Domingo – 05/07/2015 – PIB CatalãoAtos 6:1-7 – Onde estão nossas viúvas?

Atos 6:1-7 (FIEL) – Na Igreja, todos temos oportunidades para servir. “Onde estão nossas viúvas?”

1 Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.2 E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável/Certo que nós deixemos/negligenciarmos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.3 Escolhei, pois, irmãos, dentre vós/entre vocês, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio/tarefa.4 Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.5 E este parecer contentou/agradou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;6 E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.7 E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.

Introdução...

A igreja cresce...

Discípulos:

No verso 01, a palavra discípulos aparece aqui pela primeira vez no livro de Atos.

Ela significa, literalmente, "aprendizes".

É usada nos Evangelhos para referir-se aos seguidores de João Batista (e.g., Mt 9.14), dos fariseus (e.g., Mc 2.18), de Moisés (Jo 9.28) e de Jesus (e.g., Lc 6.17).

No livro de Atos (vinte e oito vezes), normalmente refere-se aos cristãos em geral.

Em Atos também eles são chamados "santos" (9.13), "irmãos" (1.15, em algumas versões; 9.30), "nazarenos" (24.5).

Mas discípulos é "talvez a palavra mais característica dos cristãos no livro de Atos".

Ajudar os pobres. (Barclay)

Na sinagoga havia um costume estabelecido.

Havia funcionários conhecidos como caritativos.

Dois caritativos percorriam o mercado e as casas particulares todas as sextas-feiras pela manhã fazendo uma coleta em dinheiro para os necessitados.

As coletas eram distribuídas na própria sexta-feira.

Os que necessitavam ajuda temporariamente recebiam o suficiente para aquele dia;

Os que estavam permanentemente incapacitados para sustentar-se a si mesmos recebiam o suficiente para quatorze refeições, ou seja duas por dia para a semana seguinte.

O fundo do qual se fazia esta distribuição se chamava Kuppah ou Cesta.

Além disto se fazia diariamente uma coleta de casa em casa para os que estavam passando necessidades constantes.

Isto se chamava Tamhui ou Bandeja.

=> É evidente que a Igreja cristã seguiu este costume sabiamente.

Mas quanto mais membros uma igreja tem, mais problemas em potencial ela apresentará.

Se a igreja cresce, o diabo também aparece.

Tendo fracassado na tentativa de vencer a igreja através da perseguição e da corrupção, o diabo agora tenta a distração.

Se o diabo conseguisse preocupar os apóstolos com a administração social, que, apesar de essencial, não fazia parte do chamado deles, negligenciariam as responsabilidades de orar e pregar, dadas por Deus, deixando assim a igreja sem defesa contra as falsas doutrinas.

Surgem então “gente que murmura”, é evidente que os membros da igreja de Jerusalém estavam murmurando contra os apóstolos, que recebiam o dinheiro das contribuições.

O som da palavra grega murmuração sugere o zumbir das abelhas. Um tumulto no meio da comunidade cristã estava colocando em risco a comunhão da igreja. A comunhão, que fora atacada pela hipocrisia de Ananias e Safira, estava novamente sendo ameaçada pela injustiça.

Mas tal murmuração não é adequada para um cristão.

Mais uma vez vemos cristãos caindo de novo nas artimanhas de Satanás.

JUDEUS HELENISTAS E GREGOS.

Qual a identidade exata desses dois grupos?

Normalmente, supõe-se que o fator que diferenciava um grupo do outro era uma mistura de geografia e língua.

Ou seja, os hellenistas vinham da dispersão, tinham se estabelecido na Palestina e falavam grego, enquanto que os hebraicos eram nativos da Palestina e falavam o aramaico.

Mas essa explicação é inadequada.

Já que Paulo se chamou de hebraico, apesar de ter vindo de Tarso e falar grego, a distinção deve estar na cultura, e não apenas na origem e língua.

Nesse caso, os hellenistas não só falavam o grego, mas pensavam e agiam como gregos, enquanto que os hebraicos não só falavam aramaico, mas estavam profundamente imersos na cultura hebraica.

Mas também surge “gente que trabalha”.

3 Escolhei, pois, irmãos, dentre vós/entre vocês, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio/tarefa.4 Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.

A palavra grega para ministério (DIAKONIA) é traduzida como "socorro" em Atos 11.29. Esta TRADUÇÃO TAMBEM é, evidentemente, a idéia aqui.

"SERVIR" é o verbo diakoneo.

O substantivo cognato diakonia é traduzido como "ministério" no versículo 1.

Provavelmente, AINDA não havia um cargo técnico como o dos diáconos neste estágio primitivo da igreja.

"SERVIR ÀS MESAS"

Normalmente é interpretado como servir comida.

Mas a palavra trapeza era usada para as mesas dos cambistas (e.g., Mt 21.12). Em Atenas, hoje, pode-se ver uma Trapeza em cada banco. Também trapezeites (somente em Mt 25.27) significa "banqueiro", ou "cambista". Lumby comenta aqui: "Servir às mesas significa dirigir a mesa ou o balcão onde o dinheiro era distribuído".

É possível que a frase fosse interpretada com o sentido mais amplo de administrar os assuntos financeiros da igreja, da qual uma parte importante era a provisão de comida para os necessitados.

Os apóstolos não deveriam negligenciar o chamado que Deus tinha para eles.

o verbo forte traduzido como deixemos (ou "abandonemos") implica que todo o tempo dos doze estava sendo tomado por estes cuidados com as necessidades temporais dos irmãos.

Também tinha muita gente que poderia trabalhar.

O curso da ação que os apóstolos prescreviam era sábio. Uma divisão de trabalho era a única solução satisfatória.

Sete bons homens leigos seriam indicados para cuidar dos assuntos materiais da congregação enquanto os apóstolos perseverariam na oração e no ministério da palavra (4).

A Solução encontrada:

Os doze não impuseram uma solução à igreja;

Mas convocaram a comunidade dos discípulos e compartilharam o problema com eles.

Não há aqui nenhuma sugestão de que os apóstolos considerassem a obra social inferior à obra pastoral, ou de que a achassem pouco digna para eles.

Era apenas uma questão de chamado.

Eles não podiam ser desviados de sua tarefa prioritária.

Oração e Pregação eram o chamado dos apóstolos.

Mas outros também deveriam ser chamados para ajudar na igreja.

“Para que o fruto da pregação e oração cresça, é necessário cuidado, feito pelos outros trabalhadores”.

Aplicação:

a) Você crê que Jesus é o seu Senhor e seu Salvador?

b) Então você faz parte do corpo de Cristo, que é a Igreja.

c) Se fazemos parte desse corpo (Quem ama a Cristo também tem que Amar o Corpo de Cristo – A Igreja, pois Cristo morreu por ela) devemos servir.

d) A Palavra diakonia é um termo geral para serviço; ele não é específico, a não ser que receba um adjetivo como "pastoral", "social", "político", "médico" ou outro.

e) Todos os cristãos, sem exceção, sendo seguidores daquele que veio "não para ser servido, mas para servir", são chamados para ministrar, ou melhor, para darem suas vidas em ministério.

Nós estamos na igreja, se estamos, também somos capacitados.

Se a igreja cresce, as dificuldades também aparecerão.

Mas nós somos daqueles que murmuram ou daqueles que trabalham?

A Escolha

Se queremos ser daqueles que o Senhor Deus usa, precisamos observar antes o que diz o texto de Atos 6:3

“Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio”.

Devemos buscar capacitação e qualificação no Senhor.

A Salvação Deus concede, a qualificação depende da busca.

A FUNÇÃO EXIGIA PESSOAS DE CONFIANÇA.

a) A confiança é conquistada, não imposta.

b) Aquele que serve a Cristo de forma fiel, também servirá a igreja de forma fiel.

c) Mt 25: 21“E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”.

DEVIAM SER CHEIOS DO ESPÍRITO.

a) Mesmo as tarefas administrativas possuíam caráter espiritual, e a plenitude do Espírito era tão essencial para cuidar da distribuição dos alimentos quanto para a pregação da palavra.

b) A unidade dos cristãos, pela qual esses indivíduos deviam zelar, era um testemunho tão importante quanto o ensino em nome de Jesus.

c) O Senhor Espírito Santo é quem dá a unidade na igreja.

PRECISAVAM SER CHEIOS DE SABEDORIA.

a) Sabedoria para distinguir necessidades genuínas de meros desejos.

b) De acordo com o princípio da distribuição, não devia faltar nada a ninguém.

c) Mas isso também significava que ninguém devia receber mais que os outros.

d) Era preciso que os assistentes soubessem avaliar a quantidade exata de que cada pessoa precisava.

Conclusão...

a) Olhamos muito para nossas próprias necessidades;b) Reclamamos quando algo nos falta;c) O que nos preocupa, a maioria das vezes, é o que nos atinge diretamente;d) Precisamos aprender a “servir mais” do que que desejar ser servido.e) Que o Senhor Deus nos mostre “onde estão as nossas viúvas”.

f) Será que hoje, somos mais murmuradores ou ajudadores?

Amém! Aleluias!