12
1 2.4 ANALOGIA DEFINIÇÃO 2.17 sistemas análogos ou analógicos são sistemas de natureza diferentes com um mesmo modelo matemático . Exemplos: R e massa e R.i f m.a Figura 2.40 DEFINIÇÃO 2.18 sistema mecânico translacional é o que apresenta movimento em uma única direção. DEFINIÇÃO 2.19 sistema mecânico rotacional é o que apresenta movimento de rotação. ELEMENTOS LINEARES IDEAIS ELÉTRICOS E MECÂNICOS 1) Resistor e R.i 2) Capacitor t t 0 0 C 1 1 1 e i.dt e0 i.dt q0 C C C de i C dt 3) Indutor t 0 di e L dt 0 1 i e.dt L L 4) Massa M ref f Figura 2.41 y deslocamento u velocidade a aceleração dy u dt

038-2.4-ANALOGIA

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SISTEMAS LINEARES

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Page 1: 038-2.4-ANALOGIA

1

2.4 – ANALOGIA

DEFINIÇÃO 2.17 – sistemas análogos ou analógicos são sistemas de natureza

diferentes com um mesmo modelo matemático.

Exemplos:

R

e

massa

e R.i

f m.a

Figura 2.40

DEFINIÇÃO 2.18 – sistema mecânico translacional é o que apresenta

movimento em uma única direção.

DEFINIÇÃO 2.19 – sistema mecânico rotacional é o que apresenta movimento

de rotação.

ELEMENTOS LINEARES IDEAIS – ELÉTRICOS E MECÂNICOS

1) Resistor e R.i

2) Capacitor

t t

0 0

C

1 1 1e i.dt e 0 i.dt q 0

C C C

dei C

dt

3) Indutor

t

0

die L

dt

01i e.dt

L L

4) Massa

M

ref

f

Figura 2.41

y deslocamento u velocidade a aceleração

dy

udt

Page 2: 038-2.4-ANALOGIA

2

2

2

du d ya

dt dt ;

2

2

du d yf m.a m. m

dt dt

5) Atrito Viscoso Amortecedor Viscoso

a

D

b

f

ref

Figura 2.42

D constante do amortecedor ou coeficiente de atrito

u velocidade de deslocamento de b em relação ao ponto a fixo.

6) Mola

a

k

b

f

ref

Figura 2.43

f D.u

dyf D.

dt

t

0

f k.y

f k u.dt k.y 0

K constante da mola

Page 3: 038-2.4-ANALOGIA

3

EQUAÇÕES DOS SISTEMAS MECÂNICOS

OBTENÇÃO DO MODELO MATEMÁTICO

DEFINIÇÃO 2.20 – JUNÇÃO em um sistema mecânico é um ponto ou conjunto

de pontos que movem-se com uma mesma velocidade. Correspondem, em geral,

às massas individuais do sistema.

PRINCÍPIO DE D’ALEMBERT

“ Para qualquer corpo a soma algébrica das forças externas aplicadas e forças

resistentes ao movimento, em uma dada direção, é nula”.

ROTEIRO PARA OBTENÇÃO DO MODELO MATEMÁTICO DE UM

SISTEMA MECÂNICO

1) Identificar as junções.

2) Aplicar o Princípio de D’Alembert à cada junção.

Exemplo 2.15 – Escrever as equações do sistema mecânico abaixo em função das

velocidades e dos deslocamentos

M1 M2

1u u

k1D

2D

2u

f t

XXXXX D

Figura 2.44

Observe na figura acima que na massa M1 tem-se atrito com a superfície,

coeficiente D, e a massa M2 não possui atrito - rodas.

Solução :

1) O sistema possui 3 junções : massa 1M , o ponto de velocidade u e a massa

2M ;

2) Aplicando o Princípio de D’Alembert a cada junção teremos :

Page 4: 038-2.4-ANALOGIA

4

a) Equações, ( modelo ), em função das velocidades :

Junção M1

forças resistentes D1F , DF , kF , M1F

não existe força externa nessa junção

D1 D k M1F F F F 0

t

11 1 1 1 1

0

duD .u D.u k u u .dt M 0

dt

Junção u

t

1 2 2

0

k u u .dt D . u u 0

Junção M2

22 2 2

duf t D . u u M

dt

b) Equações, ( modelo ), em função dos deslocamentos :

Junção M1 :

1 1 11 1 1D .y D.y M y k y y 0

Junção u :

2 12D y y k y y 0

Junção M2 :

2 22 2D y y M y f t

Exemplo 2.16 – Encontrar o modelo matemático do sistema abaixo, em função

das velocidades:

M1 M2

1u u

12kD12D

2u

f t

XXXXX 1D XXXXX

fu

2k

D2D

Figura 2.45

Page 5: 038-2.4-ANALOGIA

5

Solução : são 4 junções, aplicando D´Alembert a cada junção teremos :

Junção u1 : t

11 1 1 1 12 1

0

duD.u D .u M k u u .dt 0

dt

Junção u : t

12 1 12 2

0

k u u .dt D u u 0

Junção u2 :

t

212 2 2 2 2 f 2 2 f 2

0

duD u u D u D u u k u u .dt M 0

dt

Junção uf : t

f 2 2 f 2

0

f t D u u k u u .dt

O conjunto das quatro equações acima é o modelo matemático pedido.

Page 6: 038-2.4-ANALOGIA

6

ANALOGIA

FORÇA- TENSÃO (f.v) e FORÇA-CORRENTE (f.i)

Considere os sistemas abaixo : circuito RLC série, sistema mecânico: massa mola

e atrito viscoso e circuito RLC paralelo. Para o circuito RLC série temos :

e

RL

C

i

Figura 2.46

t

0

di 1 1e R.i L i.dt q 0

dt C C ; q carga ( I )

Para o sistema mecânico temos :

M

XXXXXXXX

FD

k

u

Figura 2.47

t

0

duF Du M k u.dt ky 0

dt ; ( II )

Para o circuito RLC paralelo temos :

G L Ci

Figura 2.48

t

0

de 1 1i Ge C e.dt 0

dt L L ; fluxo ; ( III )

Page 7: 038-2.4-ANALOGIA

7

Comparando as expressões ( I ) , ( II ) e ( III ), obtemos a tabela abaixo :

Tabela de Analogias: f.v e f.i

Grandeza Analogia f.v Analogia f.i

F Força v Tensão i Corrente

D Coeficiente de Amortecimento R Resistência G Condutância

u Velocidade i Corrente v Tensão

M Massa L Indutância C Capacitância

K Constante da Mola 1

C Elastância

1

L Indutância Recíproca

y Deslocamento q Carga Elétrica Fluxo Magnético

CONSTRUÇÃO DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS ANÁLOGOS: f.v e f.i

Para construir os circuitos elétricos análogos f.v e f.i, observe que:

1) cada junção no sistema mecânico transforma-se em uma MALHA, (NÓ),

no sistema elétrico;

2) os elementos mecânicos que formam uma junção transformam-se em

elementos elétricos que formam a MALHA (NÓ) correspondente;

3) a aos elementos mecânicos comuns a duas junções no sistema mecânico,

corresponderão elementos elétricos comuns à duas MALHAS (NÓS), no

sistema elétrico.

Exemplo 2.17 – Construir os circuitos elétricos análogos f.v e f.i do sistema

mecânico da Figura 2.44:

Solução 1: Analogia f.v

t

11 1 1 1 1

0

di 1R .i R.i L i i .dt 0

dt C Junção M1

t

2 2 1

0

1R . i i i i .dt 0

C Junção u

Page 8: 038-2.4-ANALOGIA

8

22 2 2

die t R . i i L

dt Junção M2

O circuito elétrico análogo f.v é :

eR

1R

1i C 2Ri 2i

2L

1L

Figura 2.49

Solução 2: Analogia f.i

t

11 1 1 1 1

0

de 1G .e G.e C e e .dt 0

dt L Junção M1

t

2 2 1

0

1G . e e e e .dt 0

L Junção u

22 2 2

dei t G . e e C

dt Junção M2

O circuito elétrico análogo f.i é :

i t1G G 1C

L 2G

2C

1e 2ee

Figura 2.50

Page 9: 038-2.4-ANALOGIA

9

SISTEMAS MECÂNICOS ROTACIONAIS

De modo análogo aos sistemas translacionais iremos considerar agora os sistemas

rotacionais. Sejam:

deslocamento angular (rad) ; velocidade angular (rad/s)

aceleração angular (rad/ s2) ; J momento de Inércia (Kg.m

2)

Logo :

d

dt e

d

dt

ELEMENTOS MECÂNICOS

1) Massa M : Torque de Inércia : TM

2

M 2

d dT J. J. J.

dt dt

2) Amortecedor Viscoso ou Atrito Viscoso : Torque de amortecimento : TD

D

dT D. D.

dt

D constante do amortecedor ou coeficiente de atrito viscoso

DDT

M1

XXXXX 1D

DT

Figura 2.51: (a) – (b)

3) Mola: Torque da Mola : (Efeito Torção) : kT

t

k

0

T k .dt k. 0 ; k constante da mola

kT

Figura 2.52

Page 10: 038-2.4-ANALOGIA

10

Do mesmo modo que fizemos para os sistemas translacionais, vejamos como

obter as equações de um sistema mecânico rotacional.

OBTENÇÃO DAS EQUAÇÕES DE UM SISTEMA MECÂNICO

ROTACIONAL

Para a obtenção das equações de um sistema mecânico rotacional, aplicaremos o

princípio de D’Alembert a cada junção. No caso de sistemas rotacionais, junção é

um conjunto de pontos que giram com uma mesma velocidade angular.

Princípio de D’Alembert :

“Para qualquer corpo a soma algébrica dos torques externos aplicados e torques

resistentes ao movimento de rotação é nula”.

Exemplo 2.18 – Encontrar o modelo matemático do sistema abaixo em função da

velocidade angular :

M

XX

X

Tk

D

Figura 2.53

Solução

1) Identificar as junções

2) Aplicar D’Alembert

1) Neste exemplo temos uma única junção : a massa M

2) Aplicando o princípio de D’Alembert :

Torque Externo: T

Torques Resistentes: MT , kT e DT : então temos :

t

0

dT D J k .dt k. 0

dt

que é o modelo matemático pedido.

Page 11: 038-2.4-ANALOGIA

11

ANALOGIA

TORQUE- TENSÃO (T.v) e TORQUE-CORRENTE (T.i)

Da mesma forma que fizemos para os sistemas mecânicos translacionais, vamos

considerar os sistemas : circuito RLC série, o sistema mecânico translacional e o

circuito RLC paralelo. Para o circuito RLC temos :

e

RL

C

i

Figura 2.54

t

0

di 1 1e R.i L i.dt q 0

dt C C ; q carga ( I )

Para o sistema mecânico temos :

XXXXXXXXD

k T

Figura 2.55

t

0

dT D J k .dt k 0

dt ; ( II )

Para o circuito RLC paralelo temos :

G L Ci

Figura 2.56

t

0

de 1 1i Ge C e.dt 0

dt L L ; fluxo ( III )

Page 12: 038-2.4-ANALOGIA

12

Comparando as expressões ( I ) , ( II ) e ( III ), obtemos a tabela abaixo :

Tabela de Analogias: T.v e T.i

Grandeza Analogia f.v Analogia f.i

T Torque v Tensão i Corrente

D Coeficiente de Amortecimento R Resistência G Condutância

Velocidade Angular i Corrente v Tensão

J Momento de Inércia L Indutância C Capacitância

K Constante da Mola de Torção 1

C Elastância

1

L Indutância Recíproca

Deslocamento Angular q Carga Elétrica Fluxo Magnético

CONSTRUÇÃO DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS ANÁLOGOS: T.v e T.i

Para construir os circuitos elétricos análogos T.v e T.i, observe que:

1) cada junção no sistema mecânico transforma-se em um MALHA, (NÓ), no

sistema elétrico;

2) os elementos mecânicos que formam uma junção transformam-se em

elementos elétricos que formam a MALHA (NÓ) correspondente;

3) aos elementos mecânicos comuns à duas junções no sistema mecânico,

corresponderão elementos elétricos comuns à duas MALHAS (NÓS), no

sistema elétrico.

EXEMPLO : ( FAZER COMO EXECÍCIO )