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NÚMERO 70 DATA 11/10/2012 ANO I

11 Out 2012

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NÚMERO70

DATA11/10/2012

ANOI

hoje em dia - mG - P. 32 -11.10.2012

ANA ARSÊNIOOs 62 cirurgiões do Estado filiados à Coopera-

tiva dos Cirurgiões Cardiovasculares de Minas Ge-rais (COOPCCV-MG) decidiram se descredenciar em massa dos planos de saúde Sulamérica, Samp, Iprem, Só Saúde, São Bernardo Saúde e Notre Dra-me. Os seis planos assistem a cerca de 200 mil pes-soas.

O Estado possui, atualmente, 80 cirurgiões cardiovasculares. O presidente da COOPCCV-MG, Luiz Cláudio Lima, disse que pelo menos seis ci-rurgias do coração deixaram de ser realizadas por meio dos seis planos de saúde.

Os cirurgiões cardiovasculares de Minas en-grossam o movimento nacional dos médicos que, desde ontem, paralisaram o atendimento por meio de planos de saúde no país. A principal reivindica-ção da categoria é o reajuste dos honorários.

De acordo com o presidente da COOPCCV-MG, no caso das cirurgias cardiovasculares os va-lores estariam defasados em pelo menos 50%. O cirurgião informou que o Sulamérica, por exemplo, paga R$ 2.000 por uma cirurgia de coronária, me-tade do valor pago pelo SUS. A intervenção, geral-mente, é realizada por uma equipe de quatro espe-cialistas. Em clínicas particulares o valor desse tipo de cirurgia gira em torno de R$ 15.000.

“Estamos tentando negociar com outros oito planos de saúde. Mas apenas três sinalizaram a possibilidade de acordo. Se não ocorrer iremos nos descredenciar dessas outras cooperativas também”, disse Luiz Cláudio Lima.

Na última terça-feira, em entrevista à imprensa para anunciar os oito dias de suspensão do atendi-mento aos segurados dos planos de saúde em Mi-nas, representantes de entidades médicas cogitaram a possibilidade de promover um descredenciamento em massa dos 27 mil médicos que atendem a planos de saúde no Estado. Somente na capital são assisti-das pelos convênios 1,28 milhão de pessoas.

Em Minas, a suspensão do atendimento aos segurados está prevista para ocorrer até o próximo dia 18.

Em alguns estados do país, porém, o movi-mento prossegue até 25 de outubro. Segundo o presidente da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Lincoln Lopes Ferreira, o Estado poderá ampliar a paralisação caso as operadoras não sinali-zem com a possibilidade de um reajuste nos hono-rários até o dia 18.

Na próxima segunda-feira (15), representantes dos médicos mineiros se reúnem, em Belo Horizon-

te, para uma avaliação do movimento. Só então de-verão ser divulgados os índices exatos de adesão.

A presidente em exercício do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, Amélia Fernandes Pes-sôa, disse que as primeiras informações repassadas pelos consultórios mostram que o movimento vem ganhando força.

Segundo ela, os casos de urgência e emergên-cia estão sendo atendidos normalmente. “Desde o início de outubro, os consultórios médicos estão en-trando em contato com os pacientes com consultas marcadas entre 10 e 18 de outubro para o agenda-mento de uma nova data”, garantiu a médica.

O paciente que insistir em ser atendido no pe-ríodo terá que pagar R$ 80 pela consulta, exigir o recibo e, posteriormente, o reembolso junto aos pla-nos.

Consultas

Unimed registra dia normal em BH

A Unimed-BH informou, por meio de nota, que registrou um dia de normalidade. Segundo a cooperativa, não foi possível mensurar o percentual de médicos que aderiram ao movimento, “uma vez que se trata de uma decisão individual do médico”.

A cooperativa ressalta que é sensível à luta dos médicos por melhores salários. Informa ainda que, desde março de 2011, mantém com os 5.200 médi-cos cooperados em BH o compromisso de revisão anual dos honorários.

“Em 2012, os reajustes promovidos em consul-tas e procedimentos médicos correspondem a um incremento anual de R$ 65 milhões sobre o total da remuneração dos cooperados - em 2011, o incre-mento foi de R$ 50 milhões”, diz.

A Unimed garante também ser esta a maior in-jeção de recursos em honorários médicos feita por uma operadora de saúde no mercado mineiro.

A cooperativa destaca que disponibiliza os ser-viços de Agendamento Online de Consultas, pelo site www.unimedbh.com.br, e Alô Saúde (telefone 4020-4020), com médicos 24 horas à disposição para orientações.

Para mais informações, o cliente deve ligar para a Central de Relacionamento Unidisk, no tele-fone 08000 303003, também disponível 24 horas.

“A Unimed-BH reafirma seus compromissos com a valorização do trabalho médico, com a sa-tisfação e a qualidade dos serviços prestados a seus clientes”, conclui a nota. (AA)

o TemPo - mG - on line - 11.10.2012 Riscos

Cirurgiões deixam de atender 200 mil em MGEspecialistas promovem descredenciamento em massa

ConT... o TemPo - mG - on line - 11.10.2012

Brasília. O Ministé-rio da Saúde vai reduzir a idade mínima para a rea-lização de cirurgia de re-dução de estômago de 18 para 16 anos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A mudança integra um con-junto de medidas sobre o tratamento, que deverá ser colocado em prática a partir de 2013. Além da redução da idade, o paco-te inclui a obrigatorieda-de de cinco exames antes da operação e a oferta de mais uma cirurgia plásti-ca, indicada para pacien-tes que perderam peso. Hoje, é oferecida a cor-reção do abdômen. A téc-nica que o SUS passará a oferecer inclui reparação na área dorsal.

“Os exames feitos na fase pré-operatória são ofertados por alguns cen-tros. Mas agora passam a ser obrigatórios”, afirmou o ministro da Saúde, Ale-xandre Padilha. A técnica usada para a cirurgia de redução também deverá ser alterada. A operação usada hoje, chamada de gastrectomia vertical em banda, traz um número alto de recidivas - ape-sar de operados, pacien-tes voltam a engordar. A nova técnica, chamada de gastroplastia vertical em manga, segundo Padilha, tem resultados melhores.

O ministério também

deverá começar a pagar uma equipe multidisci-plinar, encarregada de fa-zer o tratamento. “Muitos serviços já ofertam esse tipo de assistência. Mas eles não recebiam pelo atendimento, algo que agora vai mudar”, disse Padilha.

A decisão de redu-zir a idade mínima de 18 para 16, explicou, está de acordo com recomen-dações internacionais e atende a uma reivindica-ção feita pelo Conselho Federal de Medicina. “Estudos mostram que o tratamento precoce da obesidade grave pode evitar a ocorrência de uma série de problemas correlatos, como proble-mas cardiovasculares”. A indicação do trata-mento para adolescentes é a mesma para adultos: índice de massa corporal superior a 40. Para pa-cientes que já apresentam hipertensão e diabetes, a indicação da cirurgia é feita com índice de massa corporal superior a 35.

A nova política muda os critérios para creden-ciar hospitais. Além de infraestrutura mínima, a instituição terá de formar uma rede com um centro de atenção básica e outro, de média complexidade.

o TemPo - mG - on line - 11.10.2012 obesidade

SUS libera redução de estômago a partir dos 16 anosMedida também autoriza cirurgia plástica para corrigir dorso

hoSPiTal

Sopa é injetada na veia de idosa Aposentada morreu 12 horas depois do erro cometido por uma técnica de enfermagem

da Santa Casa de Barra Mansa, no Rio

Rio de Janeiro – Uma mulher de 89 anos morreu depois de ter sopa injetada na veia por uma técnica de enfermagem da Santa Casa de Barra Mansa, no interior do Rio de Janeiro. Ilda Vítor Ma-ciel estava internada na Santa Casa desde o dia 27, quando sofreu um acidente vascular encefálico que paralisou metade do seu cor-po. Os filhos dela disseram que ela estava se recuperando bem. O Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) informou, em nota, que abriu sindicância para investigar o caso.

A alimentação da paciente era feita por uma sonda no nariz. De acordo com a família, na noite de domingo, a funcionária do hospital teria se confundido durante a refeição e injetado sopa em um cateter que ficava na mão direita, onde a paciente recebia os remédios diretamente na veia.

“Quando ela injetou na veia, minha mãe começou a se bater. Eu fiquei assustada e chamei a enfermeira”, contou a filha de Ilda, Ana Rute Maciel dos Santos. Logo após o engano, a mulher foi medicada, mas morreu 12 horas depois. Laudo assinado por uma médica da Santa Casa indica que a provável causa da morte foi uma embolia pulmonar, quando as veias do pulmão são obstruí-das.

Já a declaração de óbito do Instituto Médico Legal de Vol-ta Redonda diz que a morte aparece com causa indeterminada, aguardando resultados de exames de laboratório.

A direção da Santa Casa reconheceu o erro da funcionária, mas não acredita que tenha relação com a morte da paciente. “Em função do equívoco e da dúvida que ficou foi que resolvemos in-vestigar. Partiu da Santa Casa a conversa com os familiares para que o corpo fosse removido até o IML para fazer a necropsia. A própria ouvidoria do hospital abriu um processo interno, que já está em pleno andamento”, disse o diretor administrativo da Santa Casa, Álvaro Afonso Torres de Freitas.

Segundo a assessoria do hospital, as causas da morte da apo-sentada serão divulgadas depois da conclusão de laudo do IML de Três Poços, em Volta Redonda, que deve sair em 30 dias.

Os familiares da idosa esperam explicações. “Estamos revol-tados e queremos que seja feita justiça para que isso não aconteça com outras pessoas”, disse Mauro Ferreira Maciel, neto de Ilda. O corpo da idosa foi enterrado na manhã de ontem no cemitério municipal de Barra Mansa.

eSTado de minaS - on line - 11.10.2012