricas variveis edeterminar a freqncia de uma tenso alternada.

    Medidas eltricasPara se medir a tenso, a corrente e a resistncia eltrica com o uso de aparelhoseltricos, devem ser tomadas as seguintes providncias:

    escolher o aparelho com escala adequada; conectar os dois fios ao aparelho;

    conectar as duas pontas de prova (fios) em dois pontos distintos do objeto emanlise.

    Medida de tensoA medida de tenso eltrica feita conectando as pontas de prova do aparelhoaos dois pontos onde a tenso aparece. Por exemplo, para se medir a tensoeltrica de uma pilha com um multmetro, escolhe-se uma escala apropriada paramedida de tenso contnua e conecta-se a ponta de prova positiva (geralmentevermelha) ao plo positivo da pilha, e a ponta negativa (geralmente preta) ao plonegativo.

    Em multmetros digitais, o valor aparece direto no mostrador. Nos analgicos,deve-se observar o deslocamento do ponteiro sobre a escala graduada para sedeterminar o valor da tenso.

    Nas medidas de tenso alternada, a polaridade das pontas de prova no seaplica.

    Medida de corrente

    A corrente eltrica a ser medida deve passar atravs do aparelho. Para isso,interrompe-se o circuito cuja corrente deseja-se medir: o aparelho entra no

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    circuito, por meio das duas pontas de prova, como se fosse uma ponte religandoas partes interrompidas.

    Em sistemas de corrente contnua, deve-se observar a polaridade das pontas deprova. Em circuitos de alta corrente, muitas vezes inconveniente e perigosa a

    interrupo do circuito para medies. Em casos assim, faz-se uma medioindireta, utilizando um modelo de ampermetro denominado alicate, que abraao condutor percorrido por corrente. O aparelho capta o campo eletromagnticoexistente ao redor do condutor e indica uma corrente proporcional intensidadedo campo.

    Medida de resistncia

    As medidas de resistncia devem ser feitas, sempre, com o circuito desligado,para no danificar o aparelho. Conectam-se as pontas de prova do aparelho aosdois pontos onde se deseja medir a resistncia.

    O aparelho indica a resistncia global do circuito, a partir daqueles dois pontos.Quando se deseja medir a resistncia de um componente em particular, deve-sedesconect-lo do circuito.

    Pane eltrica

    Diante de uma pane eltrica, deve-se verificar primeiramente a alimentaoeltrica, checando a tenso da rede e, depois, os fusveis.

    Os fusveis so componentes eltricos que devem apresentar baixa resistncia passagem da corrente eltrica. Intercalados nos circuitos eltricos, eles possuema misso de proteg-los contra as sobrecargas de corrente.

    De fato, quando ocorre uma sobrecarga de corrente que ultrapassa o valor dacorrente suportvel por um fusvel, este queima, interrompendo o circuito.

    Em vrios modelos de fusvel, uma simples olhada permite verificar suascondies. Em outros modelos necessrio medir a resistncia.

    Em todos os casos, ao conferir as condies de um fusvel, deve-se desligar a

    mquina da rede eltrica.Fusvel queimado pode ser um sintoma de problema mais srio. Por isso, antesde simplesmente trocar um fusvel, bom verificar o que ocorreu com a mquina,perguntando, olhando, efetuando outras medies e, se necessrio, pedir auxlioa um profissional especializado na parte eltrica.

    Resistncia, aterramento e continuidade

    Resistncia de entrada

    A resistncia eltrica reflete o estado geral de um sistema.

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    Podemos medir a resistncia geral de uma mquina simplesmente medindo aresistncia a partir dos seus dois pontos de alimentao. Em mquinas dealimentao trifsica, mede-se a resistncia entre cada duas fases por vez.Essa resistncia geral denominada de resistncia de entrada da mquina.

    Qual a resistncia eltrica de entrada de uma mquina em bom estado? Estapergunta no tem resposta direta. Depende da mquina, porm, duas coisaspodem ser ditas.

    1. Se a resistncia de entrada for zero, a mquina est em curto-circuito. Istofatalmente levar queima de fusvel quando ligada. Assim, natural que o curto-circuito seja removido antes de ligar a mquina.

    A corrente eltrica sai por um dos terminais da fonte eltrica (pilha ou bateria),percorre um fio condutor de resistncia eltrica desprezvel e penetra pelo outroterminal, sem passar por nenhum aparelho ou instrumento. Quando isso ocorre,

    dizemos que h um curto-circuito. O mesmo se d, por exemplo, quando os plosde uma bateria so unidos por uma chave de fenda, ou quando dois fiosenergizados e desencapados se tocam.

    Quando ocorre um curto-circuito, a resistncia eltrica do trecho percorrido pelacorrente muito pequena, considerando que as resistncias eltricas dos fios deligao so praticamente desprezveis. Assim, pela lei de Ohm, se U (tenso) constante e R (resistncia) tende a zero, necessariamente I (corrente) assumevalores elevados. Essa corrente a corrente de curto-circuito.

    Resumindo:

    CURTO-CIRCUITO U = R I

    CONSTANTE

    TENDE A ZERO

    VALORES ELEVADOS

    Circuito em curto pode se aquecer exageradamente e dar incio a um incndio.

    Para evitar quer isso acontea, os fusveis do circuito devem estar em bom estadopara que, to logo a temperatura do trecho em curto aumente, o filamento dofusvel funda e interrompa a passagem da corrente.

    2. Se a resistncia de entrada for muito grande, a mquina estar com o circuitode alimentao interrompido e no funcionar at que o defeito seja removido.

    Vimos a importncia da medida da resistncia na entrada de alimentao eltrica.No caso em que a resistncia for zero, podemos dizer ainda que a mquina estsem isolamento entre os pontos de alimentao. Sim, pois o termo curto-circuitosignifica que os dois pontos de medio esto ligados eletricamente, formando

    assim um caminho curto para passagem de corrente entre eles. Contudo, o testede isolamento pode ser aplicado tambm em outras circunstncias.

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    Aterramento

    Instalaes eltricas industriais costumam possuir os fios fase, neutro e um fiochamado de terra. Trata-se de um fio que de fato ligado terra por meio deuma barra de cobre em uma rea especialmente preparada. O fio neutro origina-se de uma ligao terra no poste da concessionria de energia eltrica.

    A resistncia ideal entre neutro e terra deveria ser zero, j que o neutro tambmencontra-se ligado terra; mas a resistncia no zero.

    At chegar s tomadas, o fio neutro percorre longos caminhos. Aparece umaresistncia entre neutro e terra, que todavia no deve ultrapassar uns 3 ohms, sobpena de o equipamento no funcionar bem. Assim, um teste de resistncia entreneutro e terra pode ser feito com ohmmetro, porm, sempre com a rededesligada.

    O fio terra cumpre uma funo de proteo nas instalaes. As carcaas dosequipamentos devem, por norma, ser ligadas ao fio terra. Assim, a carcaa tersempre um nvel de tenso de zero volt comparado com o cho em que pisamos.Nesse caso, dizemos que a carcaa est aterrada, isto , no mesmo nvel eltricoque a terra.

    Opostamente, uma carcaa desaterrada pode receber tenses eltricasacidentalmente (um fio desencapado no interior da mquina pode levar a isso) emachucar pessoas. Por exemplo, se algum tocar na carcaa e estiver pisandono cho (terra), fica submetido a uma corrente eltrica (lembre-se de que acorrente circula sempre para o neutro, isto , para a terra), levando um choque,que poder ser fatal, dependendo da intensidade da corrente e do caminho que

    ela faz ao percorrer o corpo.O isolamento entre a carcaa dos equipamentos e o terra pode ser verificadamedindo-se o valor da resistncia que deve ser zero. Nas residncias, semprebom manter um sistema de aterramento para aparelhos como geladeiras,mquinas de lavar e principalmente chuveiros. Um chuveiro eltrico sematerramento uma verdadeira cadeira eltrica!

    Continuidade

    Outros problemas simples podem ser descobertos medindo a resistncia dos

    elementos de um circuito. Por exemplo, por meio da medida da resistncia, pode-se descobrir se h mau contato, se existe um fio quebrado ou se h pontos deoxidao nos elementos de um circuito. Resumindo, para saber se existecontinuidade em uma ligao, basta medir a resistncia entre suas pontas. Esseprocedimento recomendado sempre que se tratar de percursos no muitolongos.

    09. MANUTENO ELETROELETRNICA II

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    Curso Tcnico

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  • 7/29/2019 7326108 Gestao Da Manutencao Curso Tecnico

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    Gesto da Manuteno____________________________________________________________

    Na linha de produo de uma empresa h uma mquina muito sofisticada. Certodia essa mquina apresentou um defeito e parou. Imediatamente foi acionada aequipe de manuteno, que ao fazer uma anlise geral na mquina, noconstatou nenhum defeito mecnico, mas sim um provvel defeito no sistemacentral eletrnico. Ao detectar o defeito, a equipe de manuteno tratou logo de

    encaminhar o problema a um especialista, informando-o sobre o local de defeito eas conseqncias dele.

    Para que um mecnico de manuteno, bem qualificado, possa detectar defeitoscomo o relatado, fundamental possuir noes sobre componentes eletrnicosque compem o centro de comando de muitas mquinas.

    Blocos eletrnicosBlocos so conjuntos de circuitos eletrnicos e as mquinas que possuemeletrnica embutida, em geral, possuem esses blocos bem distintos. Em quasetodas elas aparece um bloco chamado fonte. A fonte converte a tenso eltrica

    alternada da rede, em tenses apropriadas para o funcionamento dos outrosblocos eletrnicos.

    Se tivermos acesso fonte, podemos medir as tenses que ela fornecediretamente no seu conector de sada. Nesse caso, procuramos o terra da fonte,que pode estar sinalizado, ou ento medir as tenses em relao carcaa doaparelho. A seguir comparamos os valores medidos com os especificados naprpria fonte ou em sua documentao. Se houver diferenas nos valores, doisproblemas podem estar ocorrendo: ou a fonte est com defeito ou ela no estsuportando a ligao com os outros blocos.

    Para saber se a fonte est com defeito, deve-se desconect-la dos outros blocose verificar se as diferenas persistem. Se a fonte no