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Ano II Número 255 Data 23.08.2012

23.8.2012

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AnoII

Número255

Data23.08.2012

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diário do comércio - p. 38 - 23.8.12

estado de minas - superesportes - 23.8.12

Jaeci CarvalhoA incompetência das nossas autoridades em nos dar se-

gurança é total. Ao afirmar que não há como controlar duas torcidas no clássico de domingo, com carga de pouco mais de 22 mil ingressos, elas estão dizendo aos marginais, aos malfeitores, que o estado é incapaz de proteger o cidadão de bem. Reconheço que vivemos em um mundo cruel, no qual bandidos travestidos de torcedores marcam encontro para digladiarem e se matarem, mas daí a entregar um atestado de incompetência é demais.

Sempre tivemos a melhor Polícia Militar do país. E logo

ela, em que confiamos tanto, vem dizer que somente com a reabertura do Mineirão teremos as duas torcidas? É demais para quem paga impostos em dia e não tem a menor contra-partida. Segurança é exigência de uma sociedade normal, mas o Brasil se transformou em uma bagunça só. Onde já se viu punir o cidadão de bem em prol de bandidos? Se a PM alega que as organizadas são as responsáveis por não poder dividir o estádio em duas cores, que puna essas torcidas e não o pai, o avô, a tia, o garoto, os cidadãos honestos que querem apenas ver seu time jogar.

No restante do país, isso não ocorre. As autoridades de

Vergonha: nem o futebol tem segurançaSe a PM alega que as organizadas são as responsáveis por não poder dividir o estádio em duas cores, que

não puna os cidadãos honestos que querem apenas ver seu time jogar

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continuação - estado de minas - superesportes - 23.8.12Rio, São Paulo, Porto Alegre, Recife entendem que o

torcedor de bem deve ser preservado. Ainda que tenha de-finido que o mandante terá 90% da carga de ingressos, os outros 10% vão para os torcedores adversários. Sem ser a ideal, é uma forma de mostrar aos bandidos que quem man-da é a polícia. Em BH, os valores estão invertidos. Aliás, basta olhar para os recentes crimes no Belvedere, onde os habitantes pagam um dos IPTUs mais caros da cidade. Um comerciante foi baleado, vários sequestros-relâmpagos têm ocorrido, e a providência é zero. E olhem que se trata de bairro de classe média altíssima! Policiamento por lá é arti-go de luxo. Por que os moradores não depositam o IPTU em juízo até que a sociedade tenha segurança absoluta?

Por isso, amo os Estados Unidos. Lá, você se diverte sendo vigiado, mas ao mesmo tempo está protegido. Em cada esquina há no mínimo dois carros de polícia bem equi-pado, com quatro policiais, trabalhando pelo bem da comu-nidade. Aqui, não. Outro dia cheguei ao aeroporto de Con-fins por volta da meia-noite e peguei um táxi. No caminho até minha casa, não vi um carro de polícia sequer. Isso é

descaso, um absurdo. Vejam quantos assaltos a população sofre com motoqueiros levando cúmplices na garupa. Por que não adotam o mesmo sistema da Colômbia, onde a ga-rupa da motocicleta foi extinta, é proibida. Lá, a violência nessa situação caiu a zero. Já aqui, os políticos precisam dos votos dos garupeiros.

Voltando ao jogo de domingo, é inaceitável a decisão das autoridades. Imaginem o garoto atleticano, de 10, 12 anos, que jamais viu o time ser campeão brasileiro e sonha-va em ir a todos os jogos para contar depois a história do possível título. Ele não poderá retratar in loco como foi o clássico. São essas situações que nos desanimam a continuar trabalhando com o esporte que amamos. Acho uma hipocri-sia quando a PM diz que o estádio é pequeno e os riscos são grandes. Temos visto a migração de torcedores do futebol para o vôlei, em ginásios com capacidade para 4 mil pesso-as. Não vejo a polícia vetando a entrada de torcedores rivais. Ou alguém acha que quando o vôlei do Cruzeiro joga, do outro lado não há atleticanos torcendo pelo adversário? São muitas as perguntas sem respostas.

o tempo - edição eletrônica - economia - 23.8.12

JULIANA GONTIJO

FOTO: LEO FONTES - 9.8.2012

Campeão. O Santander é um dos bancos suspensos em Minas Gerais e está entre os mais reclamados em ranking do Banco Central

As reclamações contra os bancos em julho deste ano cresceram 9,38% frente ao sétimo mês de 2011 no país, con-forme dados do Banco Central (BC). Foram 1.445 queixas contabilizadas no mês passado. Na liderança do ranking da instituição, estão os débitos não autorizados, com 291 recla-mações. Neste quesito, o campeão foi o Santander, com 83 queixas, seguido pelo Itaú (67) e o Bradesco (48).

Só que esse não é o único problema enfrentado pelos clientes dessas instituições financeiras. A lista do Banco Central possui 49 irregularidades praticadas pelos bancos. A situação chegou ao ponto de dez bancos e financeiras terem a concessão de crédito e financiamento para novos clientes suspensas temporariamente em Minas Gerais pelo prazo de cinco dias úteis a partir do recebimento das notificações.

A medida foi tomada na última terça-feira, de forma cautelar, pelo Ministério Público do Estado de Minas Ge-

rais através do Procon-MG. A decisão, fruto de reclamações feitas pelos consumidores em diversos Procons de Minas Gerais, se deve, em especial, à prática de dez instituições financeiras que atuam no Estado de criar obstáculos para o fornecimento de informações cadastrais e financeiras neces-sárias para que fosse realizada a portabilidade de crédito. Outro problema detectado se refere à quitação antecipada de débitos pelo consumidor sem a devida redução proporcional de juros e encargos.

A gerente jurídica do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Maria Elisa Novais, considerou a medi-da louvável. "Isso mostra que o problema está acontecendo e não o deixa apenas no âmbito da reclamação individual. É uma pressão por mudança no comportamento dos bancos", analisa.

A advogada do Procon Municipal, Daniela de Abreu Arruda, ressalta que os assuntos financeiros são os mais re-clamados no órgão de defesa do consumidor. "Os problemas estão relacionados aos cálculos de prestação, questionamen-to dos juros cobrados, dificuldade para realizar a portabili-dade e a ausência do desconto devido quando o consumidor antecipa o pagamento da dívida", diz.

Segundo informações do Procon-MG, em 2011, a BV Financeira, que foi uma das instituições proibidas de forne-cer crédito e financiamento para novos clientes, já provoca-va descontentamento entre os clientes, já que ocupou o quar-to lugar no ranking das empresas mais reclamadas no órgão.

Neste ano, no levantamento do Procon da Assembleia, a financeira ocupou o quarto lugar entre as financeiras que mais receberam queixas e está na 10ª posição no ranking geral até 22 de agosto de 2012.

Reclamações contra bancos crescem 9,38%

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Seminovos vão sentir maisApesar da determinação da suspensão da concessão de

crédito e financiamento de bancos e também da BV Finan-ceira pelo Ministério Público, a concessão de crédito em di-versas concessionárias de Belo Horizonte permaneceu inal-terada ontem.

A supervisora de financiamento e seguro da Jorlan, Eliane Santos, disse que ficou surpresa com a notícia divul-gada ontem. Entretanto, ainda não houve mudanças. "No nosso caso, se isso acontecer, o impacto maior vai ser para o segmento de seminovos e usados, no qual a BV responde por cerca de 30% dos financiamentos", diz. O gerente de

novos da Tecar, Shelber Morato, confirmou a normalidade na concessão de financiamento.

Na Orca, o gerente da área de financiamento, Helbert Abrão, também disse que, se medida realmente se confirmar, o impacto será para quem trabalha com seminovos. "Para os novos, no mês passado, 90% dos financiamentos foram feitos pelo banco da montadora", diz.

Além da BV, os bancos BMG, Bonsucesso, Cacique, Cruzeiro do Sul, GE Capital, Intermedium, Mercantil do Brasil, Rural e Santander (Brasil) estão proibidos de finan-ciar novos clientes em Minas. (JG)

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o tempo edição eletrônica - esportes - 23.8.12

A falta de um NiloPara cada clássico, uma desculpa mais esfarrapada do

que a outra para manter esse absurdo de torcida única. No ano que vem, com o Mineirão reinaugurado, haverá alguma outra justificativa furada para impedir que atleticanos e cru-zeirenses estejam dentro do estádio. Uma vergonha!

O Cruzeiro, mandante do jogo, deveria ter batido o pé e exigido que as forças de segurança do Estado cumprissem com o seu dever constitucional, mas certamente não teve interesse, por achar que apenas a sua torcida pode dar algum ganho dentro das quatro linhas durante os 90 minutos.

A experiência dos clássicos anteriores com essa idiotice já mostrou que não tem nada a ver: o Cruzeiro já ganhou do Galo só com a torcida alvinegra presente por duas vezes.

Lamento que a polícia mineira não seja mais a que tí-nhamos até 2010, quando andaram com essa conversa fiada de "problemas de segurança", e o então chefe do Comando do Policiamento da Capital (CPC), Tenente-Coronel

Nilo, fez prevalecer a tradição de competência e deste-mor da nossa Polícia Militar. Em 2009, comandou pessoal-mente as operações que garantiram a final da Libertadores da América, entre Cruzeiro e Estudiantes, da Argentina, sem nenhum problema. Arrancou elogios da imprensa nacional.

Sem balelaUm ano depois, o Cel. Nilo garantiu que o Atlético po-

deria usar o vestiário e banco de reservas do lado direito das cabines do Mineirão, debaixo da torcida do Cruzeiro; e que a Raposa, idem, no outro lado, sob a torcida atleticana. Assim

foi feito e a autoridade foi respeitada, graças à coragem e eficiência da Polícia Militar naquela oportunidade.

Sob riscoAs coisas mudaram; o Cel. Nilo e outros militares dessa

linhagem se aposentaram, e o que temos visto é uma Polí-cia Militar acuada diante de uma meia dúzia de marginais. Quando o Estado abre mão do seu poder, por falta de recur-sos humanos ou materiais, toda a sociedade perde e fica sob risco. Por essas e outras é que os números da violência só aumentam em Belo Horizonte.

Em campo.O clássico, como sempre, imprevisível. O Atlético está

em um momento melhor, mas o Cruzeiro é o Cruzeiro. Em um jogo desses, tudo depende! Montillo estará bem? Ro-naldinho estará inspirado? Fábio e Victor fecharão o gol ou um deles engolirá um frango, desses que acontecem com qualquer grande goleiro?

Força, Coelho! Entendo que o América está se virando bem para vol-

tar a brigar nas cabeças da Série B, mesmo com a derrota em Ipatinga. Se Givanildo foi demitido, é porque a diretoria entendeu que estava na hora. E já que ele se tornou passa-do no clube, gostei das aquisições de Marquinhos Paraná, Ewerthon e da aposta no técnico Milagres. Tomara é que dê tempo de rearranjar a casa!

Chico MaiaLamento que a PM mineira não seja mais a que tínhamos até 2010, quando andaram com essa conversa

fiada de problemas de segurança

o tempo - edição eletrônica - opinião - 23.8.12

Belo Horizonte tem se notabilizado por algumas carac-terísticas bastante singulares, ou seja, que chamam a atenção do resto do país - em alguns casos, pelo provincianismo, em outros, para orgulho de seus moradores. Mesmo assim, de capital nacional dos botecos a cidade-jardim, o antigo Ar-raial de Curral del Rei, sua primeira e única designação an-

tes do nome definitivo, BH ainda é uma capital aprazível e de gente de fácil convivência, o que é próprio da índole do mineiro, em relação a outros grandes centros urbanos.

Mas causa espanto, para dizer o mínimo, a decisão de realizar mais um clássico entre Cruzeiro e Atlético com tor-cida única. Alegando questões relativas à segurança pública,

PM acuada no Clássico

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ao novo Independência, só terão acesso, no próximo do-mingo, os torcedores cruzeirenses, conforme decisão da Po-lícia Militar. Os moradores do entorno do estádio gostaram.

Mas é aí que entra a coisa diferente que BH encerra, porque clássicos regionais tão importantes, como o minei-ro, vêm sendo realizados nas demais cidades com clubes na primeira divisão com a presença de torcedores adversários, alguns, em estádios acanhados e menores.

Se a PM admite que não tem condições de proporcionar garantia à ordem pública para a realização de um jogo de futebol, o que esperar da corporação de Tiradentes frente ao combate a bandos organizados e bem-armados de crimino-

sos? - há de indagar o cidadão, a cada dia mais indefeso em BH.

Quem já viu a PM atuar com grande desenvoltura na repressão a variadas manifestações que reuniam mais gen-te que um jogo de futebol, deve ter sido tomado de total incredulidade diante da confissão pública de temor a uma eventual perturbação da ordem no Horto e nas adjacências.

Será que a torcida mineira é uma das mais perigosas do país, como deixaram transparecer os envolvidos nos pre-parativos para o jogo, que nada vai decidir? Será que não valeria a pena confiar no bom senso do público e no espírito esportivo de todos antes que a moda pegue em definitivo?

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o tempo - fórum - 23.8.12

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