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MÍN: 12°C MÁX: 18°C www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @jornal_metroctb CURITIBA Segunda-feira, 14 de abril de 2014 Edição nº 741, ano 3 ‘O TEMPO É UM RIO QUE CORRE’ LYA LUFT FALA SOBRE SEU NOVO LIVRO, QUE REFLETE SOBRE O VALOR DA VIDA PÁG. 11 PLATEIA LOTADA INGRESSOS ESGOTADOS SÃO CADA VEZ COMUNS NOS SHOWS EM CURITIBA PÁG. 10 DOCUMENTÁRIO FILME DE ANA JOHANN É PREMIADO EM FESTIVAL CHILENO PÁG. 10 GRANDES CRAQUES METRO COM NOME DIFÍCIL E FUTEBOL FÁCIL, SCHWEINSTEIGER TEM A MISSÃO DE COMANDAR O MEIO-CAMPO ALEMÃO NA COPA DO MUNDO PÁGS. 14 E 15 SCHWEINS... O QUÊ?! GETTY IMAGES Projeto amplia potencial construtivo Construção Civil. Câmara de Curitiba discute medidas que permitirão a pequenas e médias empresas acesso ao programa, hoje usado pelas grandes construtoras. Projeto de lei prevê prazo maior para pagamento e carência para começar a pagar PÁG. 02 Deu Tubarão Londrina ganha do Maringá nos pênaltis e é campeão PÁG. 13 Incêndio no Chile deixa 11 mortos Curitibanos pedem travessias elevadas Só este ano, foram feitas 30 solicitações. Cidade já tem 220 PÁG. 03 Jogo terminou empatado em 1 x 1. Depois, o Londrina fez a festa na casa do Maringá | FELIPE ROSA / TRIBUNA DO PARANA - AGP Fogo destruiu pelo menos 500 casas da cidade histórica de Valparaíso PÁG. 09

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CURITIBA Segunda-feira, 14 de abril de 2014Edição nº 741, ano 3

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‘O TEMPO É UM RIO QUE CORRE’LYA LUFT FALA SOBRE SEU NOVO LIVRO, QUE REFLETE SOBRE O VALOR DA VIDA PÁG. 11

PLATEIA LOTADAINGRESSOS ESGOTADOSSÃO CADA VEZ COMUNSNOS SHOWS EM CURITIBA PÁG. 10

DOCUMENTÁRIOFILME DE ANA JOHANNÉ PREMIADO EM FESTIVALCHILENO PÁG. 10

GRANDES CRAQUES METROCOM NOME DIFÍCIL E FUTEBOL FÁCIL, SCHWEINSTEIGER TEM A MISSÃO DE COMANDAR O MEIO-CAMPO ALEMÃO NA COPA DO MUNDO PÁGS. 14 E 15

SCHWEINS... O QUÊ?!

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Projeto amplia potencial construtivo Construção Civil. Câmara de Curitiba discute medidas que permitirão a pequenas e médias empresas acesso ao programa, hoje usado pelas grandes construtoras. Projeto de lei prevê prazo maior para pagamento e carência para começar a pagar PÁG. 02

Deu TubarãoLondrina ganha do Maringá nos pênaltis e é campeão PÁG. 13

Incêndio no Chile deixa 11 mortos

Curitibanos pedem travessias elevadas Só este ano, foram feitas 30 solicitações. Cidade já tem 220 PÁG. 03

Jogo terminou empatado em 1 x 1. Depois, o Londrina fez a festa na casa do Maringá | FELIPE ROSA / TRIBUNA DO PARANA - AGP Fogo destruiu pelo menos 500 casas da cidade histórica de Valparaíso PÁG. 09

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |02| {FOCO}

1FOCO Uma sugestão do verea-

dor Jonny Stica (PT) propõe que a prefeitura facilite o pagamento dos títulos de potencial construtivo em Curitiba. De acordo com o Sinduscon-PR (Sindicato da Indústria da Construção Ci-vil no Estado do Paraná), o instrumento já é usado em cerca de 90% das constru-ções de novos prédios na ci-dade. O problema é que as empresas de pequeno e mé-dio porte têm dificuldades de pagar o seu preço.

“As obras demoram até 18 meses para ficar prontas, enquanto o potencial é pa-go em apenas oito vezes - já a partir do começo da cons-trução. As grandes constru-toras até conseguem recur-sos para investir, mas para as pequenas é mais compli-cado”, diz Stica.

Pela proposta, o período para o pagamento dos títu-los poderia ser esticado pa-ra até 18 meses, com um prazo maior até a primeira prestação. “Nesse momen-to em que estamos ven-do o mercado da constru-ção civil desaquecer, seria uma forma da prefeitura dar um estímulo. Com isso o poder público poderia in-clusive aumentar a sua ar-recadação”, diz.

Através do potencial construtivo, as construto-ras conseguem ‘driblar’ oficialmente a lei de zo-neamento. Um terreno que poderia receber um prédio de apenas 6 anda-res, por exemplo, é libe-rado para uma construção de 8 pavimentos.

“O potencial acaba sen-do um custo importante em uma construção, mas como ganha-se muito em unidades habitacionais, va-le a pena comprar”, conta a arquiteta do Sinduscon--PR, Mariane Romeiro.

Ela avalia como posi-tiva a proposta de Stica. “Cerca de 60% das constru-ções (em Curitiba) são de prédios medianos. Estas construtoras costumam ter um orçamento enxuto e o parcelamento poderia ajudar”, opina.

Mariane afirma que o momento do mercado, no entanto, não é tão críti-co. “Não acho que exista um desaquecimento. É um momento em que muitas unidades estão sendo en-

tregues, então as pessoas estão avaliando melhor as opções de compra”, diz.

Urbanismo. Cerca de 90% dos novos prédios usam títulos, mas empresas menores têm dificuldades para pagar

Desaquecimento da construção preocupa Câmara | RODRIGO FÉLIX LEAL / METRO CURITIBA

Proposta quer facilitar uso do potencial construtivo

“Permitiria que as empresas de médio e pequeno porte continuassem no mercado em um período de desaquecimento.” JONNY STICA, VEREADOR, SOBRE O PARCELAMENTO DOS TÍTULOS

THIAGOMACHADOMETRO CURITIBA

60%dos novos prédios em Curitiba são de médio ou pequeno porte, que poderiam ser beneficiados.

O jornal Metro circula em 24 países e tem alcance diário superior a 20 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 510 mil exemplares diários.

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: rua Santa Cecília, 802, Pilarzinho, CEP 80820-070, Curitiba, PR. Tel.: 041/3069-9191O jornal Metro é impresso na Gráfica RBS – Zero Hora Editora Jornalística S/A.

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB: 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes Junior Gerente Executivo: Ricardo AdamoCoordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Metro Curitiba. Gerente Executivo: Rodrigo Afonso. Editora-Executiva: Martha Feldens (MTB: 071) Diagramação: Luana Santana. Grupo Bandeirantes de Comunicação Curitiba - Diretor Geral: André Aguera. Grupo J. Malucelli - Presidente: Joel Malucelli

A tiragem e distribuição desta edição são auditadas pela BDO.30.000 exemplares

FALE COM A REDAÇÃ[email protected]/3069-9189

COMERCIAL: 041/3069-9191

Acusados de matar delegado têm júri

José Antônio Zuba de Oliveira foi morto em 2010 | SESP

Começa hoje, às 9h, no Fó-rum de Matinhos, o julga-mento de dois dos acusados pelo assassinato do delega-do José Antônio Zuba de Oli-veira, ocorrido em agosto de 2010 em Pontal do Paraná. Paulo Roberto Pereira Quin-tal, vulgo “Tutancamon”, e Francisco Diego Vidal estão presos há quatro anos e res-pondem pelos crimes de ho-micídio doloso qualificado (quando há intenção de ma-tar), porte ilegal de arma e formação de quadrilha. Eles podem pegar até 30 anos de

reclusão.Os quatro acusados da

morte do delegado foram presos ainda em 2010. Se-gundo informações da po-lícia, a quadrilha seria in-tegrante do Comando Vermelho da Favela da Ro-cinha, no Rio de Janeiro, que chegaram ao Paraná e alugaram uma casa em Matinhos. Após levantar suspeitas foram para um camping, em Pontal, on-de foram denunciados por porte de armas de fogo.

Na manhã de 24 de agos-

to de 2010, Zuba saiu da de-legacia, por volta de 9h40, acompanhado de duas in-vestigadoras e um funcioná-rio público que colaborava com polícia local. Eles fo-ram averiguar uma denún-cia de que havia homens ar-mados em um camping da cidade. As duas policiais fo-ram rendidas. Zuba e o ou-tro homem foram atingidos pelos tiros. O delegado mor-reu na hora. O funcionário público morreu logo depois, no hospital.

METRO CURITIBA

Projeto de lei

Banco de Voluntários

A Câmara de Curitiba deve votar hoje um

projeto de lei que cria o Banco de Voluntários Municipal. A ideia de divulgar a oferta e a

demanda destes serviços na cidade é do vereador Pier Petruzziello (PTB).

Dólar + 0,77%

(R$ 2,22)

Bovespa + 1,45% (51.867 pts)

Euro + 0,36%

(R$ 3,07)

Selic (11% a.a.)

Salário mínimo(R$ 724)

Cotações

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com {FOCO} |03|◊◊

Criadas para reforçar a exis-tência das faixas de pedestre, as travessias elevadas estão se espalhando por Curitiba. Desde o início do ano, 30 so-licitações para novas traves-sias foram feitas pela Câma-ra Municipal, a maioria (25) já encaminhadas para apro-vação da prefeitura.

“Já temos 220 travessias elevadas implantadas pela cidade. Como todo disposi-tivo de trânsito, as pessoas começam a notar e fazem os pedidos ao poder público. Mas depende da infraestru-tura necessária, da via e das

calçadas em cada caso”, ex-plica o diretor de engenha-ria da Setran (Secretaria de Trânsito), Maurício Razera.

Escolas são prioridadeO respeito ao pedestre, se-gundo ele, é o fator deter-minante para a implanta-ção das travessias elevadas. “A ideia é dar continuidade às calçadas, como um espa-ço seguro para o pedestre atravessar a rua. Em muitos lugares pela cidade, apenas a faixa pintada e o semáfo-ro não garantem o respeito à travessia”, afirma.

De acordo com a Setran, 25 travessias estão previstas para serem criadas nos pró-ximos meses, assim como uma campanha educativa para a comunidade, de apre-sentação e diferenciação dos tipos de faixas de pedestres.

“Levamos em conta as ca-racterísticas das vias. Rápidas e arteriais, a mais de 60 km/h, por exemplo, não podem ter travessia elevada. Damos prio-ridade aos polos geradores de pedestres, como escolas, que vêm em primeiro lugar. Esta-ções-tubo também”, enumera Razera. METRO CURITIBA

Trânsito. Curitiba já tem 220 implantadas. Elas chamam a atenção dos motoristas para a segurança da faixa de pedestres

Cruzamento seguro de pedestres é o fator determinante para criação das travessias elevadas | HEULER ANDREY/METRO CURITIBA

Crescem os pedidos de travessias elevadas“Mesmo com as travessias elevadas, o desrespeito existe. A implantação é uma nova forma de apresentar ao motorista a faixa de pedestre que, tendo ou não semáforo, está prevista no Código de Trânsito”. MAURÍCIO RAZERA, DIRETOR DE ENGENHARIA DA SETRAN

25novas travessias elevadas estão previstas para implantação nos próximos meses, segundo a Setran

• Agudos do Sul.

A linha liga Fazenda Rio Grande a Agudos do Sul e a passagem passou a custar R$ 4,20 para o trecho de 40 km pela BR-116.

• Campo Largo/Balsa Nova

A tarifa custa R$ 2,50 para a linha que percorre cerca de 30 km. É a mais barata da Região Metropolitana

Quanto varia?O tráfego foi liberado no viaduto estaiado às 14h do último sábado. A estrutura tem 225 metros de exten-são e três pistas em cada sentido. A instalação liga a região do Cajuru e Jar-dim das Américas ao bair-ro Uberaba e Vila Hauer. O investimento total do cor-redor do corredor Aeropor-to – Rodoferroviária foi de R$ 145 milhões e faz parte das obras financiadas pelo PAC da Copa.

Com a liberação da via, semáforos provisórios ins-talados durante as obras foram desligados e as ruas do entorno tiveram mu-danças de sentidos. A par-tir de hoje, os semáforos das ruas Durval de Mo-rais e Doutor Constante de Coelho, que serviam de desvio durante as obras, serão desligados. Agentes da Setran estarão no local dando orientações e moni-torando o trânsito entre as 14h e 19h.

Além das três pistas em cada sentido, o viadu-to estaiado tem ciclovias e calçadas laterais para

pedestres. A estrutura metálica

tem laje de concreto pré--fabricado. O mastro tem 74 metros de altura, com 21 estais de sustentação.

O tráfego nas pistas que passam por baixo do via-duto foi liberado no fim de março. Na semana passa-da, os engenheiros da obra fizeram teste de resistên-cia de peso. O anúncio da inauguração foi feito três dias antes.

O viaduto no cruzamen-to da Avenida das Torres com a Rua Coronel Francis-

co H. dos Santos, no Jardim das Américas, levou dois anos para ficar pronto.

InauguraçãoO viaduto foi liberado pa-ra o trânsito sob chuva em Curitiba. Não houve ceri-mônia e o prefeito Gusta-vo Fruet esteve presente na abertura.

A tecnologia da estrutu-ra é inédita em Curitiba. A obra fica na entrada da cidade para quem vem de Santa Catarina ou do Aero-porto Internacional Afonso Pena. METRO CURITIBA

Viaduto estaiado está liberado para o trânsito

Local virou atração turística | RODRIGO F.LEAL/METRO

Os reajustes nas tarifas do transporte não integrado da Região Metropolitana de Curitiba entraram em vigor ontem. Com o aumento, as tarifas ficam entre R$2,50 e R$4,20. O reajuste médio é de 8,87%. As passagens das linhas de ônibus da rede não integrada não têm pre-ço unificado.

A Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba) fez um estudo de custo das 14 empresas que atendem as 78 linhas de ônibus das cidades que fa-zem parte desta rede. A va-riação de custos por linha fi-cou entre 5,26% e 9,26%.

O sistema não integrado transporta cerca de 150 mil passageiros por dia. Além da tarifa da linha Aeropor-to Executivo, que passou a custar R$ 12,00, a tarifa mais cara é a da linha Agu-dos do Sul, com preço de R$ 4,20 a passagem. A mais barata é a da linha Campo Largo Balsa Nova, que cus-ta R$2,50.

O governo do Paraná afirma que não cobra im-posto estadual. O governa-dor Beto Richa desonerou

o ICMS sobre o óleo die-sel em 2013 e isso teria im-pedido que o reajuste fos-se ainda maior. Também não são cobradas taxas de gerenciamento sobre estas linhas metropolitanas. A alíquota zero sobre o óleo diesel do transporte repre-senta R$ 40 milhões anuais em isenção tributária para 21 cidades paranaenses. Metade deste valor seria destinado ao transporte da RMC. METRO CURITIBA

Ônibus. Tarifa fica mais cara em linhas não integradas

Mais Médicos traz 293 profissionais ao ParanáOutros 293 médicos chega-ram ao Paraná pelo Progra-ma Mais Médicos do gover-no federal. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, esta-rá em Curitiba hoje para receber os profissionais do programa, que começam a atuar no Estado neste mês.

Com os novos médicos, a meta do Ministério da Saú-de para o Paraná foi atingi-da. O objetivo era trazer 760 profissionais para o estado, de acordo com o governo federal. Os novos profissio-nais fazem parte do quarto ciclo do programa e já pas-saram pelos módulos de acolhimento e avaliação.

RecepçãoO ministro apresenta, a par-tir das 9h, o balanço do pro-grama no Salão de Atos do Parque Barigui. Após a ceri-mônia de recepção, os médi-cos serão encaminhados aos municípios de atuação.

Mais de 60 cidades do Pa-raná já receberam médicos do programa para atendi-mento em regiões carentes.

METRO CURITIBA

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |04| {FOCO}

Iniciado em 1977, o progra-ma de recuperação de áreas destinadas a mineração no município de São Mateus do Sul recriou 700 hectares de florestas, tamanho equi-valente a 848 campos de fu-tebol com as dimensões do Maracanã (RJ). Ele é desen-volvido pela Petrobras, em ação pioneira no país.

As florestas têm 120 es-pécies nativas ameaçadas de extinção, entre elas araucá-ria, imbuia, espinheira-san-ta, carvalho brasileiro e sas-safrás. Mais de 5 mil plantas e 50 árvores matrizes foram catalogadas, num raio de 50 quilômetros, em parceria com universidades e entida-des que são especializadas na proteção da vida selvagem, de acordo com a Petrobras. Ali, são coletadas sementes, levadas para um viveiro que resulta em 180 mil mudas produzidas por ano.

“Com tal variedade de matrizes, buscamos a má-xima diversidade genéti-ca possível nas florestas. Assim, teremos no futuro uma floresta de área relati-vamente pequena com uma diversidade genética enor-me”, explica o engenhei-ro florestal Julio Skalski, da empresa Global Geomática, que presta apoio à Unidade

da Industrialização do Xisto da Petrobras nesse trabalho.

As áreas recuperadas cor-respondem a 78% das minas de xisto da Unidade da In-dustrialização. “É um proces-so contínuo de recuperação. Imediatamente após a ex-tração da jazida de minério, começa a revegetação com espécies nativas. Estabelece-mos e cumprimos metas de recuperação e de percentuais

de área recuperada em rela-ção à área minerada”, afirma o gerente de Mineração uni-dade, Adnelson de Campos.

O trabalhoO processo começa com a reconstituição da topogra-fia original, feita, segundo a Petrobras, a partir de “ma-terial inorgânico resultante do beneficiamento do xisto e de material mineral e solo

vegetal, retirados e preser-vados pela unidade”.

Depois é feito o plantio de plantas rasteiras e gramí-neas, seguido do plantio das chamadas espécies pionei-ras, como a bracatinga, que ajudam a fixar nitrogênio no solo. São elas também que criam a sombra neces-sária às mudas de araucária e imbuia, explica a Petro-bras. METRO CURITIBA

Meio Ambiente. Programa começou na década de 1970 em São Mateus do Sul em área equivalente a 848 campos de futebol

Recuperação chega a 78% da área de mineração, que totaliza 900 hectares | BANCO DE IMAGENS PETROBRAS

Projeto recria floresta em 700 hectares de áreas de mineração

Conheça alguns dados do projeto, segundo informa-ções da Petrobras.

• 36 anos tem o projeto, pioneiro no país, conforme a Petrobras.

• 180 mil mudas são produzidas por ano a partir das sementes coletadas nas áreas.

• 6 milhões de metros cúbicos anuais de materiais são

movimentados, volume equivalente a 3,4 vezes o volume do Pão de Açúcar (RJ).

• 40 metros de profundidade chegam a ter as minas de mineração.

• 102 espécies vegetais, 194 de abelhas, 189 de aves, de 21 pequenos mamíferos e 16 de médios e grandes mamíferos foram encontrados na área.

Números

Viveiro na região produz mudas| BANCO DE IMAGENS PETROBRAS

Coleta de sementes exige técnicas de rapel | BANCO DE IMAGENS PETROBRAS

Em torno de 35 mil pessoas devem visitar o Parque na-cional do Iguaçu durante o feriadão de Páscoa, de 18 a 21 de abril. Segundo a ad-ministração da unidade de conservação e a empre-sa responsável por prestar apoio à visitação turística, um plano especial foi pre-parado para atender a toda demanda. Entre as medidas estão a abertura mais cedo nos dias de maior movimen-to, reforço de funcionários e aumento da frota de ônibus.

Assim, nos dias 18 e 19 de abril, o Parque Nacional do Iguaçu funcionará das 8h às 17h, abrindo uma hora mais cedo. Nos demais dias do fe-riado prolongado, o horário

de abertura voltará ao nor-mal, às 9h. O transporte ga-nhará reforço. Além dos 18 ônibus próprios do parque, na sexta serão contratados

cinco ônibus extras; no sába-do, três; e no domingo, dois. O quadro de funcionários também será maior.

METRO CURITIBA

Parque Nacional do Iguaçuquer 35 mil turistas na Páscoa

Cataratas do Iguaçu, maior atração do parque | DIVULGAÇÃO

O Projeto Organics Brasil e a Intec (Incubadora Tec-nológica do Paraná) pro-movem nos dias 29 e 30 de abril workshop com o líder indígena cacique Al-mir Suruí.

Ele apresentará a em-presários, acadêmicos, especialistas em tecno-logia e ativistas as ini-ciativas tecnológicas e sustentáveis que estão transformando a realida-de da comunidade Paiter--Suruí, em Rondônia.

O evento, que vai acon-tecer no Canal da Música, faz parte das comemora-ções pelos 25 anos da In-tec. Com formato inédito, haverá ações presenciais

e em ambiente virtual. As inscrições podem ser fei-tas através do e-mail [email protected].

METRO CURITIBA

Cacique Almir Suruí | DIVULGAÇÃO

Rede sustentável. Cacique do projeto ‘Carbono Suruí’ faz workshop em Curitiba

A Prefeitura de Piraqua-ra encaminhou na sema-na passada para a empre-sa ALL (América Latina Logística) um projeto pa-ra a construção de um Par-que Linear no bairro San-ta Mônica. O município propôs para ALL, empre-sa que possui a conces-são ferroviária da ferro-via Curitiba–Paranaguá, parceria para ocupar uma área às margens da linha férrea, na Avenida dos Ferroviários.

A empresa e a ANTT (Agência nacional de Trans-portes Terrestres) ainda não se manifestaram a respeito do projeto proposto pela pre-feitura. METRO CURITIBA

Piraquara. Cidade quer parque junto à ferrovia

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |06| {BRASIL}

WALDEMIR BARRETO/AGÊNCIA SENADO

O Brasil está preparado para a mudança?Do ponto de vista de dinhei-ro, não tenho dúvida. Já em relação a professores disponí-veis, não. O recurso escasso é o jovem ativo, com dispo-sição e vocação para ensinar. Hoje, na universidade, os jo-vens mais brilhantes querem fazer concurso para o Minis-tério Público, o Senado, ser advogados e engenheiros. A gente precisa de um bom tempo pagando altos salários para convencer os melhores a ser professores. Nestes 20 anos pagando R$ 9,5 mil, a gente começa a atraí-los.

Quem pagaria a conta?A gente fala como se o di-nheiro saísse do zero. Ho-je se gasta 5,6% do PIB em educação. O Plano Nacio-nal de Educação obriga a colocar 10%. Ao federali-zar, se chegaria a 6,4%, em 20 anos. Só com o Governo Federal entrando. Os Esta-dos e municípios não têm como fazer a revolução. Tem gente que acha que o prefeito não dá aumento porque é ruim, porque não gosta de educação. Pode até ter alguns assim, mas hoje nenhum tem condi-ções de dar um salário ao professor muito melhor do que ele dá hoje.

Como atuariam as prefeituras?Poderiam trabalhar como parceiros, construir os pré-dios. Como será ao longo de 20 anos, você pode escolher qual cidade pode fazer. O prefeito precisa querer. Mi-nha proposta é voluntária.

Como atrair o professor com o perfil?Precisa criar uma nova car-reira no magistério, pagando bem, dando formação nos cursos de pedagogia e crian-do outros institutos fora da universidades. Tem que aca-bar com o conceito que exce-lência se encontra somente na universidade. O Institu-to Tecnológico da Aeronáu-tica é um exemplo. Depois de ser escolhido, o professor tem que ficar um ano dan-do aula sem que o contrato seja assinado. Como é feito com os diplomatas no Insti-tuto Rio Branco: ficam dois anos ganhando para estu-dar e depois, se forem apro-vados, é que serão contrata-dos. Depois de entrarem -- e é um ponto difícil de pas-

sar politicamente, porque sem isso não resolve -- é pre-ciso acabar com a estabilida-de plena. Hoje, o professor entra no primeiro dia de au-la e já está estável, a não ser que cometa pedofilia. Não é demitido por incompetên-cia ou relaxamento. Eu pro-ponho estabilidade respon-sável. Ele precisará passar, uma vez por ano, por uma avaliação. Se demonstrar fal-ta de sintonia com resulta-dos, será exonerado.

Qual a escola que se espera?Hoje o professor do giz e do quadro negro não vai dar boas aulas. O aluno requer equipa-mentos modernos. O edifício precisa ser bonito e confor-tável. Não haverá revolução plena na educação se a gen-te continuar deixando nossos meninos em um lugar com 38 e 40 graus, sem ar condicio-nado. Nós estamos tão acostu-mados a desprestigiar a edu-cação que as pessoas riem quando se fala em ar condi-cionado em escola. Ninguém ri de ar condicionado no aero-

porto, no supermercado, nos shoppings.

A nova escola teria um novo currículo?A saída é o horário integral. Não tem escola boa em 4 ho-ras. A parcela rica da popu-lação já descobriu isso há 40 anos. Estuda num período, mas depois faz inglês, ginás-tica, natação. Isso deveria ser dentro da escola.

Essa revolução não encontraria resistências?Já há diversas escolas como essa espalhadas pelo Brasil. São escolas-modelos, como Pedro II e Colégio Militar. O desafio é transformar essas poucas em muitas. O proble-ma foi que só fizemos 400 dessas. As prefeituras só con-seguem fazer uma boa des-sas para seguir como exem-plo. Então só deve ter umas mil escolas boas no Brasil.

A lei eleitoral diz que o ple-biscito deve ser aprovado 70 dias antes das eleições para ocorrer simultanea-mente. Vai dar tempo?Eu propus plebiscito para ver se obriga o governo, mas, se ele quiser, pode fazer sem consulta. Ainda tenho espe-rança que um presidente faça isso, independentemente de plebiscito. METRO BRASÍLIA

CRISTOVAM BUARQUE Senador propõe, com investimento de 6,4% do PIB, novo modelo de educação básica,

com escolas federais em tempo integral e professores bem remunerados

EDUCAR É REVOLUCIONAR

Projeto quer federalizar a educação básica

Na incômoda 58ª posição no ranking do Pisa (Progra-ma Internacional de Avalia-ção de Estudantes) formado por 65 países, a educação básica no Brasil, hoje de-pendente de uma subjetiva prioridade de investimen-tos de prefeitos e governa-dores, poderá passar a ser integralmente financiada com recursos da União.

A mudança seria feita em dois passos. O primeiro, consultando a população. A CCJ (Comissão de Cons-tituição e Justiça) do Sena-do mantém em pauta desde o ano passado um projeto convocando um plebiscito, que ocorreria em 5 de outu-bro, junto com o primeiro turno das eleições. A vota-ção já foi adiada três vezes.

Caso seja aprovada, o Congresso deverá informar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que progra-me as urnas eletrônicas. A aprovação deve ocorrer em até 70 dias antes do pleito, ou seja, até 27 de julho.

PEC prontaCom o aval da população, a PEC 32 (Proposta de Emen-da à Constituição) de 2013 entraria em pauta. De au-toria do senador Cristovam

Buarque (PDT-DF) prevê um conjunto de mudanças que incluem o pagamento de R$ 9,5 mil aos profissio-nais de educação, formação rigorosa de professores e um modelo de escola bási-ca que valorizaria o uso de tecnologias, mas sem a im-plantação de conteúdo pe-dagógico único.

Segundo projeções feitas na elaboração do projeto, o atual número de alunos em escolas federais daria um salto de 257 mil para 51 mi-lhões. A implantação, con-tudo, seria gradativa pelas próximas duas décadas.

A ideia de federalização da educação básica foi leva-da pelo senador à presiden-te Dilma Rousseff em 2011, mas Cristovam nunca obte-ve respostas.

Em pauta. Tramita na Comissão do Senado uma proposta que prevê uma consulta popular sobre a ideia de concentrar as despesas do magistério nas contas da União

Números

451escolas federais que são modelos de ensino estão em funcionamento em todo o país

R$ 9,5 mil é o salário proposto a ser pago aos professores que integrarem a carreira de Estado no magistério

156.164é a meta de escolas federais necessárias para implantar o novo ensino básico nas próximas duas décadas

R$ 7,3trilhões é a projeção do valor total investido na federalização da educação, equivalente a 6,4% do PIB até 2034

“Os estudantes de hoje acreditam mais no celular e na televisão do que no professor ao vivo. E a aula é muito chata.”CRISTOVAM BUARQUE, SENADOR (PDT-DF) E EX-MINISTRO DA EDUCAÇÃO

“O financiamento da educação básica pública e gratuita deverá passar a ser responsabilidade do governo federal?” PERGUNTA PROPOSTA PARA O PLEBISCITO

MARCELOFREITAS METRO BRASÍLIA

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |08| {ECONOMIA}

Inflação alta deixa poupança menos atrativaCom a inflação acumula-da em 12 meses batendo os 6,15%, o rendimento da maioria das aplicações mais conservadoras está deixan-do de ser atraente para pe-quenos investidores. A pou-pança, principal opção de investimento do brasileiro, está perdendo recursos. Em março, a captação da cader-neta caiu 70%.

Na opinião de Amer-son Magalhães, diretor da Easynvest Corretora, o in-vestidor deve pensar além do que encontra na rede bancária. “Para o pequeno investidor, o Tesouro Dire-to, que pode ser uma boa al-ternativa”, sugere.

“Ele permite ao pequeno investidor a compra de títu-los de renda fixa emitidos pelo governo com as mes-mas taxas e condições dos grandes investidores”.

Segundo ele, com cerca de R$ 100 é possível entrar,

e ter rendimento superior à poupança, com baixo risco.

Apesar da perda de com-petitividade, a poupança continua a ser um dos in-vestimentos favoritos dos brasileiros. Entre os paulis-tanos, segundo pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Feco-

mercio), 74,1% dizem que a caderneta representa a sua principal aplicação.

“A poupança é uma boa opção de investimento mas certamente não é a mais rentável. Em um cenário de alta na inflação, a pou-pança fica cada vez menos interessante”. A sugestão

é comprar títulos indexa-dos à taxa Selic. “A remu-neração será a própria taxa, descontado o IR”. Maga-lhães calcula um retorno de 8,5%. “Se o investimen-to for mantido por mais de dois anos, a rentabilida-de pode chegar a 9,5%”, diz.

METRO

Seu bolso. Especialista mostra alternativas para quem quer diversificar investimentos e diz que Tesouro Direto é a melhor opção. Captação da caderneta cai 70% em março

O RENDIMENTO DAS PRINCIPAIS APLICAÇÕES

IBOVESPA

FUNDOS DE AÇÕES LIVRE

IPCA

FUNDOS DE RENDA FIXA

FUNDOS REFERENCIADOS DI

CDI

POUPANÇA ANTIGA

POUPANÇA NOVA

DÓLAR COMERCIAL

OURO

MARÇO ANO

FONTES: BANCO CENTRAL, BM&FBOVESPA, TESOURO NACIONAL E ANBIMA

-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8

7,04 -2.121,11 -6,420,920,90

0,810,760,500,50

2,182,42

2,282,47

1,691,69

-3,13 -3,51-4,26 4,42

APLICAÇÃO

A presidente Dilma Rous-seff chamou a alta da infla-ção registrada em março de “momentânea” e disse que o governo mantém “o olho na inflação”. Ela responsabi-lizou as extremas variações do clima pelos números.

“Nós mantemos sistema-ticamente um olho e um

controle na inflação, mes-mo quando, devido à seca que ocorre no Sudeste e à chuva torrencial que ocor-re no Norte e no Nordeste, nós tivemos impacto nos produtos alimentares”, dis-se Dilma na sexta-feira, em um discurso a cerimônia de inauguração de uma esta-

ção de tratamento de esgo-to em Porto Alegre.

“Mas é importante olhar, primeiro, que isso é mo-mentâneo”, enfatizou a pre-sidente. Ela também desta-cou que “há produtos que enquanto alguns sobem outros caem”. Dilma pro-meteu controlar a inflação

“sistematicamente”.O grupo Alimentação e

Bebidas foi o principal res-ponsável pela alta da in-flação em março, quando o (IPCA) atingiu 6,15% em 12 meses, aproximando-se cada vez mais do teto da meta do governo, de 4,5%.

METRO

Dilma culpa clima e diz que alta é ‘momentânea’

HOBBY PROFISSIONALA mãe do colega de trabalho faz bolos tão bons que são dignos de aplausos. Você tem uma prima especialis-ta em salgados, sucesso total nas festas em família. Seu amigo cria estampas para camisetas como ninguém. Eles mantêm essas atividades apenas como hobby, po-rém todos certamente são simpáticos à hipótese de ga-nhar dinheiro com elas. Afinal, não são raros os casos de gente que transformou o lazer em negócio e se deu bem. Mas como fazer disso algo profissional e rentável?

Primeiro, é preciso avaliar o mercado e identificar o po-tencial da iniciativa, oferecendo o produto a conhecidos, por exemplo, para ouvir suas opiniões. Vale deixar amostras para teste e até saber deles quanto estariam dispostos a pa-gar. É o momento de analisar possibilidades, fazer ajustes e desenvolver um diferencial.

Percebida a aceitação, vamos ao plano de negócio, que inclui estudar quanto será preciso investir, qual o lucro, quanto tempo será exigido para a operação funcionar, qual a estratégia para entregar encomendas no prazo, cuidar da apresentação do produto (embalagem), identificar concor-rentes, entre outros aspectos. Tudo deve ser colocado no pa-pel para o empreendimento começar a tomar forma.

Montar um catálogo dos produtos, confeccionar um car-tão de visita, partir para a divulgação (jornal de bairro, pan-fletos, parceria com lojas, visitação a feiras e eventos re-lacionados etc) e ir a campo atrás de clientes são as ações seguintes.

Ponto importante: formalização. Muitas atividades são enquadradas na categoria de Microempreendedor Indivi-dual (MEI). Além de passar a existir oficialmente, o negócio conquista credibilidade e amplia as chances de retorno.

Mas há que se considerar que, conforme ganha cor-po, o negócio exige mais do seu responsável, assim, ele de-ve aprimorar suas práticas de gestão e capacitar-se sem-pre. O hobby deixará de ser só lazer para virar obrigação. O empreendedor precisa estar ciente da mudança ou terá problemas.

Ganhar dinheiro fazendo o que gosta é ótimo. Mas na-da vem de graça. Dedicação e trabalho duro fazem parte do script.

Você tem uma história de empreendedorismo para contar? Escreva para mim ([email protected]). Este espaço também é seu.

Empreendedorismo

Bruno Caetano é diretor superintendente do Sebrae-SP e mestre e doutorando em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. O Sebrae-SP é uma instituição dedicada a ajudar micro e pequenas empresas a se desenvolverem e se tornarem fortes. Saiba mais em www.sebraesp.com.br

[email protected]

Manifestantes diante do Mané Garrincha, em Brasília | ANDRÉ BORGES/FOLHAPRESS

Trabalhadores planejam greves na CopaSindicatos que represen-tam até 4 milhões de traba-lhadores de setores estra-tégicos ameaçam greves, protestos e paralisações--surpresa durante a Copa, que começa em junho. De acordo com levantamen-to realizado pelo jornal “Folha de S.Paulo”, ao me-nos 16 categorias poderão cruzar os braços no perío-do dos jogos, para forçar negociações de aumento de salários e conquista de benefícios.

Entre as categorias que ameaçam realizar greves isoladas em indústrias ou protestos em alguma das 12 cidades-sede dos jogos, entre elas Curitiba, e que poderão ter impacto dire-

to na infraestrutura da Co-pa estão as de bebidas (150 mil trabalhadores no Esta-do de São Paulo), hotelaria, bares e restaurantes (1,8 milhão em todo o país), ae-roviários (35 mil em São

Paulo), metroviários de São Paulo (9,8 mil), rodo-viários (1,5 milhão no Esta-do de São Paulo), policiais federais (9 mil em todo o Brasil), taxistas (33 mil em São Paulo), ferroviários da CPTM (8 mil em São Paulo), motoristas e cobradores de ônibus (40 mil em São Pau-lo) e agentes de trânsito (4,5 mil na capital).

Reajuste maiorO Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos) apon-ta que operários de arenas da Copa tiveram 4,1% de reajuste acima da inflação em 2012, ante 3,2% na mé-dia dos demais do setor de construção. METRO.

Ao menos 16 categorias, que representam até 4 milhões de trabalhadores, ameaçam parar pedindo reajuste salarial. Entre os que podem parar estão policiais rodoviários, trabalhadores da indústria de bebidas e de hotelaria

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com {MUNDO} |09|◊◊

Chamas de até 20 metros deixaram 5 mil feridos | CESAR PINCHEIRA/REUTERS

Um incêndio de grandes proporções em Valparaí-so, cidade portuária do Chi-le, deixou ao menos 11 pes-soas mortas e mais de 500 casas destruídas na madru-gada de ontem. As autori-dades chegaram a falar em 16 mortos, mas o número foi corrigido. A presidente do Chile, Michelle Bachelet, declarou estado de catástro-fe e viajou à cidade, que fi-ca a 120 quilômetros da ca-pital, Santiago.

Cerca de 5 mil pessoas ficaram feridas e 10 mil fo-ram forçadas a deixar a re-gião e levadas a abrigos ou casa de parentes, enquanto cerca de 1,2 mil bombeiros e centenas de brigadistas buscavam conter o fogo, que devastou aproximada-

mente 800 hectares com chamas de até 20 metros de altura. As Forças Arma-das também foram mobili-zadas para ajudar na ope-ração e na segurança dos moradores. Aviões e heli-cópteros foram usados para conter as chamas.

O fogo começou na noi-te do sábado em uma zona de floresta nos arredores do porto, mas o vento propa-gou as chamas, que atingi-ram seis morros ao redor da cidade onde há moradias. Segundo a polícia local, os mortos eram, na maior par-te, idosos.

Ontem ao amanhecer era possível ver a destrui-ção deixada pelo incêndio, o pior a atingir a cidade, que foi declarada patrimô-

nio da humanidade pela Unesco. Ricardo Bravo, che-fe do governo local, disse ontem à Reuters que o fo-go ainda não estava com-pletamente extinto em par-tes mais altas da cidade. A geografia de Valparaíso, formada por colinas, e as casas feitas de madeira tor-naram o combate ao incên-dio mais difícil.

TerremotoUm tremor de magnitude 5,2 atingiu ontem as regiões de Tarapacá e Antofagasta, no norte do Chile. As áreas já tinham sido afetadas por um terremoto de magnitu-de 8,2 no começo do mês. Segundo as autoridades, não houve vítimas ou danos visíveis. METRO

Tragédia. Cidade portuária de Valparaíso, patrimônio da humanidade da Unesco, foi atingida por chamas de até 20 metros; 5 mil ficaram feridos

Incêndio mata ao menos onze pessoas no Chile

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com

Artes visuais

Cidade recontada em mostra fotográfi ca Em exposição no Sesc do Pa-ço, com entrada franca, a mostra ‘Ao Redor da Liber-dade’, do fotógrafo Osvaldo Santos Lima, desfaz a rudeza da pedra e busca, nas pare-des e fisionomia do povo, re-contar a história da cidade.

METRO CURITIBA

Cinema francês

‘Cap Nord’ é exibido hoje O Cine FAP (R. dos Funcio-nários, 1.357) exibe hoje, às 19h, o filme ‘Cap Nord’, de Sandrine Rinaldi, na mos-tra gratuita Cinema Francês Moderno. METRO CURITIBA

‘Terça Brasil’

Bloco Santa Clara dá início a projeto O Citra Bar (R. Itupava, 1.163) lança amanhã, a partir das 18h, a ‘Terça Brasil’, que rece-be o Bloco Santa Clara (R$ 10 e R$ 15). METRO CURITIBA

Romance policial

Livro fala sobre manipulações de jogos nas Copas

Com lançamento amanhã na Livraria da Vila (Pátio Batel), o livro ‘Caixinha de Surpresas’, do para-naense Rulian Maftum, é um romance policial que tem como pano de fundo fatos reais da história das Copas do Mundo, como jogos que levantaram a suspeita de manipulação de resultados para favore-cer apostadores.

METRO CURITIBA

Até quinta

Últimos dias de inscrição em prêmio de Literatura

A 12ª edição do Prêmio Portugal Telecom de Lite-ratura está com as inscri-ções abertas até esta quin-ta. Editores e escritores podem inscrever obras pe-lo site www.premioportu-galtelecom.com.br.

METRO CURITIBA

Com apresentação única no Teatro Positivo em 10 de maio, o ‘Tributo ao Rei do Pop’, com Rodrigo Teaser, já está com ingressos à venda a partir de R$ 51 pelo Disk Ingressos (3315-0808).

Considerado o maior es-petáculo da América Latina em homenagem a Michael Jackson, morto em 2009, esta é a primeira vez que o show passa por Curitiba.

METRO CURITIBA

Ingressos. Rodrigo Teaser faz ‘Tributo ao Rei do Pop’

O documentário paranaen-se ‘Notícias da Rainha’, da ci-neasta Ana Johann, venceu a categoria de melhor filme documental latino-ameri-cano no Festival de Cine de Mujeres, em Santiago (Chi-le). Em 26 de maio, o filme segue para Olinda (PE), onde participa da 18ª edição do Ci-ne-PE Festival Audiovisual.

Johann, que levou um tro-féu Candango (Prêmio Espe-cial do Júri no 45º Festival de Brasília) pelo longa ‘Um Filme

para Dirceu’, coleciona com sua mais recente obra diver-sas participações em festivais em todo o mundo. Desde o fi-nal de 2013, o documentário já passou pelo Mumbai Inter-national Short Film Festival (Índia), Festival Internacional Cinematográfico de Toluca (México) e Festival dei Popoli (Itália). No Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos Ser-tões, ‘Notícias da Rainha’ ven-ceu melhor filme e melhor ro-teiro. METRO CURITIBA

Apresentação acontece em10 de maio | DIVULGAÇÃO

Documentário. ‘Notícias da Rainha’ é premiado em festival de Santiago

Filme sobre Lucia Cecilia Kubis, a rainha do rádio paranaense | ROSANO MAURO JR

Em 2013, os espaços do Teatro Guaíra receberam mais de 270 mil pessoas em 632 espetáculos artísticos | JAVÃ TARSIS Renato Borghetti e Cinco de Cordas encheram o Paiol em março | ALICE RODRIGUES

Ingressos esgotados e shows com casa lotada têm sido fre-quentes em Curitiba. Seja música, dança, teatro ou con-certos – de produções locais ou de fora –, o curitibano ca-da vez mais está se fazendo presente nas plateias.

“Temos que trazer shows de primeira para chamar o público, já que há cada vez mais casas e teatros. Nossa facilidade no Guaíra é o gla-mour do teatro, que atrai os artistas, a facilidade de aces-so e os estacionamentos pró-ximos”, conta o supervisor do

departamento de auditórios do Teatro Guaíra, Chapulla.

No ano passado, em 632 espetáculos no Guairão, Guai-rinha, Mini-auditório e Tea-tro José Maria Santos, o pú-blico total foi de mais de 270 mil pessoas. “Em março, tive-mos só seis cadeiras vazias no show do Zé Ramalho no Guai-rão. O público nas peças do Festival de Curitiba também é sempre considerável”, diz.

Público formadoCurador do projeto ‘Samba de Bamba’, da Caixa Cultu-

ral, Rodrigo Browne afirma que o espaço já tem público formado. “O teatro da Caixa tem se tornado referência. As pessoas vêm mesmo sem conhecer o artista, mas por ser aqui, ter preço acessível e uma programação de quali-

dade, acabam prestigiando”, opina. Outro espaço tradicio-nal, o Teatro Paiol já teve seus 221 lugares preenchidos em sete shows desde janeiro, co-mo a apresentação de Renato Borghetti e o Grupo Cinco de Cordas, no mês passado.

Com a música erudita não é diferente. Segundo dados da Fundação Cultural, a Cape-la Santa Maria teve entradas esgotadas em dois concertos da Oficina de Música, em ja-neiro, e na abertura da tem-porada da Camerata Antiqua de Curitiba, no fim de março.

Próximos espetáculosCom apresentações nos dias 24 e 25 de abril, a cantora Pau-la Fernandes fará sessão extra no dia 26, no Teatro Positivo. Os ingressos estão à venda a partir de R$ 101.

No Guairão, Erasmo Car-los, Ana Carolina, Zeca Balei-ro, Maria Gadú e Victor & Léo estão entre as próximas atra-ções do semestre. Também fa-rão show em Curitiba em bre-ve Sapato Furado Orquestra de Gafieira, Família Lima e a Velha Guarda da Portela, to-dos no Paiol. METRO CURITIBA

Ingressos esgotados. Público curitibano lota os grandes espetáculos que chegam à cidade. Desde o início do ano, mais de dez shows venderam todas as entradas em teatros como o Guaíra e o Paiol

2.093lugares é a lotação do Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, o Guairão. Em março, o show de Zé Ramalho teve só 6 cadeiras vazias

Atenção: casa lotada2CULTURA

|10| {CULTURA}

Gene Simmons

Kiss no Hall of Fame

A banda foi admitida recentemente no Rock

and Roll Hall of Fame, que reúne os principais astros

do gênero nos Estados Unidos. O Nirvana e a

cantora de country Linda Ronstadt foram outros nomes que também

passaram a integrar o seleto grupo.

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com {CULTURA} |11|◊◊

A senhora publicou en-saios, em 2011, lançou o ro-mance “O Tigre na Som-bra”, em 2012, e agora volta às reflexões. Estas variações de gênero são planejadas?É completamente natural. Publiquei romances por vá-rios anos, depois fiz poesia e comecei com os ensaios em “O Rio do Meio” (1996). As coisas vão se alternando conforme a minha vontade, escrevo sobre aquilo que me apaixona. Se eu tiver ideia para um romance, virá um romance, mas também po-dem ser poemas ou ensaios.

E por que esta opção em escrever sobre o tempo?Eu já escrevi várias vezes sobre o tempo. Na verdade

este assunto me interessa desde criança, desde quan-do alguém me falou que o agora não existe. Ficava im-pressionada com a ideia que o tempo passa e a gen-te nunca é a mesma pessoa.

E muitas vezes não sabemos o que fazer com o tempo... Exatamente. Hoje vive-mos numa cultura mui-to engraçada, esta da fu-tilidade. Podemos viver mais tempo mas, ironica-mente, temos horror a ele por causa deste endeusa-mento da juventude. As pessoas começam a ficar neuróticas aos 40 anos, preocupadas com as rugas e tratamentos estéticos.

A senhora fala sobre isso com muita serenidade. Acho legal a gente se cui-dar para não ficar um farra-po, levar uma vida saudável e até fazer uns retoques no rosto (risos). Mas as pessoas se mutilam e ficam infeli-zes por causa disso. Como o tempo passa mesmo e não há o que fazer para evitar is-so, é melhor enfrentar tudo com uma certa elegância e uma boa dose de humor.

Em síntese, qual é a sua receita pessoal? Estudei um tempo em co-légio de freiras e lá apren-di sobre a vida interior. To-do mundo, seja um gari ou um médico, precisa ter uma certa filosofia de vida, tra-

çar metas e pensar se é feliz ou não. A beleza não está só na juventude, cada fase tem seus dramas e suas doen-ças. A maturidade e a velhi-ce tem um outro tipo de be-leza e de curtição, ninguém precisa ficar rabugento ou mal-humorado porque está com 70 ou 80 anos. Tudo é uma questão de perspectiva, é preciso olhar os valores da vida de outra maneira.

METRO POA COM BANDNEWS

EDISON VARA/FOLHA PRESS

LYA LUFTEscritora gaúcha volta aos ensaios em “O Tempo é um Rio que Corre”, seu novo livro. Com a intimidade,

que é sua marca registrada, ela refl ete sobre o valor da vida e relaciona suas memórias com o passar do tempo

‘HÁ BELEZA EM TODAS AS IDADES’

“O TEMPO É UM RIO QUE CORRE”

LYA LUFTED. RECORD

R$ 28

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |12| {VARIEDADES}

Metro pergunta

Para falar com a redação: [email protected] também no Facebook: www.facebook.com/metrojornal

Metro web

O público curitibano tem lotado os espetáculos na cidade. Você tem ido mais a shows? As opções e preços são acessíveis?

Leitor fala

@stehdornelasEspero que com a volta da Pedreira, Curitiba volte a fazer parte dos circui-tos das bandas internacionais.

@gabikozanNão, vou mais em bares.

Novas CPIsJá que o governo Dilma e a maioria do Congresso Nacional querem inviabilizar a CPI da Petrobras, incluindo outros temas como obras do Porto de Suape e do Me-trô de São Paulo, que incluam também a Movimentação Financeira do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do BNDES. É aí que a porca vai torcer o rabo.LEÔNIDAS MARQUES - CURITIBA

Infrações de ciclistasParece-me que o ciclismo, uma ativida-de esportiva, de lazer e de trabalho que tinha vida própria e não preocupava a população, se tornou um problema no momento em que os poderes públicos re-solveram elevar seu “status”: em pleno horário de saída de colégios, na Praça 19 de Dezembro, ciclistas se deslocam pe-las calçadas, pondo em risco a integrida-de dos transeuntes. Em outros pontos da cidade é a mesma atitude: ciclistas usam as canaletas dos ônibus, andam na con-tramão, sem dispositivos de segurança e fazendo manobras arriscadas. Em vá-rias ocasiões, já observei policiais comen-tarem, mas nada fazerem para coibir os abusos. Ao contrário de apresentarmos uma solução para o tráfego, creio que es-tamos arranjando um enorme problema para o já caótico trânsito de Curitiba.EDGARD L.C. FRANÇA - CURITIBA

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@jornal_metroCTB

Planeta que rege seu signo, Mercúrio faz aspecto tenso com Júpiter, influência que pede atenção com o consumismo e assuntos supérfluos.

Tendências a lidar com desafios no tra-balho em função de padrões e costumes relacionados ao am-biente ou a mente de outras pessoas.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

O momento é de atenção para não agir com impulso nas coisas que disser, especialmente junto aos fa-miliares.

Período especial para uma reflexão sobre suas crenças. Bom momento para revitalizar energias, seja por sua fé, com ou sem religião.

Há tendências para que seu senso crí-tico esteja acentuado, especialmente junto a amizades e pes-soas que mais gosta. Seja cuidadoso.

Um aspecto tenso de Mercúrio com Júpiter – que rege seu signo – recomenda jeito e cuidado com a maneira de expor seus pensamentos.

Cuide para não deixar que as-suntos antigos ou más lembranças impeçam de vivenciar mo-mentos especiais na vida afetiva.

Um desejo por romper padrões ou vi-ver mudanças será mais intenso. Só tenha cuidado para que tal conduta não afaste pessoas especiais.

A exposição de sentimentos será mais intensa. É propenso a expor algumas manias e mesmo ciúmes. Nas finanças, momento de moderação.

Propensões para repensar parcerias que envolvam trabalho e negócios. Atente-se para não perder o sen-so de diplomacia.

Um desejo por mudanças será in-tenso e capaz de fazer remanejar projetos. Atente-se para não ra-dicalizar em certas relações.

Procure se certificar melhor de informa-ções relacionadas ao seu trabalho ou alguma negociação para não cometer equívocos.

ALCKMIN! A COPA DO IMUNDO É NOSSA!Bom dia, caros e baratos leitores! Tá no ar o Pânico no Jor-nal, o seu Prozac impresso! Manchete do dia: “Rato famin-to engole o RG da Regina Casé e cospe a foto!” Hahahaha! E atenção! RACIONAMENTO DE ÁGUA! O Alckmin está com três problemas graves: falta de cabelo, falta de ca-risma e falta d’água! Mas, em compensação, ele vai lan-çar dois eventos trepidantes: SP Fashion Torneira e a Copa do Imundo! A COPA DO IMUNDO É NOSSA! E já imaginou o Cristiano Ronaldo sem poder lavar o cabelo na Copa? ELE VAI SE MATAR! E acredite se quiser! Sabe como chama a presidente da Sabesp? Dilma Pena. O quêêê? Outra Dilma?! Deus, tenha pena de nós! PETROBRAS URGENTE! Amanhã a Graça Foster vai de-por no Senado! Imagine o diálogo! “Quem aprovou a compra da refinaria?” “Foi o Noé.” “Que Noé?” “Noé da sua conta!” Kkk! E o caso André Vargas e o doleiro? O Vargas emprestou o jatinho do doleiro. Agora só fal-ta a Dilma emprestar a vassoura da Graça Foster. E sair voando! É a famosa dupla Derruba Pingolim! A Graça e a Nem de Graça! E olha que charge boa! Um cara foi procurar emprego em Brasília e deu de cara com a placa: “Pra honesto não há Vargas.” E atenção! Exclusivo! Mais uma pesquisa bombástica do Ipea! Pesquisa do Ipea afirma que 65% das mulheres que casam mudam de signo. Antes de casar a mulher é Virgem, e depois que casa vira Touro! Taí uma pesqui-sa honesta! Por falar em honestidade, ontem eu fui na padaria e perguntei: “Moça, essa coxinha é de hoje?” “Não, é de ontem.” “E esse pastel, é de hoje?” “Não, é de ontem.” “Pô, como eu faço pra comer alguma coisa de hoje?” “VEM AMANHÃ!” Kkk! E pra terminar, duas manchetes do Jornal dos Dois Echás! 1) Homem entra no banco ouvindo Iron Maiden e é bar-rado no detector de Metal.2) César Tralli de patins ultrapassa Massa e vence o GP da Malásia! Por falar nisso, eu tava seguindo o Felipe Massa no Twitter, mas ultrapassei! Kkk! Por hoje é só! Ciro Botelho e Bernardo Penteado! Os Colunáticos! Direto da redação do Pânico na Band!

Twitter: @ciraobotelho / @bernardpenteado

CIRO & BERNARDO

Ciro Botelho e Bernardo Penteado são redatores de humor no programa ‘Pânico na Band’, autores de sátiras como ‘Video Soul’, ‘Jornal dos Dois Echás’, ‘Jô Suado’, entre outros. Juntos há dez anos na TV, lançaram os livros ‘Piadas Fantárdigas de Tiririca’ e As Melhores Piadas de Bêbado’ (ed. Matrix). Também escrevem o blog ‘Colunáticos’ no site do ‘Pânico na Band’ (paniconaband.band.uol.com.br)

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com {ESPORTE} |13|◊◊

3ESPORTE

Ednaldo, Reginaldo, Juninho, Fabiano, Baiano ,

Zé Leandro, Serginho Paulista, Léo Maringá, Max, Cristiano , Gabriel Barco ( Fábio Martins) Técnico: Claudemir Sturion

Vitor , Maicon Silva, Gilvan, Dirceu , Paulinho,

Diogo Roque ( Silvio), Bidía , Rone Dias, Celsinho, Arthur, Joel ( Alexandre Oliveira). Técnico: Claudio Tencati

11

• Gols. Maicon Silva, 26’; Cristiano 30’, 1ºT.• Pênaltis: Max, Paulinho, Pequi,Dirceu, Léo Maringá, Sílvio e Arthur. • Arbitagem. Fabio Filipus, Adir Carlos Mondini e Sidmar S. Meurer

MARINGÁ

LONDRINA

A primeira final entre times do interior em 22 anos deu o título ao Londrina no estádio Wilie Davids, em Maringá. O atacante Cristiano perdeu a última cobrança de pênalti e entregou a taça ao Londrina.

O jogo foi apertado do co-meço ao fim. O Maringá teve um gol anulado de Max que estava impedido.

O Londrina marcou o pri-meiro com Maicon Silva. O atacante achou espaço, o go-leiro caiu para a esquerda e ele colocou no meio do gol. O Maringá marcou com Cristia-no que cabeceou no chão sem chance para o goleiro. Apesar do pênalti perdido, Cristiano foi destaque na partida.

METRO CURITIBA

Pênaltis. O empate em 1 a 1 levou a final entre times do interior para os pênaltis. O atacante Cristiano se destacou durante a partida, mas bateu para fora e entregou o título

Londrina conquista o título pela quarta vez em sua história | FELIPE ROSA / AGP

Tubarão leva o Paranaense 2014

Ídolo da torcida

Atlético afasta o zagueiro ManoelO zagueiro Manoel foi afastado do Atlético no úl-timo sábado. O clube di-vulgou uma nota afirman-do que o jogador estaria insatisfeito. Manoel pas-sa a treinar separadamen-te até que seja negociado. O contrato dele vai até de-zembro. METRO

Rescisão

Adriano agradece por volta aos gramados

O atacante Adriano agra-deceu ao Atlético por ter conseguido voltar aos gra-mados. Ele atuou por 90 minutos e marcou um gol após dois anos fora dos campos. O contrato foi as-sinado em fevereiro e ele ficaria até o final do ano. Porém, o clube comuni-cou que ele não faz mais parte do time. Ele foi vis-to em um show da funkei-ra Anita um dia antes do acordo. METRO CURITIBA

Nessa, não

“A lista da Copa não está definida, mas todos

os jogadores já estão meio cientes de quais serão os convocados. Fica para próxima”

GANSO, MEIA DO SÃO PAULO, EM ENTREVISTA AO “UOL”

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |14| {ESPORTE}

O novo kaiser

Jogador é um dos mais experientes da seleção alemã, que encantou o mundo na Copa de 2010. Desta vez ela estará encorpada com Götze, Kroos e Schürrle

NaSeleção

101jogos

23gols

Schwein....Sch...é...Schwei... Vamos com calma. Você sabe como se pronuncia Schweins-teiger? É “chivainstáiga”, re-pita aí. A maioria das pessoas – não alemãs – desiste antes mesmo de completar a pala-vra. Para escrever então, é ne-cessário conferir várias vezes para saber se nenhuma letra ficou de fora. Ninguém nega que é difícil falar ou escrever o sobrenome do craque ale-mão que tem como nome ini-cial Bastian (bem mais sim-ples) ou Basti, como dizem os amigos. Mas, o que ele tem de complicado no nome, tem de facilidade com a bola nos pés.

Trava língua

Se cá

neva

sse,

usav

a esq

ui?

POUCOS DOMINAM O MEIO CAMPO COMO SCHWEINSTEIGER, E POUQUÍSSIMOS CONSEGUEM PRONUNCIAR SEU SOBRENOME

Se não fosse jogador, ele certamente teria ido longe no esqui, esporte para o qual o garoto tinha talento, segundo amigos de infância

Autoridade! Bastian Schweinsteiger é peça

fundamental no esquema

da seleção tricampeã

mundial

Beckenbauer levanta a taça da Copa de 1974

O “Novo Kaiser” alemão comanda o meio-campo co-mo ninguém, seguindo os passos de Beckenbauer (1974) e Lothar Matthäus (1990). Marcação efetiva, antecipa-ção, alto índice de passes cer-tos e chutes possantes.

Apesar do estrelado elenco da Seleção da Alemanha, que chega ao Brasil em junho com Özil, Müller, Lahm e Klose, o pilar e o equilíbrio vem do ra-paz de nome complicado.

Nascido no dia 1º de agos-to de 1984, em Kolbermoor, na Alemanha, filho de Al-fred e Monika e irmão de To-bias, o garoto sempre foi lou-

POPPERFOTO/GETTY IMAGES

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com {ESPORTE} |14|◊◊CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2014

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Schweinsteiger e Bayern de Munique não se separam. Jogador viveu toda carreira profissional no clube. Registros oficiais de jogos e gols são a partir de 2002

No Bayern

Francês Zinedine Zidane é o ídolo do alemão

Bayern levanta o caneco da Liga dos Campeões 2012/2013

“Além de ser o cérebro, é o líder absoluto da equipe”MATTHIAS SAMMER, DIRETOR DO BAYERN DE MUNIQUE

“No futebol moderno você precisa jogar com inteligência e saber resolver situações em espaços muito curtos. E por isso ele é um jogador de valor inestimável”JUPP HEYNCKES, EX-TÉCNICO DO BAYERN

Matthäus, da seleção campeã da Copa de 1990, na Itália, diante da Argentina. Ele ti-nha apenas seis anos e não tinha nem ideia de que seria dono cativo de uma versão mais moderna da vestimen-ta, e muito menos que teria a popularidade de um craque, como tinha Matthäus há 24 anos.

Na infância teve seus to-ques de rebeldia e atrevimen-to. Nas categorias de base do Bayern, por exemplo, foi fla-grado em uma jacuzzi no vestiário da equipe principal com uma mulher. A descul-pa? A mais esfarrapada pos-

sível: “É a minha prima. Ela queria conhecer o local on-de treino”. Ao ser multado, se conformou dizendo que a di-versão compensou. Nada, po-rém, que afastassem seu bri-lho em campo.

A estreia pelo maior time alemão foi aos 18 anos, no dia 7 de dezembro de 2002, no 3 a 0 sobre o Stuttgart. Antes, ele havia passado pela base do clube e também sido prepara-do pelo FV Oberaudorf (1990 - 1992) e pelo TSV 1860 Rose-nheim (1992 - 1998).

Mesmo iniciando sua ca-minhada no selecionado com 20 anos, apenas em 2009, aos

25, é que o rótulo de craque foi relacionado a ele. O gran-de nome na transformação do atleta foi o técnico holandês Louis Van Gaal, que o aprimo-rou como volante, já que an-tes Schweinsteiger tentava se dar bem como um meia, aber-to pelos lados, como Robben, companheiro holandês do clube em que atua hoje.

Nos dias atuais, é conside-rado “motor do time” no Ba-yern de Munique pelo técni-co Josep Guardiola e “cérebro da seleção” pelo treinador da Alemanha, Joachim Löw.

Entre os ídolos do jogador, símbolo bávaro, não está ne-nhum alemão – pelo menos é o que consta em sua página oficial. Ele admira um craque que fala francês: Zinedine Zi-dane, o camisa 10 da Seleção Francesa campeã do mundo em 1998 e referência por on-de passou. A força física em campo também remete a ou-tro atleta admirado por ele. O jogador norte-americano de basquete Lebron James, astro do Miami Heat e da Seleção dos Estados Unidos.

Cinema também faz par-te do roteiro do volante em suas folgas. Principalmen-te quando o filme tem Geor-

Schweinsteiger e a namorada Sarah Brandner na Oktoberfest

Louis Van Gaal ‘descobriu’jogador como volante

Liga dos Campeões (2013)

Campeonato Alemão (2003, 2005, 2006, 2008, 2010, 2013)

Copa da Alemanha (2003, 2005, 2006, 2008, 2010, 2013)

Copa da Liga Alemã (2004, 2007)

Supercopa Alemã(2010, 2012)

Jogador do Ano na Alemanha (2013)

3º lugar - Copa do Mundo (2006 e 2010)

Campeonato Alemão sub-17 (2001)

Campeonato Alemão sub-19 (2002)

ge Clooney. Nas viagens para as partidas, com o tradicional fone de ouvido, a música ele-trônica ocupa lugar de desta-que. Entre os favoritos estão Kanye West, Nelly, Rihanna e Chris Brown.

Experiência, autenticida-de e símbolo do futebol do país, Bastian Schweinsteiger chega ao Brasil com a Sele-ção Alemã como favorita, e eles sabem disso. O maestro será responsável por confir-mar ao mundo que o futebol alemão deixou de ser rústico para se tornar surpreenden-te, como as jogadas que ele tira da cartola. METRO

Títulos

Rihanna é uma das cantoraspreferidas do jogador

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Schweinsteiger faz o papel de volante e de meia, ajudando nas roubadas de bola , acionando o ataque alemão e arrematando de fora da área

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2014www.readmetro.com |16| {ESPORTE}

O piloto paranaense Lean-dro Totti venceu a segun-da etapa da Fórmula Truck 2014, no Autódromo Inter-nacional de Curitiba. Totti venceu com 62 milésimos de segundo à frente de seu conterrâneo Wellington Ci-rino, a menor diferença entre vencedor e segundo colocado em 18 anos de his-tória da competição.

Foi a 12a vitória de Tot-

ti, que manteve a lideran-ça do Campeonato Brasilei-ro com 61 pontos. O outro paranaense Wellington Ci-rino pressionou até o fim o conterrâneo, que teve pro-blemas nos freios. “Se a corrida tivesse mais duas voltas eu não seguraria o Cirino”, confessou o líder da prova ao site oficial da competição.

METRO CURITIBA

Fórmula Truck. Totti vence etapa com menor diferença da história

Não foi apenas no Paraná que houve decisão de títu-lo, que acabou nas mãos do Londrina. Em São Pau-lo outro time do interior levou a melhor. O Ituano sagrou-se campeão paulis-ta 2014, vencendo o San-tos nos pênaltis, depois de perder por 1 x 0 no tempo

normal, igualando o resul-tado do primeiro jogo. No Rio de Janeiro, o Flamen-go foi campeão após arran-car o empate por 1 a 1 com o Vasco no último minuto, com gol irregular de Már-cio Araújo.

No Rio Grande do Sul, o Internacional foi outro que

soltou o grito depois de go-lear o rival Grêmio por 4 a 1 em jogo realizado na ci-dade de Caxias do Sul. Em Belo Horizonte, o Cruzei-ro segurou o 0 a 0 contra o Atlético-MG e, com a van-tagem do primeiro jogo, sagrou-se campeão.

No campeonato goia-

no, o Atlético-GO bateu o Goiás por 1 a 0 e ficou com o caneco.

Já o Bahia ficou no 2 a 2 com o rival Vitória e ga-rantiu o campeonato esta-dual. Assim como o Figuei-rense, que bateu o Joiville por 2 a 1 em Santa Catari-na. METRO

Estaduais. Ituano, em São Paulo, e Flamengo, no Rio, estão entre os que comemoraram

Os campeões pelo paísITÁLIA IMPROVÁVEL O futebol italiano vi-via um momento difícil em 1982. Os clubes do país não conquistavam o título europeu des-de 1969 e o futebol lo-cal estava afundado em um escândalo de arma-ção de resultados. Pa-ra a Copa da Espanha, davam esperança a boa campanha da azzurra quatro anos antes, na Argentina, e a boa qua-lidade daquela geração. Rápido e oportunista, o atacante Paolo Rossi, que retornava de uma suspensão de dois anos por estar envolvido no escândalo, passou em branco nos primeiros quatro jogos. O técnico Enzo Bearzot insistiu em Rossi e foi recom-pensado. Primeiro, o jogo memorável contra o Brasil, marcando os três golsda vitória por 3x2. Mais dois na semi contra a Polônia e um na decisão contra a Ale-manha Ocidental, para ser artilheiro e craque da Copa. Aos 40 anos, o capitão Dino Zoff le-vantou a taça que fazia a Itália se igualar ao Brasil com três títulos mundiais.

O QUE ROLOU NAS COPAS

SERGIO PATRICKDA RÁDIO BANDEIRANTESAM 840 / FM 90,9

Sergio Patrick é apresentador da Rádio Bandeirantes, que comanda a Cadeia Verde e Amarela das rádios do Grupo Bandeirantes nas transmissões da Copa do Mundo. A coluna O QUE ROLOU NAS COPAS traz histórias e personagens de todos os mundiais. Envie sua sugestão para [email protected] .

Colaborou Leandro Quesada, da Rádio Bandeirantes.

ADOLESCENTE EM CAMPOAos 17 anos e 41 dias, o nor-te-irlandês Norman Whitesi-de superou Pelé como o mais jovem a atuar em Copas. E a Irlanda do Norte surpreen-deu ao derrotar a dona da ca-sa, Espanha, por 1x0 e che-gar à segunda fase. O meia jogaria ainda a Copa de 86, no México, e faria carreira no Manchester United. O torneio for ampliado para 24 times, com cinco estreantes (Argé-lia, Camarões, Honduras, Kwait e Nova Zelândia) e au-mentou o caminho para a ta-ça para sete jogos. El Salvador tomou da Hungria a maior goleada em copas: 10 a 1. Na primeira decisão por pênal-tis da história dos mundiais, a Alemanha Ocidental elimi-nou a França e foi à final.

BRASIL MÁGICOQuem viu a seleção de Telê Santana com os craques Zi-co, Falcão e Sócrates derro-tar a União Soviética, golear a Escócia e a Nova Zelândia e passar pela Argentina, viveu a expectativa do tetra. O ti-me era excelente, mas parou na Itália antes da semi. E dei-xou a marca de uma derrota quase tão dolorosa quanto o Maracanazo de 1950.