1.0 Correntes de Trafego

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    Índice

    1  CORRENTES DE TRÁFEGO.........................................................................................................................1 

    1.1  I NTRODUÇÃO....................................................... ........................................................... ................................. 1 1.2  PARÂMETROS DE CARACTERIZAÇÃO DE FLUXOS DE TRÁFEGO .........................................................................2  

    1.2.1  Volume de tráfego ........................................................ ............................................................ ............. 2 

    1.2.2  Velocidade.................... ................................................................ ......................................................... 6  

    1.2.3   Densidade............................................................. .......................................................... ....................... 8 

    1.3  MÉTODO DO OBSERVADOR MÓVEL .................................................... ........................................................... . 10 

    1.4  MODELOS DE CORRENTES DE TRÁFEGO ....................................................... .................................................. 15 

    1.4.1   Introdução.......................................................... ............................................................ ..................... 15 

    1.4.2   Modelo de Greenshield (1935)..................................... ..................................................................... .. 15 

    1.4.3   Modelo de Greenberg (1959)... ................................................................ ........................................... 18 

    1.4.4   Modelo de Underwood (1961) .......................................................... .................................................. 20 

    Índice de Figuras

    FIGURA 1  –  VELOCIDADE MÉDIA NO ESPAÇO E NO TEMPO................................................... ........................................... 7 

    FIGURA 2  –  R ELAÇÕES ENTRE AS GRANDEZAS VOLUME, VELOCIDADE E DENSIDADE ...................................................9  

    FIGURA 3 -MÉTODO DO OBSERVADOR MÓVEL ........................................................... .................................................. 12 

    FIGURA 4  –  R ELAÇÕES Q-K, Q-S E S-K  DE ACORDO COM O MODELO DE GREENSHIELDS ...........................................16  

    FIGURA 5  –  R ELAÇÕES Q-K, Q-S E S-K  DE ACORDO COM O MODELO DE GREENBERG ................................................19  

    FIGURA 6  –  R ELAÇÕES Q-K, Q-S E S-K  DE ACORDO COM O MODELO DE U NDERWOOD ..............................................21  

    Índice de Quadros

    QUADRO 1 - VALORES USUAIS PARA AS CONSTANTES K  E D ........................................................ ................................. 4 

    QUADRO 2  –  EXEMPLO DE CÁLCULO DO DÉBITO ........................................................ .................................................... 5 

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    1  CORRENTES DE TRÁFEGO

    1.1  INTRODUÇÃO

    Os fluxos de tráfego são constituídos pelos condutores e pelos veículos interactuando de forma

    diferenciada entre si assim como com outros elementos da via e do ambiente em redor.

    Os veículos ao longo de um fluxo de tráfego não se comportam de forma uniforme uma vez que a

    habilidade para a prática da condução e as diversas formas como os condutores reagem a estímulos

    exteriores assim não o permitem. Até mesmo dois fluxos de tráfego similares, em circunstâncias

    idênticas, não terão o mesmo comportamento pois a reacção dos condutores irá variar de acordo com as

    características locais e os hábitos de condução.

    Por esse motivo lidar com o tráfego é diferente de lidar com qualquer outro fenómeno físico. Um dado

    caudal de água num determinado canal com características específicas terá um comportamento

    totalmente previsível de acordo com as leis da hidráulica e da teoria de fluidos. O mesmo já não

    acontecerá com um dado fluxo de tráfego circulando em ruas e estradas com características definidas,

     pois irão ter variações de acordo com a localização e o tempo. É este o desafio da engenharia de

    tráfego: planear e conceber para uma procura de tráfego média de difícil estimação, pois isso envolve

    não só a consideração de restrições físicas como também características comportamentais humanas

    complexas.

    Porém, há um leque de condutores relativamente vasto que se comporta de forma homogénea e

     portanto passível de considerá-lo para a caracterização de uma corrente de tráfego. Por exemplo, numa

    estrada concebida para velocidades de 90 km/h poder-se-á encontrar a circular nela um grande lote de

    veículos entre os 60 e os 110 km/h, mas relativamente poucos a circular a velocidades fora desse

    intervalo.

    Ao tentar descrever os fluxos de tráfego em termos quantitativos, os objectivos são perceber a

    variabilidade inerente às suas características e definir bandas de comportamento normais. Para isso é

    necessário definir e medir determinados parâmetros. Os engenheiros de tráfego farão a análise,

    avaliação e finalmente a implementação de melhorias nas infra-estruturas com base nesses parâmetros

    e no seu conhecimento acerca das bandas de comportamento normais.

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    1.2  PARÂMETROS DE CARACTERIZAÇÃO DE FLUXOS DE TRÁFEGO

    Os parâmetros caracterizadores dos fluxos de tráfego poderão ser classificados em duas grandes

    categorias: parâmetros macroscópicos caracterizando o fluxos de tráfego num todo e parâmetros

    microscópicos caracterizando os comportamentos individuais de cada um dos veículos face aos

    outros.

    Os parâmetros macroscópicos são:

    •  Volume de tráfego;

    •  Velocidade;

    •  Densidade.

    1.2.1  VOLUME DE TRÁFEGO

    Um volume de tráfego pode ser definido como o número de veículos que circulam num

    determinado ponto da via durante um intervalo de tempo. É geralmente expresso em veículos por

    unidade de tempo.

    •  Volumes diários e sua utilizaçãoÉ frequente utilizar-se como intervalo de tempo para a definição dos volumes o dia. São usados

    geralmente como base para o planeamento de novas estradas e observação das tendências de

    crescimento de tráfego. Entre estes volumes diários destacam-se dois:

    Tráfego médio diário anual (TMDA) – média dos volumes de tráfego medidos num determinado

    local nas 24 horas do dia e ao longo de 365 dias por ano, ou seja, é o número total de veículos

    que atravessou uma dada secção, dividido por 365;

    Tráfego médio diário (TMD) – média dos volumes de tráfego medidos num determinado local

    nas 24 horas do dia mas ao longo de um período inferior a um ano. Enquanto o TMDA é para um

    ano inteiro um TMD pode ser medido para seis meses, uma estação, um mês, uma semana ou até

     para dois dias. Um TMD é válido apenas para o período de tempo em que é medido.

    •  Volumes horários e sua utilização

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    Apesar dos volumes de tráfego diários serem importantes para o planeamento não são os únicos

    a ser utilizados no projecto de novas vias e também em termos operacionais.

    Os volumes de tráfego variam consideravelmente ao longo de um dia, geralmente com picos ao

    longo da manhã e da noite devidos à existência de grande número de viagens casa-trabalho. A

    hora do dia com maior volume de tráfego, normalmente definida como a  ponta horária, é de

    extrema importância para os engenheiros de tráfego.

    As estradas devem ser concebidas para servirem, adequadamente, os volumes horários de ponta

    (VHP) na direcção principal. Como o tráfego de manhã é geralmente mais intenso numa direcção

    e à noite na outra, as duas direcções devem ser consideradas aquando da elaboração do projecto

    da via.

    A maior parte das questões operacionais estejam elas relacionadas com a imposição de medidas

    de controlo de tráfego, segurança ou capacidade deverão considerar as condições de tráfego nos

     períodos de volume horário de ponta.

    Por vezes os volumes horários de ponta são estimados a partir de projecções de volumes diários

    recorrendo à seguinte relação:

    VHPd  = TMDA ×   K ×   D

    Onde: VHPd – Volume Horário de Ponta numa direcção (veíc./hora);

    TMDA – Tráfego Médio Diário Anual (veíc./dia);

    K – proporção do volume de tráfego na ponta horária em relação ao tráfego diário;

    D – proporção do volume de tráfego na direcção principal durante o VHP.

    A constante K  é normalmente representada pela proporção do volume de tráfego na 30ª ponta

    horária mais elevada do ano em relação ao respectivo TMDA.

    Tanto a constante K   como a  D  baseiam-se nas características regionais e locais. Em geral, K  

    decresce à medida que o desenvolvimento urbano da envolvente vai crescendo. Nas áreas

    densamente urbanizadas poderão ocorrer fenómenos de insuficiência de capacidade fora dashoras de ponta dado que a procura se encontra mais dispersa ao longo do dia do que em zonas

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    menos densas. Por seu lado  D é mais variável pois depende da densidade e da relação que essa

    infra-estrutura tem com os principais geradores de tráfego.

    QUADRO 1 - VALORES USUAIS PARA AS CONSTANTES K  E D

    Tipo de via K D

    Rural 0.15-0.25 0.65-0.80

    Suburbana 0.12-0.15 0.55-0.65

    Urbana:

    Via radial 0.07-0.12 0.55-0.60

    Via circular 0.07-0.12 0.50-0.55

    Consideremos então uma estrada rural na qual se estima venham a circular daqui a 20 anos30 000 veíc./dia. Para este tipo de via e região em questão é sabido que o volume de tráfego na

    hora de ponta é de aproximadamente 20% do TMDA e que, segundo a direcção principal de

    maior intensidade de tráfego, circulam 70% do volume total de tráfego. Assim:

    VHPd  = 30 000 ×   0.20 ×   0.70 = 4 200 veíc./hora.

    Porém, esta estimativa parte do pressuposto que a essas duas constantes não se irão alterar aolongo do tempo. Caso exista ou esteja previsto no futuro um surto de desenvolvimento na região

    então essas constantes deverão ser alteradas e com base no anterior quadro, o cálculo mais

    apropriado talvez seja:

    VHPd  = 30 000 ×   0.15 ×   0.60 = 2 700 veíc./hora.

    Através deste simples exemplo onde pode-se verificar como é difícil fazer uma projecção da procura de tráfego futura com precisão. Não é só o volume de tráfego que varia mas também as

    características dessa variação que são passíveis de se alterar. As projecções de tráfego credíveis

    requerem a identificação precisa de relações causais que permaneçam estáveis ao longo do

    tempo. Como é natural essas relações são difíceis de identificar no meio da complexidade das

    observações dos comportamentos dos viajantes.

    •  Volumes sub-horários e débitos

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    Enquanto os volumes são a base de inúmeras formas de análise de tráfego, as variações em cada

    hora são também muito importantes. A via poderá ter capacidade para responder à procura nas

    horas de ponta mas durante pequenos instantes esta poderá ser superior à capacidade dando

    origem a congestionamentos.

    Os volumes observados em períodos inferiores a uma hora são definidos como os débitos. Por

    exemplo, poder-se-á dizer uma via tem um débito de 4 000 veíc/hora caso sejam observados

    nela, em 15 minutos, 1 000 veículos.

    Mas caso o tráfego fosse contabilizado durante uma hora inteira o volume não seria 4 000

    veíc./hora. O seguinte quadro ilustra esse caso:

    QUADRO 2  –  EXEMPLO DE CÁLCULO DO DÉBITO 

    Intervalo de tempo Volume de tráfego nesse intervalo

    (veíc.)

    Débito nesse intervalo

    (veíc./hora)

    17:00 – 17:15 1 000 4 000

    17:15 - 17:30 1 100 4 400

    17:30 – 17:45 1 200 4 800

    17:45 - 18:00 900 3 60017:00 - 18:00 4 200 veíc./hora = Volume Horário

    Estas flutuações poderão ser muito importantes em termos operacionais. Neste caso concreto, se

    se considerar que a infra-estrutura apresentada no exemplo anterior tinha uma capacidade

    máxima de 4 200 veíc./hora, a procura iria exceder a capacidade no intervalo entre as 17:30 - 17:45

    criando uma situação de congestionamento. O processo de resolução de um congestionamento é

    complexo estendendo-se geralmente por um período superior a ele próprio. Por esse motivo, para

    muitas análises de tráfego, é necessário considerar um débito máximo numa hora de ponta.

    Mas então qual é o intervalo de tempo que deverá ser utilizado nas análises de tráfego? Não

    existe uma resposta inequívoca mas o Highway Capacity Manual – HCM sugere que se utilizem

    intervalos de 15 minutos por razões de estabilidade estatística. A variação de débitos em

    intervalos mais pequenos é demasiado instável e consequentemente as relações com outras

    grandezas tornam-se difíceis de estabelecer com grau mínimo de confiança.

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    A relação entre um volume horário e o débito máximo numa hora é definida por Factor Horário

    de Ponta – FHP e pode ser expresso da seguinte forma:

    maximo Débito

     HorarioVolumeFHP =  

    Para períodos de 15 minutos a expressão toma a seguinte forma:

    V 15

    V FHP =  

    onde: V – Volume horário (veíc./hora);

    V15 – Volume máximo em 15 minutos durante uma hora (veíc.).

    Quando se sabe o valor do FHP  este pode ser utilizado para converter o VHP num débito

    máximo estimado para uma hora:

    FHP

    V v =  

    onde: v – Débito numa hora (veíc./hora);

    V – Volume horário máximo numa hora (veíc./hora);

    FHP – Factor horário de ponta.

    1.2.2  VELOCIDADE

    Velocidade pode ser definida como “rate of motion” em distância por unidade de tempo. É o

    inverso do tempo que um veículo demora a percorrer uma dada distância.

     Num dado fluxo de tráfego, cada veículo viaja a uma determinada velocidade o que implica que

    não haverá uma só velocidade homogénea mas sim uma distribuição de velocidades individuais

    de cada veículo. Dessa distribuição discreta de velocidades recorre-se então à média para

    caracterizar o fluxo como um todo.

    A média das velocidades poderá ser vista sob dois pontos de vista fornecendo dois valores com

    explicações físicas diferentes:

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    Velocidade média no tempo  definida como a velocidade média de todos os veículos que

    atravessam um ponto da via em determinado período;

    Velocidade média no espaço definida como a velocidade média de todos os veículos que ocupam

    uma secção da via em determinado período.

    A velocidade média no tempo é essencialmente uma medida pontual enquanto a velocidade

    média no espaço é uma grandeza que tem em conta uma extensão da via.

    A figura seguinte ilustra a diferença entre ambas:

    FIGURA 1  –  VELOCIDADE MÉDIA NO ESPAÇO E NO TEMPO 

    25 m 25 m

    V = 50 km/h

    V = 100 km/h

     

     Na pista 1 os veículos estão espaçados de 25 m e viajam a 15 m/s (≈ 50 km/h). Nessa mesma pista cada

    veículo atravessa um determinado ponto em cada 25/15 = 1.6(6) s. Na pista 2 os veículos estão

    espaçados de 50 m e viajam a 30 m/s (≈  110 km/h). Assim, os veículos dessa pista atravessam

    determinado ponto em cada 50/30 = 1.6(6) s. Desse modo, um observador pode em qualquer ponto

    dessa secção observar o mesmo número de veículos a circular nas pistas 1 e 2 e obterá para velocidade

    média no tempo:

    km/hm/s.2

    30+15 =temponoVel.Media 80522   ≈=  

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     pois existirão, num dado instante, dois veículos a circular a 50 e a 100 km/h.

    Para se obter a velocidade média no espaço é necessário considerar um segmento dessa infra-estrutura.

    A pista 1 da mesma figura contém o dobro dos veículos da pista 2. Isso será verdade durante qualquer

     período de tempo dado a uniformidade da corrente de tráfego. Assim, a velocidade média no espaço

    inclui um número de veículos a circular a 50 km/h duplo do número de veículos a circular a 100 km/h.

    Desse modo a velocidade média no espaço é de:

    km/hm/s3

    30+152 =espaçonoVel.Media 7020   ≈=

    × 

    Em resumo:

    n

     =tempono MédiaVel.t i∑  

    ∑∑=

    t t  ii

    nd 

    n

    d  =espaçono MédiaVel.  

    onde: d – distância atravessada (km);

    n – número de observações;

    ti – tempo de viagem do veículo i (h).

    1.2.3  DENSIDADE

    Densidade é a terceira grandeza a ter em conta no estudo de fluxos de tráfego e pode ser definida como

    o número de veículos ocupando uma determinada extensão da via.

    A densidade é de difícil quantificação mas poderá obtida a partir da velocidade e do volume segundo a

    relação:

    K S q   ×=  

    onde: q – débito (veíc/hora);

    S – velocidade média no espaço (km/h);

    K – densidade (veíc./km).

    A densidade é talvez o parâmetro mais importante dos três pois é o que se relaciona mais com a

     procura de tráfego. O tráfego tem origem em vários tipos de uso do solo, gerando cada um deles um

    determinado número de viagens. Essas viagens irão produzir uma densidade de tráfego que por seu

    turno irá produzir um débito e uma velocidade. Por outro lado, a densidade é uma grandeza importante

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     para medir a qualidade do escoamento de tráfego, na medida em que quantifica a proximidade entre

    veículos, factor esse que influencia a liberdade de movimentos e o conforto psicológico dos

    condutores.

    A seguinte figura ilustra de forma clara as relações entre estas grandezas. A calibração exacta destas

    relações depende das condições da zona em estudo da altura do dia em que essa medição é feita, etc..

    FIGURA 2  –  R ELAÇÕES ENTRE AS GRANDEZAS VOLUME, VELOCIDADE E DENSIDADE 

    De salientar que um fluxo zero ocorre em duas situações:

    −  Quando não existem veículos na estrada e a densidade é zero e não se observam veículos a atravessar

    um determinado ponto. Teoricamente, a velocidade assume assim o valor máximo a que um veículo

     pode circular em condições de segurança nessa via;

    DENSIDADE

    VOLUME 

    VELOCIDADE 

    DENSIDADE 

    DENSIDADE CRITICA 

    DENSIDADE EMCONGESTIONAMENTO

    DENSIDADE CRITICA 

    CAPACIDADE 

    S 1 A  B

    VELOCIDADE

    VOLUME

    VELOCIDADE CRITICA 

    B A 

    A

    VELOCIDADECRITICA

    NOTA: VOLUME V1 OCORRE EMDUAS SITUAÇÕES DISTINTAS DEFLUXO, ILUSTRADAS COMO A E B.

    FLUXO INSTÁVEL

    FLUXO ESTÁVEL

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    gráfico q-k, o que mostra que os valores de fluxo e densidade (por exemplo) deverão ser recolhidos

    simultaneamente.

     No entanto poder-se-á medir apenas o valor de uma das grandezas e a partir dele determinar as outras

    duas, se se souber estar perante condições de escoamento estável.

    O método do observador móvel tem por objectivo recolher os dados necessários à definição das

    variáveis que quantificam uma corrente de tráfego. Envolve um observador que recolhe estes dados

    enquanto se move em relação à corrente de tráfego que está a ser caracterizada. Como simplificação

    vão considerar-se primeiro duas situações simplificadas (que servem apenas para melhor explicar o

    método):

    i.  observador parado em relação à corrente de tráfego

    Se N0 veículos ultrapassam o observador durante o período T, o fluxo observado é então igual a:

    q N 

    T  N q T = = ×0

    0  ou EQ. 1

    ii. observador em movimento, corrente de tráfego parada

    Deslocando-se uma distância L, o observador iria ultrapassar um número de veículos Np, a densidade

    na corrente seria assim igual a:

    obsobsP T S K  L

     N K    ××== P Nou EQ. 2

    Sobs - velocidade do observador

    Tobs - período de observação

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    FIGURA 3 -MÉTODO DO OBSERVADOR MÓVEL 

    FONTE: PAPACOSTAS, C.S. - FUNDAMENTALS OF TRANSPORTATION E NGINEERING 

    Consideraremos agora que o observador está em movimento dentro da corrente de tráfego, com esta

    também em movimento. Neste caso alguns veículos Mo  ultrapassarão o observador, enquanto que

    alguns outros, Mp, serão ultrapassados. Estes dois valores dependerão da velocidade relativa entre o

    veículo de teste e o resto da corrente de tráfego, se o observador viajar a uma velocidade superior à

    média então Mp > Mo e vice-versa. Este caso é o efeito combinado dos dois casos mais simples atrás

    descritos.

    Considerando a diferença entre as duas contagens como M, temos:

    obsobsobs

     po T S K T q M  M  M    ××−×=−=   EQ. 3

    Dividindo ambos os termos por Tobs, obtém-se:

    obs

    obsS K q

    T  M  ×−=   EQ. 4

    Sendo esta a equação básica deste método, relacionando as variáveis da corrente de tráfego q e k com

    as contagens M, Tobs  e Sobs  que podem ser obtidas pelo observador. Para resolver esta equação de

    forma a obter as duas variáveis independentes (q e k) é necessária outra equação independente, assim é

    feita um segundo teste a velocidade diferente de forma a assegurar a independência das variáveis.

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     Normalmente este teste é executado no sentido do tráfego (o veículo teste desloca-se no sentido da

    corrente de tráfego - with traffic ) e contra o tráfego (o veículo de teste desloca-se contra a corrente de

    tráfego - against traffic).

    Em ambos os testes são registados Mo e Mp, na corrente de tráfego em estudo. Quando o teste está a

    ser executado contra a corrente de tráfego, o observador apenas será ‘ultrapassado’ pois irá com

    velocidade ‘negativa’. Assim, neste caso M será igual ao número de veículos que passam na direcção

    que estamos a estudar (Sul-Norte).

    Substituindo as contagens feitas durante os dois testes temos:

    obs

    wobs

    w

    w S K q

     M ×−=   EQ. 5

    obs

    aobs

    a

    a S K qT 

     M ×+=   EQ. 6

    O sinal (+) na equação 6 reflecte o facto de o veículo teste se deslocar contra a corrente de tráfego

    (velocidade negativa).

    A partir destas duas equações é possível obter uma terceira:

    q M M 

    T T 

    w a

    w

    obs

    a

    obs=

      ++

      EQ. 7

    As unidades do fluxo resultam em veículos por unidade de tempo, que é compatível com a definição de

    corrente de tráfego. Poderá no entanto surgir a questão de se  será este o fluxo pretendido. Se

    recordarmos de que o fluxo representa o número de passagens num determinado ponto, a resposta a

    esta questão será afirmativa se esse ponto existir no comprimento L, tal que o fluxo medido nesse

     ponto durante o tempo total de observação (Tobsw + Tobs

    a) seja igual ao fluxo obtido através da equação

    7.

    Vamos a seguir demonstrar que esse ponto existe e que corresponde ao ponto A da Figura 3 :

    Supondo que o veículo teste parte quando T=0 contra o tráfego, e no mesmo instante um observador

    independente localizado no ponto A começa a contar os veículos que passam continuando até que o

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    observador localizado no veículo de teste percorra o percurso L e volte novamente até ao ponto (A)

    onde ele se encontra.

    Se considerarmos que o veículo de teste ao atingir o final do percurso contra a corrente de tráfego,

    inverte a sua marcha instantaneamente e recomeça o teste integrado na corrente de tráfego, o ponto A 

    será atingido quando T = Tobsw + Tobs

    a . O número de veículos contados pelo observador independente

    será igual ao número de veículos Mo (que ultrapassaram o veículo teste) menos todos aqueles veículos

    que veículo teste ultrapassou, Mp.

    Para calcular a velocidade média no espaço, S, a equação 5 pode ser escrita da seguinte forma:

    ⎟⎟

     ⎠

     ⎞⎜⎜

    ⎝ 

    ⎛ ×⎟

     ⎠

     ⎞⎜

    ⎝ 

    ⎛ −=obs

    w

    obs

    w

    w

     L

    qq

     M   EQ. 8

    −S 

     Ltempo que veículo médio demora a percorrer o comprimento L

    Assim a partir da equação anterior pode escrever-se uma nova equação:

    T T  M 

    qw

    obs w= −   EQ. 9

    Tobsw - tempo que o veículo de teste demorou a percorrer o comprimento L

    Mw - contagem do teste feito no sentido da corrente de tráfego

    q - resultado da equação 7

    T - tempo que o veículo médio demora a percorrer o percurso L

    A última equação relaciona o tempo que o veículo de teste demorou (Tobsw) com o tempo do veículo

    médio (T). Se o veículo de teste se deslocar a uma velocidade superior à média então o número de

    veículos ultrapassados (Mp) será maior que o número de veículos que o ultrapassaram (Mo) o que

    levará a que M apresente um valor negativo, consequentemente o tempo médio (T) será maior que o

    tempo gasto pelo veículo teste (Tobsw), se pelo contrário a velocidade do veículo teste for inferior à

    média então logicamente o tempo que gastará será superior à do veículo médio da corrente de tráfego.

    Finalmente, a velocidade média no espaço da corrente de tráfego é obtida a partir da seguinte equação:

     LS  =   EQ. 10

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    Gestão de Tráfego Rodoviário – Instituto Superior Técnico / Fevereiro, 05 15/26

    De forma a assegurar a fiabilidade estatística dos dados recolhidos, as contagens devem ser executadas

    várias vezes (5 a 6 vezes em cada sentido) sendo então os valores médios utilizados nos cálculos finais.

    1.4  MODELOS DE CORRENTES DE TRÁFEGO

    1.4.1  INTRODUÇÃO

    Embora já tenham sido publicadas diversas teorias e análises relativas às relações entre as grandezas

    que caracterizam as correntes de tráfego, não existem formulações conclusivas nesta matéria. De facto

    a circulação rodoviária é um processo estocástico, com variações aleatórias nas características dos

    veículos, dos seus condutores e das suas interacções, e portanto de difícil modelação.

    Desta forma, pretende-se aqui apresentar alguns dos modelos empíricos de correntes de tráfego,

    avançados por diversos autores. A relação mais simples para basear esta apresentação é a Velocidade –

    Densidade (S-K), por apresentar um andamento monótono.

    Os modelos foram construídos tendo por objectivo a maximização do ajustamento a observações

    realizadas, satisfazendo, se possível, as seguintes restrições:

      Fluxo é nulo quando a Densidade é nula;

      Fluxo é nulo quando a Densidade é máxima (K  j);

      Velocidade livre (Sf ) ocorre quando a Densidade é nula;

      Curva Fluxo – Densidade é convexa, i.e., existe um ponto de Fluxo máximo (Qm).

    1.4.2  MODELO DE GREENSHIELD (1935)

    Greenshields propõe a relação mais simples que pode ser encontrada entre a Velocidade e a Densidade:

    a relação linear.

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    FIGURA 4  –  R ELAÇÕES Q-K, Q-S E S-K  DE ACORDO COM O MODELO DE GREENSHIELDS 

    0 K

    Q

    Qm 

    Km

    0 K

    S

    Sf  

    Km 0 Q

    U

    Qm

    Sm  Sm

    Sf 

    α β 

    γ 

    1 1’

    tg(α) = Sf

    tg(β) = S(1) 

    tg(γ) = Sm

    K j

    K j  

    Deste modo a relação S-K é escrita da seguinte forma:

    K baS    ⋅+=  

    De acordo com a 3ª restrição atrás enunciada, resulta:

    aS baS   f  f    =⇔⋅+= 0  

    Como resultado da 2ª restrição ainda vem que a Velocidade é nula quando a densidade é máxima, pelo

    que:

     j

     f 

     j j

    S b

    b

    aK K ba   −=⇔−=⇔⋅+=0  

    A relação S-K será então dada, de acordo com Greenshields, por:

    S S 

    K K K ouK 

    S S S 

     f 

     j

     j

     j

     f 

     f    ⋅−=⋅−=  

    Da relação fundamental das correntes de tráfego obtêm-se as restantes relações:

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    Gestão de Tráfego Rodoviário – Instituto Superior Técnico / Fevereiro, 05 17/26

    ⎪⎪

    ⎪⎪

    ⋅−⋅=

    ⋅−⋅=

    ⇔⋅=2

    2

    S S 

    K S K Q

    K K 

    S K S Q

    K S Q

     f 

     j

     j

     j

     f 

     f 

     

    Usando as equações deduzidas, é possível determinar a Capacidade da via (Qm), a Velocidade (Sm) e a

    Densidade (K m) para a qual se atinge essa Capacidade, bastando para tal igual encontrar o máximo de

    uma das relações Q-S ou Q-K.

    2020  jmm

     j

     f 

     f 

    K K K 

    S S 

    dK 

    dQ=⇔=⋅⋅−⇔=  

    De que resulta:

    22 f 

    m

     j

     j

     f 

     f mm

     j

     f 

     f m

    S S 

    S S S K 

    S S S    =⇔⋅−=⇔⋅−=  

    Finalmente obtém-se a Capacidade por utilização da expressão fundamental das correntes de tráfego:

    4 j f 

    mmmm

    K S QK S Q

    ⋅=⇔⋅=  

    Exemplo:

     Numa determinada via foram realizadas, por um qualquer método, observações de tráfego em cinco

     períodos distintos, tendo-se chegado aos seguintes resultados médios:

    Período 1 2 3 4 5

    S 18,4 45,0 50,1 63,7 63,8 km/h

    K 78,4 43,9 25,1 22,9 24,8 v/km

    A relação entre a Velocidade e a Densidade, dada pelo o modelo de Greenshields, poderá ser obtida por

    regressão linear, resultando:

    S = 77,7 – 0,756 ×   K , com r 2 = -0,965 

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    As restantes relações poderão ser obtidas por utilização da expressão fundamental das correntes de

    tráfego:

    ⎪⎩

    ⎪⎨⎧

    ×−×=

    ×−×=⇔⋅=

    2

    2

    32,17,102

    756,07,77

    S S Q

    K K QK S Q  

    Das expressões anteriores obtêm-se os valores da velocidade máxima (livre) e da densidade em

    congestionamento:

    kmvK K 

    hkmS S 

     j j

     f  f 

    /7,102756,07,770

    /7,770756,07,77

    =⇔×−=

    =⇔×−=

     

    Finalmente, restam calcular a capacidade da via (Qm), a velocidade (Sm) e a densidade (K m) para as

    quais ocorre essa capacidade:

    kmvK 

    hkmS 

    hvK S 

    Q

     j

    m

     f 

    m

     j f 

    m

    /4,512

    7,102

    2

    /9,382

    7,77

    2

    /19964

    7,1027,77

    4

    ===

    ===

    =⋅

    =

     

    1.4.3  MODELO DE GREENBERG (1959)

    Outros autores observaram que a relação S-K não tinha um comportamento totalmente linear, mas

    apresentava uma ligeira concavidade. Uma sugestão levando isso em consideração, foi dada por

    Greenberg na sua formulação logarítmica:

    K baS    ⋅⋅= ln  

    Greenberg desenvolveu o seu modelo recorrendo a medições das grandezas Velocidade, Densidade e

    Fluxo, e fazendo uma analogia entre as correntes de tráfego e o escoamento de fluidos. De realçar no

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    Gestão de Tráfego Rodoviário – Instituto Superior Técnico / Fevereiro, 05 19/26

    entanto que o fluxo de tráfego não é uma fenómeno cientifico, pois depende largamente em variações

    no comportamento dos condutores.

    FIGURA 5  –  R ELAÇÕES Q-K, Q-S E S-K  DE ACORDO COM O MODELO DE GREENBERG 

    0 K

    Q

    Qm 

    Km 

    0 K

    S

    Km  0 Q

    S

    Qm

    Sm  Sm

    K j

    K j  

    O modelo de Greenberg apresenta melhor ajustamento aos dados reais, quando comparado com o de

    Greenshields, no entanto viola uma das restrição anteriormente indicadas, visto que a Densidade nula

    só pode ser atingida a uma Velocidade infinita. Isso mesmo é ilustrado na figura seguinte.

    Seguindo o raciocínio utilizado no ponto anterior, podemos determinar a Densidade máxima, igualando

    a zero a expressão que relaciona a Velocidade e a Densidade:

    bK K bK ba  j j j

    11ln0   =⇔=⋅⇔⋅⋅=  

    Podendo-se então escrever:

    a

     j

     j

    eK K ouK 

    K aS    ⋅=⋅= ln  

    As relações Q-S e Q-K resultam:

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    Gestão de Tráfego Rodoviário – Instituto Superior Técnico / Fevereiro, 05 20/26

    ⎪⎪⎩

    ⎪⎪⎨

    ⋅⋅=

    ⋅⋅=⇔⋅=

    a

     j

     j

    eK S Q

    K aK Q

    K S Q

    ln

     

    Pegando na segunda relação, podemos determinar a Velocidade para a qual ocorre a Capacidade:

    aS a

    K S K e

    a

    K S eK 

    dS 

    dQm

     j

    m ja

    S  j

    ma

     j

    mm

    −=⇔=⋅+⇔=⋅⋅+⋅⇔= 000  

    Obtêm-se finalmente as relações pretendidas:

    m

    m

     j

     j

    m

     j

     j

    m

    eK S Q

    K S K Q

    eK K ouK 

    K S S 

    ⋅⋅=

    ⋅⋅=

    ⋅=⋅=

    ln

    ln

     

    A Capacidade e a respectiva Densidade podem então ser encontradas utilizando as expressões

    anteriores:

    e

    K S QeK S Q

    e

    K K eK K 

     jm

    m

     jmm

     j

    m

     jm

    m

    m

    m

    m

    ⋅=⇔⋅⋅=

    =⇔⋅=

     

    1.4.4  MODELO DE UNDERWOOD (1961)

    Outra sugestão partiu de Underwood, que propõe uma relação exponencial negativa entre a Velocidade

    e a Densidade:

    K beaS   ⋅−⋅=  

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    Gestão de Tráfego Rodoviário – Instituto Superior Técnico / Fevereiro, 05 22/26

    EXERCÍCIO 1.1: Um ciclista, praticando todos os dias, a diferentes horas, inclui no seu trajecto um

     percurso de 1Km ao longo de uma pista para bicicletas, paralela a uma via rodoviária, tal como se pode

    ver na figura seguinte.

    Dado que anda a estudar engenharia de tráfego, tem por hábito contar o número de carros que encontra

    quando se dirige para Sul (Ms), o número de carros que o ultrapassam quando se dirige para Norte (Mo)

    e também o número de carros que ele ultrapassa quando se dirige para Norte (M p). Na tabela seguinte

    são apresentadas as contagens médias que ele obteve para cada período do dia.

    Altura do dia Ms  Mo  Mp 

    8.00 - 9.00 107 10 74

    9.00 - 10.00 113 25 41

    10.00 - 11.00 30 15 5

    11.00 - 12.00 79 18 9

    Considerando que o ciclista se desloca a 40 Km/h, calcule:

    i.  As características do tráfego para cada período (k, S e q)

    ii.  Calibre o modelo S = a + b * K 

    iii.  Estime a capacidade da via

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    Gestão de Tráfego Rodoviário – Instituto Superior Técnico / Fevereiro, 05 23/26

    EXERCÍCIO 1.2:

    Comprimento do percurso L = 1080 m

    Corrida w/a Tobsw  Tobs

    a  na  ns  nf  

    1 w 2:35 78 3 1

    1 a 2:15 116 0 1

    2 w 2:45 90 1 0

    2 a 1:55 98 2 0

    3 w 2:38 85 3 1

    3 a 2:03 105 2 3

    4 w 2:30 90 1 0

    4 a 2:09 107 1 1

    5 w 2:40 93 0 2

    5 a 2:02 103 1 1

    na - veículos no sentido contrário

    ns - veículos que ultrapassamos (s de slow)

    nf  - veículos que nos ultrapassaram (f de fast )

    Determine S, T e q em ambos os sentidos.

    EXERCÍCIO 1.3:

    O modelo de Greenshields aplicado a uma corrente de tráfego conduziu a:

    S = 60 – 0,420 K

    Determine:

    a)  A Capacidade.

     b)  A Velocidade e Densidade na capacidade.

    EXERCÍCIO 1.4 :A partir de observações realizadas num cruzamento regulado por sinais luminosos foram obtidos os

    seguintes valores:

      Espaçamento médio entre veículos na fila de espera até à abertura do sinal verde = 7 m;

      Débito de chegadas = 500 v/h;

      Débito de saturação = 1700 v/h;

      Duração do tempo de vermelho = 30 seg.

    Admitindo ser aplicável o modelo de Greenshields, determine a Velocidade média dos veículos durante

    a aproximação ao cruzamento e não tendo ainda sofrido a influência deste.

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    Gestão de Tráfego Rodoviário – Instituto Superior Técnico / Fevereiro, 05 24/26

    EXERCÍCIO 1.5:

    Admitindo que os condutores de uma determinada via seguem a regra de deixarem um espaçamento

     para o veículo da frente igual ao comprimento de um veículo por cada incremento na velocidade de 15

    km/h. Considerando um comprimento médio dos veículos igual a 5 m, deduza as equações e trace os

    gráficos das relações S-K, Q-S e Q-K. 

    EXERCÍCIO 1.6 :

    Uma dada via foi observada durante 2 períodos distintos, numa extensão de 1 km. Durante o primeiro

     período registou-se que 4 veículos percorreram essa extensão em 52, 56, 63 e 69 segundos, numa altura

    em que se observou um fluxo de 1500 v/h. No 2º período foram registados os tempos que outros 4

    veículos levaram a percorrer a mesma extensão: 70, 74, 77 e 79 seg., tendo-se registado um fluxo de

    1920 v/h.

    Aplicando o modelo de Greenshields, determine a estimativa possível de Qm, Sf  e K  j.

    EXERCÍCIO 1.7: 

    A relação S-K numa via foi estabelecida como sendo:

     ⎠

     ⎞⎜

    ⎝ 

    ⎛ ⋅=K 

    S 138

    ln1,29  

    a)  Determine Qm, Sm e K m.

     b)  Determine a Densidade em congestionamento.

    EXERCÍCIO 1.8 : 

    Sabendo que, numa determinada via, K  j = 100 v/h e que K = 25 v/h quando S = 60 km/h, determine a

    capacidade da via em causa usando o modelo de Greenberg.

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    Bibliografia:

    •  Transportation Research Board - Highway Capacity Manual - 1985

    •  Papacostas, C. S: - Fundamentals of Transportation Engineering - (1987)

    •  Institute of Transportation Engineers - Traffic Enginnering Handbook - (1992)

    •  C. Jotin Khisty, B. Kent Lall – Transportation Engineering, An Introduction - (1998)

    •  CA O’Flaherty- Transport Planning and Traffic Engineering- (1997)

    •  Paul H. Wright, Norman J. Ashford- Transportation Engineering- (1992)