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2017 Felipe Pusanovsky de Barros [email protected] Gestão do Conhecimento

2017 Gestão do Conhecimento - felipe.pusanovsky.nom.br · •Apostila •Artigos Avaliação: ... propriedade do senhor feudal, na qual trabalhavam ... Inicia-se a crise do feudalismo

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2017

Felipe Pusanovsky de Barros

[email protected]

Gestão do Conhecimento

EMENTAEvolução do conhecimento humano. A espiral do conhecimento. Hierarquia DIKW. Cultura da inovação nas empresas. Compêndio de melhores práticas. A TI e os Sistemas de Gestão do Conhecimento. Práticas em Gestão do Conhecimento.

BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL• ANGELONI, Maria Therezinha. Organizações do Conhecimento. São Paulo: Saraiva,

2008.

• LAUDON, K. C., LAUDON, J. P. Sistemas de Informação Gerencial, Pearson/Prentice-Hall, 11ª Ed, 2015.

• ALMEIDA, A. et. al. Inovação e gestão do conhecimento. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2016

• FIALHO, F. A. P.; MACEDO M.; SANTOS, N.; MITIDIERI, T. C. Gestão do conhecimento e aprendizagem: as estratégias competitivas da sociedade pós-industrial. Florianópolis: Visual Books, 2006

• NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Gestão do Conhecimento. Rio de Janeiro: Bookman, 2008

• SOUKHOROUKOVA A, SPANN M, SKIERA B. Sourcing, Filtering, and Evaluating New Product Ideas: An Empirical Exploration of the Performance of Idea Markets. Journal of Product Innovation Management 29 (1), 100-112

Site com material para as aulasfelipe.pusanovsky.nom.br

Gestão do Conhecimento

Senha para acesso: p4ssw0rd

•Apostila

•Artigos

Avaliação:Atividade em grupo; teste 10/06;

resumo individual de artigo relativo ao tema GC

Resumo individual de artigo relativo ao tema GC

• Data limite para envio por e-mail: 10/06

• Trabalho individual

• Resumo explicativo do caso em arquivo Word com até três folhas

• Folha A4, fonte Arial, tamanho 11, espaço entre linha simples, espaçamento entre parágrafos 6 pt, margens da página de 2 cm

• Trabalhos idênticos ou com alto grau de semelhança não serão considerados.

• Os artigos serão sorteados na primeira aula e já estão disponíveis para download no site

Enviar para o e-mail [email protected] título do e-mail colocar seu nome – curso

Programa da disciplina

Do início da história da humanidade à Sociedade do conhecimento

Do dado bruto à sabedoria: Hierarquia DIKW

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

Conceitos, significados, tipos e gestão da inovação

Conceito de Boas práticas

Processos e melhoria contínua

Sistemas de gestão do conhecimento

Instrumentos de TI para apoio à Gestão do conhecimento

Práticas para a gestão do conhecimento

Do início da história da humanidade à

Sociedade do conhecimento

Do início da história da humanidade à Sociedade do conhecimento

Do início da história da humanidade à Sociedade do conhecimento

Do início da história da humanidade à Sociedade do conhecimento

Idade da Pedra Lascada

Até 10.000 a.C

nômade

extrativista

vivia da caça e pesca

coleta de frutos e raízes

economia de

subsistência

vivia em grupos

habitava cavernas

dominava o fogo

instrumentos simples com

lascas de pedra e de ossos

produzia pinturas

rupestres e esculturas

sinais de uma linguagem articulada

Do início da história da humanidade à Sociedade do conhecimento

A Idade da Pedra Polida até

5.000 a.C.

agricultura

fixação

desenvolvimento da vida em sociedade

peças de cerâmica

roupas de tecido de lã,

linho e algodão

invenção da roda

primeiras embarcações

instrumentos de pedra

polida

troca de excedentes de

produção

especialização de atividades

produtivas

primeiras divisões sociais

início da escrita

Do início da história da humanidade à Sociedade do conhecimento

Idade dos Metais

até 3.500 a.C.

Último período da pré-história

Uso de metais na fabricação de

instrumentos e armas

organização da vida social, econômica e política na forma de

cidades-estados

princípios religiosos fundamentais para a

união do grupo e para o surgimento do

Estado

primeiros especialistas na de

fusão de metais e na confecção das

ferramentas e armas de guerra

A escrita e o domínio dos metais sempre foram privilégios de uma pequena elite

Do início da história da humanidade à Sociedade do conhecimento

Idade Antiga (3.500 a.C. até

476 d.C.)

surgem as grandes

civilizações

hegemonia do conhecimento

sobre a fé

O conhecimento como o alfabeto e filosofia, até hoje nos influenciam

Estado e Senado foram criados, assim como parte de nosso atual

sistema jurídico

Foram criadas obras grandiosas de engenharia e

desenvolvidas técnicas de navegação

Cristianismo expandiu-se e

institucionalizou-se como Igreja

Católica durante o Império Romano

Do início da história da humanidade à Sociedade do conhecimento

Forma artesanal de produção, dependendo das habilidades e dos

conhecimentos tácitos dos artesãos.

Cada artesão fazia as coisas de seu jeito, logo, havia diversas maneiras

de realizar a mesma tarefa.

Idade Média(476 ao ano 1.453)

ausência quase total do comércio e

circulação de moedasprodução é agropastoril

voltada para a subsistência

primeiras universidades de Teologia, Medicina e

Direito, criadas e controladas pela Igreja, acessíveis somente às

eliteseconomia baseada na propriedade do senhor

feudal, na qual trabalhavam servos que ali residiam

surgem algumas ferramentas de gestão, como a

contabilidade em partidas dobradas

invenção da impressão

por Gutemberg

Do início da história da humanidade à Sociedade do conhecimento

Os senhores feudais, necessitando de produtos que seus

servos não produziam, estimularam o comércio, surgindo,

assim, as feiras medievais que, com o tempo, foram deixando

de ser temporárias para passarem a ter caráter permanente,

marcando o aparecimento das cidades mercantis.

Inicia-se a crise do feudalismo e o nascimento do pré-capitalismo, terminando a Idade Média, passando pelo Renascimento e chegando à Idade Moderna.

Do início da história da humanidade à Sociedade do conhecimento

.

Idade Moderna

(1453 a 1789)

passagem do feudalismo ao

capitalismo

Mercantilismo

Renascimento Cultural

colonização europeia

Reforma Protestante

Revolução Industrial

Do início da história da humanidade à Sociedade do conhecimento

A Igreja perdeu o domínio da geração, controle e disseminação do conhecimento. Surgem as universidades controladas pelo Estado.

A burguesia industrial buscou:• maiores lucros,• redução dos custos de produção• aumento da produtividade

A invenção de máquinas a vapor, capazes de redução de trabalhos manuais e das locomotivas a vapor facilitando os transportes de pessoas e de cargas, causou forte impacto na forma de execução dos trabalhos

A educação tornou-se um dos meios pelo qual o Estado controlava a sociedade, determinando quais disciplinas deveriam ser estudadas e difundidas

Do início da história da humanidade à Sociedade do conhecimento

Idade Contemporânea

Inicio com a Revolução

Francesa em 1789

Independência das colônias

latino-americanas

Primeira e Segunda Guerras

Mundiais

Guerra Fria

Crise do petróleo

O conhecimento deixa de ser instrumento de controle da sociedade pelo Estado e

passa a servir ao poder econômico

Desenvolvimento da tecnologia digital

A geração de conhecimento é

acelerada exponencialmente

Fim da União Soviética

Do início da história da humanidade à Sociedade do conhecimento

É nesse período que iniciamos a Sociedade do Conhecimento.

Grandes mudanças afetam hábitos de consumo, produção, dos mercados e

de sociedades.

Conforme Fialho (2007), “ao contrário do trabalhador da Era

Industrial, cuja principal ferramenta de trabalho é o trabalho braçal, o

Trabalhador do Conhecimento passa a ter como ferramenta de trabalho

o seu intelecto, ou seja, o seu conhecimento.”

No final dos anos 70, economistas começam a difundir o

conceito de globalização. Barreiras comerciais ente os países

começam a cair, grupos internacionais se fortalecem e instalam-se

território estrangeiro.

Do início da história da humanidade à Sociedade do conhecimento

Do início da história da humanidade à Sociedade do conhecimento

Do início da história da humanidade à Sociedade do conhecimento

A partir do século XX, ocorre aumento exponencial do progresso

tecnológico e científico. Passam a surgir grandes inovações impulsionadas pela

crescente pressão de uma economia e sociedade globalizadas.

O primeiro artigo acadêmico com a expressão Knowledge Management

(KM) em seu título, foi escrito por Rickson em 1976.

Gestão do Conhecimento (GC) existe como disciplina acadêmica há mais

de 17 anos, tendo se desenvolvido a partir dos trabalhos acadêmicos de Peter

Druker (1970), Karl-Erik Sveiby (1980) e Nonaka & Takeuchi (1990).

A partir de 1993, passou a ser amplamente aceito que a

vantagem competitiva das empresas se deve ao seu capital

intelectual, como as competências, as relações com os clientes e as

inovações.

Transformando conhecimento tácito em explícito

Atividade em grupo:

Fabricação delicores artesanais

A partir da narrativa oral, o grupo deverá elaborar um documento que explique como preparar o delicioso licor de gengibre de forma que qualquer pessoa possa produzi-lo, considerando os materiais envolvidos, o momento da colheita, o processo de fabricação e envasamento do produto, os cuidados a serem tomados etc.

Do dado bruto à sabedoria:

Hierarquia DIKW

24

Do dado bruto à sabedoria: Hierarquia DIKW

Na Sociedade do Conhecimento os recursos vêm

passando por um processo de comoditização, incluindo-se

aí recursos de TI

As organizações, para que se

mantenham lucrativas, necessitam

reciclar e recriar seus conhecimentos

initerruptamente, pois assim podem

obter vantagens competitivas.

Para uma organização conquistar e manter

vantagem frente aos concorrentes é fundamental

sua capacidade de absorção das informações e

sua conversão em conhecimento.

Em maio de 2003, a HBR publicou o artigo de

Nicholas Carr, “IT Doesn’tMatter”, onde o autor

questiona se infraestrutura de TI oferece vantagens

estratégicas a empresas.

25

Do dado bruto à sabedoria: Hierarquia DIKW

Onde está a sabedoria que perdemos no

conhecimento?

Onde está o conhecimento que perdemos na

informação?

Em 1934 por T.S. Eliot, o poema “The Rock”, traz, em seu bojo, as seguintes frases:

Diversos autores atribuem a Russell Ackoff a criação do modelo de

hierarquia DIKW (Data-Information-Knowledge-Understanding &

Wisdom), possivelmente inspirado nas palavras de T.S. Eliot

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Do dado bruto à sabedoria: Hierarquia DIKW

Esses quatro elementos aparecem frequentemente representados por uma pirâmide

Dados: Fatos discretos sobre eventosExemplo: data e hora em que um incidente é registrado

Informação: A informação vem de fornecer contexto aos dadosExemplo: tempo médio para fechar incidentes de prioridade 2

Conhecimento: experiências tácitas, idéias, insights, valores e julgamento de indivíduosExemplo: o tempo médio para fechar incidentes de prioridade 2 aumentou cerca de 10% desde que uma nova versão do serviço foi lançada

Sabedoria: faz uso do Conhecimento para criar valor através de decisões corretas e bem informadasExemplo: reconhecer que o aumento no tempo para fechar incidentes de prioridade 2 é devido ao treinamento de má qualidade

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Do dado bruto à sabedoria: Hierarquia DIKW

Distinção entre dados, informação e conhecimento, acrescendo a busca pela capacidade da sabedoria.

28

Do dado bruto à sabedoria: Hierarquia DIKW

Dados são observações cruas: números, palavras ou qualquer sinal desprovido de

contexto. São os elementos constitutivos básicos da informação.

Exemplos: 10, João, Matemática.

Informação é criada analisando relacionamentos e conexões entre os dados.

Responde a perguntas simples do estilo de "quem, o que, onde, quando”.

Exemplo: o João tirou nota 10 em Matemática.

Conhecimento é criado usando a informação para a ação. Implica a compreensão

do comportamento. Exemplo: se o aluno tirou nota 10, então ele foi aprovado. Nas

empresas, o conhecimento, normalmente, é construído a partir de treinamento ou

observação.

Sabedoria é criada com o uso do conhecimento. Responde às perguntas "porque" e

"quando" enquanto se relacionam às ações. Exemplo: A escola deve inscrever esse

aluno nas olimpíadas de Matemática, pois isso poderá ser bom para ele e para a escola.

Vamos a outras definições e exemplos dessa distinção:

Do dado bruto à sabedoria: Hierarquia DIKW

A diferença entre dados, informação e conhecimentoO processamento de dados é o processo de conversão dos dados (inputs) em

informações (outputs).

PROCESSAMENTO

dados de entrada são

processados para

gerar um determinado

resultado. Exemplos: o

cálculo salarial, uma

complexa expressão

matemática ou uma

comparação entre

dados

Entradas (inputs)

Dados a serem

tratados

Saídas (outputs)

Informações,

relatórios

Impressos e

eletrônicos etc.

Do dado bruto à sabedoria: Hierarquia DIKW

Sistemas geram outputs que

podem beneficiar, na maioria

das vezes, ou travar o bom

andamento das operações

organizacionais

A empresa que detiver mais informações sobre o setor, o mercado e seus

concorrentes, e que conseguir implementar mecanismos de geração e gestão

do conhecimento, terá maior vantagem competitiva e maior sustentabilidade em

suas ações.

Alguns possíveis outputs são a

quantidade de dados, o nível de

informações e a possibilidade da

geração de conhecimento para as

empresas

Do dado bruto à sabedoria: Hierarquia DIKW

Vantagem competitiva existe quando uma empresa é capaz de gerar maior valor econômico do que as empresas rivais (BARNEY e HESTERLY, 2008).

Em outras palavras,pode-se dizer que vantagem competitiva é aquilo que propicia às empresas uma situação de sustentabilidadee obtenção de lucros acima da média

Do dado bruto à sabedoria: Hierarquia DIKW

A busca da perfeita comunicação dentro da empresa,

assim como as trocas de dados e informações entre

companhias, é cada vez mais frequente e necessária

na sociedade e no meio empresarial, ganhando

assim maior importância e destaque nas estratégias

empresariais

Por isso, existe tanta ênfase

e atenção à importância na

compreensão do processo

de comunicação e

transmissão de dados e

informação

Do dado bruto à sabedoria: Hierarquia DIKW

A importância do compartilhamento do conhecimento é

inquestionável, bem como a problemática que envolve essas

questões.

Problemas que dificultam a adoção de práticas no estabelecimento de um

ambiente propício ao aprendizado abrangem:

capacidade de absorção/disseminação dos conhecimentos

falta de tempo

tecnologia inadequada

confiança mútua

fatores culturais etc.

O conhecimento é gerado a partir da interpretação e ação do

receptor sobre a informação adquirida, ocasionando assim

resultados cognitivos que irão alocar-se no estoque de

conhecimento do indivíduo receptor.

Hierarquia DIKW

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InformationWho, what,when, where?

KnowledgeHow?

Co

nte

xt

Understanding

WisdomWhy?

Data

Do dado bruto à sabedoria: Hierarquia DIKW

35

Do dado bruto à sabedoria: Hierarquia DIKW

Uma vez que o Big Data facilita a captação de

dados de forma exponencial, um dos grandes desafios

da atualidade é o de separar os dados relevantes ao

core business das empresas, ou seja, aqueles que, de

fato, são capazes de serem convertidos em

informações que tragam valor ao negócio.

Conjuntos de dados muito grandes ou complexos, que aplicativos de processamento de dados tradicionais não conseguem lidar.

Os desafios incluem: análise, captura, pesquisa, compartilhamento, armazenamento, transferência, visualização e informações sobre privacidade dos dados. Muitas vezes se refere ao uso de análise

preditiva para extrair valor de dados

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Do dado bruto à sabedoria: Hierarquia DIKW

Vejamos alguns casos onde o Big data vem sendo empregado:

Combate ao câncer: Em parceria com um consórcio da área de saúde, um supercomputador vem sendo usado para escanear mutações genéticas e descobrir o melhor tratamento para cada tipo de câncer.

Encontrar namorados: Sites de encontro usam

big data para identificar entre seus usuários

quais são aqueles que tem a maior chance de

formar casais com potencial de dar certo.

Evitar suicídios: O Durkheim é um projeto que acompanha redes sociais para detectar palavras e frases que caracterizem o autor como um potencial suicida.

Substituir currículos: Empresas estão

substituindo a análise de currículos pela

coleta e observação de dados publicados

pelos candidatos sobre si em redes sociais.

Entender o consumidor: Hoje, grandes redes como o Walmart usam dados recolhidos por sensores, redes sociais e outras fontes para entender melhor como se comporta o consumidor

Eleger candidatos: Nas eleições de 2012, Barack Obama recolheu por 18 meses dados sobre seus eleitores na internet. Isso permitiu uma melhor compreensão dos interesses e preocupações do eleitorado

Espionar pessoas: Edward Snowden revelou a existência na NSA do X-Keyscore, que captura todo o conteúdo que trafega na conexão interceptada para, depois, analisá-lo e extrair os dados desejados

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Do dado bruto à sabedoria: Hierarquia DIKW Para discussão em aula:

Situação 1:(BELLINGER & Al., 2004; ZELENY, 1987)Enquanto os dados e a informação são componentes que podem ser gerados per se pelasmáquinas, a sabedoria é uma capacidade puramente humana, à medida que emerge deelementos peculiares que não podem ser replicados por uma máquina: a sabedoria e oconhecimento são, de fato, relações e, portanto, não podem ser feitas por máquinas, quepodem gerar dados e informações, mas não são capazes de capitalizar adicionando o criativo,ético e social.

Situação 2: Fonte: https://tecnoblog.net/123971/ai-tratamentos-melhoresRobôs com AI prescrevem tratamentos melhores do que os médicos humanos.Pesquisa indica que robôs em pares também reduzem custos relacionados à saúde

Pesquisadores fizeram experimentos e determinaram que um par de computadores comInteligência Artificial (AI) conseguem prescrever tratamentos médicos com mais probabilidadede sucesso do que os pares de carne e osso em decisões individuais. A pesquisa envolveu maisde 6 mil pacientes.O cálculo por evento relacionado à doença (digamos, por decisão médica) foi de 189 dólares –o valor chegava a 497 dólares sem o auxílio da computação.De acordo com os pesquisadores, o modelo custa menos e traz retorno melhor. As decisõesmédicas foram consideradas 35% melhores. Ajustes no modelo fariam com que as decisõesaumentassem o aproveitamento positivo para 42%.

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Do dado bruto à sabedoria: Hierarquia DIKW

A criação do Conhecimento sob a ótica de

Nonaka e Takeuchi

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

Raciocínio dialético

Dialética: processo de diálogo, debate entre interlocutores comprometidos com a busca da verdade. Significa a arte do diálogo, a arte de debater e persuadir ou raciocinar.Dialética é um debate onde há ideias diferentes, onde um posicionamento é defendido e contradito logo depois.

Apenas há poucas décadas o conhecimento vem sendo estudado no meio organizacional como uma forma de vantagem competitiva sustentável

Ainda encontram-se divergências sobre o significado de Gestão do Conhecimento

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

Professores Universidade japonesa de Hitotsubashi

Autores seminais sobre o assunto e classificam-se em primeiro lugar em citações na literatura sobre Gestão do Conhecimento, segundo a Oxford University Press

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

A característica exclusiva do conhecimento como recurso reside no fato de que ele se torna obsoleto tão logo seja criado.

novos conhecimentos precisam ser criados de forma ininterruptadifundindo-os amplamente pela organização e

incorporando-o velozmente nos produtos e/ou serviços, tecnologia e sistemas da organização

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

Schumpeter, 1942:Conceito da “destruição criativa”

No processo de inovação, novos produtos destroem as empresas

obsoletas e modelos de negócios arcaicos. Segundo Schumpeter, as inovações dos empresários são a força motriz do crescimento econômico sustentado a longo prazo, embora possam destruir empresas concorrentes bem estabelecidas, reduzindo desta forma o monopólio do poder.

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

Os postulados de Schumpeter são a antítese da teoria econômica preponderante, onde o equilíbrio é a norma de uma economia saudável

Agora, uma visão diferenciada tem a oportunidade de conciliar duas visões opostas: a tese de Schumpeter e a antítese da economia dos dias modernos, usando-as na busca do melhor caminho.

Conviver com esse paradoxo não é tarefa fácil...

...mas, é isso que empresas bem-sucedidas vem fazendo!

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

O paradoxo era algo a ser eliminado na Sociedade Industrial

A percepção Taylorista (estudo de tempos e

movimentos )

Muitas empresas que fracassaram tiveram a tendência a eliminarem paradoxos, procurando manter antigas rotinas responsáveis pelo sucesso anterior.

Na Sociedade do Conhecimento, uma nova espécie de empresas surge : as “empresas dialéticas”

O conhecimento é, em si, formado por dois componentes

aparentemente opostos:

o conhecimento explícito e o conhecimento tácito

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

Conhecimento explícito Pode ser transmitido formal e sistematicamente

Está expresso em

palavras

sons

fórmulas científicas

manuais

especificações de produtos

etc.

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

Conhecimento tácito É altamente pessoal, difícil de formalizar e compartilhar.

Características típicas do

conhecimento tácito

Intuições

insights

palpites

atrelado às ações e experiências do indivíduo

assim como às suas emoções, valores e ideais

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

IMPORTANTE o conhecimento não é explícito ou tácito.

Para os chineses, o mundo é composto por forças opostas e achar o

equilíbrio entre elas é essencial.

O raciocínio dialético aceita como coeso o que aparentemente situa-se nos extremos opostos, como, por exemplo, vida e morte,

novo e velho, bom e mau

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

A mudança ocorre através do conflito, da oposição de ideias

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

A mudança ocorre através do conflito, da oposição de ideias

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

Louis Gerstner Jr. - O Homem que salvou a IBM

Após quase uma década de encolhimento do setor de vendas

de mainframes, empresas ganhando mais destaque e o

cessamento de novos produtos da IBM trouxeram nada mais,

nada menos que o maior prejuízo já registrado em um ano em

uma empresa dos EUA: a perda de US$ 8,1 bilhões em 1992.

Um ano depois, Louis V. Gerstner Jr. passou a comandar a

empresa e ficou conhecido por ter tirado a IBM do buraco

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

Partindo dessa base e ampliando essa visão, as empresas atualmente

precisam abranger simultaneamente uma complexa multidão de opostos.

São identificados, a seguir, opostos que exigem uma síntese antes que

o novo conhecimento possa ser criado:

Tácito / Explícito

Corpo / Mente

Indivíduo /Organização

Top-down / Botton-up

Hierarquia / Força-tarefa

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

Síntese do tácito / explícito

Nonaka e Takeuchi identificaram um ciclo de conversão deconhecimento, que ficou conhecido como

modelo ou espiral SECI

(Socialização, Externalização, Combinação e Internalização)

que está no núcleo do processo de criação do conhecimento

É através da conversão constante deconhecimento tácito em explícito e vice-versa, queas organizações criam e utilizam conhecimento.

Segundo esse modelo, são quatroos modos de conversão deconhecimento.

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

Socialização: conversão de conhecimento tácito para conhecimento tácito . Oconhecimento sempre se inicia com um indivíduo. Invariavelmente, as relações que umindivíduo estabelece com outro causam a troca de algum tipo de conhecimento tácito,como know-how ou uma crença

Externalização: é a transferência do conhecimento tácito para o explícito. Quandotentamos conceituar uma imagem, expressamos a sua essência principalmente nalinguagem. Porém as expressões são muitas vezes impróprias, precárias e insuficientes.Dessa forma, as metáforas e as analogias tornam-se instrumentos úteis.

Combinação: trata-se da combinação de conhecimento explícito para explícito. É umprocesso que viabiliza a disseminação do conhecimento dentro da organização. Tendoum grupo de indivíduos explicitado o conhecimento por meio de um novo conceito,compete à organização tornar este conhecimento explícito acessível aos demais

Internalização: Transferência do explícito para o tácito que ocorre ao se “aprenderfazendo”, por exemplo, quando funcionários leem documentos, manuais etc., sobre seutrabalho e reagem ou criticam as informações. Trata-se da aquisição de novoconhecimento tácito na prática.

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

DescriçãoEntidades envolvidas

Tipo de conversão

1

Socialização

Compartilhar e criar conhecimento tácito

através de experiência direta

Indivíduo para indivíduo

Tácito para tácito

2

Externalização

Articular conhecimento tácito através do diálogo e

da reflexão

Indivíduo para grupo

Tácito para explícito

3

Combinação

Sistematizar e aplicar o conhecimento explícito e a

informação

Grupo para a organização

Explícito para explícito

4

Internalização

Aprender a adquirir conhecimento tácito na

prática

Organização para indivíduo

Explícito para tácito

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

Outras sínteses de opostos que exigem combinação para a criação de

conhecimento:

Síntese do Corpo / Mente:

Exemplo de uma criança ao aprender a andar, que o faz através da tentativa e erro,

aprendendo tanto com o corpo quanto com a mente. O indivíduo obtém insights

subjetivos, intuições e palpites a partir da experiência corporal.

Um nível mais alto do conhecimento é criado através da interação dinâmica,

contínua e simultânea do corpo e da mente.

Indivíduo /Organização:

Uma organização não pode criar conhecimento por si mesma, pois somente os

indivíduos o podem fazer. Dessa forma, é de extrema importância que a organização

viabilize e estimule as atividades criadoras do conhecimento dos indivíduos. A interação

dinâmica entre os indivíduos e a organização cria a síntese que atua na criação do

conhecimento através do diálogo e, possivelmente, conflitos e discordâncias, que levam

os indivíduos a questionarem as premissas existentes e buscarem novas formas de

alcançarem resultados.

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

Top-down / Botton-up:

No modelo Top-down somente a alta administração tem a capacidade de criar o

conhecimento. Já o modelo Botton-up pressupõe que o conhecimento seja criado pelos

empregados da linha de frente, com poucas ordens e orientações da alta administração.

Nenhum dos dois modelos adequa-se à criação do conhecimento. O modelo Top-down é

adequado, primordialmente, para lidar com o conhecimento explícito e concentra-se na

combinação e na internalização, enquanto o modelo Botton-up mostra-se adequado para

lidar com o conhecimento tácito, concentrando-se na socialização e na externalização.

Hierarquia / Força-tarefa:

Hierarquia e força-tarefa são estruturas opostas, pois, a primeira é altamente especializada,

formalizada e centralizada, já a segunda é flexível, dinâmica e participativa.

Pela ótica da criação do novo conhecimento, a hierarquia é eficiente na aquisição, acúmulo ena exploração de novos conhecimentos através da combinação e da internalização,prejudicando, porém, a iniciativa individual devido a sua grande inclinação ao controle. Já aforça-tarefa é eficiente na criação do conhecimento através da socialização e daexternalização.

A criação do Conhecimento sob a ótica de Nonaka e Takeuchi

Em todos os casos mencionados existe a busca pela solução quecombina os aparentes opostos, de forma a deles tirar o melhorproveito, pois agora entendemos que vem dessa combinação agênese do conhecimento e de sua evolução continuada

Certas Coisas

Compositor: Lulu Santos/Nelson Motta

Não existiria som

Se não houvesse o silêncio

Não haveria luz

Se não fosse a escuridão

A vida é mesmo assim,

Dia e noite, não e sim...

Conceitos, significados e tipos de inovação

Conceitos, significados e tipos de inovação

Até agora vimos a evolução do conhecimento humano; tratamos de como, a partir de dados brutos, o conhecimento é construído e dos tipos de conhecimento

Mas afinal, numa organização, qual a importância do conhecimento?

Através do conhecimento novos valores são agregados e que podem

se traduzir em... inovações!

E são as inovações que agregam valor às organizações.

Conceitos, significados e tipos de inovação

“Em um mundo em que o ciclo de vida dos produtos é cada vez

menor, a capacidade de substituir frequentemente produtos por

versões mais modernas é cada vez mais importante." (TIDD, 2015).

Inovações podem ocorrer em:

ProdutosServiços

Marketing,Processos,

Gestão,etc.

Conceitos, significados e tipos de inovação

Conceitos e significados de inovação

“destruição criativa” “tese + antítese síntese”

equilíbrio econômico organizacional deve sempre ser desafiado

Schumpeter afirma que:

Os novos produtos precisam ser incorporados ao fluxo circular, que também aqui osseus valores devem se colocar em relação com os valores de todos os outros produtos.Teoricamente ainda podemos distinguir como duas coisas diferentes a realização dainovação e o processo de sua incorporação ao fluxo circular.

$

$

$$

$

$

$

$

$

$

$

Foster “s” curve

Technolo

gy

Perf

orm

ance

Resources used in R&D

Old technology

New technology

Axes of figure

Horizontal ≠ time

Is vertical axis = technical

performance/price??

This addition to the model

adds in the improvements

from process innovation

(which are largely cost

reducing)

Last gasp increase in old

technology

Curves can be constructed at many levels of analysis – e.G. Pistons, engines, cars,

transportation systems

Nascimento Desenvol-

Vimento

Maturidade Declínio

Tv led

Tv tubo catódico

Tv lcd, plasma

Alterações cosméticas em produtos

Ciclo de vida da inovação

Vhs

% E

mpre

sa q

ue

ado

tara

m a

no

va

tecn

olo

gia

Tempo

Caso 5.1 o ciclo de vida do fax

Tecnologia (conhecimento)

incorporada dá sinais de

esgotamento

O PROCESSO DE DESTRUIÇÃO CRIATIVA (schumpeter) PROVOCADO POR INOVAÇÕES

Algodão (10)

Rayon (40)

Nylon (60)

Polyester (70)

Aço (80)

Esforços em p&d

Desempenho

Relativo

(Desgaste

De pneus)

A busca dos empresários por lucros

anormais constitui o motor da

economia capitalista (“espírito

animal”), produzindo assim a

chamada destruição criativa de

produtos

Conceitos, significados e tipos de inovação

Inovação é um assunto em que autores distintos possuem também distintas definições

Serafin (2011) alerta que, equivocadamente, pode-se confundir facilmente o conceito de inovação com o de invenção ou com o de criatividade.

Para Tigre (2006), invenção é a criação de um processo, técnica ou produto novo, que não existe no mercado econômico.

O Manual de Oslo descreve inovação como uma introdução de um bem ouserviço novo ou significativamente melhorado no que concerne a suascaracterísticas ou usos previstos.

Em síntese:

Conceitos, significados e tipos de inovação

TIPOS DE INOVAÇÃO

De forma ampla, identificam-se dois tipos de inovação: • a radical e• a incremental

Existe maior ênfase à inovação incremental em detrimento à inovação radical

O cenário competitivo é regido pela revolução tecnológica, globalização, hipercompetitividade e ênfase sobre preço, qualidade e satisfação do consumidor, exigindo um foco na inovação como competência estratégica.

Como consequência, muito se conhece sobre a implementação da inovação incremental, ao passo que a inovação radical é ainda pouco compreendida

Conceitos, significados e tipos de inovação

A Inovação Radical ou disruptiva

Representada por mudanças na economia e na sociedade mundial, como, por exemplo, a introdução da máquina de vapor

“produto, processo ou serviço que oferece atributos de performance inéditos ou características já conhecidas que promovam melhoras significativas de desempenho ou custo e transformem os mercados existentes ou criem novos mercados.”

Conceitos, significados e tipos de inovação

Inovação Incremental

Melhoria em um produto, processo ou organização da produção dentro de uma empresa, sem alteração na estrutura industrial.

Muitas vezes imperceptíveis para o consumidor, reduzem os custos, aumentam a qualidade e produtividade dos produtos ou serviços

Produtos, processos e serviços, novos ou modificados, estarão constantemente recebendo inovações de caráter incremental ao longo do seu ciclo de vida.

Não é fácil distinguir com clareza quando termina a inovação principal e começam os aperfeiçoamentos.

Um estudo sobre inovações mostrou que menos de 10% delas eram novas para o mundo; a maioria tratava de melhorias, adições em produtos existentes, reposicionamento do produto no mercado e redução de custo pela substituição de um produto por outro

As inovações incrementais mantêm

a empresa continuamente inovadora

e fornecem as bases para o

planejamento da P&D.

A metamorfose:

Ideia invenção inovação

Categorias de inovação

inovações radicais inovações incrementais

Fonte: blog.ifsworld.com/2013/11/radical-innovations-become-incremental-always/

Fonte:showharu.wikispaces.com/Martin+cooper

Conceitos, significados e tipos de inovação

Conceitos, significados e tipos de inovação

GESTÃO DA INOVAÇÃO

Modelos de Gestão da Inovação

O processo de inovação passou por diferentes modelos conceituais,

influenciados pelas transformações econômicas mundiais.

Serão apresentados resumidamente os dois principais modelos, baseados na

descrição de Rothwell (1994), que utilizou um recorte histórico de 40 anos e,

em seguida, o Modelo de Inovação Aberta de Chesbrough (2003), que ainda se

desenvolve por meio de grande debate nos meios acadêmico e empresarial.

Durante o Séc. XX, a Pesquisa e o Desenvolvimento (P&D) tornaram-se umaatividade profissional e sistemática em diversas empresas;

Os volumosos aportes de investimentos nessa atividade arriscada passavam a serjustificados pela importância estratégica da inovação.

Modelo linear de gestão do processo de inovação

O modelo linear surgiu a partir do fim da 2ª Guerra Mundial e dominou o pensamento sobre inovação em C&T por cerca de três décadas.

Science push Market-pull

Instituições de pesquisa e laboratórios

Procura pelo mercado

Fonte: Adaptado de OCDE (1992)

Conceitos, significados e tipos de inovação

Modelo interativo de gestão do processo de inovação

Fonte: Nuchera, Serrano e Morote (2002, p. 69)

Conceitos, significados e tipos de inovação

Funil da inovação no modelo de inovação abertaFunil da inovação

Ideia Conceito Desenvolvimento Comercialização

Conceitos, significados e tipos de inovação

Funil da inovação no modelo de inovação abertaFunil da inovação

Ideia Conceito Desenvolvimento Comercialização

Conceitos, significados e tipos de inovação

Reflexos estratégicos em relação ao desempenho dasorganizações no contexto contemporâneo

Comparação da receita e custo do desenvolvimento interno entre os modelos aberto e fechado

Conceitos, significados e tipos de inovação

Empresas que quiserem sobreviver e crescer devem adaptar sua estratégia tecnológica.No entanto, não necessariamente a empresa precisa fazer pesquisa ou inovar por si própria.

Outras estratégias: imitativa, dependente, tradicional e oportunista.

Estratégias de Inovação

Estratégia ofensiva Estratégia defensiva

•pioneiro (liderança tecnológica e de

mercado);

•grande investimento em P&D;

•pequeno número de grandes empresas;

•lealdade dos consumidores à empresa que

foi a primeira a lançar os produtos;

•obtenção rápida de fatia de mercado; e

•riscos: é difícil estimar os retornos de

inovações.

•rapidez de resposta ao líder;

•evita os grandes dispêndios, pois aprende

com os erros do “primeiro entrante”;

•tem tempo para desenvolver processos e

tecnologias que são mais eficientes que as

do “primeiro entrante”; e

•não corre os riscos de não aceitação pelo

mercado.

Conceitos, significados e tipos de inovação

Estratégias de Inovação

Conceitos, significados e tipos de inovação

Principais formas de inovação

Segundo o Manual de Oslo, 3ª edição são 4 as principais formas de inovação:

Inovação

Produtos e serviços

Processo

Marketing

Organizacional

Conceitos, significados e tipos de inovação

Inovação de produtos e serviços: desenvolvimento e comercialização de

produtos ou serviços novos, fundamentados em novas tecnologias e vinculados à

satisfação de necessidades dos clientes.

Conceitos, significados e tipos de inovação

Inovação de processos: desenvolvimento de novos meios de fabricação de produtos

ou de novas formas de relacionamento para a prestação de serviços.

Conceitos, significados e tipos de inovação

Inovação de marketing: implementação de um novo método de marketing com

mudanças significativas na concepção do produto ou em sua embalagem, no

posicionamento do produto, em sua promoção ou na fixação de preços. (MANUAL DE

OSLO, 2005).

Também busca abrir novos mercados ou reposicionando no mercado o produto

de uma empresa. A característica distintiva de uma inovação de marketing, é a

implementação de um novo conceito ou estratégia de Marketing que representa uma

ruptura com os métodos de Marketing já utilizados anteriormente.

Conceitos, significados e tipos de inovação

Inovação organizacional: execução de um novo método organizacional nas

práticas de negócios da empresa, na organização do local de trabalho ou em suas

relações externas. Visa ao melhor desempenho com redução de custos

administrativos, de transação e de suprimentos. São exemplos de inovação

organizacional: o sistema Just in Time; o Controle da Qualidade Total (CQT), a

formação de células de produção e a Reengenharia de processos de negócios.

Criação do ambiente propício à inovação

Condições necessárias à Inovação

1 identificação do problema a ser resolvido ou de uma oportunidade.

Podem ser utilizadas pesquisas de mercado, reuniões de grupo e ou brainstorm.

2 elaboração da ideia. Funcionários devem estar dispostos a quebrar

paradigmas, preparando a mente para inovar e gerar novas e boas ideias. Desenvolver múltiplas habilidades é importante para alargar os horizontes na busca pela solução adequada.

3 estudo de viabilidade. Algumas perguntas devem ser feitas nessa etapa:

As tecnologias disponíveis são suficientes ou será necessário a aquisição de novas?

Existem recursos financeiros para investimento em todo o processo?

A ideia obedece a legislação vigente?

A estrutura operacional da empresa oferece suporte ao processo específico da

inovação?

Há capital intelectual e talentos suficientes na empresa?

A cultura da empresa está em sintonia? Existe apoio da alta administração?

4 desenvolvimento da ideia proposta. É a execução propriamente dita, em

que a ideia se materializa na prototipagem.

5 teste do protótipo, na qual se pode observar a efetividade da ideia

executada, se atinge o objetivo a que se propôs.

6 lançamento da inovação no mercado. A geração de resultados financeiros

reais ou de responsabilidade social devem ser os objetivos a serem apurados.

O processo deve ser monitorado continuamente, para que se observem seus resultados, as possíveis correções necessárias e mesmo se novas inovações podem ser originadas. Inovações incrementais devem ser consideradas como estratégia de aperfeiçoamento da inovação original.

Criação do ambiente propício à inovação

Reflexos estratégicos da inovação em relação ao desempenho dasorganizações

Criação do ambiente propício à inovação

Competitividade e Inovação Tecnológica no ambiente depessoas, tecnologia e de negócios

A inovação extrapola os aspectos técnicos que caracterizaram a evolução dasempresas na 1ª metade do Século XX;

Também transborda os aspectos econômicos e de negócios que caracterizam asempresas da 2ª metade deste mesmo século;

Inovar é alargar o âmbito da ação empresarial também aos aspectos sociais eorganizacionais, tomando o ser humano como um potencial estratégico adesenvolver (MOURA, 1997).

Criação do ambiente propício à inovação

Gestão da inovação

a inovação não está presente apenas em produtos altamente sofisticados e queincorporam tecnologia de ponta;

melhoramentos em produtos, processos e serviços ou a implementação de novosarranjos organizacionais e de modelos de negócio são atividades inovadoras; e

a inovação não ocorre ao acaso, de um simples golpe de sorte. É, sim,consequência de conhecimento, experiência, observação, visão de futuro e muitotrabalho.

“Parece óbvio que as empresas devem usar o conhecimento possuído por seus funcionários durante o fuzzy front end no desenvolvimento de novos produtos”.

Soukhoroukova, Spann e Skiera (2012).

Criação do ambiente propício à inovação

Frameworks consagrados de melhores

práticas existentes no mercado

Frameworks consagrados de melhores práticas existentes no mercado

Conceito de Boas práticas

Do inglês best practice, se refere a técnicas identificadas como as melhores para realizar determinada tarefa.

As boas ideias, aquelas que funcionam, trazem bons resultados seja na dimensão da prestação do serviço, sob a perspectiva financeira , que economiza tempo e mão de obra, que traz qualidade ao serviço ou produto, essas não podem se restringir a um único funcionário. Precisam ser explicitadas em procedimentos, processos, enfim, serem passíveis de adoção por todos os demais que executem tal tarefa.

Um número significativo de organizações, públicas e privadas, tem utilizado o compartilhamento de melhores práticas como um dos primeiros passos na implementação de um processo de Gestão do Conhecimento.

Frameworks consagrados de melhores práticas existentes no mercado

Boas práticas são técnicas que podem ser reunidas em uma base de dados onde

são registradas as maneiras como as coisas foram feitas que levaram a resultados

melhores do que quando feitas de outras formas, criando uma compilação de “lições

aprendidas”.

Para se chegar as práticas de melhores resultados, é importante

também o registro dos erros e acertos ao se efetuar determinada tarefa,

como por exemplo na realização de um projeto ou na instalação de um

equipamento.

Best PracticesLearning from the mistakes of others!

Processos e procedimentos: organizando o conhecimento

Processos e melhoria contínua

Peter Drucker (2002):as organizações precisam aprender a criar novosconhecimentos através de processos sistematizados demelhoria contínua, mediante o desenvolvimento de novasaplicações com base em seus sucessos e manter umainovação contínua visando responder aos novos desafiosaumentando sua competitividade.

Processos e procedimentos: organizando o conhecimento

Processos

Processos: conjunto de atividades ou tarefas que são executadas conforme regras, procedimentos ou funções organizacionais, que transformam entradas do processo nas saídas desejadas.

Objetivos do processoParâmetros de qualidade

Indicadores de performanceDono do processo

PROCESSOEntrada Saída

Habilitadores

Controles

Insumos que serão Modificados pelo processo

Recursos, Ferramentas, Documentação, Procedimento, Instrução de trabalho

Resultadosdo processo

Especificações (profundidade

da cova, tipo de irrigação, de

solo etc.)

Plantar uma árvoreEntrada Saída

Habilitadores

Controles

Local

Semente

Adubo

Jardineiro

Regador

Árvore plantada

Exemplificando um processo

Processos e procedimentos: organizando o conhecimento

Atividade 1 Atividade 2Saída /

EntradaEntrada

Saída /

Entrada

Regras Regras

Recursos Recursos

As saídas de uma atividade podem (normalmente são) ser entradas de outras

Mapeamento e Modelagem de Processos

O Mapeamento de Processo é uma ferramenta gerencial e de comunicação que

tem a finalidade de buscar um melhor entendimento dos processos de negócios

ajudar a melhorar os processos existentes implantar uma nova estrutura voltada

para processos.

O mapeamento também auxilia a empresa a enxergar claramente os pontos

fortes, pontos fracos (pontos que precisam ser melhorados tais como:

complexidade na operação, reduzir custos, gargalos, falhas de integração,

atividades redundantes, tarefas de baixo valor agregado, retrabalhos, excesso de

documentação e aprovações), além de ser uma excelente forma de melhorar o

entendimento sobre os processos e aumentar a desempenho do negócio.

Processos e procedimentos: organizando o conhecimento

Técnicas de Mapeamento de Processos

Entrevistas;Questionários;

Reuniões e workshops;Observação de campo;

Análise da documentação existente;

Análise de sistemas legados;Coleta de evidências.

Processos e procedimentos: organizando o conhecimento

10 passos para Mapear e Modelar um processo

1: Identificar os objetivos do processo

2: Identificar as saídas do processo

3: Identificar os clientes do processo

4: Identificar as entradas e componentes do processo

5: Identificar os fornecedores do processo

6: Determinar os limites do processo

7: Documentar o processo atual

8: Identificar melhorias necessárias ao processo

9: Consenso sobre melhorias a serem aplicadas ao processo

10: Documentar o processo revisado.

Processos e procedimentos: organizando o conhecimento

Ferramentas para desenho de processos

Processos e procedimentos: organizando o conhecimento

Processos e procedimentos: organizando o conhecimento

Notify Traveler

Receive Ticket Order

Reserve Seats

Charge Credit Card

Confirm Flight(s)

Issue e-Ticket

Plan Trip

Check Flights

Submit Ticket Order

Receive e-Ticket

Seats Available

Use Credit Card?

Charge OK?

Seats Available?

Notify Traveler

Frequent Flyer Mileage

Sufficient?

Subtract Mileage

NO

YES

NO

YES

NO

YES

NO

YES

Traveler Airline Web Site

YES

NO

Onde aprender mais sobre processos

Ciclo PDCA: Melhoria contínua dos processos

O ciclo PDCA, popularizado por Edwards Demming, traz a ideia de

melhoria contínua dos processos e que aparece na forma de um ciclo queengloba os seguintes passos:

Plan (planejar): estabelecer missão, visão, objetivos (metas),

procedimentos e processos (metodologias) necessários para o atendimentodos resultados;

Do (executar): realizar, executar as atividades;

Check (verificar): monitorar e avaliar periodicamente os resultados, avaliar

processos e resultados, confrontando-os com o planejado, objetivos,especificações e estado desejado, consolidando as informações,eventualmente confeccionando relatórios;

Act (agir): Agir de acordo com o avaliado e de acordo com os relatórios,

eventualmente determinar e confeccionar novos planos de ação, de forma amelhorar a qualidade, eficiência e eficácia, aprimorando a execução ecorrigindo eventuais falhas.

O Ciclo PDCA tem como estágio inicial o planejamento da ação, em seguida tudo o que foi planejado é executado, gerando, posteriormente, a necessidade de checagem constante destas ações implementadas. Com base nesta análise e comparação das ações com aquilo que foi planejado, o gestor começa então a implantar medidas para correção das falhas que surgiram no processo ou produto

Ciclo PDCA: Melhoria contínua dos processos

Ciclo PDCA: Melhoria contínua dos processos

As introduções de melhorias gradativas e contínuas nos processos tendem

a agregar maior valor aos resultados dos serviços entregues.

Processos e procedimentos: organizando o conhecimento

O Peter Drucker destaca a administração da autotransformação como desafio

fundamental para as novas organizações. Segundo ele, três pontos são essenciais

para que a organização seja capaz de abandonar o conhecimento obsoleto e

aprenda a criar novos conhecimentos:

Ele deve melhorar continuamente suas atividades como um todo;

Ela deve desenvolver novas aplicações a partir de seus próprios sucessos;

Ela deve promover a inovação continua como um processo organizado.

A seguir são apresentados, a guisa de exemplificação, alguns frameworks

de boas práticas consagrados em gestão de TI, de processos e de projetos.

Conjuntos de boas práticas

Como vimos, utilizar “boas práticas”, trata-se de não “reinventar a roda” e de focar esforços em ações que efetivamente funcionam, de reduzir custos e minimizar riscos.

ITIL e COBIT são dois dos modelos que podem ser abordados dentro do contexto da Governança de TI.

Processos e procedimentos: organizando o conhecimento

ITIL(Information Technology Infrastructure Library) é um framework que reúne

as boas práticas para o gerenciamento de serviços de TI. O principal foco das boaspráticas do ITIL é descrever os processos necessários para gerenciar toda ainfraestrutura de TI de forma eficiente e eficaz, garantindo os Níveis de ServiçosAcordados (SLA) com os clientes. Um dos capítulos da ITIL V3 refere-se justamente àGestão do Conhecimento

COBIT

Control Objectives for Information and Related Technology é aceito como um

padrão para a segurança da tecnologia da informação e as práticas de controle. A ideia

central do COBIT é a de criar uma estrutura de processos e relacionamentos para

administrar e controlar o ambiente de TI, visando atingir metas que agreguem valores

significativos ao negócio, enquanto pondera os riscos que possam direta ou

indiretamente prejudicar os projetos da área.

Certificações

Processos e procedimentos: organizando o conhecimento

Processos e procedimentos: organizando o conhecimento

BPMN

O objetivo do BPMN (Business Process Modeling Notation) é dar suporte ao

gerenciamento de processos de negócio, tanto para os usuários técnicos quanto para os

usuários de negócio, fornecendo uma notação intuitiva, tornando-os capazes de

representarem semânticas de processos complexos.

PMBOK

A crescente aceitação do gerenciamento de projetos indica que a aplicação de

conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas adequados pode ter um impacto

significativo no sucesso de um projeto. O Guia PMBOK identifica esse subconjunto do

conjunto de conhecimentos em gerenciamento amplamente reconhecido como boa

prática.

O Guia PMBOK fornece diretrizes para o gerenciamento de projetos individuais. Ele

define o gerenciamento e os conceitos relacionados e descreve o ciclo de vida do

gerenciamento de projetos e os processos relacionados.

Processos e procedimentos: organizando o conhecimento

Sistemas de gestão do conhecimento:

Sistemas de gestão integrada do

conhecimento e Sistemas de trabalhadores

do conhecimento

Sistemas de gestão do conhecimento: Sistemas de gestão integrada do

conhecimento e Sistemas de trabalhadores do conhecimento

Gestão do Conhecimento diz respeito ao conjunto de processos desenvolvidos em uma organização para criar, armazenar, transferir e aplicar conhecimento.

Sistemas de Gestão do Conhecimento aperfeiçoam a qualidade e a utilização do conhecimento usado no processo de tomada de decisão.

O conhecimento que não é compartilhado e aplicado aos problemas que as empresas e gerentes enfrentam não acrescenta nenhum valor à empresa.

Existem dois principais tipos de sistemas de Gestão do Conhecimento:

• os de gestão integrada do conhecimento e

• os de trabalhadores do conhecimento.

Sistemas de gestão integrada do conhecimento

Sistemas de gestão integrada do conhecimento

Estruturados: estão dentro da empresa na forma de documentos como manuais,

procedimentos, relatórios, bem como em regras formais que as organizações formulam

após observar especialistas e seu comportamento na tomada de decisão.

Semiestruturado: como exemplo, podem ser citados e-mails, mensagens de voz,

troca de ideias em salas de bate-papo, vídeos, fotos digitais, folhetos e mensagens em

murais, memorandos, propostas, gráficos, apresentações eletrônicas de slides e até

vídeos criados em diferentes formatos e armazenados em diversos locais

Não-estruturados: nestes casos não existem informações formais e o

conhecimento reside na cabeça dos funcionários. É o conhecimento Tácito.

Os tomadores de decisão nas empresas precisam lidar com pelo menos três tipos de

conhecimento:

Sistemas de gestão integrada do conhecimento lidam com esses três tipos de conhecimento.

Sistemas de gestão do conhecimento: Sistemas de gestão integrada do

conhecimento e Sistemas de trabalhadores do conhecimento

Sistemas integrados de gestão do conteúdo

80% do conteúdo organizacional de uma empresa são semiestruturados ou não estruturados

Os sistemas integrados de gestão do conteúdo ajudam as empresas a gerenciar ambos os tipos de informação. Eles possuem recursos para capturar, armazenar, recuperar, distribuir e preservar o conhecimento

Tais sistemas incluem repositórios de documentos, relatórios, apresentações e melhores práticas, bem como recursos para coleta e organização de conhecimento semiestruturado, tais como e-mails.

Um ponto relevante na gestão de conhecimento é a criação de um esquema de classificação adequado que organize as informações em categorias úteis. Uma vez que estas categorias sejam criadas, cada objeto de conhecimento precisa ser “etiquetado”, ou classificado.

Sistemas de gestão do conhecimento: Sistemas de gestão integrada do

conhecimento e Sistemas de trabalhadores do conhecimento

Sistemas integrados de gestão de conteúdo realizam as tarefas de implantar a etiquetagem, fazer a interface com os bancos de dados corporativos em que os documentos estão armazenados e criar um ambiente de portal integrado no qual os funcionários possam procurar o conhecimento corporativo

Open Text, EMC, IBM e Oracle são os principais fornecedores de software integrado para gestão de conteúdo. O sistema Alfresco da EMC, por exemplo, oferece gestão de documento, registro e imagem; controle de versão de documento; suporte a múltiplos idiomas etc.

Sistemas de gestão do conhecimento: Sistemas de gestão integrada do

conhecimento e Sistemas de trabalhadores do conhecimento

Sistemas de rede de conhecimento

Sistemas de rede de conhecimento tratam o problema que surge quando o

conhecimento apropriado não está na forma de um documento digital, e sim na memória de

especialistas individuais dentro da empresa.

Esses sistemas proporcionam uma lista on-line de especialistas da organização e seus perfis, contendo detalhes sobre sua experiência profissional, projetos, publicações e grau de instrução. Ferramentas de pesquisa permitem que os funcionários possam encontrar o especialista apropriado em uma empresa

. Os sistemas de rede de conhecimento como o AskMe da Hivemine incluem repositórios de conteúdo gerado pelo especialista.

Sistemas de gestão do conhecimento: Sistemas de gestão integrada do

conhecimento e Sistemas de trabalhadores do conhecimento

Ferramentas de colaboração e sistemas de gestão do aprendizado

Sistemas de bookmarking social e de gestão do aprendizado oferecem recursos adicionais

para compartilhamento e Gestão do Conhecimento.

O bookmarking social facilita a busca e o compartilhamento de informações ao permitir que usuários gravem a referência para seus sites favoritos em páginas de um site público e etiquetem essas referências com palavras-chave. Essas etiquetas podem ser utilizadas para organizar e localizar documentos

Listas de etiquetas podem ser compartilhadas com outras pessoas para auxiliá-las na busca de informações de interesse. As taxonomias criadas pelos usuários para as referências compartilhadas e para a etiquetagem social são denominadas folksonomias. Delicious e Diggsão dois sites populares de bookmarking social

Sistemas de gestão do conhecimento: Sistemas de gestão integrada do

conhecimento e Sistemas de trabalhadores do conhecimento

As empresas precisam encontrar maneiras de monitorar e gerir o aprendizado

dos funcionários, além de integrá-lo mais amplamente à Gestão do Conhecimento e

a outros sistemas corporativos. Um sistema de gestão do aprendizado (LMS, do

inglês Learning Management System) oferece ferramentas para gestão,

disponibilização, controle e avaliação de vários tipos de treinamento e aprendizado

dos funcionários.

As empresas executam seus próprios sistemas de gestão do aprendizado, mas eles também estão se voltando para cursos on-line abertos e massivos disponíveis para instruir seus funcionários.Em março de 2013, por exemplo, os funcionários da General Electric, Johnson &

Johnson, Samsung e Walmart estavam entre mais de 90 mil alunos de 143 países inscritos no curso Fundamentos de Estratégia de Negócios

Sistemas de gestão do conhecimento: Sistemas de gestão integrada do

conhecimento e Sistemas de trabalhadores do conhecimento

Sistemas de trabalhadores do conhecimento

Os sistemas integrados de conhecimento que acabamos de descrever

proporcionam uma ampla gama de recursos usados por muitos, quando não todos,

funcionários e grupos de uma organização.

As empresas também contam com sistemas especializados para trabalhadores do conhecimento

Sistemas de trabalhadores do conhecimento são aqueles desenvolvidos especificamente para engenheiros, cientistas e outros trabalhadores do conhecimento

Sistemas de gestão do conhecimento: Sistemas de gestão integrada do

conhecimento e Sistemas de trabalhadores do conhecimento

Esses sistemas requerem grande capacidade computacional para administrar

rapidamente os elementos gráficos e os cálculos complexos necessários aos trabalhadores do

conhecimento, como pesquisadores científicos, projetistas de produto e analistas financeiros.

Como esses trabalhadores têm seu foco no conhecimento do mundo externo, os sistemas

devem também permitir-lhes acesso rápido e fácil a bancos de dados externos.

Requisitos dos sistemas de trabalhadores do conhecimento

Estações de trabalho de conhecimento muitas vezes são projetadas e otimizadas para as

tarefas específicas a serem executadas. Engenheiros de projeto precisam de recursos gráficos

com capacidade para executar sistemas de projetos tridimensionais assistidos por computador

(CAD). Analistas financeiros, entretanto, estão mais interessados no acesso a múltiplos bancos

de dados externos e na tecnologia capaz de armazenar e acessar, com eficiência, gigantescas

quantidades de dados financeiros

Sistemas de gestão do conhecimento: Sistemas de gestão integrada do

conhecimento e Sistemas de trabalhadores do conhecimento

Exemplos de sistemas de trabalhadores do conhecimento

. Os sistemas CAD contemporâneos são capazes de gerar projetos gráficos tridimensionais com aparência real, que podem ser rotacionados e vistos de todos os ângulos. O software CAD produz especificações de projeto para manufatura, reduzindo tanto os erros como o tempo de produção.

A realidade aumentada (RA) é uma tecnologia relacionada para melhorar a visualização O usuário está fundamentado no verdadeiro mundo físico, e as imagens virtuais são mescladas com a visão real para criar a visualização ampliada.

Outros exemplos são os procedimentos médicos como a cirurgia guiada por imagem, na qual os dados adquiridos a partir de varreduras de tomografia computadorizada (TC) e imagens de ressonância magnética (IRM) ou de imagens de ultrassonografia são sobrepostos sobre o paciente na sala de cirurgia

Sistemas de realidade virtual utilizam softwares gráficos interativos para criar simulações geradas por computador tão próximas da realidade que os usuários quase acreditam estar participando de uma situação do mundo real.

Sistemas de gestão do conhecimento: Sistemas de gestão integrada do

conhecimento e Sistemas de trabalhadores do conhecimento

20/08/2013

Hospital da Alemanha realiza cirurgia de fígado com auxílio de tablet

Realidade aumentada permite localizar com precisão estruturas de órgão.

Durante o procedimento, o fígado foi filmado por um iPad.

O recurso de "realidade aumentada" possibilitou que os cirurgiões visualizassem informações sobre o planejamento da cirurgia.Durante o procedimento, o fígado é filmado por um iPad, que sobrepõe às imagens do órgão modelos virtuais em terceira dimensão construídos com base no próprio órgão. Esse recurso ajuda a localizar estruturas críticas como tumores e vasos.

Instrumentos de TI para apoio à Gestão do

Conhecimento

Instrumentos de TI para apoio à Gestão do Conhecimento

Data warehouse / Data mart /Data mining

Data Warehouse: utilizado para armazenar informações relativa às atividades de uma organização de forma consolidada. O desenho da base de dados favorece a análise de grandes volumes de dados e a obtenção de informações estratégicas que facilitam a tomada de decisão

Missão e questões do Data Warehouse

“Possuímos montanhas de dados, no entanto, não conseguimos acessá-los” “Precisamos de uma visão consolidada das nossas diversas bases de dados

desconectadas entre si” “Precisamos visualizar os dados de todas as maneiras possíveis” “É necessário facilitar o acesso às informações para os usuários de negócios” “Apenas mostre-me o que é importante”

“Precisamos que as pessoas usem a informação para suportar uma tomada de decisãobaseada em fatos”

As mais bem-sucedidas empresas atualmente são aquelas que conseguem responderde maneira rápida e flexível as mudanças e oportunidades de mercado. Uma das formas degarantir isso, é através do uso eficiente e eficaz dos dados e das informações por analistas egerentes.

Instrumentos de TI para apoio à Gestão do Conhecimento

Data mart: São subconjuntos de um data warehouse voltados para uma função específica, assunto ou departamento em particular. São menores, mais baratos e de implantação mais rápida.

Data mining (mineração de dados): é o processo de extração de informação válida, previamente desconhecida a partir de grandes bases de dados, usando-as para tomar decisões cruciais. O resultado obtido pela aplicação do data mining deve ser compacto, legível, interpretável e deve representar fielmente os dados que lhe deram origem. Pode ser considerado uma forma de descobrimento de conhecimento em bancos de dados (KDD – Knowledge Discover in Databases).

Por serem de custo muito elevado, algumas empresas optam por utilizardata marts ao invés de data warehouses. Data marts são projetados para asnecessidades do usuário final em uma unidade estratégica de negócios ou emum departamento. Data marts, são menores, comportam menos dados –oferecendo respostas mais rápidas - mais baratos e de implementação maisrápida do que data warehouses.

Instrumentos de TI para apoio à Gestão do Conhecimento

Os data warehouses armazenam dados em mais de duas dimensões. Uma representação para essa estrutura é o cubo de dados

Extração, Transformação e Carga (em inglês Extract, Transform and Load) e trata da

sistematização do tratamento e limpeza dos dados oriundos dos diversos sistemas

organizacionais (OLTP) para a inserção, geralmente, em um DW ou Data Mart

ETL

Instrumentos de TI para apoio à Gestão do Conhecimento

Instrumentos de TI para apoio à Gestão do Conhecimento

Instrumentos de TI para apoio à Gestão do Conhecimento

BI (Business intelligence)

Normalmente, as váriasvertentes de businessintelligence utilizaminformação recolhida emum data warehouse.

“É o conjunto de teorias, metodologias,

processos, estruturas, ferramentas e

tecnologias que transformam uma grande

quantidade de dados brutos em informação

útil para tomadas de decisões estratégicas nas

organizações”

“Refere-se ao processo de coleta, organização, análise, compartilhamento e

monitoramento de informações que oferecem suporte a gestão de negócios”

OLAP- Online Analytical Processing

Instrumentos de TI para apoio à Gestão do Conhecimento

O próprio Excel 2013 e 2016 possui a capacidade de integrar dados de arquivosdistintos.

Essa capacidade permite a aplicação do Excel em BI

Instrumentos de TI para apoio à Gestão do Conhecimento

Instrumentos de TI para apoio à Gestão do Conhecimento

CRM (Costumer relationship management)

Conhecer tudo a respeito de seus clientes identificando-os, diferenciando-os, interagindo com eles torna-se um diferencial. Para isso o CRM surge como estratégia de gestão de negócios que permite às empresas selecionar e administrar as melhores práticas de gestão de clientes, de forma a retê-los, fidelizá-los e prospectar novos clientes.

Por que se prefere uma determinada marca à outra? Ou comprar numa determinada loja ou mesmo ser atendido por um vendedor específico? Será que o preço sempre é o mais importante no momento da compra? Será que ao receber centenas de spans em seu email, realmente o faz adquirir um produto ou serviço?

A retenção de clientes é particularmente importante, pois empresas que possuem boa carteira de clientes são mais estáveis e lucrativas. Além disso, uma vez perdido um bom cliente para a concorrência, trazê-lo de volta é uma tarefa mais difícil e cara do que conquistar novos clientes

O CRM não é uma tecnologia. É a forma que a empresa pensa e cuida de seusclientes. É importante discernir a que estratégia de CRM não é um sistema.

Sistemas de CRM são projetados para apoiar a estratégia de CRM das empresas.

Instrumentos de TI para apoio à Gestão do Conhecimento

Instrumentos de TI para apoio à Gestão do Conhecimento

Instrumentos de TI para apoio à Gestão do Conhecimento

GED (Gerenciamento eletrônico de documentos)

Os documentos representam a principal fonte de informação em uma empresa.

Controlar e gerenciar documentos torna-se hoje uma necessidade estratégica para a

competitividade.

Uma das ferramentas mais utilizadas que realizam a gestão da base do conhecimento é

a solução de gerenciamento eletrônico de documentos (GED), também conhecida como

enterprise contente management (ECM), que pode possuir as seguintes características:

Formas alternativas para a indexação de documentos;

Respostas com maior velocidade e precisão;

Minimização da mão de obra;

Qualidade e rapidez na tomada de decisão;

Redução das dificuldades do trabalho em equipe;

Diminuição da perda e da falsificação de documentos;

Redução de custos com o armazenamento documental.

Instrumentos de TI para apoio à Gestão do Conhecimento

Algumas tecnologias relacionadas ao GED

Document imaging (DI): conversão de papel em imagem, através de digitalização com

scanners.

Document management (DM): Permite gerenciar com mais eficácia a criação, revisão,

aprovação e descarte de documentos eletrônicos. Dentre as principais funcionalidades

estão o controle de autoria, revisão, versionamento, datas, segurança, busca, check-in e

check-out.

Workflow/BPM: Controla e gerencia processos dentro de uma empresa, garantindo que

as tarefas sejam executadas pelas pessoas corretas, no tempo previamente definido.

Organiza tarefas, prazos, trâmites, documentos e sincroniza a ação das pessoas.

Forms processing: Permite reconhecer as informações e relacioná-las com campos em

bancos de dados, automatizando o processo de digitalização. Nesse sistema são utilizados

o ICR (Intelligent Character Recognition) e OCR (Optical Character Recognition) para o

reconhecimento automático de caracteres.

Instrumentos de TI para apoio à Gestão do Conhecimento

IA (Inteligência artificial) é, por um lado, uma ciência que busca estudar e compreender o fenômeno da inteligência e, por outro, uma área da Engenharia, na medida em que procura construir instrumentos para apoiar a inteligência humana.

ANAMNESEUm paciente testa a entrevista médica do robô da Universidade Jichi, no Japão (Foto:The AsahiShimbun via Getty Images)

A voz suave e os olhos grandes e arregalados fizeram do robô Jack uma fofice da medicina. Cientistas japoneses da Universidade de Medicina Jichi, apresentaram a novidade que pode ajudar os médicos na hora das consultas. Utilizando o conceito de inteligência artificial, a máquina usa um banco de dados de saúde para sugerir ao clínico uma lista de potenciais doenças, que aparecem em uma tela fixada no peito do equipamento.

Exemplo de sistema para gestão do

conhecimento

Exemplo de sistema para gestão do conhecimento

Para encerrar, será ilustrado e comentado o artigo “Sourcing,

Filtering, and Evaluating New Product Ideas: An Empirical

Exploration of the Performance of Idea Markets” que se refere a

um sistema adotado pela empresa Carl Zeiss, que, de forma

prática, mostra como a empresa procura envolver e captar as

possíveis contribuições de seus funcionários em todas as suas

filiais ao redor do mundo.

Nesta última parte de nosso curso, serão apresentadas diversas práticas sobre como fomentar a Gestão do Conhecimento em uma organização

Exemplo de sistema para gestão do conhecimento

Práticas para a Gestão do

Conhecimento

Estudo de caso

Lições aprendidas

Banco de ideias

Mentoria

Coach

Rodizio gerencial

Rodízio técnico

Shadowing

Inventário do conhecimento

Reuniões de análise crítica

Reuniões de análise crítica

Comunidades de prática (CoP)

Workout

Ead e E-learning

Exemplo de sistema para gestão do conhecimento

O exemplo apresentado a seguir, é baseado no artigo “Captação,

filtragem e avaliação de ideias para novos produtos: uma exploração

empírica do desempenho do mercado de ideias” dos autores: Arina

Soukhoroukova, Martin Spann e Bernd Skiera

O mercado de ideias usa ações de ideias para representar as novas

ideias de produtos num mercado virtual, aonde os participantes sugerem e

negociam suas ações, de modo que os índices dessas ações fornecem

indicadores do possível sucesso das ideias de novos produtos.

A participação de muitos colaboradores com diversas habilidades pode aumentar as chances de se descobrir uma nova boa ideia. Muitos estudos mostram uma correlação positiva entre o volume de ideias e a qualidade delas. Além disso, interações entre potenciais contribuintes de novas ideias aumentam a probabilidade de outros colaboradores submeterem suas ideias. Eles se encorajam

Foi utilizada uma aplicação com aspecto similar a empregada nos mercados financeiros e uma moedavirtual que não poderia ser trocada por moeda real.As melhores 10 ideias seriam premiadas em valores variando de U$ 100 à U$ 1500.

Captação da ideia Filtragem da ideia Avaliação da ideia

Investimento mínimo

alcançado?

Oferta pública inicial

A nova ideia candidata a ter ações pode ser comprada a 5 £ (moedas virtuais)

por cota.

Participante identifica uma ideia

de produto e propõe a

candidatura de ações da ideia

Participante compensado pela

sugestão de sucesso + 1000 £ (moedas

virtuais) + certificado de presente

Participantes podem negociar as ações da ideia

Sim

Não

Máx. 7 dias

Mercado de ideias: Exemplo de inovação organizacional adotado na Carl Zeiss

Exemplo de sistema para gestão do conhecimento

Alguns resultados:

• Dos 642 participantes que se registraram, 576 acessaram o

sistema ao menos uma vez. 86% foram da matriz e 14% de 16

países.

• Durante o período de submissão de ideias (24 dias), 252

ideias de produtos originais foram sugeridas por 128

participantes. 77% das ideias foram submetidas durante os 10

primeiros dias e 67,6% das ideias estavam disponíveis para

negociação nas duas primeiras semanas.

Exemplo de sistema para gestão do conhecimento

Principais referências

ANGELONI, Maria Therezinha. Organizações do Conhecimento. São Paulo: Saraiva, 2008.LAUDON, K. C., LAUDON, J. P. Sistemas de Informação Gerencial, Pearson/Prentice-Hall, 11ª Ed, 2015. ALMEIDA, A. et. al. Inovação e gestão do conhecimento. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2016FIALHO, F. A. P.; MACEDO M.; SANTOS, N.; MITIDIERI, T. C. Gestão do conhecimento e aprendizagem:as estratégias competitivas da sociedade pós-industrial. Florianópolis: Visual Books, 2006NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Gestão do Conhecimento. Rio de Janeiro: Bookman, 2008TIDD, Joe; BESSANT, Joe. Gestão da inovação: Integrando Tecnologia, Mercado e Mudança Organizacional. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTARKAPLAN, Robert; NORTON, David. A estratégia em ação. Rio de Janeiro: Campus, 1997KAPLAN, Robert; NORTON, David. Organização orientada para estratégia. Rio de Janeiro: Campus, 2001OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebuças de. Sistemas, Organizações & Métodos. São Paulo: Atlas, 2007STEWART, T.A. Capital Intelectual. Rio de Janeiro: Campus, 1998.STERN, Carl; STALK, George. Estratégia em perspectiva. Rio de Janeiro: Campus, 2000.SCHUMPETER, J. A Teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Abril Cultural (Coleção Os Economistas), 1981TIGRE, P. B. Gestão da Inovação: A Economia da Tecnologia no Brasil. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

Obrigado!!Professor Felipe Pusanovsky de Barros

Formação:

•Meste em Administração Profissional (MADE)•Pós-graduado em Governança de TI - MIT (INFNET)•Pós-graduado em Redes de Computador (UESA)•Graduado em Administração (CEDERJ - UFRRJ)•Graduado em Tecnologia da Informação (CEUCEL)•Licenciado em Matemática (FTESM)•Certificado em ITIL Foundations -V3 (melhores práticas em TI)•Mcp Windows Server 2003

[email protected]

(21) 98763 2910